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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE DIREITO

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO I


Prof.ª Sérgio Pauseiro Turno: A1
Aluno: Luis Alekssandre Leonel Nascimento

A Situação do Residente Transfronteiriço, com base na Lei 13.445/15, e a Distinção


entre o Instituto da Expulsão e Extradição.

Residente transfronteiriço, pela definição legal, é a pessoa nacional de país limítrofe


ou apátrida que conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de país vizinho.
Será necessário um Tratado Internacional entre o Brasil e o país de origem do individuo para
regular essa temática e, a partir disto, poderá ser concedido a ele, desde que solicitado, um
documento para a consecução de atos da vida civil. Neste documento, constará o município
para realização destes atos assim como a validade do documento, inclusive, o indivíduo será
detentor dos mesmos direitos e garantias fundamentais assegurados aos migrantes (Lei
13.445/17). Por fim, o visto temporário poderá ser concedido até o prazo máximo de quatro
anos.
A extradição é um ato de cooperação entre os Estados que normalmente possuem um
tratado entre si, onde um estrangeiro é entregue as autoridades de outro país, quando
solicitado, em virtude de condenação ou acusação de cometimento de crimes. Quando não
há um tratado as autoridades brasileiras solicitam que o país requisitante não aplique uma
pena vedada em nosso ordenamento jurídico. É importante ressaltar que o brasileiro nato
jamais poderá ser extraditado e que, na atual Constituição, não se permite a extradição de
estrangeiro em virtude de crime politico ou de opinião.

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A expulsão é aplicada ao estrangeiro que, de alguma forma se tornou nocivo ao
Estado. Logo, em caso de ameaça a segurança nacional, a ordem politica ou social ou
mesmo aos interesses nacionais, poderá o estrangeiro ser expulso. A expulsão acometerá
também o estrangeiro que usar de fraude para permanecer no Brasil. Nos seguintes casos,
será proibida a expulsão de estrangeiro residente no Brasil:
• Quando a expulsão for utilizada para mascarar um ato que implique na extradição;
• Quando o estrangeiro possuir mais de 5 anos de efetivo casamento com conjugue
brasileiro; e
• Quando o estrangeiro tiver filho brasileiro e que, comprovadamente, esteja sob sua
guarda e o mantenha economicamente.

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