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Ricardo Reis
O Clássico
A filosofia de vida
O Epicurismo e o Estoicismo
Além disso, como clássico, vive apenas o momento presente (carpe diem) mas de forma moderada.
O Fatalismo
Reis acredita na existência de um destino (Fatum) ao qual não nem os próprios deuses podem
escapar. O seu fatalismo fá-lo acreditar que não vale a pena passarmos pela vida tecendo sonhos,
desejos ou expetativas, pois só nos será dado o que o Destino tiver reservado para nós.
O Paganismo
Reis manifesta-se um pagão convicto, facto que decorre do seu classicismo. Esta característica está
presente na sua constante referência aos deuses. Sobrepõe a moral pagã à cristã. Por isso, sente-se
um exilado na alma, na medida em que não se identifica com a civilização judaico-cristã (civilização
ocidental), na qual vivia imerso.
A Linguagem e o estilo
Reis teve uma educação clássica (latinista de formação, helenista por autodidatismo). Pessoa
comenta que se trata do heterónimo que melhor escreve. Assim, do ponto de vista fónico, encontramos
as seguintes marcas: eufonia, assonância, rimas interiores, a ode de tipo horaciano; irregularidade
métrica. Quanto aos aspetos morfossintáticos e semânticos, destacam-se: a linguagem erudita,
alatinada (no vocabulário e na sintaxe), o uso do hipérbato, o uso do gerúndio, o uso frequente do
imperativo e um estilo laboriosamente construído.