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GENERALIDADES
Os paineis elétricos tem por finalidade abrigar os componentes de comando , manobra e proteção dos
sistemas elétricos. Assim , existem paineis em todos os níveis de tensão, destinados a medição , a
interromper um circuito por meio de disjuntor, contator ou seccionadora, de forma intencional, quando o
operador efetua a manobra, ou por causa de um defeito , quando a proteção ira efetuar o desligamento.
Crescentes requisitos de segurança operacional dos sistemas elétricos tornam cada vez mais
necessários equipamentos que atendam ás rígidas prescrições das normas técnicas em vigor bem
como a norma regulamentadora nº 10 (NR-10) do Ministério do Trabalho e Emprego.
O arco elétrico em um painel dissipa grande quantidade de energia. A temperatura pode atingir até
20.000ºC e ocorrer uma forte explosão, de elevada energia acústica, e a formação de uma forte onda
de pressão, trazendo riscos ás instalações e principalmente ás pessoas próximas ao local da
ocorrência, sem contar os altíssimos prejuízos financeiros.
A evolução de um arco elétrico pode ser dividida basicamente em quatro fases:

Fase de compressão: a energia do arco é descarregada no cubículo aumentando a pressão.


Desenvolve-se durante os primeiros 5 a 15 ms.

Fase de expansão: o incremento de pressão gerado na etapa anterior produz a abertura dos
condutosde alívio e o ar começa a ser expulso para fora diminuindo a pressão no interior do
cubículo.Esta fase dura entre 5 e 15 ms.
Fase de expulsão: a pressão no interior do cubículo diminui, mas o ar quente continua sendo expulso
a uma pressão aproximadamente constante. A temperatura aumenta exponencialmente. A expulsão de
ar tende a extinguir-se quando o ambiente do recinto adquire a temperatura do arco. Esta fase se
desenvolve durante 40 a 60 ms.
Fase térmica: o arco afeta totalmente os materiais isolantes. A temperatura alcança milhares de graus
centígrados e os materiais condutores e estruturais começam a fundir-se. Esta fase continua até o arco
se dissipe.

As normas técnicas internacionais e brasileiras prescrevem que os equipamentos elétricos devem ser
dimensionados e construídos para suportar os esforços mecânicos e térmicos em casos de curto
circuito sem danificar o equipamento.
No caso da formação de um arco elétrico Á PROVA DE ARCO onde todo o material da
combustão é direcionados para cima de forma á não atingir o operador.
As portas e coberturas de proteção resistem á pressão e a combustão gerada não abrindo evitando
possíveis rajadas de fragmentos e resistindo a energia dissipada sem gerar perfurações evitando desta
forma acidentes mais graves com o operador.

Os paineis, de acordo com sua finalidade , podem ser chamados de:


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 Painel de distribuição
 Centro de controle de motores
 Painel de iluminação
 Painel de proteção
 Painel de manobra ( ou controle )

Exemplo de painel elétrico de Centro de controle de motores - Painel para controle de fator
baixa tensão CCM de potência

Os paineis podem ser colocados ao tempo, desde que construidos para esta finalidade,
abrigados ( na maioria das aplicações ) ou em locais de ambiente explosivos ( nesse caso
deverão ter proteção dita a prova de explosão).
Todos os paineis devem possuir no mínimo um diagrama esquematico de seu funcionamento
e/ou aplicação, mas a maioria dos paineis de uso industrial possuem varios desenhos, que tem
a função de prestar o máximo de informações necessárias a o perfeito entendimento do
equipamento.
Assim podemos ter:

IDENTIFICAÇÃO GERAL DO PAINEL

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 Diagrama unifilar e Trifilar

Diagrama trifilar Diagrama unifilar

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 Desenho mecânico construtivo

Desenho frontal do painel Vista em corte de um painel


Diagrama unifilar identifica os componentes do sistema elétrico no painel e como são inteligados.Dá
uma idéia geral do sistema no interior do mesmo.
O diagrama trifilar apresenta as ligações de cada circuito por fase, identificando como ligar cada
componete.
Os desenhos dimensionais ajudam a identificar como cada equipamento esta disposto no painel e
os cortes a identificar os barramentos e componentes,ligações mecânicas.

 Diagrama de comando ou funcional

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 Diagrama de interligação

Detalhes internos em cubículos de paineis de Alta tensão.

Vista barramento de painel de Média tensão Vista traseira de cubículo de média tensão

Outro tipo classico de painel é o CCM, que tanto em média tensão, quanto em baixa tensão tem a
finalidade de alimentar um grupo de motores, atraves das mais diversas chaves de partida, definidas de
acordo com o projeto e a capacidade da Fabrica.

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Exemplo de um cubículo de média tensão Disjuntor de média tensão a gás ( SF6)

Os barramentos seguem a norma padrão para cores a saber:

 fase “A” verde


 fase “B” amarelo
 fase “C “ marron ou violeta
 Neutro ( cabo com 4 fios ) cinza
 Condutor de ligação a terra do neutro preto
 Corrente contínua - positivo vermelho
 Corrente contínua - negativo azul
 Condutor médio - branco

Para finalizar, vale salientar a importância em efetuar os testes funcionais dos paineis,
sempre com um diagrama atualizado em mãos.
Não devemos nunca , tentar adivinhar o problema , sem uma análise e interpretação do
corrreto funcionamento de equipamento e por hipótese nenhuma , se deve usar um jumper
para anular uma proteção, sem o perfeito conhecimento de causa e a concordância de toda a
equipe para tal prática.
Um jumper nunca deve ser esquecido.e após a solução do problema, deve ser imediatamente
retirado.
Os manuais de manutenção contem as peças de reposição que são necessárias ao perfeito
funcionamento de equipamento, e a medida do possivel devem ser mantidos os componentes
originais. Uma mudança que envolva componentes vitais como disjuntores, reles , devem ser
de responsabilidade do responsável pelos equipamentos, e sempre com uma solicitação
formal para tal.

No recebimento dos paineis, deve-se seguir as instruções do fabricante, principalmente quanto


ao manuseio e armazenamento. Os testes para partida devem seguira um planejamento prévio
e somente deverá ser posto carga em um painel, após energizado em vazio e passado por um
período de observação.

Os componentes principais do painel serão tratados separadamente, mas não se deve deixar
de salientar que fazem parte do conjunto do “equipamento “:

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GRAUS DE PROTEÇÃO EM PAINEIS

1º ALGARISMO

2º ALGARISMO

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2º Numeral Característico
Grau de Proteção contra o ingresso prejudicial da água
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0 IP 00 IP 01 IP 02
1º Numeral
Característico 1 IP 10 IP 11 IP 12 IP 13
Grau de 2 IP 20 IP 21 IP 22 IP 23
Proteção
3 IP 30 IP 31 IP 32 IP 33 IP 34
contra
pessoas e 4 IP 40 IP 41 IP 42 IP 43 IP 44 IP 45 IP 46
objetos 5 IP 54 IP 55 IP 56
sólidos
6 IP 65 IP 66 IP 67 IP 68

ATUADORES E BOTOEIRAS

Relação das cores e significados das Botoeiras

Cor Significado Explicação Exemplos de Aplicação


Atuar no caso de condições
Vermelha Emergência Parada de emergência Início de uma função de emergência
perigosas ou emergência
Atuar no caso de um evento Intervenção para suprir condições anormais
Amarela Anormal
anormal Intervenção para rearmar um ciclo automático interrompido
Atuar no caso de um evento
Verde Normal
normal
Atuar em codições que
Azul Obrigatório Função de reset
requerem ações obrigatórias
Sem designação Para uso geral menos Marcha / ON (preferível)
Branca
específica emergência Parada / OFF
Sem designação Para uso geral menos Marcha / ON
Cinzenta
específica emergência Parada / OFF
Sem designação Para uso geral menos Marcha / ON
Preta
específica emergência Parada / OFF (preferível)

Ensaios de Rotina

Ensaios de rotina incluem o seguinte:

• Inspeção do conjunto, inclusive inspeção da instalação elétrica e, se necessário, ensaio


de funcionamento elétrico;
• Um ensaio dielétrico;
• Verificação das medidas de proteção e da continuidade elétrica do circuito de proteção.

Inspeções mecânicas

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MANUTENÇÃO

DEFEITOS MAIS COMUNS

1- RESISTÊNCIA DE CONTATOS ELEVADOS

A resistencia de contatos elevados são devido a corrosão ou desgaste dos contatos de disjuntores e
contatores ou devido também a conexões folgadas.
Neste caso a temperatura de contato se eleva de forma anormal.Se a temperatura for relativamente
alta , aparecerá em torno da conexão uma descoloração no cobre e uma deformação da isolação ,seja
ela no cabo ou no isolamento de um barramento.
Ao aumentar a temperatura aumenta ainda mais a resistência de contato e desta forma poderá
ocasionar uma elavação progressiva da temperatura e consequentemente a destruição do ponto
aquecido, podendo desta forma chegarmos a um incêndio.
Os íons produzidos no aquecimento e nos pequenos arcos são agitados pelos campos magnéticos e
elétricos dos barramentos, de forma que terminam se concentrando nas regiões onde é mais
intenso.Se a quantidade de íons gerada for suficientemente grande , poderão acontecer arcos elétricos
em regiões de campo elétrico intenso, que poderão ser distantes do local de defeito(cantos de
barramentos mau isolados por exemplo) .
Arcos elétricos no ar produzem Oxônio , de odor característico e penetrante, facilmente detectáveis em
painéis pouco ventilados.

Solução para minimizar o problema

Manutenção PREDITIVA por meio de inspeções periódicas com o uso de TERMOVISÃO.

A inspeção termográfica é genericamente definida como a técnica de inspeção não destrutiva, que se
baseia na detecção de radiação infravermelha naturalmente emitida pelos corpos, permitindo a medição
de temperaturas sem contato físico com os mesmos.Através da utilização de sistemas infravermelhos
torna-se possível a observação de padrões diferenciais de distribuição de calor num componente, com
o objetivo de proporcionar informações relativas à condição operacional deste.Em quaisquer dos
sistemas de manutenção considerados, a termovisão se apresenta como uma técnica de inspeção
indispensável, uma vez que atende as especificações básicas, tais como:
Segurança
Permite a realização de medições sem contato físico com o item a ser inspecionado.
Não interfere no processo de produção

Proporciona a inspeção do equipamento em pleno funcionamento.

Alto rendimento

Realiza a inspeção de muitos itens em pouco tempo.

Normas Aplicáveis:

N-2472 - Ensaio Não-Destrutivo - Termografia


N-2475 - Inspeção Termográfica em Equipamentos de Processo
N-2487 - Inspeção Termográfica em Sistemas Elétricos
ASTM-E-1316 - Standard Terminology for Nondestructive Examination.J-Infrared Examination.

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Equipamento termográfico

Termografia de uso em motores elétricos Termografia de uso em banco de capacitores

Termografia em cotatos elétricos – Fusivel Termografia em chave seccionadora

Valores limites de temperatura máxima para conexões internas e barramentos segundo a


Norma ANSI C37.20-1969.

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Limite dos pontos quentes
Tipo de barra ou conexão
Elevação Max oC Temperatura Max oC
Barras de cobre e conexões de cobre com cobre 30 70
Barras e conexões com superfícies prateadas 65 103
Conexões de cabos de cobre isolados com cobre 30 70
Conexões de cabos isolados com superfície
45 85
prateadas ou equivalente

Manutenção PREVENTIVA através de um desligamento geral e reaperto e limpeza dos barramentos


,isoladores e conexões, com uso de equipamentos e materiais compatíveis.

Curto-circuito em CCM de baixa tensão Destruição do barramento de cobre

Reaperto geral dos barramentos com uso de preferência de torquímetros de estalo,os quais podemos
definir a força máxima a ser empregada nos parafusos dos barramentos,tornado o aperto uniforme e
sem o risco de espanamento das roscas,que causaria folga no aperto e consequentemente um mau
contato no local.

Torquímetro tipo relógio Torquímetro tipo estalo com escala

Existem tabelas de fabricantes que indicam os valores máximos de resistência de contatos que
podemos tolerar. Abaixo segue uma tabela ilustrativa:

Resistência de contato em alguns disjuntores de 4,16 kV em funcionamento satisfatório


GE 2000 A 16 µΩ
SACE 2000 A 16 µΩ

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2- RELUTÂNCIAS ELEVADAS

Relutâncias elevadas originadas por entreferros nos circuitos magnéticos de bobinas de relés e
contatores, devido a sujeira e oxidação do núcleo, assim como desajuste de aticulações e
seccionamento de anéis de curto-circuito,poderão causar o aquecimento da fiação e das bobinas
magnéticas.
Esses problemas se manifestam invariavelmete por vibração e ruído magnético audível, facilmente
detectavel.

Esquemático de um contator Vista de um contator Núcleo do contator

3- UMIDADE SUJEIRA

Limpeza interna e externa

Examinar impregnações por produto ou poeira na parte externa do painel. As condições de acesso ao
painel devem se encontrar limpas e sem nenhum tipo de obstáculo.
Esta limpeza externa dos painéis deverá ser feita com pano ou esponja umedecidos com solução de
detergente neutro e retirada a sujeira, restos de detergentes com panos ou esponjas umedecidas em
água limpa.

IMPORTANTE:
Nunca utilizar solventes inflamáveis, na limpeza externa e interna.
O uso de solventes provoca a queima da pintura e em alguns casos, dependendo do tipo de solvente,
chega a remover a pintura de proteção.
Efetuar a limpeza nos barramentos, isoladores dos barramentos em geral, nas muflas, TP's, TC's e
placas separadoras utilizando antioxidante (barramentos) e solventes apropriados (restante), tal como o
SOLVENTE LÍQUIDO LEKTROL do fabricante POWER, ou similar. Recomenda-se o uso de máscara
contra gases, para utilização destes solventes. O uso da benzina, principalmente nos barramentos, não
é indicado, pois além de ser inflamável, é cancerígeno.
Para a limpeza interna dos painéis de corrente contínua, utilizar um pincel macio e seco ou um
espanador, dependendo do caso, e se possível JATO DE AR SECO, com suficiente cuidado para evitar
danos aos componentes. Se for constatada alguma deficiência de funcionamento de componentes
devido a sujeira em suas peças móveis, por exemplo, em um relé, é recomendável substitui-lo
imediatamente por um sobressalente

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4- ABERTURAS E ACESSOS EM CUBÍCULOS

Devemos observar que possíveis passagens de cabos abertos em painéis, podem ser o
caminho de entrada de animais para dentro dos mesmos e desta forma devem ser calafetados
ou fechados de forma a evitar esta entrada.
Por este mesmo motivo, painéis elétricos devem permanecer fechados enquanto energizados
pois a função da tampa do mesmo é o isolamento externo para evitar a entrada de
poeira,umidade ,animais ou o acesso a pessoas não autorizadas a ineragir com o sistema
elétrico.

A entrada de um animal em um painel elétrico pode gerar um curto-circuito de alta intesidade


,inclusive com danos severos ao equipamento.

ASPÉCTOS A SEREM OBSERVADOS EM INSPEÇÕES DE PAINEIS

PINTURA
Examinar toda a chaparia que compõe o painel quanto a falhas na pintura de proteção ou a início de
corrosão, inclusive a pintura de proteção dos dutos de barras.
CONDIÇÕES FÍSICAS

Examinar portas, dobradiças, trincas, fechaduras, maçanetas, tampas, parafusos de fixação e


canaletas internas, quanto ao seu estado físico.
Os parafusos de fechamento dos painéis instalados na área industrial passiveis de ataque de gases
corrosivos ( ar marinho, produtos químicos, etc.), devem ser untados em graxa anticorrosiva antes de
sua montagem. Para este grupo, no final da manutenção, após o fechamento de seus painéis, vedar
com SILICONE a junção da porta, as uniões dos eletrodutos de interligação e as entradas e saídas
rosqueadas dos eletrodutos nestes painéis.
Para os de corrente contínua, examinar também, todos os pontos de barramentos, cabos, fiação,
coluna retificadora e módulos em geral, que possam apresentar qualquer anomalia ou mau contato. A
existência de coloração escura, aspecto de carbonização e bolhas na pintura, são indícios da existência
de mau contato.
Examinar ainda em paineis de corrente contínua, a presença de vestigios de vazamentos em
capacitores eletrolíticos e de sinais de oxidaçåo nos contatos dos conectores tipo "plug-in". Efetuar,
sempre com o uso de ferramentas apropriadas, todos as inspeções necessárias, especialmente os dos
semicondutores de potência com os respectivos dissipadores.

ATERRAMENTO
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Verificar se o painel se encontra solidamente aterrado, examinando as condições físicas do cabo de
aterramento e as condições de fixação da barra de neutro.

ISOLADORES
Examiná-los quanto a trincas, evidencias de chamuscamentos e folgas nas fixações.

BARRAMENTOS/CABOS
Examiná-los quanto a possíveis folgas nas conexões. Caso seja necessário nas áreas de contato dos
barramentos que não estiverem prateadas ou niqueladas, verificar a possibilidade da aplicação de
nitrato de prata.

CHAVES SELETORAS/BLOQUEIOS
Examinar as chaves seletoras e comutadoras voltimétricas e amperimétricas, verificando o reaperto das
conexões e a identificação da fiação conforme desenho. Testar as chaves nas várias posições,
certificando-se que a mesma está atendendo a filosofia do projeto.

DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO


Examina-los quanto à sua fixação, verificando o reaperto das conexões de entrada e saída. Acioná-los
algumas vezes, verificando a continuidade dos contatos nas posições "ON" e "OFF" (LIGADO E
DESLIGADO).

CONTATORES
Examinar as câmaras de extinção de arcos elétricos, os contatos móveis e fixos, as molas e os núcleos
dos eletroimãs e a continuidade das bobinas. Caso uma destas partes se encontre com defeito, efetue
a sua substituição, ou se for necessário, substitua o próprio contator.
Reapertar as conexões de entrada e saída dos contatores.

FUSÍVEIS
Examinar os fusíveis de controle DIAZED, quanto `a fixação da base, reaperto nas conexões da fiação,
dimensionamento e fixação do parafuso de ajuste, condições físicas do anel de proteção e da tampa e
se necessário a continuidade do elo.
Não pode existir folga entre o parafuso de ajuste e a base e nem entre a tampa e o fusível. Um mau
contato num destes pontos pode provocar faiscamento e a consequente fusão do elo-fusível por
aquecimento.
Comparar as capacidades nominais dos fusíveis instalados com as capacidades recomendadas pelo
projeto, levando em consideração as cargas instaladas nos respectivos circuitos.
Verificar a continuidade dos elos e a pressão das garras de contato dos fusíveis nos TP's.
MUFLAS
Nos painéis de alta e média tensão, examinar as muflas de proteção contra efeito de campo elétrico e
verificar o reaperto dos terminais.
Possíveis irregularidades nas muflas devem ser sanadas antes da energização do painel.

DUTOS DE BARRA (Para paineis de alta / média / baixa tensão)


Examiná-los quanto à vedação das janelas de inspeção, atentando para as condições dos isoladores e
dos barramentos.
Efetuar reaperto.

TP's E TC's (Para paineis de alta/média/ baixa tensão)

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Examinar os transformadores, verificando o reaperto das conexões primárias e secundárias.
Caso se detecte alguma anormalidade nos transformadores dos painéis, realizar os testes para
verificação da anormalidade.
Nos TP's, efetuar os testes de relação de transformação e polaridade, determinando se a
polaridade é aditiva ou subtrativa.
Nos TC's, efetuar os testes de isolação entre primário e secundário, relação de transformação,
saturação e polaridade.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Examinar os instrumentos, tais como voltímetros, amperímetros, fasímetros e wattímetros, efetuando
limpeza geral com o uso de pincel e reaperto nas borneiras.
Verificar os possíveis pontos de oxidaçåo, soldas defeituosas e condições da isolação.

IMPORTANTE:
Não limpar com pano macio e seco os visores de vidro ou plástico que protegem a escala dos
instrumentos, antes da aplicação do sinal. Em geral, a fricção produz cargas elétricas estáticas capazes
de modificar a posição do ponteiro, ocasionando falsas leituras.
Se necessário efetuar a aferição e/ou calibração, dos voltímetros, amperímetros e fasímetros usando
suas fichas de calibração.
Será executado como corretiva.

RELÉS
Examinar os relés de proteção e auxiliares quanto ao estado e fixação, verificando o reaperto das
conexões e a identificação da fiação conforme determina o desenho de interligação. Para os relés
auxiliares verificar ainda a pressão das molas dos contatos móveis e a continuidade da bobina.
Efetuar, se necessário, a aferição dos relés usando para cada um sua ficha de calibração e seu
respectivo manual. Para realizar o ajuste destes relés, usar a Caixa Triel TR-51( ou similar ) e consultar
o Estudo de Curto-Circuito e Seletividade .
Caso necessário, será executado como corretiva.

ILUMINAÇÃO INTERNA.
Em alguns painéis de alta, media e baixa tensão, geralmente são previstos circuitos de iluminação
interna, os quais, normalmente, são acionados por um micro-interruptor instalado na porta do painel.
Verificar o funcionamento destes sistemas de iluminação.

RESISTÊNCIAS DE AQUECIMENTO
Examinar as resistências de aquecimento do painel, verificando a fixação, as conexões elétricas e a
potência útil através de medição da corrente. Testar os termostatos,atuando no dial de ajuste da
temperatura e certificando-se que o mesmo comanda a energização das resistências. Normalmente o
termostato é ajustado em 40ºC e a função do sistema é evitar a penetração de umidade no painel
elétrico. Caso o painel, em função da dissipação de calor, já opere com uma temperatura interna maior
que a temperatura do ambiente, aconselha-se a desativação temporária do sistema de aquecimento.
Caso a temperatura ambiente caia no inverno, aconselha-se colocar o sistema de aquecimento em
operação.

SINALIZAÇÃO (Para paineis de alta /media / baixa tensão)

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1- AUDIO-VISUAL ( Sinótico de eventos – Quando houver)
Verificar a situação das lâmpadas de sinalização do painel anunciador, pressionando o botão para teste
de lâmpadas.
Substituir as lâmpadas que porventura não acenderem.
Testar a campainha do painel anunciador através da simulação de defeito no sistema do painel em
manutenção.
Uma vez atuada a campainha, verificar o funcionamento e o comportamento do painel anunciador,
atuando no botão CONHECIMENTO que cessará o sinal acústico e manterá o sinal visual e
posteriormente no botão REARME que apagará o sinal visual.
2- INDIVIDUAL
Examinar as lâmpadas de sinalização que indicam individualmente as situaçães dos disjuntores,
supervisão dos relés de bloqueio, as condições dos relés 94, a situação dos contatores de alimentação
dos motores de média tensão e as condições da existência de tensão nas barras.As lâmpadas que
estiverem queimadas devem ser substituídas.

CONEXÕES
Examinar possíveis folgas nas conexões chaves, disjuntores,TC's e TP's,. Providenciar o devido
reaperto, quando aplicável.
IDENTIFICAÇÃO.
Verificar o estado das placas de identificação dos painéis e de seus equipamentos e
instrumentos.

Alguns tipos de identificadores de cabos para uso em painéis elétricos

Terminal tipo agulha

Terminal ilhoes
Tubular

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Luva de emenda
Terminal Agulha
Terminal garfo
Terminal Olhal

Alguns tipos de terminais para uso em cabos em painéis elétricos


TESTES EM PAINEIS ELÉTRICOS
CONSIDERAÇÕES E DEFINIÇÕES
De acordo com o valor da resistência de isolação encontrado, pode-se detectar e prevenir problemas
nos barramentos.
O instrumento é baseado no princípio do gerador em cascata de Cockft-Walton, possuindo uma fonte
de energia interna de alta tensão estabilizada (D.C.).
Para os painéis De alta,média e baixa tessão, os TP's deverão estar desconectados das barras, para
medição da isolação entre as fases (R x S, S x T e R x T) e entre fases e massa (RST x M).

Para os painéis de baixa tensão, o disjuntor geral e os disjuntores de distribuição devem estar na
posição desligado para os testes de isolação entre fases. Nos testes de isolação com relação à terra, o
disjuntor geral deve permanecer na posição DESLIGADO e os disjuntores de distribuição devem passar
para a posição "ON" (LIGADO).

Para os painéis de corrente continua ,deve-se remover os fusíveis de controle e com uso do Megger,
medir a isolação do circuito de força do painel. Verificar somente a isolação, contra a terra, do circuito
de entrada e do trafo principal.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Megohmetro Eletrônico - Modelo: MG – 5000 A Fabricante : INSTRUM
Modelo: MD –5000 Fabricante : Megabras
PADRÕES
Os testes periódicos nos barramentos revelam usualmente, leituras mais altas que os valores mínimos
apresentados a seguir. Contudo, para que se reconheçam as condições de resistência de isolação, os
valores numéricos em si não são suficientes. É mais importante conhecer as tendências destes valores,
por meio da comparação dos registros de testes atuais com os registros de testes anteriores, durante
um certo período. Assim, tendências persistentes para a diminuição da resistência indicam problemas
iminentes, mesmo que os valores reais sejam mais altos que os valores mínimos apresentados.
Para os painéis de baixa tensão, a isolação mínima aceitável nestes casos específicos é 1500 OHM x
VOLT, ou seja, para um painel que funcione com uma tensão nominal de 220 VAC, a isolação mínima
aceitável seria:
Isolação MEGOHM = 1500 x 220 = 0,33 M (Megohms)

De acordo com a Norma NBR 6808/81, para os painéis de alta, média e baixa tensão, "a resistência de
isolação em um trecho do circuito de força de um painel deve ser no mínimo de 1000 OHM para cada
volt da tensão de operação.

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Ao lado podemos notar uma instalação simples
de um quadro com disjuntores porem comos
seguintes defeitos:

- Fiação mau arrumada,sem proteção por


calha ou mesmo com identificação de circuitos.

- Disjuntores não identificam os circuitos e os


que possuem identificação estão com etiquetas
de papel que saem com o tempo.

- Disjuntor instalado em local indevido por falta


de local adequado( sem reserva)

- barramento exposto ,em desacordo com a


NR10.

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