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DEZ 2005

03:031.03-002
Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas -
Traceamento elétrico resistivo - Parte 1: Requisitos
gerais.
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

1º Projeto de Norma
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20003-900 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 3974-2347 / 2220-6436
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Folha provisória – não será incluída na publicação como norma


Copyright © 2004
ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Apresentação
I) Este Projeto de norma:
1) foi preparado pela CE-03:031.03 – Comissão de Estudos de Segurança Aumentada
(Ex e), Não Acendível (Ex n) e Traceamento Elétrico Resistivo, do ABNT/CB-03 –
Comitê Brasileiro de Eletricidade;
2) É tradução (equivalente) da IEC 62086-1:2001 e Corrigendum 1:2003, e quando de
sua homogolação, se não sofrer alterações técnicas, receberá a seguinte denominação:
ABNT NBR IEC 62086-1;
3) recebe sugestões de forma e objeções de mérito, até a data estipulada no edital
correspondente;
4) não tem valor normativo.

II) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Nome Empresa E-mail


Carlos Sanguedo CEPEL sanguedo@cepel.br
Marcos Herrera ENGEXPLO marcosherrera@uol.com.br
Rüdiger Röpke ISA ruediger.roepke@superig.com.br
Ezio Migliozi UL DO BRASIL Ezio.migliozi@br.ul.com
Oscar Francisco Alves Neto IBREL oscarengenharia@ibrel.com.br
Roberval Bulgarelli PETROBRÁS bulgarelli@petrobras.com.br
Felippe V. Immezi POWER SYSTEMS orcament@powersystems.com.br
Oscar Francisco Alves IBREL oscarengenharia@ibrel.com.br
Carlos Lourenço WEG INDÚSTRIAS SA. carlosl@weg.com.br
José Luiz Diniz TYCO THERMAL jdiniz@tycothermal.com
DEZ 2005 Projeto 03:031.03-002
Equipamentos elétricos para
atmosferas explosivas - Traceamento
elétrico resistivo
ABNT – Associação Parte 1: Requisitos gerais
Brasileira de
Normas Técnicas
ABNT/CB-03 – Comitê Brasileiro de Eletricidade
Sede:
Rio de Janeiro
CE-03:031.03 – Comissão de Estudos de Segurança Aumentada (Ex-e), Não
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar Acendível (Ex-n) e Traceamento Elétrico Resistivo
CEP 20003-900 – Rio de Janeiro – RJ
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Fax: (21) 3974-2347 / 2220-6436
Endereço eletrônico: www.abnt.org.br resistance trace heating – Part 1: General and testing requirements
Descriptors: Trace heating.
Copyright © 2004, Esta Norma é equivalente à IEC 62086-1:2001 e Corrigendum 1:2003
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de Normas Técnicas ICS 29.260.20
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Impresso no Brasil
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Palavras-chave: Traceamento elétrico. 17 páginas

Sumário

Prefácio Nacional
Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Ensaios
6 Marcação

Bibliografia

Figura 1 – Ensaio de flamabilide


Figura 2 – Ensaio de impacto
Figura 3 – Ensaio de curvatura a frio – Ensaio de tipo
Figura 4 – Ensaio de resistência à umidade
Figura 5 – Verificação das características nominais – Ensaio de tipo
Figura 6 – Verificação da temperatura de capa utilizando um sistema de prova
Figura 7 – Máxima temperatura de capa determinada pelo método de classificação de produto

Tabela 1 – Tensões de ensaios para ensaios dielétricos

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS circulam para Consulta Nacional entre
os associados da ABNT e demais interessados.
A correspondência entre a(s) norma(s) listada(s) na seção 2 “Referência(s) normativa(s) e a(s) Norma(s)
Brasileira(s) aplicáveis é a seguinte:

• IEC 60364-3

Para efeitos de aplicação no Brasil, foi adotada a ABNT NBR 5410:2004.


2 Projeto 03:031.03-002:2005

Introdução

Esta parte da ABNT NBR IEC 62086 visa estabelecer os requisitos e ensaios essenciais apropriados para sistemas de
traceamento elétrico, quando usados em atmosferas potencialmente explosivas. Os requisitos desta Norma são normativos
e devem ser considerados os mínimos para “atmosferas explosivas”, zona 1 ou zona 2. Enquanto uma parte deste trabalho
já existe em documentações de normas internacionais e nacionais, esta Norma coletou muito de trabalhos já existentes, e
também adicionou consideravelmente a estes. Esta Norma deve ser lida juntamente com a IEC 62086-2, Sistemas de
aquecimento por traceamento elétrico para atmosferas explosivas - Parte 2: Guia de aplicação para projeto, instalação e
manutenção.

1 Objetivo
Esta parte da ABNT NBR IEC 62086 especifica os requisitos gerais e de ensaios para elementos aquecedores resistivos
para aplicação em atmosferas explosivas. Esta Norma engloba elementos aquecedores para traceamento elétrico cujas
terminações podem ser feitas em fábrica ou em campo, e que podem ser cabos aquecedores em série, cabos
aquecedores em paralelo, cabos aquecedores série/paralelo ou mantas e painéis de aquecimento, que tenham sido
montados e/ou terminados de acordo com as instruções do fabricante.

Esta Norma também inclui os requisitos para terminação e os métodos de controle utilizados nos sistemas de traceamento
elétrico. As áreas classificadas referidas nesta Norma são aquelas definidas na IEC 60079-10.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento

ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003):2005, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 0:
Requisitos gerais

ABNT NBR NM-IEC 60050-426: 2002, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Terminologia

IEC 60050 (151):1978, International Electrotechnical Vocabulary (IEV) – Chapter 151: Electrical and magnetic devices

IEC 60364-3 ) Electrical installations of buildings – Part 3: Assessment of general characteristics


1

3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR IEC 62086, aplicam-se as definições da ABNT NBR NM-IEC 60050-426, ABNT
NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003) e as seguintes.

3.1
temperatura ambiente
temperatura ao redor do objeto considerado. Estando os elementos aquecedores para traceamento elétrico envoltos pelo
isolamento térmico, a temperatura ambiente é a temperatura exterior a este isolamento térmico

3.2
circuito-ramal
porção de cabo elétrico de alimentação instalado entre o equipamento de proteção de sobrecorrente do circuito e as
unidades dos elementos aquecedores

3.3
conexões
(terminações)

3.3.1
parte fria
condutor eletricamente isolado ou condutores utilizados para conectar o cabo aquecedor ao circuito-ramal e projetado de
forma a não produzir calor significativo

3.3.2
terminal de extremidade
terminação que pode produzir calor, aplicada ao elemento aquecedor na extremidade oposta ao ponto de alimentação
elétrica

3.3.3
caixa de ligação
terminação instalada na extremidade do elemento aquecedor no ponto de alimentação elétrica

1)
Ver informações no Prefácio Nacional desta Norma.
Projeto 03:031.03-002:2005 3

3.4
caixa de derivação em “T”
conexão elétrica de cabos aquecedores em série ou paralelo para inserir um “T” ou uma derivação

3.5
apêndice de referência “dead leg”
segmento de tubulação de processo separado do fluxo normal da tubulação com o propósito de ser referência de perda de
calor

3.6
carga de projeto
potência mínima que atende aos requisitos de projeto, nas piores condições, levando-se em consideração as tolerâncias
de tensão e de resistência, bem como os fatores de segurança adequados

3.7
montado em fábrica
elemento aquecedor incluindo as terminações e conexões necessárias montado em unidades ou conjuntos

3.8
montado em campo
cabo aquecedor fornecido em bobinas com os acessórios de terminação a serem montados em campo

3.9
perda de calor
fluxo de energia da tubulação, vaso ou equipamento para o ambiente

3.10
dissipador de calor
parte do objeto considerado, que conduz ou dissipa calor

NOTA Dissipadores são tipicamente sapatas, suportes de tubulações e acessórios de grande volume, tais como atuadores de válvulas
e corpo de bombas.

3.11
auxiliares de transferência de calor
materiais termicamente condutivos, tais como folhas metálicas e compostos de transferência utilizados para aumentar a
eficiência da transferência do elemento aquecedor para o objeto considerado.

3.12
mantas aquecedoras
elemento aquecedor que compreende elementos resistivos conectados em série ou em paralelo, fabricados para se
amoldar à forma geral da superfície que será aquecida

3.13
painéis aquecedores
elemento aquecedor não flexível que consiste de elementos resistivos conectados em série ou em paralelo, fabricados
para se amoldar à forma geral da superfície que será aquecida

3.14
limite de temperatura máxima
máxima temperatura permitida do sistema, incluindo tubulação, fluido e sistema de aquecimento

3.15
máxima temperatura ambiente
temperatura máxima do ambiente na qual o elemento aquecedor opera de acordo com os requisitos especificados

3.16
máxima temperatura suportável
máxima temperatura de operação ou temperatura de exposição, que não irá afetar desfavoravelmente a estabilidade
térmica do elemento aquecedor e suas partes componentes

3.17
capa metálica
4 Projeto 03:031.03-002:2005

capa ou malha metálica utilizada para proporcionar proteção mecânica ao elemento aquecedor e/ou caminho elétrico de
aterramento

3.18
mínima temperatura ambiente
temperatura mínima do ambiente especificada onde o elemento aquecedor opera de acordo com os requisitos
especificados e na qual são baseados os cálculos de perda de calor

3.19
tensão de operação
tensão aplicada ao elemento aquecedor quando em operação

3.20
sobrecapa
camada contínua de material isolante aplicada externamente à cobertura de proteção metálica para proteção contra
corrosão

3.21
densidade de potência
potência dissipada expressa em Watts por metro linear de cabo aquecedor e em Watts por metro quadrado para mantas e
painéis aquecedores

3.22
taxa de potência de saída
potência total ou potência por unidade de comprimento de cabo ou elemento aquecedor, alimentado na tensão nominal, e
na temperatura e comprimento especificados, a qual é normalmente expressa em Watts por metro ou Watts por metro
quadrado

3.23
tensão nominal
tensão na qual as características de operação e desempenho dos elementos aquecedores são referenciadas

3.24
ensaio de rotina
Ensaio ao qual é submetida cada unidade no curso ou no final do processo de fabricação para verificar se está em
conformidade

[IEV 151-04-16]

3.25
cabos aquecedores em série
elementos aquecedores conectados eletricamente em série, com um circuito único, e com uma resistência especifica a
uma dada temperatura para um dado comprimento

3.26
capa
cobertura externa metálica ou não metálica uniforme e contínua, instalada sobre o cabo aquecedor utilizada para proteção
do cabo contra qualquer influência do ambiente (umidade, corrosão etc.). Ver sobrecapa, 3.20

3.27
temperatura da capa
temperatura da capa contínua, mais externa, que pode estar exposta ao ambiente

3.28
projeto estabilizado
conceito onde a temperatura do elemento aquecedor irá, por projeto e uso, estabilizar abaixo do limite de temperatura, na
condição mais desfavorável, sem a necessidade de um sistema de proteção para limitar a temperatura.

3.29
corrente de partida
corrente do elemento aquecedor imediatamente após energizado

3.30
documentação do sistema
Projeto 03:031.03-002:2005 5

informação dada pelo fornecedor para permitir uma compreensão satisfatória, instalação e utilização segura do sistema de
traceamento elétrico

3.31
controlador de temperatura
dispositivo ou combinação de dispositivos que incorporam os recursos de medição de temperatura e de controle de
potência do elemento aquecedor

3.32
sensor de temperatura
(elemento sensor)
dispositivo projetado para responder a temperatura, fornecendo um sinal elétrico ou uma operação mecânica

3.33
isolamento térmico
material que possui cavidades preenchidas com ar ou gás, espaços vazios, ou superfícies refletoras de calor, as quais
quando devidamente instaladas retardam a transferência de calor

3.34
elemento aquecedor
dispositivo projetado com a finalidade de produzir calor pelo princípio da resistência elétrica, e tipicamente composto de um
ou mais condutores metálicos ou material eletricamente condutivo, convenientemente isolado e protegido

3.35
unidade de elemento aquecedor
(conjunto de elementos)
cabo aquecedor em série ou paralelo, manta ou painel aquecedor, convenientemente terminado em conformidade com as
instruções do fabricante

3.36
traceamento elétrico
utilização de cabos, mantas ou painéis aquecedores elétricos e componentes de suporte instalados externamente em
tubulações, tanques e equipamentos associados, para aumentar ou manter a temperatura

3.37
ensaio de tipo
ensaio realizado em uma ou mais unidades fabricadas segundo um certo projeto, para demonstrar que esse projeto
satisfaz certas condições especificadas

[IEV 151-04-15]

3.38
proteção contra intempéries
material que quando instalado na superfície externa de um isolamento térmico, protege da ação da água e outros líquidos,
dos danos físicos causados por chuva, vento ou dano mecânico; e deterioração causada pela irradiação solar ou
contaminação atmosférica

3.39
objeto de trabalho
peça na qual o aquecimento elétrico é aplicado

NOTA Exemplos de peças de trabalho incluem equipamentos de processo tais como, tubulações, vasos, tanques, instrumentos e
equipamento similar.

4 Requisitos gerais

4.1 Geral
O objetivo desta Norma para elementos aquecedores por traceamento elétrico resistivo tem por finalidade que estes sejam
projetados e fabricados de forma a garantir a durabilidade térmica, elétrica e mecânica, e a confiabilidade de desempenho,
de modo que em uso normal, o mesmo não acarrete nenhum perigo para o usuário ou para as instalações. Os elementos
aquecedores por traceamento elétrico resistivo e terminações devem estar de acordo com um ou mais tipos proteção,
indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003), e adicionalmente aos requisitos desta Norma.

O fabricante deve declarar a temperatura máxima de operação em graus Celsius. Os materiais usados nos elementos
aquecedores por traceamento elétrico resistivo devem resistir a temperatura não menor que máxima de operação de
+ 20K, quando ensaiadas de acordo com 5.1.10.
6 Projeto 03:031.03-002:2005

Nesta Norma:

- os elementos aquecedores resistivos não são considerados como espiras ou sobrepostos;

- a seção 7 da ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003) não é aplicada aos materiais de isolação elétrica dos
elementos aquecedores.

4.2 Elementos aquecedores


Os elementos aquecedores devem ser protegidos por uma malha ou capa metálica, que deve cobrir pelo menos 70% da
sua superfície. Elas devem ser capazes de resistir a carga de impacto de 7 J ou 4 J, quando ensaiadas de acordo com
5.1.5. Para a carga de impacto de 4 J, o elemento aquecedor deve ser marcado com um símbolo “X”.

4.3 Terminações e conexões


As terminações e conexões podem ser identificadas como parte integrante do elemento aquecedor, ou podem ser
identificadas separadamente, caso elas sejam consideradas como componentes Ex de acordo com a seção 13 da ABNT
NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003). Terminações e conexões devem ser ensaiaads como parte da unidade
representativa de elemento aquecedor de acordo com 5.1.1.

4.4 Requisitos para proteção dos circuitos-ramais


Os requisitos mínimos para um sistema de traceamento elétrico para uso em áreas classificadas são os seguintes:

a) prover meios de isolar o circuito-ramal da fonte de alimentação;

b) prover proteção para sobrecorrente para cada circuito-ramal;

c) um meio de proteger contra fuga à terra o qual dependa do tipo do sistema de aterramento (ver IEC 60364-3 para
definições).

Para sistemas TT e TN:

d) um dispositivo de proteção de corrente residual para cada circuito-ramal possuindo uma corrente de operação residual
nominal não maior que 300 mA. O dispositivo deve ter um tempo de atuação que não exceda 150 ms para cinco vezes
a corrente de operação residual nominal. Valores de 30 mA e 30 ms são recomendados a menos que exista evidência
que isto resulta num aumento notável de ocorrência de atuação desnecessária.

NOTA 1 A função desta proteção, que é adicional a proteção de sobrecorrente, é limitar o efeito de aquecimento devido a faltas anormais
à terra e correntes de fuga à terra.

NOTA 2 Os requisitos dos itens a) , b), c) e d) podem ser executados por apenas um dispositivo.

Para sistemas IT:

e) deve ser instalado um dispositivo para a monitoração da isolação elétrica e para desconectar a fonte de alimentação,
sempre que a resistência de isolação elétrica não for maior que 50 Ω/V da tensão nominal.

4.5 Requisitos de controle e temperatura

4.5.1 Geral
Um sistema de traceamento elétrico deve ser projetado de tal forma que sob todas as condições que possam ser
razoavelmente previstas, a temperatura de superfície dos elementos aquecedores esteja limitada a classe de temperatura
o
ou temperatura de ignição menos 5K para temperaturas menores ou iguais a 200 C ou menos 10K para temperaturas
o
maiores que 200 C. Esta deve ser atingida também no projeto estabilizado, de acordo com 4.5.2, ou pelo uso de
dispositivos de controle de temperatura de acordo com 4.5.3, para limitar a temperatura máxima do elemento aquecedor.

Quando múltiplos elementos aquecedores (principalmente em tubulações com diferentes condições de fluxo) são
agrupados, sob um único elemento sensor de temperatura de superfície, cada trecho de tubulação deve ser analisado
independentemente como um projeto estabilizado.

4.5.2 Projeto estabilizado para aplicações em zona 1 e zona 2


Aplicações de projeto estabilizado, nas quais a temperatura máxima de superfície do elemento aquecedor é determinada
sem controle por termostato, deve empregar tanto o método de aproximação por sistema especificado em 5.1.11.2 ou o
método de aproximação por classificação do produto especificado em 5.1.11.3.

4.5.3 Projeto controlado


Aplicações com projeto controlado, que requeiram o uso de dispositivos de controle de temperatura para limitar a
temperatura máxima na tubulação, devem estar de acordo com a) para zona 1 ou então a) ou b) para zona 2:

a) para aplicações em zona 1 ou zona 2: aplicações de projeto controlado, que requeiram a utilização de um dispositivo
de controle de temperatura para limitar a temperatura máxima de superfície, utilizarão um dispositivo de proteção que
desenergizem o sistema após a temperatura máxima de operação ter sido excedida, e um rearme deve ser possível,
somente manualmente, após as condições de processo previamente definidas tenham sido restabelecidas. Em caso de
Projeto 03:031.03-002:2005 7

erro devido a defeito do sensor, o sistema de traceamento deve ser desernegizado antes da substituição do
equipamento defeituoso. O ajuste do dispositivo de proteção deve ser protegido e lacrado para evitar manipulação. O
dispositivo de proteção deve operar independentemente do sistema de monitoramento de temperatura.

b) para aplicações em zonas 2: um único controle de temperatura com alarme de falha pode ser utilizado. Desta maneira,
uma monitoração adequada deste alarme deve ser feita, tal como uma supervisão 24 h.

NOTA Se os dispositivos de controle não são fornecidos pelo fabricante, informações suficientes para especificação e instalação
devem ser fornecidas.

5 Ensaios

5.1 Ensaios de tipo

5.1.1 Geral
Os requisitos de 23.4.1 da ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003) aplicam-se com as seguintes adições.
Amostras de elementos aquecedores com pelo menos 3 m de comprimento, a menos que seja especificado de outra
o o
forma, devem ser selecionadas para os ensaios. Os ensaios devem ser executados em temperatura entre 10 C e 40 C, a
menos que estabelecido de outra forma. As terminações e conexões que forem instaladas como parte integrante do
elemento aquecedor, independente de terem sido montados em fábrica ou em campo, devem estar sujeitos aos mesmos
ensaios que os elementos aquecedores, exceto se especificado de outra forma. Estas conexões incluem terminações,
caixas de derivação, caixas de emendas, caixas de conexão, assim como os componentes que fazem parte destes
acessórios, como prensa-cabos e unidades seladoras, no ponto onde o elemento aquecedor se conecta ao invólucro da
caixa de terminação.

5.1.2 Ensaio dielétrico


O ensaio dielétrico deve ser executado em elementos aquecedores de acordo com tabela 1.

Tabela 1 – Tensões de ensaios para ensaios dielétricos

Tensão de ensaio
Tensão nominal
V c.a. eficaz

< 30 V eficaz 500


< 60 V c.c. 500
≥ 30 V eficaz 2 E + 1 000
≥ 60 V c.c. √2 E + 1 000

O ensaio de tensão, onde E é a tensão nominal, deve ser aplicado entre os condutores e a capa ou revestimento metálico
a uma taxa de elevação não menor que 100 V/s nem maior que 200 V/s e mantida por 1 min sem rompimento dielétrico. A
forma de onda da tensão deve ser essencialmente senoidal, com a freqüência entre 45 Hz e 65 Hz.

5.1.3 Ensaio de resistência da isolação elétrica


A resistência da isolação elétrica deve ser medida em uma amostra(s) de ensaio, preparada de acordo com 5.1.1 depois
do ensaio dielétrico especificado em 5.1.2. A resistência da isolação elétrica deve ser medida entre os condutores e a
malha metálica externa, ou sobre uma fita metálica condutiva ou cordoalha especialmente aplicada sobre a amostra, a uma
tensão de 1 000 V c.c. para cabos de isolação mineral e 2 500 V c.c. para cabos com isolamento polimérico. O valor
medido não deve ser inferior a 50 MΩ.

5.1.4 Ensaio de flamabilidade


O ensaio de flamabilidade deve ser executado em elementos aquecedores. O ensaio de flamabilidade deve ser executado
em uma sala livre de corrente de ar. A amostra de cabo aquecedor de pelo menos 450 mm de comprimento deve ser
suportada na posição vertical. Para mantas, painéis e outros elementos aquecedores, a largura da amostra deve ser de
80 mm.

A amostra deve ser envolvida com uma volta de papel adesivo não tratado, servindo como indicador, que deve se projetar
em 20 mm além da amostra. O papel indicador deve estar posicionado 250 mm acima do ponto no qual o cone interno azul
da chama toca a amostra. Uma camada seca, de algodão cirúrgico puro, de não mais de 6 mm de altura, deve ser
colocada sob a amostra de forma que a distância do algodão até o ponto de aplicação da chama, seja de 250 mm.

A altura da chama de gás natural do queimador deve ser ajustada para 130 mm, com o cone azul interno de 40 mm de
o
altura como mostrado na figura 1a). O queimador deve estar inclinado em um ângulo de 20 da vertical, e a chama
aplicada sobre a amostra de forma que a ponta do cone azul da chama, toque a amostra em um ponto aproximadamente
150 mm acima da sua extremidade inferior. A chama deve ser colocada na amostra de forma que o plano vertical que
contém o eixo principal do tubo do queimador forme um ângulo reto com o plano da amostra sob ensaio como mostrado na
figura 1b). A chama deve ser aplicada por 15 s e então removida por 15 s, até que 5 dessas aplicações tenham sido
executadas.
8 Projeto 03:031.03-002:2005

O resultado dos ensaios pode ser considerado satisfatório se os elementos aquecedores não sustentarem a combustão
por mais de 1 min após a quinta aplicação da chama, não queimar mais de 25% da extensão do papel não tratado e não
inflamar o algodão com as partículas queimadas que caírem da amostra.

Legenda

1 Queimador 4 Amostra sob ensaio

2 Suporte 5 Algodão cirúrgico seco

3 Papel indicador Dimensões em milímetros

Figura 1a) – Altura da chama de gás natural Figura 1b) – Plano vertical perpendicular ao cabo de
ensaiado

Figura 1 – Ensaio de flamabilidade

5.1.5 Ensaios de impacto


NOTA Os elementos aquecedores são, na maioria das aplicações, cobertos por um isolamento térmico e, portanto, providos de alguma
proteção mecânica. Em algumas aplicações, contudo, os elementos aquecedores podem ser instalados em condições onde a isolação
térmica não seja sempre possível: por exemplo, durante a instalação antes de o isolamento térmico ser aplicado ou o elemento aquecedor
sem o isolamento térmico em uma caixa de ligação.

Uma amostra de aproximadamente 200 mm de comprimento é colocada sobre uma placa de aço plana e rígida, e
posicionada sob uma peça intermediária de aço temperado, no formato de um cilindro horizontal com diâmetro de 25 mm.
Este cilindro deve possuir um comprimento de 25 mm com bordas suavemente arredondadas com um raio de
aproximadamente 5 mm quando usado para ensaios de placas ou painéis aquecedores (ver figura 2). Para o ensaio, o
cilindro é posicionado horizontalmente sobre amostra e, em caso de cabo aquecedor, seu eixo deve ser colocado
transversalmente a amostra. Um cabo aquecedor tendo uma seção transversal não-circular deve ser posicionado de forma
que o impacto seja aplicado ao longo do seu eixo menor, (isto é, o cabo aquecedor é posicionado sobre a placa de aço).

Para ensaios de elementos aquecedores, que não utilizados em aplicações de baixo risco de danos mecânicos, deve se
permitir a queda uma única vez, de uma peça com uma massa de 1 kg sobre o cilindro horizontal de uma altura de 700 mm
(isto é, com uma carga de impacto de 7 J).

Para ensaios de elementos aquecedores previstos para utilização em aplicações com baixo risco de danos mecânicos, de
acordo com 4.2, a altura deve ser reduzida para 400 mm (isto é, com uma carga de impacto de 4 J). O elemento
aquecedor submetido a tal ensaio, deve ser claramente marcado com um símbolo “X”, em adição aos requisitos de
marcação da seção 6, para alertar o usuário de sua reduzida resistência mecânica.

A conformidade é verificada ensaiando-se a isolação elétrica de acordo com 5.1.2 e 5.1.3, enquanto o cilindro de aço e a
peça ainda estejam posicionados sobre a amostra.
Projeto 03:031.03-002:2005 9

Legenda

1 Martelo com uma massa de 1 kg 4 Cilindro com 25 mm de comprimento total e 5 mm de raio de


arredondamento (utilizado para ensaio de blocos e painéis
2 Cilindro com diâmetro de 25 mm aquecedores)

3 Eixo secundário do cabo de aquecedor não circular 5 Altura para queda do martelo: 700 mm ou 400 mm

Figura 2 – Ensaio de impacto

5.1.6 Ensaio de deformação


A amostra é colocada sobre uma placa de aço plana e rígida. Uma força de compressão de 1 500 N é assim aplicada por
30 s, sem impacto, por meio de uma barra de aço de 6 mm de diâmetro com bordas hemisféricas e comprimento total de
25 mm. Para o ensaio, a barra é posicionada sobre a amostra e, no caso de um cabo aquecedor, ela é posicionada sobre
a amostra transversalmente em ângulo reto. No caso de uma placa aquecedora é necessário assegurar que o cilindro
estará posicionado transversalmente ao elemento ativo.

Para ensaios de elementos aquecedores previstos para utilização em aplicações com baixo risco de danos mecânicos, a
força de compressão deve ser reduzida para 800 N. O elemento aquecedor submetido a tal ensaio deve ser claramente
marcado com o símbolo “X” em adição aos requisitos de marcação da seção 6 para alertar o usuário de sua reduzida
resistência mecânica.

A conformidade é verificada ensaiando-se a isolação elétrica de acordo com 5.1.2 e 5.1.3, enquanto a barra horizontal de
aço está ainda posicionada sobre a amostra e a carga aplicada.

NOTA As amostras de cabo aquecedor devem ter aproximadamente 200 mm de comprimento apenas.

5.1.7 Ensaio de curvatura a frio


O dispositivo de ensaio a ser utilizado para o ensaio de curvatura a frio, é mostrado na figura 3. O dispositivo de ensaio
o o
com a amostra na posição é mantido por um período de 4 h entre - 25 C e - 30 C, ou na temperatura mínima de
o
instalação especificada pelo fabricante. Imediatamente após esta operação, a amostra é curvada até 90 em torno de um
o
dos mandris e depois curvada até 180 na direção oposta em torno do segundo mandril, depois alinhada na sua posição
original. Este ciclo de curvaturas deve ser executado duas vezes.

A conformidade do ensaio é verificada ensaiando-se a isolação elétrica de acordo com 5.1.2 e 5.1.3.

NOTA A documentação fornecido pelo fabricante deve declarar todas as limitações e precauções a serem tomadas e os valores
mínimos permitidos de raio de curvatura.
10 Projeto 03:031.03-002:2005

Legenda
1 Amostra de cabo para ensaio
2 Base metálica
3 Mandril em aço
t Dimensão do cabo no plano primário de dobragem

Figura 3 – Ensaio de curvatura a frio – Ensaio de tipo

5.1.8 Ensaio de resistência a umidade (apenas para cabos aquecedores)


Uma amostra de cabo aquecedor de pelo menos 3 m de comprimento incluindo as terminações deve ser posicionada em
um sistema de fluxo de água e drenagem, como mostrado na figura 4. O fluxo de água deve ser regulado para cobrir o
cabo aquecedor e terminações completamente por um período de pelo menos 30 s a cada 5 min, após o que o sistema é
drenado. A tensão da válvula solenóide do fluxo de água e a tensão aplicada ao cabo aquecedor devem ser manobrados
por uma chave ou sistema similar. A seqüência de tempo deve ser tal que o cabo aquecedor seja energizado por 30 s
depois que a água tenha sido drenada. O ensaio deve ser executado por um período de 24 h.

No final do período do ensaio, a amostra deve ser ensaiada de acordo com 5.1.2. A terminação deve ser inspecionada
para verificar que não ocorreu ingresso de água.
Projeto 03:031.03-002:2005 11

Legenda

(a) Cabo paralelo (b) Cabo série de um condutor (c) Cabo série de dois condutores

1 Chave de cames ou dispositivo equivalente 7 Válvula solenoide

2 Conexão em “T” ou emenda na linha 8 Entrada de água

3 Terminal final 9 Para os aquecedores

4 Dreno 10 Saída de água

5 Conexão de alimentação 11 Conexão de alimentação

6 Terminal frio

Figura 4 – Ensaio de resistência à umidade

5.1.9 Verificação das características nominais


As características nominais do cabo, painel ou placa aquecedora, devem ser verificadas por um dos seguintes métodos,
selecionado pelo fabricante:

a) resistência: os valores de resistência medidos em corrente contínua por unidade de comprimento, na temperatura
especificada, devem estar dentro as tolerâncias especificadas pelo fabricante.

b) térmica: o calor fornecido pelo cabo aquecedor é medido pela instalação de uma amostra de 3 m a 6 m de
comprimento de cabo aquecedor em uma tubulação de aço carbono e de diâmetro de 50 mm ou mais como mostrado
na figura 5. O cabo deve estar instalado de acordo com as instruções do fabricante. O dispositivo de ensaio deve ser
completamente coberto com um isolamento térmico em fibra de vidro com 25 mm de espessura. Para placas ou painéis
aquecedores, o ensaio deve ser feito sobre uma placa metálica plana e resfriada por líquido, com 25 mm de isolamento
térmico, instalado sobre a superfície destes.

Um líquido de transferência de calor adequado deve circular através da tubulação, a uma vazão suficiente que
estabeleça um fluxo turbulento tal que a diferença de temperatura entre o fluido e a tubulação seja desprezível. O fluido
de transferência de calor deve ser mantido a uma temperatura constante. Estes parâmetros são verificados através de
termopares colocados na entrada e saída da tubulação. A velocidade do fluxo deve ser tal que a temperatura do fluido
não difira em mais de 2K de uma extremidade a outra da tubulação.

O calor fornecido pelo cabo aquecedor é mensurado por três temperaturas da tubulação que representem a faixa
completa de operação do cabo aquecedor. O cabo aquecedor deve ser energizado na sua tensão nominal até seu
equilíbrio térmico. Os valores de tensão, corrente, temperatura do líquido e comprimento da amostra devem ser
12 Projeto 03:031.03-002:2005

registrados para cada ensaio. Três determinações independentes devem feitas em três amostras diferentes. Os valores
resultantes devem estar dentro das tolerâncias especificadas pelo fabricante.

Legenda

1 Fonte regulada de tensão 6 Termopar 11 Aquecedor de linha

2 Ver detalhe A 7 Isolação em fibra de vidro com 25 mm de espessura 12 Trocador de calor


mínima e uma densidade de aproximadamente 3,25
3 Cabo aquecedor kg por metro cúbico 13 Sistema de resfriamento

4 Tubo de ensaio de Ø 50 mm ou maior 8 Conexões elétricas 14 Medidor de vazão

5 Indicador de temperatura 9 Controlador de temperatura 15 Bomba

10 Sensor de temperatura

Figura 5 – Verificação das características nominais – Ensaio de tipo

5.1.10 Estabilidade térmica do material de isolação elétrica


A estabilidade térmica do material de isolação elétrica do elemento aquecedor deve ser verificada sobre uma amostra ou
protótipo, após o mesmo ter sido armazenado na temperatura de operação especificada pelo fabricante acrescido de
Projeto 03:031.03-002:2005 13

o
+ 20K, mas não inferior a 80 C, por no mínimo quatro semanas. (A conformidade da amostra ou protótipo deve ser
verificada submetendo-a a um ensaio de integridade da isolação elétrica, de acordo com 5.1.2)

5.1.11 Determinação da máxima temperatura de capa

5.1.11.1 Geral
NOTA Em atmosferas explosivas é crítico assegurar que a temperatura máxima da capa do elemento aquecedor seja menor que a
temperatura de ignição da atmosfera explosiva. A máxima temperatura de capa é dependente da densidade de potência, do coeficiente
total de transferência calor e da temperatura máxima possível da superfície a ser aquecida. Estes fatores devem ser utilizados pelo
fabricante para determinar a temperatura de capa dos elementos aquecedores.

A máxima temperatura de capa dos elementos aquecedores deve ser determinada para assegurar a utilização segura dos
mesmos. Esta temperatura de capa não deve exceder a classe de temperatura, a máxima temperatura de exposição do
equipamento a ser aquecido, do material aquecedor e do isolamento térmico.

A máxima densidade de potência admissível e a temperatura de capa especificada pelo fabricante tem que ser ensaiada
por um dos seguintes métodos:

a) um sistema de prova (ver 5.1.11.2) utilizado para validar a metodologia de projeto e cálculos do fabricante, nos quais o
elemento aquecedor seja submetido às condições de ensaio, onde o fabricante demonstre capacidade para projetar e
prever as temperaturas de capa através da execução de ensaios específicos;

b) uma prova de classificação de produto (ver 5.1.11.3) no qual a temperatura máxima de capa é gerada em um ambiente
artificial simulando o caso de piores condições.

5.1.11.2 Sistema de prova, método de verificação do projeto

5.1.11.2.1 Para cabos aquecedores, o dispositivo de ensaio (ver figura 6) tem que possuir um trecho horizontal de 3 m e
um trecho vertical 1,5 m de uma tubulação, com diâmetro entre de 50 mm e 150 mm. Uma válvula flangeada, gaveta ou
equivalente (válvula borboleta, válvula globo, etc.) tem que ser instalada no centro do trecho horizontal. O trecho vertical
tem que ser montado de forma que as extremidades da tubulação flangeada estejam centralizadas. O cabo aquecedor tem
que ser instalado de acordo com os manuais de instalação do fabricante. Devem ser utilizados termopares para monitorar
as temperaturas de superfície de tubulação e da válvula, assim como a temperatura de capa do cabo aquecedor. Os
termopares têm que ser instalados nos pontos quentes antecipadamente previstos pelo laboratório credenciado. O sistema
de tubulação tem que ser isolado termicamente por um isolamento de no mínimo 25 mm de espessura, e instalado de
acordo com os procedimentos do fabricante. As extremidades da tubulação têm que ser fechadas e isoladas termicamente.
o
A menos que uma temperatura maior seja especificada, a temperatura ambiente não deve exceder 40 C. O cabo
aquecedor tem que ser energizado a 110% de sua tensão nominal. Deve ser permitida a estabilização das temperaturas do
sistema e dos registros de leitura dos termopares. A temperatura de capa medida não pode exceder os valores calculados
pelo fabricante em mais de 10K e em nenhum caso pode exceder a temperatura determinada de acordo com 4.5.1.

5.1.11.2.2 Este procedimento tem que ser repetido com três variações de parâmetros tais como tipo de isolamento térmico
e espessura.

5.1.11.2.3 Para placas, painéis e outros aquecedores de superfície, uma seção representativa tem que ser aplicada a uma
placa de aço de 6 mm de acordo com as instruções do fabricante. A placa de aço não pode exceder mais de 25 mm em
nenhuma das extremidades da superfície do elemento aquecedor. Os termopares têm que ser instalados nos pontos
quentes antecipadamente previstos no laboratório credenciado. O lado aquecido da placa tem que ser isolado
termicamente com uma espessura mínima de 25 mm. A placa é então colocada numa sala com temperatura ambiente
estabilizada na posição vertical. O aquecedor tem que ser energizado a 110 % de sua tensão nominal. Após a
estabilização do sistema, as leituras dos termopares têm que ser registradas, incluindo a temperatura ambiente. Os valores
medidos de temperatura de superfície não podem exceder os valores calculados pelo fabricante em mais de 10 K.
Este procedimento tem que ser repetido com três variações de parâmetros tais como tipo de isolamento térmico e
espessura.

5.1.11.2.4 Simulações de condições operacionais alternativas podem ser acordadas entre o laboratório credenciado e o
fabricante.
14 Projeto 03:031.03-002:2005

Legenda

1 Seção nominal da amostra de 50 mm a 150 mm 3 1,5 m

2 Isolação em fibra de vidro com 25 mm de espessura mínima e uma densidade de 4 3m


aproximadamente 3,25 kg por metro cúbico

Figura 6 – Verificação da temperatura de capa utilizando um sistema de prova

5.1.11.3 Método de classificação de produto


Uma amostra de cabo aquecedor de pelo menos 1,5 m de comprimento é colocada livremente espiralada em uma estufa
com circulação de ar. O calor fornecido da amostra tem que estar na metade superior da tolerância do elemento
aquecedor. Um número representativo de termopares tem que ser utilizado para monitorar as temperaturas de capa da
amostra e localizados a 500 mm de cada extremidade. Um termopar adicional deve ser utilizado para monitorar a
temperatura do forno. O elemento aquecedor tem que ser energizado a 110% de sua tensão nominal. A temperatura
ambiente da estufa tem que ser elevada a partir da temperatura ambiente em incrementos de 15K. Deve ser permitido um
tempo suficiente em cada patamar de temperatura, para estabilizar a temperatura e atingir o equilíbrio térmico entre a
temperatura da estufa e a temperatura de capa do elemento aquecedor. As temperaturas da estufa e da capa do cabo
aquecedor têm que ser registradas em cada patamar sucessível até que a diferença (∆T) entre os dois seja de 5K ou
inferior. A curva tem que ser desenhada a partir dos dados de ensaio e uma tangente à curva tem que ser traçada no
ponto de temperatura de 5K de diferença de temperatura até o ponto de 0K. A temperatura lida na intersecção é definida
como a máxima temperatura de capa, como mostrado na figura 7.
Projeto 03:031.03-002:2005 15

Legenda

1 Temperatura da amostra menos a temperatura ambiente na estufa ( Ts - To), K

2 Temperatura ambiente na estufa (To), K

3 Valor registrado de Ts , K

Figura 7 – Máxima temperatura de capa determinada pelo método de classificação de produto

5.1.12 Verificação da corrente de partida


A corrente de partida do elemento aquecedor tem que ser medida como uma função da mínima temperatura ambiente
projetada pelo fabricante. Uma amostra do elemento aquecedor de pelo menos 1 m de comprimento tem que ser instalada
de acordo com as instruções do fabricante sobre uma tubulação de aço, de diâmetro mínimo de 50 mm, contendo um
líquido, ou então uma barra sólida. Para painéis ou placas tem que ser instalado um dissipador de metal plano. O
dispositivo de ensaio tem que ser completamente coberto por isolamento térmico e condicionado na mínima temperatura
ambiente por pelo menos 4 h.

NOTA O dispositivo de ensaio descrito em 5.1.9 pode ser utilizado para este ensaio.

Após o período de condicionamento, a tensão nominal tem que ser aplicada e a característica de tempo/corrente tem que
ser registrada de 0 a 300 s. A corrente de partida registrada tem que ser a mais alta de três ensaios. Esta característica de
tempo/corrente não pode ser maior que o valor especificado pelo fabricante.

5.1.13 Verificação da resistência da capa metálica


A resistência da cobertura mecânica de pelo menos 3 m de comprimento do elemento aquecedor deve ser medida entre
o o
10 C e 40 C. Uma amostra representativa de painel ou placa tem que ser utilizada. A resistência tem que ser igual ou
menor que o valor especificado pelo fabricante.

5.2 Ensaios de rotina

5.2.1 Ensaio dielétrico


Cada comprimento ou item fornecido em bobina ou em peças individualmente fabricadas tem que ser submetido aos
ensaios dielétricos especificados em 5.1.2.

A capa externa polimérica utilizada para resistir à corrosão sobre a malha metálica ou cobertura metálica contínua tem que
ser submetida a um ensaio dielétrico de 1 000 V c.a. totalmente imerso em água. Como uma alternativa à imersão em
água, a isolação elétrica do elemento aquecedor pode ser submetida a um ensaio a seco, com a tensão mínima de ensaio
de 3 000 V c.a. eficaz, que tem uma forma de onda substancial senoidal de 2 500 Hz a 3 500 Hz. Para uma fonte de
alimentação de 3 000 Hz, a velocidade de deslocamento do elemento aquecedor através do equipamento de ensaio a
seco, em metros por segundo, não deve ser maior que 3,3 vezes o comprimento do eletrodo em centímetros.

5.2.2 Verificação das características nominais


As características nominais para cada comprimento fabricado de cabo aquecedor paralelo têm que ser verificada quanto à
linearidade da potência fornecida através do comprimento total ou métodos estatísticos. O valor de potência fornecida para
cada comprimento de cabo aquecedor resistivo em série ou aquecedor resistivo fixo, tem que ser verificado por medição
da resistência c.c., condutância ou corrente em uma dada temperatura. Os critérios de medição dos ensaios tem que ser
estabelecidos ou correlacionados com a verificação de ensaio de potência fornecida, especificado em 5.1.9. Se métodos
estatísticos forem utilizados, os resultados tem que representar uma confiabilidade de 95% ou maior. A potência fornecida
tem que estar de acordo com as tolerâncias especificadas pelo fabricante com um nível de confiabilidade de pelo menos
95%.
16 Projeto 03:031.03-002:2005

6 Marcação

6.1 Geral
Todos os componentes dos sistemas aquecedores, incluindo os dispositivos de proteção dos circuitos ramal, instrumentos
de monitoração e controles de temperatura, têm que ser identificados de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto
03:031.02-003).

6.2 Conjuntos ou unidades de elementos aquecedores com terminações executadas em fábrica


Para elementos aquecedores com terminações executadas em fábrica a identificação tem que ser feita em uma etiqueta
resistente e durável, permanentemente fixada à parte fria deste, a no máximo 75 mm dos acessórios de conexão de força
e deve adicionalmente incluir os seguintes dados:

a) tensão nominal ou de operação;

b) corrente nominal de operação;

c) os dizeres “Conecte a malha ou capa metálica deste elemento aquecedor a um terminal de aterramento adequado”.

6.3 Cabos em lotes


Para cabos em lotes aprovados para serem montados em conjuntos de unidades ou cabos com terminações executadas
em campo, a identificação tem que adicionalmente incluir os seguintes dados:

a) tensão nominal ou de operação;

b) potência nominal ou resistência por unidade de comprimento (na temperatura de referência);

c) os dizeres “conecte a malha ou capa metálica deste elemento aquecedor a um terminal de aterramento adequado”.

6.4 Cabos em trechos ou bobinas


Para trechos, bobinas ou qualquer lote de cabo aquecedor fornecido, têm que ser identificados com as informações
requeridas pela ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto 03:031.02-003) e adicionalmente incluir os seguintes dados:

a) de tensão nominal ou de operação;

b) potência nominal ou resistência por unidade de comprimento (na temperatura de referência);

c) os dizeres “Conecte a malha ou capa metálica deste elemento aquecedor a um terminal de aterramento adequado”;

d) os dizeres “Vide instruções de instalação”.

6.5 Kits de terminações e emendas de aquecedores


As embalagens dos kits têm que ser identificadas com as informações requeridas pela ABNT NBR IEC 60079-0 (Projeto
03:031.02-003) e suplementadas pelo seguinte:

a) a destinação de uso do kit, por exemplo, terminais de conexão de alimentação;

b) os dizeres “Conecte a malha metálica deste cabo aquecedor a um terminal de aterramento adequado”;

c) os dizeres “Vide instruções de instalação”.

6.6 Identificação da instalação


A presença de tubulações ou vasos eletricamente traceados, ou ambos, têm que ser evidenciada pelo posicionamento
apropriado de identificação ou identificadores em intervalos constantes ao longo das tubulações ou ao redor dos vasos.
Projeto 03:031.03-002:2005 17

Bibliografia

ABNT NBR IEC 60079-7 (Projeto 03:031.03-004):2005, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 7:
Segurança aumentada – Tipo de proteção “e”

IEC 60079-10:1995, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 10: Classification of hazardous areas

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