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Pré operatório

Equipe:
Cirurgião: avalia, indica cirurgia, ver riscos e complicações e faz avaliação global,
comorbidades
Anestesiologista: pode ser rápida, ambulatorial
Clínico: avaliação global, parte cardíaca, renal, endocrinológica (as vezes é necessário
especialista);
Outros: fonoaudiologia, enfermagem.

Avaliação:
Funcional: MET´s: equivalente metabólico da cirurgia (estimativa de consumo de oxigênio
por Kg/min do paciente), o quanto ele consegue ter de performance diante de demandas
metabólicas específicas pois a cirurgia com anestesia geral consome do paciente mais de 4
pontos.
M: maid: consegue fazer faxina
E escada: consegue subir 2 lances
T trote: consegue correr distâncias curtas
S sexo: consegue ter atividade
Se pontuar, tem mais de 4 mets.

Karnofsky: status pessoal do paciente


70 a 100% capacidade de realizar autocuidado
100% normal sem doença
90% normal, com poucos sintomas de doença
80% normal, com algumas dificuldades pela doença
70% capaz de autocuidado mas incapaz de atividade normal ou trabalho
40 a 60% necessita de cuidador em casa
60% autocuidado pouco dependente de ajuda
50% ajuda frequentemente e uma atenção médica
40% incapaz, necessita de cuidados especiais
20 a 30% necessita de cuidados hospitalares
30% gravemente incapaz, necessitando de hospitalização, mas sem risco de morte
20% muito doente, necessita de hospitalização imediata para suporte ou tratamento.
10% moribundo, rápida progressão obito
0% obito

ASA- risco anestésico intraoperatório


I paciente hígido: sem comorbidades, não tabagista, não etilista
II doença sistêmica leve: sem limitação funcional, tabagista ativo, etilista social, gestação,
obesidade grau I e II, diabetes controlado, HAS controlada.
III doença sistêmica grave: com limitação funcional, diabetes ou HAS não controlado,
obesidade grave, marcapasso, DRC não dialítica, DPOC, IAM e AVC há mais de 90 dias.
IV Doença sistêmica grave que é risco de vida: IAM ou AVC há menos de 90 dias, angina
instável, disfunção valvar grave, sepse, DRC dialítica.
V moribundo, que não irá sobreviver sem a cirurgia: aneurisma aórtico roto, politrauma,
hemorragia intracraniana com efeito de massa
VI morte encefálica: paciente que será submetido à cirurgia de captação de órgãos.

Via aérea
avaliar se é via aérea difícil: anestesiologista treinado enfrenta dificuldade para intubação ou
ventilação.
Classificação de Mallampatti ( para intubar temos que colocar um laringoscópio na língua,
passando pela orofaringe e hipofaringe e chegar na supraglote e visualizar a laringe com as
pregas vocais): essa classificação diz a proporção da língua com o tamanho da cavidade oral e
orofaringe, diz o quanto você consegue predizer que vai ser fácil afastar a língua e orofaringe
para ver a hipofaringe e supraglote
Classe I consegue ver todas as estruturas da orofaringe: amígdalas, palato mole, úvula
Classe II a base da língua já sobe um pouco não ver amígdalas nem tonsilas palatinas, mas vê
palato mole e úvula.
Classe III visualiza parte da úvula e palato mole
Classe IV não observa nenhuma estrutura da orofaringe, só vê palato duro.

Na emergência se não conseguir ver a boca do paciente, pode-se observar o comprimento do


pescoço, quanto maior mais fácil será a intubação.
Se a distância do mento até a cartilagem tireóide menor for <6cm, problema.
Distância do mento à fúrcula <12 cm, problema.

Risco cardiovascular
Alto risco: preenche 1 dos 4 critérios:
IAM recente (< 60 dias)
Angina instável
arritmias de alto grau
doença valvar hemodinamicamente relevante

Fluxo
Paciente tolera demanda metabólica de 4 METs? Não: fazer avaliação cardiovascular
específica. Se sim: avaliar se é de alto risco CV? não: segue o jogo. Se sim: fazer teste de
esforço. Passou? não: precisa de avaliação específica.

Exames complementares:
Elétrica do coração: ritmo: ECG
Mecânica: bombeamento: ECO
hidráulica: irrigação pelas coronárias: cintilografia/ Angio-RNM.

Quando pedir exames pré operatórios?


comparar antes e depois
Quando não pedir? < 40 anos, ASA I, com cirurgia de médio porte ( no máximo 4h).
Quando pedir? > 40 anos, ASA II ou mais, estado geral comprometido, não tolera 4 METs,
cirurgia e grande porte

Se HAS: investigar injúria renal crônica


DM: função renal, glicemia de jejum, hemoglobina glicada
Hipotireoidismo: TSH, T4 livre
DPOC: rx tórax, espirometria
DRC: ureia, creatinina, gasometria, outros eletrólitos, avaliação do nefrologista
ICC: ECO
Coronariopatia: teste de esforço, cateterismo

Para quem pedir


A age: > 40 anos
B buxa: cirurgia de grande porte ( > 4h)
C comprometimento do estado geral
D dois ASA 2 ou mais
Quais exames pedir?
E eletrólitos Na e K
F função renal: U, Cr
G glicemia
H hemograma
I INR
ECG + Rx tórax + específicos

Manejo medicamentoso
Manter: betabloqueador, diurético, anti-hipertensivo, corticoide (aumentar a dose, pois se
suspender de uma hora para outra o paciente pode fazer insuficiência adrenal), levoritoxina
Suspender: AAS ( 7 dias antes); Clopidogrel (5 dias antes); Xarelto/enoxaparina (12h antes).
Substituir: Varfarina (5 dias antes). Colhe o INR para ver se o paciente já saiu da faixa de
anticoagulação. Então inicia o Clexane e suspende 12h antes do procedimento.

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