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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 30.391/2016........................................

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“ALMIRANTE DO MAR” encalhou pela segunda vez na ponta de baixo do banco. Ele,
então, tentou várias manobras para desencalhar, mas em virtude da maré estar baixando
pararam as máquinas até a próxima maré alta. Por volta das 15h acionaram novamente as
máquinas e com o auxílio de duas embarcações que foram em seu socorro tentaram
desencalhar, mas não tiveram êxito.
Às 17h os passageiros foram transferidos para outra embarcação e
conduzidos até a cidade de Breves, de onde a armadora os conduziu até o destino na
cidade de Santana, AP, a bordo do N/M “ANA BEATRIZ”.
O N/M “ALMIRANTE DO MAR” só conseguiu se safar do encalhe às 04h,
do dia 17 de abril, com a maré alta e recursos próprios, retornando para Belém onde
chegou às 02h, do dia 18 de abril de 2015.
Durante o inquérito foram ouvidas quatro testemunhas que descreveram o
acidente como acima narrado. Todos de forma unânime afirmaram que a causa do
encalhe foi o mau tempo que anulou a visibilidade, aliado à ausência de sinais náuticos
que deveriam auxiliar a navegação naquela área. Divergiram os depoimentos, entretanto,
no seguinte: O comandante Jaime informou que os equipamentos de navegação de bordo,
inclusive o ecobatímetro, informavam a profundidade do canal de navegação, onde
ocorreu o encalhe, como sendo de aproximados 11 m, enquanto o condutor Raimundo
afirmou que ao manobrar para seguir a rota programada, o eco sonda marcava
profundidade de 7,2 m.
Os peritos concluíram que a causa determinante do acidente foi o erro de
navegação e de manobra por parte dos Condutores do N/M “ALMIRANTE DO MAR”.
O encarregado do inquérito em uniformidade de entendimento com os peritos
concluiu que a causa determinante do encalhe foi o erro de navegação e de manobra do
Condutor (CMF) Jesus de Nasaré Alves de Sousa causando avaria no pistão da máquina
do leme de boreste deixando a embarcação à deriva e erro de navegação do Condutor
(CMF) Raimundo Nonato Ribeiro de Oliveira, que ao retornar para o canal de navegação
também encalhou. Anotou como consequência do encalhe os danos ao leme e o atraso da
viagem.
Apontou como possíveis responsáveis o Contramestre Fluvial (CMF) Jesus
de Nasaré Alves de Sousa por erro de navegação e erro de manobra; o Contramestre
Fluvial (CMF) Raimundo Nonato Ribeiro de Oliveira por erro de navegação e o Piloto
Fluvial (PLF) Jaime Iberê da Silva Moura, em razão da responsabilidade intrínseca à
função de comando que exercia a bordo.
Todos foram devidamente notificados, os indiciados Jesus de Nasaré e
Raimundo Nonato apresentaram defesas previas e o Sr. Jaime Iberê não apresentou.
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