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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

DISCIPLINA:  GEOGRAFIA AGRÁRIA

PROFESSORA: CAMILA DUTRA DOS SANTOS

ALUNO: PAOLA SANTOS DA PAZ

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo de produção capitalista, agricultura e


reforma agrária. São Paulo: Labur. Edições, 2007.

Ariovaldo Umbelino de Oliveira é graduado e doutorado em Geografia


pela Universidade de São Paulo. Orientador de programa de pós-graduação em
Geografia Humana e professor titular de Geografia Agrária na FFLCH-USP. É autor
de várias obras conhecidas, e uma delas é abordada nessa produção "Modo
Capitalista de Produção, Agricultura e Reforma Agrária".

Os capítulos abordados nesse texto, trata de como se constitui a


agricultura no feudalismo, sua estruturação social, divisão de terras e, sua
transformação para o sistema capitalista a partir das demandas de novas
mercadorias que acontece de determinados solos, trazendo consigo o trabalhador
como parte de processo produtivo que ganha pela sua mão de obra.

O segundo capítulo aborda o como era a agricultura no sistema feudal. O


marco das relações sociais nesse período, era a servidão de camponeses que
cuidavam das propriedades privadas dos senhores feudais e lhes eram exigidos
tributos e prestações sobre o uso dos terrenos. Diante disse o autor diferencia
servidão de escravidão, pois, servos ainda teriam o mínimo de direitos, não eram
vistos como objetos que pudessem ser vendidos em qualquer momento, ou seja, a
servidão tinha um papel importante para o sistema feudal. Os senhores das terras
dividiam suas propriedades, onde ficavam com a parte maior e mais produtiva, as
que eram entregues para os servos eram exigidos tributos e prestações em
produção sobre o uso dos terrenos. A comunidade dos aldeões era agrupada de
aldeias cercadas pelos campos de cultivo e uso comum.

Logo adiante, o autor relata a transição do feudalismo ao capitalismo,


como consequência do aumento das indústrias e a demanda de dinheiro por parte
dos camponeses que produziam para vender nas cidades. Como o aumento da
procura de alimentos, ocorreu uma transformação gradativa das terras em
mercadoria, assim rompendo o equilíbrio do padrão de cultivo dos três campos,
fazendo com que os camponeses fossem expulsos das propriedades dos senhores
feudais e procurassem outros meios para conseguir dinheiro. Ademais, essas
transformações deixaram marcas e lutas dos camponeses, exemplo a França com a
chamada revolução de 1789, onde aboliram os últimos direitos feudais, que se
transformam em produtores individuais.

Em seguida, é comentado a agricultura sob o modo capitalista de


produção, ou seja, o processo de mudança de mercadoria para obter a mais-valia, e
que esse trabalhador agora passaria ganhar menos que produz, consumir produtos
do dia a dia bastante caros, endividando-se e tornando-se dependente do
empregador. O autor também realiza uma breve diferenciação sobre dinheiro, usado
para trocas de bens e capital como uma riqueza financeira.

Conclui-se, portanto, que o texto tratou de forma didática a agricultura


desde o feudalismo até os tempos modernos e, que afetou não apenas o seu meio,
mas também as relações sociais, que tornaram o camponês ainda mais dependente
de um senhor feudal com trabalhos servis ou de um empregador das indústrias,
vendendo sua mão de obra para sobreviver.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo de produção capitalista,


agricultura e reforma agrária. São Paulo: Labur Edições, 2007. (p. 13 a 42)

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