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Biossegurança

Princípios Gerais Risco é definido como um perigo mediado pelo


conhecimento. Onde temos o perigo ou a possibilidade de
perigo.
É uma área de conhecimento que estabelece desafios, e é
de muita importância em serviços de saúde. Aborda
medidas para proteção de toda a equipe de trabalho e para AGENTES DE RISCOS
os pacientes.
É qualquer componente de risco de natureza física,
A biossegurança abrange diversos processos e vai desde
química ou biológica que possa comprometer na saúde do
materiais laboratoriais de qualidade, até a prevenção de
homem, animal, meio ambiente ou a qualidade dos
doenças.
trabalhos desenvolvidos.

DATAS HISTÓRICAS
RISCO OCUPACIONAL
1974: Classificação de risco dos agentes etiológicos – CDC
Risco relacionados aos procedimentos específicos à
(center of disease control).
profissão desempenhada. Os profissionais da área da
1980: Precauções universais na manipulação de fluidos saúde estão constantemente expostos aos mais diversos
corpóreos. grupos de riscos ocupacionais.
1984: O primeiro workshop brasileiro de biomedicina Biológicos: Agentes infecciosos.
(Fiocruz).
Químicos: Substancias toxicas.
1986: Primeiro levantamento de riscos em laboratório na
Físicos: Radiação ou temperaturas.
Fiocruz.
Ergonômicos: Posturais.
1995: Lei brasileira de biomedicina (Nº 8974/95). Decreto
Nº 1752 Formaliza a comissão técnica nacional de Psicossociais: Estresses.
biossegurança (CNTBio).
1999: Fundação de associação nacional de biossegurança
RISCOS DE ACIDENTES
(ANBio) e 1º congresso brasileiro.
2000: A biossegurança como uma disciplina cientifica Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de
universitária. perigo e possa afetar seu bem-estar físico e moral.

2005: Regulamentação da lei brasileira de biossegurança. Primário: É a própria fonte de risco, quando por si só já é
um risco.
Secundário: É a própria fonte de risco, somado a condição
Acidentes no Trabalho insegura da pessoa.

• Falta de treinamentos, conhecimentos ou


RISCOS ERGONÔMICOS
experiencias.
• Falta de cuidados ou distrações. São aqueles que podem interferir nas características
• Fadiga, uso de remédios. psicofísicas do trabalhador afetando sua saúde ou até
• Tentativas de “ganhar tempo”. mesmo algum desconforto.
• Autoconfiança em excesso.
Ex.: Postura inadequada no trabalho, esforços físicos
intensos e repetitivos, entre outros.
RISCOS
TIPOS DE ACIDENTES EM LABORATÓRIOS RISCOS FÍSICOS

São aqueles gerados por maquinas e condições físicas que


◼ 26% Salpicos e derramamentos podem causar danos à saúde do trabalhador.
◼ 25% Agulhas.
Ex.: Temperaturas extremas, ruídos, vibrações, pressão
◼ 16% Cortes por perfurocortante.
anormal, campos elétricos, radiações, entre outros.
◼ 14% Mordidas e arranhões.
◼ 13% Pepitagem com a boca.
◼ 06% Outros.
RISCOS QUÍMICOS Explosivo: São agentes químicos que
pela ação de choque, percussão, fricção
Agentes ou substancias químicas que se encontram nas produzem centelhas ou calo suficiente
formas liquidas, gasosas e sólidas, quando absorvidas pelo para iniciar um processo destrutivo
organismo podem produzir reações toxicas e danos a através da violenta liberação de
saúde. energia.
Estas substancias podem penetrar no organismo por via
respiratórias, através da pele ou ingestão.
Ex.: Poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, Oxidante: São agentes que
substancias tóxicas, explosivas, corrosivas, entre outros. desprendem oxigênio e favorecem a
combustão. Podem inflamar
substâncias que são combustíveis ou
RISCOS BIOLÓGICOS acelerar a propagação de incêndio.

Micro-organismos como bactérias, fungos, parasitas, vírus,


entre outros. São capazes de desencadear doenças devido
a contaminação. Níveis de Biossegurança
Ex.: Hepatite A, B, C, D, E, HIV/AIDS, herpes, sarampo,
tuberculoses, entre outros. É um conjunto de práticas, equipamentos e instalações
voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos.
SÍMBOLOS DE RISCO
Existem 4 níveis de biosseguranças, crescentes no maior
grau de contenção e cumplicidades do nível de proteção. O
Facilmente inflamável: Líquidos responsável técnico é o responsável por classificar o
com pontos de inflamação inferior a laboratório.
21ºC, substancias sólidas que são fáceis
de queimar, de continuar queimando
por si só, e liberam substancias NB-1
facilmente inflamáveis.
Menor grau de risco (amplo à vários estudos).
Extremamente inflamável: Líquidos com ponto de • Não está separado das demais dependências.
inflamação inferior a 0ºC, gases, misturas de gases (que • Os equipamentos de contenção específicos não
estão presentes em forma liquida) que com o ar e a pressão são necessários.
normalmente podem se inflamar facilmente. • O organismo na área de risco I é manipulada
nesses laboratórios.
• Utilização de equipamentos de proteção
Corrosivo: Estes produtos químicos
individual.
causam destruição de tecidos vivos
• O acesso ao laboratório é ilimitado.
e/ou materiais inertes.
• Deve possuir uma pia especifica para lavar as
mãos.
Ex.: Laboratórios de escolas de ensinos fundamentais e
médios.

Tóxico: São agentes químicos que, ao


NB-2
serem introduzidos no organismo por
inalação, absorção ou ingestão, podem Envolve agentes de risco moderados, em geral agentes
causar efeitos graves e mortais. causadores de doenças infecciosas.
• Devem receber treinamentos específicos no
manejo de agentes patogênicos.
• Ser orientados sobre riscos e trabalhar sob
supervisão.
Nocivo: São agentes químicos que por
inalação, absorção ou ingestão, • O acesso ao laboratório é limitado durante os
produzem efeitos de menor procedimentos.
gravidades. • Determinados procedimentos devem ser
manipulados em cabines de segurança e
Irritante: Este símbolo indica todas as autoclave.
substâncias que podem desenvolver
uma ação irritante sobre a pele, olhos e trato respiratório. Ex.: Laboratórios de universidades.
NB-3
Aspectos Globais de Saúde
Micro-organismos de elevado risco infeccioso podendo
causar doenças sistêmicas serias e potencialmente letais. O QUE É SAÚDE?
• Devem ser utilizados barreiras de proteção A organização mundial da saúde (OMS) define como saúde
individual e toda manipulação deve ser realizada como um estado de bem-estar físico, mental e social.
em cabines de segurança biológico.
• Treinamentos específicos aos funcionários no Assim pode-se associar saúde com disposição, vigor e
manejo de agentes patogênicos e potencialmente felicidade, credita-la a boa nutrição e a existência de
letais. condições adequadas de habitação e higiene.
• Ser orientados sobre riscos e trabalhar sob
supervisão.
O QUE É DOENÇA?

É um estado em que algumas funções normais do corpo


NB-4 humano se encontram prejudicadas.
Representa o nível máximo de segurança. Certas doenças, como as mutações genéticas não podem
• É adequado ao manuseio de agentes infecciosos ser evitadas. Outras podem ser prevenidas, como
que possuem alto risco de infecção individual e de subnutrição ou dietas mal equilibradas ou as causadas por
transmissão pelo ar. parasitas.
• Vestimentas de alta segurança. Existem ainda doenças de exposições a agentes físicos e
Ex.: CDC (center of disease control). químicos e doenças mentais e patológicas.

Patógeno: Micro-organismos capaz de causar uma


Síndrome de Burnout doença. Como vírus e bactérias.
Agentes infeccioso: Organismo patogênico que é capaz
Síndrome de Burnout é a síndrome do esgotamento de desencadear infecção. Como fungos, vírus ou parasitas.
profissional, um distúrbio psíquico descrito em 1974 por
Infecção: Multiplicação de um agente infeccioso no
Freudenberger um médico americano.
corpo, na qual pode ser uma bactéria, fungo, vírus ou
Sua principal caraterística é o estado de tensão emocional parasitas.
e estresse provocado por condição de trabalho físicos,
Não patógeno: São micro-organismos que não provocam
emocionais e psicológicos desgastantes.
doenças no corpo.
Fômites: São objetos, artigos de vestimenta,
DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS instrumentos ou equipamentos contaminados que podem
transmitir doenças.
O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do
paciente e seu envolvimento e realização pessoal no Contágios: Transmissão que ocorre entre o hospedeiro
trabalho. infectado e suscetível.

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e Doenças contagiosas: Significa que é uma doença
psicoterapia. Atividades físicas e exercícios de transmissível para as outras pessoas.
relaxamentos também ajudam a controlar os sistemas. Fonte de infecção: Hospedeiro vertebrado que traz em
seu organismo agente infeccioso e que é capaz de elimina-
la (transmitindo a outro hospedeiro).
SINTOMAS
Hospedeiro: Vertebrado capaz de abrigar intimamente
Sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete ou na superfície de um agente.
em atitudes negativas, como ausências no trabalho,
Modo de transmissão: Forma pela qual se dá uma
agressividades, isolamentos, mudanças bruscas de humor,
contaminação de indivíduos susceptíveis.
irritabilidade, dificuldades de concentração, lapsos de
memorias, ansiedades, depressão, pessimismo, baixa- Parasitas: São seres vivos, que retiram de outros
autoestima. organismos os recursos necessários para a sua
sobrevivência.
Dor de cabeça, enxaquecas, cansaço, palpitação, pressão
alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios
gastrintestinais.
CONTROLE DE MICRO-ORGANISMOS

O controle de micro-organismos visa não somente o


controle de doenças infectocontagiosas bem como
prevenir contaminação ou crescimento de micro-
organismos nocivos e prevenir a deterioração e danos de Tem por finalidade:
materiais.
• Remoção e/ou redução de micro-organismos.
• Remoção de resíduos químicos, orgânicos e
Limpeza: É a remoção de materiais não desejáveis, como endotoxinas.
sujeira orgânica ou inorgânica de superfícies e objetos. A • Remoção e/ou redução de substâncias pirogênica.
limpeza comumente se faz com água, detergente e ação • Preservar o material.
mecânica.
Desinfecção: É o processo físico ou químico que irá LIMPEZA MANUAL
destruir os micro-organismos presentes em objetos
inanimados. Na desinfecção não necessariamente os É todo procedimento de limpeza realizado manualmente
esporos dos micro-organismos são destruídos. por meio de ação física. Utilizando-se água, detergente,
Esterilização: É o processo físico ou químico que tem por escovas de cerdos macias e esponjas.
finalidade destruir todos as formas de micro-organismos Durante o processo de limpeza é necessário à utilização de
inclusive os esporos micro-organismos. EPI apropriado (luva grossa de borracha antiderrapante de
Descontaminação: É o termo utilizado para a cano longo, avental, bota, gorro, protetor facial, máscara e
desinfecção ou esterilização terminal de superfícies, óculos de proteção) e sempre friccionar os artigos sob a
equipamentos ou instrumentos contaminados. água para evitar a formação de aerossóis.

Antissepsia: É o processo pelo qual micro-organismos


presentes na pele ou mucosas são eliminados. Na Detergentes: Soluções que têm a capacidade de tornar
antissepsia utiliza-se substancias microbicidas ou solúvel em água sujidades aderidas e de difícil remoção.
microbiostáticas.
Existem 2 tipos de detergentes:
Assepsia: É o procedimento pelo qual micro-organismos
• Tradicionais: Umectar, dispersar e suspender
presentes em superfícies, equipamentos ou instrumentos
sujeira.
são eliminados, com o uso de substancias microbicidas ou
• Enzimáticos: Protease, lipase e amilase
microbiostáticas.
(comumente em instrumentos de difícil acesso e
Artigos: Compreendem instrumentos de naturezas lumens estreitos).
diversas utilizadas na assistência médico hospitalar e
laboratorial. São eliminados de acordo com sua natureza,
risco para o paciente e aplicação. LIMPEZA AUTOMATIZADA

É o procedimento de limpeza realizado por máquinas


CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS automatizadas, que irão remover a sujidade por meio de
ação física e química. Os equipamentos comumente
CRÍTICOS utilizados na limpeza automatizada são:
Penetra na pele e nas mucosas dos pacientes, atingindo Lavadora ultrassônica: Utiliza a ação combinada da
tecidos sub epiteliais e sistema cardiovascular energia mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura
(instrumento perfurocortantes que tem contato com entre 500 e 55°C) e química (detergentes).
sangue). Requer: Esterilização.
Lavadora descontaminadora: Utiliza jatos de água
associadas a detergentes, com ação de braços rotativos e
bicos direcionados sob pressão.
SEMI-CRÍTICOS
Lavadora termo-desinfectadora: Utiliza jatos de água e
Entra em contato com a pele não integra ou mucosas turbilhonamento, associados à ação de detergentes. Nesta
íntegras. Requer: Desinfecção. lavadora a desinfecção ocorre por meio de ação térmica ou
termoquímica.

NÃO-ÍNTEGRAS Lavadora esterilizadora: Realiza ciclos de pré-limpeza,


limpeza com detergente, enxágue e esterilização.
Entra em contato com a pele íntegra. Requer: Limpeza.

DESINFECÇÃO
LIMPEZA
Na desinfecção podemos ter níveis diferentes, sendo eles:
A limpeza é o processo que irá preceder as ações de
Alto nível: Elimina todos os micro-organismos na forma
desinfecção e/ou esterilização e é importante lembrarmos
vegetativa, e alguns esporos de micro-organismos. Requer
que quanto mais limpo estiver o artigo, menores as
enxágue do material com água estéril e manipulação com
chances de ocorrerem falhas na esterilização do mesmo. A
técnica asséptica.
limpeza pode ser desenvolvida de forma manual ou
automatizada.
Nível intermediário: Elimina os micro-organismos na Estufa ou forno de Pasteur: Consiste de uma câmara
forma vegetativa, a maioria dos fungos e vírus, inclusive o dotada de um elemento aquecedor elétrico (resistência)
bacilo da tuberculose, porém não elimina nenhum esporo que aquece a câmara e o seu conteúdo, além disso, existe
de micro-organismos. um termostato que regula a temperatura desejada e um
orifício na parte que permite a colocação do termômetro.
Nível baixo: Elimina a maioria dos micro-organismos na
forma vegetativa, alguns fungos e vírus, no entanto não Por este método, podem ser esterilizados materiais que
elimina o bacilo da tuberculose, nem esporos de micro- não podem ser molhados como, bolas de algodão e
organismos. compressas de gaze, entre outros.
A desinfecção pode ocorrer por processos físicos, onde
temos um alto nível de desinfecção, como a Pasteurização
CARACTERÍSTICAS DO CALOR ÚMIDO
(água 75°C por 30 minutos) e pela utilização da lavadora
termo-desinfectadora (600 95°C). Fervura: Atua desnaturando as proteínas, mata os
patógenos bacterianos vegetativos e fungos, e quase todos
os vírus, dentro de 10 min.
ESTERILIZAÇÃO
Menos efetivo em endósporos. Utilizado para utensílios
Processo que promove completa eliminação ou destruição como pratos, talheres, jarras e alguns equipamentos.
de todas as formas de micro-organismos presentes: vírus,
Autoclavação: É um dos métodos mais eficazes de
bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável
destruição de micro-organismos. A esterilização por calor
nível de segurança. O número, tipo e localização dos micro-
úmido é efetuada em autoclaves, que consiste numa
organismos influenciam os processos de esterilização, bem
câmara com vapor de água saturado à pressão de 01 atm
como a presença de matéria orgânica, concentração,
acima da pressão atmosférica de ebulição da água.
tempo de exposição e fatores físicos, como temperatura e
umidade relativa. • Normalmente usa-se 121°C a 01 atm durante 15
min.
• De modo a assegurar a morte de todas as formas
RADIAÇÃO de vida bacteriana, incluindo a dos endósporos
bacterianos mais resistentes ao calor.
Ionizantes: Não disseminados na esterilização de rotina. • O método de autoclavação pode ser utilizado em
Usados para esterilizar produtos farmacêuticos e diversas situações: esterilizar roupas,
suprimentos médicos e dentários. Atuam destruindo o instrumentos médicos, odontológicos, cirúrgicos
DNA por raios gama e feixes de elétrons de alta energia. e materiais reutilizáveis.
Não ionizante: Radiação não muito penetrante. Usado • Quanto maior a pressão na autoclave maior a
para controle de ambiente fechado. Atua lesando o DNA temperatura.
pela luz UV.

FILTRAÇÃO Vírus
É a passagem de um liquido ou gás através de um material São parasitas intracelulares obrigatórios, portanto, só iram
semelhante a uma tela, com poros pequenos o suficiente se replicar (reproduzir) no interior de células vivas.
para reter os micro-organismos. Hepatite.
A filtração é usada para esterilizar os materiais sensíveis ao • O genoma é constituído por apenas um só
calor, como alguns meios de cultura, enzimas, vacinas e material genético. DNA ou RNA.
soluções antibióticas. • A palavra vírus, deriva do latim e significa veneno
Filtros de membrana: Compostos de substâncias como ou fluido venenoso.
ésteres de celulose ou polímeros plásticos, tornaram-se • A palavra vírus era utilizada, desde a antiguidade
populares para uso industrial e laboratorial. até o final do século passado, para designar vários
tipos de agentes nocivos ou venenosos.
Filtros hepa: (High Efficiency Particulate Air) Removem
quase todos os micro-organismos maiores que cerca de 0,3
micrometros de diâmetros.
HIV (VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA)

COMUM mais de 150 mil casos por ano (Brasil).


CALOR SECO E ÚMIDO
• Propaga-se por contato sexual.
CARACTERÍSTICAS DO CALOR SECO • O tratamento pode ajudar, mas essa doença não
Chama direta: Queima os contaminantes através de uma tem cura.
chama. Método efetivo de esterilização para alças de • Crônico pode durar anos ou a vida inteira.
laboratórios. • Requer um diagnóstico médico.
• Sempre requer exames laboratoriais ou de Nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática,
imagem. câncer ou o surgimento de feridas. Em casos mais leves, a
doença desaparece sozinha.

A AIDS é causada pelo vírus HIV, que interfere na Casos crônicos necessitam de medicação e, possivelmente,
capacidade do organismo de combater infecções. O vírus de um transplante de fígado.
pode ser transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou
fluidos vaginais infectados.
Os sintomas da AIDS incluem perda de peso, febre ou
sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.
Não existe cura para a AIDS, mas uma adesão estrita aos
regimes antirretrovirais (ARVs) pode retardar
significativamente o progresso da doença, bem como
prevenir infecções secundarias e complicações.

TRANSMISSÃO

• Por produtos com sangue (agulhas sujas ou


sangue não testado).
TRANSMISSÃO
• De mãe para bebê durante a gravidez, parto ou
• Por produtos com sangue (agulhas sujas ou amamentação.
sangue não testado). • Por sexo vaginal, anal ou oral sem proteção.
• De mãe para bebê durante a gravidez, parto ou
amamentação.
• Por sexo vaginal, anal ou oral sem proteção. TRATAMENTO

Em casos mais leves, a doença desaparece sozinha. Casos


crônicos necessitam de medicação e, possivelmente, de
TRATAMENTO
um transplante de fígado.
Não existe cura para a AIDS, mas uma adesão estrita aos
regimes antirretrovirais (ARVs) pode retardar
significativamente o progresso da doença, bem como HEPATITE C
previne infecções secundárias e complicações.
COMUM mais de 150 mil casos por ano (Brasil).
• O tratamento pode ajudar, mas essa doença não
HEPATITE B tem cura.
• Propaga-se facilmente.
COMUM mais de 150 mil casos por ano (Brasil). • Requer um diagnóstico médico.
• Propaga-se por contato sexual. • Sempre requer exames laboratoriais ou de
• Pode ser evitada por meio de vacina. imagem.
• O tratamento é feito com auxílio médico.
• Requer um diagnóstico médico.
Infecção causada por um vírus que ataca o fígado e provoca
• Sempre requer exames laboratoriais ou de
inflamação. O vírus é transmitido pelo contato com sangue
imagem.
contaminado, por exemplo, por meio do
compartilhamento de agulhas ou cie equipamentos de
Uma infecção grave do fígado causada pelo vírus da tatuagem não esterilizados. A maioria das pessoas não
hepatite B, que pode ser facilmente prevenida por meio de apresenta sintomas.
vacina. Essa doença é transmitida com maior frequência Aqueles que desenvolvem sintomas podem ter fadiga,
pela exposição a fluidos corporais infectados. náuseas, perda de apetite e amarelamento dos olhos e da
Os sintomas variam e incluem amarelamento dos olhos, pele.
dor abdominal e urina escura. Algumas pessoas, A hepatite C é tratada com medicamentos antivirais. Em
especialmente crianças, não apresentam sintomas. algumas pessoas, os medicamentos mais recentes podem
erradicar o vírus.
Profissionais de Saúde e MATERIAIS BIOLÓGICOS

Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e


Tipos de Exposições secreções vaginais são considerados materiais biológicos
envolvidos na transmissão do HIV. Apesar do sêmen e das
Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos secreções vaginais estarem frequentemente relacionados
potencialmente contaminados devem ser tratados como à transmissão sexual desses vírus, esses materiais não
casos de emergência médica, uma vez que, para se obter estarão envolvidos habitualmente nas situações de risco
maior eficácia, as intervenções para profilaxia da infecção ocupacional para profissionais de saúde.
pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciadas logo após a Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico),
ocorrência do acidente. líquido amniótico, líquen e líquido articular são fluidos e
É importante ressaltar que as profilaxias pós-exposição não secreções corporais potencialmente infectantes. Não
são totalmente eficazes. Assim, a prevenção da exposição existem, no entanto, estudos epidemiológicos que
ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal e permitam quantificar os riscos associados a estes materiais
mais eficaz medida para evitar a transmissão do HIV e dos biológicos.
vírus da hepatite B e C. Estas exposições devem ser avaliadas de forma individual,
já que, em geral, estes materiais são considerados como de
baixo risco para transmissão virai ocupacional. Suor,
TIPOS DE EXPOSIÇÕES lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva
(exceto em ambientes odontológicos) são líquidos
As exposições que podem trazer riscos de transmissão
biológicos sem risco de transmissão ocupacional.
ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites 13 (HBV) e C
(HCV) são definidas como: Nestes casos, as profilaxias e o acompanhamento clínico-
laboratorial não são necessários. A presença de sangue
Exposições percutâneas: Lesões provocadas por
nestes líquidos torna-os materiais infectantes.
instrumentos perfurantes e cortantes (por exemplo
agulhas, bisturi, vidrarias). Qualquer contato sem barreira de proteção com material
concentrado de vírus (laboratórios de pesquisa, com
Exposições em mucosas: Por exemplo quando há
cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve ser
respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ou
considerado uma exposição ocupacional que requer
genitália.
avaliação e acompanhamento.
Exposições cutâneos (pele não-íntegra): Por exemplo
contato com pele com dermatite ou feridas abertas.
Mordeduras humanas: Consideradas como exposição
de risco quando envolverem a presença de sangue,
Risco e Transmissão
devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou
a lesão quanto àquele que tenha sido exposto. (Vírus da Hepatite)
RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B

Risco de Transmissão O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV)


está relacionado, principalmente, ao grau de exposição ao
(Aids) sangue no ambiente de trabalho e também à presença ou
não do antígeno HBeAg no paciente-fonte.

RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA Em exposições percutâneas envolvendo sangue


IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA sabidamente infectado pelo HBV e com a presença de
HBeAg (o que reflete uma alta taxa de replicação virai e,
Vários fatores que podem interferir no risco de portanto, uma maior quantidade de vírus circulante), o
transmissão do HIV. risco de hepatite clínica varia entre 22 a 31% e o da
Estudos realizados estimam, em média, que risco de evidência sorológica de infecção de 37 a 62%.
transmissão do HIV é de 0,3% (IC 95% = 0.2 — 0.5%) em Quando o paciente-fonte apresenta somente a presença
acidentes percutâneos de 0,09 % (IC 95% = 0.006 — 0.5%) de HBsAg (HBeAg negativo), o risco de hepatite clínica varia
após exposições em mucosas. de 1 a 6% e o de soro conversão 23 a 37%.
O risco após exposições envolvendo pele não-íntegra não Apesar das exposições percutâneas serem um dos mais
é precisamente quantificado, estimando-se que ele seja eficientes modos de transmissão do HBV, elas são
inferior ao risco das exposições em mucosas. responsáveis por uma minoria dos casos ocupacionais de
hepatite B entre profissionais de saúde.
Já foi demonstrado que, em temperatura ambiente, o HBV
pode sobreviver em superfícies por períodos de até 1
semana.
Portanto, infecções pelo HBV em profissionais de saúde, Precauções básicas ou precauções padrão são
sem história de exposição não-ocupacional ou acidente normatizações que visam reduzir a exposição aos materiais
percutâneo ocupacional, podem ser resultado de contato, biológicos. Essas medidas devem ser utilizadas na
direto ou indireto, com sangue ou outros materiais manipulação de artigos médico-hospitalares e na
biológicos em áreas de pele não-íntegra, queimaduras ou assistência a todos os pacientes, independente do
em mucosas. diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa
(HIV/aids, hepatites B e C).
A possibilidade de transmissão do HBV a partir do contato
com superfícies contaminadas também já foi demonstrada Recomenda-se o uso rotineiro de barreiras de proteção
em investigações de surtos de hepatite 8, entre pacientes (luvas, capotes, óculos de proteção ou protetores faciais)
e profissionais de unidades de hemodiálise. O sangue é o quando o contato muco cutâneo com sangue ou outros
material biológico que tem os maiores títulos de HBV e é o materiais biológicos puder ser previsto.
principal responsável pela transmissão do vírus nos
Incluem-se ainda as precauções necessárias na
serviços de saúde.
manipulação de agulhas ou outros materiais cortantes,
O HBV também é encontrado em vários outros materiais para prevenir exposições percutâneas, e os cuidados
biológicos, incluindo leite materno, líquido biliar, líquen, necessários de desinfecção e esterilização na reutilização
fezes, secreções nas faringes, saliva, suor e líquido de instrumentos usados em procedimentos invasivos.
articular.
A maior parte desses materiais biológicos não é um bom
CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA EXPOSTA
veículo para a transmissão do HBV. As concentrações de
partículas infectantes do HBV são 100 a 1.000 vezes menor
• Recomenda-se como primeira conduta, após a
do que a concentração de HBsAg nestes fluidos.
exposição a material biológico, os cuidados
imediatos com a área atingida.
• Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do
RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C
local exposto com água e sabão nos casos de
O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma exposições percutâneas ou cutâneas.
eficiente através do sangue. A incidência média de soro • Apesar de não haver nenhum estudo que
conversão, após exposição percutânea com sangue demonstre o benefício adicional ao uso do sabão
sabidamente infectado pelo HCV é de 1.8% (variando de O neutro nesses casos, a utilização de soluções
a 7%). antissépticas degranes é uma opção.

Um estudo demonstrou que os casos de contaminações só

Saúde do Trabalhador
ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen.
O risco de transmissão em exposições a outros materiais
biológicos que não o sangue não é quantificado, mas
considera-se que seja muito baixo. A Saúde do Trabalhador constitui uma área da saúde
pública que tem como objeto de estudo e intervenção das
A transmissão do HCV a partir de exposições em mucosas relações entre o trabalho e a saúde e tem como objetivos
é extremamente rara. a proteção e promoção da saúde do trabalhador.
Nenhum caso de contaminação envolvendo pele não- Alguns fatores podem influenciar a saúde do trabalhador,
íntegra foi publicado na literatura. como: fatores sociais, econômicos, tecnológicos e
Nos casos de exposição não ocupacional, estima-se que 30- organizacionais responsáveis pelas condições de vida.
40% dos casos não têm forma de infecção identificada. No Brasil um dos instrumentos de gestão da segurança do
Ao contrário do HBV, dados epidemiológicos sugerem que trabalho é o Serviço Especializado em Engenharia de
o risco de transmissão do HCV, a partir de superfícies Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), este tem
contaminadas não é significativo, exceto em serviços de por finalidade zelar pela segurança e saúde do trabalhador
hemodiálise, onde já foram descritos casos nos quais e, por consequência, influenciar na produtividade da
houve contaminação ambiental e níveis precários de empresa.
práticas de controle de infecção. Entre as estratégias usadas para a promoção e prevenção
da saúde do trabalhador está a implementação do Sistema
Integrado de Prevenção de Riscos do Trabalho (SPRT).
Exposição a Materiais Este sistema consiste no conjunto permanente de ações,
medidas e programas, previstos em normas e
Biológicos regulamentos, além daqueles desenvolvidos por livre
iniciativa da empresa.
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais Juntamente com o sistema de Prevenção de Riscos do
biológicos é a principal medida para que não ocorra Trabalho, é de responsabilidade do empregador a
contaminação por patógenos de transmissão sanguínea implantação dos:
nos serviços de saúde.
• Programa de Controle de Medicina e Saúde • São alguns exemplos, o uso de vidro e visores
Ocupacional (PCMSO). plumbiferos, biombos e divisórias, entre outros.
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA).
• Comissão Interna de Prevenção de Acidentes BARREIRA SECUNDÁRIA
(CIPA).
As barreiras secundárias nada mais são que as soluções
físicas presentes no ambiente de trabalho que
PREVENÇÃO proporcionam uma proteção do meio ambiente externo ao
laboratório contra exposição à radiação. Algumas soluções
Prevenção é o conjunto de medidas e recomendações que físicas são:
visam evitar e/ou diminuir a transmissão direta ou indireta • Argamassa baritada.
de micro-organismos de importância epidemiológica entre
• Lençol plumbifero.
pacientes, profissionais de saúde ou visitantes dentro dos
• Portas de aço.
serviços de saúde, evitando assim, as consequências das
doenças. A prevenção pode ser a inespecífica ou específica.
Medidas inespecíficas: São medidas gerais, com o
objetivo de promover o bem-estar das pessoas. Mapa de Risco
Medidas específicas: São medidas restritas, incluem as O Mapa de Risco é uma maneira eficiente de proteger seus
técnicas próprias para lidar com cada agravo em particular. funcionários, mostrando claramente os riscos que o
ambiente de trabalho pode apresentar.

BARREIRA PRIVADA Para conseguir essa visualização, é preciso estudar a


empresa de forma efetiva para, assim, chegar a um
O uso de equipamentos de proteção (individual e coletivo) diagnóstico sobre os perigos de cada de setor.
fornece à proteção necessária ao trabalhador e do meio O Mapa de Risco foi criado na década de 60, pelos italianos,
ambiente. e chegou em terras brasileiras apenas no fim dos anos 70.
As substâncias manipuladas e os equipamentos operados com o aumento da produção industrial e do índice de
podem resultar numa série de acidentes (intoxicações, acidentes, logo em seguida, o método começou a ser
envenenamentos, utilizado nas fábricas e ambientes de industriais e, em
1992, ele se tornou obrigatório.
queimaduras térmicas e químicas, contágio por agentes
biológicos, incêndios, explosões). Desde então, o Mapa de Risco é exigido em todos os países
em que a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Esses acidentes podem ser evitados ou minimizados pelo
Acidentes) está presente e sua ausência pode acarretar em
uso de equipamentos de proteção individual e coletivos de
multas de alto de valor.
forma correta.
Esta recomendação foi inicialmente proposta no Brasil no
final da década de 1970, mas tornou-se obrigatória a partir
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI ) da
Portaria no. 5 de 18/08/92, do DNSST (Departamento
A função principal do EPI é proteger o trabalhador do
Nacional de Segurança e Saúde do trabalhador) do
contato com:
Ministério do Trabalho.
• Radiação direta.
Atualmente a preocupação com as condições e segurança
• Materiais perfurocortantes, em caso das Análises
ocupacional induziu ao aumento da preocupação do
Clínicas.
trabalhador e técnico responsável pelo setor em
• Substâncias químicas e físicas.
documentar as informações e confecção de mapa de risco
• Entre outros agentes e situações nocivas à saúde. ocupacional.
Ou seja, o EPI é um dispositivo destinado a proteger a
integridade física e a saúde do trabalhador.
DADOS NECESSÁRIOS

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) Informar ao profissional técnico que compõe o quadro de
trabalhadores do setor quanto aos diferentes riscos e sua
• Os EPCs são equipamentos que servem para classificação.
minimizar a exposição dos grupos de Fazer levantamento das diversas atividades dos setores da
trabalhadores aos riscos. unidade de forma individual (secretaria/CPD, recepção,
• Estes equipamentos irão possibilitar a proteção laboratório)
da equipe do hospital ou clínica e do meio
ambiente. De posse da planta baixa e alta (caso haja) identificar e
distribuir as atividades desenvolvidas em cada área
delimitada (secretaria, CPD, recepção, laboratório, sala de
lavagem, sala de esterilização). Uso de Animais em
Identificar nas áreas determinadas na planta do setor os
riscos de pequena, média e grande gravidade nas diversas Laboratório
atividades, cujo grau é demonstrado com círculos de
diâmetros variados 1 cm, 2 cm e 4 cm respectivamente, e Animais de Laboratório são animais criados ou mantidos
suas diferentes classificações de risco ocupacional em Biotério para uso exclusivo em experiências cientificas
demonstradas com cores verde, vermelho, amarelo e azul. e teste para comprovar a eficiência de produtos tais como
as vacinas, medicamentos, cosméticos e etc. Atualmente já
existem vários estudos que pretendem substituir os
FUNÇÃO animais nestes testes.
Todos esses produtos, necessitam ser testados para se
É importante para que os riscos sejam identificados e
verificar se eles são eficazes para o que se destina e se eles
mostrados aos funcionários para que eles possam ter mais
não possuem algum componente que possa prejudicar a
cautela ao acessar os locais com mais riscos e para que a
nossa saúde. Esses produtos são testados em animais, para
empresa possa fornecer equipamentos de segurança
somente depois serem liberados para o consumo, mas, é
adequados aos riscos que um determinado local oferece
claro, não se testa cada produto, os testes são feitos
aos trabalhadores.
através de uma amostragem de lotes produzidos para que
Mas é importante lembrar que a função da CIPA e do assim se possa diminuir ao máximo o número de animais
SESMT é tentar minimizar tais riscos para os trabalhadores. utilizados.
E o mapa de risco tem função importantíssima neste
A lei para uso de animais em experimentação foi
processo.
sancionada a partir de outubro de 2008. A Lei Arouca
n°11.794 regulamenta a criação e a utilização de animais
em atividade de ensino e pesquisa científica em todo o
território nacional.
Com o advento dessa lei, foram criados o Conselho
Nacional de Experimentação Animal (Concea), o Sistema
de Cadastro das Instituições de Uso Cientifico de Animais
(Ciuca) e as normas para funcionamento das Comissões de
Éticas em Uso Animal (CEUAS) cujo objetivo é garantir o
atendimento ético e humanitário do uso de animais para
fins científicos.

COMITÊ DE ÉTICA EM USO ANIMAL (CEUA)

Com o advento dessa lei, foram criados o Conselho


Nacional de Experimentação Animal (Concea), o Sistema
Cor verde: Riscos físicos, como forte calor ou frio, de Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais
umidade em excesso, ruído excessivo, entre outros. (Ciuca) e as normas para funcionamento das Comissões de
Éticas em Uso Animal (CEUAS) cujo objetivo é garantir o
Cor vermelha: Riscos químicos, como exposição a odores
atendimento ético e humanitário do uso de animais para
desagradáveis ou tóxicos, fumaça, gases tóxicos, entre
fins científicos.
outros.
Cor marrom: Riscos biológicos, como presença de insetos
ou outros animais nocivos, exposição a vírus, bactérias ou BIOTÉRIO
fungos, entre outros.
O biotério é o local onde são criados ou mantidos animais
Cor amarela: Riscos ergonômicos, como necessidade de
vivos de qualquer espécie destinadas à pesquisa cientifica.
levantamento de peso excessivo, lesão por esforço
É construído em uma área física de tamanho e divisões
repetitivo, turnos em horários diversos, postura errada ao
adequadas, onde trabalha pessoas especializadas. Não
executar movimentos, entre outros.
podem faltar água e alimentação especifica para cada
Cor azul: Riscos de acidentes, que podem ser causados espécie animal assim como ter temperatura constante e
devido à má preparação do ambiente de trabalho, como iluminação artificial apropriada.
iluminação inadequada, não utilização de equipamentos
de segurança, entre outros.
OS 3R’S CULTIVO TRADICIONAL X OGM
REFINEMENT CULTIVARES TRADICIONAIS

Os cientistas propõem que as técnicas e os procedimentos VANTAGENS:


que serão realizados nos animais sejam menos invasivos e
• Obtidas por metodologias mais conhecidas e
o mais refinado possível, sendo capazes de reduzir a dor, a
tecnicamente mais acessíveis, pelo que há um
angustia e o sofrimento animal. Esse refinamento abrange
maior número de empresas produtoras destas
protocolos experimentais bem definidas de anestesia,
cultivares.
analgesia, assim como a utilização, sempre que necessário
• Podem ter uma grande diversidade de
de anti-inflamatórios e antibióticos, no pré e no pós-
características introduzidas.
cirúrgico.
• Frequentemente estão mais adaptadas a
condições ambientais específicas.
REDUCTION
• As técnicas de melhoramento destas cultivares
também são usadas em OGMs.
Consiste na redução do número de animais por
experimento, sem prejudicar a qualidade do resultado
DESVANTAGENS:
experimental. Esta pode ser obtida, por exemplo, com
cálculos amostrais bem definidas e com a escolha do • Desenvolvimento da cultivar é demorado.
melhor modelo biológico a ser utilizado. Para o tratamento • Dificuldade em obter determinadas
estatístico podem ser considerados testes pilotos que características.
muitas vezes definem com mais precisão o número de • Risco de introdução de genes indesejáveis.
animais a serem utilizados. • Desconhecimento da natureza das melhorias
introduzidas.

REPLACEMENT
OGM
Consiste na substituição do uso de animais por modelos
alternativos não sensíveis, sempre que possível ou por VANTAGENS:
animais com sistema nervoso menos desenvolvidos. Dessa
forma, a lei vigente no país criou uma câmara permanente • Permite com precisão introduzir 1 a 8 genes de
intituladas métodos alternativos, para a validação e a cada vez, sendo que a prazo será permitido
divulgação desses métodos. introduzir um maior número.
• Segurança alimentar:
▪ São sujeitos a elevada regulação e testes
NOVAS ALTERNATIVAS exaustivos.
▪ Presentemente centenas de milhão de
• Cultura de células. refeições são servidas diariamente com
• Galleria Mellonella (lagarta da mariposa). produtos OGM.
• Zebra Fish (peixe paulistinha). • Frequentemente contribuem para a melhoria do
• Drosophila Melanogaster (mosca da fruta). ambiente por permitirem reduzir o uso de
pesticidas.
• Redução dos custos de produção e/ou aumento

Transgênicos •
da produtividade.
Possibilidade de se ter maior gama de herbicidcts.
• Em algumas espécies, o preço da produção é mais
Os Transgênicos (ou organismos geneticamente competitivo do que o das cultivares tradicionais.
modificados) são organismos que adquiriram, pelo uso de • Possibilidade de melhorar a qualidade da
técnicas modernas de Engenharia Genética, características produção.
de outro organismo. O termo geneticamente modificado
tem sido utilizado para descrever a aplicação da tecnologia
do DNA recombinante para a alteração genética de DESVANTAGENS:
animais, plantas e micro-organismos. Ou seja, é todo
• Demasiadas restrições ao seu cultivo, como no
organismo que teve seu material genético modificado, de
seu licenciamento, o que torna o
modo a favorecer alguma característica desejada.
desenvolvimento de novas cultivares muito cara.
Organismos que, por técnicas de biotecnologia, contêm • Poucas empresas detêm registo de cultivares
material genético de outras espécies. Todos os geneticamente modificadas.
transgênicos são OGM, mas nem todos os OGM são • Risco de passar genes a outras plantas:
transgênicos. ▪ Obriga a distâncias mínimas de
segurança.
▪ Limitado no atroz e a aveia, organismos geneticamente modificados - OGM e
nomeadamente em características que seus derivados.
lhe dão maior competitividade. B. Cria o Conselho Nacional de Biossegurança –
▪ Impedido de ser cultivado em zonas de CNBS.
grande diversidade genética de C. Reestrutura a Comissão Técnica Nacional de
determinadas espécies com que se possa Biossegurança – CTNBio.
cruzar. D. Dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança
• Má percepção do público em geral devido à má – PNB
informação e muita difamação.

OBJETIVO DA LEI N. 11.105/2005


CARACTERÍSTICAS INTRODUZIDAS EM OGM
Estabelecer normas de segurança e mecanismos de
• Ação inseticida. fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a
• Tolerância a infeções virais. manipulação, o transporte, a transferência, a importação,
• Resistência a herbicidas. a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a
• Alteração da maturação dos frutos. comercialização, o armazenamento, a pesquisa, a
• Retardar da senescência. comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente
• Tolerância a estresses ambientais. e o descarte de organismos geneticamente modificados –
• Alteração da pigmentação das flores. OGM e seus derivados. Para tanto, define atribuições
• Melhoria da qualidade proteica dos grãos e especificas, conforme segue adiante.
redução do grau de saturação de ácidos gordos.
• Aumento da produtividade.
DA ROTULAGEM

O Decreto n. 4.680, de 24 de abril de 2003, conhecido como


(ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICÁVEIS) LEI
"Lei da Rotulagem", regulamenta:
11.105/2005
A. O direito à informação, assegurado pelo Código
CF/88: art. 225, § 1°, incisos II, IV e V. de Defesa do Consumidor, quanto aos alimentos
e ingredientes alimentares destinados ao
Lei n° 11.105/2005
consumo humano ou animal que contenham ou
Resolução CONAMA n° 305, de 12 junho de 2002. sejam produzidos a partir de OGMs.
B. A obrigação de que o consumidor seja informado
da natureza transgênica do produto oriundo da
Objetivo da unidade: Fazer um estudo da Lei comercialização de alimentos e ingredientes
11.105/2005 para conhecer importante norma que vem a alimentares destinados ao consumo humano ou
estabelecer regras de segurança e fiscalização animal que contenham ou sejam produzidos a
relativamente a OGM. partir de OGMs, com presença acima do limite de
um por cento do produto.

PRINCÍPIO (PRINCIPAL)

O princípio da precaução ambiental na Administração


Pública (com regência constitucional) faz parte da Política
Nacional do Meio Ambiente - PNMA, com balizas próprias
para o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório,
em situações de risco e se revela em nível federal pela "Lei
de Biossegurança" (Lei, n° 1 1 .105/2005).
Em atendimento ao mencionado princípio, a Resolução
CONAMA n° 305/2002 obriga o licenciamento ambiental e
o EIA/RIMA para liberação de qualquer organismo
geneticamente modificado no meio ambiental.

OGM: ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

'Lei 11.105/2005: criada com o objetivo de regulamentar


os incisos II, IV e V, do parágrafo 1° do artigo 225 da
Constituição Federal, estabelece, em síntese:
A. Normas de segurança e mecanismos de
fiscalização de atividades que envolvam

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