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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


NR-20

RISCOS QUÍMICOS
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO DE INTEGRAÇÃO – Trabalhador indireto e advertido

CURSO BÁSICO – Trabalhador direto com acesso intermitente

CURSO INTERMEDIÁRIO – Mantenedor, Inspetor em classe I, II e III e


Operador com atendimento a emergências em instalações classe I

CURSO AVANÇADO I – Operador com atendimento a emergências em


instalações classe II

CURSO AVANÇADO II – Operador com atendimento a emergências em


instalações classe III

CURSO ESPECÍFICO – Técnico de Segurança do trabalho em instalações


classe II e classe III
Módulos
2
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO DE INTEGRAÇÃO

1. RISCOS COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


2. MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
3. FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EMERGENCIAIS

Módulo I – 4h
3
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO BÁSICO
1. RISCOS COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS
2. MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
3. FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EMERGENCIAIS
5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS
PRÁTICA MÓDULO II – COMBATE AO FOGO

Módulo II – 8h
4
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO INTERMEDIÁRIO

1. RISCOS COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


2. MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
3. FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EMERGENCIAIS
5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS
PRÁTICA MÓDULO III – COMBATE AO INCÊNDIO

5
CURSO INTERMEDIÁRIO

6. ESTUDO NA NORMA REGULAMENTADORA N.º 20


7. ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/RISCOS
EXERCÍCIOS PRÁTICOS – APP / APR
8. PERMISSÃO DE TRABALHO COM INFLAMÁVEIS

Módulo III – 16h


6
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO AVANÇADO I

1. RISCOS COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


2. MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
3. FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EMERGENCIAIS
5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS

7
CURSO AVANÇADO I

6. ESTUDO NA NORMA REGULAMENTADORA N.º 20


7. ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/RISCOS
8. PERMISSÃO DE TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
9. ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
10. PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Módulo IV – 24h
8
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO AVANÇADO II

1. RISCOS COM COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


2. MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
3. FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EMERGENCIAIS
5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM INFLAMÁVEIS

9
CURSO AVANÇADO II

6. ESTUDO NA NORMA REGULAMENTADORA N.º 20


7. ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/RISCOS
8. PERMISSÃO DE TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
9. ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
10. PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
11. NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA DE PROCESSO
12. NOÇÕES BÁSICAS DE GESTÃO DE MUDANÇA

Módulo V – 32h
10
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E
COMBUSTÍVEIS

CURSO ESPECÍFICO

6. ESTUDO NA NORMA REGULAMENTADORA N.º 20


7. METODOLOGIA DE ANÁLISE RISCOS
8. PERMISSÃO DE TRABALHO COM INFLAMÁVEIS
9. ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
10. PLANEJAMENTO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Módulo TS – 16h
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Risco Químico
É classificado como um agente de risco ambiental.
São substâncias ou produtos químicos do processo que
possam penetrar no organismo por via respiratória, contato,
ingestão e injeção, nas seguintes formas:
• Gases e Vapores:
Irritantes, asfixiantes, narcóticos anestésicos;
• Aerodispersóides:
Poeira, fumos, névoas, neblina, fumaça.
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Risco Químico
É o perigo a que um indivíduo está exposto ao manipular
produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou
prejudicar-lhe a saúde.
Os danos físicos relacionados à exposição química incluem,
desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras
de primeiro grau, indo até lesões de maior severidade,
causados por corrosivos, incêndio ou explosão.

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Agentes de Risco Químico
Os agentes de risco químico são as substâncias, compostos
ou produtos que possam penetrar no organismo do
trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela
natureza da atividade e de exposição, possam ter contato ou
ser absorvido pelo organismo através da pele ou por
ingestão.

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Substância química
Substância química é qualquer material com uma
composição bem definida que não se consegue separar por
qualquer método mecânico ou físico e que mantém as
mesmas características físicas e químicas em qualquer
amostra obtida.
A substância pode ser simples ou composta.

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Substância química simples
É formada por somente um elemento químico. Por exemplo:
o hélio (He) é formado por um só átomo deste elemento; o
hidrogênio, formado por dois átomos desse elemento ligados
(H-H, e escreve-se H2); o cloro (Cl2), formado também pela
ligação de dois átomos; e o enxofre, formado por oito átomos
(S8).
Hélio = He
Hidrogênio = dois átomos ligados H-H – escreve-se H2
Cloro = dois átomos ligados Cl-Cl – escreve-se Cl2
Enxofre = oito átomos ligados em círculo – escreve-se S8
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Substância química composta
É formada por mais de um elemento, como a água, que tem
molécula formada por dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio (H2O), o sal de cozinha, que é formado por cloro e
sódio (NaCl), o clorofórmio (CHCl3), que é formado por um
átomo de carbono, três de cloro e um de hidrogênio, e o
benzeno, formado por seis átomos de carbono e seis de
hidrogênio (C6H6).
Água = dois de hidrogênio e um átomo de oxigênio – H2O
Sal de cozinha = um átomo de sódio e um de cloro – NaCl

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Isomeria
Mesmo com fórmula molecular idêntica, as substâncias
possuem diferentes estruturas espaciais, cada uma com
propriedades físico-químicas próprias, podendo ter efeitos à
saúde também diferentes.

Produto químico
Pode ser tanto uma só substância química, como uma
mistura de substâncias.

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Barreira de contenção para agentes químicos
São dispositivos ou sistemas que protegem o meio ambiente
e operador do contato com vazamentos de substâncias
químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos
inflamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes
oxidantes e substâncias explosivas.

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20
Inflamabilidade e explosão
Quando o gás existente acima da superfície de um líquido é
inflamável, o calor produzido é normalmente bastante para
fazer emanar do liquido, gás em quantidade suficiente para
alimentar a chama, de tal modo que parece que é o líquido
que está queimando.
Na verdade, é o gás que está sendo queimado e que está
sendo continuamente reposto pela vaporização do liquido.

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Efeitos toxicológicos
Quantidades relativamente pequenas de gases de derivados
do petróleo quando são inaladas, manifestam-se sintomas de
diminuição dos reflexos e noção de responsabilidade, com
tontura (semelhante a embriaguez pelo álcool),
acompanhando dor de cabeça e irritação nos olhos.
A inalação em proporções maiores pode ser fatal.

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As medidas de controle garantem uma condição segura de
todos envolvidos nas instalações para extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis, onde:
• Líquidos inflamáveis são líquidos que possuem ponto de
fulgor ≤ 60 ºC.
• Gases inflamáveis são gases que inflamam com o ar a
20 ºC e a uma pressão padrão de 101,3 kPa.
• Líquidos combustíveis são líquidos com ponto de fulgor
> 60 ºC e ≤ 93 ºC.

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Todo acidente é causado pela ausência ou falha de aplicação
das medidas de controle.
As principais medidas de controle no trabalho com
inflamáveis e produtos combustíveis são:
- Medidas preventivas de proteção coletiva;
- Medidas de controle operacional;
- Medidas de controle específicas;
- Medidas de controle e intervenção nas emergências.

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Medidas preventivas de proteção coletiva
Objetivo: Eliminar qualquer energia com temperatura
suficiente de ignição do produto nos equipamentos com
energia elétrica presentes nas instalações do processo.
As medidas preventivas se aplicam desde a fase de projeto,
montagem, operação, manutenção e inspeção das
instalações do processo.

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As principais medidas preventivas de proteção coletiva são:
- Análise preliminar de Perigos/Riscos;
- Permissão de trabalho;
- Plano de inspeção e manutenção;
- Inspeções periódicas de segurança;
- Instruções técnicas para serviços de rotina;
- Medidas de proteção complementar.

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Análise preliminar de Perigos/Riscos
A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas,
que aplicado a uma atividade, identifica e avalia qualitativa e
quantitativamente os riscos que essa atividade representa
para a população exposta, para o meio ambiente e para a
empresa, de uma forma geral.
O principal objetivo de uma análise de riscos é documentar a
identificação prévia de cenários de acidentes, sua frequência
esperada de ocorrência e a magnitude das possíveis
consequências. É uma ferramenta de segurança.
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Permissão de trabalho
Deve ser elaborada permissão de trabalho para atividades
não rotineiras de intervenção nos equipamentos, baseada em
análise de risco, nos trabalhos:
a) que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que
envolvam o seu uso (trabalhos a quente);
b) em espaços confinados, conforme Norma
Regulamentadora n.º 33;

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c) envolvendo isolamento de equipamentos e
bloqueio/etiquetagem;
d) em locais elevados com risco de queda, conforme
Norma Regulamentadora n.º 35;
e) com equipamentos elétricos, conforme Norma
Regulamentadora n.º 10;
f) cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem,
conforme Norma Regulamentadora n.º 20.

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Plano de inspeção e manutenção nas instalações
As instalações para extração, produção, armazenamento,
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e
líquidos combustíveis devem possuir plano de inspeção e
manutenção devidamente documentado.

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Patrulhas de segurança
As instalações para extração, produção, armazenamento,
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e
líquidos combustíveis devem ser periodicamente
inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no
ambiente de trabalho.

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Instruções técnicas para serviços de rotina
As atividades rotineiras de inspeção e manutenção devem
ser precedidas de instrução de trabalho.
Todos os serviços de rotina em instalações com inflamáveis e
produtos combustíveis devem ser padronizados e precedidos
de ordens de serviços especificas.
Devem ter a participação e registro em todo processo do
SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do
Trabalho.

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Medidas de proteção complementar
- Procedimento de proteção coletiva de Desenergização;
- Proteção contra riscos adicionais;
- Proteção por EPC e EPI.

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Procedimento de proteção coletiva de Desenergização
É o conjunto de medidas de segurança necessárias, visando
impossibilitar a liberação indevida de energia mecânica
potencial, cinética, química, térmica, gravitacional, entre
outras, para que um determinado serviço seja realizado sem
riscos para o profissional, inclusive para o equipamento e/ou
instalação.

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Etapas da desenergização:
1 - Preparativos para desligar;
2 - Desligar o equipamento (painel);
3 - Isolar o equipamento;
4 - Bloquear (lacrar) e etiquetar;
5 - Controlar a energia armazenada ou reativa;
6 - Verificar se o equipamento está desligado.

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Etapas da reenergização:
1 - Restaurar a área de trabalho;
2 - Informar a todos envolvidos;
3 - Remover os dispositivos de bloqueio.

Cortesia PETROBRAS
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Riscos Adicionais
Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos
químicos, específicos de cada ambiente ou processos de
trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurança e a saúde no trabalho.
Exemplos:
- Energia elétrica;
- Espaço confinado;
- Acesso com altura;
- Condições atmosféricas, entre outros.
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Medidas de controle operacional
Objetivo: Eliminar ou minimizar a emissão de vapores e
gases inflamáveis.
Medidas de controle operacional:
- Controle de emissões fugitivas;
- Inertizar as emissões;
- Dispersar e direcionar as emissões para um local seguro;
- Atualização periódica dos procedimentos operacionais.

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Controle de emissões fugitivas
Objetivo: Controlar através de inspeções preditivas ou
analisadores locais a liberações de gás ou vapor inflamável
que ocorrem de maneira contínua ou intermitente durante as
operações normais dos equipamentos. Incluem liberações
em selos ou gaxetas de bombas, engaxetamento de válvulas,
vedações de flanges, selos de compressores, drenos de
processos.

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Inertização das emissões
A inertização é obtida mediante o uso de um gás inerte, como
o nitrogênio, que forma uma capa protetora, evitando a
reação dos produtos.
Este processo pode ter diferentes aplicações práticas como
purga, transferência, mistura e secagem de produtos.

40
Atualização dos procedimentos operacionais
O empregador deve elaborar, documentar, implementar,
divulgar e manter atualizados procedimentos operacionais
que contemplem aspectos de segurança e saúde no
trabalho, em conformidade com as especificações do projeto
de todas as instalações com inflamáveis e combustíveis e
com as recomendações das análises de riscos.

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Medidas de controle específico
Objetivo: Controlar os efeitos da energia elétrica.
As principais medidas específicas de controle são:
- Controle da eletricidade estática.
- Controle e sistema de proteção contra descargas
atmosféricas.
- Medidas de proteção intrínseca;
- Nível de proteção elétrica EPL para área classificada.

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Medidas de controle específico

Raios

EPL

Eletricidade estática
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A energia necessária para dar início ao processo de
decomposição do acetileno puro (1 atm e 21ºC) fica na ordem
de 100 Joules.
Esta energia mínima necessária para ignição decai
rapidamente com o aumento da pressão, pois misturas
pressurizadas de acetileno com o ar são muito sensíveis
exigindo apenas 2 x 10- 5 J (0,00002 J).
Um joule é igual a 0,239 caloria.
Para se ter uma idéia de valor, a energia gerada pelo atrito do
sapato no carpete é de 3 x 10- 2 J (0,03 J).
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Medidas de proteção intrínseca
As medidas aplicadas de projeto da instalação garantem que
a energia presente nos equipamentos do processo não seja
suficiente para aquecer a superfície externa ou interna acima
dos pontos de inflamabilidade do produto em caso de falha
ou de manobra dos equipamentos elétricos.

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Medidas de controle e de intervenção emergencial
A segurança contra emergências e incêndios de forma eficiente,
devemos observar três aspectos básicos:
1. Equipamentos instalados.
2. Manutenção adequada.
3. Pessoal treinado.
O corpo de bombeiros não consegue estar presente em todos as
áreas de extração, produção, armazenamento, manuseio e
manipulação de inflamáveis e combustíveis.
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Equipamentos instalados
De acordo com o risco da edificação, sua utilização, área e o
número de ocupantes, serão projetados sistemas de
emergência levando-se em conta quais devem ser os
equipamentos de prevenção e combate a incêndios
necessários para protegê-la.

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Manutenção adequada
Não adianta possuirmos sistemas emergenciais adequados e
devidamente projetados para uma edificação se eles não
estiverem em perfeito funcionamento e prontos para o uso
imediato.

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Pessoal treinado
Os equipamentos instalados e com uma correta manutenção
serão sem serventia se não possuirmos pessoal treinado
para operá-los de forma rápida e eficiente.
Assim, podemos perceber quão eficiente é a existência, a
formação e o treinamento das brigadas de emergência e
combate a incêndios.

49
O risco químico mais significativo de acidente grave é quando
existe a possibilidade de vazamento do produto inflamável ou
combustível na presença de fontes de ignição.
As fontes de ignição podem ser chamas vivas, superfícies
quentes, automóveis, cigarros, faíscas por atrito, eletricidade
dinâmica ou estática e podem gerar temperaturas suficientes
para iniciar o processo de combustão da maioria das
substâncias inflamáveis conhecidas.

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Eletricidade estática
Especial atenção deve ser dada à eletricidade estática, uma
vez que esta é uma fonte de ignição de difícil percepção.
Trata-se na realidade do acúmulo de cargas eletrostáticas
que, por exemplo, um caminhão-tanque adquire durante o
transporte.
Portanto, sempre que produtos inflamáveis estão envolvidos,
deve-se realizar o aterramento adequado de todo
equipamento.

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Sistema de prevenção e de proteção contra raios
O Brasil é campeão em registro de descargas atmosféricas e
instalações com inflamáveis tem que contar um plano de
prevenção para monitoramento de mudanças climáticas com
monitoramento e aviso prévio para interrupção preventiva de
trabalhos em andamento.
O SPDA - sistema de proteção contra descargas atmosféricas
seguem as recomendação da norma técnica ABNT NBR
5419:2005.

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Nível de proteção dos equipamentos elétricos - EPL
Toda instalação elétrica é projetada, adequada e
documentada de acordo com a classificação da área
respeitando toda segurança necessária no processo de forma
que fontes elétricas de ignição não alcancem temperaturas
suficientes para inflamação do produto mesmo em caso de
vazamento local de acordo com a ABNT NBR IEC 60079.

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Faíscas
O impacto de uma ferramenta não-faiscante contra uma
superfície sólida pode gerar uma alta temperatura
momentânea, em função do atrito, capaz de ionizar os
átomos presentes nas moléculas do ar permitindo que a
centelha se torne visível.
Normalmente chamada de faísca, esta temperatura gerada é
estimada em torno de 700 ºC.

Brasa de cigarro
Pode alcançar temperaturas em torno de 1.000 ºC.
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Compressão adiabática
Toda vez que um gás ou vapor é comprimido em um sistema
fechado, ocorre um aquecimento natural.
Quando esta compressão acontece de forma muita rápida,
(dependendo da diferença entre a pressão inicial P0 e final
P1), e o calor não sendo trocado devidamente entre os
sistemas envolvidos, ocorre o que chamamos tecnicamente
de compressão adiabática.
Esta compressão pode gerar picos de temperatura que
podem chegar, dependendo da substância envolvida, a mais
de 1.000 ºC.
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Chama direta
É a fonte de energia mais fácil de ser identificada.
Algumas chamas oxicombustíveis, por exemplo, podem
atingir temperaturas variando de 1.800 ºC (hidrogênio ou GLP
com oxigênio) a 3.100 ºC (acetileno / oxigênio).
Vale ressaltar que, em todos os casos citados acima, as
temperaturas geradas são muito maiores que a temperatura
de auto-ignição da maioria das substâncias inflamáveis
existentes, como: graxas comuns (500 ºC), gasolina (400 ºC),
metanol (385 ºC), etanol (380 ºC) e querosene (210 ºC).

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Sulfeto de ferro – Oxidação Pirofórica
Numa atmosfera isenta de oxigênio onde exista sulfeto de
hidrogênio (H2S) ou, especificamente, quando a concentração
de sulfeto de hidrogênio exceda a concentração de oxigênio, o
óxido de ferro é transformado em sulfeto de ferro.
Quando o sulfeto de ferro é exposto ao ar volta a oxidar-se,
formando óxido de ferro e enxofre livre ou dióxido de enxofre.
Esta oxidação pode ser acompanhada pela geração de uma
quantidade de calor considerável, de modo que as partículas
individualizadas podem tornar-se incandescentes.

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A oxidação rápida, (fortemente exotérmica), acompanhada de
incandescência é designada por oxidação pirofórica.
O sulfeto de ferro pirofórico, isto é, sulfeto de ferro
susceptível de oxidação no ar, pode inflamar misturas
inflamáveis de gases de hidrocarbonetos.
A formação de piróforos está dependente de três fatores:
• a presença de óxido de ferro (ferrugem);
• a presença de sulfeto de hidrogênio gasoso;
• a carência de oxigênio.

58
Nas operações em terminais é bem conhecido que o sulfeto
de ferro pirofórico é uma potencial fonte de ignição.
Quando estes tanques são retirados de serviço é prática
normal manter as suas superfícies internas completamente
úmidas durante a ventilação, de modo a que não se possa
produzir reação pirofórica antes do equipamento ficar isento
de gases.

59
Algumas empresas adotam que todos os trabalhadores
participem da Brigada de Incêndio ou da Brigada de
Emergência, obedecendo a um rodízio pré-estabelecido pelo
Setor de Segurança - SESMT.
Uma das maiores preocupações durante uma situação de
emergência é a retirada das pessoas, o mais rápido possível,
sem qualquer tipo de acidente ou incidente, de dentro do
local sinistrado para um ambiente seguro; esse procedimento
é chamado de “abandono de local” do PAE – Plano de ação
de emergência.

60
•A edificação deve contar com um PAE - Plano de ação de
emergência para otimizar os procedimentos de socorro e um Plano
de abandono coordenado do local, quando houver o acionamento
do alarme.

61
• Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos.
• Os detectores de fumaça, de calor ou de temperatura acionam
automaticamente a central de alarme de incêndio.

62
•O abandono coordenado de local requer que as áreas sejam
dividas em setores, de modo a permitir a individualização dos
exercícios simulados.
•Os exercícios devem ser incentivados, pois a rapidez é importante
no abandono do local, entretanto, sem coordenação a rapidez poderá
causar congestionamento e resultar em pânico.

A ordem e o controle da situação devem ser


observados nos exercícios simulados.

63
• Primeiro Toque: Sinal de Alarme de Incêndio;
• Segundo Toque: Sinal de preparação para o plano de abandono.
As máquinas e outros equipamentos devem ser desligados e os
caminhos, portas e saídas de emergência desobstruídas;
• Os ocupantes dos setores devem formar filas em direção as
saídas designadas para esse fim;
• Terceiro Toque: Final da ocorrência com retorno ao local de
trabalho.

64
•A sinalização contra incêndio e pânico tem a finalidade de
reduzir o risco de incêndio e garantir ações adequadas frente à
situação de risco.

65
• A iluminação de emergência, que entra em funcionamento quando
falta energia elétrica, pode ser alimentada por gerador, bateria de
acumuladores (não automotiva) ou bateria autônoma recarregável.

66
•A iluminação de emergência é obrigatória nos elevadores e escadas
de emergência, com constantemente revisão dos pontos de
iluminação.
•Caso seja feito o corte de energia, a iluminação de emergência
garantirá que a evacuação seja feita de forma segura mantendo a
visibilidade local.

67
•As Saídas de Emergências dão acesso as rotas de fuga permitindo
acesso seguro às dependências externas da edificação ou a um
ponto de encontro.

68
• A rota de fuga é a via considerada mais segura por onde devem
se evadir os colaboradores das áreas já atingidas ou passíveis
de se tornarem áreas de emergência.
• Estas rotas seguras de saída devem ser divulgadas a todos,
como exemplo, evidenciada através do curso de integração na
empresa.

69
As principais medidas de prevenção contra incêndios de
forma geral são:
• Ao término do trabalho, desligue a chave geral de
instalação elétrica;
• Acondicione restos de estopas ou panos sujos de graxas
ou inflamáveis em recipiente próprio com tampa;
• Não jogue em sexta de lixo fósforo ou ponta de cigarros;
• Não fume nunca em nenhum local, abandone este vício;
• Não utilizar materiais inflamáveis para limpar o chão,
paredes, entre outros.
70
As medidas básicas em situação de incêndio são:
• Afaste-se o mais rápido da instalação se não estiver
combatendo o fogo;
• Desça uma escada sempre pelo seu lado direito;
• Rasteje quando tiver que atravessar áreas com fumaça;
• Molhe suas roupas e coloque um pano limpo molhado
sobre o nariz e boca, que servirão como filtro;
• Não suba as escadas a menos que o prédio tenha saída
de emergência para prédios vizinhos.
As medidas necessárias de prevenção para instalações
administrativas são:
- A compartimentação por meio de paredes a prova de fogo;
- Saídas em quantidades suficientes e de fácil acesso;
- Informação da localização dos extintores e para qual classe
de incêndios serão utilizados;
- Instalação hidráulica preventiva contra incêndio;
- Detectores automáticos de incêndio;
- Equipamentos extintores portáteis de combate a incêndios;

72
- Nomeação de inspetor para os locais perigosos do ponto
de vista de incêndio;
- Portas corta-fogo leves e metálicas; e
- Rede de chuveiros automáticos do tipo Sprinkler.
O perigo de propagação dos incêndios em prédios
administrativos é agravado pela existência de vãos de
escadas, poços de elevadores, longos corredores ou qualquer
lugar onde o fogo possa propagar para andares superiores.

73
As medidas necessárias de prevenção para instalações
elétricas são:
- Revise periodicamente as instalações elétricas,
principalmente no que se refere à sobrecorrentes.
- Instale sistema de detecção de fumaça e alarme sonoro
contra fogo.
- Nunca substitua de um fusível ou rearme de disjuntores,
acione a manutenção elétrica.

74
As medidas necessárias de prevenção para oficinas são:
- Se informe sobre a localização dos extintores e em qual
Classe de incêndios serão utilizados;
- Proíba a obstrução da área destinada ao equipamento de
combate a incêndio;
- Evite acúmulo de resíduos e sobras inflamáveis;

75
- Ventile o ambiente que esteja carregado de poeiras ou
emanações inflamáveis ou explosivas;
- Não acumule vasilhames com inflamáveis ou explosivos em
armários estantes ou gavetas;
- Nomeie inspetores para os locais perigosos do ponto de
vista de incêndio.

76
As medidas necessárias de prevenção para áreas de
estocagem são:
- Construa tanques para água visando um estoque estratégico
para combates de incêndios;
- Instale bombas hidráulicas para pressurizar a rede
preventiva de incêndio;
- Coloque em locais estratégicos uma rede de hidrantes fixos
para eventuais combates de incêndios;

77
- Armazene todo produto químico dentro dos seus
grupos;
- Evite o armazenamento de grupos de explosivos,
corrosivos, inflamáveis e outros produtos com
reações perigosas;
- Verifique a validade do último teste dos extintores
de incêndio e providencie substituição quando
necessário; e
- Aceite somente extintor com selo do INMETRO.

78
Polícia Militar – 190
EMERGÊNCIA
NÚMEROS DE

Ambulância SAMU – 192

Corpo de Bombeiros – 193

Defesa Civil – 199


79
O fogo é uma forma de oxidação rápida com
liberação e desprendimento de energia sob a
forma de luz e calor.
O fogo sob controle tem sido sempre útil,
mas ao fugir do controle do homem, o fogo
torna-se um agente de destruição e passa a
denominar-se incêndio.
Para prevenir é antes necessário conhecê-lo.

80
•De acordo com a ABNT NBR 13860:1997 - Glossário de termos
relacionados com a segurança contra incêndio - fogo é o processo
de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.
•Combustão: reação química de oxidação, exotérmica, favorecida
por uma energia de iniciação, quando os componentes, combustível
e oxidante (geralmente o oxigênio do ar) se encontram em
concentrações apropriadas.

81
O primeiro passo para se prevenir um incêndio, é prevenir que
surja o fogo.
As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo e queimar
são chamadas de combustíveis.
Existem três tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.

82
Além do produto inflamável ou combustível, para que haja fogo,
também é necessária uma fonte de calor, que em alguns casos, até o
calor do sol é suficiente para iniciar a combustão.
Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto completando o
triângulo do fogo, existe o comburente.
Eliminando-se preventivamente qualquer um desses elementos, não
haverá fogo.

83
Isolar

• Combustível - é todo material capaz de entrar em


combustão: madeira, papel, pano, estopa, líquidos
inflamáveis, tinta, alguns metais, etc.
FOGO
84
Abafar

• Comburente - é todo elemento que, associando-se


quimicamente ao combustível, é capaz de fazê-lo entrar
em combustão.
O oxigênio é o comburente mais facilmente encontrado
na natureza, porém existem outros.
FOGO 85
Impedir – Inibir – Segregar – Prevenir

• Energia de Ativação – É a energia, na forma de


calor, necessária para iniciar o processo da
combustão.
86
Reação Química em Cadeia – Na combustão contínua formam-se
os chamados “radicais livres” que reagem com outras moléculas,
criando mais radicais livres, expandindo o fogo no tempo e no
espaço.
87
Reação em Cadeia
• A fonte de calor na presença do oxigênio dá início à queima do
material combustível, a queima libera gases inflamáveis do
material que alimenta a chama inicial.
• O calor da queima dispensa a fonte de calor inicial para dar
continuidade no processo de oxidação espontânea do material
combustível enquanto ele existir ou estiver presente na mesma
composição química até alterar as condições climáticas do local
criando correntes ascendentes de ar e fogo conhecidas como
tempestade de fogo.

88
Condução do calor é o mecanismo onde a energia (calor) é
transmitida por meio do material sólido.

89
Convecção do calor é o mecanismo no qual a energia (calor) se
transmite pela movimentação do meio fluído aquecido (líquido ou
gás).
90
Radiação de calor é o mecanismo no qual a energia se
transmite por ondas eletromagnéticas.
91
Projeção de material incandescente é o mecanismo no qual o
fogo se espalha por queda, explosão ou derramamento de material
em chamas.
92
• Classe A

• É o fogo produzido pelos combustíveis sólidos; queima em


superfície e profundidade deixando resíduos (cinza fuligem ou
carvão) após a queima.
• Melhor agente extintor: água por resfriamento.
• EPC indicado para combate: extintor com água pressurizada
(AG/AP).

93
• CLASSE “A”: São materiais de fácil combustão, queimam tanto
na superfície como em profundidade, deixando resíduos.
• Como exemplo, temos: madeira, papel, palhas de aço, etc.

94
• Classe B

• É o fogo produzido pelos líquidos inflamáveis, queima somente


em superfície e normalmente não deixa resíduo.
• Melhor ação para combate: abafamento.
• EPC indicados para combate: Extintor com espuma (ES),
Extintor com Gás Carbônico (CO2) e Extintor de Pó Químico
Seco (PQS).

95
• CLASSE “B”: São os produtos que queimam somente na
superfície.
• Como exemplo, temos : gasolina, álcool, óleos, graxas, gases, etc.

96
• Classe C
• É o fogo produzido por falta de manutenção nas instalações
elétricas energizadas. Sua principal característica é não ser
possível a utilização de agentes extintores de incêndio que
conduzem energia elétrica, como água ou espuma.
• Atenção: No caso de incêndio classe C, eliminando-se a fonte de
energia, o incêndio passa a ser classe A, B ou D.
• EPC indicados para combate: Extintor com Gás Carbônico (CO2) e
Extintor de Pó Químico Seco (PQS).

97
• CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos energizados.
• Como exemplo, temos : origina-se dos curtos-circuitos em
motores, quadros de distribuição, etc.

98
• Classe D
• É o fogo produzido pelos metais pirofóricos, isto é, em ligas
metálicas que, pela própria queima, produzem alimento para as
chamas.
• Por suas características deve-se usar pó químico seco especial
sobre o objeto em chamas, que se funde em contato com metal
combustível, formando uma capa que o isola do ar atmosférico e
de outros corpos combustíveis.

99
• Classe D
• Outro procedimento é retirar o material não atingido de perto da
queima, efetuando-se assim o isolamento físico da substância.
• Exemplo de metais pirofóricos: magnésio, zircônio, titânio, zinco,
alumínio em pó, magnésio, titânio, etc.
• EPC indicado para combate: Extintor de Pó Químico Seco Especial
(PS).

100
• CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos como magnésio,
zircônio, titânio, zinco, alumínio em pó, magnésio, titânio, etc.

101
• Os extintores são considerados EPC - equipamentos de
proteção coletiva e devem ser selecionados de acordo com as
classes de incêndio.
• Existem diversos tipos de extintores portáteis, de acordo com o
agente extintor e a finalidade a que se destinam.

Cortesia KIDDE
102
• Agentes extintores são produtos químicos usados na
prevenção e extinção de incêndios e na prevenção ou supressão
do fogo.
• Habitualmente são utilizados através de equipamentos
especializados, móveis ou fixos, com a finalidade de projetar
os mesmos contra o fogo ou no ambiente a fim de prevenir,
combater ou suprimir incêndios ou explosões.

103
• Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados para a prevenção,
combate ou supressão de incêndio ou explosão, são os seguintes:
a) Água;
b) Espuma;
c) Dióxido de carbono (CO2);
d) Hidrocarbonetos halogenados; e
e) Pós-químicos.

• A terra e a areia também são utilizados em focos de incêndio.

104
• Extintores de água
• Água – Gás (AG) ou Água Pressurizada (AP)
• Princípio de funcionamento: O gás propelente é o CO2 ou
N2, armazenado em um cilindro adaptado ao corpo do
extintor, que pressuriza o reservatório de água do extintor,
expelindo-a em jatos pleno.
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe A”
(madeira, papel, tecido, e outros materiais que queimam em
superfície e profundidade).

105
• Procedimento para utilização no combate
• Aproxime-se do fogo, sempre a favor do vento, pressurize e
aponte o mangotinho para base do fogo.
• Posicione-se aproximadamente a oito metros do fogo (sempre a
favor do vento), ande na direção do foco de incêndio
descarregando o agente em forma de leque.

Cortesia KIDDE
106
• Cuidados especiais de utilização:
• • Examine visualmente a válvula da ampola. Se ao abrir a
válvula o aparelho não funcionar, coloque-o longe das pessoas
rapidamente, evitando explosão indesejável do aparelho;
• • Separe o extintor para recarga, antes da reposição no suporte;
• • Use o extintor o mais rápido possível para que não perca o
controle da situação; e
• • Nunca use extintor de AG nos incêndios “Classe C”, pois o
mesmo é condutor de corrente elétrica.

107
• Água Pressurizada (AP)
• Princípio de funcionamento: O gás propelente é o CO2 ou
N2, mantido no mesmo cilindro onde está a água sobre
pressão, medido por um manômetro, localizado sob o
gatilho.
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe A”.
• Procedimento para utilização no combate: Aproxime-se do
fogo, sempre a favor do vento, pressurize e aponte o
mangotinho para base do fogo. Posicione-se mais ou menos
a oito metros do fogo (sempre a favor do vento), ande
atento e ágil em sua direção.

108
• Água Pressurizada, usado principalmente em incêndios de
“classe A”.
• Nunca utilizar este tipo de extintor em incêndios de “ classe B”
ou de “classe C”.

109
• Extintores de gás carbônico - dióxido de carbono (CO2)
• Princípio de funcionamento: O gás propelente é o Dióxido de
Carbono (CO2) ou Nitrogênio (N2). Contém ¾ do gás no estado
líquido, que é expelido em forma de nuvem. O CO2 é
armazenado no cilindro a uma pressão de 50 a 130 kgf/cm².
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe B”
(gasolina, álcool, éter, querosene, entre outros que queimam
sem deixar resíduos) e “Classe C” (curto circuito ou sobrecarga
em instalações elétricas energizadas).

110
• Procedimento para utilização no combate:
• Aproxime-se do fogo, sempre a favor do vento, posicione-se de
1 a 2 metros do fogo, tire o pino de segurança, aponte o difusor
para a base das chamas.
• Segure firme pelo punho e comprima o gatilho, dirigindo o jato
em forma de leque de um lado para outro.
• A nuvem carbônica cobrirá o fogo e o extinguirá.

111
• Cuidados especiais de utilização:
• • Verifique visualmente, retire o pino de segurança e
Consequentemente o lacre é rompido;
• • Quando houver defeito no aparelho, não tente repará-lo, pois
estará sujeito a um acidente;
• • Recarregue o extintor, antes da reposição no suporte;
• • Use o extintor o mais rápido possível para que não perca o
controle da situação;
• • Não é eficiente nos incêndios “Classe A” e “Classe D”.

112
• Dióxido de Carbono, mais conhecido como CO2, usado
preferencialmente nos incêndios classe “B” e “C”.

113
• Extintores de pó químico seco (PQS)
• Princípio de funcionamento: O pó químico seco é fabricado à
base de bicarbonato de sódio ou potássio.
• O agente propelente é dióxido de carbono (CO2) ou Nitrogênio
(N2)
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe B”
(combustíveis líquidos) e “Classe C” (sistemas elétricos
energizados).

114
• Procedimento para utilização no combate: Aproxime-se do
fogo, sempre a favor do vento, incline e pressurize, apertando o
gatilho do cilindro de (CO2) apontando o mangotinho para base
do fogo, comprima o gatilho de um lado para outro, até o
completo abafamento do fogo.
• Posicione-se entre 3 a 7 metros do fogo (sempre a favor do
vento).

115
• Cuidados especiais de utilização:
• • Examine visualmente. Se ao abrir a válvula o aparelho não
funcionar, coloque-o à parte e procure outro. Não tente repará-lo,
pois estará sujeito a um acidente;
• • Recarregue o extintor, antes da reposição no suporte;
• Use o extintor o mais rápido possível para que não perca o
controle da situação;
• • Use somente em incêndios “Classe B” ou “Classe C”;
• • Antes da abertura da válvula, incline o extintor, pois qualquer
rompimento do cilindro poderá acidentá-lo.
116
• Extintores de pó químico seco especial (PS)
• Princípio de funcionamento: Idêntico ao extintor de PQS.
Entretanto devido as suas características, devemos usar Pó
Químico Seco Especial sobre o objeto em chamas, que se funde
em contato com metal combustível formando uma capa que o
isola do ar atmosférico e de outros corpos combustíveis.
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe D” (zinco,
magnésio, alumínio em pó, titânio, zircônio, entre outros que
possuem oxigênio na composição química).

117
• Procedimento para utilização no combate: Siga o mesmo
procedimento do PQS.
• Cuidados especiais de utilização:
• • Examine visualmente. Se ao abrir a válvula o aparelho não
funcionar, coloque-o à parte e procure outro. Não tente repará-
lo, pois estará sujeito a um acidente;
• • Recarregue o extintor, antes da reposição no suporte;
• • Use o extintor o mais rápido possível para que não perca o
controle da situação;

118
• Use somente em incêndios “Classe D”;
• Sua eficiência é total em lugares abrigados do vento, em local
aberto, devemos aplicar o jato de descarga, sempre na direção
do vento;
• Antes da abertura da válvula, incline o extintor, pois qualquer
rompimento da carcaça do cilindro poderá acidentá-lo.

119
• Pó Químico Seco, usado nos incêndios “classe B” e “classe
C”. Em materiais pirofóricos (“classe D”), será utilizado um pó
químico especial.

120
• Extintores de espuma (ES)
• Princípio de funcionamento: A espuma mecânica, que é
atualmente utilizada, está misturada com água e pressurizada
dentro do cilindro.
• O agente propelente é o Dióxido de Carbono (CO2) ou
Nitrogênio (N2).
• Quando acionado o extintor, a espuma se forma na saída do
esguicho do aparelho.
• Indicação de uso: Para combater incêndio “Classe B”
(combustíveis e líquidos inflamáveis).

121
• Procedimento para utilização no combate: Aproxime-se do
fogo, sempre a favor do vento, vire-o de cabeça para baixo e
dirija o jato de espuma para um anteparo, de modo que a
espuma atinja o fogo na forma de um lençol abafante.
• Cuidados especiais de utilização:
• • Examine visualmente. Se ao abrir a válvula o aparelho não
funcionar, coloque-o à parte e procure outro.
• Não tente repará-lo, pois estará sujeito a um acidente;

122
• • Recarregue o extintor, antes da reposição no suporte;
• • Use o extintor o mais rápido possível para que não perca o
controle da situação;
• • Use somente em incêndios “Classe B”, contudo, poderá ser
utilizada em “Classe A”, com menor eficiência;
• • Proceda como se estivesse utilizando um extintor de água.

Cortesia KIDDE
123
• Espuma mecânica, usado principalmente em incêndios de
classe “A” e classe “B”.

124
125
Extintor sobre rodas Extintor portátil

Carreta P20 126


• Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil acesso e
visualização;
• Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por
um círculo vermelho com bordas amarelas;
• Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma área de
no mínimo 1m x 1m, não podendo ser obstruída de forma
nenhuma.

127
• Sua parte superior não poderá estar a mais de 1,60 m acima do
piso;
• Extintores não poderão estar instalados em paredes de escadas
e não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

128
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção,
devendo ser inspecionado no mínimo trimestralmente, sendo
observado seu aspecto externo, os lacres, manômetros e se os
bicos e válvulas de alívio não estão entupidas.
Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma etiqueta contendo
data de carga, teste hidrostático e número de identificação.

129
• Selo de vedação;
• Pressão no manômetro (somente os que possuírem);
• Peso do extintor;
• Suportes, mangueiras (cortadas, entupidas);
• Gatilho;
• Etiqueta onde são informados data da recarga e reteste.

130
Prática do módulo II – 8h

•Selecione o agente extintor de acordo com a capacidade


extintora.
•No caso do incêndio estar deflagrando os extintores portáteis
não são recomendados.
131
• Eficiência que um extintor possui para apagar uma certa
quantidade de fogo.

132
• Capacidade extintora x - A é o tamanho do fogo classe A.
133
• Capacidade extintora x - B é o tamanho do fogo classe B.
134
135
Cortesia da KIDDE
Extintores portáteis
• Água pressurizada;
• Gás carbônico;

10,5 kg/cm2

Cortesia KIDDE

128,52 kg/cm2 136


Extintores portáteis
• Pó químico BC;

Cortesia KIDDE

137
Extintores portáteis
• Pó químico ABC;

Cortesia KIDDE

138
Extintores portáteis
• Espuma mecânica;

Observação: 1 Mpa (mega-pascal) é igual a 10,2 kg/cm2.

Cortesia KIDDE

139
Extintores sobre rodas
• Água pressurizada;

• Gás carbônico;

13,77 kg/cm2

Cortesia KIDDE

128,52 kg/cm2 140


Extintores sobre rodas
• • Pó químico BC;

• Pó químico ABC;

Cortesia KIDDE

141
Extintores sobre rodas
• Espuma mecânica;

Atenção: Observe o tempo médio de descarga do agente extintor disponível para


poder prever a necessidade de reposição de unidades necessárias no combate
ao sinistro.

Cortesia KIDDE

142
• Teste a carga do extintor antes de deslocá-lo.
• Em locais abertos posicione-se a favor do vento.
143
• Aproxime-se do foco do incêndio cuidadosamente.
• Observe se existe descargas ou arcos elétricos, se houver
desenergize o equipamento ou instalação.
144
• Movimente o jato em forma de leque, atacando a base do
fogo.
• No caso de painéis elétricos proteja-se contra o retorno
das chamas utilizando a porta como escudo.
145
• No caso de combustível líquido, evite uma pressão muito
forte em sua superfície, para não espalhar o inflamável e
aumentar a área de combustão.
146
Cortesia da KIDDE

• Ao final, assegure-se de que não houve reignição.

147
Tipo de
Descrição Operação
extintor
• Levá-lo próximo ao local do fogo;
O cilindro contém água e um gás
• Retirar a trava ou pino de
Extintor de inerte que dá a pressão necessária
segurança;
água ao seu funcionamento.
pressurizada • Empunhar a mangueira;
É utilizado para a prática de
resfriamento. • Atacar o fogo, dirigindo o jato de
água para sua base.
O cilindro contém solução extintora • Puxe a trava, rompendo o lacre,
pressurizada e um gás expelente e segure na posição vertical;
Extintor de (nitrogênio). • Libere a mangueira e direcione
espuma
Trata-se de uma pré-mistura de para a base do fogo;
mecânica
95% de água potável e 5% de • Aperte o gatilho, mantendo o jato
líquido gerador de espuma (LGE). sobre o material em chamas.

148 148
Tipo de
Descrição Operação
extintor
Esse cilindro contém dióxido de • Levá-lo próximo ao local do fogo;
carbono (CO2) sob pressão. • Retirar a trava ou o pino de
Extintor de segurança;
gás O gás carbônico presta-se ao
carbônico processo de abafamento da • Empunhar a mangueira;
superfície, reduzindo ou eliminando • Atacar o fogo procurando abafar
a presença do comburente. toda a área atingida.
Esse cilindro contém bicarbonato
de sódio não higroscópico (que não • Levá-lo próximo ao local do fogo;
absorve umidade) e um gás inerte,
Extintor de para dar a pressão necessária ao • Retirar a trava ou o pino de
Pó químico seu funcionamento. segurança;
seco Atacar o fogo, procurando formar
pressurizado Esse extintor presta-se ao •
processo de abafamento da uma nuvem de pó em toda a sua
superfície, reduzindo ou eliminando área.
a presença do fogo.
149 149
Modo de operação – Extintor de água pressurizada
1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo antes de operá-lo;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura do local do
fogo e dentro do raio de alcance do lato;
3. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e aperte o
gatilho;
4. Dirija o jato para a base das chamas. Caso queira estancar o jato,
basta soltar o gatilho.

150
Modo de operação – Extintor de espuma mecânica
1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo antes de operá-lo;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura do local do
fogo e dentro do raio de alcance do lato;
3. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e aperte o
gatilho;
4. Dirija o jato para algum anteparo logo acima das chamas. Caso
queira estancar o jato, basta soltar o gatilho.

151
Modo de operação – Extintor de CO2
1. Teste a carga do extintor no local antes de operá-lo próximo do fogo;
2. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e aperte o gatilho;
3. Retire o esguicho (difusor) do seu suporte, empunhando-o com uma das
mãos na manopla;
4. Acione a válvula e movimente o difusor, horizontalmente, em forma de
leque.

152
Modo de operação – Extintor de pó químico BC ou ABC
1. Teste a carga do extintor no local antes de operá-lo próximo do fogo;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura do local do fogo e
dentro do raio de alcance do lato;
3. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e aperte o gatilho;
4. Dirija o pó procurando cobrir o fogo, principalmente se for de “Classe B”.

Prática do módulo II – 8h 153


Prática do módulo III – 16h

•A concepção moderna de combate ao incêndio exige grande soma


de conhecimentos profissionais e habilidades para aplicá-los.
•Existem três fases que devem ser consideradas no combate ao fogo:
• • a preparação;
• • o método; e
• • a técnica.

154
•A extinção do fogo baseia-se na retirada de um dos quatro
elementos essenciais que provocam o fogo:
• • Retirada do material combustível;
• • Resfriamento da zona de combustão;
• • Abafamento da combustão;
• • Quebra da reação em cadeia.

155
•A retirada do material combustível é a forma mais simples de se
extinguir um incêndio.
•Baseia-se na retirada do material combustível que ainda não foi
atingido da área de propagação do fogo interrompendo a alimentação
da combustão.
•Método também denominado corte ou remoção do suprimento do
combustível.

156
•O resfriamento do material combustível é o método mais aplicado.
•Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que
está queimando, diminuindo consequentemente, a liberação de gases
ou vapores inflamáveis.
•A água é o agente extintor mais usado no resfriamento do material
combustível, por ter grande capacidade de absorver calor e ser
facilmente encontrada na natureza.
•É inútil porem usar esse método com combustíveis com baixo ponto
de combustão (menos de 20 ºC), pois a água resfria até a temperatura
ambiente.

157
•Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o
material combustível.
•Não havendo comburente para reagir com o combustível, não
haverá fogo.
•O abafamento ocorre com a redução do percentual de oxigênio
(comburente) que alimenta o fogo, em torno de até 13% de O2 para
apagar chamas e em 8% para extinção de brasas.

158
• Alguns tipos de técnica de abafamento:
•• Pela cobertura ou envolvimento do corpo em chamas;
• • Pelo fechamento hermético da área do fogo;
• • Pela obstrução ou calafetagem de passagem e portas; e
• • Pelo emprego de substâncias incombustíveis.

159
•Com o uso de pó químico como agente extintor que bloqueia os
radicais livres é possível isolar a reação de oxidação espontânea nas
moléculas adjacentes à combustão.
•Quando a reação em cadeia é considerada como sendo uma
sucessão de eventos que contribuem para alimentar as chamas é
possível interromper o fogo, resfriando as áreas ainda não atingidas
por ele, isolando e limitando o fogo do incêndio até extingui-lo.

160
161
162
163
•Características sistema hidráulico
•Sistema hidráulico são tubulações na cor vermelha (NR-26) de
diversos diâmetros e comprimentos, que circundam os sistemas
operacionais de uma empresa, pressurizados com água,
disponibilizando-a no abastecimento dos principais equipamentos
fixo de combate a incêndio.
•O abastecimento de água poderá ser por gravidade ou através de
bombas que sugam água de cisternas ou de lagos.

164
•• Pressão da rede
•As redes de água para combates a incêndio trabalham
normalmente em baixa pressão e quando da informação de um
princípio de incêndio, são acionadas bombas que elevam esta
pressão e disponibiliza uma maior vazão de água para o combate
ao foco de incêndio.

165
•Acionamento automático das bombas
•Em função da importância e dimensionamento das áreas ou
sistemas que protegem a Rede de água para combates de
incêndio é pressurizada por bombas elétricas com
dispositivos automáticos, que garantem uma pressão
requerida no ponto mais distante de possível combate.

166
•Nas situações de falta de energia elétrica, durante o combate ao
foco de incêndio, que poderia agravar o sinistro, a rede de água
para combate a incêndio além das bombas elétricas possui bomba
reserva acionada por motor à explosão (óleo diesel), posicionada
em local seguro.

167
•A rede é composta pelos seguintes equipamentos:
•• Reservatórios
•Fonte de água para suprimento de consumo em caso de
incêndios;
• • Canalização
•Rede de canos que conduzem a água, desde a fonte até as
proximidades dos locais a serem protegidos;

168
•• Hidrantes
•São dispositivos especiais de tomada de água para alimentar as
mangueiras e equipamentos fixos de combate a incêndio, que
interligados à rede de água para combate de incêndio.

169
•• Canhões
•Equipamentos fixos ou móveis de combate, que além de seu uso
normal, substituem o homem nos casos de resfriamentos em
equipamentos localizados nas áreas vizinhas do local em chama.
•• Abrigo de Mangueiras
•São casas ou guaritas distribuídas estrategicamente por toda a
extensão da área de uma empresa, que guardam e disponibilizam
as mangueiras para agilizar no combate de um princípio de
incêndio.

170
171
•• Esguichos
•São os acessórios das mangueiras, hidrantes e canhões que
servem para dar forma e direcionamento a água em jato “Pleno”
ou “Neblina”.
•• Sistemas de Sprinkler em Áreas Administrativas e de
Estocagem
•São os acessórios fixos em sistemas de combate a incêndios
fixos e que são acionados por dispositivos que liberam um
esguicho constante e pré-estabelecido de água para o combate do
fogo ou seu resfriamento.

172
173
174
• • Mangueiras
•Conduto flexível de lona, fibras sintéticas, cânhamo ou algodão,
revestido internamente com borracha, dispositivo montador na
extremidade de encaixar, destinado a proporcionar a conexão do
hidrante ao esguicho.
•Não seque as mangueiras no sol e não as guarde com resíduos
de internos de água.

175
176
Espiral

Aduchada

Zig-zag

177
Preparação para aduchamento da mangueira
Estender a mangueira no solo sem torções.
Numa das extremidades, dobra-se a empatação por sobre a
mangueira.

178
Aduchamento da mangueira
A partir de um ponto 50 cm fora do centro e mais próximo à
extremidade dobrada, enrolar a mangueira na direção da outra
ponta.
Enrolar até que a empatação da extremidade dobrada esteja fora do
chão (no topo do rolo). A partir daí, deitar o rolo no solo e
completar a volta da extremidade estendida, sem torcê-la.

179
Transporte de mangueira
A mangueira deve ser transportada sobre o ombro
ou sob o braço, junto ao corpo.
Para transportar sobre o ombro, o brigadista deve
posicionar o rolo em pé com a junta de união
externa voltada para si e para cima.
Abaixado, toma o rolo com as mãos e o coloca
sobre o ombro, de maneira que a junta de união
externa fique por baixo e ligeiramente caída para
a frente, firmando o rolo com a mão
correspondente ao ombro.

180
Transporte de mangueira
No transporte sob o braço, o rolo deve ser
posicionado de pé com a junta de união voltada
para frente e para baixo, mantendo o rolo junto
ao corpo e sob o braço.

181
Estendendo a mangueira aduchada
Para estender a mangueira aduchada, colocar o rolo no solo e expor
as juntas de união.
Pisar sobre o duto, próximo à junta externa, e impulsionar o rolo
para a frente com o levantamento brusco da junta interna. Acopla-se
a união que estava sob o pé e, segurando a outra extremidade,
caminha-se na direção do estendimento.

182
Os hidrantes servem para combater incêndio de maior porte e não
apenas princípios, como no caso dos extintores.
Para operar um hidrante devemos ter uma equipe composta por no
mínimo três brigadistas, dos quais um terá a função de
controlar o registro de abertura e o acionamento da bomba.

183
• Não demore em atender as instruções;
• Não corra;
• Não grite, nem faça barulho desnecessário;
• Não cause qualquer confusão;
• Não volte para apanhar roupas ou objetos esquecidos.

184
• Não tente utilizar elevadores ou saídas não designadas o plano
de abandono;
• Familiarize-se com as saídas existentes;
• Nunca obstrua equipamentos de combate à incêndio.

185
• Elimine os rescaldos;

• Separe adequadamente os materiais inflamáveis:


• Restrinja possíveis chamas em locais de alto risco;
• Combata o fogo de forma segura, se o incêndio tomar
proporções elevadas abandone à área.

186
• Cuidado ao dirigir jatos de extintores ou de mangueira em
outras pessoas;
• Inspecione sempre material de combate à incêndio de seu setor,
comunique sempre qualquer anormalidade;
• Repasse sempre a seus colegas de trabalho informações sobre
riscos de incêndio.

Prática do módulo III – 16h 187


20.1 A introdução é o objetivo da norma NR-20 que é
estabelecer os requisitos mínimos para a gestão da
segurança e saúde no trabalho contra fatores de risco de
acidentes provenientes das atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis.

188
20.1.1 A NR-20 define os requisitos mínimos a serem
observados no processo de Gestão de Segurança e Saúde no
Trabalho como medidas de controle de risco decorrentes das
seguintes atividades:
• Extração;
• Produção;
• Armazenamento;
• Transferência;
• Manuseio; e
• Manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.
A meta é divulgar a norma não só como requisito legal, mas
também como sistema de gestão integrado.
189
20.2 Definição da aplicação da norma NR-20:
20.2.1 Ficam definidas nas atividades as etapas de trabalho
onde se aplicam os requisitos da norma:
• Projeto;
• Construção;
• Montagem;
• Operação;
• Manutenção; e
• Inspeção; e
• Desativação da instalação.
Há um aumento na abrangência de atividades: comércio,
indústria, agricultura e transporte de produtos por dutos.
190
20.2.2 Ficam definidas duas instalações onde a norma não
se aplica:
• Plataformas marinhas de petróleo e gás e suas instalações
de apoio (off-shore) devido já existir uma legislação
específica na NR-30;
ANEXO DA NR-30 SEGURANÇA NOS SERVIÇOS AQUAVIÁRIOS
ANEXO II - PLATAFORMAS E INSTALAÇÕES DE APOIO
1. DO OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Este Anexo estabelece os requisitos mínimos de segurança e saúde
no trabalho a bordo de plataformas e instalações de apoio empregadas
com a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo
marinho.
• Instalações domésticas.
191
20.3 As definições de inflamáveis e combustíveis seguem
diretrizes através de normas nacionais e internacionais, como
a GHS (Globally Hermonized System).
Identificação dos gases inflamáveis a 20º C e ponto de fulgor
e gases pela pressão padrão 101,3 kpa (1,03 kg/cm²).
NR-16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
16.7. Para efeito desta Norma Regulamentadora - NR considera-se
líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou
superior a 70ºC (setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e
três graus e três décimos de graus centígrados).

192
(Alterado pela portaria SIT n 312, 23 de março de 2012)
16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido
combustível todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60 ºC
(sessenta graus Celsius) e menor ou igual a 93 ºC (noventa e três graus
Celsius).
NR-20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS 1978
20.2.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido "líquido
inflamável" como todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70ºC
(setenta graus centígrados) e pressão de vapor que não exceda 2,8
kg/cm² (274,5 kPa) absoluta a 37,7ºC.

193
Dados do produto: Cimento asfáltico ‐ petróleo
ONU 3257 – CAP50/70
• Ponto de fulgor: Min. 235°C.
Exemplo de aplicação: 235°C – 170°C (temperatura do reservatório) =
65°C (o quanto falta para ser atingida a temperatura limite)
194
20.4 Na identificação da classificação das instalações o
critério do tipo de atividade prevalece sobre a capacidade
de armazenamento.

Classe I
a.1 - postos de serviço com
inflamáveis e/ou líquidos
combustíveis.

Classe I
Posto de serviço

195
Tipos de instalações

Classe II
a.1 - engarrafadoras de gases
inflamáveis.

Classe II
Engarrafadoras de gases
196
Tipos de instalações

Classe II
a.2 - atividades de
transporte dutoviário de
gases e líquidos
inflamáveis e/ou
combustíveis.

Classe II
Transporte dutoviário

197
Tipos de instalações

Classe III
a.1 - refinarias;

Classe III
Refinarias

198
Tipos de instalações
Classe III
a.2 - unidades de
processamento de gás
natural;

Classe III
Unidade gás natural

199
Tipos de instalações

Classe III
a.3 - instalações
petroquímicas;

Cortesia BRASKEN

Classe III
Unidade preto química
200
Tipos de instalações

Classe III
a.4 - usinas de fabricação de
etanol e/ou unidades de
fabricação de álcool.

Classe III
Usinas etanol e álcool

201
Capacidade de armazenamento
Classe I
b.1 - gases inflamáveis: acima
de 2 ton até 60 ton;
Classe II
b.1 - gases inflamáveis: acima
de 60 ton até 600 ton;
Classe III
Cortesia PETROBRAS b.1 - gases inflamáveis: acima
Classe II
de 600 ton;
Esferas de gás natural

202
Capacidade de armazenamento
Classe I
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis: acima de 10 m³ até
5.000 m³.
Classe II
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis: acima de 5.000 m³
até 50.000 m³.
Classe I Classe III
Unidade de cimento asfáltico b.2 - líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis: acima de 50.000 m³.
203
20.5 O projeto da instalação deve ser com antecipação dos
riscos via APR - análise preliminar de riscos em todas as
suas fases;
• Definição de medidas de controle e minimização dos
riscos na concepção de projeto;
• Projetar a instalação com segurança e não implantar
segurança ao projeto desenvolvido ou na instalação pronta
para uso;
• Requer profissional habilitado na participação do projeto;
• Prevenir as emissões fugitivas de vapores nos ambientes
de trabalho.

204
20.5.3 O projeto de instalações anteriores a esta norma
devem ser atualizados em conformidade com a versão atual,
a aplicação é retroativa.
20.6 A segurança na Construção e Montagem requer gestão
de segurança e saúde no trabalho na fase de obras:
construção e montagens;
• Verificação e monitoramento do executado conforme projetado;
• Processo de comissionamento documentado e registrado;
• Controle de documentação (desenhos, especificações, etc.); e
• Identificação dos equipamentos.

205
20.7 A segurança operacional requer procedimentos
operacionais atualizados considerando as questões de
segurança e saúde ocupacional, recomendadas nas análises
de riscos, para todas as fases de trabalho operacional.
O objetivo da segurança operacional é manter procedimentos
atualizados e adequados, procedimentos integrados com o
SESMT, controlar emissões fugitivas e o dimensionamento do
número mínimo de funcionários documentado (Classe III).

206
20.8 e 20.9 A manutenção e inspeção de todas as
Instalações deve possuir um planejamento registrado e com
as inspeções documentadas com sua periodicidade definidas
em função da
20.10 A análise de riscos é o elemento chave do Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho e deve ser
coordenada por profissional habilitado, os objetivos são:
• Capacitar os trabalhadores a terem percepção dos riscos;
• Análise de riscos articuladas com o PPRA/CIPA/SESMT e equipe
multidisciplinar;
• Revisão da análise de riscos por gestão de mudanças;
• Integrar a análise de riscos APR/APP com o PPRA.

207
20.11 A capacitação dos trabalhadores deve ser realizada por
consultores e instrutores proficientes com formação e
experiência profissional e deve tratar:
Informações sobre perigos, riscos e procedimentos para
situações de emergência a todos os trabalhadores, mesmo
os que não adentram em áreas e, capacitação de todos os
funcionários (que laboram nas instalações de classe I, II e III);
O profissional deve ser habilitado para coordenação dos
cursos avançados e específicos.

208
20.12 A prevenção e controle de vazamentos,
derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas
requer planos de emergência para intervir, controlar e
minimizar vazamentos, derramamentos, incêndios e
explosões.
• Integrado com Plano de Respostas às Emergências;
• Incluir emissões fugitivas (item 20.12.1).
A meta é manter o plano de prevenção e controle atualizado
via Gestão de Mudanças e reforçar a necessidade do
controle de emissões fugitivas.

209
20.13 O controle de fontes de ignição começa pela
adequação, conforme a NR-10, dos equipamentos elétricos
em área classificada e o controle efetivo com PT – permissão
de trabalho em trabalhos a quente ou em outras fontes de
calor como transportes veiculares.
Testador de calçado com dissipador de
eletricidade estática

210
20.14 O plano de Resposta a Emergências da Instalação
deve seguir as recomendações das Análises de Riscos com
realização de exercícios simulados com avaliação de sua
eficácia.
Os integrantes das brigadas de emergências devem ser
devidamente treinados com avaliação médica específica.

211
20.15 A comunicação formal de ocorrências incluindo os
acidentes e os incidentes típicos da atividade (vazamentos,
incêndios, explosões, fatalidades, ferimentos de explosão e/ou
queimaduras de 2°e 3º com internação hospitalar, intervenção
pelo PRE- plano de resposta a emergência), deve ser dada ao
Regional do MTE e Sindicato de classe acompanhado de
Relatório de Investigação e Análise dos incidentes.

212
20.16 Entre a contratante e a as contratadas deve existir uma
responsabilidade única na aplicação dos requisitos da NR-20,
com avaliação de desempenho das contratadas (inspeções
de segurança) e informação permanente dos riscos
envolvidos dos serviços às contratadas.

213
20.17 Os tanques de líquidos inflamáveis no interior de
edifícios só podem ser instalados no interior de edifícios se
forem enterrados e para armazenamento de diesel.
• Caso não possa instalar tanque enterrado, utilizar o tanque de
superfície para uso exclusivo a geração de energia elétrica e
pressurização de rede de água (incêndio).
• Tanques de superfície devem atender à vários requisitos descritos no
item 20.17.2.1.
• A instalação dos Tanques deve ser precedida de uma Análise
Preliminar de Perigo/Riscos (APP/APR) e requer um Responsável
Técnico pela Instalação;
• Capacidade máxima para tanque de superfície: 3 tanques x 3000 L;
• Trabalhadores envolvidos com a operação e manutenção destes
tanques devem ser treinados no curso Intermediário.
214
215
20.18 Na desativação da instalação existente se cessadas as
atividades da instalação, requer que o empregador adote
procedimentos seguros para desativação da instalação.
• Devem ser observados no processo de desativação os
aspectos de segurança, saúde e meio ambiente para evitar a
inexistência de documentação de produtos, equipamentos e
das edificações, necessários a Análise Preliminar de Perigo
/Riscos (APP/APR).
• Existe uma falta de cultura de segurança para
procedimentos de desativação na maioria das empresas.

216
217
218
20.19 No prontuário da instalação as empresas devem reunir,
organizar e disponibilizar os seguintes documentos: projetos,
procedimentos, plano de inspeção e manutenção, análise de
riscos, plano de prevenção, certificados de capacitação dos
empregados, análise de acidentes e plano de resposta a
emergências.

219
20.20 Nas disposições finais da NR-20 ficam definidas que o
empregador e empregado devem interromper e corrigir as
atividades com situação de risco grave e iminente.
A norma leva em consideração o conhecimento local dos
reais riscos de exposição;
Desenvolve uma cultura de intervenção na maioria das
empresas dando o direito de recusa ao trabalhador, sendo o
risco percebido pelo trabalhador é o mais próximo do risco
real.

220
ANEXO I da NR-20
O anexo I define os requisitos para instalações que manuseiam,
armazenam,manipulam e transportam gases inflamáveis até acima de 1
ton. até 2 ton. e de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³
até 10 m³ aplicáveis às instalações menores, contemplados no PPRA.
Define também o numero de trabalhadores a serem treinados através de
curso básico para movimentação de gases líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis e os requisitos para instalações varejistas e atacadistas que
movimentam recipientes de até 20 L, contendo líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis até o limite máximo de 5000 m³ e gases inflamáveis até 600
ton.

221
222
ANEXO II da NR-20
Define os critérios de capacitação de trabalhadores indiretos
advertidos e também dos trabalhadores diretos em
instalações com inflamáveis e líquidos combustíveis.

223
Energia química é a energia potencial das ligações químicas
entre os átomos.
Sua liberação é percebida, por exemplo, numa combustão.
Uma reação química é uma transformação da matéria na
qual ocorrem mudanças qualitativas na composição química
de uma ou mais substâncias reagentes, resultando em um ou
mais produtos, em que pelo menos uma ligação química é
criada ou desfeita.

224
Perigo
Situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão
física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de
controle.
É uma situação existente no meio, onde as pessoas que se
aproximam desta energia expõem a sua integridade e a segurança
da instalação.

225
Riscos
Capacidade de uma grandeza com potencial para causar
lesões à saúde das pessoas ou danos á instalação.
É a probabilidade da ocorrência de um acidente quando nos
expomos a um determinado perigo e depende
exclusivamente da ação do homem.
Os riscos podem e devem ser eliminados ou controlados.

226
Alto Risco,
Risco presente.

Controle do Risco,
Risco ainda presente.

Eliminação do risco,
“Risco isolado”
227
O risco é definido como é a possibilidade de um perigo em
potencial tornar-se real, podendo causar danos ou perdas,
em alguns casos irreparáveis.
O risco também possui diferentes níveis de intensidade,
sendo aceitáveis somente os riscos que não causem danos
às pessoas, ao meio ambiente e às propriedades.

228
Quando na instalação ficam armazenados estoques de
produtos inflamáveis ou combustíveis, podemos considerar
três intensidades de riscos:
• Risco baixo – quando os recipientes com inflamáveis ou
combustíveis se localizam fora de áreas urbanas;
• Risco médio – quando as instalações, localizadas fora de áreas
urbanas, apresentam problemas de manutenção ou quando mesmo
em condições ideais de manutenção as instalações estão em áreas
urbanas;
• Risco alto – quando as instalações localizadas
em áreas urbanas apresentam problemas de
manutenção.
229
De maneira geral, podemos classificar os riscos em termos
do nível de conhecimento e nível de controle:
• Riscos conhecidos e devidamente controlados – riscos
aceitáveis;
• Riscos conhecidos, porém ainda não controlados de
modo aceitável – podendo causar danos à saúde do
trabalhador e perdas na instalação;
• Desconhecidos, mas identificáveis – este tipo pode ser
verificado quando no caso de intoxicações ou através de
inspeções;
230
• Totalmente desconhecidos – se tornam evidentes
quando ocorre um dano, geralmente grave, cabendo à
ciência pesquisar para entender e eliminar as suas causas,
a fim de evitar a repetição do acidente.
Historicamente os acidentes de menor frequência são os de
maior gravidade.

231
Perda
de conteúdo

Incêndio Derrame Explosão

Dispersão Contenção Contaminação


sem danos sem danos ambiental

Efeitos
Pool fire Transbordo Transbordo
toxicológicos

Slop over Boil over

232
Emissões
fugitivas

Ruptura com jato


turbulento de gás

Puff Jet fire Explosão


ou pluma Fogo repentino confinada

Dispersão
Flash fire Fire ball Nuvem tóxica Bleve
sem danos

233
Causa de acidente
É o motivo da reação, frente a
uma energia perigosa, que
contribuiu para um dano seja
pessoal ou na instalação.
O tetraedro do risco define as
causas fundamentais do
No tetraedro o acidente é tratado
incidente/acidente e orienta as como resultado de exposição ao
medidas básicas mitigadoras. risco e o risco como uma forma de
manifestação da energia perigosa.

234
Eliminar e bloquear a energia perigosa
• Desenergizar;
• Substituir agente agressivo;
• Eliminar o processo;
• Proteções coletivas.
MC

Fatores contribuintes de insegurança


(pessoais ou ambientais) 235
Retirar e proteger a vítima
• Faixa de segurança no piso;

MC
• Acionamento e controle remoto;
• Sensoreamento e inspeção remota;
• EPI com vestuário completo.

236
Diminuir e isolar a exposição à energia perigosa
• Reduzir energia e o risco a níveis aceitáveis;
• Melhorias tecnológicas;
• Casas de máquinas e salas elétricas;
• PAE – Plano de ação de emergência.

MC

237
Diminuir e isolar a exposição da vítima
• Áreas de acesso restrito;
• Terceirização com empresas especializadas;
• Cabines de operação e ergonômicas;
• Higiene pessoal;
• EPI mínimo necessário.

MC

238
Medidas de controle com inflamáveis
Medidas preventivas de proteção coletiva no serviço
Análise preliminar de Perigos/Riscos
Permissão de trabalho
Plano de inspeção e manutenção
Procedimento de proteção coletiva de
Inspeções periódicas de segurança Desenergização;
Instruções técnicas para serviços de rotina
Proteção contra riscos adicionais;
Medidas de proteção complementar
Medidas de controle operacional na instalação Proteção por EPC e EPI.
Controle de emissões fugitivas
Inertização das emissões
Dispersão e direcionamento das emissões para um local seguro
Atualização periódica dos procedimentos operacionais
Medidas de controle específico com energia elétrica
Controle da eletricidade estática
Controle do sistema de proteção contra descargas atmosféricas
Medidas de proteção intrínseca
Nível de proteção elétrica EPL para área classificada
Medidas de controle e intervenção nas emergências
Disponibilidade dos equipamentos instalados
Plano de manutenção dos equipamentos de emergência
Treinamento prático operacional dos equipamentos 239
Medida de Controle na APP/APR
A análise preliminar de risco/perigo visa
eliminar o risco, ou quando isso não é
possível, reduzi-lo a níveis aceitáveis
durante a execução de uma determinada
etapa do trabalho, seja através da
adoção de materiais, ferramentas,
equipamentos seguros ou com uso de
tecnologia apropriada.

240
Risco Ambiental
São agentes físicos, químicos, biológicos presentes no
ambiente de trabalho, aos quais a força de trabalho pode estar
exposta durante suas atividades que pode gerar efeitos
adversos à saúde.
Etapas obrigatórias no planejamento, preparação e execução:
• Antecipação / reconhecimento;
• Avaliação dos riscos ambientais;
• Medidas de controle;
• Registros e divulgações dos resultados.
241
Metodologias de análises de riscos
Constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que,
aplicados a operações que envolvam processo ou
processamento, identificam os cenários hipotéticos de
ocorrências indesejadas (acidentes), as possibilidades de
danos, efeitos e consequências.

242
As análises de riscos devem ser revisadas:
a) na periodicidade estabelecida para as renovações da
licença de operação da instalação;
b) no prazo recomendado pela própria análise;
c) caso ocorram modificações significativas no processo ou
processamento;
d) por solicitação do SESMT ou da CIPA;
e) por recomendação decorrente da análise de acidentes ou
incidentes relacionados ao processo ou processamento;
f) quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir.
243
APP - Análise preliminar de perigos
A análise preliminar de perigos é realizada por uma comissão
permanente com metodologia estruturada para coibir ou
minimizar os perigos potenciais decorrentes da instalação ou
operação das unidades de produção.
Perigo, no caso, é qualquer acidente com potencial para
causar danos às instalações, aos operadores, ao público ou
ao meio ambiente.

244
São quatro os objetivos específicos de uma APP:
• Identificar os perigos potenciais;
• Diagnosticar as causas;
• Avaliar as consequências e impactos;
• Propor medidas mitigadoras ou preventivas.
Assim, a APP pode ser aplicada tanto na fase de projeto,
instalação e montagem de unidades industriais, quanto na
fase de operação, ou sempre que houver suspeita localizada
de risco ou perigo.

245
É muito comum, também, que durante uma APP surja a
indicação de áreas da unidade de produção onde se pode
desenvolver análises mais detalhadas.
Sugere-se o desenvolvimento dos trabalhos da APP na
seguinte seqüência:
1. Constituição de uma equipe;
2. Levantamento, organização e análise de informações;
3. Estimativa de tempo e custo;
4. Avaliação dos resultados.

246
Constituição de uma equipe
A equipe responsável pela APP deve ser formada por um
grupo de cinco a oito pessoas, entre as quais deve estar uma
pessoa especialista com experiência em instalações
industriais e outra que seja conhecedora do processo onde
será aplicada a APP.

247
Levantamento, organização e análise das informações
As principais informações necessárias para análise são:
Em relação a região:
• Dados demográficos;
• Dados climatológicos.
Em relação às instalações:
• Premissas do projeto;
• Especificações técnicas do projeto;
• Especificações de equipamentos;
• Layout da instalação;
• Descrições dos sistemas de proteção e segurança.
248
Em relação às substâncias:
• Propriedades físicas e químicas;
• Característica de inflamabilidade;
• Características de toxidade.
Estimativa de tempo e custo
A APP se desenvolve em reuniões da equipe. Tendo como
base a frequência das reuniões, é possível levantar o tempo
utilizado dos membros da equipe, traduzido como
investimento de homens-hora, nas atividades de “reuniões
APP”. Comparativamente os acidentes evitados são
acompanhados normalmente de elevados custos.

249
Avaliação dos resultados
Os resultados obtidos pela APP são de caráter qualitativo
(sem estimativas numéricas), apresentando uma ordenação
dos cenários de acidentes identificados que serve como base
para o estabelecimento de prioridades para a implantação
das medidas propostas para a redução dos riscos.

250
As reuniões de APP seguem uma série de seis etapas:
• Definição dos objetivos e do escopo da análise;
• Identificação das fronteiras da instalação analisada;
• Coleta de informações sobre a região, instalação e substância perigosa
envolvida;
• Subdivisão da instalação em módulos de análise;
• Preenchimento de planilha com resumo das informações coletadas;
• Elaboração das estatísticas dos cenários identificados por categorias de
frequência e de severidade.

251
Análise dos resultados e preparação do relatório
No contexto da APP um acidente é definido como o conjunto
formado pelo risco identificado, suas causas e seus efeitos.
O grau ou VR – Valor de risco pode ser identificado como:
VRC Crítico;
VRB Baixo;
VRM Moderado;
VRD Desprezível.

252
Em relação à frequência, um dado cenário pode ser
considerado com possibilidade de acidente:
A Extremamente remota – quando for possível de ocorrer, porém de
baixíssima probabilidade (até 20% dos casos registrados anualmente);
B Remota – quando for possível de ocorrer, porém com baixa
probabilidade (20 a 40%);
C Improvável – a ocorrência do cenário depende de uma única falha
humana ou de equipamento (40 a 60%);
D Provável – quando se espera que ocorra até uma vez durante toda a
vida útil da instalação (60 a 80%); e
E Frequente – quando se espera que ocorra várias vezes (80 a 100%).

253
Em relação à severidade das consequências, um dado
cenário pode ser:
I Desprezíveis - quando não ocorrem danos
significativos nos equipamentos ou em propriedades ou
no meio ambiente, também não ocorrendo lesões em
funcionários ou no público em geral;
II Marginais - quando ocorrem danos leves aos
equipamentos ou às propriedades, ou ao meio ambiente,
também sendo leves as lesões em funcionários ou no
público em geral;

254
III Críticas – quando ocorrem danos severos aos
equipamentos ou à propriedades ou ao meio ambiente,
levando uma parada ordenada da unidade ou do sistema,
com lesões em funcionários ou no público em geral
moderadas e exigindo a execução de medidas corretivas
para evitar que se torne uma catástrofe; e

255
IV Catastróficas – quando ocorrem danos irreparáveis
aos equipamentos, propriedades ou o meio ambiente,
levando a uma parada desordenada e podendo ser registrada
a ocorrência de mortes de funcionários ou de terceiros.
A avaliação dos cenários possíveis de acidentes, nas duas
classificações, permite a obtenção do grau de risco, servindo
como referência para a análise dos resultados e a proposição
de medidas mitigadoras.

256
A partir dos dados obtidos, compõe-se uma matriz de
classificação de riscos.
Frequência
A B C D E

Risco IV VRB VRM VRS VRC VRC


VRD - Desprezível
Severidade
VRB - Baixo III VRD VRB VRM VRS VRC
VRM - Moderado
VRS - Sério II VRD VRD VRB VRM VRS
VRC - Crítico
I VRD VRD VRD VRB VRM

257
VRB - Baixo

VRM
- Moderado

VRS
- Sério

VRC
- Crítico

258
259
Técnicas de análise de riscos
São técnicas para a identificação e o controle dos riscos:

• APR - Análise preliminar de riscos;


Consiste em estudar por etapas um novo processo ou
procedimento, desde o início de seu planejamento e
elaboração até a operação, de modo a identificar os riscos
que poderão existir na fase operacional.

260
A APR é na prática o planejamento prévio de tarefas
(operações, serviços e atividades), cuja finalidade é
identificar, antes da execução da tarefa, os riscos existentes
em cada etapa, definindo e orientando as medidas de
controle destes riscos, tornando a tarefa mais segura para
todos os envolvidos em sua execução.
A APR é uma ferramenta de segurança que visa aprimorar
atitudes e posturas de todo pessoal envolvido que levem a
reduzir acidentes do trabalho e suas consequências.

261
• Análise histórica de acidentes;
Consiste em uma pesquisa em arquivos, com o fim de
identificar ou buscar orientação em relatórios antigos sobre
um eventual problema que possa vir a ocorrer no presente.
Sempre que se descobre um problema sem solução imediata
é aconselhável verificar os registros do passado.

262
• Análise das tarefas e procedimentos de trabalho.
Consiste em se examinar sistematicamente as tarefas com o
objetivo de se identificar as exposições ao risco durante a
sua execução.
A análise envolve discussões e observações no ambiente de
trabalho e as informações são utilizadas para o
estabelecimento de procedimentos de trabalho que são
apresentados passo a passo aos trabalhadores de modo a
garantir a sua aplicação segura e eficiente.

263
Objetivos da APR
A APR permite revisões de projeto em tempo hábil, com
maior segurança, além de definir responsabilidades no que
se refere ao controle geral de riscos.
a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de
analogia ou similaridade com outros processos, para
determinação de riscos que poderão estar presentes na
atividade da instalação observada, tomando como base a
experiência passada.

264
b) Revisão permanente do objeto de análise: consiste em
estabelecer os limites de atuação e delimitar o alcance da
APR no sistema operacional; a que se destina, o que e quem
envolve e como será desenvolvida.
c) Determinação dos riscos principais: identificar os riscos
potenciais com potencialidade para causar lesões diretas e
imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e
perda de materiais.

265
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar
séries de riscos, determinando para cada risco principal
detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.
e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos:
elaborar um "brainstorming" para levantamento dos meios
passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de
estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com
as exigências do sistema.

266
f) Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os
métodos possíveis que sejam mais eficientes para restrição
geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso
ocorra perda de controle sobre os riscos.
g) Indicação de quem será responsável pela execução das
ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente os
responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou
corretivas, designando também, para cada unidade, as
atividades a desenvolver.

267
APR/AST – Análise preliminar de riscos/ Análise de
segurança da tarefa
São ferramentas de planejamento de uma tarefa/atividade
com foco em segurança, com objetivo de se identificar os
riscos potenciais e adotar medidas de controle.
São elaboradas por um grupo MULTIDISICPLINAR de
pessoas antes do inicio dos trabalhos.
O encarregado deve divulgar as informações nelas contidas
para seus subordinados saberem dos riscos previstos para a
execução dos trabalhos em cada fase.
268
Etapas para elaboração
• Ir à área / local onde o trabalho será realizado;
• Identificar e listar os perigos da área/local/acesso;
• Descrever as etapas do trabalho em seqüência, associando
os riscos e as consequências a cada etapa;
• Descrever a ação de controle para os riscos identificados em
cada etapa do trabalho;
• Descrever o processo seguro indicado para execução do
trabalho, de modo a evitar acidentes e lesões;
• Antecipar o que pode sair errado;
• Indicar medidas adicionais de controle.
269
270
271
Carregamento de GLP por gravidade.

272
273
274
275
276
Local da ocorrência: Instalação CLASSE III – a1
Refinaria de petróleo: REPLAN – Paulínia, SP

Cortesia PETROBRAS

277
Bomba de combustível 3 com vazamento pelo selo.

Exemplo de bombas para produtos químicos. Cortesia PETROBRAS

278
Serviço mecânico: Troca do selo bomba 3 lado tubulação.
1. Acesso ao local com transporte coletivo;
2. Retirada da tubulação e tampa lateral;
3. Inspeção do desgaste da sede e eixo;
4. Troca das juntas de vedação;
5. Montagem do conjunto.

Cortesia PETROBRAS

279
280
Preencha a APR após analisar cada etapa do serviço.

Cortesia PETROBRAS

Exercício do módulo III – 16h 281


A PT - permissão de trabalho é uma autorização, dada por
escrito, em documento próprio, para a execução de qualquer
trabalho de manutenção, montagem, desmontagem,
construção, reparos ou inspeções que envolvam riscos à
integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, à
comunidade ou à continuidade operacional.
A PT é uma permissão que autoriza o início do serviço, tendo
sido avaliados os riscos de SESMT, com a devida proposição
de medidas de segurança aplicáveis.

282
• É válida para um serviço específico e no período da jornada
de trabalho do requisitante.
• Nenhum serviço poderá ser iniciado sem que a PT tenha
sido emitida.
• Deverá ser disposta no local de trabalho em local visível,
além de ter sido lida pela equipe de executantes. Cópia
deverá ficar em poder do emitente.
• Deverá ser preenchido a LV – Lista de Verificação no
momento de preenchimento da PT.

283
A PT - permissão de trabalho se aplica:
• Aos trabalhos de manutenção, montagem,
desmontagem, construção, inspeção ou reparo de
equipamentos ou sistemas a serem realizados nas
unidades operacionais e que envolvam riscos de
acidentes com lesão pessoal, danos à saúde,
danos materiais, agressão ao meio ambiente ou
descontinuidade operacional;

284
• Escavação, demolição, perfuração;
• Serviços a quente (solda e corte de qualquer natureza);
• Entrada em Espaços Confinados;
• Trabalho sobre andaimes;
• Operação de veículos industriais;
• Operação de pontes rolantes / talhas elétricas, manuais,
pneumáticas;
• Trabalho em Alta Tensão;

285
• Trabalho em altura;
• Liberação de área;
• Isolamento de área;
• Plano de acesso a telhados coberturas e lajes;
• Pontos de ancoragem para fixação de sistemas de proteção
contra quedas;

286
• Aos prédios, oficinas e almoxarifados, para qualquer serviço
em altura (acima de 2 metros de acordo com a NR-35),
serviço de escavação ou serviço de manutenção em circuitos
elétricos;
• A qualquer trabalho com fonte de radiação ionizante.
A permissão para trabalho deve ser emitida por escrito, em
formulário especifico, por um funcionário credenciado.

287
O correto preenchimento do formulário de PT - Permissão
para Trabalho é fundamental para que todas as questões
relacionadas a segurança sejam levantadas e para que
acidentes sejam evitados.
Além de indicar as normas de segurança especificas, a PT
serve como garantia de que as tarefas sejam realizadas
somente por trabalhadores, da contratante ou contratadas,
que possuam a devida formação e habilidade para
desempenhar a função requerida.

288
Requisitante
Encarregado pela equipe ou por pessoa que executará o
serviço.
O requisitante deverá ter, comprovadamente, atribuições e
qualificações para solicitar PT.
É de responsabilidade do requisitante e do executante o fiel
cumprimento das recomendações da PT.

289
Emitente
O Emitente deverá ser profissional designado pelo
responsável do estabelecimento, comprovadamente treinado
em Análise de Riscos (APR / AST) ou em programa
específico para liberação de áreas e emissão de PT, que
conheça as características de operação e riscos da área ou
equipamento onde será feito o serviço.

290
Responsabilidades do emitente da PT
• Solicitar ao requisitante a apresentação da credencial;
• Comparecer ou indicar um representante para examinar o
local onde está localizado o equipamento ou sistema no qual
o serviço será efetuado, acompanhado do requisitante da PT,
indicando os dispositivos em que as etiquetas de
impedimento do procedimento de desenergização devem
estar afixadas;

291
• Indicar com clareza o serviço que está sendo autorizado e
identificar com precisão o equipamento ou sistema
(referência, número de identificação);
• Fornecer informações mínimas sobre o processo,
enfocando os cuidados a serem observados;
• Entregar ao requisitante a 1ª via da PT, reter a 3a via,
distribuindo as demais vias;
• Certificar-se de que foi realizada a Análise Preliminar de
Riscos;

292
• Certificar-se de que todas as recomendações constantes da
Análise Preliminar Nível 2 – trabalhos a quente foram
implantadas antes do início do trabalho;
• Certificar-se de que as permissões para as tarefas
programadas não sejam incompatíveis entre si;
• Solicitar o preenchimento pelo TS – técnico de segurança
do campo RAS da PT, quando dos trabalhos relacionados na
definição de Recomendações Adicionais de Segurança.

293
Responsabilidades do requisitante da PT
O requisitante da PT é o responsável pelo fiel cumprimento
das recomendações, providenciando os requisitos
necessários para a manutenção das condições de segurança
no local de trabalho, devendo acompanhar o responsável
pelo equipamento ou sistema no exame do local e das
instalações onde será efetuado o serviço.

294
Obrigações do requisitante
a) cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos de
segurança vigentes;
b) Providenciar e inspecionar as máquinas, ferramentas e
equipamentos de proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC),
antes do inicio dos trabalhos;
c) Providenciar, para o ambiente onde serão realizados os
serviços, evitando a criação de novos riscos, ventilação,
exaustão e iluminação, além de acessos seguros através de
escadas ou andaimes, aplicáveis conforme o caso;
295
d) Instalar e manter instalados e prontos para o uso
sistemas e equipamentos de prevenção contra incêndio e
acidentes pessoais (neblina d’água, cobertura dos coletores,
de válvulas, isolamento de área etc.), conforme solicitado
pelo Emitente e/ ou Co-emitente da PT;
e) Comunicar aos executantes e a todos os membros da
equipe de execução dos trabalhos, todas as precauções e
instruções de segurança constantes da PT;

296
f) Acompanhar periodicamente o desenvolvimento do
trabalho, a fim de detectar alterações nas condições de
segurança ou descumprimento das recomendações
estabelecidas;
g) Solicitar ao emitente e/ ou co-emitente o cancelamento
da PT sempre que ocorrer pelo menos uma das condições
previstas como impeditivas na Permissão para Trabalho (PT).

297
Empregados Autorizados a Requisitar PT
• Empregado da empresa contratante: O executante ou seu
supervisor, devidamente treinado e credenciado;
• Empregados de empresa contratada: Empregado de nível
de supervisão, indicado pela contratada, homologado pela
fiscalização, devidamente treinado e credenciado.

298
O credenciamento de empregados de firmas contratadas é
efetuado para os aprovados em curso específico para
liberação segura de serviços.
A participação neste curso é condicionada à solicitação
formal da empresa contratada à Fiscalização da contratante e
sua concordância, seguida de encaminhamento da
solicitação à área SESMT.
Outros profissionais de firmas contratadas podem, ainda, ser
credenciados, segundo os critérios de cada unidade.

299
A emissão da PT corresponde à terceira etapa de um
processo administrativo, segundo o qual uma intervenção é
decidida (1ª etapa), planejada (2ª etapa) e autorizada (3ª
etapa).
Este processo se torna obrigatório, de modo que nenhuma
intervenção deve ser implementada sem que tenha sido
objeto de planejamento prévio, realizado antes de sua
execução.

300
A emissão da PT é feita de acordo com os requisitos
determinados na fase de planejamento, a qual, por sua vez,
deve considerar as condições de segurança relacionadas à
liberação do equipamento ou sistema e à execução do
trabalho.
A Análise preliminar de riscos/perigos deve ser preenchida e
anexada à via do emitente.

301
A PT pode ser emitida em 4 vias, a 1ª via para o requisitante,
a 2ª via para o operador da área, a 3a via para o emitente e a
4a via para o operador de painel, na sala de controle da
Unidade operacional na qual o trabalho está sendo
executado, permitindo-lhe uma visão geral das atividades que
ocorrem nas áreas sob sua influência.
A PT é específica para o serviço nela descrito, e restrita a um
único equipamento ou sistema perfeitamente identificado e
delimitado.

302
1ª via da PT

Cortesia PETROBRAS
303
A PT é válida para a jornada de trabalho do requisitante.
Quando o potencial de risco justificar, o prazo de validade
não deve ultrapassar a jornada de trabalho do emitente. Tal
condição deve constar no campo de recomendações do
emitente da PT.
No caso de substituição do emitente da PT, cabe ao seu
substituto a responsabilidade de, após inspecionar o local e
verificaras condições de trabalho, decidir quanto ao
cancelamento ou não da PT.

304
Cancelamento da PT
• Qualquer recomendação nela contida não estiver sendo
atendida;
• Surgirem novas situações de risco na área onde se executa
o trabalho, inclusive aquelas decorrentes de manobras
operacionais;
• Surgir dúvida quanto ao trabalho a ser executado;
• Ocorrer emergência nas imediações do local onde o serviço
estiver sendo executado;

305
• Ocorrer interrupção na execução do trabalho, por qualquer
motivo, superior a duas horas;
Nos casos mencionados acima, qualquer pessoa pode
interromper o trabalho, avisando imediatamente ao
requisitante e ao emitente.
O cancelamento da PT será decidido pelo emitente, através
do recolhimento da cópia da PT.
Nesse caso, para o prosseguimento do serviço, será
necessária a emissão de nova PT.

306
Em situação de emergência, com o acionamento do alarme
geral, todas as Permissões de Trabalho da Unidade
operacional estão automaticamente canceladas.
O cancelamento implica a necessidade de emissão de nova
PT para o prosseguimento dos serviços.

307
As RAS - Recomendações Adicionais de Segurança são
orientações que buscam estabelecer medidas de segurança
complementares a serem adotadas na execução de trabalhos
específicos, cujo risco pressupõe a adoção de cuidados
especiais.
Estas orientações devem ser escritas no formulário de PT por
representante da Gerência de SESMT ou outro empregado
da contratante qualificado e designado, nos seguintes casos:
• Para trabalhos com radiações ionizantes;

308
Um exemplo de equipamento com radiação ionizante é a
fonte de nêutrons aparelho medidor de densidade de
materiais hidrogenados como o coque, petróleo, entre outros.

309
• Para trabalhos de abertura ou entrada de pessoal em
equipamentos ou linhas de classe A, ou de classe B
interligados a outro de classe A;
• Em caso de entrada de pessoas em equipamentos de
processo, caixas de passagem de cabos elétricos ou outros
espaços confinados;
• Para a execução de trabalhos a quente ou a frio no interior
de equipamentos de Classe A, bem como em caixas de
passagem de cabos elétricos, poços e caixas de drenagem
de águas oleosas ou contaminadas;

310
• Para a execução de trabalhos de corte e solda em
equipamentos de Classe A ou de Classe B interligados a
outro de Classe A;
Onde:
- Equipamentos de classe A são aqueles que contêm ou tenham contido
produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, líquidos combustíveis ou de um
modo geral nocivo aos seres humanos.
- Equipamentos de classe B são aqueles que não contêm ou nunca
tenham contido produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveis, líquidos
combustíveis ou de um modo geral nocivo aos seres humanos.

311
• Para trabalhos de escavação;
• Para trabalhos em locais elevados.
Nos demais casos, persistindo dúvidas quanto à suficiência
das condições de segurança do trabalho, proteção da saúde
e meio ambiente, deve ser solicitado o assessoramento da
Segurança Industrial ou de empregado qualificado.
No caso específico de trabalhos com radiação ionizante, este
campo somente deve ser preenchido pelo representante da
área de SESMT.

312
Informações importantes
• A PT limitará o trabalho a um determinado equipamento ou
área ou período de validade;
• Todos os seus campos deverão ser preenchidos e todos os
setores envolvidos deverá aprová-la;
• A PT aprovada ficará em posse do executante do trabalho,
devendo ser apresentada sempre que solicitada;
• Nas trocas de turno ou interrupções de trabalho, a PT
deverá ser revalidada;
• A PT deverá ser arquivada.
313
Obrigações do emitente
Certificar-se de que as condições de trabalho estejam
suficientemente seguras durante todo seu desenvolvimento.
Para tanto, segundo sua avaliação, deve realizar verificações
periódicas do trabalho ou permanecer no local. Em qualquer
dos casos, permite-se designar um representante para
realizar estas funções.
Repassar ao requisitante todos os cuidados necessários ao
atendimento da PT - Permissão para Trabalho.

314
Para emissão de uma PT o Emitente/ Co-Emitente deve
atender aos seguintes procedimentos:
a) Retirar o equipamento de operação, desenergizando-o,
drenando-o, despressurizando-o, limpando-o, se for o caso;
b) Identificar os dispositivos de bloqueio das chaves
conforme a Matriz de Isolamento com etiquetas amarelas
onde constam os dados do emitente e o motivo do bloqueio;

315
316
c) Providenciar, para cada caso, que seja feito o isolamento
dos equipamentos ou linhas com flanges cegos ou raquetes ,
quando aplicável, elaborando um fluxograma com indicações
das raquetes e flanges cegos, devidamente identificados, de
forma que ao término do trabalho, possa ser seguido
adequadamente o procedimento inverso para reiniciar a
operação normal;
d) Providenciar para que sejam providos, de forma segura, a
ventilação, exaustão, iluminação, além dos acessos seguros
através de escadas e andaimes, aplicáveis, conforme o caso;

317
e) Solicitar ao requisitante da PT o isolamento da área,
quando necessário;
f) Cancelar a PT sempre que ocorrer pelo menos uma das
condições impeditivas descritas na PT - Permissão para
Trabalho.

318
Obrigações do executante/supervisão do serviço
a) Verificar o preenchimento da PT no local da realização do
trabalho, juntamente com o requisitante e com o emitente;
b) Dar início e prosseguimento ao trabalho somente quando
a PT estiver completamente preenchida e aprovada;
c) Conferir e identificar as chaves bloqueadas pelo emitente
com etiquetas azuis;

319
320
d) Portar a primeira via da PT no local de trabalho em local
visível e de fácil acesso, durante toda a realização da tarefa;
e) No caso em que os executantes sejam exclusivamente
prestadores de serviços (terceiros), eles serão representados
pelo encarregado da empresa contratada, treinado e
certificado para tal fim.

321
Obrigações da área de segurança e saúde ocupacional
a) Treinar os envolvidos no cumprimento deste procedimento;
b) Prover treinamentos complementares, quando solicitados
através do setor de treinamento e seleção;
c) Realizar avaliações ambientais, quando indicado na
APR/AST, para autorizar a execução do trabalho.

322
PHD TREINAMENTOS
CENTRO ESPECIALIZADO NA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE INSTRUTORES E
OPERADORES DE MÁQUINAS
RUA 09, 42 – CENTRO, RIO CLARO/SP – FONE/FAX: 19.35343947

ALGUNS DOS NOSSOS CURSOS PARA OPERADOR: TRATOR/AGRÍCOLA –


COLHEDORA DE CANA – CARREGADORA DE CANA – GUINDASTES – GUINDAUTO –
EMPILHADEIRA – PONTE ROLANTE – CIPA – RETROESCAVADEIRA – PÁ
CARREGADEIRA – MOTONIVELADORA – ESPAÇO CONFINADO

323

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