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Instituto Federal Catarinense - Campus Blumenau

Componente Curricular: Didática II


Turma: Pedagogia

Questionário referente ao roteiro nº 2

1) Cite quais características de um bom instrumento de avaliação.

Resposta: A avaliação precisa utilizar instrumentos e estratégias variados, de modo a


permitir aos estudantes demonstrarem seu nível de aprendizagem.Esse processo de
avaliação requer instrumentos e estratégias que:

1. ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas;


2. sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem;
3. possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por ele
empregadas;
4. possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento;
5. permitam que o aluno aprenda com o erro;
6. exponham, com clareza, o que se pretende;
7. revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.

2) Explique a seguinte afirmativa: “A seleção dos conteúdos com os quais vamos


trabalhar é indissociável dos critérios de avaliação, da expectativa de
aprendizagem.”

Resposta: No que se refere a uma avaliação contínua e formativa, a mesma precisa


abranger todo o processo de construção de conhecimentos que acontece nas salas de
aula, sendo assim, neste processo, se os conteúdos são importantes para estarem na
proposta pedagógica curricular e nos planos de trabalho docente, eles serão sim
objetos de avaliação. Por isso, a afirmativa da questão acima é verdadeira, com
determinado conteúdo, nós, professores, devemos distinguir quais instrumentos são
mais apropriados para avaliar.
É esta compreensão que vai nortear o peso que daremos a cada instrumento
utilizado. O critério é a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado à expectativa de
aprendizagem, e define, de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se avalia.
Nós, educadores, devemos, em primeiro lugar, ter claro o que desejamos com as
nossas atividades, ter sempre um plano de ação docente que organize nosso trabalho
pedagógico. O desejo de todo educador é que seus educandos aprendam o que
necessitam da melhor maneira possível. Não existirão resultados bem-sucedidos sem
investimento adequado e persistente!

3) O que é um critério de avaliação?

Resposta: Avaliar é investigar para intervir, por isso, o objetivo de um processo de


avaliação é captar o avanço na aprendizagem e não apontar o erro nem mesmo chegar
a uma nota, tem como objetivo, captar e descrever a realidade na qual o processo de
ensino-aprendizagem vai acontecer, com isso, fornecer ao professor, o panorama geral
da turma e de cada aluno em relação aos conteúdos.
Os instrumentos de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem são
diversos, seja qual for a escolha do educador, o mesmo deverá ser adequado como
recurso de investigação sobre as aprendizagens dos educandos, possibilitando uma
intervenção adequada de reorientação do trabalho pedagógico, ou seja, este
instrumentos deverão ser planejados e elaborados com certos requisitos metodológicos
da ciência, coletando somente o que realmente o educando aprendeu, o que garantirá,
por sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem dos educandos e sua
reorientação, caso seja necessário. Sendo pertinentes estes apontamentos
apresentados, deve-se levar como critério avaliativo, uma análise referente à síntese
de tudo o que o educando aprendeu como conteúdo, se está atrelado com a
expectativa de aprendizagem, definindo com clareza, os propósitos e a dimensão do
que se avalia. Segundo a LDB (art23), a avaliação observará os seguintes critérios:

I – avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos


aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais;
II – possibilidade de aceleração de estudos para estudantes com atraso escolar;
III – possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado; CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DIDÁTICA II
IV – aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
V – obrigatoriedade de apoio pedagógico destinado à recuperação contínua e
concomitante de aprendizagem de estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser
previsto no regimento escolar.

A LDB ressalta o processo, a qualidade e não os aspectos numéricos. Isso quer


dizer que a “nota” deve ser apenas a consequência de um processo que usará várias
estratégias. Além disso, o apoio pedagógico e a recuperação contínua são direitos dos
estudantes. Visto de outra forma com o mesmo propósito, o objetivo é garantir a
aprendizagem e para isso é preciso saber quem está aprendendo com facilidade, quais
são as dificuldades de cada estudante, quais elementos ou conteúdos ele ainda não
aprendeu ou quais tem dificuldade. Por isso o processo avaliativo é tão importante.

4) Como o texto define recuperação?

Resposta: Segundo o artigo V da LDB (art23) fala sobre um dos critérios de avaliação é
que: “V – obrigatoriedade de apoio pedagógico destinado à recuperação contínua e
concomitante de aprendizagem de estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser
previsto no regimento escolar.”
Baseado nesta informação a avaliação contínua e formativa permite o
acompanhamento do processo, dando ao estudante e ao professor a possibilidade de
verificarem os avanços e também detectarem o que faltou. Sendo assim, se no
processo de avaliação é necessário o acompanhamento do processo
ensino-aprendizagem com objetivo de garantir que o estudante aprenda, caso isto não
ocorra, uma recuperação deverá ser realizada para este estudante. O educador deverá
adaptar sua metodologia com ações específicas, oferecendo atividades de
recuperação do conteúdo, para que a aprendizagem ocorra.

5) Porque é importante variar os instrumentos de avaliação?

Resposta: A avaliação precisa utilizar instrumentos e estratégias variados, de modo a


permitir aos estudantes demonstrarem seu nível de aprendizagem. Há especificidades
também em relação à área do conhecimento. Avaliar em artes, por exemplo, é
diferente de avaliar em matemática.
6) Se não é possível afastar a subjetividade na avaliação, como podemos
reativizá-la?

Resposta: Atos avaliativos da prática educativa para se chegar a resultados efetivos,


são atos indissociáveis, por mais rigor que os professores queiram dar aos
instrumentos de avaliação, a subjetividade está inevitavelmente presente: na escolha
que se faz dos itens, no modo como se apresentam e na linguagem que se utiliza. A
leitura que o professor faz das respostas do aluno, as expectativas que tem em relação
a elas são ainda carregadas de subjetividade.
Aceitar a subjetividade em avaliação é condição para um aprofundamento dos
problemas e uma melhor aproximação da realidade, é a forma mais eficaz de tentar
controlá-la, evitando a ilusão de que a objetividade é possível e de que o aluno é aquilo
que o teste mede. Não sendo possível eliminar a subjetividade, é desejável tentar
relativizá-la, definindo critérios claros e a diversificação dos instrumentos escolhidos
que serão aplicados e elaborados rigorosamente devido ao fato de de nenhum
instrumento de avaliação ser completo por si só nem dar uma imagem completa, nítida
e definitiva da realidade, não existe os “fáceis” ou “difíceis” pois depende do contexto
de realização e das variáveis que interagem, Sendo assim, é preciso muito mais do
que um teste para fazer análises confiáveis, pois o teste se refere apenas a um
determinado momento e não constitui a avaliação integralmente.
Os resultados necessitam de ação consistente para serem produzidos ou
investimos em nossas ações ou os resultados não chegam até nós. Investir no
processo para obter produtos significativos, usando atos avaliativos a serviço do
sucesso da prática educativa ou para se chegar a resultados efetivos, significa que
processo e produto são duas faces indissociáveis da mesma moeda.

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