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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS ZONAS SÍSMICAS E CLASSES DE

DUCTILIDADE NO PROJECTO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS

Carlos Miguel Margarido Vaz Alves

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em


Engenharia Civil

Júri:
Presidente: Prof. Doutor José Manuel Matos Noronha da Câmara
Orientador: Prof. Doutor António José da Silva Costa
Vogal: Prof. Doutor João Carlos de Oliveira Fernandes de Almeida

Outubro de 2012
Agradecimentos

Apesar do carácter individual do presente trabalho, não posso deixar de referir, o meu agradecimento às
pessoas que ao longo deste período contribuíram, directa ou indirectamente, para a sua realização:

Ao professor António Costa, meu orientador, agradeço a disponibilidade, compreensão, incentivo e


competência demostrada no decorrer deste trabalho.

Aos engenheiros Pedro Moura e Hélder Silva, bem como todos os restantes engenheiros da Estupe pela
disponibilidade prestada para emprestar algum material de estudo e compreensão para esclarecimento de
algumas dúvidas que foram surgindo ao longo de todo processo.

Aos meus amigos e engenheiros José Pedro Ferreira, Guilherme Mendonça, Charles Monteiro e Rodrigo Vargas
que me ajudaram com todo o tipo de apoio a concluir esta dissertação.

À minha família, amigos Manuel Rodrigues e Maria Helena e à minha namorada que sempre me apoiaram nos
momentos mais difíceis. Agradeço a compreensão pelas horas que deixei de estar com eles para realizar este
trabalho.

I
Resumo

A NP EN 1998-1:2010 vem introduzir novas metodologias de dimensionamento e verificação da segurança para


as estruturas de edifícios. Com o presente trabalho pretende-se analisar as consequências que essas
metodologias apresentam no projecto de edifícios de betão armado em Portugal.
Esta norma considera dois tipos de acção sísmica para o território nacional: - a acção tipo 1, correspondente a
sismos interplacas e a acção tipo 2, correspondente a sismos intraplacas. Aos diferentes tipos de acção e zonas
sísmicas, correspondem diferentes acelerações espectrais no solo e consequentemente diferentes esforços nos
elementos estruturais e deslocamentos da estrutura.
A mesma norma considera, de acordo com a capacidade de dissipação histerética da estrutura, três níveis de
classes de ductilidade: - baixa, média e alta. São definidos um conjunto de princípios e parâmetros de projecto
para cada nível de ductilidade. O comportamento não linear da estrutura, traduz-se numericamente pelo
coeficiente de comportamento, cujo valor é uma aproximação do quociente entre os esforços que seriam
esperados se a resposta fosse completamente elástica e os esforços reais desenvolvidos nos elementos
estruturais. Para cada sistema estrutural são definidos coeficientes de comportamento diferentes.
A nível prático, atesta-se que os parâmetros definidos no Eurocódigo 8 relativos às zonas sísmicas e à
ductilidade da estrutura - aceleração espectral e classe de ductilidade - têm implicações importantes na
concepção e dimensionamento da estrutura, refletindo-se nos custos da mesma.
Procedeu-se à análise de um caso de estudo relativo a um mesmo edifício localizado em diferentes zonas
sísmicas e dimensionado para duas classes de ductilidade: média e alta. Analisaram-se as consequências que a
implementação do EC8 no projecto da estrutura apresenta quer na concepção estrutural, quer nas quantidades
de materiais.
Verificou-se que os dois estados limites para os quais a estrutura é dimensionada: estado de limitação de danos
e estados limites últimos, condicionam significativamente a concepção da estrutura e a quantidade total de
cada material e, por conseguinte, o custo da estrutura.

II
Abstract

The NP 1998-1:2010 introduces new methodologies of designing and safety verification regarding building
structures. The present work aims to analyse the consequences of those methodologies over the project of
reinforced concrete buildings in Portugal.
That regulation acknowledges two types of seismic action for the national territory: type 1 action, regarding
interplate earthquakes and type 2 action, concerning intraplate earthquakes. To each type of action and
seismic zone, there is a corresponding spectral acceleration of the soil and therefore, different forces over the
structural elements and displacements of the structure.
Depending on the ability of hysteretic dissipation of the structure, that same document deems three levels of
ductility classes: low, medium and high, where the project principles and parameters are set for each ductility
level.
The nonlinear behaviour of the structure can be numerically represented by a behaviour coefficient, whose
value is an approximation of the quotient between the estimated forced if the response was fully elastic and
the real forces occurring over the structural elements. For each structural system are defined different
behaviour coefficients.
From a practical perspective, it is accepted that the parameters stated in the Eurocode 8 concerning the
seismic zones and the ductility of the structure – spectral acceleration and ductility class – have important
implications on the designing and detailing a structure and, consequently, its cost.
The case-study consisted in the analysis of a building located in different seismic zones and designed for two
different ductility classes: medium and high. The effect of the implementation of Eurocode 8 on structure
project was assessed, including its expression both over design and the quantity of materials required.
It was observed that both limit states for which the structure is designed, the damage limit state and the
ultimate limit state, affect significantly a structure design, the total amount of materials needed and, as a
result, its cost.

III
Palavras-chave:

- Edifício;

- Betão armado;

- Ductilidade;

- Eurocódigo 8;

- Custos.

Key-Words

- Building

- Reinforced Concrete

- Ductility

- Eurocode 8;

- Costs

IV
“… Um Sismo procurará implacavelmente toda a irregularidade e fraqueza estrutural, quer ela tenha sido, ou
não, previamente conhecida…”

D.J.Dowrick,1977

“…O que provoca a queda das estruturas não sãos os sismos, mas sim a gravidade…”

Newton

V
Índice

Índice .............................................................................................................................................................. VI

Índice de Tabelas ............................................................................................................................................. IX

Índice de Figuras ............................................................................................................................................. XV

Acrónimos ..................................................................................................................................................... XVI

1. Introdução ............................................................................................................................................... 1

2. Acção Sísmica e o Eurocódigo 8 ................................................................................................................ 3

2.1 - Zonamento do território Nacional ......................................................................................................... 4

2.2 – Classificação dos Solos ......................................................................................................................... 5

2.3 – Representação da Acção Sísmica .......................................................................................................... 5

3. Projecto de Edifícios ................................................................................................................................. 7

3.1 - Concepção de edifícios em zonas sísmicas. ............................................................................................ 7

3.1.1 - Princípios Básicos........................................................................................................................... 7

3.1.2 - Classes de Importância e coeficientes de importância .................................................................... 8

3.1.3 - Critérios de Regularidade Estrutural ............................................................................................... 9

3.2 - Métodos de Análise ............................................................................................................................ 10

3.2.1 - Análise modal por espectro de resposta ....................................................................................... 11

3.2.2 – Combinação dos efeitos das componentes da acção sísmica ........................................................ 11

3.2.3 -Cálculo de deslocamentos............................................................................................................. 12

3.3 - Verificação de Segurança .................................................................................................................... 12

3.3.1 - Estado limite Último .................................................................................................................... 12

3.3.2 - Estado limite de Utilização ........................................................................................................... 14

4. Projecto de Edifícios de Betão Armado ................................................................................................... 15

4.1 – Classes de Ductilidade ........................................................................................................................ 16

4.2 – Tipos de Estruturas e Coeficientes de Comportamento ....................................................................... 16

4.3 – Regras específicas de cálculo e condições de ductilidade local para edifícios de betão armado. ........... 18

4.4 – Considerações de dimensionamento para Estruturas de Ductilidade Média de acordo com o EC8 ....... 20

4.4.1 – Materiais..................................................................................................................................... 20

4.4.2 - Restrições Geométricas................................................................................................................ 20

4.4.3 – Esforços de Cálculo e Esforços Resistentes................................................................................... 21

VI
4.4.4 – Zonas Críticas e disposições construtivas relativas a pilares, vigas e paredes dúcteis .................... 24

4.5 – Considerações de dimensionamento para Estruturas de Ductilidade Alta de acordo com o EC8 .......... 29

4.5.1 – Materiais..................................................................................................................................... 29

4.5.2 - Restrições Geométricas................................................................................................................ 30

4.5.3 – Esforços de Cálculo e Esforços Resistentes................................................................................... 30

4.5.4 - Zonas críticas e disposições construtivas relativas a pilares, vigas e paredes dúcteis ..................... 35

4.6 – Disposições relativas à amarração e emenda de varões ...................................................................... 37

4.7 – Disposições de Projecto e construtivas relativas a elementos sísmicos secundários............................. 39

5. Caso de Estudo ....................................................................................................................................... 40

5.1 - Generalidades..................................................................................................................................... 40

5.1.1 - Materiais ..................................................................................................................................... 40

5.1.2 - Acções e Combinações ................................................................................................................. 41

5.1.3 - Pré - Dimensionamento ............................................................................................................... 42

5.1.4 - Modelação................................................................................................................................... 45

5.1.5 – Considerações Gerais de Pormenorização ................................................................................... 45

5.1.6 - Dimensionamento da Laje como diafragma rígido. ....................................................................... 47

5.1.7 – Fundações e Paredes Contenção. ................................................................................................ 47

5.2 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.5/2.4 - Ductilidade Média. ......................................................... 48

5.2.1 - Regularidade da estrutura ............................................................................................................ 48

5.2.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento. ..................................................................... 49

5.2.3 - Análise Dinâmica da estrutura ...................................................................................................... 49

5.2.4 - Definição do espectro de cálculo .................................................................................................. 50

5.2.5 - Verificação Estado Limite de Utilização......................................................................................... 50

5.2.6 - Verificação Estado Limite Último .................................................................................................. 51

5.3 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.3/2.3 - Ductilidade Média. ......................................................... 58

5.3.1 - Definição do espectro de cálculo .................................................................................................. 58

5.3.2 - Verificação Estado Limite Utilização ............................................................................................. 58

5.3.3 – Verificação Estado Limite Último ................................................................................................. 59

5.4 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.2/2.3 - Ductilidade Média. ......................................................... 65

5.4.1 - Regularidade da estrutura ............................................................................................................ 66

VII
5.4.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento ...................................................................... 67

5.4.3 - Análise Dinâmica da estrutura ...................................................................................................... 67

5.4.5 - Verificação Estado Limite Utilização ............................................................................................. 68

5.4.6 - Verificação Estado Limite Último .................................................................................................. 69

5.5 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.5/2.4 - Ductilidade Alta.............................................................. 79

5.5.1 – Regularidade da Estrutura ........................................................................................................... 80

5.5.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento ...................................................................... 80

5.5.3 - Análise Dinâmica da estrutura ...................................................................................................... 81

5.5.4 - Definição do espectro de cálculo .................................................................................................. 81

5.5.5 - Verificação Estado Limite Utilização ............................................................................................. 82

5.5.6 - Verificação Estado Limite Último .................................................................................................. 82

5.6 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.3/2.3 - Ductilidade Alta.............................................................. 94

5.6.1 - Classificação da estrutura............................................................................................................. 95

5.6.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento ...................................................................... 95

5.6.3 - Análise Dinâmica da estrutura ...................................................................................................... 97

5.6.4 - Definição do espectro de cálculo .................................................................................................. 97

5.6.5 - Verificação Estado Limite Utilização ............................................................................................. 98

5.6.6 - Verificação Estado Limite Último .................................................................................................. 99

5.7 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.2/2.3 - Ductilidade Alta............................................................ 111

5.7.1 - Classificação da estrutura........................................................................................................... 112

5.7.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento .................................................................... 112

5.7.3 - Análise Dinâmica da estrutura .................................................................................................... 112

5.7.4 - Definição do espectro de cálculo ................................................................................................ 113

5.7.5 - Verificação Estado Limite Utilização ........................................................................................... 113

5.7.6 - Verificação Estado Limite Último ................................................................................................ 114

6. Quantidades e Custos ........................................................................................................................... 123

7. Conclusões ........................................................................................................................................... 126

8. Referências Bibliográficas ..................................................................................................................... 133

9. Lista de Peças Desenhadas ................................................................................................................... 135

10. Anexos ................................................................................................................................................. 136

VIII
Índice de Tabelas

Tabela 2-1 – Valores da aceleração máxima de referência nas várias zonas sísmicas e para os dois tipos de acção
sísmica.............................................................................................................................................................. 5
Tabela 3-1 - Classe de Importância para edifícios. .............................................................................................. 8
Tabela 3-2 – Coeficientes de importância associados às várias classes de importância para edifícios. ................. 8
Tabela 3-3 – Coeficientes de redução para os dois tipos de acção sísmica. ....................................................... 14
Tabela 4-1 – Coeficientes de comportamento de acordo com o sistema estrutural. ......................................... 17
Tabela 5-1 – Características do betão utilizado. ............................................................................................... 41
Tabela 5-2 – Características do aço utilizado ................................................................................................... 41
Tabela 5-3 – Valores necessários para o cálculo das dimensões inicias dos pilares. .......................................... 44
Tabela 5-4 – Recobrimentos de armadura a considerar nos vários elementos estruturais ................................ 46
Tabela 5-5 – Diâmetros mínimos de dobragem................................................................................................ 46
Tabela 5-6 – Comprimentos de amarração ...................................................................................................... 47
Tabela 5-7 – Comprimentos de emenda .......................................................................................................... 47
Tabela 5-8 – Valores dos coeficientes de comportamento, estrutura 1.5/2.4 DCM........................................... 49
Tabela 5-9 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.5/2.4 DCM.................................... 50
Tabela 5-10 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM. ................................. 51
Tabela 5-11 – Verificação dos efeitos de 2ºordem, estrutura 1.5/2.4 DCM....................................................... 51
Tabela 5-12 – Características geométricas, área mínima e máxima de armadura para as vigas, estrutura 1.5/2.4
DCM. .............................................................................................................................................................. 51
Tabela 5-13 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM. . 52
Tabela 5-14 – Armaduras colocadas e momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM. ........ 53
Tabela 5-15 – Rácios de armadura de compressão/tracção e armadura máxima de tracção para vigas, estrutura
1.5/2.4 DCM ................................................................................................................................................... 53
Tabela 5-16 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura
1.5/2.4 DCM ................................................................................................................................................... 54
Tabela 5-17 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM. ............................... 54
Tabela 5-18 – Armaduras transversais e valores do esforço transverso resistente para vigas, estrutura 1.5/2.4
DCM ............................................................................................................................................................... 54
Tabela 5-19 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura 1.5/2.4
DCM ............................................................................................................................................................... 55
Tabela 5-20 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.5/2.4
DCM ............................................................................................................................................................... 55
Tabela 5-21 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.5/2.4
DCM ............................................................................................................................................................... 56
Tabela 5-22 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.5/2.4 DCM ................................................................................................................................................... 56
Tabela 5-23 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.5/2.4 DCM .............. 56

IX
Tabela 5-24 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCM .............. 57
Tabela 5-25 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura 1.5/2.4
DCM ............................................................................................................................................................... 57
Tabela 5-26 –Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.5/2.4 DCM ................... 57
Tabela 5-27 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.3/2.3 .......................................... 59
Tabela 5-28- Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM. .................................. 59
Tabela 5-29 – Verificação dos efeitos de 2ºordem, estrutura 1.3/2.3DCM ....................................................... 59
Tabela 5-30 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.3/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 60
Tabela 5-31 – Armaduras colocadas e respectivos momentos flectores resistentes para vigas, estrutura 1.3/2.3
DCM. .............................................................................................................................................................. 60
Tabela 5-32 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estrutura
1.3/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 61
Tabela 5-33 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura
1.3/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 61
Tabela 5-34 – Valores do esforço transverso de cálculo para as vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM .......................... 62
Tabela 5-35 – Armaduras transversais e valores do esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.3/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 62
Tabela 5-36 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona(s) crítica(s) da(s) viga(s), estrutura
1.3/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 62
Tabela 5-37 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.3/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 63
Tabela 5-38 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.3/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 63
Tabela 5-39 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.3/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 63
Tabela 5-40 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM .............. 64
Tabela 5-41 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.3/2.3 DCM .............. 64
Tabela 5-42 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura 1.3/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 64
Tabela 5-43 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCM ................... 64
Tabela 5-44 – Classificação estrutural, estrutura 1.2/2.3DCM .......................................................................... 67
Tabela 5-45 – Valores dos coeficientes de comportamento, estrutura 1.2/2.3 DCM ......................................... 67
Tabela 5-46 – Verificação estado limite utilização segundo X, estrutura 1.2/2.3 DCM. ..................................... 69
Tabela 5-47 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.2/2.3 DCM. ................................. 69
Tabela 5-48 – Verificação dos efeitos de 2ºrodem, estrutura 1.2/2.3 DCM....................................................... 69
Tabela 5-49 – Características geométricas, área mínima e máxima de armadura para as vigas, estrutura
1.2/2.3DCM .................................................................................................................................................... 70

X
Tabela 5-50 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM. ..... 70
Tabela 5-51 – Armadura colocada nas várias secções das vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM. .................................. 71
Tabela 5-52 – Momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM. ............................................ 71
Tabela 5-53 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção para vigas, estrutura
1.2/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 71
Tabela 5-54 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais para nós interiores e exteriores, estrutura 1.2/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 72
Tabela 5-55 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.2/2.3DCM ................................. 72
Tabela 5-56 – Valores do esforço transverso resistente em vigas, estrutura 1.2/2.3DCM ................................. 73
Tabela 5-57 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s) das vigas, estrutura
1.2/2.3 DCM. .................................................................................................................................................. 73
Tabela 5-58 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.2/2.3
DCM ............................................................................................................................................................... 73
Tabela 5-59 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.2/2.3
DCM. .............................................................................................................................................................. 74
Tabela 5-60 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.3/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 74
Tabela 5-61 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.2/2.3 DCM. ............. 74
Tabela 5-62 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.2/2.3 DCM .............. 75
Tabela 5-63 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura
1.2/2.3DCM. ................................................................................................................................................... 75
Tabela 5-64 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.2/2.3 DCM .................. 75
Tabela 5-65 – Dimensões das paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM ....................................................... 76
Tabela 5-66 - Valores do deslocamento vertical al para cálculo da envolvente de momentos flectores, estrutura
1.2/2.3DCM .................................................................................................................................................... 76
Tabela 5-67 – Forças de tracção e armaduras colocadas nos elementos de extremidade das paredes, estrutura
1.2/2.3 DCM. .................................................................................................................................................. 77
Tabela 5-68 – Valores de esforço transverso de cálculo dentro e fora da zona crítica das paredes, estrutura
1.2/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 77
Tabela 5-69 – Armadura transversal adoptada segundo Z nas paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM ...... 77
Tabela 5-70 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura 1.2/2.3 DCM. ....................................................... 78
Tabela 5-71 – Verificação do adequado confinamento para a zona crítica das paredes estruturais, estrutura
1.2/2.3 DCM ................................................................................................................................................... 78
Tabela 5-72 – Classificação estrutural, estrutura 1.5/2.4DCH ........................................................................... 81
Tabela 5-73 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.5/2.4 DCH. ............................................ 81
Tabela 5-74 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.5/2.4 DCH................................... 82
Tabela 5-75 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCH ................................... 82
Tabela 5-76 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.5/2.4DCH. ...................................................... 82

XI
Tabela 5-77 – Características geométricas, áreas minimas e máximas de armadura para as vigas, estrutura
1.5/2.4 DCH .................................................................................................................................................... 83
Tabela 5-78 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH ....... 83
Tabela 5-79 – Armadura colocada nas várias secções das vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH. ................................... 84
Tabela 5-80 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estrutura
1.5/2.4DCH ..................................................................................................................................................... 84
Tabela 5-81 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.5/2.4DCH
....................................................................................................................................................................... 84
Tabela 5-82 – Valores de esforço transverso de cálculo para as vigas, estrutura 1.5/2.4DCH ............................ 85
Tabela 5-83 – Valores de ζ, estrutura 1.5/2.4 DCH ........................................................................................... 85
Tabela 5-84 – Valores de esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH ........................... 86
Tabela 5-85 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura 1.5/2.4DCH
....................................................................................................................................................................... 86
Tabela 5-86 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.5/2.4 DCH
....................................................................................................................................................................... 87
Tabela 5-87 – Armadura longitudinal dos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.5/2.4 DCH ....... 87
Tabela 5-88 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.5/2.4 DCH .................................................................................................................................................... 87
Tabela 5-89 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.5/2.4DCH ................ 88
Tabela 5-90 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCH ............... 88
Tabela 5-91 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da zona crítica, estrutura 1.5/2.4 DCH 88
Tabela 5-92 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas dos pilares, estrutura 1.5/2.4 DCH. ... 89
Tabela 5-93 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH ..................................... 89
Tabela 5-94 – Armadura transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH .. 89
Tabela 5-95 – Forças de tracção nos elementos de extremidade de paredes e armaduras colocadas, estruturas
1.5/2.4 DCH .................................................................................................................................................... 90
Tabela 5-96 – Valores de esforço transverso de cálculo para paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH .......................... 91
Tabela 5-97 – Armadura transversal adoptada segundo Y nas paredes, estrutura 1.5/2.4DCH.......................... 92
Tabela 5-98 – Valores de αs para as paredes, estrutura 1.5/2.4DCH ................................................................. 92
Tabela 5-99 – Verificação da taxa de armadura horizontal das paredes, estrutura 1.5/2.4DCH ......................... 92
Tabela 5-100 – Verificação taxa de armadura vertical da alma das paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH .................. 92
Tabela 5-101 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH. ...................................................... 93
Tabela 5-102 – Verificação do adequado confinamento para as zonas críticas das paredes estruturais, estrutura
1.5/2.4DCH ..................................................................................................................................................... 93
Tabela 5-103 – Classificação estrutural, estrutura 1.3/2.3DCH. ........................................................................ 96
Tabela 5-104 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.3/2.3DCH ........................................... 96
Tabela 5-105 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.3/2.3DCH.................................. 99
Tabela 5-106 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3DCH .................................. 99

XII
Tabela 5-107 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.3/2.3DCH ..................................................... 99
Tabela 5-108 – Características geométricas, áreas mínimas e máximas de armadura para as vigas, estrutura
1.3/2.3 DCH .................................................................................................................................................. 100
Tabela 5-109 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias, estrutura 1.3/2.3DCH .. 100
Tabela 5-110 – Armaduras colocadas e momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.3/2.3DCH....... 101
Tabela 5-111 – Rácios de armadura de compressão/tracção e armadura máxima de tracção para vigas,
estrutura1.3/2.3DCH..................................................................................................................................... 101
Tabela 5-112 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.3/2.3DCH
..................................................................................................................................................................... 102
Tabela 5-113 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.3/2.3 DCH ............................. 102
Tabela 5-114 – Valores de ζ,, estrutura 1.3/2.3 DCH ...................................................................................... 103
Tabela 5-115 – Valores do esforço transverso resistente para vigas, estrutura 1.3/2.3DCH. ........................... 104
Tabela 5-116 - Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 104
Tabela 5-117 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 104
Tabela 5-118 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 105
Tabela 5-119 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 105
Tabela 5-120 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.3/2.3DCH ............ 105
Tabela 5-121 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.3/2.3DCH ............ 106
Tabela 5-122 – Armadura transversal colocada dentro e fora da zona crítica dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCH.
..................................................................................................................................................................... 106
Tabela 5-123 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCH. ............... 106
Tabela 5-124 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas acima da base dos pilares, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 106
Tabela 5-125 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.3/2.3DCH .................................. 107
Tabela 5-126 – Armadura Transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.3/2.3DCH.
..................................................................................................................................................................... 107
Tabela 5-127 – Características geométricas das paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH ........................... 107
Tabela 5-128 – Valores de deslocamento vertical al para cálculo da envolvente de momentos flectores,
estrutura 1.3/2.3DCH .................................................................................................................................... 108
Tabela 5-129 – Forças de tracção máxima nos elementos de extremidade e respectivas armaduras colocadas,
estrutura 1.3/2.3DCH. ................................................................................................................................... 108
Tabela 5-130 – Valores de esforço transverso de cálculo para paredes, estrutura 1.3/2.3DCH........................ 109
Tabela 5-131 – Armadura transversal adoptada segundo Y nas paredes, estrutura 1.3/2.3DCH. ..................... 109
Tabela 5-132 – Valores de αs, estrutura 1.3/2.3DCH. ..................................................................................... 110

XIII
Tabela 5-133 – Verificação da taxa de armadura horizontal das paredes, estrutura 1.3/2.3DCH ..................... 110
Tabela 5-134 – Verificação da taxa de armadura vertical da alma das paredes, estrutura 1.3/2.3DCH. ........... 110
Tabela 5-135 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura1.3/2.3DCH. ...................................................... 110
Tabela 5-136 – Verificação do adequado confinamento para a zonas crítica das paredes estruturais, estrutura
1.3/2.3DCH ................................................................................................................................................... 110
Tabela 5-137 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.2/2.3DCH ......................................... 112
Tabela 5-138 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.2/2.3DCH................................ 113
Tabela 5-139 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.2/2.3DCH ................................ 114
Tabela 5-140 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.2/2.3DCH ................................................... 114
Tabela 5-141 – Características geométricas, áreas de armadura mínima e máxima para as vigas, estrutura
1.2/2.3DCH ................................................................................................................................................... 114
Tabela 5-142 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias para as vigas, estrutura
1.2/2.3DCH. .................................................................................................................................................. 115
Tabela 5-143 – Armaduras colocadas e respectivos momentos flectores resistentes para as vigas. ................ 115
Tabela 5-144 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estutura
1.2/2.3DCH ................................................................................................................................................... 116
Tabela 5-145 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.2/2.3DCH
..................................................................................................................................................................... 116
Tabela 5-146 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.2/2.3DCH. ............................. 117
Tabela 5-147 – Valores de ζ, estrutura 1.2/2.3DCH ........................................................................................ 117
Tabela 5-148 – Valores do esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.2/2.3DCH ........................ 118
Tabela 5-149 – Armadura transversal nas vigas, estrutura 1.2/2.3DCH........................................................... 119
Tabela 5-150 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura
1.2/2.3DCH ................................................................................................................................................... 119
Tabela 5-151 – Armadura longitudinal dos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.2/2.3DCH. ... 119
Tabela 5-152 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura
1.2/2.3DCH ................................................................................................................................................... 120
Tabela 5-153 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.2/2.3DCH ............ 120
Tabela 5-154 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.2/2.3DCH ............ 120
Tabela 5-155 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da zona crítica, estrutura 1.2/2.3DCH
..................................................................................................................................................................... 121
Tabela 5-156 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.2/2.3DCH. ............... 121
Tabela 5-157 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas acima da base dos pilares, estrutura
1.2/2.3DCH ................................................................................................................................................... 121
Tabela 5-158 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH ................................. 122
Tabela 5-159 – Armadura transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.2/2.3 DCH
..................................................................................................................................................................... 122

XIV
Tabela 6-1 - Quantidades totais de betão, aço e cofragem para as lajes, paredes de contenção e laje de
ensoleiramento. ........................................................................................................................................... 123
Tabela 6-2 - Quantidades totais de aço em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade
média. .......................................................................................................................................................... 123
Tabela 6-3 - Quantidades totais de betão em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade
média. .......................................................................................................................................................... 123
Tabela 6-4 - Quantidades totais de cofragem em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de
ductilidade média. ........................................................................................................................................ 123
Tabela 6-5 - Quantidades totais de aço em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade
alta. .............................................................................................................................................................. 124
Tabela 6-6 - Quantidades totais de betão em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade
alta. .............................................................................................................................................................. 124
Tabela 6-7 - Quantidades totais de cofragem em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de
ductilidade alta. ............................................................................................................................................ 124
Tabela 6-8 - Resumo da quantidade total de armadura para os vários elementos sismo-resistentes............... 124
Tabela 6-9 - Valores unitários de custo dos vários materiais. ......................................................................... 124
Tabela 6-10 – Custos totais das estruturas projectadas para o nível de ductilidade média em diferentes zonas
sísmicas. ....................................................................................................................................................... 125
Tabela 6-11 - Custos totais das estruturas projectadas para o nível de ductilidade alta em diferentes zonas
sísmica.......................................................................................................................................................... 125

Índice de Figuras

Figura 2-1 – Zonamento Sísmico em Portugal Continental ................................................................................. 4


Figura 4-1 – Esquema sucinto da análise sísmica de edifícios segundo o EC8.................................................... 15
Figura 4-2 - Envolvente de cálculo dos momentos flectores em paredes de sistemas de paredes (à esquerda) e
sistemas mistos (à direita)............................................................................................................................... 21
Figura 4-3 - Valores de esforço transverso de cálculo em vigas obtidos pela regra de cálculo pela capacidade
real [6]. ........................................................................................................................................................... 23
Figura 4-4 - Valores de esforço transverso de cálculo em pilares obtidos pela regra de cálculo pela capacidade
real [6]. ........................................................................................................................................................... 23
Figura 4-5 - Envolvente de cálculo do esforço transverso nas paredes. ............................................................ 24
Figura 5-1 – Planta do piso tipo do edifício ...................................................................................................... 40
Figura 5-2 – Solução estrutural obtida para o piso tipo resultante do pré-dimensionamento ........................... 43
Figura 5-3 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.5/2.4 – Ductilidade média ................................... 48
Figura 5-4 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.5/2.4 DCM...................... 50
Figura 5-5 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.3/2.3DCM. ..................... 58
Figura 5-6 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.2/2.3 – Ductilidade média ................................... 66

XV
Figura 5-7 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.2/2.3DCM. ..................... 68
Figura 5-8 – Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM. 76
Figura 5-9 – Envolvente de esforço transverso de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM. .... 77
Figura 5-10 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.5/2.4 – Ductilidade alta ..................................... 80
Figura 5-11 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.5/2.4DCH...................... 81
Figura 5-12 – Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.5/2.4 DCH. 90
Figura 5-13 - Envolvente de esforços transversos de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.5/2.4 DCH. . 91
Figura 5-14 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.3/2.3 – Ductilidade alta ..................................... 95
Figura 5-15 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica a considerar na direcção X, zona sísmica
1.3/2.3DCH ..................................................................................................................................................... 98
Figura 5-16 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica a considerar na direcção Y, zona sísmica
1.3/2.3DCH. .................................................................................................................................................... 98
Figura 5-17 - Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH.
..................................................................................................................................................................... 108
Figura 5-18 - Envolvente de esforço transverso de cálculo paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH. .......... 109
Figura 5-19 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.2/2.3 – Ductilidade alta ................................... 111
Figura 5-20 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.2/2.3DCH.................... 113
Figura 7-1 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com
ductilidade média. ........................................................................................................................................ 127
Figura 7-2 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com
ductilidade alta. ............................................................................................................................................ 129
Figura 7-3 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com
ductilidade alta. ............................................................................................................................................ 131
Figura 7-4 – Percentagens de aumento relativo do custo da estrutura para as várias zonas sísmicas e níveis de
ductilidade.................................................................................................................................................... 132

Acrónimos

Secção 1

CEN Comité Europeu de Normalização;

EC Eurocódigo

RSA Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Betão Armado;

REBAP Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado;

EC0 Eurocódigo 0 – Bases para o Projecto de Estruturas;

EC1 Eurocódigo 1 – Acções em Estruturas;

EC2 Eurocódigo 2 – Projecto de Estruturas de Betão;

XVI
EC8 Eurocódigo 8 – Projecto de Estruturas para Resistência aos Sismos;

DCM Classe de Ductilidade Média;

DCH Classe de Ductilidade Alta;

Secção 2

NA Anexo Nacional;

ELU Estados Limites Últimos;

ELS Estados Limites de Serviço;

agR valor de referência da aceleração máxima à superfície de um solo do tipo A;

espectro de resposta elástica de aceleração;

q coeficiente de comportamento;

T período de vibração;

ag valor de cálculo da aceleração à superfície para um solo do tipo A;

TB limite inferior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TC limite superior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TD valor que define no espectro o início do ramo de deslocamento constante;

Sd(T) espectro de cálculo;

coeficiente correspondente ao limite inferior do espectro de cálculo horizontal;

S coeficiente de solo;

Secção 3

γI coeficiente de importância de edifícios;

Lmáx maior dimensão em planta do edifício;

Lmin menor dimensão em planta do edifício;

e0 excentricidade estrutural;

r raio de torção;

Is raio de giração da massa do piso em planta;

H altura do edifício;

Mai momento torsor de eixo vertical aplicado no piso i;

eai excentricidade estrutural da massa do piso i;

XVII
Fi força horizontal a actuar no piso i.

avg valor de cálculo da aceleração à superfície para um solo do tipo A na direcção vertical;

“+“ “a combinar com”;

EEdx representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo horizontal X;

EEdy representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo horizontal Y;

ds deslocamento de um ponto do sistema estrutural devido à acção sísmica de cálculo;

qd coeficiente de comportamento de valor igual ao aplicado no espectro de calculo da respectiva


direcção;

de deslocamento do mesmo ponto do sistema estrutural, determinado por uma análise linear baseada no
espectro de cálculo;

Ed valor de cálculo para a situação sísmica de cálculo;

Rd resistência de cálculo de acordo com as regras específicas do material do elemento;

Θ coeficiente de sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos;

Ptot carga gravítica total acima do piso;

Vtot esforço transverso sísmico total no piso;

h altura entre pisos;

dr valor de cálculo do deslocamento relativo entre pisos;

ν coeficiente de redução que tem em conta o mais baixo período de retorno da acção sísmica associada
ao requisito de limitação de danos;

Secção 4

DCL Classe de Ductilidade Baixa;

q0 valor base do coeficiente de comportamento;

Kw factor que reflecte o modo de rotura predominante nos sistemas estruturais de paredes;

αu/a1 quociente entre o majorante que proporciona à estrutura o número suficiente de rótulas plásticas
para que seja provocada a instabilidade global e o majorante da acção sísmica de cálculo que
proporcionam à estrutura atingir pela primeira vez a resistência á flexão em qualquer elemento;

ao esbelteza das paredes do sistema;

lwi comprimento da secção da parede i;

hwi altura da parede i;

XVIII
Valor de cálculo dos momentos resistentes dos pilares;

Valor de cálculo dos momentos resistentes das vigas;

bw largura da viga;

hw altura da viga;

bc maior dimensão da secção transversal do pilar perpendicular ao eixo da viga;

espessura da alma das paredes dúcteis;

hs altura livre do piso;

a diagrama de momentos flectores resultante da análise para a situação sísmica de de cálculo;

b envolvente de esforços considerada no dimensionamento;

al translação que origina a envolvente de esforços calculada através da expressão:

z braço das forças internas de paredes;

ângulo considerado nas bielas resistentes ao esforço transverso de paredes;

VED Valor do esforço transverso de cálculo;

a diagrama dos esforços transversos obtidos da análise para a situação sísmica de cálculo;

b diagrama dos esforços transversos majorados;

c envolvente de cálculo para o esforço transverso;

A Vparede,base;

B Vparede,topo Vparede,base/2;

esforço axial normalizado;

lcr comprimento da zona crítica de uma viga ou pilar;

factor de ductilidade em curvatura;

área de armadura;

corresponde à percentagem de armadura na zona comprimida;

corresponde à percentagem de armadura na zona traccionada;

período de vibração fundamental do edifício;

εsy,d valor de projecto da extensão de cedência da armadura;

fyd valor de projecto da tensão de cedência da armadura de flexão;

fcd valor de cálculo da resistência do betão à compressão;

fctd valor de cálculo da tensão de rotura do betão à tracção;

XIX
fctm valor da tensão média de rotura do betão à tracção;

fyk valor característico da tensão de cedência da armadura de flexão;

diâmetro das armadura de confinamento;

dbl diâmetro dos varões longitudinais;

hc maior dimensão da secção transversal do pilar;

lcl comprimento livre do pilar;

taxa global de armadura longitudinal;

valor da extensão de compressão do betão;

taxa mêcanica volumétrica de cintas;

largura bruta da secção transversal;

largura do núcleo confinado;

altura bruta da secção transversal;

altura do núcleo confinado;

coeficiente de eficácia do confinamento;

αn quociente entre a área efectivamente confinada e a área no interior das cintas;


αs quociente entre a área da secção efectivamente confinada a meia distância entre as cintas e a área no
interior das cintas;
n numero de varões longitudinais cintados ou abraçados por ganchos;

bi distancia entre varões consecutivos abraçados;

hcr altura da zona crítica em paredes;

comprimento da secção da parede;

n números de pisos;

altura livre do piso;

ωv taxa mecânica da armadura vertical na alma;

As,v armadura vertical da alma;

bw espessura da parede;

xu posição do eixo neutro;

valor da extensão última de compressão de betão confinado;

comprimento do elemento de extremidade;

γRd coeficiente que tem em conta a sobrerresistencia por endurecimento do aço;

XX
e factor de majoração dos esforços transversos obtidos da análise para as paredes;

) ordenada do espectro de resposta elástica correspondente ao período no limite superior da zona de


aceleração espectral constante;

) ordenada do espectro de resposta elástica correspondente ao período fundamental de vibração do


edifício na direcção dos esforços transversos VED;

valor do esforço transverso retirado do modelo de análise;

área da secção das armaduras superiores da viga;

área da secção das armaduras inferiores da viga;

esforço transverso no pilar na secção situada acima do nó, obtido da análise para a situação de
projecto sísmica;

ζ valor algébrico do quociente entre o esforço transverso actuante mínimo e máximo na zona crítica de
vigas;

valor do esforço transverso de cálculo mínimo na zona critica da viga;

valor do esforço transverso de cálculo máximo na zona critica da viga;

corresponde ao esforço transverso máximo calculado de acordo com EN1192-1-1:2004, considerando


o braço do binário das forças interiores, z, igual a 0,8l w e tan igual a 1,0.

razão de corte para paredes definida como quociente entre momento flector e esforço transverso de
cálculo normalizado pelo comprimento.

valor de cálculo do esforço transverso resistente dos elementos sem armaduras de esforço transverso;

taxa de armaduras horizontais de alma;

área de armaduras de horizontais da alma;

espaçamento entre as armaduras horizontais da alma;

taxa de armaduras verticais da alma;

área de armaduras de verticais da alma;

espaçamento entre as armaduras verticais da alma;

distância entre as camadas extremas da armadura do pilar;

largura eficaz do nó;

área toral das cintas horizontais;

área total dos varões intermédios colocados entre os varões de canto nas faces interessadas do pilar;

XXI
distância entre as armaduras superiores e inferiores da viga;

coeficiente que é função da classe de ductilidade que toma o valor de 1 para estruturas de classe de
ductilidade média e o valor de 2/3 para estruturas de classe de ductilidade alta;

taxa de armadura de compressão da viga que atravessa o nó;

taxa máxima admissível de armadura de tracção;

coeficiente de incerteza do modelo relativo ao valor das resistências, entre os quais se destaca o
endurecimento das armaduras longitudinais da viga, que toma o valor de 1,2 e 1,0 para estruturas de
classe de ductilidade alta e média respectivamente;

valor do esforço de cálculo a considerar no dimensionamento dos elementos sísmicos secundários;

valor do esforço nos elementos sísmicos secundários para a situação sísmica de cálculo com os
respectivos elementos ligados à restante estrutura;

valor do deslocamento para a situação sísmica de cálculo com os elementos secundários rotulados;

valor do deslocamento para a situação sísmica de cálculo com os elementos secundários ligados;

Secção 5
ψ0 coeficiente de combinação;

ψ1 coeficiente de combinação;

ψ2 coeficiente de combinação;

G valor característico do peso próprio da estrutura;

CP valor característico da restante carga permanente da estrutura:

SC valor característico da sobrecarga.

valor característico da acção sísmica.

μ momento flector reduzido;

L comprimento do vão;

diâmetro do varão;

m,min diâmetro mínimo de dobragem de varões;

distância mínima entre varões ;

dg dimensão máxima do agregado;

l b,rqd comprimento de amarração de referência;

l bd comprimento de amarração;

l0 comprimento de emenda;

XXII
1. Introdução

Em Portugal, brevemente, existirá um período de transição regulamentar relativamente ao projecto de


estruturas de betão armado sujeitas à acção sísmica. Nessa fase caberá ao dono de obra e ao projectista optar
por qual a regulamentação que irá seguir: a presente regulamentação nacional (Regulamento de segurança e
acções - RSA e Regulamento de estruturas de betão armado e pré esforçado - REBAP) ou a nova
regulamentação Europeia (Eurocódigos - EC). Porém, importa referir que a regulamentação Europeia irá impor
níveis de exigência para o comportamento estrutural superiores aos definidos na actual regulamentação pelo
que será pouco sustentável a continuação da sua utilização. As principais diferenças entre os dois regulamentos
residem na definição da acção sísmica e na exploração da ductilidade das estruturas. A regulamentação
Europeia considera três níveis de ductilidade (baixa (DCL), média (DCH) e alta (DCH)) ao invés do RSA que
define apenas dois (normal e melhorada). Os níveis de ductilidade baixa e média da regulamentação Europeia
correspondem, ainda que de forma aproximada, à ductilidade definida no REBAP como normal e melhorada,
respectivamente. O nível de ductilidade alta não tem equivalência na actual regulamentação portuguesa.

A regulamentação Europeia, formalizada em conjunto por alguns países europeus, é constituída por um
conjunto de 58 normas divididas pelos Eurocódigos 0 a 9 e aplicar-se-á a todos os estados membros do Comité
Europeu de Normalização (CEN).

No presente trabalho seguiu-se a vertente dos Eurocódigos: O Eurocódigo 0 (EC0) para definir as bases de
verificação da segurança e as combinações de acções; o Eurocódigo 1 (EC1) para definir as acções com
excepcção da acção sísmica; o Eurocódigo 2 (EC2) para dimensionamento e pormenorização dos vários
elementos estruturais de betão armado; o Eurocódigo 8 (EC8) para definir a acção sísmica, o nível de
ductilidade pretendido para a estrutura e os respectivos estados limites a cumprir para que seja garantida a
segurança. Em função da ductilidade pretendida para a estrutura, este acrescenta um conjunto específico de
regras, condições e parâmetros de dimensionamento dos elementos sismo-resistentes, nomeadamente,
paredes estruturais, pilares, vigas e fundações.

No futuro, com a aplicação em exclusivo dos Eurocódigos pretende-se que estes funcionem como elemento
que garante com as devidas exigências a conformidade no projecto de edifícios e de outras obras de
engenharia, tal como se prevê que sejam utilizados como elementos base, quer na elaboração de
especificações técnicas harmonizadas para os produtos da construção, quer na especificação de contratos de
trabalho e de serviços de engenharia que lhe estão associados [1].

O presente trabalho tem como principal objectivo analisar as implicações do Eurocódigo 8 na concepção, no
dimensionamento e consequentemente nos custos das estruturas de betão armado de edifícios correntes
sujeitos à acção sísmica. Para tal, projectou-se um edifício para três zonas sísmicas distintas e dois níveis de
ductilidade: zona sísmicas 1.5/2.4, 1.3/2.3 e 1.2/2.3 e níveis de ductilidade média e alta.

1
Este documento divide-se em 10 partes. A secção 1 diz refere-se à introdução. Na secção 2 é explicitada a
importância da existência de um regulamento próprio relativo à acção sísmica, qual a sua finalidade na
aplicação ao projecto de estruturas e quais os estados limites que devem ser verificados para que se atinja esse
objectivo. É apresentada formulação do Eurocódigo 8 relativa à definição da acção sísmica de cálculo.

Na secção 3 apresentam-se alguns princípios de concepção para estruturas localizadas em zonas sísmicas, tal
como um conjunto de critérios que definem a regularidade estrutural em planta e altura. Posteriormente
descreve-se o método de referência para realizar a análise sísmica de estruturas, bem como as condições
necessárias cumprir para que se verifiquem os estados limites regulamentares.

A secção 4 refere-se exclusivamente a edifícios de betão armado. Apresentam-se as várias classes de


ductilidade possíveis para a estrutura, bem como os vários sistemas estruturais existentes. Em função destes,
os valores dos coeficientes de comportamento. Expõe-se um conjunto específico de regras, condições e
parâmetros de dimensionamento dos elementos sismo-resistentes necessários cumprir para garantir um nível
de ductilidade para a estrutura compatível com o valor do coeficiente de comportamento adoptado.

Na secção 5 descrevem-se e apresentam-se os resultados para cada zona sísmica estudada. Os primeiros 3
exemplos dizem respeito a estruturas projectadas para um nível de ductilidade média e os restantes três a
estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta.

A secção 6 refere-se às quantidades necessárias de cada material para execução das respectivas estruturas. Em
função destas e do valor unitário de custo de cada material apresenta-se uma estimativa de custo global para
cada uma das seis estruturas.

Na secção 7 apresentam-se as principais conclusões relativas à realização do presente trabalho. Na secção 8


são apresentadas as referências bibliográficas que serviram de suporte para a sua realização. A secção 9 diz
respeito às Peças Desenhadas e por fim, a secção 10 corresponde aos Anexos.

2
2. Acção Sísmica e o Eurocódigo 8

Na Terra existem por ano mais de um milhão de sismos. Os mais violentos provocam catástrofes naturais
mortíferas. No entanto, prever um sismo continua a ser alvo de estudo ainda sem conclusões obtidas com
elevado grau de fiabilidade. Os sismos estão associados à movimentação de placas litosféricas. Deste
fenómeno resulta uma libertação brutal de energia responsável pela criação de ondas sísmicas que se
propagam pelo solo [2]. A passagem das ondas sísmicas pelos solos faz com que haja vibração dos elementos
de apoio das estruturas. Como consequência, geram-se forças de inércia que provocam deformações na
estrutura no decorrer do sismo. Assim, constata-se que a natureza imprevisível da acção sísmica faz com que a
sua caracterização seja muito específica e de complexa definição comparativamente com as restantes cargas
que possam ser consideradas na execução do projecto de estabilidade estrutural. Associado à sua difícil
caracterização está a incapacidade em antever os danos provocados nas estruturas. O EC8 em conjunto com o
anexo nacional (NA) constituem uma incomparável ajuda ao projectista na execução do projecto, não só do
ponto de vista da definição da acção, mas também da própria concepção, análise e dimensionamento.

A aplicação do EC8 no projecto de estruturas sujeitas à acção sísmica tem como finalidade:

 Salvaguardar a vida Humana;


 A limitação de danos provocados na estrutura;
 Garantir que estruturas importantes para a protecção civil mantenham-se operacionais quando ocorre um
sismo.

Neste contexto, o EC8 (art.º2.1 1(P)) considera fundamental que estruturas localizadas em zonas sísmicas
sejam projectadas e construídas com o máximo rigor a fim de:

 Não ocorrer o colapso;

A estrutura deve ser projectada para a não ocorrência de colapso local ou global quando sujeita a uma acção
sísmica com pequena probabilidade de ocorrência, designada por acção sísmica de cálculo, garantindo que a
mesma possui capacidade resistente residual pós sismo.

Designa-se por situação sísmica de cálculo ou situação sísmica de projecto quando a estrutura está sujeita à
acção sísmica de cálculo.

 Controlar o nível de danos provocados.

O nível de danos provocados na estrutura quando sujeita a uma acção sísmica de menor intensidade e maior
probabilidade de ocorrência do que a acção sísmica de cálculo deve ser controlado. Os danos provocados não
devem corresponder a custos desproporcionalmente elevados quando comparados com os da própria
estrutura.

Para satisfazer estes dois requisitos, o EC8 (art.º 2.2.1 1(P)) considera que o projeto de estruturas sujeitas à
acção sísmica deve verificar os estados limites que lhe estão inerentes, ou seja, o estado limite último (ELU) e o
estado de limitação de danos ou de utilização (ELS).

3
2.1 - Zonamento do território Nacional

No EC8 são definidos dois tipos de acção sísmica para o território nacional tal como acontece no RSA. Esta
divisão é necessária dado que existem duas zonas sismogénicas distintas.

A primeira zona refere-se à falha que separa as placas tectónicas do continente Europeu e Africano. A acção
sísmica resulta da libertação de energia associada ao movimento tectónico das mesmas nesta zona. Este
primeiro tipo de acção denomina-se de acção sísmica interplacas ou acção sísmica do Tipo 1 e caracteriza-se
por baixas frequências, grande distância focal e sismos de elevada magnitude com longa duração.

A segunda zona diz respeito a acções sísmicas cujo epicentro se localiza no Continente Europeu ou na região do
Arquipélago dos Açores, pelo que se denomina de acção sísmica intraplacas ou acção sísmica do tipo 2,
caracterizando-se pela sua elevada frequência, pequena distância focal, sismos de magnitude média e de curta
duração.

A acção sísmica é definida no EC8 (art.º 3.2.1 (1)P e (2)P) por um único parâmetro: o valor máximo de
referência da aceleração na base em rocha, agR, cujo valor se admite constante para uma determinada zona.
Em função do valor deste parâmetro dividiu-se o território nacional para os dois tipos de acção sísmica como
representado na Figura 2-1.

Figura 2-1 – Zonamento Sísmico em Portugal Continental

Os valores de aceleração correspondentes a cada zona sísmica apresentam-se na Tabela 2-1. Estes foram
determinados para uma acção sísmica com período de retorno de referência associado ao requisito de não
colapso (art.º 3.2 1 (2)P e (3)P do EC8).

4
Acção Sísmica Tipo 1 Acção Sísmica Tipo2
2 2
Zona Sísmica agR (m/s ) Zona Sísmica agR (m/s )
1.1 2,5 2.1 2,5
1.2 2,0 2.2 2,0
1.3 1,5 2.3 1,7
1.4 1,0 2.4 1,1
1.5 0,6 2.5 0,8
1.6 0,35 - -
Tabela 2-1 – Valores da aceleração máxima de referência nas várias zonas sísmicas e para os dois tipos de acção sísmica.

2.2 – Classificação dos Solos

O EC8 (art.º 3.1.2 (1)P) considera que o solo sobre o qual a estrutura se desenvolve pode ser classificado do
tipo A, B, C, D e E de acordo com a descrição apresentada para o perfil estratigráfico e alguns parâmetros que o
caracterizam, entre os quais o valor médio das ondas de corte, v s,30, o valor obtido do ensaio NSPT e o valor da
resistência ao corte não drenada, cu. A tabela que resume e classifica os vários tipos de solos encontra-se no
anexo A.

2.3 – Representação da Acção Sísmica

Um espectro de resposta associado a movimentos sísmicos define a resposta máxima que ocorre em sistemas
lineares quando solicitados na sua base por uma determinada componente sísmica, seja ela um deslocamento,
uma aceleração ou uma velocidade [3]. Como citado em 2.1, o único parâmetro considerado pelo EC8 para
caracterizar a acção sísmica é o valor de referência da aceleração na base. Assim, a representação da acção
sísmica é feita através de um espectro de resposta elástica da aceleração à superfície do solo, (Sa,T), designado
no EC8 (art.º 3.2.2.1 (1)P) por “ espectro de resposta elástica”. Contrariamente às restantes acções, na
definição da acção sísmica, além de ser considerado unicamente o “efeito directo” da acção traduzido pela
aceleração ao nível do solo, é necessário considerar a capacidade da estrutura em resistir aos sismos no
domínio não linear da resposta. Essa capacidade resulta principalmente do comportamento dúctil dos seus
elementos estruturais e outros mecanismos de dissipação que possam ser adoptados. A exploração da
ductilidade é considerada no EC8 através da utilização dos espectros de resposta de cálculo (S d,T) que resultam
dos aspectos elásticos afectados do coeficiente de comportamento.

O coeficiente de comportamento “q” é definido no EC8 (artº. 3.2.2.5 3(P)) como uma aproximação da razão
entre as forças sísmicas a que a estrutura ficaria sujeita se a resposta fosse completamente elástica e as forças
reais sísmicas instaladas caso esta atinja o ponto de cedência no diagrama força/deslocamento quando esta
sujeita à acção sísmica. Os valores base do coeficiente de comportamento apresentados pelo EC8 para
estruturas de betão armado já incluem a influência de amortecimentos viscosos de 5% [4].

O valor máximo do coeficiente de comportamento a utilizar depende apenas do sistema estrutural


apresentado naquela direcção. Este pode ser diferente em cada uma delas, dado que os espectros de cálculo a
utilizar são independentes.

5
O espectro de cálculo a utilizar na análise elástica, é definido no EC8 (art.º 3.2.2.5 4(P)) pelas expressões 2.1 a
2.4.

[ 2.1]

[ 2.2]

[ 2.3]

[ 2.4]

em que:

T período de vibração

ag valor de cálculo da aceleração à superfície para o solo do tipo A calculado de acordo com 3.1.2, para
uma determinada classe de importância do edifício;

TB limite inferior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TC limite superior do período no patamar de aceleração espectral constante;

TD valor que define no espectro o início do ramo de deslocamento constante;

Sd(T) espectro de cálculo;

q coeficiente de comportamento;

β Coeficiente correspondente ao limite inferior do espectro de cálculo horizontal. O valor adoptado no


anexo nacional é 0,2;

S coeficiente de solo.

A classificação apresentada para os vários tipos de solos em 2.2 tem carácter transversal na aplicação do EC8,
no entanto, os valores específicos de S, TB, TC e TD a considerar para a representação espectral associada a cada
tipo de solo nas diferentes zonas sísmicas tomam valores únicos a nível nacional, ou seja, o espectro de cálculo
utilizado na análise de uma estrutura localizada num solo classificado do mesmo tipo em países diferentes tem
representação distinta. Os valores de S, TB, TC e TD para os vários tipos de solos e acções sísmicas podem ser
consultados no anexo B [5].

6
3. Projecto de Edifícios

O projecto de execução de estruturas de edifícios sujeitas à acção sísmica é composto pelas seguintes fases:
concepção, análise estrutural e dimensionamento.

3.1 - Concepção de edifícios em zonas sísmicas.

A concepção de edifícios localizados em zonas sísmicas deve assentar num conjunto de princípios base que
garantem à partida obter um sistema estrutural que responda adequadamente as necessidades exigidas.

3.1.1 - Princípios Básicos

 Simplicidade Estrutural (artº4.2.1.1 do EC8)

A simplicidade estrutural caracteriza-se pela existência de trajectórias directas e curtas de transmissão de


esforços sísmicos. Esta condição permite obter maior fiabilidade no comportamento sísmico da estrutura, pois
a sua modelação, análise, dimensionamento e pormenorização são simples e menos susceptíveis de erros.

 Uniformidade, simetria e redundância estrutural (artº4.2.1.2 do EC8)

Os elementos estruturais devem ser distribuídos regulamente em planta para que haja uma transmissão
directa e curta das forças de inércia.

A uniformidade em altura dos elementos estruturais é importante na medida em que elimina possíveis zonas
de grande concentração de tensões onde é exigida grande ductilidade, que caso não exista pode provocar o
colapso prematuro da estrutura.

A simetria ou quase simetria da estrutura em planta, tal como a redundância estrutural dos elementos, permite
uma melhor uniformidade da distribuição das forças sísmicas e uma melhor dissipação de energia.

 Resistência e rigidez nas duas direcções (artº4.2.1.3 do EC8)

A resistência global da estrutura à acção sísmica deve ser semelhante nas duas direcções pois trata-se de uma
acção que provoca movimentos bidireccionais. Por conseguinte, para obter a melhor configuração estrutural,
deve estudar-se qual a rigidez e a posição em planta dos elementos sismo-resistentes.

 Resistência e rigidez de torção (artº4.2.1.4 do EC8)

A estrutura deve ter resistência e rigidez de torção suficiente para evitar que os movimentos devidos à torção
sejam elevados. Estes deslocamentos solicitam de forma não uniforme os vários elementos estruturais em
planta, por consequente há vantagem em ter elementos de maior rigidez perto da periferia do edifício.

 Acção de diafragma ao nível dos pisos (artº4.2.1.5 do EC8)

Ao nível dos pisos, a rigidez no plano da laje deve ser suficiente para distribuir as forças de inércia horizontais
aos sistemas estruturais verticais.

7
 Fundação adequada (artº4.2.1.6 do EC8)

A estrutura deve estar preparada para que a excitação sísmica seja uniforme ao nível das fundações. Para tal, o
EC8 recomenda no caso de fundações isoladas o uso de vigas de travamento. Caso a tensão admissível do solo
seja muito variável ou reduzida, o ensoleiramento geral é uma hipótese igualmente válida. Nos edifícios com
caves, os esforços sísmicos máximos de flexão e corte ocorrem ao nível da laje térrea pelo que as fundações
ficam sujeitas maioritariamente a esforços de compressão.

3.1.2 - Classes de Importância e coeficientes de importância

De acordo com o EC8 (artº4.2.5 (1)P) existem quatro classes de importância distintas para classificação dos
edifícios. As mesmas apresentam-se na Tabela 3-1. A classe de importância do edifício é determinada com base
nos seguintes parâmetros:

 Perda de vidas humanas;


 A sua importância para a segurança pública e para a protecção civil logo após o sismo;
 Das consequências sociais e económicas associadas ao seu colapso.

Classe de Importância Edifícios


I Edifícios de menor importância para a segurança pública.
II Edifícios correntes, não pertencentes a outras categorias.
Edifícios cuja resistência sísmica é importante tendo em vista as consequências
III
associadas ao colapso.
Edifícios cuja integridade em caso de sismo é de importância vital para a
IV
protecção civil.
Tabela 3-1 - Classe de Importância para edifícios.

A cada classe de importância está associado um coeficiente de importância ( ) de diferente valor. Por
definição, este valor é unitário para um edifício de classe II e está associado a um sismo com período de
retorno de referência. O valor do mesmo pode variar em diferentes zonas sísmicas do país para edifícios com a
mesma classe dadas as diferentes condições de perigosidade sísmica ou simplesmente por considerações de
segurança pública. No entanto, o NA sugere de forma homogénea os valores apresentados na Tabela 3-2.

Acção Sísmica Tipo 2


Classe de Importância Acção Sísmica Tipo 1
Continente Açores
I 0,65 0,75 0,85
II 1,00 1,00 1,00
III 1,45 1,25 1,15
IV 1,95 1,50 1,35
Tabela 3-2 – Coeficientes de importância associados às várias classes de importância para edifícios.

Note-se que quanto maior a classe do edifício, maior o coeficiente de importância, e maior será o valor de
cálculo da aceleração à superfície para um solo do tipo A, pois

. [ 3.1]

8
em que:

ag valor de cálculo da aceleração à superfície para o solo do tipo A para uma determinada classe de
importância do edifício;

agR valor de referencia da aceleração máxima à superfície para o solo do tipo A que pode ser consultado
na Tabela 2-1;

coeficiente de importância de edifícios.

3.1.3 - Critérios de Regularidade Estrutural

De acordo com EC8 (art.º 4.2.3.1 (1)P), para efeitos do projecto sísmico, as estruturas classificam-se como
regulares ou não regulares.

A regularidade da estrutura é analisada em planta e em altura.

 Critérios de Regularidade em planta

A estrutura classifica-se como regular em planta se se verificam as seguintes condições:

1 - A rigidez lateral e a distribuição de massas deve ser aproximadamente simétrica em planta em relação a
dois eixos ortogonais (artº4.2.3.2 (2)P do EC8).
2 - O contorno do piso em planta deve ser uma linha poligonal convexa. No entanto, se existirem recuos que
não afectem a rigidez do piso no plano e cuja área de cada um, definida pelo contorno do piso e a linha
poligonal convexa que o envolve, seja inferior a 5% da área do piso, a regularidade em planta pode ser
considerada (artº4.2.3.2 (3)P do EC8).
3 - A rigidez dos pisos no plano deve superiorizar-se em relação à rigidez lateral dos elementos estruturais
verticais de forma a minimizar o efeito da deformação do piso na distribuição das forças entre os elementos.
Formas L, C, H, I e X em planta, devem ser analisadas cuidadosamente no sentido de averiguar a existência ou
não das condições de diafragma rígido (artº4.2.3.2 (4)P do EC8).
4 - A esbelteza λ definida como o quociente entre a maior (Lmáx) e a menor (Lmín) dimensão em planta do
edifício não deve ser superior a 4 (artº4.2.3.2 (5)P do EC8).
5 - Em cada nível e para cada direcção de cálculo, a excentricidade estrutural e o e o raio de torção r devem
satisfazer as seguintes condições (artº4.2.3.2 (6)P do EC8):

- eo ≤ 0.30 r [ 3.2]

- r ≥ ls [ 3.3]

em que:

eo excentricidade estrutural definida como a distância entre o centro de rigidez e o centro de gravidade,
medida sempre perpendicularmente à direcção de cálculo considerada;

9
r raio de torção definido pela raiz quadrada do quociente entre a rigidez de torção e a rigidez lateral na
direcção perpendicular à de cálculo;

ls raio de giração da massa do piso em planta.

Para pisos de forma aproximadamente rectangular, ls define-se como

[ 3.4]

 Critérios de regularidade em altura

A estrutura classifica-se como regular em altura se as seguintes condições se verificarem:

1 - Continuidade dos elementos estruturais resistentes à acção sísmica tal como núcleos, paredes e pórticos
desde a fundação até ao topo do edifício ou no caso de existirem pisos recuados, a diferentes alturas, até ao
topo da zona considerada no edifício (artº4.2.3.3 (2)P).
2 - A rigidez lateral e a massa de cada piso apresentam-se constantes ou não variam de forma significativa
desde a base até ao topo (artº4.2.3.3 (3)P).
3 - Em edifícios com estrutura em pórtico, a relação entre a resistência real e a resistência de cálculo não
deverá variar desproporcionalmente entre pisos adjacentes (artº4.2.3.3 (4)P).
4 - Na existência de pisos recuados aplicam-se as seguintes condições adicionais (artº4.2.3.3 (5)P):

- No caso de recuos sucessivos mantendo a simetria axial, estes não devem ser superiores a 20% da dimensão
em planta do nível inferior na direcção de recuo.

- No caso de um único recuo, se este se localizar abaixo de 0.15H, onde H é altura total do edifício, o mesmo
não deverá exceder os 50% da dimensão em planta do nível inferior na direcção de recuo. Caso se localize
acima de 0.15H, o recuo não deve ser superior a 20% da dimensão em planta do nível inferior na direcção de
recuo.

- No caso de recuos não simétricos, o recuo total por piso não deve ser superior a 10% da dimensão em planta
do nível inferior na direcção de recuo e a soma dos diversos recuos ao longo da altura não deve ser superior a
30% da dimensão de recuo ao nível do piso acima da fundação ou acima do nível superior da cave rígida.

3.2 - Métodos de Análise

Conforme o EC8 (art.º4.3.3) a análise sísmica de edifícios pode ser realizada recorrendo a análises estáticas ou
dinâmicas admitindo um comportamento linear ou não linear para a estrutura. Para a análise deve ser
escolhido o método que confere maior grau de fiabilidade aos resultados obtidos e não exija elevada
complexidade no desenrolar do processo. No presente trabalho, para realizar a análise sísmica da estrutura
recorreu-se ao método de análise modal (análise dinâmica) por espectro de resposta admitindo
comportamento linear da estrutura.

10
3.2.1 - Análise modal por espectro de resposta

Na eminência da estrutura estar sujeita a um sismo de intensidade elevada, os materiais estruturais excedem o
seu limite elástico e o seu comportamento entra no domínio não linear. Por conseguinte, o mais óbvio seria
optar por métodos de análise não linear, ao invés de um método que admita a linearidade da estrutura. No
entanto, dada a sua complexidade, de forma simplificada e com resultados razoáveis, é boa prática realizar-se
uma análise modal por espectro de resposta de cálculo, que tal como citado em 2.3, considera o
comportamento não linear da estrutura através do coeficiente de comportamento utilizado para definição do
espectro. Este é o método de referência para determinação dos efeitos sísmicos, aplicável a todo tipo de
edifícios.

Devem ser tidos em conta todos os modos de vibração da análise modal que contribuam significativamente
para a resposta da estrutura, correspondendo pelo menos a 90% da massa total (art.º 4.3.3.3.1 do EC8).

Neste tipo de análise, os efeitos acidentais de torção associados a incertezas na posição das massas devem ser
tidos em conta através da aplicação de momentos torsores por piso, cujo valor pode ser determinado pela
equação 3.5.

[ 3.5]

em que:

Mai momento torsor de eixo vertical aplicado no piso i;

eai excentricidade estrutural da massa do piso i;

Fi força horizontal a actuar no piso i.

3.2.2 – Combinação dos efeitos das componentes da acção sísmica

A componente direccional aleatória da acção sísmica implica que os efeitos provocados nas estruturas sejam
estudados e controlados quer no plano horizontal, quer na direcção vertical. Logo devem considerar-se na
análise estrutural espectros de resposta horizontais e verticais. No plano horizontal a análise deve ser realizada
em duas direcções ortogonais por espectros de cálculo independentes. Na direcção vertical a análise deve
realizar-se recorrendo igualmente ao espectro de cálculo. Neste caso, o valor do coeficiente de solo S deve
considerar-se igual à unidade independentemente do tipo de solo e o valor de ag deve ser substituído por o
valor de cálculo da aceleração à superfície do terreno na direção vertical - avg. O EC8 (art.º 4.3.3.5.2 (1)P)
considera necessário a verificação aos efeitos da acção sísmica na direcção vertical caso o valor de avg seja
superior a 2,5m/s2 e se verifique uma das condições seguintes:

 Elementos estruturais com vão aproximadamente horizontal de 20 metros ou superior;


 Consolas com um vão superior a 5 metros e aproximadamente horizontais;
 Elementos pré-esforçados com desenvolvimento aproximadamente horizontal;
 Vigas que suportam pilares;
 Estruturas com isolamento de base.

11
Apesar de outros métodos citados no EC8, caso não seja necessário considerar o efeito da componente
vertical, a combinação sísmica das componentes horizontais pode ser feita de forma simplificada de acordo
com as expressões 3.6 e 3.7.

+ 0,30 [ 3.6]

+ [ 3.7]

em que:

“+“ “a combinar com”;

EEdx representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo horizontal X;

EEdy representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo horizontal Y.

3.2.3 -Cálculo de deslocamentos

Para análises lineares, os deslocamentos da estrutura devido à acção sísmica de cálculo são calculados com
base nas deformações elásticas do sistema estrutural da seguinte forma (art.º 4.3.4 do EC8):

[ 3.8]

em que:

ds deslocamento de um ponto do sistema estrutural devido à acção sísmica de cálculo;

qd coeficiente de comportamento de valor igual ao aplicado no espectro de calculo da respectiva


direcção;

de deslocamento do mesmo ponto do sistema estrutural, determinado por uma análise linear baseada no
espectro de cálculo.

3.3 - Verificação de Segurança

O EC8 considera que se encontra salvaguardada a segurança de estruturas sujeitas à acção sísmica caso se
verifique o estado limite último e o estado de limitação de danos.

3.3.1 - Estado limite Último

Para a(s) combinação/combinações referente(s) à situação sísmica de cálculo, considera-se cumprido o estado
limite último (não ocorrência de colapso) se são cumpridas as condições de resistência, ductilidade, equilíbrio,
estabilidade das fundações, diafragma horizontal e junta sísmica (artº4.4.2.1 (1)P do EC8).

 Resistência (artº4.4.2.2 (1)P do EC8)

Em todos os elementos estruturais deve ser cumprida a seguinte condição:

Ed≥Rd [ 3.9]

Ed valor de cálculo na situação sísmica de cálculo;

12
Rd resistência de cálculo de acordo com as regras específicas do material do elemento.

Ao valor de cálculo referente à situação sísmica de cálculo caso seja necessário, deve ser acrescentado os
efeitos de segunda ordem.

Os efeitos de segunda ordem não devem ser considerados se em todos os pisos (artº4.4.2.2 – (2)P):

Θ [ 3.10]

em que:

Θ coeficiente de sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos;

Ptot carga gravítica total acima do piso;

Vtot esforço transverso sísmico total no piso;

h altura entre pisos;

dr valor de cálculo do deslocamento relativo entre pisos, definido como a diferença entre deslocamentos
ds no topo e na base do piso considerado, em que ds é calculado de acordo com a expressão 3.8.

Para valores de Θ compreendidos entre 0.1 e 0.2 os esforços da análise de 1ºordem devem ser amplificados
por 1/(1-Θ) . Para valores entre 0.2 e 0.3 deve realizar-se uma análise explícita de 2ª ordem. Não são aceites
valores superiores a 0.3.

 Ductilidade

A estrutura deve possuir um nível de ductilidade compatível com o valor do coeficiente de comportamento
adopatdo para a sua análise e dimensionamento, o qual é função do tipo de sistema estrutural em cada
direcção.

 Equilíbrio (art.º 4.4.2.4 do EC8)

Para a situação sísmica de cálculo o edifício deve ser estável ao derrubamento e ao deslizamento.

 Estabilidade das fundações (art.º 4.4.2.6 do EC8)

Para a situação sísmica de cálculo deve ser assegurada a estabilidade e resistência das fundações.

 Diafragma horizontal (art.º 4.4.2.5 do EC8)

No caso de edifícios, para a situação sísmica de cálculo, considera-se que as lajes (diafragmas horizontais)
devem ser capazes de transmitir com alguma sobrerresistência os esforços gerados ao nível do piso aos
sistemas de contraventamento a que estão ligados.

 Junta Sísmica (art.º 4.4.2.7 do EC8)

Para a situação sísmica de cálculo, caso necessário, devem ser dimensionadas e preconizadas juntas sísmicas
para evitar a colisão do edifício com estruturas independentes ao mesmo.

13
3.3.2 - Estado limite de Utilização

A verificação ao estado limite de utilização baseia-se na avaliação dos danos provocados na estrutura quando
sujeita a uma acção sísmica de cálculo com probabilidade de ocorrência superior à acção sísmica de cálculo
(artº4.4.3.1 do EC8). A sua verificação a nível regulamentar passa pelo cumprimento dos limites máximos para
o deslocamento relativo entre pisos (artº4.4.3.2 do EC8). Os limites a verificar são função do material não
estrutural utilizado.

 Edifícios com elementos não estruturais constituídos por materiais frágeis fixos à estrutura:

[ 3.11]

 Edifícios com elementos não estruturais dúcteis:

[ 3.12]

 Edifícios com elementos não estruturais fixos de forma a não interferir com as deformações estruturais ou
sem elementos não estruturais:

[ 3.13]

em que:

ν coeficiente de redução que tem em conta o mais baixo período de retorno da acção sísmica associada
ao requisito de limitação de danos.

Em Portugal, deve considerar-se os valores apresentados na tabela 3-3 para o coeficiente de redução, em
função do tipo de acção sísmica.

Acção Sísmica Coeficiente de Redução


Tipo 1 0,40
Tipo 2 0,55
Tabela 3-3 – Coeficientes de redução para os dois tipos de acção sísmica.

14
4. Projecto de Edifícios de Betão Armado

A concepção de estruturas de edifícios sujeitas à acção sísmica deve ser pensada e idealizada pelo projectista
com o intuito de garantir a segurança. Neste contexto, existem dois factores fundamentais que dependem da
escolha do projectista e influenciam todo o processo, o nível de ductilidade pretendido para a estrutura e o
material estrutural. O primeiro influencia directamente o segundo pois quanto maior o nível de ductilidade
pretendido para a estrutura maior será o valor do coeficiente de comportamento e mais restritivas serão as
exigências associadas às condições que garantem ductilidade para cada tipo de material. O EC8 distingue para
cada material e nível de ductilidade um conjunto de parâmetros e regras de projecto específicas que
juntamente com o apresentado em 3 formalizam todo o processo da análise sísmica de edifícios (Figura 4-1).
Para efeitos do presente caso de estudo é apresentado neste capítulo a abordagem do EC8 para edifícios de
betão armado.
Corresponde um Tipo de
Sistema Estrutural (ver 4.2)

ESTRUTURA +
Definido um Nível de
Ductilidade (ver 4.1)

Corresponde

Valor Coeficiente Comportamento


(Tabela 4-1)

Definição do espectro para situação


sísmica de cálculo. (Eqs. 2.1 a 2.4)

Verificação da Segurança

Estado Limite Último Estado Limite Utilização


(ver 3.3.1) + (ver 3.3.2)

Condições de Ductilidade Condições de Resistência

Garantir a ductilidade adequada face ao valor Garantir a resistência necessária dos vários
adopatado para o coeficiente de comportamento elementos estruturais (Eqs.3.9 e 3.10)

+ Verificar

Ductilidade Local Ductilidade Global


(ver 4.3 a 4.5) + (ver 4.3 a 4.5)

Figura 4-1 – Esquema sucinto da análise sísmica de edifícios segundo o EC8

15
4.1 – Classes de Ductilidade

O conceito de ductilidade está associado à capacidade da estrutura dissipar energia sem que a sua resistência
global seja significativamente afectada, salvaguardando sempre a segurança.

O EC8 distingue três níveis de ductilidade para os edifícios de betão armado em função da sua capacidade de
dissipação histerética: Baixa (DCL), Média (DCM) e Alta (DCH).

4.2 – Tipos de Estruturas e Coeficientes de Comportamento

Os edifícios de betão armado de acordo com o comportamento apresentado às acções horizontais, entre as
quais a acção sísmica, classificam-se em diversos tipos de sistemas estruturais segundo o EC8 (art.º 5.1.2):

 Sistema porticado

Sistema estrutural cuja resistência, quer às acções verticais, quer às acções laterais é assegurada
essencialmente por pórticos espaciais. A resistência dos mesmos à força de corte basal total corresponde a
uma percentagem superior a 65% da resistência total.

 Sistema misto

Sistema estrutural cuja resistência às acções verticais é praticamente assegurado por pórticos espaciais. A
resistência às acções laterais é repartida entre os pórticos espaciais e as paredes resistentes existentes. Este
sistema divide-se em dois:

- Sistema Misto equivalente a sistema porticado - Sistema misto cuja percentagem de resistência dos pórticos
às acções laterais é superior a 50%.
- Sistema Misto equivalente a sistema parede - Sistema misto cuja percentagem de resistência das paredes
verticais, acopladas ou não, às acções laterais é superior a 50%.
 Sistema de paredes

Sistema estrutural cuja resistência, quer às acções verticais, quer às acções laterais é assegurada
essencialmente por paredes estruturais verticais, acopladas ou não. A resistência das mesmas à força de corte
basal total corresponde a uma percentagem superior a 65% da resistência total. Este sistema divide-se em dois:

- Sistema de paredes acopladas – Quando duas ou mais paredes resistentes se encontram ligadas por vigas de
ductilidade adequada capazes de reduzir em pelo menos 25% a soma dos momentos flectores na base de cada
parede caso as mesmas funcionassem separadamente.
- Sistema de paredes não acopladas – Sistema estrutural que engloba apenas uma parede em cada direcção, ou
caso exista mais que uma se constate uma das seguintes situações: a condição relativa à redução dos
momentos flectores associada ao sistema estrutural de paredes acopladas não se verifica; a disposição em
planta não possibilita que o sistema estrutural seja de paredes acopladas.
 Sistema torsionalmente flexível

Sistema misto ou de paredes que não apresenta rigidez de torção mínima.

16
 Sistema de pêndulo invertido

Sistema estrutural que corresponde a uma das duas seguintes situações: quando 50% ou mais da massa se
encontra no terço mais elevado da estrutura; quando a principal dissipação de energia se dá na base de apenas
um dos elementos do edifício.

A cada direcção da estrutura corresponde um tipo de sistema estrutural. Para o mesmo edifício este pode ser
diferente em cada direcção, com excepção dos edifícios que não possuem rigidez de torção suficiente. Nesse
caso específico deve considerar-se que o sistema estrutural torsionalmente flexível predomina nas duas
direcções (art.º 5.2.2.1 1(P) do EC8). O valor do coeficiente de comportamento a utilizar no espectro
representativo da acção sísmica de cálculo em cada direcção é determinado pela equação 4-1.

q = q0 x KW ≥ 1,5 [ 4.1]

em que:

q0 valor base do coeficiente de comportamento de acordo com a classificação atribuída ao sistema


estrutural e a sua regularidade em altura;

Kw factor que reflecte o modo de rotura predominante nos sistemas estruturais de paredes.

Os valores de q0 a utilizar de acordo com o tipo de sistema estrutural apresentam-se na tabela 4.1.

Tipo de Sistema Estrutural Ductilidade Média Ductilidade Alta


Sistema porticado, sistema misto, sistema de paredes acopladas 3,0
Sistema de paredes não acopladas 3,0 4,0
Sistemas torsionalmente flexível 2,0 3,0
Sistema de pêndulo invertido 1,5 2,0
Tabela 4-1 – Coeficientes de comportamento de acordo com o sistema estrutural.

em que:

αu/a1 quociente entre o majorante que proporciona à estrutura o número suficiente de rótulas plásticas
para que seja provocada a instabilidade global e o majorante da acção sísmica de cálculo que
proporcionam à estrutura atingir pela primeira vez a resistência à flexão em qualquer elemento.

O EC8 (art.º 5.2.2.2 (5)P) apresenta valores específicos para αu/a1 a aplicar em edifícios regulares em planta.

 Sistemas porticados ou sistemas mistos equivalentes a pórticos

- Edifícios de um só piso – 1,1

- Edifícios de vários pisos e pórticos com um tramo apenas – 1,2

- Edifícios de vários pisos e pórticos ou sistemas mistos equivalentes a pórticos com vários tramos – 1,3

 Sistemas de paredes ou sistemas mistos equivalentes a paredes

- Sistemas de paredes unicamente com duas paredes não acopladas em cada direcção horizontal – 1,0

- Outros sistemas de paredes não acopladas - 1,1

17
- Sistemas mistos equivalentes a paredes ou sistemas de paredes acopladas – 1,2

Para edifícios não regulares em altura o valor de q0 deve ser reduzido em 20% (art.º 5.2.2.2 (4)P).

O valor do coeficiente Kw é definido em função do sistema estrutural naquela direcção (art.º 5.2.2.2 (11)P):

 1,0 para sistemas porticados, sistemas mistos equivalentes a pórticos;


 0,5 ≤ (1+ ao)/3 ≤ 1, para sistemas de paredes, sistemas mistos equivalentes a paredes e sistemas
torsionalmente flexíveis.

em que:

ao esbelteza das paredes do sistema definida por:

ao = [ 4.2]

em que:

hwi altura da parede i;

lwi comprimento da secção da parede i.

4.3 – Regras específicas de cálculo e condições de ductilidade local para edifícios de betão armado.

O projecto de edifícios de betão armado para o nível de ductilidade baixa segue todo o processo de análise
referenciado no EC8, com excepção das condições associadas à ductilidade. Para a situação sísmica de projecto
aplica-se o disposto na EN 1992-1-1:2044 para dimensionamento da estrutura. No entanto, para os níveis de
ductilidade média e alta, o EC8 apresenta exigências ao nível do dimensionamento dos vários elementos: são
definidas regras de cálculo pela capacidade real, condições e parâmetros que permitem que se desenvolvam a
quando da existência de um sismo mecanismos estáveis associados a uma grande libertação de energia
(ductilidade global), só possíveis se determinadas zonas dos vários elementos resistentes possuírem a
ductilidade necessária (ductilidade local). Desta forma evitam-se roturas frágeis.

Garantir a ductilidade global pretendida para a estrutura implica assegurar a ductilidade local apropriada para
os vários elementos estruturais. Numericamente, a ductilidade global é atingida caso:

[ 4.3]

em que:

corresponde ao factor de ductilidade em deslocamento.

Caso sejam seguidas as condições e os parâmetros recomendadas pelo EC8 para as zonas críticas dos vários
elementos formam-se rótulas plásticas que garantem à estrutura uma elevada capacidade de rotação. Na
eventualidade das mesmas se distribuírem uniformemente pela estrutura pode considerar-se que

[ 4.4]

em que:

18
corresponde ao factor de ductilidade em rotação.

Assim,

[ 4.5]

Para estruturas de betão armado admite-se que,

[ 4.6]

Por conseguinte, para que seja assegurada a ductilidade suficiente em curvatura nas zonas críticas dos
elementos sísmicos primários é necessário considerar um valor para o factor de ductilidade em curvatura igual
ou superior ao obtido das expressões 4.7 e 4.8 quando aplicadas as condições que garantem a ductilidade local.

se [ 4.7]

se [ 4.8]

em que:

T1 corresponde ao período de vibração fundamental do edifício na respectiva direcção.

O EC8 considera as seguintes regras de cálculo pela capacidade real:

1 - Impedir a formação de mecanismos de rotura frágil ou de mecanismos indesejáveis, como por exemplo
rotura por esforço transverso dos elementos resistentes ou concentração de rótulas plásticas em pilares na
existência de um só piso. Para o efeito, os esforços de cálculo devem ser obtidos por condições de equilíbrio
considerando os valores resistentes das secções adjacentes e um factor de sobrerresistencia. Em 4.4.3 e 4.5.3
definem-se regras de cálculo pela capacidade real para obtenção de esforços nos vários elementos estruturais.

2 – A inequação 4-9 deve ser verificada em todos os nós entre vigas primárias ou secundárias e pilares
primários para sistemas estruturais porticados ou equivalentes a pórticos com dois ou mais pisos, para os dois
planos ortogonais de flexão e sentidos da acção.

[ 4.9]

em que:

soma dos valores de cálculo dos momentos resistentes dos pilares ligados ao nó.

soma dos valores de cálculo dos momentos resistentes das vigas ligados ao nó.

3 – Caso a viga esteja devidamente amarrada no nó viga-pilar, para cálculo do momento flector resistente da
viga, deve considerar-se a armadura de laje paralela à viga, quando localizada na largura eficaz do banzo.

As condições que garantem a ductilidade local para cada tipo de elemento estrutural apresentam-se em 4.4.1 a
4.4.4 para o nível de ductilidade médio e em 4.5.1 a 4.5.4 para o nível de ductilidade alta.

19
4.4 – Considerações de dimensionamento para Estruturas de Ductilidade Média de acordo com o EC8

Para obter um nível de ductilidade média nas estruturas de edifícios de betão armado o EC8 (art.º 5.4) aufere
um conjunto específico de requisitos de projecto que devem ser cumpridos.

4.4.1 – Materiais

- Em elementos sísmicos primários não é aconselhado o uso de betão de classe inferior a C16/20.

- É aconselhado o uso de varão de aço nervurado, sendo que em zonas críticas dos elementos sísmicos
primários deve utilizar-se aço de classe B ou C.

4.4.2 - Restrições Geométricas

 Vigas

- Para que a transmissão de momentos cíclicos seja eficaz nos nós viga-pilar a distância entre eixos dos dois
elementos deve ser menor que bc/4 em que bc é a maior dimensão da secção transversal do pilar,
perpendicular ao eixo longitudinal da viga

- O efeito de confinamento dos pilares deve ser explorado positivamente garantindo uma melhor aderência aos
varões longitudinais das vigas. Para tal, a largura das vigas bw deve respeitar a condição 4-10.

[ 4.10]

em que:

bw largura da viga;

hw altura da viga;

bc maior dimensão da secção transversal do pilar perpendicular ao eixo da viga.

 Pilares

- Caso o coeficiente de sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos (Θ) seja superior a 0,1, as dimensões
da secção transversal do pilar não devem ser menores a um décimo da maior distância entre o ponto de
inflexão e as extremidades do pilar, para flexão no plano paralelo à dimensão calculada.

 Paredes Dúcteis

- A espessura da alma de paredes dúcteis, bwo, deve verificar a condição 4-11.

á [ 4.11]

em que:

espessura da alma das paredes dúcteis;

hs altura livre do piso.

20
4.4.3 – Esforços de Cálculo e Esforços Resistentes

 Flexão

Os valores dos momentos flectores de cálculo de vigas podem ser retirados directamente da análise da
estrutura para a situação sísmica de cálculo, desde que, contabilizados os efeitos de segunda ordem caso
necessário.

Na eventualidade de se tratar um sistema estrutural porticado ou misto equivalente a pórtico, os valores dos
momentos flectores de cálculo para os pilares podem ser retirados directamente da análise da estrutura para a
situação sísmica de cálculo, desde que, seja cumprida a condição 2 relativa às regras de cálculo pela capacidade
real. Por simplificação, o EC8 (art.º 5.4.3.2.1 (1)P e (2)P), cita que a verificação de pilares sujeitos a flexão
desviada pode ser efectuada de forma independente nas duas direcções ortogonais em planta. No entanto,
deve assumir-se que em cada direcção a resistência à flexão simples é reduzida em 30%.

Relativamente às paredes estruturais, deve ser considerada a envolvente do diagrama de momentos flectores
obtidos da análise deslocada verticalmente de al (Ver Figura 4-2). O deslocamento vertical (al) a considerar deve
ser consistente com a inclinação das escoras considerada na verificação do estado limite último ao esforço
transverso. Caso não existam descontinuidades de massa ou rigidez ao longo da altura da estrutura, a
envolvente pode ser considerada linear após o deslocamento vertical (art.º 5.4.2.4 (4) e (5)P do EC8).

Figura 4-2 - Envolvente de cálculo dos momentos flectores em paredes de sistemas de paredes (à esquerda) e sistemas
mistos (à direita).

em que:
a diagrama de momentos flectores para a parede estrutural resultante da análise para a situação sísmica
de cálculo - M’Ed;
b envolvente de esforços considerada no dimensionamento - MEd;
al valor da translação vertical calculado através da equação 4-12 que origina a envolvente de esforços de
cálculo.
[ 4.12]

em que:
z braço das forças internas;

ângulo considerado nas bielas resistentes ao esforço transverso - 45º.

21
Para maximizar a resistência à flexão deste tipo de elementos a armadura longitudinal deve ser concentrada
nas duas extremidades. Estas zonas denominam-se elementos de extremidade.

Obtidos os valores de cálculo para os momentos flectores de vigas e pilares, o seu dimensionamento deve
realizar-se de acordo com a EN1992 – 1-1:2004, considerando no caso especifico de pilares o valor de esforço
axial obtido da análise para a situação sísmica de cálculo. Em função da armadura longitudinal colocada no
elemento, viga ou pilar, efectuando o processo inverso de cálculo obtém-se o valor de momento flector
resistente.

No caso específico de vigas ligadas a pilares primários, tal como citado na condição 3 relativa às regras de
cálculo pela capacidade real, o momento flector resistente deve ser calculado tendo em conta a largura eficaz
do banzo beff. Por simplificação, no caso de estudo efectuado no presente trabalho considerou-se apenas as
armaduras colocadas na secção transversal da viga para o cálculo deste valor.

Para o cálculo do momento flector resistente das paredes sísmicas primárias deve ser considerada a armadura
vertical da alma, bem como o nível de carga axial condicionante para a situação sísmica de cálculo pois estes
dois factores influenciam directamente na posição da linha neutra. Caso assim não seja, o valor do momento
flector na base associado à formação de uma rótula plástica será menor e consequentemente poder-se-á
considerar um valor de esforço transverso de cálculo menor que o valor que a parede ficará efectivamente
sujeita nesta situação.

 Esforço Transverso

Os valores de esforço transverso de cálculo, VED, a considerar no dimensionamento de pilares e vigas devem ser
obtidos de acordo com a regra de cálculo por capacidade real que tem por base os momentos flectores
resistentes de extremidade e a carga transversal a actuar no elemento para a situação sísmica de cálculo. O
valor de esforço transverso de cálculo deve ser tal, que seja garantido o equilíbrio de esforços quando os
momentos flectores resistentes de extremidade têm sinais opostos e actua simultaneamente a carga
transversal. Assim assegura-se que, quer em vigas (Figura 4-3), quer em pilares (Figura 4-4) é atingido sempre
em primeiro lugar o momento plástico nas suas extremidades formando-se rótulas plásticas ao invés de
ocorrer uma rotura frágil devido ao esforço transverso. Nos pilares deve ser considerada uma sobrerresistência
de 10% traduzida pelo factor devido ao endurecimento do aço e ao confinamento do betão.

Para vigas, e de acordo com a Figura 4-3, o valor de esforço transverso de cálculo nas duas extremidades é
obtido da aplicação das expressões 4-13 e 4-14. Considerou-se de forma conservativa que o quociente
é igual a um.

[ 4.13]

[ 4.14]

22
Figura 4-3 - Valores de esforço transverso de cálculo em vigas obtidos pela regra de cálculo pela capacidade real [6].

Para os pilares, e considerando a Figura 4-4, o esforço transverso de cálculo nas duas extremidades é
determinado pela aplicação das expressões 4-15 e 4-16. Considerou-se igualmente de forma conservativa que
o quociente é igual a um.

[ 4.15]

[ 4.16]

Figura 4-4 - Valores de esforço transverso de cálculo em pilares obtidos pela regra de cálculo pela capacidade real [6].

Convencionou-se que a envolvente dos valores de esforço transverso de cálculo para paredes sísmicas
primárias deve ser obtida por majoração em 50% dos valores obtidos directamente da análise com o intuito de
salvaguardar o possível aumento dos esforços transversos provocado pela plastificação da base da parede
associada a esforços de flexão. O valor de esforço transverso de cálculo no topo deve ser metade do valor na
base. Assim sendo, o EC8 recomenda a aproximação apresentada na Figura 4-5 para a envolvente de cálculo do
esforço transverso em paredes.

23
Figura 4-5 - Envolvente de cálculo do esforço transverso nas paredes.

em que:
a diagrama dos esforços transversos obtidos da análise

b diagrama dos esforços transversos majorados


c envolvente de cálculo
A Vparede,base
B Vparede,topo Vparede,base/2

A resistência ao esforço transverso dos vários elementos estruturais deve ser calculada de acordo com as
expressões 10.7 e 10.8 do anexo C.

 Esforço Axial

O esforço axial deve ser considerado no dimensionamento dos vários elementos estruturais sempre que o valor
do esforço normal reduzido ( que lhe está associado seja superior a 0,1. O valor de dimensionamento pode
ser retirado directamente da análise da estrutura para a situação sísmica de cálculo.

Em pilares sísmicos primários o valor do esforço axial máximo reduzido não deve exceder 0,65.

Em paredes sísmicas primárias o valor do esforço axial máxima reduzido não deve exceder 0,40.

4.4.4 – Zonas Críticas e disposições construtivas relativas a pilares, vigas e paredes dúcteis

A exigência de ductilidade nas zonas críticas dos elementos sismo-resistentes - ductilidade local - é condição
necessária para que as estruturas apresentem um comportamento global bom face à acção sísmica. A
ductilidade local é assegurada se são cumpridas as disposições apresentadas de seguida para cada tipo de
elemento estrutural.

 Vigas

- Zona Critica

Considera-se zona crítica (lcr) de uma viga o comprimento da mesma de valor igual a hw para cada um dos vãos
que partem da extremidade do nó viga-pilar.

24
- Disposições construtivas para garantir a ductilidade local

1 – Na(s) zona(s) crítica(s) o valor do factor de ductilidade em curvatura deverá ser igual ou superior ao
determinado pelas expressões 4-7 e 4-8. Este requisito é cumprido se se verificam os dois requisitos seguintes:

1.1 - Existência de uma armadura de compressão não inferior a metade da armadura de tracção em cada
secção da(s) zona(s) crítica(s).

ã çã [ 4.17]

1.2 - A taxa de armadura de tracção não deve exceder o seguinte valor:

[ 4.18]
á μ ε

em que:

corresponde à percentagem de armadura na zona comprimida;

corresponde à percentagem de armadura na zona traccionada;

corresponde ao valor necessário do factor de ductilidade em curvatura calculado de acordo com as


expressões 4-7 e 4-8.

2 – Em qualquer secção da viga, ao longo do seu eixo longitudinal a taxa de armadura na zona tracionada não
deve ser inferior a:

[ 4.19]

3 – Nas zonas críticas devem existir armaduras de confinamento a fim de melhorar a ductilidade. Estas devem
obedecer aos seguintes critérios:

3.1 - Diâmetro, dbw, não inferior a 6mm;

3.2 - Espaçamento entre cintas não deve ser superior a:

[ 4.20]

em que:

dbl diâmetro mínimo dos varões longitudinais

3.3 – A primeira armadura de confinamento deve ser colocada a menos de 50 milímetros da secção de
extremidade da viga.

25
 Pilares

- Zona crítica

Considera-se como zona crítica de um pilar cada uma das extensões lcr a partir das suas duas secções de
extremidade. Segundo o EC8, a extensão lcr toma o seguinte valor:

á
[ 4.21]

em que:

hc maior dimensão da secção transversal do pilar;

lcl comprimento livre do pilar.

- Disposições construtivas para garantir a ductilidade local

1 – A taxa global de armadura longitudinal l deve estar compreendida entre 1% e 4% da área da secção
transversal.

2 – Entre dois varões de canto deve ser colocado pelo menos um varão por face para assegurar inteireza entre
a viga e o pilar.

3 – Se lc/hc<3, a altura total do pilar sísmico primário deve ser considerada zona crítica.

4 – Na base dos pilares o valor do factor de ductilidade em curvatura deverá ser igual ou superior ao valor
obtido da expressão 4.7 e 4.8. No entanto, mesmo cumprida esta condição, caso exista algum ponto da secção
transversal com um valor da extensão do betão, ε , superior a 0,035 o pilar deve ser devidamente confinado
para evitar o destacamento do betão. O EC8 considera que o confinamento é adequado e o requisito associado
ao factor de ductilidade é cumprido caso se verifique a condição 4-22.

αω μ ν ε
[ 4.22]

em que:

taxa mêcanica volumétrica de cintas:

[ 4.23]

corresponde ao valor necessário do facto de ductilidade em curvatura calculado de acordo com as


expressões 4-7 e 4-8.

esforço axial reduzido;

valor de cálculo da extensão de cedência à tracção do aço;

largura bruta da secção transversal;

26
largura do núcleo confinado;

altura bruta da secção transversal;

altura do núcleo confinado;

coeficiente de eficácia do confinamento:

α α α [ 4.24]

para secções rectangulares:

α
[ 4.25]

α
[ 4.26]

em que:

αn quociente entre a área efectivamente confinada e a área no interior das cintas;

αs quociente entre a área da secção efectivamente confinada a meia distância entre as cintas e a área no
interior das cintas;

n numero de varões longitudinais cintados ou abraçados por ganchos;

bi distância entre varões consecutivos abraçados.

5 – Na zona crítica da base dos pilares sísmicos primários deverá considerar-se um valor mínimo de ω igual a
0,08.

6 – Na(s) zona(s) crítica(s) do(s) pilar(es) deve adoptar-se cintas e ganchos de diâmetro não inferior a 6mm
espaçados de uma distância que garanta ao pilar um mínimo de ductilidade e impeça a encurvadura local dos
seus varões longitudinais. O EC8 considera necessário para o efeito que o espaçamento máximo entre cintas ou
ganchos não exceda o valor obtido da condição 4.27.

[ 4.27]

 Parede Dúcteis

- Zona Crítica

A zona crítica de paredes hcr localiza-se ao nível da fundação da mesma ou ao nível superior dos pisos rígidos da
cave. A sua extensão corresponde ao valor obtido da aplicação das expressões 4-28 e 4-29.

[ 4.28]

27
mas,

[ 4.29]

em que:

comprimento da secção da parede;

n números de pisos;

altura livre do piso.

- Disposições Construtivas para garantir a ductilidade local

1 – No caso específico de paredes, o EC8 sugere que o factor de ductilidade em curvatura para as zonas críticas
seja reduzido multiplicando-o pelo quociente entre o momento flector de cálculo e resistente na base
(MED,base/MRD,base).

2 - A ductilidade em curvatura pode ser obtida através de armaduras de confinamento colocadas nos
elementos de extremidade. Para paredes de secção rectangular, a quantidade de armadura de confinamento a
colocar pode ser calculada através da expressão 4-30.

[ 4.30]

em que:

taxa mecânica das armaduras verticais da alma calculada como

) [ 4.31]

em que:

As,v armadura vertical da alma;

bw espessura da parede;

3 – No caso de secções rectangulares ou secções constituídas por partes rectangulares, a posição do eixo
neutro, xu, correspondente à curvatura última após o destacamento do betão situado fora do núcleo confinado
dos elementos de extremidade, é determinada pela seguinte expressão

[ 4.32]

4 - A armadura de confinamento calculada de acordo com 4.30 deve ser colocada em altura ao longo de e
horizontalmente no comprimento lc medido desde a fibra mais comprimida da parede até a fibra onde o betão
não confinado possa destacar por estar sujeito a elevadas extensões de compressão. Considerando que o valor
da extensão de compressão do betão, , para a qual se prevê o destacamento é de 0,0035, o EC2 considera

28
que o valor da extensão última de compressão de betão confinado, , pode ser calculado de acordo com a
expressão 4.33.

[ 4.33]

Assim,

[ 4.34]

em que:

comprimento do elemento de extremidade confinado que deve satisfazer a seguinte condição

[ 4.35]

5 - Nos elementos de extremidade, a percentagem de armadura longitudinal pode variar entre 0,5% e 4% da
sua área, e tal como para os pilares, a distância máxima entre varões consecutivos cintados ou abraçados por
ganchos não deve ser superior a 200mm. Pelas mesmas razões apresentadas para o espaçamento máximo
entre cintas de pilares, o espaçamento máximo entre cintas de elementos de extremidade confinados deve ser
calculado de acordo com a condição 4.27. O valor mínimo de nos elementos de extremidade é 0,08.

6 - A espessura dos elementos de extremidade, bw, não deverá ser inferior a 200mm e toma o seguinte valor:

[ 4.36]

 Nós Viga-Pilar

O EC8 (art.º 5.4.3.3) recomenda que a armadura de confinamento horizontal a colocar nos nós, definidos entre
vigas primárias e pilares, não deve ser inferior à colocada nas zonas críticas dos pilares subjacentes.

Deve colocar-se pelo menos um varão intermédio em cada lado do pilar entre varões de canto.

4.5 – Considerações de dimensionamento para Estruturas de Ductilidade Alta de acordo com o EC8

Comparando as exigências associadas às estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta com as
exigências associadas às estruturas projectadas para um nível de ductilidade média verifica-se que existe maior
necessidade e requisito em conferir a ductilidade adequada às zonas críticas dos elementos sismo-resistentes
pertencentes a estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta. Para tal, deve aplicar-se um conjunto
de regras, parâmetros e disposições mais restritivo.

4.5.1 – Materiais

- Em elementos sísmicos primários não deve ser utilizado betão de classe inferior a C20/25.

- É aconselhado o uso de varão de aço nervurado, sendo que em zonas críticas dos elementos sísmicos
primários deve utilizar-se aço de classe C.

29
4.5.2 - Restrições Geométricas

 Vigas

- Devem cumprir-se as restrições geométricas apresentadas em 4.4.2 para vigas pertencentes a estruturas
projectadas para um nível de ductilidade média.

- A largura mínima da secção de vigas primárias sísmicas não deve ser inferior a 200mm.

- A relação largura/altura das vigas primárias sísmicas não deve ser inferior a 0,25.

 Pilares

- Deve cumprir-se a restrição geométrica apresentada em 4.4.2 para pilares pertencentes a estruturas
projectadas para um nível de ductilidade média.

- A dimensão mínima da secção transversal de pilares sísmicos primários não deve ser inferior a 250mm.

 Paredes Dúcteis

- Deve cumprir-se a restrição geométrica apresentada em 4.4.2 para paredes dúcteis pertencentes a estruturas
projectadas para um nível de ductilidade média.

4.5.3 – Esforços de Cálculo e Esforços Resistentes

 Flexão

Os esforços de cálculo, bem como os esforços resistentes devem ser considerados em todos os elementos
estruturais de igual forma que estruturas projectadas para o nível de ductilidade média.

 Esforço Transverso

Os esforços transversos de cálculo em vigas devem ser determinados a partir de regras de cálculo pela
capacidade real, tal como nas estruturas de ductilidade média. No entanto, deve considerar-se um factor de
sobrerresistêencia Rd de 1,2 ao invés de 1,0.

Para os pilares a alteração é semelhante. O coeficiente Rd utilizado no cálculo dos esforços transversos de
cálculo toma o valor de 1,3 ao invés de 1,1.

Relativamente às paredes primárias sísmicas, a metodologia utilizada para obter a envolvente de cálculo de
esforços transversos deve ser a mesma que para estruturas de ductilidade média, com excepção do valor
utilizado para majoração dos esforços obtidos da análise. O factor de majoração não deve ser inferior a 1,5 e
toma o seguinte valor

[ 4.37]

em que:

30
) ordenada do espectro de resposta elástica correspondente ao período no limite superior da zona de
aceleração espectral constante;

) ordenada do espectro de resposta elástica correspondente ao período fundamental de vibração do


edifício na direcção dos esforços transversos VED.

Assim,

[ 4.38]

em que:

valor do esforço transverso obtido da análise.

Por simplificação, nos nós viga-pilar de estruturas de ductilidade média, a armadura transversal horizontal a
colocar nos nós, entre a armadura superior e inferior da viga, corresponde ao prolongamento das armaduras
transversais das zonas críticas dos pilares subjacentes. Para estruturas de ductilidade alta, as armaduras
transversais horizontais devem ser dimensionadas no sentido de conferir ao nó um confinamento adequado e
se limite a tracção diagonal máxima do betão. Os esforços transversos horizontais de cálculo a considerar no
dimensionamento dos nós viga-pilar definem-se de forma simplificada no EC8 por dois métodos. Para o
presente trabalho optou-se pelo método abaixo apresentado:

- Nós viga-pilar interiores:

[ 4.39]

- Nós viga-pilar exteriores:

[ 4.40]

em que:

área da secção das armaduras superiores da viga;

área da secção das armaduras inferiores da viga;

esforço transverso no pilar na secção situada acima do nó, obtido da análise para a situação sísmica de
cálculo;

coeficiente que tem em conta a sobrerresistência devida ao endurecimento do aço e que não deverá
ser inferior a 1,2.

Na generalidade, a resistência ao esforço transverso de vigas sísmicas primárias deve verificar o disposto na EN
1992-1-1:2004. No entanto, caso a viga ligue directamente a um pilar deve ser seguido um de dois caminhos,

31
em função do valor algébrico do coeficiente ζ, para cálculo da resistência ao esforço transverso nas suas zonas
críticas de extremidade. Este parâmetro define-se pela expressão 4-41.

[ 4.41]

Se , a resistência da viga deve ser calculada de acordo com o EC2.

Se a resistência da viga deve ser calculada de uma de duas formas:

1ª - Caso A resistência deve ser calculada de acordo com o EC2.

2ª - Caso Deve ser colocada armadura longitudinal inclinada nas duas


direcções que resista a 50% do valor de como expresso pela condição 4.42. Os restantes 50% do valor
de devem ser equilibrados por estribos verticais.

[ 4.42]

em que:

corresponde á área da secção das armaduras inclinadas, que atravessam a secção da extremidade da
viga numa direcção;

ângulo entre as armaduras inclinadas e o eixo da viga.

Deve ser considerado um ângulo para a inclinação das escoras no modelo de treliça utilizado para
verificação da resistência ao esforço transverso de vigas.

A resistência ao esforço transverso de paredes dúcteis é definida pela capacidade resistente à rotura da alma,
devido ao campo diagonal de tensões existentes.

Assim, é salvaguardada a não rotura por compressão diagonal da alma devido ao esforço transverso se:

- Fora da zona crítica

[ 4.43]

em que:

corresponde ao esforço transverso máximo calculado de acordo com EN1192-1-1:2004, considerando


o braço do binário das forças interiores, z, igual a 0,8l w e tangente de igual a 1,0.

- Zona critica

Deve ser respeitada a expressão 4.43 considerando como apenas 40% do obtido para fora da zona
crítica.

32
A rotura por tração diagonal da alma devida ao esforço transverso não ocorre se é verificado o estado limite
último de esforço transverso. O método utilizado para o cálculo das armaduras da alma capazes de cumprirem
este estado limite depende do valor da razão de corte determinado através da equação 4.44.

[ 4.44]

1 – Se , aplica-se o disposto na EN 1192-1-1:2004 , considerando z igual a 0,8lw e tan igual a 1,0.

2 – Se , deve aplicar-se os dois requisitos seguintes:

A taxa de armaduras horizontais da alma deve ser tal que

[ 4.45]

em que:

valor de cálculo do esforço transverso resistente dos elementos sem armaduras de esforço transverso
calculado de acordo com o EC2. Este valor deve ser considerado nulo caso o esforço axial na parede
seja de tracção.

taxa de armaduras horizontais de alma definida como

. ) [ 4.46]

em que:

área de armaduras horizontais da alma;

espaçamento entre as armaduras horizontais da alma;

Ao longo da alma deverão colocar-se armaduras verticais, amarradas e emendadas ao longo da altura da
parede de modo a que

[ 4.47]

taxa de armaduras verticais da alma definida como

. ) [ 4.48]

área de armaduras verticais da alma;

espaçamento entre as armaduras verticais da alma;

A resistência ao esforço transverso de pilares deve ser calculada de acordo com o disposto na EN 1992-1-
1:2004 tal como para as estruturas de ductilidade média.

33
Relativamente à resistência dos nós viga-pilar, a mesma é assegurada caso seja colocada a armadura de
confinamento necessária para limitar a tração diagonal máxima do betão e não seja excedido o valor da
resistência à compressão do betão na presença de extensões transversais.

Nos nós viga-pilar interiores, a compressão diagonal resultante do mecanismo de biela perante a existência de
extensões de tracção transversais não deve exceder a resistência do betão à compressão. De acordo com o
EC8, por simplificação, o equilíbrio é garantido caso se verifique a seguinte condição

[ 4.49]

em que

distância entre as camadas extremas da armadura do pilar;

esforço axial reduzido na zona do pilar acima do nó;

largura eficaz do nó cujo valor é definido pela condição seguinte:

[ 4.50]

Para os nós exteriores deve considerar-se 80% da resistência considerada nos nós interiores.

A armadura horizontal de confinamento a colocar no nó deve ser determinada da seguinte forma:

- Nos nós interiores,

[ 4.51]

- Nos nós exteriores,

[ 4.52]

em que:

área total das cintas horizontais;

Deve ser colocada armadura vertical nas faces interessadas entre os varões de canto do pilar. A área total de
armadura vertical que atravessa o nó é definida pela condição 4.53.

[ 4.53]

em que:

área total dos varões intermédios colocados entre os varões de canto nas faces interessadas do pilar;

distância entre as armaduras superiores e inferiores da viga;

34
 Esforço Axial

O valor de dimensionamento do esforço axial pode ser retirado directamente da análise da estrutura para a
situação sísmica do projecto, tal como para as estruturas de ductilidade média. No entanto, o valor máximo de
esforço axial reduzido permitido pelo EC8 em paredes e pilares diminui.

Em pilares sísmicos primários o valor do esforço axial máximo reduzido não deve exceder 0,55.

Em paredes sísmicas primárias o valor do esforço axial máximo reduzido não deve exceder 0,35.

4.5.4 - Zonas críticas e disposições construtivas relativas a pilares, vigas e paredes dúcteis

 Vigas

- Zona Critica

Considera-se zona crítica (lcr) de uma viga o comprimento da mesma de valor igual a 1,5hw para cada um dos
vãos que partem da extremidade do nó viga-pilar.

- Disposições construtivas para garantir a ductilidade local

1- Devem cumprir-se as disposições construtivas 1, 2, 3.1 e 3.3 relativas à garantia de ductilidade local para
vigas de estruturas de ductilidade média.

2 - Devem ser colocados pelo menos dois varões de diâmetro 14mm na armadura superior e inferior ao longo
de todo o comprimento da viga.

3 - A área mínima de armadura longitudinal em qualquer secção da viga deve ser no mínimo ¼ da área máxima
de armadura superior nos apoios.

4 - O espaçamento máximo entre estribos na(s) zona(s) crítica(s) de vigas não deve ser superior a

[ 4.54]

 Pilares

- Zona crítica

Conforme o EC8, o comprimento da zona crítica, lcr , para o qual é necessário garantir níveis de ductilidade
adequados toma o seguinte valor

á
[ 4.55]

- Disposições Construtivas para garantir a ductilidade local

1- Devem cumprir-se as disposições construtivas 1 a 4 relativas à garantia de ductilidade local para pilares de
estruturas de ductilidade média.

35
2 - O valor do factor de ductilidade em curvatura a considerar no confinamento das zonas críticas deverá ser
igual ou superior ao obtido das expressões 4-7 e 4-8. No entanto, caso se garanta que as rótulas plásticas se
formam nas vigas e não nos pilares através da aplicação da expressão 4-9, o valor básico do coeficiente de
comportamento q0 a utilizar no cálculo de pode ser substituído por 2/3 q0. Neste caso, q0 diz respeito ao
valor do coeficiente de comportamento da estrutura considerado na direcção paralela à maior dimensão da
secção transversal do pilar.

3 - O valor mínimo de wd a considerar na(s) zona(s) crítica(s) na base dos pilares é de 0,12. Nas restantes zonas
críticas do alinhamento do pilar wd deve ser superior a 0,08.

4 - O diâmetro mínimo das cintas na(s) zona(s) critica(s) deve ser superior a

[ 4.56]

em que:

diâmetro máximo da armadura longitudinal;

5 - O espaçamento máximo entre estribos/cintas não deve ser superior ao valor obtido da expressão 4.57.

[ 4.57]

6 - Nos dois pisos inferiores do edifício, com excepção dos pisos das caves, as cintas colocadas nas zonas
críticas devem ser prolongadas numa extensão com comprimento igual a metade dessas zonas.

7 - A área de armadura longitudinal na base do pilar no piso inferior não deve ser menor que a área de
armadura colocada no topo do piso.

 Paredes Dúcteis

- Zona crítica

A zona crítica de paredes pertencentes a estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta define-se de
igual modo que estruturas projectadas para um nível de ductilidade média.

- Disposições Construtivas para garantir a ductilidade local

1 - Devem cumprir-se todas as condições relativas à garantia de ductilidade local para paredes dúcteis de
estruturas de ductilidade média.

2 - O valor de wd para paredes de estruturas projectadas para o nível de ductilidade elevada deve ser pelo
menos de 0,12 nos elementos de extremidade.

3 - Deve ser colocada pelo menos metade da armadura de confinamento presente nos elementos de
extremidade na zona crítica em pelo menos mais um piso acima desta.

4 – Nos elementos de extremidade deverá aplicar-se as condições 4 e 5 relativas à ductilidade local dos pilares
pertencentes a estruturas de ductilidade alta.

36
5 – A taxa de armaduras da alma, horizontal e vertical, deve ser no mínimo igual ao valor recomendado no EC2
a fim de evitar a fendilhação prematura devido ao esforço transverso. O valor recomendado é de 0,002.

6 - Os diâmetros das armaduras da alma devem variar entre 8mm e 1/8 da largura da alma. O espaçamento
máximo entre armaduras longitudinais deve ser inferior a 25 vezes o menor diâmetro e nunca superior a
250mm.

7 – Para compensar os efeitos desfavoráveis da fendilhação nas juntas, o valor da taxa de armadura vertical da
alma toma o seguinte valor

[ 4.58]

em que:

valor do esforço axial considerado positivo se for de compressão;

área total da secção transversal horizontal da parede;

4.6 – Disposições relativas à amarração e emenda de varões

Aos parâmetros referenciados no EC2 relativos à amarração de varões, o EC8 (art.º 5.6.1) acresce os seguintes
itens:

- A cintagem de vigas, pilares ou paredes deve ser feita por estribos fechados com ganchos dobrados a 135º
cujo comprimento de amarração corresponde a 10 dbw.

- Para estruturas de ductilidade alta, o comprimento de amarração de varões longitudinais de vigas e pilares
amarrados no interior de nós viga – pilar deve ser contabilizado a partir de uma distância de 5d bl da face do nó
para o seu interior.

A nível individual são referidos parâmetros exclusivos para vigas e pilares.

 Disposições exclusivas a Vigas (art.º 5.6.2.2 do EC8)

- A parte do varão longitudinal dobrado, para efeitos de amarração, deve ser embebida no interior das cintas
dos pilares.

- Para efeitos de aderência, o diâmetro dos varões longitudinais que atravessam o nó viga – pilar deve ser
limitado,

37
Para nós viga - pilar interiores:

ν
γ
[ 4.59]

Para nós viga – pilar exteriores:

ν
γ [ 4.60]

em que:

coeficiente que é função da classe de ductilidade que toma o valor de 2/3 para estruturas de classe de
ductilidade média e o valor de 1 para estruturas de classe de ductilidade alta;

taxa de armadura de compressão da viga que atravessa o nó;

taxa máxima admissível de armadura de tracção

coeficiente de incerteza do modelo relativo ao valor das resistências, entre os quais se destaca o
endurecimento das armaduras longitudinais da viga. Toma o valor de 1,2 e 1,0 para estruturas de
classe de ductilidade alta e média, respectivamente.

Para pilares exteriores, na direcção paralela aos varões longitudinais da viga, caso o limite apresentado para os
nós exteriores não seja cumprido por eminência da reduzida dimensão do pilar, o que impossibilitaria classifica-
lo como primário naquela direcção, pode optar-se por uma das seguintes soluções:

- A viga pode ser prolongada na direcção paralela ao eixo da mesma;

- A colocação de uma chapa de amarração na parte exterior do nó soldada ao varão longitudinal a amarrar;

- Dobragens dos varões a 90º com comprimento mínimo de 10dbL com armadura transversal colocada no
interior da mesma.

Relativamente a varões longitudinais que ultrapassem os nós viga – pilar interiores, estes não devem ter o seu
término no interior da zona crítica de qualquer elemento estrutural.

 Disposições exclusivas a Pilares (art.º 5.6.2.1 do EC8)

- No cálculo do comprimento de amarração ou emenda dos varões dos pilares, para efeitos de resistência à
flexão do elemento em zonas críticas, deve considerar-se como igual a armadura necessária e a área
efectivamente adoptada.

- Pilares sujeitos a esforços de tracção para a situação sísmica de cálculo devem ter comprimentos de
amarração superiores em 50% relativamente aos especificados pelo EC2.

38
De acordo com o art.º 5.6.3 (3)P c) do EC8, nas zonas de emenda dos varões, o espaçamento s (em milímetros)
das armaduras transversais não deve ser superior ao valor obtido da expressão 4.61

[ 4.61]

4.7 – Disposições de Projecto e construtivas relativas a elementos sísmicos secundários.

Os elementos não considerados no sistema resistente à acção sísmica, cuja resistência e rigidez a este tipo de
acções devem ser desprezadas designam-se elementos sísmicos secundários.

A contribuição para a rigidez lateral dos elementos sísmicos secundários não deverá exceder 15% da de todos
os elementos sísmicos primários.

O EC8 (art.º 4.2.2 4(P)) cita que não existe a possibilidade de classificar determinados elementos estruturais
como secundários a fim de alterar a classificação em planta e altura da estrutura de irregular para regular.

O EC8 (art.º5.7) considera que este tipo de elementos devem ser projectados e pormenorizados de forma a
manterem sua capacidade resistente para as cargas verticais na configuração deformada resultante da situação
sísmica de cálculo. Os deslocamentos devem ser calculados através da expressão 3-8 considerando os efeitos
de segunda ordem caso necessário através da expressão 3-10.

Para o cálculo dos esforços dos pilares considerados secundários devem considerar-se dois modelos distintos.
Um primeiro modelo em que se considera os elementos secundários rotulados na direcção a qual se pretende
que o elemento não resista à acção sísmica. Deste modelo devem retirar-se os respectivos deslocamentos .
Num segundo modelo devem considerar-se todos os elementos sísmicos secundários ligados ao resto da
estrutura. Posteriormente retiram-se os respectivos deslocamentos e esforços .

Desta forma, os valores dos esforços de cálculo nos elementos sísmicos secundários podem aproximar-se
numericamente pela expressão

[ 4.62]

em que:

valor do esforço de cálculo a considerar no dimensionamento dos elementos sísmicos secundários;

valor do esforço nos elementos sísmicos secundários obtidos do modelo com os respectivos
elementos ligados à restante estrutura;

valor do deslocamento obtido do modelo com os elementos secundários rotulados.

valor do deslocamento obtido do modelo com os elementos secundários ligados.

coeficiente de sensibilidade ao deslocamento relativo entre pisos.

39
5. Caso de Estudo

5.1 - Generalidades

O edifício em estudo é constituído por 2 caves e 8 pisos elevados. O edifício apresenta uma geometria em
planta rectangular aproximadamente de 18x16metros. A altura entre pisos é de 2,8 metros. A cobertura da
zona central correspondente ao vão de escadas e à caixa de elevador encontra-se sobrelevada relativamente à
cobertura geral. A planta de arquitectura do piso tipo apresenta-se na figura 5-1 e na peça desenhada nº1.

Trata-se de um edifício preconizado em betão armado para os elementos estruturais, quer horizontais, quer
verticais. Os elementos não estruturais existentes entre os elementos estruturais verticais são painéis de
enchimento de alvenaria de tijolo (material frágil).

O edifício localiza-se numa zona onde o solo é classificado do tipo C. Admitiu-se uma tensão admissível para o
solo de 300Kpa.

A nível sísmico o edifício pertence à classe de importância II (edifícios correntes). De acordo com o EC2, a
estrutura pertence à categoria estrutural S4, correspondente a estruturas projectadas para um tempo de vida
útil aproximadamente de 50 anos.

Figura 5-1 – Planta do piso tipo do edifício

5.1.1 - Materiais

As características dos materiais utilizados nos vários elementos estruturais são as seguintes:

40
Material Características Unidades
fck 30 Mpa
fcd 20 Mpa
C30/37 Ec,28 33 Gpa
fctm 2,9 Mpa
γ 25 KN/m3
Tabela 5-1 – Características do betão utilizado.

Material Características Unidades


fsyk 500 MPa
fsyd 435 MPa
A500NR
Es 200 Gpa
-3
ε 2,175x10 -
Tabela 5-2 – Características do aço utilizado

5.1.2 - Acções e Combinações

 Acções

- Piso Tipo

Cargas permanentes

Peso próprio das lajes - 5,75kN/m2

Restante Carga Permanente – 3,5kN/m2 (Pavimento + paredes divisórias)

Sobrecarga

Sobrecarga Pavimento para habitação – 2kN/m2

Valores reduzidos para Categoria A (habitação) - (EN1991-1-1 – Ѱ0- 0,7; Ѱ1- 0,5; Ѱ2- 0,3)

- Cobertura em geral

Cargas Permanentes

Peso próprio das lajes - 5,75kN/m2

Restante Carga Permanente – 3,5kN/m2

Sobrecarga para terraço acessível

Sobrecarga Pavimento para habitação – 2kN/m2

Valores reduzidos para Categoria A (habitação) - (EN1991-1-1 – Ѱ0- 0,7; Ѱ1- 0,5; Ѱ2- 0,3)

Sobrecarga para terraço não - acessível

Sobrecarga Pavimento cobertura – 1kN/m2

Valores reduzidos para Categoria H (coberturas) - (EN1991-1-1 – Ѱ0- 0,0; Ѱ1- 0,0; Ѱ2- 0,0)

41
É importante referir que as cargas que dizem respeito às escadas foram substituídas por a respectiva reacção
nos pisos adjacentes, dado que não se realizou a sua modelação. Relativamente às paredes exteriores
considerou-se que as mesmas assentam directamente sobre as vigas de contorno, como tal o seu peso deve ser
considerado através de uma carga linear ao longo do perímetro do piso.

 Combinação de Acções

Consideraram-se as seguintes combinações de acções relativas ao estado limite último:

- Acção variável de base - Sobrecarga (art.º 6.4.3.2 do EC0)

[ 5.1]

em que:

G valor característico do peso próprio da estrutura;

CP valor característico da restante carga permanente da estrutura;

SC valor característico da sobrecarga.

Nota: Para as restantes cargas permanentes aplicou-se o coeficiente de segurança de 1,5 ao invés de 1,35
aplicado ao peso próprio devido à incerteza do valor da acção.

- Acção variável de base - Acção Sísmica (art.º 6.4.3.4 do EC0)

[ 5.2]

em que:

valor característico da acção sísmica.

Relativamente ao estado limite de utilização considerou-se a seguinte combinação de acções:

- Combinação Quase-Permanente (art.º 6.5.3 (c) do EC0)

[ 5.3]

5.1.3 - Pré - Dimensionamento

Em função da planta de arquitectura do piso tipo definiu-se a posição de cada um dos elementos verticais.
Apesar das condicionantes arquitectónicas, procuraram-se formar pórticos nas duas direcções no sentido de
conferir à estrutura, juntamente com os restantes elementos verticais que possam existir, tais como núcleos e
paredes estruturais, um bom mecanismo de resistência às acções horizontais, sobretudo à acção sísmica.

Como solução final do pré-dimensionamento, adoptou-se uma solução em laje maciça com viga de contorno. A
viga de contorno, quer na periferia da laje, quer no contorno da zona central, garante um aumento da rigidez
de torção ao edifício pois solidariza os elementos verticais. A solução estrutural adoptada para o piso tipo, tal

42
como a disposição e dimensão dos elementos verticais (pilares) e horizontais (vigas) em planta apresentam-se
na figura 5-2 e na peça desenhada nº2.

Figura 5-2 – Solução estrutural obtida para o piso tipo resultante do pré-dimensionamento

 Lajes

A espessura de uma laje maciça deve estar compreendida entre

[ 5.4]

Logo,

[ 5.5]

Optou-se por uma laje com 23 centímetros de espessura pois corresponde à espessura mínima encontrada que
garante simultaneamente uma boa resposta aos dois estados limites: ao estado limite último, garantindo uma
boa ductilidade à laje, e ao estado limite de utilização, cujas deformadas são compatíveis com os limites
regulamentares [7] (Ver Anexo G).

 Vigas

O pré-dimensionamento de vigas deve ser efectuado em função do comprimento do vão existente entre os
elementos verticais a unir, em que

43
[ 5.6]

L comprimento do vão;

Perante a distribuição de elementos verticais em planta,

[ 5.7]

A largura da viga é função da altura da mesma,

[ 5.8]

Como tal,

[ 5.9]

Considerou-se para a solução inicial vigas de 40cmx20cm.

 Pilares

As dimensões dos pilares dependem das exigências arquitectónicas e dos esforços a que estão sujeitos. Visto
que o do edifício em estudo se localiza numa zona sísmica, de maior ou menor intensidade, este tipo de
elementos devem ser pré-dimensionados segundo o critério de carga axial para uma combinação quase
permanente de acções. Assim, a área inicial necessária para os pilares pode ser estimada através da equação
5.10.

[ 5.10]

em que:

área do pilar;

Estimou-se a área de influência da laje para cada pilar e determinou-se o esforço axial a que cada um ficaria
sujeito de acordo com as cargas verticais definidas anteriormente para os pisos. Os valores obtidos
amplificaram-se em 10% para ter em conta o peso próprio do pilar. Doravante, por simplificação, a
apresentação de resultados relativos a pilares encontra-se divida por grupos de pilares com características
geométricas iguais.

Ncqp Área necessária Área adoptada Dimensões


Pilares
(KN) (cm2) (cm2) (cm)
P1A, P1I, P6A, P6I 347,3 347,3 400 20x20
P1C, P1E, P1G, P6B, P6D,
769,3 769,3 800 40x20
P6F, P6H
P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 1260,0 1260,0 1300 65x20
P2D, P2F, P4D, P4F, P5D,P5F 1470,0 1470,0 1500 75x20
P3D, P3F 603,0 603,0 800 40x20
Tabela 5-3 – Valores necessários para o cálculo das dimensões inicias dos pilares.

44
5.1.4 - Modelação

Para cada estrutura realizou-se uma análise modal por espectro de resposta recorrendo a modelos de cálculo
tridimensionais de elementos finitos de barra, admitindo um comportamento elástico linear para os materiais.
Para o efeito utilizou-se o programa de cálculo automático Autodesk Robot Structural Analysis.

Considerou-se que as propriedades de rigidez elástica de flexão e de esforço transverso dos elementos
primários correspondem apenas a 50% da rigidez de elementos não fendilhados para ter em conta o efeito da
fendilhação.

O sistema de eixos locais utilizado para vigas, pilares e paredes estruturais define o eixo X como o eixo da peça,
o eixo y e z como os eixos de maior e menor inércia, respectivamente.

Considerou-se nula a rigidez de torção de vigas, pilares e paredes a fim de se dimensionar estes elementos
apenas à flexão de acordo com o nível de carga axial que estão sujeitos.

Apesar do dimensionamento dos elementos que formam os pisos das caves não depender directamente das
acções horizontais optou-se por modelar a estrutura ao nível das caves. Com isto é possível obter resultados
mais precisos e próximos da realidade para a situação sísmica de cálculo, nomeadamente, os deslocamentos da
estrutura.

Nos pisos elevados as massas associadas a todas as forças gravíticas foram calculadas de acordo com o EC8
(art.º 3.2.4) e contabilizadas no modelo de acordo com a sua disposição em planta. Já a massa correspondente
aos pisos das caves desprezou-se para efeitos dinâmicos.

Os efeitos acidentais de torção causados pela incerteza da localização das massas foram considerados no
modelo de acordo com o EC8 (art.º 4.3.2 1(P)).

Dada a distribuição regular em planta e em altura dos painéis de enchimento de alvenaria, não se considerou a
sua existência na modelação da estrutura visto que a sua influência nos resultados obtidos para as várias
análises efectuadas seria positiva.

5.1.5 – Considerações Gerais de Pormenorização

De seguida é apresentado um conjunto de considerações gerais de pormenorização a aplicar, quer no


dimensionamento dos vários elementos estruturais, quer na medição dos materiais estruturais utilizados.

 Recobrimento de armaduras

O recobrimento nominal a utilizar nos vários elementos estruturais é função da classe estrutural da estrutura e
da classe de exposição de cada elemento. As expressões do EC2 relativas a esta temática correspondem às
expressões 10.15 e 10.16 do anexo D. Da aplicação das mesmas obtiveram-se os recobrimentos nominais
apresentados na tabela 5-4 para os vários elementos estruturais.

45
Classe de Classe de
Elementos (mm) (mm)
Exposição Betão
Lajes XC1 C30/37 12(Ø12);16(Ø16);20(Ø20) 30
Vigas XC4 C30/37 30 40
Pilares XC4 C30/37 30 40
Ensoleiramento XC4 C30/37 30 40
Paredes de Contenção XC4 C30/37 30 40
Tabela 5-4 – Recobrimentos de armadura a considerar nos vários elementos estruturais

 Diâmetros mínimos de dobragem

Por diâmetro mínimo de dobragem entende-se o comprimento da linha imaginária que une os dois
alinhamentos rectos de armadura, depois da zona de dobragem. O diâmetro mínimo de dobragem encontra-se
regulamentado no EC2 (art.º 8.3 (2)P) de forma a evitar o aparecimento de fendas no varão dobrado e a rotura
do betão interior à curva (art.º 3.8 (1)P do EC2).

O diâmetro mínimo de dobragem é função do diâmetro do varão a dobrar e toma os seguintes valores:

[ 5.11]

Logo,

Ø (mm) 6 8 10 12 16
Øm,min (mm) 24 32 40 48 64
Tabela 5-5 – Diâmetros mínimos de dobragem

 Distância mínima entre varões

Entre varões paralelos deve ser garantida uma distância mínima no sentido de permitir uma betonagem
adequada, uma compactação satisfatória e boas condições de aderência. Assim, o EC2 (art.º 8.2 (2)P)
recomenda que a distancia mínima entre varões não deve ser inferior a:

[ 5.12]

em que

Ø diâmetro do varão;

dg dimensão máxima do agregado;

k1 1,0;

k2 5mm.

Da aplicação da expressão anterior obtêm-se a distância mínima entre varões paralelos:

= 25mm [ 5.13]

46
 Comprimento de amarração

O comprimento de amarração tem como finalidade garantir a transmissão de forças existentes no varão de
aço para o betão através da aderência entre ambos. Assim, da aplicação das expressões 10.17 a 10.21 do anexo
D obtiveram-se os seguintes comprimentos de amarração para cada diâmetro de varão de armadura.

Ø(mm) (m) 0,3 (m) 10 Ø(m) (m) (m) (m)


12 0,62 0,19 0,12 0,10 0,19 0,62
16 0,83 0,25 0,16 0,10 0,25 0,83
20 1,04 0,31 0,2 0,10 0,31 1,04
25 1,29 0,39 0,25 0,10 0,39 1,29
Tabela 5-6 – Comprimentos de amarração

 Amarração de armaduras transversais

A amarração de armadura transversal segundo o EC2 (art.º 6.6 2(P)) deve ser feita com um ângulo de 135º
numa extensão recta mínima de 10dbw, em que dbw corresponde ao diâmetro da armadura transversal a
amarrar.

 Comprimento de emenda de armaduras

O comprimento de emenda l0 têm como finalidade assegurar uma transmissão eficaz de forças entre varões
adjacentes através das forças de aderência geradas no betão. Assim da aplicação das expressões 10.22 e 10.23
do anexo F resultam os seguintes valores para o comprimento de emenda em função do diâmetro do varão.

Ø (mm) 12 16 20 25
0,93 1,25 1,56 1,94
Tabela 5-7 – Comprimentos de emenda

5.1.6 - Dimensionamento da Laje como diafragma rígido.

As lajes quando sujeitas à acção sísmica assumem a função de distribuição das forças de inércia pelo sistema
estrutural vertical desde que possuam rigidez e resistência suficiente no seu próprio plano. O
dimensionamento das lajes não depende directamente das acções horizontais, mas sim das acções verticais.
Como tal, efectuou-se apenas uma vez o dimensionamento da laje tipo para o presente trabalho. Os valores
relativos ao dimensionamento da laje apresentam-se no Anexo G. As peças desenhadas número 4 e 5 dizem
respeito ao dimensionamento da laje do piso tipo.

5.1.7 – Fundações e Paredes Contenção.

Para o cálculo da área necessária mobilizar para as fundações considerou-se o valor da tensão admissível para
o solo apresentado em 5 e o valor máximo de esforço axial para a combinação rara, considerando as estruturas
refentes às várias zonas sísmicas. Este valor oscila dada a variação existente relativamente ao peso próprio da
estrutura para cada zona sísmica em estudo. Verificou-se que a área obtida para as fundações corresponde a
mais de metade da área em planta do edifício, optando-se por uma laje de ensoleiramento ao invés de sapatas
isoladas. O dimensionamento das fundações, bem como das paredes de contenção apresenta-se no anexo H. A
peça desenhada número 3 diz respeito ao dimensionamento das fundações e da parede de contenção.

47
5.2 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.5/2.4 - Ductilidade Média.

As dimensões iniciais dos vários elementos estruturais e a sua disposição em planta resultam do pré-
dimensionamento efectuado para as cargas verticais. Considerando esta estrutura como a base de estudo para
realizar a análise referente à zona sísmica de menor intensidade, avaliou-se a sua viabilidade quanto à
verificação dos estados limites regulamentares, constatando-se que os valores obtidos para o parâmetro Θ que
define a sensibilidade da estrutura aos efeitos de segunda ordem eram superiores a 0,20 (Direcção X - Θmáx =
0,29; Direcção Y - Θmáx = 0,27), por conseguinte haveria necessidade de realizar uma análise explícita de
segunda ordem. Como alternativa a esta situação, optou-se por aumentar a rigidez da estrutura até obter um
valor máximo para Θ próximo de 0,20. O estado limite de utilização verificou-se para a presente estrutura.

Para a situação sísmica de cálculo há necessidade de definir a dimensão/rigidez dos elementos sismo-
resistentes em função do valor da aceleração imposta correspondente às várias zonas sísmicas para que se
verifiquem o estado limite último e de utilização. Trata-se portanto de um processo iterativo até que para cada
zona sísmica se obtenha a definição estrutural final. Para esta primeira zona sísmica analisada, a disposição dos
elementos estruturais em planta e as suas dimensões apresentam-se na figura 5-3 e na peça desenhada nº 6.

Período de Vibração
Fundamental da Estrutura

T1X = 1,53s

T1Y = 1,50s

Figura 5-3 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.5/2.4 – Ductilidade média

5.2.1 - Regularidade da estrutura

 Planta

Dado que:

48
1 - A estrutura apresenta-se praticamente bi-simétrica relativamente à distribuição de massas e rigidez lateral.

2 - Cada piso é delimitado por uma linha convexa.

3 - A rigidez do piso é grande relativamente à rigidez lateral.

4 - λ=Lmáx/Lmin ≤4 ↔ λ= 18/16 ≤ 4

5 - Em cada direcção a excentricidade estrutural, eox ou eoy (distância entre o centro de massa e o centro de
rigidez) é inferior a 30% do raio de torção r, sendo este último em cada direcção superior ou igual ao raio de
giração da massa do piso (ls) (Ver Anexo J – Tabelas A 18 a A20);

Os critérios 1 a 5 apresentados em 3.1.3 que definem a regularidade em planta da estrutura verificam-se, por
conseguinte a estrutura é classificada de regular em planta.

 Altura

Como citado na condição 4 apresentada em 3.1.3 relativa à regularidade em altura da estrutura, no caso de
existir um recuo de uma das dimensões do piso em planta a um nível superior a 15% da altura de todo o
edifício, este não pode exceder 20% da respectiva dimensão no piso inferior. Apesar desta condição não se
verificar para o terraço não acessível (zona central sobrelevada), os efeitos que daí resultam não põem em
causa a regularidade da estrutura. Dado que as restantes condições apresentadas em 3.1.3 relativas à
regularidade em altura também se verificam a estrutura é classificada de regular em altura.

5.2.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento.

Os elementos verticais resistentes às acções horizontais apresentam rácios de comprimento/largura inferiores


a 4 logo todos eles são classificados como pilares de acordo com o EC8 (art.º 5.1.2). Desta forma o sistema
estrutural em cada direcção é classificado de porticado. O EC8 sugere que o valor básico do coeficiente de
comportamento q0 seja igual 3,0αu/αi para estruturas de ductilidade média com sistema estrutural porticado.
Para a estrutura referente à zona sísmica em estudo, o factor αu/αi toma o valor de 1.3 (edifício de vários pisos
com pórticos de vários tramos). Como não existem paredes estruturais Kw é igual a 1,0. Da aplicação da
expressão 4.1 obtiveram-se os valores do coeficiente de comportamento para as duas direcções.

Direcção q0 Kw q
X 3,9 1,3 1,0 3,9
Y 3,9 1,3 1,0 3,9
Tabela 5-8 – Valores dos coeficientes de comportamento, estrutura 1.5/2.4 DCM

5.2.3 - Análise Dinâmica da estrutura

Os resultados referentes à análise dinâmica da estrutura apresentam-se na tabela A 13 do anexo I.


Consideraram-se 12 modos de vibração atingindo-se uma percentagem de massa superior a 90% em cada
direcção. Em função do período de vibração fundamental da estrutura e do valor básico do coeficiente de
comportamento em cada direcção determinou-se o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura

49
associado à(s) zona(s) crítica(s) dos elementos. Dado que , por aplicação da expressão 4.7
obtém-se

5.2.4 - Definição do espectro de cálculo

Para realizar a análise consideraram-se os espectros de cálculo apresentados na figura 5-4.

1,40
1,20
1,00
Sd(T)(m/s2)

0,80
0,60 Sismo Tipo I
0,40 Sismo Tipo II
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5

Período (s)

Figura 5-4 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.5/2.4 DCM

Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não apresenta nenhuma das
características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

5.2.5 - Verificação Estado Limite de Utilização

O material não estrutural utilizado na estrutura para os painéis de enchimento é alvenaria de tijolo, por
conseguinte o estado limite de utilização verifica-se caso o valor do deslocamento relativo entre pisos para a
situação sísmica de cálculo não exceda o valor limite que cumpre a condição 3.11. Os valores obtidos
apresentam-se nas tabelas 5-9 e 5-10 e são inferiores ao valor limite.

Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,270 1,056 0,400 0,422 280 1,400
2 0,323 1,260 0,400 0,504 280 1,400
3 0,306 1,192 0,400 0,477 280 1,400
4 0,272 1,060 0,400 0,424 280 1,400
5 0,232 0,906 0,400 0,362 280 1,400
6 0,188 0,732 0,400 0,293 280 1,400
7 0,137 0,533 0,400 0,213 280 1,400
8 0,083 0,323 0,400 0,129 280 1,400
9 0,066 0,258 0,400 0,103 280 1,400
Tabela 5-9 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.5/2.4 DCM.

50
Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,273 1,066 0,400 0,426 280 1,400
2 0,320 1,250 0,400 0,500 280 1,400
3 0,305 1,188 0,400 0,475 280 1,400
4 0,272 1,060 0,400 0,424 280 1,400
5 0,233 0,907 0,400 0,363 280 1,400
6 0,188 0,732 0,400 0,293 280 1,400
7 0,137 0,533 0,400 0,213 280 1,400
8 0,083 0,325 0,400 0,130 280 1,400
9 0,066 0,257 0,400 0,103 280 1,400
Tabela 5-10 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM.

5.2.6 - Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem

Na tabela 5.11 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10 que
define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Θx Θy
Piso drx/h dry/h V,X total (KN) V,y total (KN) Ptotal (KN)

1 0,0038 0,0038 588 605 28141 0,18 0,18 1,22 1,22


2 0,0045 0,0045 572 588 24598 0,19 0,19 1,23 1,23
3 0,0043 0,0042 539 554 21056 0,17 0,16 1,20 1,19
4 0,0038 0,0038 489 503 17513 0,14 0,13 1,16 1,15
5 0,0032 0,0032 423 435 13971 0,11 0,10 1,12 1,00
6 0,0026 0,0026 341 350 10429 0,08 0,08 1,00 1,00
7 0,0019 0,0019 242 249 6886 0,05 0,05 1,00 1,00
8 0,0012 0,0012 126 130 3344 0,03 0,03 1,00 1,00
9 0,0008 0,0008 12 12 270 0,02 0,02 1,00 1,00
Tabela 5-11 – Verificação dos efeitos de 2ºordem, estrutura 1.5/2.4 DCM.

De acordo com os resultados obtidos há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem.

 Dimensionamento

- Vigas - (Ver Peça Desenhada nº7)

As dimensões das vigas são as apresentadas na tabela 5.12. Em função das mesmas apresentam-se também o
comprimento da zona crítica e as respectivas áreas de armadura mínima e máxima.

EC2 EC8
Viga b (m) h (m) d (m) lcr (m) 2 2 2
Asmin (cm ) Asmáx (cm ) Asmin(cm )
V1 0,20 0,50 0,45 0,50 1,36 40,00 2,61
V2 0,20 0,45 0,41 0,45 1,24 36,00 2,38
V3 0,20 0,45 0,41 0,45 1,24 36,00 2,38
V4 0,20 0,45 0,41 0,45 1,24 36,00 2,38
V5 0,20 0,45 0,41 0,45 1,24 36,00 2,38
Tabela 5-12 – Características geométricas, área mínima e máxima de armadura para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM.

51
Para determinar a armadura longitudinal a colocar em cada viga retiraram-se do modelo os respectivos
esforços de flexão condicionantes na zona do apoio e a meio vão para cada piso. Dada a necessidade de
contabilizar os efeitos de segunda ordem calcularam-se os valores finais dos esforços de flexão aplicando aos
valores retirados do modelo o coeficiente de amplificação correspondente a cada piso. Posteriormente,
recorreu-se à expressão 5.14 e às tabelas de betão armado para calcular a área necessária de armadura. [8].

[ 5.14]

A tabela 5.13 resume os valores dos momentos flectores de cálculo e das áreas necessárias de armadura.
2
Momentos Modelo (KN.m) Momentos Amplificados (KN.m) Armadura necessária (cm )
Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
-90,74 -70,36 -111,61 -86,54
M- 6,26 4,85
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V1
36,51 29,20 44,91 35,92
M+ 2,52 2,01
Piso 2 Piso 2 Piso2 Piso2
-49,17 -49,17 -60,98 -60,98
M- 3,79 3,79
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V2
+ 26,83 33,27
M - - 2,07 -
Piso 2 Piso 2
-59,75 -59,75 -74,01 -74,01
M- 4,60 4,60
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V3
28,64 35,52
M+ - - 2,21 -
Piso 2 Piso 2
-58,61 -72,69
M- - - - 4,52
Piso 2 Piso 2
V4
59,69 74,03
M+ - - - 4,60
Piso 2 Piso 2
-86,16/-29,36 -104,72/35,68
M- - - 6,51/2,22 -
Piso 1 Piso1
V5
36,46 44,31
M+ - - 2,75 -
Piso 1 Piso 1
Tabela 5-13 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM.
*A. Interno – Apoio Interno; A. Externo – Apoio Externo.

52
Em função da área de armadura longitudinal efectivamente colocada na viga determinaram-se os valores dos
momentos flectores resistentes. Os resultados apresentam-se na tabela 5.14.

Armadura Longitudinal Colocada Mrd (KN.m)


Viga As
A. Interno A. Externo ½ Vão A. Interno A. Externo ½Vão
4 16 2 16+1 12 16
Superior -143,4 -91,9 -71,7
(8,04cm2) (5,15cm2) (4,02cm2)
V1
16 16 16
Inferior 2 2 2 71,7 71,7 71,7
(4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm )
16 16 16
Superior -64,7 -64,7 -64,7
(4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2)
V2
12 12 12
Inferior 2 2 2 54,6 54,6 54,6
(3,39cm ) (3,39cm ) (3,39cm )
16 + 1 12 16 + 1 12 16
Superior -82,9 -82,9 -64,7
(5,15cm2) (5,15cm2) (4,02cm2)
V3
12 12 12
Inferior 54,6 54,6 54,6
(3,39cm2) (3,39cm2) (3,39cm2)
16 + 12 16 + 12 16 + 12
Superior 2 2 2 -82,9 -82,9 -82,9
(5,15cm ) (5,15cm ) (5,15cm )
V4
16 + 1 12 16 + 1 12 16 + 1 12
Inferior 82,9 -82,9 82,9
(5,15cm2) (5,15cm2) (5,15cm2)
16/ 16 16 16
Superior -129,4 -64,7 -64,7
(8,04/4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2)
V5
16 16 16
Inferior 64,7 64,7 64,7
(4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2)
Tabela 5-14 – Armaduras colocadas e momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM.

Considerando os valores apresentados na tabela 5-14, por aplicação das expressões 4-17 e 4-18 obtiveram-se
os resultados apresentados na tabela 5-15 relativos à verificação da ductilidade local nas vigas. A área máxima
de armadura de tracção foi calculada com base no valor mínimo do factor de ductilidade já determinado em
5.2.3. A área de armadura colocada nas vigas não excede em nenhuma delas o valor máximo de armadura de
tracção determinado para as zonas críticas. Como se verifica pelos valores apresentados na tabela 5-15, a área
de armadura de compressão nunca é inferior a 50% da área de armadura de tracção nas zonas críticas logo está
garantida a ductilidade local para as vigas desde que salvaguardado o espaçamento máximo entre estribos.

As,compressão/As,tracção As máx,tracção (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
V1 0,50 0,78 9,05 9,05
V2 0,84 0,84 7,97 7,97
V3 0,66 0,66 7,97 7,97
V4 1,00 1,00 9,73 9,73
V5 0,50/1,00 - 8,61 8,61
Tabela 5-15 – Rácios de armadura de compressão/tracção e armadura máxima de tracção para vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM

Na tabela 5-16 apresenta-se o valor do diâmetro máximo dos varões longitudinais das vigas que atravessam os
respectivos nós viga-pilar com adequada aderência. Os valores obtiveram-se recorrendo às condições 4-59 e 4-
60 para nós viga-pilar interiores e exteriores, respectivamente.

53
Viga Nó νd á kd γ Ømáx (mm)
Exterior 0,020 0,57 2/3 1,0 17,78
V1
Interior 0,041 0,44 2/3 1,0 33,80
Exterior 0,020 0,43 2/3 1,0 17,78
V2
Interior 0,037 0,43 2/3 1,0 23,35
Exterior 0,020 0,43 2/3 1,0 17,78
V3
Interior 0,043 0,43 2/3 1,0 23,46
Exterior 0,006 0,53 2/3 1,0 40,19
V4
Interior - - 2/3 1,0 -
Exterior 0,010 - 2/3 1,0 10,08
V5
Interior 0,014/0,006 0,47 2/3 1,0 32,79/16,29
Tabela 5-16 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.5/2.4 DCM

De acordo com os resultados apresentados na tabela 5.16 e o EC8, a largura dos pilares primários exteriores
P2D, P2F, P5D, P5F permite amarrar sem necessidade de armaduras transversais varões longitudinais
provenientes da viga V5 com um diâmetro máximo de 10mm. Como os varões longitudinais a amarrar têm de
diâmetro 16 milímetros, optou-se por considerar os pilares citados como secundários nesta direcção evitando-
se assim a necessidade de usar uma das soluções apresentadas em 4.6 que viabilizam a continuidade do pilar
como primário para este tipo de casos. Esta consideração provoca um aumento dos deslocamentos da
estrutura na respectiva direcção, desde já contabilizado nos resultados apresentados em 5-9 e 5-10.
O valor do esforço transverso de cálculo em vigas é obtido da aplicação das expressões 4.13 e 4.14 desde que
este seja maior que o valor retirado directamente do modelo para a situação sísmica de cálculo. Os valores de
cálculo obtidos apresentam-se na tabela 5-17.

Viga L (m) Mrd -esq (KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
143,4 143,4
V1 3,46 50,80 112,96 98,1 112,96
71,7 71,7
64,7 64,7
V2 2,44 32,26 81,14 63,9 81,14
54,6 54,6
82,9 82,9
V3 2,83 34,85 83,42 75,0 83,42
54,6 54,6
82,9 82,9
V4 1,80 23,76 115,86 102,6 115,86
82,9 82,9
129,4 64,7
1,99 44,80 142,34 89,22 142,34
64,7 64,7
V5
129,4 64,7
2,80 41,02 110,34 108,00 110,34
64,7 64,7
Tabela 5-17 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM.
Em função dos valores de cálculo e das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obtiveram-se as armaduras
transversais a colocar na(s) zona(s) crítica(s) da(s) viga(s) e os valores resistentes de esforço transverso.
2
Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
V1 0,2 0,41 45 8//0,100 10,06 177,2 389,67
V2 0,2 0,37 45 //0,100 5,66 90,9 427,68
V3 0,2 0,37 45 8//0,100 10,06 161,5 427,68
V4 0,2 0,37 45 8//0,100 10,06 161,5 427,68
0,2 0,37 45 //0,100 10,06 161,5 427,68
V5
0,2 0,37 45 //0,100 10,06 161,5 427,68
Tabela 5-18 – Armaduras transversais e valores do esforço transverso resistente para vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM

54
Para as vigas, o espaçamento máximo entre estribos dentro das zonas críticas é condicionado pela
regulamentação do EC8, enquanto que fora destas é determinado de acordo com o EC2. Os valores obtidos
para o espaçamento resultam da aplicação das expressões 4-20 e 10.9 - Anexo C. A tabela 5-19 resume os
valores obtidos, bem como as armaduras transversais colocadas nas vigas.

Espaçamento máximo (cm) Armadura Transversal


Viga
Zona Crítica - EC8 ½ vão - EC2 Zona Crítica ½ vão
V1 9,6 68,0 8//0,10 8//0,25
V2 9,6 62,0 //0,10 //0,20
V3 9,6 62,0 8//0,10 8//0,25
V4 9,6 62,0 8//0,10 8//0,20
V5 9,6 62,0 //0,10 //0,20
Tabela 5-19 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura 1.5/2.4 DCM

- Pilares - (Ver Peça Desenhada nº8)


Na tabela 5-20 apresentam-se as dimensões dos pilares, o comprimento da(s) zona(s) crítica(s) e os valores de
esforço axial reduzido para a situação sísmica de cálculo. Os valores obtidos de ν apresentam-se inferiores ao
limite regulamentar definido para estruturas projectadas para o nível de ductilidade média.

Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νd


1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,20 0,55 0,51
2 P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 0,80 0,20 0,80 0,45
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,20 0,55 0,42
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,35 0,35 0,47 0,34
5 P4D, P4F 0,80 0,20 0,80 0,48
6 P2D, P2F, P5D, P5F 0,80 0,20 0,80 0,54
7 P3D, P3F 0,40 0,20 0,47 0,47
Tabela 5-20 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.5/2.4 DCM

Atente-se que a estrutura referente a esta zona sísmica é classificada como porticada nas duas direcções,
consequentemente deve ser verificada a regra de cálculo por capacidade real número 2 em todos os nós viga-
pilar no plano formado por ambos, com excepção dos nós do piso de cobertura e dos nós que dizem respeito
aos pilares P2D, P2F, P5D, P5F visto tratarem-se de pilares secundários nesta direcção.
Tendo em consideração a simplificação apresentada em 4.3.3 relativa à verificação da resistência dos pilares
sujeitos a flexão desviada, o somatório dos momentos flectores de cálculo dos pilares no nó viga-pilar é
determinado pela expressão 5.15.

[ 5.15]

O valor obtido para o somatório dos momentos deve ser distribuído pelos pilares adjacentes ao nó viga-pilar
tendo em consideração o esforço axial actuante. Para o efeito consideraram-se percentagens de distribuição de
45% e 55% para o pilar acima e abaixo do nó, respectivamente. A tabela 5-21 resume as armaduras
longitudinais colocadas nos pilares em função dos esforços de cálculo obtidos que podem ser consultados no
anexo K. Para o cálculo da armadura recorreu-se ao módulo de cálculo (EXPERT BA) do programa de cálculo

55
automático Autodesk Robot Structural Analysis. Na tabela 5-21 apresentam-se também as respectivas
percentagens mínimas e máximas de armadura longitudinal colocada nos pilares.

Piso Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7


6 ao topo 14 12 16 12 12 12 4 12+4 16 16 12 16 12 +4 12
0 ao 6 14 12 16 12 12 12 4 12+4 16 16 12 16 12 10 12
-2 ao 0 - - - - 16 12 16 12 10 12
As,min (cm2) 15,82 18,08 13,56 12,56 18,08 18,08 11,30
As,máx (cm2) 15,82 18,08 13,56 12,56 18,08 18,08 16,58
% Mínima 1,44 1,13 1,23 1,02 1,13 1,13 1,41
% Máxima 1,44 1,13 1,23 1,02 1,13 1,13 2,08
Tabela 5-21 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.5/2.4 DCM

Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares encontram-se dentro dos valores
regulamentares (1 a 4 %).

No mesmo módulo de cálculo do programa obtiveram-se os valores de momentos flectores resistentes em


cada direcção considerando sempre os esforços axiais condicionantes. Posteriormente, através da regra de
cálculo pela capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16 determinaram-se os valores de esforço
transverso de cálculo dos pilares. Estes apresentam-se na tabela 5-22.

Grupo Pilares L (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y Asz/s (cm2/m) Asy/s (cm2/m)
1 2,35 192,00 79,00 179,75 73,96 9,00 11,80
2 2,30 370,00 105,00 353,91 100,44 11,89 16,04
3 2,35 191,00 70,00 178,81 65,53 8,95 10,46
4 2,30 147,00 147,00 140,61 140,61 11,59 11,59
5 2,35 368,00 105,00 344,51 98,30 11,58 15,69
6 2,35 368,00 105,00 344,51 98,30 11,58 15,69
7 2,35 150,00 59,50 140,43 55,70 9,96 8,89
Tabela 5-22 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.5/2.4 DCM

Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do anexo C obteve-se a armadura transversal a
colocar nos pilares e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Estes apresentam-se nas tabelas
5-23 e 5-24.
Grupo Armadura Colocada
d (m) z (m) As/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,51 0,46 6//0,05 11,30 225,62 484,71
2 0,76 0,68 8//0,05 20,10 598,06 722,31
3 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,32 484,71
4 0,31 0,28 10//0,10 15,70 190,54 515,59
5 0,76 0,68 8//0,05 20,10 598,06 722,31
6 0,76 0,68 10//0,05 31,40 722,30 722,31
7 0,36 0,32 8//0,05 20,10 283,29 342,15
Tabela 5-23 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.5/2.4 DCM

56
Grupo Armadura Colocada 2
d (m) z (m) As/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,16 0,14 6//0,05 + 6//0,05 22,60 141,56 418,18
2 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
3 0,16 0,14 6//0,05 + 6//0,05 28,20 176,65 418,18
4 0,31 0,28 10//0,10 15,70 190,54 515,59
5 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
6 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
7 0,16 0,14 //0,05 + 6//0,05 34,00 212,98 304,13
Tabela 5-24 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCM

Da aplicação da expressão 4.27 obteve-se o valor do espaçamento máximo entre cintas na(s) zona(s) crítica(s)
dos pilares. Os valores apresentam-se na tabela 5-25, bem como o resumo da armadura transversal colocada
dentro e fora da zona crítica dos pilares.

Zona Crítica Base Restantes Zonas Críticas ½ vão


Grupo
Smáx Cintas Cintas Cintas Cintas Cinta Cintas
Pilares
(cm) Exterior Interiores/Ganchos Exterior Interiores/Ganchos Exterior Interiores
1 5,5 8//0,05 8//0,05 6//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
2 5,5 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05
3 5,5 //0,05 8//0,05 6//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
4 9,6 10//0,10 6//0,10 10//0,10 6//0,10
5 5,5 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05
6 5,5 10//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05
7 5,5 8//0,05 8//0,05 6//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
Tabela 5-25 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura 1.5/2.4 DCM

A ductilidade necessária na base dos pilares é garantida caso o confinamento seja o adequado. Para tal, deve
verificar-se a condição 4.22 para a armadura transversal colocada e um valor mínimo do factor de ductilidade
em curvatura. Na tabela 5-26 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para a verificação. Os
cálculos efectuados para determinar o valor de alguns dos parâmetros encontram-se no anexo K.

Grupo ωwd,real
νdm,máx bc b0 α αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,51 0,50 0,76 0,38 0,38=0,38
2 0,45 0,20 0,11 0,46 0,79 0,36 0,36>0,33
3 0,42 0,46 0,66 0,30 0,30=0,30
4 6,8 0,34 0,35 0,26 0,48 0,35 0,17 0,17=0,17
5 0,48 0,46 0,79 0,36 0,36>0,35
6 0,54 0,20 0,11 0,46 0,87 0,40 0,40=0,40
7 0,47 0,45 0,79 0,36 0,36>0,34
Tabela 5-26 –Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.5/2.4 DCM
Garantir um valor mínimo de 0,08 para a taxa volumétrica de armadura é referenciado no EC8 como uma
condição aplicável apenas para a zona crítica na base do pilar em estruturas DCM. No entanto, em todas as
estruturas preconizadas para o nível de ductilidade média considerou-se como o valor mínimo de referência
para todas as zonas críticas. Constata-se pelos valores apresentados na tabela 5-26 que é garantido o
adequado confinamento para a zona crítica da base dos pilares.

57
5.3 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.3/2.3 - Ductilidade Média.

A estrutura concebida para a zona sísmica 1.5/2.4 DCM foi analisada sob o efeito de uma acção sísmica de
maior intensidade referente à zona sísmica 1.3/2.3. De acordo com os resultados obtidos constatou-se que
apesar do aumento dos deslocamentos relativos entre pisos, o estado limite último e o estado limite de
utilização se verificavam, não havendo necessidade de reajustar as dimensões/rigidez da estrutura.

Assim sendo, a estrutura caracteriza-se de igual forma que a estrutura referente à zona 1.5/2.4 DCM: Estrutura
regular, com sistema estrutural porticado em ambas as direcções cujo valor do coeficiente de comportamento
é 3,9. Para o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura considerou-se 6,8.

Para esta zona sísmica analisada, visto que a solução estrutural final é igual à da zona sísmica 1.5/2.4 DCM, a
disposição dos elementos estruturais em planta e as suas dimensões é igual à apresentada na figura 5-3. A
solução estrutural final para esta zona sísmica apresenta-se igualmente na peça desenhada nº 9.

5.3.1 - Definição do espectro de cálculo

Para realizar a análise da estrutura consideraram-se os espectros de cálculo apresentados na figura 5-5.

1,80
1,60
1,40
1,20
Sd(T)(m/s2)

1,00
0,80 Sismo Tipo I
0,60 Sismo Tipo II
0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Perído (s)

Figura 5-5 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.3/2.3DCM.

Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não apresenta nenhuma das
características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

5.3.2 - Verificação Estado Limite Utilização

O material não estrutural utilizado na estrutura é igualmente alvenaria de tijolo, por conseguinte o estado
limite utilização verifica-se caso os valores de deslocamento relativo entre pisos para a situação sísmica de
cálculo não exceda o valor limite que cumpre a condição 3.11.

Os valores obtidos apresentam-se nas tabelas 5-27 e 5-28 e são inferiores ao valor limite.

58
Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,635 2,477 0,400 0,991 280 1,400
2 0,758 2,957 0,400 1,183 280 1,400
3 0,717 2,797 0,400 1,119 280 1,400
4 0,638 2,489 0,400 0,996 280 1,400
5 0,545 2,124 0,400 0,850 280 1,400
6 0,440 1,715 0,400 0,686 280 1,400
7 0,320 1,248 0,400 0,500 280 1,400
8 0,194 0,757 0,400 0,303 280 1,400
9 0,155 0,605 0,400 0,242 280 1,400
Tabela 5-27 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.3/2.3

Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,641 2,500 0,400 1,000 280 1,400
2 0,752 2,934 0,400 1,174 280 1,400
3 0,715 2,789 0,400 1,116 280 1,400
4 0,638 2,489 0,400 0,996 280 1,400
5 0,545 2,125 0,400 0,850 280 1,400
6 0,440 1,715 0,400 0,686 280 1,400
7 0,321 1,250 0,400 0,500 280 1,400
8 0,196 0,763 0,400 0,305 280 1,400
9 0,155 0,603 0,400 0,241 280 1,400
Tabela 5-28- Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM.

5.3.3 – Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem

Na tabela 5.29 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10 que
define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Piso drx/h dry/h VX,total (KN) Vy,total (KN) Ptotal (KN) Θx Θy


Θ Θ
1 0,0088 0,0089 1378 1418 28141 0,18 0,18 1,22 1,22
2 0,0106 0,0105 1340 1378 24598 0,19 0,19 1,23 1,23
3 0,0099 0,0100 1262 1299 21056 0,17 0,16 1,20 1,19
4 0,0089 0,0089 1146 1179 17513 0,14 0,13 1,16 1,15
5 0,0076 0,0076 991 1020 13971 0,11 0,10 1,12 1,00
6 0,0061 0,0061 798 821 10429 0,08 0,08 1,00 1,00
7 0,0045 0,0045 566 582 6886 0,05 0,05 1,00 1,00
8 0,0027 0,0027 295 304 3344 0,03 0,03 1,00 1,00
9 0,0019 0,0019 27 28 270 0,02 0,02 1,00 1,00
Tabela 5-29 – Verificação dos efeitos de 2ºordem, estrutura 1.3/2.3DCM

De acordo com os resultados obtidos há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem.

 Dimensionamento

- Vigas - (Ver Peça Desenhada nº10)

As dimensões, o comprimento da(s) zona(s) crítica(s) e as respectivas áreas de armadura mínima e máxima das
vigas são as mesmas que as apresentadas para a estrutura da zona sísmica 1.5/2.4 DCM.

59
Para determinar a armadura longitudinal a colocar em cada viga recorreu-se ao método já apresentado em
5.2.6. Os valores dos momentos flectores de cálculo para cada zona da viga e as respectivas áreas necessárias
de armadura apresentam-se na tabela 5.30.
2
Momentos Modelo (KN.m) Momentos Amplificados (KN.m) Armadura Necessária (cm )
Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
- -173,88 -130,00 -213,87 -159,90
M 11,99 8,97
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V1
112,00 81,40 137,76 100,12
M+ 7,72 5,61
Piso 2 Piso 2 Piso2 Piso2
- -99,14 -122,99
M - - 7,64 -
Piso 2 Piso 2
V2
+ 76,86 95,35
M - - 5,92 -
Piso 2 Piso 2
- -112,6 -139,70
M - - 8,68 -
Piso 2 Piso 2
V3
83,83 103,99
M+ - - 6,46 -
Piso 2 Piso 2
-134,60 -166,98
M- - - - 10,37
Piso 2 Piso 2
V4
-135,50 168,09
M+ - - - 10,44
Piso 2 Piso 2
-159,90/-45,00 -194,29/-54,67
M- - - 12,07/3,40 -
Piso 1 Piso1
V5
104,80/48,85 127,34/59,36
M+ - - 7,91/3,69 -
Piso 1 Piso 1
Tabela 5-30 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM
Em função da área de armadura longitudinal efectivamente colocada na viga determinaram-se os valores dos
momentos flectores resistentes. Os resultados apresentam-se na tabela 5.31.
Armadura Longitudinal Colocada Mrd (KN.m)
Viga As
A. Interno A. Externo ½Vão A. Interno A. Externo ½Vão
3 16+2 20 4 16+1 12 16
Superior -219,55 -163,55 -71,70
(12,31cm2) (9,17cm2) (4,02cm2)
V1
16 16 16
Inferior 143,39 107,55 71,70
(8,04cm2) (6,03cm2) (4,02cm2)
16 16 16
Superior 2 2 2 -129,40 -129,40 -129,40
(8,04cm ) (8,04cm ) (8,04cm )
V2
16 16 16
Inferior 2 2 2 97,05 97,05 97,05
(6,03cm ) (6,03cm ) (6,03cm )
16 + 1 12 16 + 1 12 16
Superior -147,59 -147,59 -64,70
(9,17cm2) (9,17cm2) (4,02cm2)
V3
16 16 16
Inferior 129,40 129,40 64,70
(8,04cm2) (8,04cm2) (4,02cm2)
16 + 2 20 16 + 2 20 16 + 2 20
Superior 2 2 2 -198,13 -198,13 -198,13
(12,31cm ) (12,31cm ) (12,31cm )
V4
16 + 2 20 16 + 2 20 16 + 2 20
Inferior 198,13 198,13 198,13
(12,31cm2) (12,31cm2) (12,31cm2)
16 + 2 20/ 16 16 16 -198,13
Superior 2 2 2 -64,70 -64,70
(12,31/4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm ) -64,7
V5
16/ 16 16 16 129,40
Inferior 2 2 2 -64,70 64,70
(8,04/4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm ) 64,70
Tabela 5-31 – Armaduras colocadas e respectivos momentos flectores resistentes para vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM.

60
Considerando os valores apresentados na tabela 5-31, por aplicação das expressões 4-17 e 4-18, obtiveram-se
os resultados apresentados na tabela 5.32 referentes à verificação da ductilidade local nas vigas. Para o cálculo
da armadura máxima de tracção considerou-se o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já
calculado em 5.2.3. A área da armadura colocada nas vigas não excede em nenhuma delas o valor obtido para
a área máxima de armadura tracção nas zonas críticas. Como se verifica pelos valores apresentados na tabela
5-33, a área de armadura de compressão nunca é inferior a 50% da área de armadura de tracção nas zonas
críticas, logo está garantida a ductilidade local para as vigas desde que salvaguardado o espaçamento máximo
entre estribos.

Ascompressão/Astracção Asmáx tracção (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
V1 0,65 0,66 13,08 11,07
V2 1,00 1,00 10,62 10,62
V3 0,88 0,88 12,63 12,63
V4 1,00 1,00 16,90 -
V5 0,65/1 - 12,63/8,61 8,61
Tabela 5-32 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM

Na tabela 5-33 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para calcular o diâmetro máximo dos
varões longitudinais das vigas que atravessam os respectivos nós viga-pilar com adequada aderência. Os
valores obtiveram-se recorrendo às condições 4-59 e 4-60 para nós viga-pilar interiores e exteriores,
respectivamente.

Viga Nó νd kd Ømáx(mm)
Exterior 0,030 0,54 2/3 1,0 17,92
V1
Interior 0,045 0,61 2/3 1,0 31,69
Exterior 0,030 0,57 2/3 1,0 17,92
V2
Interior 0,080 0,57 2/3 1,0 22,79
Exterior 0,030 0,64 2/3 1,0 17,92
V3
Interior 0,050 0,64 2/3 1,0 21,69
Exterior 0,010 0,73 2/3 1,0 40,19
V4
Interior - - 2/3 1,0 -
Exterior 0,010 - 2/3 1,0 10,08
V5
Interno 0,010/0,011 0,64/0,46 2/3 1,0 30,54/16,36
Tabela 5-33 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.3/2.3 DCM

Dado que a geometria dos pilares exteriores P2D, P2F, P5D e P5F não se alterou e o nível mínimo de carga axial
que estão sujeitos para a situação sísmica de projecto não variou significativamente, optou-se pelo mesmo
motivo que para a estrutura referente à zona sísmica 1.5/2.4DCM por os considerar como secundários na
respectiva direcção. Deste modo evita-se o uso de uma das soluções apresentadas em 4.6 que possibilitam a
continuidade do pilar como primário para este tipo de casos. Por outro lado, esta decisão provoca um ligeiro
aumento global dos deslocamentos da estrutura para a situação sísmica de cálculo, desde já contabilizado.

O valor do esforço transverso de cálculo em vigas é obtido da aplicação das expressões 4.13 e 4.14 desde que o
valor obtido seja maior que o retirado directamente do modelo para situação sísmica de cálculo. Os valores
obtidos apresentam-se na tabela 5-34.

61
Viga L (m) Mrd -esq (KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
219,55 219,55
V1 3,46 50,80 155,74 153,00 155,74
143,39 143,39
129,40 97,05
V2 2,44 32,26 125,07 118,00 125,07
129,40 97,05
147,59 129,40
V3 2,83 34,85 132,74 129,00 132,74
147,59 129,40
198,13 198,13
V4 1,80 23,76 243,90 212,00 243,90
198,13 198,13
64,70 64,70
1,08 41,02 160,83 89,22 160,83
V5 64,70 64,70
198,13 64,70
1,99 40,08 172,08 108,00 172,08
129,40 64,70
Tabela 5-34 – Valores do esforço transverso de cálculo para as vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM

Em função dos valores de cálculo, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obtiveram-se as armaduras a
colocar na(s) zona(s) crítica(s) da(s) viga(s) e os correspondentes valores resistentes de esforço transverso. Os
resultados apresentam-se na tabela 5-35.

Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
V1 0,2 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 389,67
V2 0,2 0,37 45 //0,10 10,06 161,48 427,68
V3 0,2 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 427,68
V4 0,2 0,37 45 //0,10 15,70 252,01 427,68
0,2 0,37 45 //0,10 15,70 252,01 427,68
V5
0,2 0,37 45 //0,10 15,70 252,01 427,68
Tabela 5-35 – Armaduras transversais e valores do esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.3/2.3 DCM

Para as vigas, o espaçamento máximo entre estribos dentro das zonas críticas é condicionado pela
regulamentação do EC8. Nas restantes zonas é adoptado o valor recomendado pelo EC2. Os mesmos resultam
da aplicação das expressões 4-20 e 10.9 - Anexo C. A tabela 5-36 resume os valores obtidos, bem como as
armaduras transversais colocadas.

Espaçamento máximo (cm) Armadura Transversal


Viga
Zona Crítica - EC8 ½ vão - EC2 Zona Crítica ½ vão
V1 9,6 68,0 8//0,10 8//0,20
V2 11,2 62,0 //0,10 //0,20
V3 9,6 62,0 8//0,10 8//0,20
V4 11,2 62,0 10//0,10 //0,15
V5 11,2 62,0 //0,10 //0,20
Tabela 5-36 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona(s) crítica(s) da(s) viga(s), estrutura 1.3/2.3 DCM

- Pilares - (Ver Peça Desenhada nº11)


Na tabela 5.37 apresentam-se as dimensões, o comprimento da(s) zona(s) crítica(s) e o nível de carga axial para
os respectivos grupos de pilares. Os valores obtidos para o esforço axial reduzido encontram-se dentro do
padrão regulamentar. Note-se que apesar de a estrutura ser a mesma que para a zona sísmica 1.5/2.4DCM, o
aumento da acção sísmica provoca um aumento da carga axial nos pilares para a situação sísmica de cálculo.

62
Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νdmáx
1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,20 0,55 0,55
2 P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 0,80 0,20 0,80 0,48
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,20 0,55 0,45
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,35 0,35 0,47 0,42
5 P4D, P4F 0,80 0,20 0,80 0,52
6 P2D, P2F, P5D, P5F 0,80 0,20 0,80 0,59
7 P3D, P3F 0,40 0,20 0,47 0,53
Tabela 5-37 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.3/2.3 DCM

Relativamente à obtenção dos momentos flectores de cálculo para os pilares procedeu-se de igual modo que
para a zona sísmica 1.5/2.4DCM visto tratar-se também de uma estrutura porticada nas duas direcções. Na
tabela 5-38 apresentam-se as armaduras longitudinais colocadas nos pilares em função dos esforços de cálculo
obtidos que podem ser consultados no anexo K, bem como as correspondentes percentagens mínimas e
máximas de armadura. Para o cálculo recorreu-se ao programa já citado em 5.2.6.

Piso Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7


4 16 4 16 4 20
6 ao topo + 20 12 + 8 + + +
8 12 6 12 10 12 12 12 6 12
4 16 16 4 20
0 ao 6 + 16 12 + 8 + + +
8 12 6 12 10 12 12 12 6 12
16 16 4 20
-2 ao 0 - - - - + + +
10 12 12 12 6 12
As,min (cm2) 21,60 18,08 18,84 25,12 23,36 21,60 19,34
As,máx (cm2) 21,60 22,60 18,84 25,12 23,36 21,60 19,34
% Mínima 1,96 1,13 1,71 2,05 1,46 1,35 2,42
% Máxima 1,96 1,41 1,71 2,05 1,46 1,35 2,42
Tabela 5-38 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.3/2.3 DCM

Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares estão dentro dos padrões
regulamentares (1 a 4 %). Os valores dos momentos flectores resistentes para os pilares obtiveram-se em
função da armadura longitudinal colocada considerando sempre os esforços axiais condicionantes.
Posteriormente, obtiveram-se os valores de esforço transverso de cálculo através da regra de cálculo pela
capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16. Os resultados apresentam-se na tabela.5-39.

Grupo Pilares Lcr (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y Asz/s (cm2/m) Asy/s (cm2/m)
1 2,35 276,0 93,0 258,4 87,1 12,94 13,90
2 2,30 438,0 106,80 418,9 102,2 14,08 16,30
3 2,35 245,0 82,0 229,4 79,8 11,50 12,25
4 2,30 197,0 197,0 188,4 188,4 15,53 15,53
5 2,35 415,0 113,0 388,5 105,8 13,05 16,89
6 2,35 405,0 113,0 379,1 105,8 12,74 16,89
7 2,35 140,7 75,0 131,7 70,2 9,35 11,21
Tabela 5-39 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.3/2.3 DCM

Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obteve-se a armadura transversal a
colocar e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Estes apresentam-se nas tabelas 5-40 e 5-41.

63
Grupo Armadura Colocada 2
d(m) z(m) As/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,32 484,71
2 0,76 0,69 8//0,05 20,10 598,06 722,31
3 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,32 484,71
4 0,31 0,28 10//0,10 15,70 190,54 515,59
5 0,76 0,69 8//0,05 20,10 598,06 722,31
6 0,76 0,69 8//0,05 20,10 598,06 722,31
7 0,36 0,32 //0,05 11,30 159,26 342,15
Tabela 5-40 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.3/2.3 DCM

Grupo Armadura Colocada 2


d (m) z (m) As/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 37,20 233,02 418,18
2 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
3 0,16 0,14 6//0,05 + 6//0,05 28,20 198,73 418,18
4 0,31 0,28 10//0,10 15,70 190,54 515,59
5 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
6 0,16 0,14 8//0,05 + 6//0,05 48,40 303,18 608,26
7 0,16 0,14 6//0,05 + 6//0,05 22,60 141,57 304,13
Tabela 5-41 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.3/2.3 DCM
Da aplicação da expressão 4.27 obteve-se o valor do espaçamento máximo entre cintas na(s) zona(s) crítica(s)
dos pilares. Os resultados apresentam-se na tabela 5-42, bem como a armadura transversal colocada dentro e
fora da(s) zona(s) crítica(s) dos pilares.
Zona Crítica Base Restantes Zonas Críticas ½ vão
Grupo
Smáx Cinta Cintas Cinta Cintas Cinta Cintas
Pilares
(cm) Exterior Interiores/Ganchos Exterior Interiores/Ganchos Exterior Interiores
1 5,5 10//0,05 10//0,05 8//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
2 5,5 8//0,05 10//0,05 8//0,05 6//0,05
3 5,5 10//0,05 8//0,05 6//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
4 12,8 //0,10 //0,10 //0,10 //0,10
5 5,5 10//0,05 10//0,05 8//0,05 6//0,05
6 5,5 12//0,05 10//0,05 8//0,05 6//0,05
7 5,5 10//0,05 10//0,05 6//0,05 6//0,05 8//0,20 6//0,20
Tabela 5-42 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura 1.3/2.3 DCM
A ductilidade necessária na base dos dos pilares é garantida caso o confinamento seja o adequado. Deve
verificar-se a condição 4.22 para a armadura transversal colocada no pilar considerando um valor mínimo do
factor de ductilidade em curvatura. Na tabela 5-43 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para
a verificação. Os cálculos efectuados para determinar o valor dos parâmetros encontram-se no anexo K.
Grupo ωwd,real
νdm,máx bc b0 α αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,55 0,47 1,05 0,49 0,49>0,41
2 0,48 0,20 0,11 0,46 0,79 0,36 0,36>0,35
3 0,45 0,47 0,77 0,36 0,36>0,33
4 6,8 0,42 0,35 0,26 0,48 0,47 0,23 0,23>0,21
5 0,52 0,46 0,88 0,40 0,40>0,38
6 0,59 0,20 0,11 0,46 0,95 0,44 0,44=0,44
7 0,53 0,47 0,89 0,42 0,42>0,40
Tabela 5-43 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCM
Atesta-se pelos valores apresentados que é garantido o adequado confinamento na base dos pilares.

64
5.4 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.2/2.3 - Ductilidade Média.

A esta nova zona sísmica corresponde uma acção ainda mais intensa que a anteriormente definida para a zona
sísmica 1.3/2.3 DCM. Com o objectivo de obter uma solução estrutural que verifique os estados limites
regulamentares para esta nova zona sísmica, efectuou-se uma primeira iteração considerando a estrutura final
referente às zonas sísmicas 1.5/2.4DCM e 1.3/2.3DCM. Assim, a classificação estrutural, a regularidade em
altura e em planta da mesma, bem como o coeficiente de comportamento mantêm-se. Obtidos os resultados
constatou-se que, quer na direcção X, quer na direcção Y, o deslocamento relativo entre pisos era ligeiramente
superior ao valor limite que garante a verificação do estado limite de utilização em alguns pisos (dr –
considerando painéis de enchimento de alvenaria entre elementos estruturais verticais). Relativamente ao
estado limite último, a sensibilidade da estrutura aos efeitos de segunda ordem é a mesma que a das duas
zonas sísmicas já estudadas pois obtiveram-se valores de Θ iguais.

Perante esta situação havia necessidade de aumentar a rigidez da estrutura para diminuir o valor dos
deslocamentos.

Na direcção X, por razões arquitectónicas não se demonstrou viável aumentar a dimensão dos pilares, com
excepção dos pilares que definem os pórticos interiores, e consequentemente a rigidez lateral da estrutura. Na
direcção Y, os pilares que contribuem maioritariamente para a rigidez lateral nesta direcção possuem uma
relação comprimento/largura limite. Um possível aumento do seu comprimento, viável do ponto de vista
arquitectónico, poderia classificá-los como paredes estruturais, por conseguinte o sistema estrutural nesta
direcção mudaria.

A fim de conferir a rigidez suficiente à estrutura que garantisse a verificação dos estados limites
regulamentares tendo em consideração as condicionantes apresentadas para cada uma das direcções,
introduziram-se paredes estruturais nas duas direcções reajustando-se a dimensão dos pilares. Esta decisão
teve por base a tentativa de querer manter igual a largura dos elementos estruturais (b = 20 centímetros -
excepto nos pilares de canto) e o número de apoios verticais do piso para todas as estruturas projectadas para
o nível de ductilidade média. Neste sentido, a alternativa adoptada demonstrou-se a mais viável.

De seguida realizou-se uma análise para a referida estrutura de paredes verificando-se que apesar de
cumpridos os estados limites haveria necessidade de aumentar a largura das paredes estruturais de 20 para 25
centímetros no sentido de salvaguardar o estado limite último relativo ao esforço transverso. Para as vigas e os
pilares considerou-se igualmente a mesma largura que as paredes estruturais por forma a garantir uma
transmissão eficaz de esforços entre eles.

Posteriormente, idealizando que a espessura dos elementos seria 25 centímetros e não 20, concluiu-se que
uma possível estrutura resultante da alteração das dimensões dos elementos da estrutura porticada referente
às zonas sísmicas 1.5/2.4DCM e 1.3/2.3DCM verificaria os estados limites. Para tal, bastaria aumentar em 5
centímetros o comprimento dos pilares e a altura das vigas cuja arquitectura o permite.

Todavia, optou-se pela solução com paredes estruturais de 25 centímetros, desde já analisada e dimensionada,
como alternativa final para esta zona sísmica pois verifica igualmente os estados limites regulamentares.

65
A disposição dos elementos em planta e as suas dimensões apresentam-se na figura 5-6 e na peça desenhada
nº12.

Período de Vibração
Fundamental da Estrutura

T1X = 1,06s

T1Y = 1,12s

Figura 5-6 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.2/2.3 – Ductilidade média

5.4.1 - Regularidade da estrutura

 Planta

Dado que:

1 - As condições 1 a 4 relativas à regularidade em planta verificam-se pois as alterações efectuadas na estrutura


não poem em causa a sua validade;

2 - A condição 5 também se verifica, pois em cada direcção a excentricidade estrutural, eox ou eoy é inferior a
30% do raio de torção r, sendo este em cada direcção superior ou igual ao raio de giração da massa do piso (ls)
(Ver Anexo J – Tabelas A 21 a A 23);

Os critérios 1 a 5 apresentados em 3.1.3 que definem a regularidade em planta da estrutura verificam-se, por
conseguinte a estrutura é classificada de regular em planta.

 Altura
Não se efectuou nenhuma alteração estrutural que prejudique, no que à regularidade em altura diz respeito, as
condições da estrutura já citadas para as zonas sísmicas anteriores logo a estrutura é regular em altura.

66
5.4.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento

A resistência às acções horizontais da solução estrutural apresentada é assegurada por dois tipos de elementos
estruturais distintos, as paredes estruturais e os pilares. Em função da percentagem de absorção das forças
sísmicas que cada tipo aufere é determinado o tipo de sistema estrutural em cada direcção. Para o efeito,
aplicou-se no centro de rigidez do piso 8 uma força de valor 1000KN de forma independente nas duas
direcções ortogonais. Os resultados obtidos apresentam-se na tabela 5-44.

Direcção Força Aplicada (KN) % Paredes % Pilares Sistema Estrutural


X 1000 75,1 24,9 Sistema de Paredes não acopladas
Y 1000 75,7 24,3 Sistema de Paredes não acopladas
Tabela 5-44 – Classificação estrutural, estrutura 1.2/2.3DCM

O sistema estrutural em cada direcção classifica-se como um Sistema de Paredes. O valor básico do coeficiente
de comportamento para este tipo de sistema estrutural é 3,0. Este valor não é passível de redução pois a
estrutura é regular em planta e em altura. Os parâmetros e Kw tomam os seguintes valores em cada
direcção:

Direcção x,

Logo,

Direcção Y,

Logo,

Por aplicação da expressão 4.1, obteve-se o valor do coeficiente de comportamento a adoptar em cada
direcção. Estes apresentam-se na tabela 5-45.

Direcção q0 Kw q
X 3,0 1,0 1,0 3,0
Y 3,0 1,0 1,0 3,0
Tabela 5-45 – Valores dos coeficientes de comportamento, estrutura 1.2/2.3 DCM

5.4.3 - Análise Dinâmica da estrutura

Os resultados referentes à análise dinâmica da estrutura apresentam-se na tabela A 14 do anexo I.


Consideraram-se 12 modos de vibração atingindo-se uma percentagem de massa superior a 90% em cada
direcção. Em função do período de vibração fundamental da estrutura e do valor básico do coeficiente de

67
comportamento em cada direcção determinou-se o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura
associado à(s) zona(s) critíca(s) dos elementos.

Dado que , para as paredes estruturais, por aplicação da expressão 4.7 obtém-se

*considerou-se por simplificação igual a 1 o quociente entre o momento de cálculo e resistente para o cálculo
do valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura das paredes para todas as zonas sísmicas em estudo.

Para os pilares e vigas o valor do factor de ductilidade é obtido igualmente da aplicação da expressão 4.7. Dado
que , por aplicação da expressão 4.7 obtém-se

Para realizar a análise consideraram-se os espectros de cálculo apresentados na figura 5-7.

2,40
2,20
2,00
1,80
1,60
Sd(T)(m/s2)

1,40
1,20 Sismo Tipo I
1,00
Sismo Tipo II
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Período (s)

Figura 5-7 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.2/2.3DCM.

Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não apresenta nenhuma das
características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

5.4.5 - Verificação Estado Limite Utilização

Tal como para as zonas sísmicas anteriormente estudadas, os painéis de enchimento entre elementos
estruturais são constituídos por alvenaria de tijolo, por conseguinte o estado limite de utilização verifica-se
caso o valor do deslocamento relativo entre pisos para a situação sísmica de cálculo não exceda o valor limite
que cumpre a condição 3.11. Os valores obtidos apresentam-se nas tabelas 5-46 e 5-47 e são inferiores ao valor
limite.

68
Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,469 1,407 0,400 0,563 280 1,400
2 0,660 1,979 0,400 0,792 280 1,400
3 0,749 2,248 0,400 0,899 280 1,400
4 0,759 2,277 0,400 0,911 280 1,400
5 0,716 2,149 0,400 0,859 280 1,400
6 0,642 1,927 0,400 0,771 280 1,400
7 0,557 1,670 0,400 0,668 280 1,400
8 0,471 1,412 0,400 0,565 280 1,400
9 0,527 1,580 0,400 0,632 280 1,400
Tabela 5-46 – Verificação estado limite utilização segundo X, estrutura 1.2/2.3 DCM.

Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h(cm) 0,005h (cm)
1 0,537 1,612 0,400 0,645 280 1,400
2 0,803 2,410 0,400 0,964 280 1,400
3 0,862 2,587 0,400 1,035 280 1,400
4 0,816 2,448 0,400 0,979 280 1,400
5 0,718 2,154 0,400 0,861 280 1,400
6 0,591 1,772 0,400 0,709 280 1,400
7 0,452 1,356 0,400 0,542 280 1,400
8 0,319 0,958 0,400 0,383 280 1,400
9 0,199 0,597 0,400 0,239 280 1,400
Tabela 5-47 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.2/2.3 DCM.

5.4.6 - Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem

Na tabela 5.48 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10 que
define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Piso drx/h dry/h VX total (KN) Vy total (KN) P total (KN) Θx Θy


Θ Θ
1 0,00502 0,00576 3392 3258 29505 0,04 0,05 1,00 1,00
2 0,00707 0,00861 3298 3167 25806 0,06 0,07 1,00 1,00
3 0,00803 0,00924 3109 2986 22107 0,06 0,07 1,00 1,00
4 0,00813 0,00874 2825 2714 18407 0,05 0,06 1,00 1,00
5 0,00767 0,00769 2448 2351 14708 0,05 0,05 1,00 1,00
6 0,00688 0,00633 1975 1897 11009 0,04 0,04 1,00 1,00
7 0,00597 0,00484 1409 1353 7309 0,03 0,03 1,00 1,00
8 0,00504 0,00342 748 718 3610 0,02 0,02 1,00 1,00
9 0,00494 0,00187 82 79 351 0,02 0,01 1,00 1,00
Tabela 5-48 – Verificação dos efeitos de 2ºrodem, estrutura 1.2/2.3 DCM.

De acordo com os resultados obtidos não há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem.

69
 Dimensionamento

- Vigas - (Ver Peça Desenhada nº13)

Para a estrutura referente a esta zona sísmica, as dimensões das vigas são as apresentadas na tabela 5-49. Em
função das mesmas apresenta-se o comprimento da(s) zona(s) crítica(s) e as respectivas áreas de armadura
mínima e máxima.

EC2 EC8
Viga b (m) h (m) d (m) lcr (m) 2
Asmin (cm ) Asmáx (cm2) Asmin (cm2)
V1 0,25 0,50 0,45 0,50 1,70 50,00 3,26
V2 0,25 0,45 0,41 0,45 1,55 45,00 2,97
V3 0,25 0,45 0,41 0,45 1,55 45,00 2,97
V5 0,25 0,45 0,41 0,45 1,55 45,00 2,97
Tabela 5-49 – Características geométricas, área mínima e máxima de armadura para as vigas, estrutura 1.2/2.3DCM

Neste caso, os valores dos momentos flectores das vigas retirados directamente do modelo para a situação
sísmica de cálculo não são passíveis de amplificação pois não há necessidade de contabilizar os efeitos de
segunda ordem.

Na tabela 5-50 apresentam-se os valores dos momentos flectores de cálculo condicionantes nas respectivas
secções das vigas, tal como a respectiva área necessária de armadura longitudinal a colocar em cada uma
delas.

Momentos Modelo (KN.m) Armadura Necessária (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo Parede A. Interno A. Externo Parede
-272,00 -204,00 -184,00
M- 15,25 11,44 10,32
Piso 2 Piso 2 Piso 2
V1
+ 234,53 139,50 119,00
M 13,15 7,82 6,67
Piso 2 Piso 2 Piso 2
-120,00 -158,23
M- - 7,46 9,83 -
Piso 2 Piso 2
V2
118,50 117,00
M+ - 7,36 7,27 -
Piso 2 Piso 2
- -122,26 -149,82
M - 7,60 9,31 -
Piso 2 Piso 2
V3
99,69 85,83
M+ - 6,19 5,33 -
Piso 2 Piso 2
-215 / -97
M- - -91,98 13,36 / 6,03 - 5,71
Piso 1
V5
162 / 104
M+ - 60,11 10,07 / 6,46 - 3,73
Piso 1
Tabela 5-50 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM.

Posteriormente, na tabela 5-51 apresenta-se a armadura colocada em cada secção das vigas que se traduz num
valor de momento flector resistente, os quais se apresentam na tabela 5-52.

70
Armadura Longitudinal Colocada
Viga As
A. Interno A. Externo Parede ½Vão
20 3 16+2 20 20 / 2 16+2 20 20
Superior 2 2 2 2 2
(15,71cm ) (12,31cm ) (12,31cm /10,30cm ) (6,28 cm )
V1
20 16+ 20 20 / 2 16+2 20 20
Inferior 2 2 2 2 2
(15,71cm ) (8,29cm ) (12,31cm /10,30cm ) (6,28 cm )
2 16+2 20 2 16+2 20 2 16+2 20
Superior -
(10,30cm2) (10,30cm2) (10,30cm2)
V2
16 16 16
Inferior -
(8,04 cm2) (8,04 cm2) (8,04 cm2)
16 2 16+2 20 16
Superior 2 2 - 2
(8,04 cm ) (10,30cm ) (4,02 cm )
V3
16 16 16
Inferior -
(8,04 cm2) (6,03cm2) (4,02 cm2)
4 16+2 20 /4 16 4 16
Superior - -
(14,32cm2/ 8,04cm2) (8,04cm2)
V5
16+2 12 / 4 16 2 16 / 4 16
Inferior - -
(10,30cm2/ 8,04cm2) (4,02cm2/8,04cm2)
Tabela 5-51 – Armadura colocada nas várias secções das vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM.

Momentos Flectores Resistentes - Mrd (KN.m)


Viga
A. Interno A. Externo Parede ½Vão
Superior -280,19 -219,37 -280,19 / -183,70 -112,00
V1
Inferior 280,19 147,85 280,19 / 183,70 112,00
Superior -165,78 -165,78 - -165,78
V2
Inferior 129,40 129,40 - 129,40
Superior -129,40 -165,78 - -64,7
V3
Inferior 129,40 97,05 - 64,70
Superior -230,48 / -129,40 - -129,04 -
V5
Inferior 165,78/ 129,40 - 64,70 / 129,04 -
Tabela 5-52 – Momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM.

De acordo com as armaduras colocas na viga (tabela 5-51), por aplicação das expressões 4-17 e 4-18
obtiveram-se os resultados apresentados na tabela 5-53 referentes à verificação da ductilidade local. Para
calcular a armadura máxima de tracção considerou-se o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura
anteriormente calculado em 5.4.3. A área de armadura colocada não excede em qualquer das vigas o valor
máximo de armadura de tracção determinado para as respectivas zonas críticas. A relação entre a área de
armadura de compressão e tracção também verifica o limite regulamentar para a(s) zona(s) critica(s) das vigas.
Deste modo, asseguradas estas duas condições, encontra-se garantida a ductilidade local para as vigas desde
que salvaguardo o espaçamento máximo entre estribos na(s) zona(s) críticas.

Ascompressão/Astracção Asmáx tracção (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo Parede A. Interno A. Externo Parede
V1 1,00 0,67 1,00 24,27 16,85 20,86/18,86
V2 0,78 0,78 - 15,83 15,83 -
V3 1,00 0,59 - 15,83 13,83 -
V5 0,72/1,00 - 0,50/1,0 18,11/15,84 - 11,82/15,84
Tabela 5-53 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção para vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM

71
Na tabela 5-54 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para calcular o diâmetro máximo dos
varões longitudinais das vigas que atravessam os respectivos nós viga-pilar com adequada aderência. Os
valores obtiveram-se recorrendo às condições 4-59 e 4-60 para nós viga-pilar interiores e exteriores,
respectivamente.

Viga Nó νd kd Ømáx (mm)


Exterior 0,009 - 2/3 1,0 21,15
V1
Interior 0,026 0,65 2/3 1,0 30,84
Exterior 0,009 - 2/3 1,0 21,15
V2
Interior 0,02 0,51 2/3 1,0 22,28
Exterior 0,009 - 2/3 1,0 21,15
V3
Interior 0,035 0,51 2/3 1,0 22,28
Exterior - - 2/3 1,0 -
V5
Interior 0,012/0,007 0,47 2/3 1,0 31,43/16,23
Tabela 5-54 – Diâmetros máximos dos varões longitudinais para nós interiores e exteriores, estrutura 1.2/2.3 DCM

Tal como para as estruturas das zonas sísmicas já estudadas, o valor de esforço transverso de cálculo em vigas
corresponde ao valor máximo entre, o valor retirado directamente do modelo e o valor resultante da aplicação
das expressões 4.13 e 4.14. Os valores de esforço transverso de cálculo para as vigas apresentam-se na tabela
5-55.

Viga L (m) Mrd -esq (KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
219,37 280,19
3,73 52,08 186,01 146,00 186,01
147,85 280,19
183,70 280,19
V1 3,77 49,00 172,05 85,00 172,05
183,70 280,19
280,19 280,19
2,26 48,60 296,50 172,0 296,50
280,19 280,19
165,78 165,78
V2 2,44 38,32 159,30 87,00 159,30
129,40 129,40
129,40 129,40
2,83 34,85 126,30 75,60 126,30
129,40 129,40
V3
165,78 129,40
3,69 44,85 124,84 75,60 124,84
97,05 129,40
230,48 129,40
1,99 44,80 225,64 89,22 225,64
165,78 129,40
V5 129,40 129,40
1,07 15,84 257,71 122,00 257,71
129,40 129,40
129,40 230,48
2,80 41,02 146,44 108,00 146,44
64,70 165,78
Tabela 5-55 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.2/2.3DCM

Em função dos valores de cálculo, aplicando as expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obtiveram-se as armaduras a
colocar na(s) zona(s) crítica(s) da(s) viga(s) e os respectivos valores de esforço transverso resistente.

72
2
Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
0,25 0,41 45 10//0,125 12,56 221,28 534,6
V1 0,25 0,41 45 8//0,100 10,06 177,23 534,6
0,25 0,41 45 12//0,125 18,10 318,88 534,6
V2 0,25 0,37 45 //0,10 10,06 161,48 487,08
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
V3
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
0,25 0,37 45 10//0,10 15,70 252,01 487,08
V5 0,25 0,37 45 10//0,10 22,62 363,08 487,08
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
Tabela 5-56 – Valores do esforço transverso resistente em vigas, estrutura 1.2/2.3DCM

Para as vigas, o espaçamento máximo entre estribos dentro das zonas críticas é condicionado pela
regulamentação do EC8. No resto da viga o espaçamento máximo é determinado de acordo com o EC2. Os
valores de espaçamento obtidos resultam da aplicação das expressões 4.20 e 10.9 do Anexo C,
respectivamente. A tabela 5-57 resume os valores obtidos, bem como as armaduras transversais colocadas nas
vigas.

Espaçamento (cm) Armadura Transversal


Viga
Zona Crítica - EC8 ½ vão - EC2 Zona Critica ½ vão
10//0,125 10//0,175
V1 12,5 75,0 //0,100 //0,200
12//0,125 10//0,100
V2 11,2 68,0 //0,100 //0,200
8//0,10 0 8//0,200
V3 11,2 68,0
//0,100 //0,200
10//0,100 8//0,200
V5 11,2 68,0 12//0,100 8//0,200
8//0,100 8//0,200
Tabela 5-57 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s) das vigas, estrutura 1.2/2.3 DCM.

- Pilares – (Ver Peça Desenhada nº14)


Na tabela 5.58 apresentam-se as dimensões dos pilares, o comprimento das zonas críticas e os valores de
esforço axial reduzido para a situação sísmica de cálculo. Os valores obtidos apresentam-se inferiores aos
limites regulamentares definidos para estruturas projectadas para o nível de ductilidade média.

Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νd


1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,25 0,55 0,51
2 P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 0,80 0,25 0,80 0,46
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,25 0,55 0,40
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,42 0,42 0,47 0,37
5 P4D, P4F 0,80 0,25 0,80 0,50
7 P3D, P3F 0,40 0,25 0,47 0,62
Tabela 5-58 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.2/2.3 DCM

O facto da estrutura referente a esta zona sísmica se classificar do tipo parede dá liberdade a que os momentos
flectores de cálculo dos pilares possam ser retirados directamente do modelo para a situação sísmica de
cálculo não existindo necessidade de verificar a regra de cálculo pela capacidade real número 2 relativa ao
equilíbrio nos nós entre momentos flectores de vigas e pilares.

73
A garantia da ductilidade global para este tipo de estruturas requere fortemente que a ductilidade necessária
para a zona crítica das paredes estruturais (base) seja assegurada. É essencial que seja garantida a ductilidade
necessária nas zonas críticas dos restantes elementos estruturais evitando-se assim mecânicos de rotura
frágeis.

A tabela 5-59 resume as armaduras longitudinais colocadas nos pilares em função dos esforços de
dimensionamento obtidos que podem ser consultados em anexo K. Para cálculo da armadura dos pilares
recorreu-se ao programa de cálculo automático já utilizado nas zonas sísmicas estudadas anteriormente. Na
tabela 5-59 encontram-se também as percentagens mínimas e máximas de armadura colocada nos pilares.

Piso Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 7


0 ao topo 16+10 12 +12 12 20+8 12 20 16+14 12 +8 12
-2 a 0 - - - - 16+14 12 +8 12
As,min (cm2) 19,34 32,42 21,62 37,70 23,86 27,88
As,máx (cm2) 19,34 32,42 21,62 37,70 23,86 27,88
% Mínima 1,40 1,62 1,57 2,13 1,49 2,79
% Máxima 1,40 1,62 1,57 2,13 1,49 2,79
Tabela 5-59 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.2/2.3 DCM.
Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares encontram-se dentro dos valores
regulamentares (1 a 4 %).

Perante a armadura longitudinal colocada em cada pilar determinaram-se os valores de momentos flectores
resistentes em cada direcção. Para o efeito considerou-se sempre os esforços axiais condicionantes. Através da
regra de cálculo pela capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16 calcularam-se os esforços
transversos de cálculo para os pilares. A tabela 5.70 resume os valores obtidos.

Grupo Pilares L (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y Asz/s (cm2/m) Asy/s (cm2/m)
1 2,35 258,00 132,00 241,53 123,57 12,10 15,04
2 2,30 624,00 198,00 596,87 189,39 20,06 23,04
3 2,35 310,00 140,00 290,21 131,07 14,53 15,94
4 2,30 338,00 338,00 323,30 323,30 21,73 21,73
5 2,35 494,00 180,00 462,47 168,51 15,54 20,50
7 2,35 245,00 86,40 229,36 80,89 14,29 9,88
Tabela 5-60 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.3/2.3 DCM

Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obteve-se a armadura transversal a
colocar e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Estes apresentam-se nas tabelas 5-61 e 5-62.

Grupo Armadura Colocada


d (m) z (m) As/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,51 0,46 8//0,075 13,47 267,55 605,88
2 0,76 0,68 10//0,075 20,90 621,86 902,88
3 0,51 0,46 10//0,075 20,90 417,30 605,88
4 0,38 0,34 //0,125 + //0,125 25,14 374,00 785,42
5 0,76 0,68 10//0,075 20,90 621,86 902,88
7 0,36 0,32 10//0,075 20,90 335,48 487,08
Tabela 5-61 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.2/2.3 DCM.

74
Grupo Armadura Colocada 2
d (m) z (m) As/s (cm /m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,21 0,19 8//0,075 + 6//0,075 21,07 173,23 548,86
2 0,21 0,19 10//0,075 + 6//0,075 36,00 295,97 798,34
3 0,21 0,19 10//0,075 + //0,075 32,26 265,26 548,86
4 0,38 0,34 //0,125 + //0,125 25,14 374,00 785,42
5 0,21 0,19 10//0,075 + //0,075 36,00 295,97 798,34
7 0,21 0,19 10//0,075 + //0,075 28,53 234,56 339,17
Tabela 5-62 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.2/2.3 DCM

O valor do espaçamento máximo entre cintas na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares obteve-se através da expressão
4.27. Os valores obtidos apresentam-se na tabela 5-63, bem como a armadura transversal colocada dentro e
fora da(s) zona(s) crítica(s) dos pilares.

Zona Crítica Base Restantes Zona Críticas ½ vão


Grupo
Smáx Cinta Cintas Cinta Cintas Cinta Cintas
Pilares
(cm) Exterior Int./Ganchos Exterior Int./Ganchos Exterior Interiores
1 8,0 10//0,075 8//0,075 //0,075 6//0,075 8//0,20 6//0,20
2 8,0 10//0,075 8//0,075 10//0,075 6//0,075 - -
3 8,0 10//0,075 6//0,075 10//0,075 6//0,075 8//0,175 //0,175
4 16,0 10//0,125 10//0,125 10//0,125 10//0,125 - -
5 8,0 10//0,075 8//0,075 10//0,075 6//0,075 - -
7 8,0 10//0,075 10//0,075 10//0,075 6//0,075 8//0,15 6//0,15
Tabela 5-63 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s), estrutura 1.2/2.3DCM.

A ductilidade necessária na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares é assegurada caso se verifique a condição 4.22 para
a armadura transversal colocada no pilar, considerando o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura
já calculado em 5.4.3. Na tabela 5-64 apresentam-se os valores dos parâmetros para realizar a verificação.
Os cálculos efectuados encontram-se no anexo K.

Grupo ωwd,real
νdm,máx bc b0 α αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,51 0,55 0,45 0,25 0,25> 0,22
2 0,46 0,25 0,16 0,57 0,37 0,21 0,21>0,20
3 0,40 0,45 0,38 0,17 0,17=0,17
5,0
4 0,37 0,42 0,33 0,54 0,46 0,25 0,25>0,12
5 0,50 0,54 0,46 0,25 0,25>0,22
0,25 0,16
7 0,47 0,52 0,57 0,30 0,30>0,28
Tabela 5-64 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.2/2.3 DCM

De acordo com os resultados apresentados verifica-se que o confinamento existente na base dos pilares é
adequado logo está garantida a ductilidade local dos mesmos.

75
- Paredes Estruturais - (Ver Peça Desenhada nº14)

Na tabela 5.65 apresentam-se as dimensões geométricas das paredes estruturais existentes.

Parede Estrutural
Pa4A,Pa4I 2,0 0,25 22,4
Pa2E,Pa5E 3,4 0,25 22,4
Tabela 5-65 – Dimensões das paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM

Para obter a envolvente de momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, e posteriormente
determinar quais as armaduras longitudinais a colocar nos seus elementos de extremidades é necessário
considerar e calcular o valor do deslocamento vertical al. Este é determinado através da expressão 4.12.

Parede Estrutural z(m)


Pa4A,Pa4I 1 1,6 1,6
Pa2E,Pa5E 1 2,7 2,7
Tabela 5-66 - Valores do deslocamento vertical al para cálculo da envolvente de momentos flectores, estrutura 1.2/2.3DCM

Conservativamente, e por facilidade de cálculo, considerou-se al igual a 2,80 metros para as duas paredes
estruturais existentes. A envolvente de cálculo dos momentos flectores adoptada para o dimensionamento das
paredes apresenta-se na figura 5-8. Os valores de cálculo que definem o gráfico apresentam-se no anexo L.

25

20
Momentos Flectores
Paredes Pa2E e Pa5E
15
Altura (m)

10 Momentos Flectores
Paredes Pa4A e Pa4I
5

0
7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0
Momento Flector (KN.m)

Figura 5-8 – Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM.

A armadura longitudinal a colocar nos elementos de extremidade das paredes é determinada através da força
de tracção máxima que se instala nos mesmos. Para determinar esta armadura deve considerar-se a armadura
vertical colocada na alma da parede cujo valor mínimo é obtido da aplicação da expressão 10.12 do Anexo C e
o valor mínimo de esforço axial que a parede está sujeita. De acordo com a largura das paredes estruturais
existentes obteve-se uma armadura vertical mínima por face de 2,5cm 2/m. A tabela 5-67 resume as forças de
tracção máximas instaladas e as respectivas armaduras colocadas nos elementos de extremidade das paredes
estruturais. As taxas de armadura longitudinal para os elementos de extremidade encontram-se dentro dos
valores regulamentares ).

76
Parede
Piso Ft Máxima (KN) As necessária As colocada
Estrutural
2 2
3a7 0,38 5,24cm /m/face 848 19,49cm 0,023
(22,12cm2)
Pa4A,Pa4I
2 2
0a2 0,38 5,24cm /m/face 1255 28,85cm 0,032
(30,03cm2)
3a7 0,55 3,93cm2/m/face 429 9,86cm2 2 0,013
(18,10cm )
Pa2E,Pa5E
2 2
-2 a 2 0,55 3,93cm /m/face 672 15,44cm 0,013
(18,10cm2)
Tabela 5-67 – Forças de tracção e armaduras colocadas nos elementos de extremidade das paredes, estrutura 1.2/2.3 DCM.

Considerando a abordagem feita em 4.4.3 relativamente ao esforço transverso de cálculo para paredes
estruturais, considerou-se a envolvente de cálculo apresentada na figura 5-9 para cálculo das armaduras
transversais. Os valores de esforço transverso obtidos do modelo e de cálculo apresentam-se no anexo L. Dessa
mesma tabela retiraram-se os valores condicionantes de esforço transverso para cálculo das armaduras
transversais dentro e fora da zona crítica das paredes. Estes valores apresentam-se na tabela 5-68.

25

20

15
Altura (m)

Esforço transverso de cálculo


para Paredes Pa2E e Pa5E
10
Esforço Transverso de cálculo
para Parades Pa4A e Pa4I
5

0
2000 1500 1000 500 0
Esforços transverso (KN)

Figura 5-9 – Envolvente de esforço transverso de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM.

Parede Estrutural Piso Vz,ED,modelo(KN) Vz,ED (KN)


3a7 - 889,5
Pa4A,Pa4I
0a2 1186,0 1779,0
3a7 - 1389,0
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 1216,0 1824,0
Tabela 5-68 – Valores de esforço transverso de cálculo dentro e fora da zona crítica das paredes, estrutura 1.2/2.3 DCM

Para cálculo das armaduras transversais das paredes estruturais considerou-se Θ=45º. A armadura transversal
colocada que verifica a segurança apresenta-se na tabela 5-69.

Parede Estrutural Piso Armadura Adoptada (cm2/m) z(m) Vrd (KN) Vz,máx (KN)
3a7 12//0,150 15,08 1,6 45 1049,6 3590,4
Pa4A,Pa4I
0a2 12//0,075 30,16 1,6 45 2095,0 3590,4
3a7 12//0,150 15,08 2,7 45 1784,3 2112,0
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 12//0,075 30,16 2,7 45 2112,0 2112,0
Tabela 5-69 – Armadura transversal adoptada segundo Z nas paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM

77
Para determinar as armaduras de confinamento a colocar na zona crítica das paredes é necessário saber o nível
de esforço axial que a mesma está sujeita. Os valores máximos de esforço axial reduzido obtidos para a
situação sísmica de cálculo apresentam-se na tabela 5-70. Os valores apresentados são inferiores ao valor
máximo regulamentado pelo EC8.

Parede Estrutural νd
Pa4A,Pa4I 0,22
Pa2E,Pa5E 0,24
Tabela 5-70 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura 1.2/2.3 DCM.

A altura da zona crítica das paredes determinou-se através das expressões 4.28 e 4.29. Assim para Pa4A,Pa4I,

mas,

Para Pa2E,Pa5E,

mas,

O espaçamento máximo entre cintas nos elementos de extremidade da zona crítica das paredes determina-se
através da expressão 4.27 como se de um pilar se tratasse.

Assim,

Como tal adoptou-se s = 0,075m em todas as paredes existentes.

Os cálculos relativos ao adequado confinamento da zona cítica das paredes apresentam-se no anexo L. A tabela
5-71 resume os valores dos parâmetros necessários para verificação da expressão 4.30 que garante a
ductilidade local das paredes estruturais para o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura calculado
em 5.4.3.

Parede ωwd,real
νd,máx bc b0 α
Estrutural μ ν ε
Pa4A,Pa4I 0,22 0,0565 0,454 0,303 0,137>0,106
5 0,25 0,16
Pa2E,Pa5E 0,24 0,0463 0,433 0,263 0,114>0,111
Tabela 5-71 – Verificação do adequado confinamento para a zona crítica das paredes estruturais, estrutura 1.2/2.3 DCM

78
5.5 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.5/2.4 - Ductilidade Alta.

Para esta nova zona sísmica, numa primeira iteração considerou-se como estrutura base a referente às zonas
sísmicas 1.5/2.4 e 1.3/2.3 DCM, cujo sistema estrutural é porticado nas duas direcções (f=0,65Hz e f=0,67Hz).
Os valores obtidos para o parâmetro (Θ) que contabiliza os efeitos de segunda ordem constataram-se muito
elevados pois rondavam os 0,3, havendo necessidade de os reduzir. De referir também que os pilares desta
estrutura apresentam uma largura inferior à mínima recomendada pelo EC8 para estruturas de ductilidade alta.

Assim, numa segunda iteração alterou-se a largura de todos elementos sismo-resistentes, com excepção dos
pilares de canto, de 20 para 25 centímetros. Verificou-se que houve um ligeiro aumento da rigidez da estrutura
nas duas direcções (f=0,70Hz e f=0,71Hz) que se traduziu numa diminuição dos valores de Θmáx para
aproximadamente 0,25. Apesar da diminuição do valor, existiria ainda a necessidade de realizar uma análise
explícita de segunda ordem.

Numa terceira iteração, alongaram-se os pilares cuja arquitectura o permite até ao limite da proporção l/h = 4
(limite definido no EC8 para o elemento ser classificado como pilar) no sentido de aumentar a rigidez da
estrutura e consequentemente obter valores de Θ inferiores a 0,20. Constatou-se que a rigidez da estrutura
aumentou novamente (f=0,73Hz e f=0,76Hz), no entanto os valores obtidos para Θmáx rondavam os 0,22 nas
duas direções.

Desta forma, havia ainda a necessidade de aumentar a rigidez da estrutura. Uma possível solução passaria por
trocar alguns dos pilares por elementos de maior rigidez - paredes. Como tal, numa quarta iteração considerou-
se como estrutura base a utilizada para a zona sísmica 1.2/2.3DCM. Dada a menor aceleração que a estrutura
está sujeita nesta zona sísmica, diminui-se ligeiramente a sua rigidez global através da redução do
comprimento de alguns pilares, nomeadamente, reduziu-se a maior dimensão dos pilares de bordo até ao
limite que verifica as condições necessárias de aderência para aos varões longitudinais da viga que atravessam
o nó e reduziu-se o comprimento dos pilares interiores salvaguardando sempre o valor máximo regulamentar
de esforço axial reduzido.

A disposição dos elementos em planta e as suas dimensões para esta solução apresentam-se na figura 5-10 e
na peça desenhada nº 15. A solução encontrada cumpre todas as disposições associadas ao projecto de
estruturas de ductilidade alta e verifica os estados limites regulamentares.

Posteriormente à análise e dimensionamento desta solução realizou-se uma nova tentativa no sentido de
encontrar uma estrutura porticada e projectada para o nível de ductilidade elevada que verifique o valor limite
para o parâmetro que define os efeitos de segunda ordem. Considerando como base a estrutura obtida da
terceira iteração, cujo comprimento dos pilares foi aumentado até ao limite respeitando sempre a
arquitectura, aumentou-se também a altura das vigas com o objectivo de aumentar a rigidez da estrutura.
Verificou-se que a rigidez da estrutura aumentou significativamente (f=0,79Hz e f=0,81Hz) o que permitiu obter
valores de Θmáx próximos de 0,20. Esta solução seria igualmente válida para esta zona sísmica, todavia
manteve-se a solução de paredes, já analisada e dimensionada, como solução final.

79
Período de Vibração
Fundamental da Estrutura

T1X = 1,07s

T1Y = 1,18s

Figura 5-10 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.5/2.4 – Ductilidade alta

5.5.1 – Regularidade da Estrutura

 Planta

Comparativamente às restantes estruturas já apresentadas que se classificam como regulares em planta, a


única condição que pode alterar essa designação para a estrutura referente a esta zona sísmica diz respeito à
condição 5 pois é a única cujos valores se alteraram. Segundo Y a estrutura é simétrica logo a excentricidade
estrutural segundo X (eox) é nula. Relativamente ao eixo X, a condição 5 relativa à regularidade em plante é
igualmente cumprida. (Ver Anexo J – Tabelas A 21 e A 22).

Os critérios 1 a 5 apresentados em 3.1.3 que definem a regularidade em planta da estrutura verificam-se, logo
a estrutura é classificada de regular em planta.

 Altura
Não se efectou nenhuma mudança na estrutura que altere as condições já apresentadas, as quais garantem a
regularidade em planta das estruturas referentes às zonas sísmicas já estudadas, logo a mesma classifica-se
como regular em altura.

5.5.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento

Para determinar a percentagem de absorção das forças sísmicas que cada tipo de elemento estrutural aufere
seguiu-se o método já referenciado em 5.4.2. Posteriormente, em função das percentagens obtidas classificou-
se o tipo de sistema estrutural em cada direcção. Os resultados apresentam-se na tabela 5-72.

80
Direcção Força Aplicada (KN) % Paredes % Pilares Sistema Estrutural
X 1000 73,77 26,23 Sistema de Paredes não acopladas
Y 1000 72,42 27,58 Sistema de Paredes não acopladas
Tabela 5-72 – Classificação estrutural, estrutura 1.5/2.4DCH
O valor básico do coeficiente de comportamento para este tipo de sistema estrutural resulta do produto
4,0 . O quociente toma o valor 1,0 pois trata-se de um sistema de paredes unicamente com duas
paredes não acopladas em cada direcção. O valor básico do coeficiente de comportamento não é passível de
redução dado que a estrutura é regular em planta e em altura. Como a geometria das paredes é igual às
existentes na estrutura referente à zona sísmica 1.2/2.3 DCM, os parâmetros e Kw tomam valores iguais aos
já apresentados para essa zona sísmica. Os valores do coeficiente de comportamento a adoptar em cada
direcção apresenta-se na tabela 5-73.

Direcção q0 Kw q
X 4,0 1,0 1,0 4,0
Y 4,0 1,0 1,0 4,0
Tabela 5-73 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.5/2.4 DCH.

5.5.3 - Análise Dinâmica da estrutura

Os resultados referentes à análise dinâmica da estrutura apresentam-se na tabela A 15 do Anexo I.


Considerando o valor do período de vibração fundamental e o valor básico do coeficiente de comportamento
em cada direcção da estrutura determinou-se o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura associado
à(s) zona(s) cítica(s) dos elementos. Dado que , e considerando as razões já apresentadas
em 5.4.3 relativamente à aplicação do quociente (MEd/MRd) para paredes, o valor mínimo do factor de
ductilidade para os três tipos de elemento resulta da aplicação da expressão 4.7. Assim obtém-se,

5.5.4 - Definição do espectro de cálculo

Para realizar a análise consideraram-se os espectros de cálculo apresentados na figura 5-11.

1,40
1,20
1,00
Sd(T)(m/s2)

0,80
Sismo Tipo I
0,60
Sismo Tipo II
0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Período (s)

Figura 5-11 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.5/2.4DCH.

Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não apresenta nenhuma das
características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

81
5.5.5 - Verificação Estado Limite Utilização

Apesar da alteração do nível de ductilidade pretendido para a estrutura, considerou-se igualmente que os
painéis de enchimento entre elementos estruturais são constituídos por alvenaria de tijolo (material frágil),
logo o estado limite de utilização verifica-se caso os valores de deslocamento relativo entre pisos para a
situação sísmica de cálculo não exceda o valor limite que cumpre a condição 3.11. Os valores obtidos
apresentam-se nas tabelas 5-74 e 5-75 e são inferiores ao valor limite.

Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,120 0,48 0,400 0,192 280 1,400
2 0,167 0,67 0,400 0,267 280 1,400
3 0,187 0,75 0,400 0,299 280 1,400
4 0,187 0,75 0,400 0,300 280 1,400
5 0,177 0,71 0,400 0,283 280 1,400
6 0,159 0,64 0,400 0,255 280 1,400
7 0,140 0,56 0,400 0,223 280 1,400
8 0,120 0,48 0,400 0,192 280 1,400
9 0,119 0,47 0,400 0,190 280 1,400
Tabela 5-74 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.5/2.4 DCH

Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,142 0,57 0,400 0,227 280 1,400
2 0,216 0,86 0,400 0,345 280 1,400
3 0,230 0,92 0,400 0,368 280 1,400
4 0,217 0,87 0,400 0,347 280 1,400
5 0,191 0,76 0,400 0,306 280 1,400
6 0,158 0,63 0,400 0,253 280 1,400
7 0,123 0,49 0,400 0,197 280 1,400
8 0,090 0,36 0,400 0,144 280 1,400
9 0,045 0,18 0,400 0,072 280 1,400
Tabela 5-75 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCH

5.5.6 - Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem

Na tabela 5.76 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10 que
define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Piso drx/h dry/h VX,total (KN) Vy,total (KN) Ptotal (KN) Θx Θy


1 0,0017 0,0020 854 776 29248 0,06 0,08 1,00 1,00
2 0,0024 0,0031 830 754 25580 0,07 0,10 1,00 1,00
3 0,0027 0,0033 783 711 21912 0,08 0,10 1,00 1,00
4 0,0027 0,0031 711 646 18243 0,07 0,09 1,00 1,00
5 0,0025 0,0027 616 560 14575 0,06 0,07 1,00 1,00
6 0,0023 0,0023 497 452 10906 0,05 0,06 1,00 1,00
7 0,0020 0,0018 354 322 7238 0,04 0,04 1,00 1,00
8 0,0017 0,0013 188 171 3569 0,03 0,03 1,00 1,00
9 0,0017 0,0006 20 18 341 0,02 0,01 1,00 1,00
Tabela 5-76 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.5/2.4DCH.

De acordo com os resultados obtidos não há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem.

82
 Dimensionamento

- Vigas (Ver Peça Desenhada nº16)

As dimensões e as respectivas áreas de armadura longitudinal mínima e máxima das vigas são iguais às
apresentadas para a estrutura da zona sísmica 1.2/2.3DCM. No entanto, o valor do comprimento da(s) zona(s)
crítica(s) aumenta para estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta. Os valores considerados
apresentam-se na tabela 5-77.

EC2 EC8
Viga b (m) h (m) d (m) lcr (m) 2 2 2
Asmin (cm ) Asmáx (cm ) Asmin (cm )
V1 0,25 0,50 0,45 0,75 1,70 50,00 3,26
V2 0,25 0,45 0,41 0,68 1,55 45,00 2,97
V3 0,25 0,45 0,41 0,68 1,55 45,00 2,97
V5 0,25 0,45 0,41 0,68 1,55 45,00 2,97
Tabela 5-77 – Características geométricas, áreas minimas e máximas de armadura para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH

Tal como para a zona sísmica 1.2/2.3DCM, os valores dos momentos flectores das vigas retirados directamente
do modelo não são passíveis de amplificação pois não há necessidade de contabilizar os efeitos de segunda
ordem. A tabela 5.78 resume os valores dos momentos flectores de cálculo nas respectivas zonas da viga, tal
como a respectiva armadura longitudinal a colocar.

Momentos Modelo (KN.m) Armadura necessária (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo Parede A .Interno A. Externo Parede
-76,32 -81,46 -40,36
M- 4,28 4,57 2,26
Piso 2 Piso 2 Piso 2
V1
41,20 24,15
M+ - 2,31 - 1,35
Piso 2 Piso 2
-47,25 -58,34
M- - 2,98 3,67 -
Piso 2 Piso 2
V2
30,69
M+ - - 1,93 - -
Piso 2
-41,97 -56,17
M- - 2,64 3,54 -
Piso 2 Piso 2
V3
23,40
M+ - - 1,47 - -
Piso 2
-59,34 -41,55
M- - 3,74 - 2,62
Piso 2 Piso 2
V5
42,07
M+ - - 2,65 - -
Piso 2
Tabela 5-78 – Momentos flectores de cálculo e armaduras necessárias para vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH

De acordo com a área necessária em cada secção das vigas determinou-se qual a respectiva armadura
longitudinal a colocar. Em função da armadura colocada determinaram-se os respectivos valores de momento
flector resistente para cada secção da viga.

83
Armadura Longitudinal Colocada Mrd (KN.m)
Viga As
A. Interno A. Externo Parede ½Vão A. Interno A. Externo Parede ½Vão
16 3 16 2 16 16
Sup -107,55 -107,55 -71,70 -71,70
(6,03cm2) (6,03cm ) (4,02cm ) (4,02cm2)
2 2
V1
16 16 2 16 16
Inf 71,70 71,70 71,70 71,70
(4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2)
2 16 2 16 2 16
Sup 2 2 - 2 -63,83 -63,83 - -63,83
(4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm )
V2
16 16 16
Inf - 63,83 63,83 - 63,83
(4,02cm2) (4,02cm )2
(4,02cm2)
16 2 16 16
Sup 2 2 - 2 -63,83 -63,83 - -63,83
(4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm )
V3
16 16 16
Inf - 63,83 63,83 - 63,83
(4,02cm2) (4,02cm2) (4,02cm2)
2 16 2 16
Sup 2 - 2 - -63,83 - -63,83 -63,83
(4,02cm ) (4,02cm )
V5
2 16 2 16
Inf - - 63,83 - 63,83 63,83
(4,02cm2) (4,02cm2)
Tabela 5-79 – Armadura colocada nas várias secções das vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH.

Na tabela 5-80 apresentam-se os resultados necessários para a verificação da ductilidade local nas vigas. Estes
resultam da aplicação das expressões 4-17 e 4-18, considerando as respectivas armaduras colocadas em cada
secção da viga e o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já calculado em 5.5.3. Comparando as
áreas de armadura colocada com os valores máximos apresentados na tabela 5-80 verifica-se que nenhuma
delas é superior. Verifica-se também que o quociente entre as áreas de armadura de compressão e tracção nas
zona(s) crítica(s) das vigas é sempre superior a 0,5. Desta forma está garantida a ductilidade local para as vigas
desde que seja cumprido o espaçamento máximo entre estribos.

Ascompressão/Astracção Asmáx tracção (cm2)


Viga
A. Interno A. Externo Parede A. Interno A. Externo Parede
V1 0,67 0,67 1,00 10,13 10,13 10,13
V2 1,00 1,00 - 9,52 9,52 -
V3 1,00 1,00 - 9,52 9,52 -
V5 1,00 - 1,0 9,52 - 11,82
Tabela 5-80 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estrutura 1.5/2.4DCH

Na tabela 5-81 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para cálculo do diâmetro máximo dos
varões longitudinais das vigas que atravessam os nós viga-pilar com adequada aderência. Os diâmetros obtidos
resultam da aplicação das expressões 4-59 e 4-60 para nós viga-pilar interiores e exteriores, respectivamente.

Viga Nó νd kd Ømáx (mm)

Exterior 0,017 - 1,0 1,2 21,15


V1
Interior 0,040 0,39 1,0 1,2 18,82
Exterior 0,017 - 1,0 1,2 16,89
V2
Interior 0,030 0,42 1,0 1,2 17,82
Exterior 0,017 - 1,0 1,2 16,89
V3
Interior 0,034 0,42 1,0 1,2 17,88
Exterior - - 1,0 1,2 -
V5
Interior 0,010 0,42 1,0 1,2 17,84/12,96
Tabela 5-81 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.5/2.4DCH

84
De acordo com os resultados apresentados na tabela 5-81 verifica-se que para os pilares interiores do grupo 7,
cuja maior dimensão da secção transversal é 40 centímetros, o diâmetro máximo para a qual é garantida a
adequada aderência é 12 milímetros. Visto que, para vigas pertencentes a estruturas DCH o diâmetro mínimo
permitido para os varões longitudinais é 14 milímetros e que na viga V5 se utilizaram varões de 16 milímetros
como se apresenta na tabela 5-79, optou-se por considerar estes pilares como secundários. Os resultados e os
deslocamentos apresentados para a verificação dos estados limites já incluem esta decisão.

O valor de esforço transverso de cálculo para vigas é obtido da aplicação das expressões 4.13 e 4.14 desde que
este seja superior ao retirado directamente do modelo para a situação sísmica de cálculo. Os valores obtidos
apresentam-se na tabela 5-82.

Viga L (m) Mrd -esq(KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
107,55 107,55
3,86 36,00 91,73 49,00 91,73
71,70 71,70
V1
107,55 71,70
2,39 36,00 126,00 49,00 126,00
71,70 71,70
63,83 63,83
V2 2,60 17,50 76,42 72,00 76,42
63,83 63,83
63,83 63,83
V3 2,83 44,80 98,93 67,30 98,93
63,83 63,83
63,83 63,83
2,11 47,50 120,10 67,30 120,10
63,83 63,83
V5 63,83 63,83
1,07 15,80 158,97 67,30 158,97
63,83 63,83
63,83 63,83
2,93 42,90 95,18 67,30 95,18
63,83 63,83
Tabela 5-82 – Valores de esforço transverso de cálculo para as vigas, estrutura 1.5/2.4DCH

Como citado em 4.5.3, para vigas que ligam directamente a pilares há necessidade quantificar o parâmetro ζ
(parâmetro associado à inversão de sinal de esforço transverso devido à acção sísmica) para determinar qual o
método a seguir no cálculo da resistência ao esforço transverso. Os valores de ζ para as vigas da estrutura
referente a esta zona sísmica apresentam-se na tabela 5-83 e resultam da aplicação da expressão 4.41.

Vão Exterior Vão Interior Vão Interior


Viga V (KN)
Pilar exterior Pilar Interior Pilar Interior Pilar Exterior Pilar Interior
Máximo 91,72 91,72 126,00 - -
V1 Mínimo -19,72 -19,72 -36,00 - -
ζ -0,22 -0,22 -0,29 - -
Máximo 76,42 76,42 97,54 97,54 -
V2 Mínimo -41,42 -41,42 -28,54 -28,54 -
ζ -0,54 -0,54 -0,29 -0,29 -
Máximo 76,30 76,30 98,93 98,93 -
V3 Mínimo -6,50 -6,50 -9,33 -9,33 -
ζ -0,09 -0,09 -0,09 -0,09 -
Máximo 95,18 95,18 120,10 120,10 158,97
V5 Mínimo -9,38 -9,38 -25,10 -25,10 -127,37
ζ -0,10 -0,10 -0,21 -0,21 -0,80
Tabela 5-83 – Valores de ζ, estrutura 1.5/2.4 DCH

85
Efectivamente, apenas para as vigas 2 e 5 o valor de ζ é inferior a -0,5. Para estes dois casos há necessidade de
averiguar a necessidade ou não de colocar armadura longitudinal inclinada para resistir ao esforço transverso.
Para a viga viga 2,

e para a viga 5
.

Os valores máximos absolutos de esforço transverso nas extremidades das vigas 2 e 5 são inferiores aos valores
obtidos das expressões, logo a resistência ao esforço transverso de todas as vigas, incluindo as que não ligam
directamente a pilares, deve ser calculada de acordo com a formulação do EC2. Deste modo, considerando os
valores de esforços transversos de cálculo apresentados na tabela 5-82, aplicando as expressões 10.7 e 10.8 do
Anexo C obtiveram-se as armaduras a colocar na(s) zona(s) crítica(s) das viga(s) e os respectivos valores de
esforço transverso resistente.

Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
V1
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
0,25 0,37 45 //0,10 10,06 161,48 487,08
V2
0,25 0,37 45 //0,10 10,06 161,48 487,08
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
V3
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
V5 0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
0,25 0,37 45 8//0,10 10,06 161,48 487,08
Tabela 5-84 – Valores de esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.5/2.4 DCH

Na tabela 5-85 apresentam-se os valores do espaçamento máximo entre estribos para a(s) zona(s) crítica(s) e a
meio vão da viga obtidos através das expressões 4.54 e 10.9 do Anexo C , bem como as respectivas armaduras
transversais colocadas.

Espaçamento (cm) Armadura Transversal


Viga
Zona Crítica - EC8 ½ Vão - EC2 Zona Crítica ½ Vão
V1 9,6 68,0 //0,10 //0,20
V2 9,6 62,0 //0,10 //0,20
V3 9,6 62,0 8//0,10 8//0,20
V5 9,6 62,0 8//0,10 8//0,20
Tabela 5-85 – Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura 1.5/2.4DCH

86
- Pilares - (Ver Peça Desenhada nº17)

O esforço axial reduzido máximo a que os pilares podem estar sujeitos para a situação sísmica de cálculo não
deve ser superior a 0,55 para estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta. Os valores máximos de
esforço axial reduzido e o comprimento da zona crítica para cada grupo apresentam-se na tabela 5-86. Os
valores máximos obtidos são inferiores ao limite máximo permitido pelo EC8.

Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νd máx


1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,25 0,83 0,42
2 P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 0,55 0,25 0,83 0,47
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,25 0,83 0,35
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,40 0,40 0,60 0,28
5 P4D, P4F 0,55 0,25 0,83 0,47
7 P3D, P3F 0,40 0,25 0,60 0,44
Tabela 5-86 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.5/2.4 DCH

Tal como para a estrutura referente à zona sísmica 1.2/2.3DCM, os momentos flectores de cálculo para pilares
podem ser retirados directamente do modelo para a situação sísmica de cálculo.

A tabela 5-87 resume as armaduras longitudinais colocadas nos pilares em função dos esforços de
dimensionamento que podem ser consultados no anexo K. Apresenta também as percentagens mínimas e
máximas de armadura.

Piso Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 7


0 ao topo 16+10 12 +10 12 +10 12 20+10 12 12+ 16
-2 a 0 - - - - 20+10 12 12+ 16
As,min (cm2) 19,34 23,86 19,34 24,12 23,86 10,80
As,máx (cm2) 19,34 23,86 19,34 24,12 23,86 10,80
% Mínima 1,40 1,74 1,40 1,51 1,74 1,08
% Máxima 1,40 1,74 1,40 1,51 1,74 1,08
Tabela 5-87 – Armadura longitudinal dos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.5/2.4 DCH

Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares encontram-se dentro dos
regulamentares (1 a 4 %).

Os valores dos momentos flectores resistentes para os pilares obtiveram-se em função da armadura
longitudinal colocada, considerando sempre os esforços axiais condicionantes. De seguida, através da regra de
cálculo pela capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16 calcularam-se os esforços transversos de
cálculo. Os valores obtidos apresentam-se na tabela 5-88.

Grupo Pilares L (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y Asz/s (cm2/m) Asy/s (cm2/m)
1 2,35 286,00 111,00 316,43 122,81 15,85 14,94
2 2,30 329,00 111,00 371,91 125,48 18,63 15,26
3 2,35 282,00 111,50 312,00 123,36 15,63 15,00
4 2,30 230,00 230,00 260,00 260,00 18,45 18,45
5 2,35 329,00 111,00 364,00 122,80 18,23 14,94
7 2,35 129,00 82,00 142,72 90,72 10,12 11,04
Tabela 5-88 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.5/2.4 DCH

87
Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obteve-se a armadura transversal a
colocar e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Estes apresentam-se nas tabelas 5-89 e 5-90.

Grupo Armadura Colocada


d (m) z (m) As/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx(KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,33 605,88
2 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,33 605,88
3 0,51 0,46 8//0,05 20,10 401,33 605,88
4 0,36 0,32 //0,10 + //0,10 20,10 283,29 684,29
5 0,51 0,46 //0,05 20,10 401,33 605,88
7 0,36 0,32 //0,05 31,42 427,68 427,68
Tabela 5-89 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.5/2.4DCH

Grupo Armadura Colocada


d (m) z (m) As/s (cm2/m) Vrd(KN) Vrd,máx(KN)
Pilares (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
1 0,21 0,19 8//0,05 + 8//0,05 50,20 412,72 548,86
2 0,21 0,19 8//0,05 + 8//0,05 50,20 412,72 548,86
3 0,21 0,19 8//0,05 + 8//0,05 50,20 412,72 548,86
4 0,36 0,32 //0,10 + //0,10 20,10 283,29 684,29
5 0,21 0,19 8//0,05 + 8//0,05 50,20 412,72 548,86
7 0,21 0,19 8//0,05 + 8//0,05 41,40 399,17 399,17
Tabela 5-90 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.5/2.4 DCH

O valor do espaçamento máximo entre cintas na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares resulta da aplicação da
expressão 4.57. Os valores obtidos apresentam-se na tabela 5-91, bem como as armaduras transversais
colocadas dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s) dos pilares.

Zona Crítica Base Restantes Zonas Críticas ½ vão


Grupo
Smáx Cinta Cintas Cinta Cintas Cinta Cintas
Pilares
(cm) Exterior Int./Ganchos Exterior Int./Ganchos Exterior Interiores
1 5,3 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05 6//0,20 6//0,20
2 5,3 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05 6//0,20 //0,20
3 5,3 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05 6//0,20 //0,20
4 9,6 //0,10 //0,10 //0,10 //0,10
5 5,3 8//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05 6//0,20 //0,20
7 5,3 //0,05 //0,05 //0,05 //0,05 8//0,20 8//0,20
Tabela 5-91 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da zona crítica, estrutura 1.5/2.4 DCH

A ductilidade necessária na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares é assegurada caso se verifique a condição 4.22 para
a armadura transversal colocada considerando o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já
calculado em 5.5.3. A tabela 5-92 resume os valores dos parâmetros necessários para realizar a verificação
correspondente ao adequado confinamento das zonas críticas dos pilares. Os cálculos efectuados encontram-
se no anexo K. Atesta-se pelos valores apresentados na tabela que se encontra garantido o adequado
confinamento na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares.

88
ωwd,real αωwd,real μ ν ε
Grupo νd,máx bc b0 α αωwd,real
1 0,42 0,56 0,47 0,26 0,26=0,26
2 0,47 0,25 0,16 0,56 0,54 0,30 0,30=0,30
3 0,35 0,56 0,47 0,26 0,26>0,22
7,0
4 0,28 0,40 0,31 0,57 0,29 0,40 0,17>0,13
5 0,47 0,56 0,55 0,31 0,31>0,30
0,25 0,16
7 0,44 0,46 0,66 0,30 0,30>0,28
Tabela 5-92 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas dos pilares, estrutura 1.5/2.4 DCH.

- Nós Viga Pilar - (Ver Peça Desenhada nº17)


Considerando as respectivas áreas de armadura longitudinal das vigas que atravessam ou amarram nos nós
viga-pilar e os valores de esforço transverso na secção do pilar acima do nó para a situação sísmica de cálculo,
obtiveram-se os esforços transversos de cálculo nos nós através da aplicação das expressões 4.39 e 4.40. Da
expressão 4-49 obteve-se o valor máximo de esforço transverso que garante que não é excedida a resistência
do betão à compressão no nó. Os resultados necessários para a verificação apresentam-se na tabela 5-93.

Grupo Pilares As1 (cm2) As2 (cm2) Vc (KN) VED (KN) Vrd,máx (KN)
1 4,02 4,02 46,00 373,69 597,93
2 6,03 4,02 24,80 499,81 685,01
3 4,02 4,02 35,30 384,39 798,02
4 6,03 - 34,40 280,37 762,85
5 4,02 4,02 36,40 383,29 578,94
Tabela 5-93 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH

Como se verifica pelos valores apresentados, em nenhum dos nós viga-pilar dos vários grupos de pilares é
excedido o valor de esforço transverso máximo, logo não existe rotura por excessiva compressão do betão do
nó.

A armadura transversal horizontal a colocar nos nós viga-pilar resulta da aplicação das expressões 4-51 e 4-52.
Em função da quantidade de armadura horizontal colocada no nó, através da expressão 4-53 calculou-se a
armadura transversal vertical a colocar nas faces interessadas entre os varões de canto do pilar. Na tabela 5-94
apresentam-se todas as armaduras colocadas nos nós. Não se determinaram estas armaduras para o grupo de
pilares 7 visto tratarem-se de pilares classificados como secundários, como já citado anteriormente.

hjc hjw bj Ash Asv Ash Asv


Grupo η nd,máx nd,min 2 2
(m) (m) (m) (cm ) (cm ) colocada colocada
1 0,53 0,46 0,36 0,25 0,40 0,04 9,34 7,96 10//0,05 16/face
2 0,53 0,46 0,41 0,25 0,36 0,04 11,72 8,77 10//0,05 /face
3 0,53 0,46 0,36 0,25 0,30 0,03 9,42 8,02 10//0,05 16/face
4 0,53 0,31 0,36 0,40 0,25 0,02 4,75 2,73 //0,10+ //0,10 /face
5 0,53 0,46 0,36 0,25 0,41 0,01 9,57 8,15 10//0,05 20/face
Tabela 5-94 – Armadura transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH

- Paredes Estruturais - (Ver Peça Desenhada nº17)

Para a estrutura referente a esta zona sísmica, as dimensões das paredes estruturais existentes são as mesmas
que as da zona sísmica 1.2/2.3 DCM. Dado que as dimensões geométricas das paredes estruturais não sofreram

89
alteração, o valor do deslocamento vertical al a considerar para determinar a envolvente de momentos
flectores das paredes é o mesmo que o considerado para a zona sísmica 1.2/2.3 DCM (a l = 2,80 metros). A
envolvente de momentos flectores de cálculo para as paredes estruturais apresenta-se na figura 5-12. Os
valores dos momentos flectores de cálculo que definem o gráfico podem ser consultados no anexo L.

25

20

15

Altura (m)
Momentos Flectores
10 Paredes Pa2E e Pa5E
Momentos Flectores
Paredes Pa4A e Pa4I
5

0
2000 1000 0
Momento Flector (KN.m)

Figura 5-12 – Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.5/2.4 DCH.
O valor da força de tracção máxima que se instalada nos elementos de extremidade é função dos momentos
flectores de cálculo, do valor de esforço axial mínimo que a parede está sujeita e da armadura vertical existente
na alma. Em função do valor obtido para a força de tracção máxima determinou-se a armadura longitudinal a
colocar nos elementos de extremidade (tabela 5-95). Visto tratar-se de uma estrutura projectada para o nível
de ductilidade alta, o valor mínimo da armadura vertical a colocar na alma da parede corresponde ao valor
máximo obtido da aplicação da expressão 10.12 do Anexo C e da expressão 4.58. De acordo com a espessura
que as paredes estruturais em estudo apresentam, obteve-se um valor mínimo para esta armadura de
3,13cm2/m/face. A tabela 5-95 resume o valor das forças de tracção máximas instaladas nos elementos de
extremidade das paredes e as respectivas armaduras longitudinais colocadas.

Parede
Piso Ft Máxima (KN) As necessária As colocada
Estrutural
3a7 0,38 3,93cm2/m/face 239 5,50cm2 0,006
(5,50 cm2)
Pa4A,Pa4I
0a2 0,38 3,93cm2/m/face 239 5,50cm2 0,006
(5,50 cm2)
3a7 0,55 5,24cm2/m/face 308 7,07cm2 2 0,005
(7,07 cm )
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 0,55 5,24cm2/m/face 308 7,07cm2 2 0,005
(7,07 cm )
Tabela 5-95 – Forças de tracção nos elementos de extremidade de paredes e armaduras colocadas, estruturas 1.5/2.4 DCH

As taxas de armadura longitudinal para os elementos de extremidade apresentam valores praticamente


mínimos o que comprova o baixo nível de esforços sísmicos que os elementos sismo-
resistentes estão sujeitos para esta zona sísmica.

90
A abordagem do EC8 relativamente à obtenção dos valores de esforço transverso de cálculo em paredes de
estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta é semelhante à utilizada para estruturas projectadas
para um nível de ductilidade média. A diferença entre ambas reside no valor do factor e que majora os

esforços obtidos da análise para obtenção dos esforços de cálculo. Para estruturas DCH, o valor de e é

determinado através da expressão 4.37. O valor de momento flector resistente na base da parede a considerar
na expressão 4.37 deve calcular-se considerando o valor máximo de esforço axial que a mesma está sujeita por
forma a maximizar o valor de momento flector resistente e consequentemente o valor de e.

Paredes Pa4A, Pa4I,

Paredes Pa2E, Pa5E,

Através da expressão 4.38, obtiveram-se os esforços transversos de cálculo para as paredes estruturais. Os
mesmos podem ser consultados no anexo L. Na figura 5-13 apresenta-se a envolvente de esforço transverso de
cálculo considerada para determinar as armaduras transversais a colocar nas paredes.

25

20
Altura (m)

15 Esforço transverso de cálculo


para Paredes Pa2E e Pa5E
10
Esforço Transverso de cálculo
para Parades Pa4A e Pa4I
5

0
2000 1500 1000 500 0
Esforços transverso (KN)

Figura 5-13 - Envolvente de esforços transversos de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.5/2.4 DCH.
Na tabela 5-96 apresentam-se os valores de esforço transverso de cálculo condicionantes para determinar a
armadura transversal a colocar dentro e fora da(s) zonas(s) crítica(s) das paredes.

Parede Estrutural Piso VZ,ED modelo VZ,ED (KN)


3a7 154,8 510,8
Pa4A,Pa4I
0a2 255,0 841,5
3a7 178,7 714,7
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 338,0 1352,0
Tabela 5-96 – Valores de esforço transverso de cálculo para paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH

91
Obtidos os valores de esforço transverso de cálculo, considerando Θ=45º determinaram-se as respectivas
armaduras transversais. Na tabela 5-97 apresentam-se as armaduras colocadas dentro e fora da(s) zona(s)
crítica(s) das paredes e os respectivos valores de esforço transverso resistente obtidos de acordo com o EC2.
Caso os valores de esforço transverso resistente máximo sejam superiores aos valores de esforço transverso de
cálculo encontra-se garantida a segurança da parede quanto à possível rotura por compressão diagonal da
alma. Note-se a grande redução que existe para o valor de esforço transverso máximo nos pisos localizados
dentro da zona crítica da parede, o que condiciona significativamente quer as dimensões deste tipo de
elementos, quer o seu dimensionamento.

Parede Estrutural Piso Armadura Adoptada (cm2/m) z(m) Θ(º) VZ,rd(KN) VZ,máx (KN)
3a7 8//0,10 10,06 1,6 45 700,2 2112,0
Pa4A,Pa4I
0a2 //0,05 20,10 1,6 45 844,8 844,8
3a7 10//0,10 15,70 2,7 45 1857,6 3590,4
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 //0,05 30,16 2,7 45 1436,2 1436,2
Tabela 5-97 – Armadura transversal adoptada segundo Y nas paredes, estrutura 1.5/2.4DCH.

Os valores de cálculo apresentam-se inferiores aos valores de esforço transverso resistente máximo logo não
existe rotura da parede por compressão diagonal da alma. Contudo, existe ainda a necessidade de verificar a
possível rotura da parede por tracção diagonal da alma. Considerando a envolvente de cálculo dos momentos
flectores (figura 5-7) e esforço transverso (figura 5-8), através da expressão 4-44 obtiveram-se os valores da
razão de corte αs condicionantes para os pisos localizados dentro e fora da zona crítica. Esta distinção é
necessária pois as armaduras horizontais colocadas são distintas. Os valores apresentam-se na tabela 5-98.
Parede Estrutural Piso αs
3a7 0,273
Pa4A,Pa4I
0a2 0,583
3a7 0,170
Pa2E,Pa5E
-2 a 2 0,365
Tabela 5-98 – Valores de αs para as paredes, estrutura 1.5/2.4DCH
Os valores determinados para αs apresentam-se inferiores a 2, por conseguinte para salvaguardar a segurança
da parede a uma possível rotura por tracção diagonal da alma há necessidade que sejam cumpridas as
expressões 4-45 e 4-47 como indicado em 4.5.3.

Parede Estrutural Piso VED, condicionante (KN) VRD,c (KN)


3a7 420,67 0,0042 420,67 KN 422,04 KN
Pa4A,Pa4I 235,50
0a2 841,35 0,0080 841,35 KN 995,82 KN
3a7 676,00 0,0063 676,00 KN 700,73 KN
Pa2E,Pa5E 403,73
-2 a 2 1352,00 0,0125 1352,00 KN 1668,97 KN
Tabela 5-99 – Verificação da taxa de armadura horizontal das paredes, estrutura 1.5/2.4DCH

Parede Estrutural Piso NED,min (KN)


3a7 220 730,80 KN 759,40 KN
Pa4A,Pa4I 0,0031
0a2 1280 1392,00 KN 1819,40 KN
3a7 547 1774,80 KN 1787,00 KN
Pa2E,Pa5E 0,0042
-2 a 2 2727 3697,50 KN 3969,36 KN
Tabela 5-100 – Verificação taxa de armadura vertical da alma das paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH

92
As duas condições verificam-se para as respectivas armaduras colocadas nas paredes estruturais logo está
garantida a segurança das paredes quanto à possível rotura por tracção diagonal da alma, por conseguinte
verifica-se o estado limite último de esforço transverso para as paredes. As armaduras de confinamento a
colocar nos elementos de extremidade da zona crítica das paredes são função do nível de esforço axial que as
mesmas estão sujeitas. Os valores obtidos da análise para a situação sísmica de cálculo apresentam-se na
tabela 5-101. Os valores apresentados são inferiores ao valor máximo regulamentado pelo EC8.
Parede Estrutural νd
Pa4A,Pa4I 0,20
Pa2E,Pa5E 0,23
Tabela 5-101 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura 1.5/2.4 DCH.

Dado que as paredes estruturais em estudo são iguais às paredes existentes na estrutura referente à zona
sísmica 1.2/2.3DCM o comprimento da zona crítica a confinar é igual (hcr=3,73 metros).

Através da aplicação da expressão 4.27, obteve-se o valor do espaçamento máximo entre cintas para a zona
crítica das paredes. Assim,

Como tal adoptou-se s = 0,05m em todas as paredes existentes.

Os cálculos relativos ao adequado confinamento da zona crítica das paredes apresentam-se no anexo L. A
tabela 5-102 resume os valores dos parâmetros necessários para verificação da expressão 4.30 que garante a
ductilidade local das paredes estruturais para o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura.

Parede ωwd,real
νdm,máx bc b0 α
Estrutural μ ν ε
Pa4A,Pa4I 0,20 0,0424 0456 0,316 0,144>0,138
7,0 0,25 0,16
Pa2E,Pa5E 0,23 0,0617 0,528 0,336 0,177>0,173
Tabela 5-102 – Verificação do adequado confinamento para as zonas críticas das paredes estruturais, estrutura 1.5/2.4DCH

93
5.6 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.3/2.3 - Ductilidade Alta.

Para esta nova zona sísmica o nível da acção sísmica imposta é maior quando comparado com o nível
correspondente à zona sísmica 1.5/2.4DCH. Considerando a estrutura referente a essa zona sísmica sob o
efeito da nova aceleração mais intensa, verificou-se um aumento generalizado dos esforços sísmicos que os
elementos sismo-resistentes estavam sujeitos. Apesar de verificado o estado limite último e de utilização, o
esforço transverso de cálculo obtido em todas as paredes estruturais era superior ao esforço transverso
máximo que garante a segurança das mesmas quanto à possível rotura por compressão diagonal da alma de
acordo com a regulamentação do EC8. Saliente-se que os valores de cálculo para o esforço transverso
referentes à zona sísmica anteriormente estudada (zona 1.5/2.4DCH) já se apresentavam perto do valor
máximo que garante a segurança.

Uma das soluções para resolver esta questão passaria pelo aumento da secção transversal das paredes
estruturais, nomeadamente da maior dimensão. Esta solução na direcção Y apresenta-se viável sob o ponto de
vista arquitectónico, facto que não se verifica na direcção X pois as paredes centrais existentes não podem ser
alongadas, tal como não existe a possibilidade de alongar os pilares dos pórticos de periferia também por
razões arquitectónicas.

Como solução alternativa, ao invés de se caminhar numa solução mais robusta, alterou-se a disposição dos
elementos no sentido de obter uma configuração estrutural que corresponda a um sistema com maior
capacidade de dissipação de energia nas duas direcções. Saliente-se que, o possível aumento da secção das
paredes não se realizaria por necessidade de diminuir os deslocamentos da estrutura para a situação sísmica
de cálculo e consequentemente verificação dos estados limites, mas sim por uma questão apenas de
dimensionamento dos elementos, neste caso as paredes.

A solução adoptada corresponde na direcção Y a um sistema estrutural de paredes acopladas ao contrário de


uma única parede centrada em cada fachada lateral. Na direcção X, por razões arquitectónicas optou-se por
um sistema estrutural porticado. A estrutura concebida, apesar de apresentar um aumento da rigidez lateral na
direcção Y comparativamente com a estrutura referente à zona sísmica 1.5/2.4DCH, verifica igualmente o
estado limite último e de utilização. Este facto justifica-se com a maior capacidade de dissipação da estrutura,
traduzida pelo valor do coeficiente de comportamento que reduz significativamente os valores das acelerações
de cálculo, que conjugada com o aumento do número de apoios verticais (parede única central alterada para
paredes acopladas) diminui o nível de esforços sísmicos que estes elementos sismo-resistentes estão sujeitos.
Para a solução estrutural encontrada verifica-se que está garantida a segurança das paredes quanto à possível
rotura por compressão diagonal da alma.

Para esta zona sísmica, a disposição dos elementos estruturais em planta e as suas dimensões apresentam-se
na figura 5-14 e na peça desenhada nº 18.

94
Período de Vibração
Fundamental da Estrutura

T1X = 1,18s

T1Y = 0,75s

Figura 5-14 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.3/2.3 – Ductilidade alta

5.6.1 - Classificação da estrutura

 Planta

Dado que:

1- As condições 1 a 4 relativas à regularidade em planta verificam-se pois as alterações efecuadas na estrutura


não põem em causa a sua validade;

2 – A condição 5 também se verifica, pois em cada direcção a excentricidade estrutural, eox ou eoy é inferior a
30% do raio de torção r, sendo este em cada direcção superior ou igual ao raio de giração da massa do piso (l s)
(Ver Anexo J – Tabelas A 27 a 29);

Os critérios 1 a 5 que definem a regularidade em planta apresentados em 3.1.3 verificam-se, logo a estrutura é
classificada de regular em planta.

 Altura
Não se efectou nenhuma alteração estrutural que prejudique as condições da estrutura já citadas no caso de
estudo 5.2 no que á regularidade em altura diz respeito, logo a mesma considera-se de regular em altura.

5.6.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento

Recorreu-se ao método já apresentado 5.4.2 para determinar a percentagem de absorção das forças sísmicas
de cada elemento. Os resultados obtidos apresentam-se na tabela 5-103.

95
Direcção Força Aplicada (KN) % Paredes % Pilares Sistema Estrutural
X 1000 20,90 79,10 Sistema Porticado
Y 1000 89,94 10,16 Sistema de Paredes Acopladas
Tabela 5-103 – Classificação estrutural, estrutura 1.3/2.3DCH.

Na direcção Y, admitindo inicialmente que as paredes existentes em cada alinhamento da periferia do edifício
funcionam como uma parede acoplada há necessidade de o verificar. Assim, o EC8 cita que para que se possa
considerar o efeito do acoplamento o momento flector na base de cada parede deve diminuir pelo menos 25%
relativamente ao obtido caso as mesmas funcionassem separadamente.

Logo,

Momento na base da parede acoplada – 3051,6 x 2 = 6103,2 KN

Esforço axial nas paredes – 530KN

Momento total – 6103,2 + 530 x 7,3 = 9972,2KN

A redução do valor do momento flector na base das paredes corresponde a cerca de 39%, portanto é válido
considerar o efeito de acoplamento das paredes e consequentemente o sistema estrutural de paredes
acopladas da direcção Y.

O valor básico do coeficiente de comportamento para este dois tipos de sistemas estruturais resulta do
produto 4,5 para estruturas projectadas para um nível de ductilidade elevada. O quociente toma
o valor 1,3 na direcção X (sistema porticado com vários tramos) e o valor 1,2 na direcção Y (sistema de paredes
acopladas). Os valores obtidos não são passíveis de redução pois a estrutura é regular em planta e em altura.
Os parâmetros e Kw tomam os seguintes valores:

Na direcção Y,

Logo,

Na direcção X, o valor de = 1 pois trata-se de um sistema porticado. Desta forma, os valores dos coeficiente
de comportamento a adoptar em cada direcção apresentam-se na tabela 5-104.

Direcção q0 q
X 4,5 1,3 1,0 5,85
Y 4,5 1,2 1,0 5,40
Tabela 5-104 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.3/2.3DCH

96
5.6.3 - Análise Dinâmica da estrutura

Os resultados referentes à análise dinâmica da estrutura apresentam-se na tabela A 16 do Anexo I. Obtidos os


valores dos períodos de vibração fundamentais da estrutura e os valores dos coeficientes de comportamento
associados aos seus sistemas estruturais em cada direcção, determinaram-se os correspondentes valores do
factor de ductilidade em curvatura que estão associados à taxa máxima de armadura nas zonas críticas
conferindo-lhes a ductilidade necessária.

Na direcção Y,

Dado que , para o valor mínimo do factor de curvatura a considerar nas zonas críticas de paredes,
pilares e vigas obteve-se

*coeficiente que deve ser considerado no caso de paredes, no entanto neste caso prático considerou-se igual a
1 para o cálculo do confinamento das paredes.

Na direcção X,

Dado que e os pilares se encontram protegidos nesta direcção pela aplicação da regra de cálculo pela
capacidade real definida em 4.3.4 relativa à formulação de rótulas plásticas nas vigas ao invés dos pilares, o EC8
(art.º 5.5.3.2.2 (7)P) considera possível a redução do coeficiente básico de comportamento em 1/3 para o
cálculo do factor de ductilidade em curvatura dos pilares nessa direcção. Assim, para as zonas criticas acima da
base dos pilares,

Para as zonas criticas da base dos pilares e vigas,

Saliente-se o facto do valor obtido para as zonas críticas acima da base dos pilares ser igual ao equivalente para
estruturas de ductilidade média com igual sistema estrutural.

5.6.4 - Definição do espectro de cálculo

Para realizar a análise consideraram-se os espectros de cálculo apresentados nas figuras 5-15 e 5-16, na
direcção X e Y, respectivamente.

97
Na direcção X,

1,80
1,60
1,40
1,20
Sd(T)(m/s2)

1,00
0,80 Sismo Tipo I

0,60 Sismo Tipo II

0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Período (s)

Figura 5-15 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica a considerar na direcção X, zona sísmica 1.3/2.3DCH

Na direcção Y,

1,80
1,60
1,40
1,20
Sd(T)(m/s2)

1,00
0,80 Sismo Tipo I
0,60 Sismo Tipo II
0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Período (s)

Figura 5-16 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica a considerar na direcção Y, zona sísmica 1.3/2.3DCH.

Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não apresenta nenhuma das
características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

5.6.5 - Verificação Estado Limite Utilização

Os painéis de enchimento entre elementos estruturais são constituídos igualmente por alvenaria de tijolo
(material frágil). O estado limite de utilização verifica-se para esta zona sísmica caso os valores de
deslocamento relativo entre pisos para a situação sísmica de cálculo não excedam o valor limite que cumpre a
condição 3.11. Os valores dos deslocamentos obtidos apresentam-se na tabela 5-105 e são inferiores ao limite
regulamentar.

98
Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,344 2,012 0,400 0,805 280 1,400
2 0,388 2,269 0,400 0,907 280 1,400
3 0,369 2,157 0,400 0,863 280 1,400
4 0,332 1,942 0,400 0,777 280 1,400
5 0,286 1,672 0,400 0,669 280 1,400
6 0,232 1,355 0,400 0,542 280 1,400
7 0,170 0,994 0,400 0,398 280 1,400
8 0,105 0,613 0,400 0,245 280 1,400
9 0,094 0,548 0,400 0,219 280 1,400
Tabela 5-105 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.3/2.3DCH

Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,118 0,638 0,400 0,255 280 1,400
2 0,178 0,963 0,400 0,385 280 1,400
3 0,219 1,182 0,400 0,473 280 1,400
4 0,235 1,267 0,400 0,507 280 1,400
5 0,233 1,256 0,400 0,502 280 1,400
6 0,219 1,182 0,400 0,473 280 1,400
7 0,200 1,078 0,400 0,431 280 1,400
8 0,179 0,966 0,400 0,386 280 1,400
9 0,133 0,720 0,400 0,288 280 1,400
Tabela 5-106 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.3/2.3DCH

5.6.6 - Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem


Na tabela 5-107 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10
que define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Piso drx/h dry/h VX,total (KN) Vy,total (KN) Ptotal (KN) Θx Θy


1 0,0072 0,0023 1206 2125 28533 0,17 0,03 1,20 1,00
2 0,0081 0,0034 1173 2066 24978 0,17 0,04 1,21 1,00
3 0,0077 0,0042 1106 1949 21424 0,15 0,05 1,18 1,00
4 0,0069 0,0045 1007 1774 17869 0,12 0,05 1,14 1,00
5 0,0060 0,0045 874 1540 14314 0,10 0,04 1,00 1,00
6 0,0048 0,0042 708 1247 10760 0,07 0,04 1,00 1,00
7 0,0035 0,0038 509 896 7205 0,05 0,03 1,00 1,00
8 0,0022 0,0035 276 487 3651 0,03 0,03 1,00 1,00
9 0,0020 0,0026 27 47 312 0,02 0,02 1,00 1,00
Tabela 5-107 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.3/2.3DCH

De acordo com os resultados obtidos há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem na direcção X.

 Dimensionamento

- Vigas – (Ver Peça Desenhada nº19)

As dimensões, o comprimento da(s) zona(s) crítica(s) e as respectivas áreas mínimas e máximas de armadura
para as vigas da estrutura referente a esta zona sísmica são as apresentadas na tabela 5-108.

99
EC2 EC8
Viga b (m) h (m) d (m) lcr (m) 2 2 2
Asmin (cm ) Asmáx (cm ) Asmin (cm )
V1 0,25 0,55 0,50 0,83 1,87 55,00 3,59
VA 0,25 0,55 0,50 0,83 1,87 55,00 3,59
V2 0,25 0,50 0,45 0,75 1,70 50,00 3,26
V3 0,25 0,50 0,45 0,75 1,70 50,00 3,26
V4 0,25 0,65 0,59 0,98 2,20 65,00 4,24
V5 0,25 0,50 0,45 0,75 1,70 50,00 3,26
Tabela 5-108 – Características geométricas, áreas mínimas e máximas de armadura para as vigas, estrutura 1.3/2.3 DCH

A viga de acoplamento VA apresenta uma relação l/h (3,70/0,55 = 6,7) superior a 3. Nestas condições o EC8
(art.º 5.5.3.5 (2)P) refere que é assegurado para a viga a preponderância de um modo de rotura por flexão ao
invés de uma rotura frágil associada ao esforço transverso, logo o seu dimensionamento pode ser realizado de
acordo com o disposto no art.º 5.5.3.1 do EC8 ao invés das regras específicas apresentadas no art.º 5.5.3.5 do
EC8.

Na tabela 5-109 apresentam-se os valores dos momentos flectores condicionates e a áreas de armadura
necessárias colocar nas várias secções das vigas.

Momentos Modelo (KN.m) Momentos Amplificados (KN.m) Armadura Necessária (cm2)


Viga Apoio Apoio Apoio Apoio Apoio Apoio
Parede Parede Parede
Interno Externo Interno Externo Interno Externo
M- -48,00 - -101,00 -48,00 - -101,00 3,59 - 5,10
V1
M+ 36,00 - 54,20 36,00 - 54,20 3,59 - 3,59
M- -75,10 - - -75,10 - - 3,79 - -
VA
M+ 73,50 - - 73,50 - - 3,71 - -
-98,11 -89,80 -118,58 -108,54
M- - - - 6,65 6,09
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V2
64,50 66,73 77,96 80,65
M+ - - - 4,37 4,52
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
- -98,00 -100,60 -118,60 -121,60
M - - - 6,64 6,82
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V3
+ 57,10 38,20 38,20 46,17
M - - - 3,87 3,26
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
-184,00 -222,39
M- - - - - - - 9,38
Piso 2 Piso 2
V4
178,00 215,14
M+ - - - - - - 9,07
Piso 2 Piso 2
-
M - -77,40 - - -77,40 - - 4,34 -
V5
M+ - 44,20 - - 44,20 - - 3,26 -
Tabela 5-109 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias, estrutura 1.3/2.3DCH

Em função da armadura colocada na viga determinaram-se os respectivos momentos flectores resistentes. Os


mesmos apresentam-se na tabela 5-110.

100
Armadura Longitudinal Colocada Mrd (KN.m)
Viga As Pilar Pilar ½ Pilar Pilar ½
Parede Parede
Interno Externo Vão Interno Externo Vão
16 3 16 16
Superior 2 - 2 2 -79,57 - -119,35 -79,57
(4,02cm ) (6,03cm ) (4,02cm )
V1
16 16 16
Inferior 2 - 2 2 79,57 - 79,57 79,57
(4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm )
16 16
Superior - - -79,57 - - -79,57
(4,02cm2) (4,02cm2)
VA
16 16
Inferior 2 - - 2 79,57 - - 79,57
(4,02cm ) (4,02cm )
4 16 4 16 2 16
Superior - - -143,39 -143,39 -71,70
(8,04cm2) (8,04cm2) (4,02cm2)
V2
16 16 16
Inferior - 2 2 2 - 107,55 107,55 71,70
(6,03cm ) (6,03cm ) (4,02cm )
4 16 4 16 16
Superior - - -143,39 -143,39 -71,70
(8,04cm2) (8,04cm2) (4,02cm2)
V3
16 16 16
Inferior - 2 2 2 - 71,70 71,70 71,70
(4,02cm ) (4,02cm ) (4,02cm )
3 3
Superior - - - - 223,32 223,32
(9,42cm2) (4,02cm2)
V4
3 3
Inferior - - - - 223,32 223,32
(9,42cm2) (4,02cm2)
3 16 16
Superior - - - -107,55 - -71,70
(6,03cm2) (4,02cm2)
V5
16 16
Inferior - - - 71,70 - 71,70
(4,02cm2) (4,02cm2)
Tabela 5-110 – Armaduras colocadas e momentos flectores resistentes das vigas, estrutura 1.3/2.3DCH

Em função dos valores apresentados na tabela 5-110, através das expressões 4-17 e 4-18 obtiveram-se os
resultados apresentados na tabela 5-111 referentes à verificação da ductilidade local nas vigas. De acordo com
os valores obtidos a área de armadura longitudinal de compressão nunca é inferior a 50% da área de armadura
longitudinal de tracção nas zonas críticas, bem como esta nunca é superior aos valores apresentados em 5-111
para a armadura longitudinal máxima de tracção. Assim, desde que salvaguardado o espaçamento máximo
entre estribos na(s) zona(s) crítica(s) está assegurada a ductilidade local das vigas.

Ascompressão/Astracção Asmáx,tracção (cm2)


Viga
Parede A. Interno A. Externo Parede A. Interno A. Externo
V1 1,00 - 0,67 8,82 - 8,82
VA 1,0 - - 8,82 - -
V2 - 0,67 0,67 - 10,03 10,03
V3 - 0,50 0,50 - 8,04 8,04
V4 - - 1,0 - - 14,62
V5 - 0,67 - - 8,39 -
Tabela 5-111 – Rácios de armadura de compressão/tracção e armadura máxima de tracção para vigas, estrutura1.3/2.3DCH

Na tabela 5-112 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para calcular o diâmetro máximo dos
varões longitudinais que atravessam os respectivos nós viga-pilar com adequada aderência. Os valores
obtiveram-se recorrendo às expressões 4.59 e 4.60 para os nós viga-pilar interiores e exteriores,
respectivamente.

101
Viga Nó νd kd Ømáx (mm)
Exterior 0,010 - 1,0 1,2 16,80
V1
Interior - - - - -
Exterior - - - - -
VA
Interior - - - - -
Exterior 0,010 - 1,0 1,2 16,80
V2
Interior 0,030 0,60 1,0 1,2 16,17
Exterior 0,010 - 1,0 1,2 16,80
V3
Interior 0,030 0,50 1,0 1,2 17,06
Exterior 0,005 - 1,0 1,2 33,47
V4
Interior - - - - -
Exterior - - 1,0 1,2 10,50
V5
Interior 0,010 0,48 1,0 1,2 21,63/12,36
Tabela 5-112 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.3/2.3DCH

Em função dos resultados apresentados na tabela 5-122, considerou-se, pelas mesmas razões já apresentadas
para a zona sísmica 1.3/2.3DCH, o grupo de pilares 7 como pilares secundários. Os pilares do grupo 6 sobre os
quais apoiam as vigas do tipo V5 consideraram-se igualmente como pilares secundários na menor direcção da
secção transversal, visto que existe a necessidade de recorrer a varões longitudinais de 16 milímetros de
diâmetro para dimensionar as respectivas vigas e o diâmetro máximo regulamentar em função da largura do
pilar para o qual é garantida a adequada aderência é 10 milímetros. O valor do esforço transverso de cálculo
nas vigas é obtido da aplicação das expressões 4.13 e 4.14 desde que este seja maior que o valor retirado
directamente do modelo para a situação sísmica de cálculo. Os valores apresentam-se na tabela 5-113.

Viga L (m) Mrd -esq (KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
79,57 119,35
V1 2,89 33,90 116,50 59,05 116,50
79,57 79,57
79,57 79,57
VA 3,70 10,30 61,91 46,80 61,91
79,57 79,57
143,39 143,39
2,43 25,58 149,50 46,03 149,50
107,55 107,55
V2
143,39 143,39
2,60 41,00 156,82 60,16 156,82
107,55 107,55
143,36 143,36
2,83 29,00 120,20 42,60 120,20
71,10 71,10
V3
143,36 143,36
3,70 50,60 120,36 50,25 120,36
71,10 71,10
223,32 222,32
V4 1,80 14,16 311,92 90,54 311,92
223,32 222,32
107,55 71,70
2,04 8,30 113,74 - 113,74
V5 71,70 71,70
71,70 107,55
2,85 18,30 93,77 54,64 93,77
71,70 71,70
Tabela 5-113 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.3/2.3 DCH

Para vigas que ligam directamente a pilares há necessidade de quantificar a inversão do sinal de esforço
transverso para a situação sísmica de cálculo. Para tal, é necessário determinar o parâmetro ζ associado ao
valor de esforço transverso máximo e mínimo desenvolvido na(s) zona(s) crítica(s) uma viga sísmica primária.
Os valores de ζ obtidos para as vigas da estrutura referente a esta zona sísmica apresentam-se na tabela 5-114.

102
Vão Exterior Vão Interior
Viga V (KN)
Pilar exterior Pilar Interior Pilar Interior Pilar Exterior
Máximo 116,50 - - -
V1 Mínimo -32,18 - - -
ζ -0,28 - - -
Máximo - 61,91 - -
VA Mínimo - -41,31 - -
ζ - -0,67 - -
Máximo 156,82 156,82 149,50 149,50
Mínimo -74,82 -74,82 -98,34 -98,34
V2
ζ -0,48 -0,48 -0,66 -0,66
Máximo 120,36 120,36 120,02 120,02
Mínimo -19,16 -19,16 -92,60 -92,60
V3
ζ -0,16 -0,16 -0,77 -0,77
Máximo 311,92 - - -
V4 Mínimo -283,60 - - -
ζ -0,91 - - -
Máximo - 93,77 113,74 -
V5 Mínimo - -42,08 -97,17 -
ζ - -0,45 -0,85 -
Tabela 5-114 – Valores de ζ, estrutura 1.3/2.3 DCH

Nas situações em que ζ é inferior a -0,5 há necessidade de averiguar a necessidade ou não de colocar armadura
longitudinal inclinada para resistir ao esforço transverso.
Assim para a viga VA,

para a viga 2,

para a viga 3

para a viga 4

Para a viga 5

Com excepção da viga V4, os valores de não excedem os valores obtidos da expressão logo a
resistência ao esforço transverso destas vigas pode ser calculada de acordo com o EC2, não sendo necessário a
colocação de armadura diagonal. A área total de armadura diagonal a colocar na viga 4 resulta da aplicação da
expressão 4.42.

103
Deste modo, considerando os valores de calculo apresentados na tabela 5-113, aplicando as expressões 10.7 e
10.8 do Anexo C obtiveram-se as armaduras a colocar na(s) zona(s) crítica(s) das viga(s) e os respectivos valores
de esforço transverso resistente.

Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
V1 0,25 0,46 45 8//0,10 10,06 194,96 558,06
VA 0,25 0,46 45 8//0,10 10,06 194,96 558,06
0,25 0,41 45 //0,10 10,06 177,23 534,60
V2
0,25 0,41 45 //0,10 10,06 177,23 534,60
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
V3
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
V4 0,25 0,55 45 10//0,10 15,70 359,57 694,98
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
V5 0,25 0,41 45 10//0,10 15,70 276,59 534,60
0,25 0,41 45 8//0,10 10,06 177,23 534,60
Tabela 5-115 – Valores do esforço transverso resistente para vigas, estrutura 1.3/2.3DCH.

Na tabela 5-116 apresentam-se os valores do espaçamento máximo entre estribos para a(s) zona(s) crítica(s) e
a meio vão da viga, obtidos através das expressões 4.59 e 10.9 do Anexo C, bem com as respectivas armaduras
transversais colocadas.

Espaçamento (cm) Armadura Transversal


Viga
Zona Crítica – EC8 ½ Vão – EC2 Zona Crítica ½ Vão
V1 9,6 74,0 //0,10 //0,20
VA 9,6 74,0 //0,10 //0,20
V2 9,6 68,0 //0,10 //0,20
V3 9,6 68,0 8//0,10 8//0,20
V4 12,0 88,0 10//0,10
8//0,10
V5 9,6 68,0 10//0,10 8//0,20
8//0,10
Tabela 5-116 - Espaçamento máximo entre estribos dentro e fora da zona crítica das vigas, estrutura 1.3/2.3DCH

- Pilares – (Ver Peça Desenhada nº20)

O esforço axial reduzido máximo a que os pilares podem estar sujeitos para a situação sísmica de cálculo não
deve ser superior a 0,55 para estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta. Os valores máximos de
esforço axial reduzido e o comprimento da zona crítica para cada grupo de pilares apresentam-se na tabela 5-
117. Os valores obtidos são inferiores ao limite regulamentar permitido pelo EC8.

Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νd


1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,25 0,83 0,42
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,25 0,83 0,35
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,40 0,40 0,60 0,30
5 P4D, P4F 0,70 0,25 1,05 0,38
6 P2D,P2F, P5D, P5F 0,80 0,25 1,20 0,45
7 P3D, P3F 0,40 0,25 0,60 0,39
Tabela 5-117 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.3/2.3DCH

104
Relativamente à obtenção dos valores dos momentos flectores de cálculo para os pilares, na direcção X a
estrutura classifica-se como porticada logo os mesmos resultam da aplicação da expressão 5.15. Na direcção Y
visto tratar-se de um sistema de paredes acopladas os valores podem ser retirados directamente do modelo. A
tabela 5-119 resume as armaduras longitudinais colocadas nos pilares em função dos esforços de
dimensionamento obtidos. Os mesmos apresentam-se no anexo K. Na tabela 5-118 apresentam-se também as
respectivas percentagens mínimas e máximas de armadura longitudinal para cada grupo de pilares.

Piso Grupo 1 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7


0 a topo 20+10 12 +10 12 +10 12 20+12 12 10 12
-2 ao 0 20+10 12 +10 12 +10 12 20+12 12 10 12
As,mín (cm2) 23,86 23,86 24,12 23,86 26,12 11,13
As,máx (cm2) 23,86 23,86 24,12 23,86 26,12 11,13
% Mínima 1,74 1,74 1,51 1,36 1,31 1,13
% Máxima 1,74 1,74 1,51 1,36 1,31 1,13
Tabela 5-118 – Armadura longitudinal colocada nos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.3/2.3DCH

Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares encontram-se dentro dos
regulamentares (1 a 4 %).

Os valores dos momentos flectores resistentes para os pilares obtiveram-se em função da armadura
longitudinal colocada, considerando sempre os esforços axiais condicionantes. De seguida, através da regra de
cálculo pela capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16 calcularam-se os esforços transversos de
cálculo. Os resultados apresentam-se na tabela 5-119.

Grupo Pilares L (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y As,z/s (cm2/m) As,y/s (cm2/m)
1 2,30 330,00 107,50 373,04 121,52 18,68 14,78
3 2,30 325,00 110,00 367,39 124,35 18,40 15,12
4 2,25 234,00 234,00 270,04 270,04 19,18 19,18
5 2,30 480,00 129,00 542,61 145,83 21,00 17,73
6 2,15 597,00 150,00 721,95 181,40 24,26 22,06
7 2,30 114,00 82,00 128,87 92,70 9,14 11,27
Tabela 5-119 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.3/2.3DCH

Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C determinou-se a armadura transversal a
colocar nos pilares e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Estes apresentam-se nas tabelas
5-120 e 5-121.

Armadura Colocada
Grupo As/s,mínima Vrd Vrd,máx
d (m) z (m) (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos) 2
Pilares (cm /m) (KN) (KN)
Zona Crítica da Base Restantes Zonas Críticas
1 0,51 0,46 10//0,05 8//0,05 20,10 401,33 605,88
3 0,51 0,46 10//0,05 8//0,05 20,10 401,33 605,88
4 0,36 0,32 10//0,10+ 10//0,10 10//0,10+ 10//0,10 31,40 442,55 684,29
5 0,66 0,60 10//0,05 10//0,05 31,42 784,08 784,08
6 0,76 0,69 12//0,05 10//0,05 31,42 902,68 902,68
7 0,46 0,41 10//0,05 8//0,05 20,10 283,29 427,68
Tabela 5-120 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.3/2.3DCH

105
Armadura Colocada
Grupo As/s,mínima Vrd Vrd,máx
d (m) z (m) (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
Pilares (cm2/m) (KN) (KN)
Zona Crítica da Base Restantes Zonas Críticas
1 0,21 0,19 10//0,05+ 8//0,05 8//0,05+ 8//0,05 50,20 412,72 548,86
3 0,21 0,19 //0,05+ //0,05 8//0,05+ 8//0,05 50,20 412,72 548,86
4 0,36 0,32 10//0,10+ 10//0,10 //0,10+ 10//0,10 31,40 442,55 684,29
5 0,66 0,60 10//0,05+ //0,05 10//0,05+ //0,05 78,60 692,39 698,54
6 0,21 0,19 12//0,05+ 10//0,05 10//0,05+ 8//0,05 94,20 754,73 798,34
7 0,21 0,19 //0,05+ 8//0,05 10//0,05+ 8//0,05 31,60 259,80 399,17
Tabela 5-121 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.3/2.3DCH

O valor do espaçamento máximo entre cintas na zona(s) crítica(s) dos pilares resulta da aplicação da expressão
4.57. Os valores obtidos apresentam-se na tabela 5-122, bem como o resumo das armaduras transversais
colocadas dentro e fora da(s) zona crítica(s) dos pilares.

Zona Crítica base Restantes Zona Críticas ½ Vão


Grupo
Cinta Cintas Cinta Cintas Cinta Cintas
Pilares Smáx (cm)
Exterior Int./Ganchos Exterior Int./Ganchos Exterior Interiores
1 5,3 10//0,05 //0,05 8//0,05 //0,05 8//0,20 8//0,20
3 5,3 //0,05 //0,05 //0,05 //0,05 8//0,20 //0,20
4 9,6 //0,10 //0,10 //0,10 //0,10
5 5,3 10//0,05 10//0,05 10//0,05 10//0,05 8//0,20 8//0,20
6 5,3 //0,05 10//0,05 //0,05 8//0,05
7 5,3 10//0,05 8//0,05 10//0,05 8//0,05 8//0,20 8//0,20
Tabela 5-122 – Armadura transversal colocada dentro e fora da zona crítica dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCH.

A ductilidade necessária na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares é assegurada caso se verifique a condição 4.22 para
a armadura transversal colocada e o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já calculado em 5.6.3.
As tabela 5-123 e 5.124 resumem os valores dos parâmetros necessários para realizar a verificação
corresponde ao adequado confinamento da(s) zona crítica(s) dos pilares. Os cálculos efectuados encontram-se
no anexo K.

Grupo ωwd,real
νd,máx bc b0 α αωwd,real´ αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,42 0,56 0,77 0,43 0,43>0,42
0,25 0,16
3 10,7 0,35 0,56 0,75 0,42 0,42>0,35
4 0,30 0,40 0,31 0,57 0,46 0,26 0,26>0,24
5 9,8 0,38 0,53 0,79 0,42 0,42>0,34
6 10,7 0,45 0,25 0,16 0,54 0,86 0,46 0,46=0,46
7 9,8 0,39 0,49 0,73 0,36 0,36>0,36
Tabela 5-123 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCH.

Grupo ωwd,real
νd,máx bc b0 α αωwd,real αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,42 0,56 0,47 0,26 0,26=0,26
6,8 0,25 0,16
3 0,35 0,56 0,47 0,26 0,26>0,21
4 10,7 0,30 0,40 0,31 0,57 0,46 0,26 0,26>0,24
5 9,8 0,34 0,53 0,57 0,31 0,31=0,31
6 6,8 0,45 0,25 0,16 0,54 0,56 0,30 0,30>0,28
7 9,8 0,34 0,49 0,73 0,36 0,36>0,31
Tabela 5-124 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas acima da base dos pilares, estrutura 1.3/2.3DCH

106
De acordo com os valores apresentados verifica-se que o confinamento é o adequado, por conseguinte esta
garantida a ductilidade local dos pilares.

- Nós Viga Pilar – (Ver Peça Desenhada nº20)


Em função das respectivas áreas de armadura longitudinal das vigas que atravessam ou amarram nos nós viga-
pilar e os valores de esforço transverso na secção do pilar acima do nó para a situação sísmica de cálculo,
obtiveram-se os esforços transversos de cálculo nos nós viga-pilar interiores e exteriores através da aplicação
das expressões 4.39 e 4.40, respectivamente. Da expressão 4-49, obteve-se o valor máximo de esforço
transverso no nó para o qual se encontra salvaguardada a rotura do betão por excessiva compressão. Os
resultados necessários para a verificação apresentam-se na tabela 5-125.

Grupo As1 (cm2) As2 (cm2) Vc (KN) VED (KN) Vmáx (KN)
1 8,04 4,02 53,00 576,53 685,01
3 8,04 6,03 52,00 682,45 789,02
4 8,04 - 6,00 413,09 746,32
5 6,03 4,02 27,00 497,61 1002,33
6 9,42 - 80,00 411,72 766,61
Tabela 5-125 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.3/2.3DCH

De acordo com os valores apresentados em nenhum dos nós viga-pilar dos vários grupos de pilares é excedido
o valor de esforço transverso máximo.

A armadura transversal horizontal a colocar nos nós viga-pilar resulta da aplicação das expressões 4-51 e 4-52.
Em função do valor da armadura horizontal colocada determinou-se por aplicação da expressão 4-53 a
quantidade de armadura vertical a colocar nas faces interessadas no nó. Os resultados apresentam-se na tabela
5-126. Não se determinaram estas armaduras para o grupo de pilares 7 visto tratarem-se de pilares
classificados como secundários.

Grupo hjc hjw bj Ash Asv Ash Asv


η d,máx d,min 2 2
Pilares (m) (m) (m) (cm ) (cm ) colocada colocada
1 0,53 0,46 0,41 0,25 0,36 0,04 14,01 10,48 12//0,05 20/face
3 0,53 0,46 0,41 0,25 0,30 0,03 16,48 12,33 12//0,05 /face
4 0,53 0,31 0,41 0,40 0,26 0,01 7,18 3,62 //0,10+ //0,10 16/face
5 0,53 0,61 0,41 0,25 0,33 0,01 11,96 12,06 //0,05 /face
6 0,53 0,71 0,56 0,25 0,39 0,01 11,21 9,48 //0,05 20/face
Tabela 5-126 – Armadura Transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.3/2.3DCH.

- Paredes Estruturais – (Ver Peça Desenhada nº20)

A tabela 5-127 apresenta as dimensões geométricas das paredes estruturais.

Parede
Pa2A, Pa2I, Pa5A, Pa5I 3,60 0,25 22,4
Tabela 5-127 – Características geométricas das paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH

107
Para obter a envolvente de momentos flectores de cálculo determinou-se o valor do deslocamento vertical al.

Parede Estrutural z(m)


Pa2A, Pa2I, Pa5A, Pa5I 1 2,8 2,8
Tabela 5-128 – Valores de deslocamento vertical al para cálculo da envolvente de momentos flectores, estrutura
1.3/2.3DCH
A envolvente de momentos flectores de cálculo considerada para o dimensionamento apresenta-se na figura 5-
17. Os valores que definem o gráfico apresentam-se no anexo L.

25

20

Altura (m)
15

10 Momentos Flectores Paredes


Pa2A, Pa2I, Pa5A e Pa5I
5

0
4000 3000 2000 1000 0
Momento Flector (KN.m)

Figura 5-17 - Envolvente dos momentos flectores de cálculo para paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH.

Para determinar a força de tracção máxima instalada nos elementos de extremidade utilizou-se a mesma
metodologia que nas duas zonas sísmicas anteriormente estudadas. Determinou-se através das expressões
10.12 do Anexo C e da expressão 4.58 o valor mínimo da armadura vertical a colocar na alma da parede
2
(3,22cm /m/face). A tabela 5-128 resume as forças de tracção máximas instaladas nos elementos de
extremidade das paredes e as respectivas armaduras longitudinais colocadas.
Parede
Piso Ft Máxima (KN) As necessária As colocada
Estrutural
2 2
Pa2A, 3a7 0,55 5,24cm /m/face 307 7,06cm 2 0,005
(7,07cm )
Pa2I,
2 2
Pa5A, Pa5I 0a2 0,55 5,24cm /m/face 307 7,06cm 0,005
(7,07cm2)
Tabela 5-129 – Forças de tracção máxima nos elementos de extremidade e respectivas armaduras colocadas, estrutura
1.3/2.3DCH.

Os valores apresentados para a taxa de armadura longitudinal nos elementos de extremidade cumprem os
limites regulamentares . Para determinar os valores de esforço transverso de cálculo
determinaram-se os valores de ε através da expressão 4.37. Para o cálculo do momento flector resistente na

base das paredes consideraram-se os valores máximos de esforço axial que as mesmas estão sujeitas.

Paredes Pa2A, Pa4A,Pa5A e Pa5I,

108
Através da expressão 4.38 obtiveram-se os valores de esforço transverso de cálculo para as paredes. Os valores
obtidos podem ser consultados no anexo L. Na figura 5-18 apresenta-se a envolvente de esforço transverso de
cálculo considerada para determinar as armaduras transversais a colocar nas paredes.

25

20

Altura (m)
15

10

5 Esforço transverso de cálculo para


Paredes Pa2A, Pa2I, Pa5A e Pa5I
0
2000 1500 1000 500 0
Esforços transverso (KN)

Figura 5-18 - Envolvente de esforço transverso de cálculo paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH.

Para determinar a armadura transversal a colocar nas paredes consideraram-se os valores condicionantes de
esforço transverso dentro e fora da zona critica. Os valores considerados apresentam-se na tabela 5-130.

Parede Estrutural Piso Vz,modelo Vz,ED (KN)


3a7 421,8 1139,0
Pa2A,Pa2I, Pa5A, Pa5I
0a2 532,0 1457,8
Tabela 5-130 – Valores de esforço transverso de cálculo para paredes, estrutura 1.3/2.3DCH.

Em função dos valores de esforço transverso de cálculo determinaram-se as respectivas armaduras


transversais. Na tabela 5-97 apresentam-se as armaduras colocadas dentro e fora da(s) zona(s) crítica(s) das
paredes, bem como os valores de esforço transverso resistente obtidos de acordo com o EC2. Caso os valores
de esforço transverso resistente máximo sejam superiores aos valores de esforço transverso de cálculo
encontra-se salvaguardada a segurança da parede quanto à possível rotura por compressão diagonal da alma.
Considerando Θ=45º,
2
Parede Estrutural Piso Armadura Adoptada (cm /m) z(m) Vrd(KN) Vz,máx (KN)
Pa2A,Pa2I, 3a7 //0,100 10,06 2,8 1260,3 3801,6
Pa5A, Pa5I 0a2 //0,050 20,10 2,8 1520,6 1520,6
Tabela 5-131 – Armadura transversal adoptada segundo Y nas paredes, estrutura 1.3/2.3DCH.

Em função dos valores apresentados verifica-se que não há rotura da parede por compressão diagonal da alma.

Para averiguar a possível existência de uma rotura da parede por tracção diagonal da alma, consideraram-se a
envolvente de cálculo dos momentos flectores (figura 5-11) e esforço transverso (figura 5-12). Por aplicação da
expressão 4-44, obtiveram-se os valores condicionantes da razão de corte αs para os pisos localizados dentro e
fora da zona crítica. Os valores apresentam-se na tabela 5-132.

109
Parede Estrutural Piso αs
3a7 0,263
Pa2A,Pa2I, Pa5A, Pa5I
0a2 0,608
Tabela 5-132 – Valores de αs, estrutura 1.3/2.3DCH.

Os valores obtidos são inferiores a 2, logo como indicado em 4.5.3 devem verificar-se as duas condições
expressas pelas equações 4-45 e 4-47.

Parede Estrutural Piso VED (KN) VRD,c (KN)


Pa2A,Pa2I, 3a7 728,88 0,0041 728,88 KN 743,42 KN
419,08
Pa5A, Pa5I 0a2 1458,00 0,0082 1458,00 KN 1883,98 KN
Tabela 5-133 – Verificação da taxa de armadura horizontal das paredes, estrutura 1.3/2.3DCH

Parede Estrutural Piso NED (KN)


Pa2A,Pa2I, 3a7 223 1284,12 KN 1538,44 KN
0,0042
Pa5A, Pa5I 0a2 1216 2568,24 KN 2531,44 KN
Tabela 5-134 – Verificação da taxa de armadura vertical da alma das paredes, estrutura 1.3/2.3DCH.
As duas condições verificam-se, logo encontra-se salvaguardada a segurança das paredes quanto à possível
rotura por tracção diagonal da alma.

Para determinar quais as armaduras de confinamento a colocar nos elementos de extremidade da zona crítica
das paredes considerou-se o valor máximo de esforço axial reduzido obtido para a situação sísmica de cálculo.
Os resultados apresentam-se na tabela 5-135. O nível de esforço axial nas paredes é inferior ao valor máximo
regulamentado pelo EC8.

Parede Estrutural νd
Pa2A,Pa2I, Pa5A, Pa5I 0,16
Tabela 5-135 – Esforço axial reduzido em paredes, estrutura1.3/2.3DCH.

Altura da zona crítica das paredes Pa4A,Pa4I é definida pelas seguintes expressões,

mas,

Através da aplicação da expressão 4,27 obteve-se o valor do espaçamento máximo entre cintas para a zona
crítica.

Adoptou-se s = 0,05m em todas as paredes existentes.


Os cálculos relativos ao confinamento das paredes encontram-se no anexo L. A tabela 5-136 resume os valores
os valores dos parâmetros necessários para verificação da expressão 4.30 que garante a ductilidade local das
paredes estruturais para o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já calculado em 5.6.3.

Grupo ωwd,real
νdm,máx bc b0 α
Pilares μ ν ε
Pa2A,Pa2I,
9,8 0,16 0,0633 0,25 0,16 0,505 0,398 0,201>0,188
Pa5A, Pa5I
Tabela 5-136 – Verificação do adequado confinamento para a zonas crítica das paredes estruturais, estrutura 1.3/2.3DCH

110
5.7 - Caso de Estudo para a zona sísmica 1.2/2.3 - Ductilidade Alta.

Considerando a estrutura anteriormente definida para a zona sísmica 1.3/2.3DCH sob o efeito da aceleração
imposta correspondente a esta nova zona sísmica em estudo verificou-se como seria de esperar um aumento
dos deslocamentos relativos entre pisos. Apesar de cumpridos os estados limites regulamentares constatou-se
que o aumento generalizado das forças sísmicas devido ao aumento da aceleração propiciou na verificação à
segurança quanto a possíveis roturas das paredes o mesmo tipo de questão que na zona sísmica 1.3/2.3DCH.
Os valores obtidos de esforço transverso de cálculo constaram-se superiores ao valor máximo de esforço
transverso associado à possível rotura por compressão diagonal da alma. Deste modo, como já também
referenciado para a zona sísmica anteriormente estudada haveria duas alternativas para solucionar a questão,
seguindo-se, neste caso, a mesma alternativa que na zona sísmica 1.3/2.3DCH. Alterou-se na direcção Y o tipo
de sistema estrutural, o sistema estrutural de paredes acopladas foi alterado para um sistema porticado ao
qual corresponde uma maior capacidade de dissipação de energia e forças sísmicas menores. Recorde-se,
novamente, que as alterações na estrutura apenas se realizaram por questões de dimensionamento. A
estrutura final considerada para esta zona sísmica corresponde a um sistema estrutural porticado nas duas
direcções. Os estados limites regulamentes verificam-se igualmente para esta estrutura. Na direcção X,
realizaram-se alguns reajustes nas dimensões dos elementos comparativamente com os pórticos definidos para
a estrutura 1.3/2.3DCH a fim de equilibrar de forma mas sustentada as forças e as correspondentes armaduras
a colocar nos nós viga-pilar. A planta do piso tipo, a disposição dos elementos estruturais e as suas dimensões
apresentam-se na figura 5-19 e na peça desenhada nº21.

Período de Vibração
Fundamental da Estrutura

T1X = 1,23s

T1Y = 1,06s

Figura 5-19 – Solução estrutural obtida para a zona sísmica 1.2/2.3 – Ductilidade alta

111
5.7.1 - Classificação da estrutura

 Planta

Dado que:

1- As condições 1 a 4 relativas à regularidade em planta verificam-se pois as alterações efecuadas na estrutura


não põem em causa a sua validade;

2 – A condição 5 também é verificada pois em cada direcção a excentricidade estrutural, eox ou eoy é inferior a
30% do raio de torção r, sendo este último em cada direcção superior ou igual ao raio de giração da massa do
piso (ls) (ver Anexo J – Tabelas A 30 a A 32).

Os critérios 1 a 5 que definem a regularidade em planta apresentados em 3.1.3 verificam-se, logo a estrutura é
classificada de regular em planta.

 Altura
Não se efectou nenhuma alteração estrutural que prejudique as condições da estrutura já citadas no caso de
estudo 5.2 no que á regularidade em altura diz respeito, logo a mesma considera-se de regular em altura.

5.7.2 - Tipo de estrutura e coeficiente de comportamento

A estrutura apenas apresenta elementos verticais classificados no EC8 como pilares, por conseguinte trata-se
de um sistema estrutural denominado porticado nas duas direcções. O valor básico do coeficiente de
comportamento para este tipo de sistema estrutural em edifícios projectados para o nível de ductilidade alta
resulta do produto 4,5 . O quociente toma o valor 1,3 (sistema porticado com vários tramos). O
valor básico do coeficiente de comportamento não é passível de redução pois a estrutura é regular em planta e
em altura. O valor de Kw é unitário nas duas direcções visto tratarem-se de sistemas porticados. O valor do
coeficiente de comportamento a adoptar em cada direcção apresenta-se na tabela 5-137.

Direcção q0 q
X 4,5 1,3 1,0 5,85
Y 4,5 1,3 1,0 5,85
Tabela 5-137 – Valores do coeficiente de comportamento, estrutura 1.2/2.3DCH

5.7.3 - Análise Dinâmica da estrutura

Os resultados relativos à análise dinâmica da estrutura apresentam-se na tabela A 17 do Anexo I. Obtidos os


valores dos períodos de vibração fundamentais da estrutura e os coeficientes de comportamento da mesma
nas duas direcções determinou-se o valor do factor de ductilidade em curvatura que está associado à taxa
máxima de armadura nas zonas críticas conferindo-lhes a ductilidade necessária.

Dado que ,

Para as vigas e as zonas críticas da base de pilares

112
Tal como para a zona sísmica 1.3/2.3DCH, e pelos motivos também já citados, efectuou-se uma redução de 1/3
no valor do coeficiente de comportamento para as restantes zonas críticas do pilar acima da base. Assim,

5.7.4 - Definição do espectro de cálculo

Para realizar a análise consideraram-se os espectros de cálculo apresentados na figura 5-20.


2,00
1,80
1,60
1,40
Sd(T)(m/s2)

1,20
1,00 Sismo Tipo I
0,80
Sismo Tipo II
0,60
0,40
0,20
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Período (s)

Figura 5-20 - Espectros de cálculo para os dois tipos de acção sísmica, zona sísmica 1.2/2.3DCH.

Para esta zona sísmica, note-se que a acção sísmica tipo I é totalmente condicionante qualquer que seja o
período da estrutura. Não se considerou a componente vertical da acção sísmica dado que a estrutura não
apresenta nenhuma das características apresentadas em 3.2.2 em que o EC8 recomenda a sua utilização.

5.7.5 - Verificação Estado Limite Utilização

Os painéis de enchimento entre elementos estruturais são constituídos igualmente por alvenaria de tijolo
(material frágil). Os valores dos deslocamentos obtidos apresentam-se na tabela 5-138 e não excedam o valor
limite que cumpre a condição 3.11.

Piso drx Modelo (cm) drx (cm) ν drx. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,443 2,58954 0,400 1,036 280 1,400
2 0,495 2,89303 0,400 1,157 280 1,400
3 0,472 2,75971 0,400 1,104 280 1,400
4 0,427 2,49642 0,400 0,999 280 1,400
5 0,370 2,16288 0,400 0,865 280 1,400
6 0,303 1,77366 0,400 0,709 280 1,400
7 0,227 1,32707 0,400 0,531 280 1,400
8 0,148 0,86394 0,400 0,346 280 1,400
9 0,148 0,86756 0,400 0,347 280 1,400
Tabela 5-138 – Verificação estado limite de utilização segundo X, estrutura 1.2/2.3DCH

113
Piso dry Modelo (cm) dry (cm) ν dry. ν (cm) h (cm) 0,005h (cm)
1 0,462 2,703 0,400 1,081 280 1,400
2 0,426 2,493 0,400 0,997 280 1,400
3 0,395 2,310 0,400 0,924 280 1,400
4 0,354 2,069 0,400 0,828 280 1,400
5 0,303 1,770 0,400 0,708 280 1,400
6 0,243 1,424 0,400 0,570 280 1,400
7 0,176 1,030 0,400 0,412 280 1,400
8 0,105 0,616 0,400 0,246 280 1,400
9 0,096 0,563 0,400 0,225 280 1,400
Tabela 5-139 – Verificação estado limite de utilização segundo Y, estrutura 1.2/2.3DCH

5.7.6 - Verificação Estado Limite Último

 Verificação efeitos de segunda ordem


Na tabela 5-140 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para que se verifique a condição 3.10
que define a necessidade ou não da contabilização dos efeitos de 2ºordem.

Piso drx/h dry/h VX,total (KN) Vy,total (KN) P total (KN) Θx Θy


1 0,0093 0,0097 1523 1778 30171 0,18 0,16 1,20 1,00
2 0,0103 0,0089 1480 1728 26383 0,18 0,14 1,21 1,00
3 0,0099 0,0083 1395 1629 22595 0,16 0,11 1,18 1,00
4 0,0090 0,0074 1268 1480 18808 0,13 0,09 1,14 1,00
5 0,0077 0,0063 1098 1282 15020 0,11 0,07 1,00 1,00
6 0,0063 0,0051 885 1034 11232 0,08 0,06 1,00 1,00
7 0,0047 0,0037 630 736 7444 0,06 0,04 1,00 1,00
8 0,0031 0,0022 333 388 3657 0,03 0,02 1,00 1,00
9 0,0027 0,0018 34 40 336 0,03 0,01 1,00 1,00
Tabela 5-140 – Verificação dos efeitos de 2º ordem, estrutura 1.2/2.3DCH

De acordo com os resultados obtidos há necessidade contabilizar os efeitos de segundo ordem nas duas
direcções.

 Dimensionamento

- Vigas – (Ver Peça Desenhada nº 22)

As dimensões, o comprimento(s) da(s) zona(s) crítica(s) e as respectivas áreas de armadura mínima e máxima
para as vigas são as apresentadas na tabela 5.141.

EC2 EC8
Viga b (m) h (m) d (m) lcr (m)
Asmin (cm2) Asmáx (cm2) Asmin (cm2)
V1 0,25 0,80 0,72 1,20 2,71 80,00 5,22
V2 0,25 0,55 0,50 0,83 1,86 55,00 3,58
V3 0,25 0,55 0,50 0,83 1,86 55,00 3,58
V4 0,25 0,70 0,63 1,05 2,37 70,00 4,57
V5 0,25 0,65 0,59 0,98 2,20 65,00 4,24
Tabela 5-141 – Características geométricas, áreas de armadura mínima e máxima para as vigas, estrutura 1.2/2.3DCH

Na tabela 5-142 apresentam-se os valores dos momentos flectores condicionates e a área necessária de
armadura longitudinal a colocar nas várias secções das vigas.

114
Momentos Modelo (KN.m) Momentos Amplificados (KN.m) Armadura Necessária (cm2)
Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
- -320,00 -214,70 -382,66 -265,74
M 12,94 8,68
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V1
+ 233,00 159,80 278,63 191,09
M 9,42 6,46
Piso 2 Piso 2 Piso2 Piso2
-116,60 -146,00 -142,91 -178,94
M- 7,22 9,04
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V2
90,50 95,00 110,92 116,43
M+ 5,60 5,88
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
- -122,10 -141,40 -149,65 -173,30
M 7,56 8,76
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
V3
88,90 80,94 108,96 99,20
M+ 5,50 5,01
Piso 2 Piso 2 Piso 2 Piso 2
-279,00 -341,95
M- - - - 13,32
Piso 2 Piso 2
V4
+ 274,00 335,85
M - - - 13,08
Piso 2 Piso 2

- -215 / -60 -257 / 72


M - - 10,84 / 3,03 -
Piso 1 Piso1
V5
158 / 60 189 / 72
M+ - - 7,97 / 3,03 -
Piso 1 Piso 1
Tabela 5-142 – Momentos flectores de cálculo e respectivas armaduras necessárias para as vigas, estrutura 1.2/2.3DCH.

Em função da armadura colocada na viga determinaram-se os respectivos momentos flectores resistentes. Os


mesmos apresentam-se na tabela 5-143.

Armadura Longitudinal Colocada Mrd (KN.m)


Viga As Apoio ½ Apoio Apoio ½
Apoio interno
externo Vão interno externo Vão
16+ 20 16 16 -
Superior 2 2 -397,56 -297,28
(13,44cm ) (10,05cm ) (10,05cm2) 297,28
V1
16 16 16
Inferior 297,28 237,82 237,82
(10,05cm2) (8,04cm2) (8,04cm2)
4 16 5 16 3 16 -
Superior 2 2 2 -159,13 -198,91
(8,04cm ) (10,05cm ) (6,03cm ) 119,35
V2
16 16 16
Inferior 2 2 119,35 119,35 119,35
(6,03cm ) (6,03cm ) (6,03cm2)
4 16 5 16 3 16 -
Superior -159,13 -198,91
(8,04cm2) (10,05cm2) (6,03cm2) 119,35
V3
16 16 16
Inferior 119,35 119,35 119,35
(6,03cm2) (6,03cm2) (6,03cm2)
16+ 20 16+ 20 -
Superior - 2 2 - -344,94
(13,44cm ) (13,44cm ) 344,94
V4
16+ 20 16+ 20
Inferior - - 334,94 334,94
(13,44cm2) (13,44cm2)
16+1 20/2 16 16 -265,05
Superior 2 - 2 - -95,30
(11,18/4,02) cm (4,02cm ) -95,30
V5
16/2 16 16 190,61
Inferior - - 95,30
(8,04/4,02) cm2 (4,02cm2) 95,30
Tabela 5-143 – Armaduras colocadas e respectivos momentos flectores resistentes para as vigas.

115
Em função dos valores apresentados na tabela 5-143, através das expressões 4-17 e 4-18 obtiveram-se os
resultados apresentados na tabela 5-144 referentes à verificação da ductilidade local nas vigas. A armadura de
tração colocadas na(s) zona(s) crítica(s) das viga(s) não excede em nenhum dos casos a armadura máxima de
tracção calculada para um factor de ductilidade em curvatura mínimo. A área de armadura de compressão
apresenta-se sempre superior a 50% da área de armadura de tracção colocada nas zonas críticas. Verificadas
estas duas condições, a ductilidade local das vigas encontra-se assegurada desde que salvaguardado o
espaçamento máximo entre estribos.
2
Ascompressão/Astracção Asmáx,tracção (cm )
Viga
A. Interno A. Externo A. Interno A. Externo
V1 0,75 0,80 16,45 14,44
V2 0,75 0,60 10,43 10,43
V3 0,75 0,60 10,43 10,43
V4 - 1,0 - 19,04
V5 0,72 - 13,24 -
Tabela 5-144 – Rácios de armadura de compressão/tracção. Armadura máxima de tracção nas vigas, estutura 1.2/2.3DCH

Na tabela 5-145 apresentam-se os valores dos parâmetros necessários para calcular o diâmetro máximo dos
varões longitudinais que atravessam os respectivos nós viga-pilar com adequada aderência. Os valores
obtiveram-se recorrendo às expressões 4.59 e 4.60 para os nós viga-pilar interiores e exteriores,
respectivamente.

Viga Nó νd kd Ø Máximo
Exterior 0,010 - - 1,2 18,90
V1
Interior 0,030 0,61 1,0 1,2 24,87
Exterior 0,010 - 1,0 1,2 18,90
V2
Interior 0,030 0,58 1,0 1,2 16,37
Exterior 0,010 - 1,0 1,2 18,90
V3
Interior 0,030 0,58 1,0 1,2 16,37
Exterior 0,005 - 1,0 1,2 35,56
V4
Interior - - - - -
Exterior - - - - 10,50
V5
Interior 0,010 0,61 1,0 1,2 23,05/12,36
Tabela 5-145 – Diâmetros máximos dos varões das vigas para nós interiores e exteriores, estrutura 1.2/2.3DCH

Considerando os resultados apresentados na tabela 5-145, pelas mesmas razões que as apresentadas para a
estrutura da zona sísmica 1.3/2.3DCH, consideraram-se os pilares do grupo 7 e do grupo 6 na menor direcção
como pilares secundários.

O valor do esforço transverso de cálculo nas vigas é obtido da aplicação das expressões 4.13 e 4.14 desde que
este seja maior que o valor retirado directamente do modelo para a situação sísmica de cálculo. Os valores
apresentam-se na tabela 5-146.

116
Viga L (m) Mrd -esq (KN.m) Mrd-dir (KN.m) (KN) Vmáx, EC8 (KN) V,modelo (KN) V,ED (KN)
397,56 397,56
3,38 33,70 280,39 128,00 280,39
297,28 297,28
V1
297,28 397,56
3,72 36,70 241,66 107,00 241,66
237,82 297,28
159,13 159,13
2,44 13,50 150,46 55,30 150,46
119,35 119,35
V2
198,91 159,13
2,55 22,30 172,07 57,30 172,07
119,35 119,35
159,13 159,13
2,83 18,24 136,32 54,90 136,32
119,35 119,35
V3
198,91 159,13
3,65 28,50 133,13 45,24 133,13
119,35 119,35
344,94 344,94
V4 1,70 16,62 503,59 88,74 503,59
344,94 344,94
265,05 95,30
1,99 13,43 230,73 52,60 230,73
190,61 95,30
V5 95,30 95,30
1,07 16,00 229,76 - 229,76
95,30 95,30
95,30 265,05
2,80 17,40 171,84 43,20 171,84
95,30 190,61
Tabela 5-146 – Valores do esforço transverso de cálculo em vigas, estrutura 1.2/2.3DCH.

Para vigas que ligam directamente a pilares há necessidade de quantificar a inversão do sinal de esforço
transverso devido à acção sísmica. Para tal, é necessário determinar o parâmetro ζ associado ao esforço
transverso máximo e mínimo desenvolvido na(s) zona(s) crítica(s) de uma viga sísmica primária. Os valores
obtidos para ζ apresentam-se na tabela 5-147.

Viga V (KN) Vão Exterior Vão Interior


Pilar exterior Pilar Interior Pilar Interior Pilar Exterior
Máximo 229,01 242,21 279,73 279,73
V1 Mínimo -168,81 -155,61 -212,19 -212,19
ζ -0,74 -0,64 -0,76 -0,76
Máximo 153,35 172,07 151,02 151,02
V2 Mínimo -127,47 -108,75 -124,02 -124,02
ζ -0,83 -0,63 -0,82 -0,82
Máximo 133,13 120,06 136,32 136,32
V3 Mínimo -63,06 -76,13 -116,71 -116,71
ζ -0,47 -0,63 -0,86 -0,86
Máximo 503,59 - -
V4 Mínimo -470,35 - -
ζ -0,93 - -
Máximo - 171,84 229,64 -
V5 Mínimo - -105,13 -158,12 -
ζ - -0,61 -0,69 -
Tabela 5-147 – Valores de ζ, estrutura 1.2/2.3DCH

Efectivamente, em quase todas as situações ζ é inferior a -0,5, portanto há necessidade de averiguar a


necessidade ou não de colocar armadura longitudinal inclinada nas vigas para resistir ao esforço transverso.
Assim, considerado para cada viga o valor mais desfavorável ζ obteve-se,

117
para a viga 1,

para a viga 2,

para a viga 3,

Para a viga 4,

Para a viga 5,

Com excepção da viga V4, os valores de não excedem os valores obtidos da expressão logo a
resistência ao esforço transverso destas vigas pode ser calculada de acordo com o EC2, não sendo necessário a
colocação de armadura diagonal. A área total de armadura diagonal a colocar na viga 4 resulta da aplicação da
expressão 4.42.

Considerando os valores de cálculo apresentados na tabela 5-146, aplicando as expressões 10.7 e 10.8 do
Anexo C obtiveram-se as armaduras a colocar na(s) zona(s) crítica(s) das viga(s) e os respectivos valores de
esforço transverso resistente.

Viga bw (m) z (m) Θ (º) Armadura adoptada Asw/s (cm2/m) Vrd (KN) Vrd,máx (KN)
0,25 0,64 45 8//0,10 10,06 283,57 972,00
V1
0,25 0,64 45 8//0,10 10,06 283,57 972,00
0,25 0,40 45 //0,10 10,06 194,96 668,25
V2
0,25 0,40 45 //0,10 10,06 194,96 668,25
0,25 0,40 45 8//0,10 10,06 194,96 668,25
V3
0,25 0,40 45 8//0,10 10,06 194,96 668,25
V4 0,25 0,57 45 10//0,075 20,94 516,47 850,50
0,25 0,53 45 8//0,10 10,06 230,40 789,75
V5 0,25 0,53 45 //0,10 10,06 230,40 789,75
0,25 0,53 45 8//0,10 10,06 230,40 789,75
Tabela 5-148 – Valores do esforço transverso resistente para as vigas, estrutura 1.2/2.3DCH

Na tabela 5-149 apresentam-se os valores do espaçamento máximo entre estribos para a(s) zona(s) crítica(s) e
a meio vão da viga obtidos através das expressões 4.59 e 10.9 do Anexo C, bem com as respectivas armaduras
transversais colocadas.

118
Espaçamento (cm) Armadura Transversal
Viga
Zona Crítica – EC8 ½ Vão – EC2 Zona Crítica ½ Vão
V1 9,6 10,8 //0,10 //0,20
V2 9,6 74,0 //0,10 //0,20
V3 9,6 74,0 8//0,10 8//0,20
V4 9,6 95,0 10//0,10
8//0,10
V5 9,6 88,0 //0,10 8//0,20
8//0,10
Tabela 5-149 – Armadura transversal nas vigas, estrutura 1.2/2.3DCH

- Pilares – (Ver Peça Desenhada nº23)


O esforço axial reduzido máximo a que os pilares podem estar sujeitos para a situação sísmica de cálculo não
deve ser superior a 0,55 para estruturas projectadas para um nível de ductilidade alta. Os valores máximos de
esforço axial reduzido e o comprimento da zona crítica para cada grupo de pilares apresentam-se na tabela 5-
150. Os valores obtidos são inferiores ao limite regulamentar permitido pelo EC8.

Grupo Pilares Pilares lmaior (m) lmenor(m) lcr (m) νd


1 P1C, P1E, P1G 0,55 0,25 0,83 0,44
2 P2A, P4A, P5A, P2I, P4I, P5I 0,85 0,25 1,28 0,39
3 P6B, P6D, P6F, P6H 0,55 0,25 0,83 0,38
4 P1A, P1I, P6A, P6I 0,45 0,45 0,68 0,34
5 P4D, P4F 0,80 0,25 1,20 0,41
6 P2D,P2F, P5D, P5F 0,85 0,25 1,28 0,51
7 P3D, P3F 0,40 0,25 0,60 0,45
Tabela 5-150 – Características geométricas dos pilares e respectivo esforço axial reduzido, estrutura 1.2/2.3DCH

Os valores dos momentos flectores de cálculo a considerar para dimensionamento dos pilares devem ser
obtidos por aplicação da expressão 5.15 visto que a estrutura é classificada de porticada nas duas direcções,
logo há necessidade de garantir que as rótulas plásticas se formam nas vigas e não nos pilares. Os valores dos
momentos flectores de cálculo apresentam-se no Anexo K. Em função dos mesmos determinou-se a armadura
longitudinal a colocar em cada um dos pilares. A armadura longitudinal colocada em cada grupo de pilares,
bem como a corresponde percentagem mínima e máxima de armadura longitudinal apresentam-se na tabela 5-
151.

Piso Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7


20 25 25 16
0 a topo + + + + + + +
10 12 12 12 10 12 12 16 12 12 12 12 12
25 16
-2 a 0 - - - - + + +
12 12 12 12 12
2
As,mín (cm ) 23,86 33,20 23,86 36,68 23,86 33,20 14,82
As,máx (cm2) 23,86 33,20 23,86 36,68 23,86 33,20 14,82
% Mín. 1,74 1,56 1,74 1,81 1,66 1,56 1,48
% Máx. 1,74 1,56 1,74 1,81 1,66 1,56 1,48
Tabela 5-151 – Armadura longitudinal dos pilares e respectivas taxas de armadura, estrutura 1.2/2.3DCH.

Os valores obtidos para as percentagens de armadura longitudinal nos pilares encontram-se dentro dos
regulamentares (1 a 4 %).

119
Considerando os esforços axiais condicionantes e as respectivas armaduras colocadas nos pilares
determinaram-se os momentos flectores resistentes. Posteriormente, considerando estes valores através da
regra de cálculo pela capacidade real traduzida pelas expressões 4.15 e 4.16 obtiveram-se os valores de esforço
transverso de cálculo. Os resultados apresentam-se nas tabelas 5-152.

Grupo Pilares L (m) Mrd,y Mrd,z VED,z VED,y As,z/s (cm2/m) As,y/s (cm2/m)
1 2,25 330,00 106,00 381,33 122,49 19,10 14,90
2 2,00 765,00 155,00 994,50 201,50 31,36 24,50
3 2,25 328,00 113,00 379,02 130,58 18,98 15,88
4 2,00 379,00 379,00 492,70 492,70 30,69 30,69
5 2,15 700,00 147,00 846,51 177,77 28,45 21,62
6 2,10 775,00 158,20 959,52 195,87 30,26 23,82
7 2,15 155,00 92,00 187,44 111,26 13,30 13,53
Tabela 5-152 – Valores de esforço transverso de cálculo dos pilares e respectiva armadura necessária, estrutura 1.2/2.3DCH

Considerando Θ=45º, através das expressões 10.7 e 10.8 do Anexo C obteve-se a armadura transversal a
colocar nos pilares e os respectivos valores de esforço transverso resistente. Os valores obtidos apresentam-se
nas tabelas 5-153 e 5-154.

Armadura Colocada
Grupo As/s,mínima Vrd Vrd,máx
d(m) z(m) (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
Pilares (cm2/m) (KN) (KN)
Zona Crítica da Base Restantes Zonas Críticas
1 0,51 0,46 10//0,05 8//0,05 20,10 401,33 605,88
2 0,81 0,73 10//0,05 10//0,05 31,40 962,28 962,28
3 0,51 0,46 10//0,05 8//0,05 20,10 401,33 605,88
4 0,41 0,37 //0,10+ //0,10 10//0,10+ 8//0,10 30,80 494,39 876,74
5 0,76 0,69 //0,05 10//0,05 31,40 902,88 902,88
6 0,81 0,73 //0,05 12//0,05 45,24 962,28 962,28
7 0,36 0,32 10//0,05 10//0,05 31,40 427,68 427,68
Tabela 5-153 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Z, estrutura 1.2/2.3DCH

Armadura Colocada
Grupo As/s,mínima Vrd Vrd,máx
d(m) z(m) (Cinta Exterior + Cintas Interiores/Ganchos)
Pilares (cm2/m) (KN) (KN)
Zona Crítica da Base Restantes Zonas Críticas
1 0,21 0,19 10//0,05+ 10//0,05 8//0,05+ 8//0,05 70,40 548,86 548,86
2 0,21 0,19 10//0,05+ //0,05 10//0,05+ 10//0,05 94,20 774,47 848,23
3 0,21 0,19 10//0,05+ 10//0,05 //0,05+ 8//0,05 50,20 412,72 548,86
4 0,41 0,37 //0,10+ //0,10 10//0,10+ 8//0,10 30,80 494,39 876,74
5 0,21 0,19 //0,05+ //0,05 //0,05+ //0,05 94,20 774,47 798,34
6 0,21 0,19 //0,05+ //0,05 12//0,05+ 10//0,05 108,00 848,23 848,23
7 0,21 0,19 10//0,05+ //0,05 10//0,05+ //0,05 62,80 399,17 399,17
Tabela 5-154 – Armadura transversal mínima colocada nos pilares segundo Y, estrutura 1.2/2.3DCH

O valor do espaçamento máximo entre cintas na zona(s) crítica(s) dos pilares resulta da aplicação da expressão
4.57. Os valores obtidos apresentam-se na tabela 5-155, bem como o resumo das armaduras transversais
colocadas dentro e fora da(s) zona crítica(s) dos pilares.

120
Zona Crítica base Restantes Zona Críticas ½ Vão
Grupo
Cinta Cintas Cintas Cintas Cinta Cintas
Pilares Smáx (cm)
Exterior Int./Ganchos Exterior Int./Ganchos Exterior Interiores
1 5,3 10//0,05 10//0,05 8//0,05 8//0,05 8//0,20 8//0,20
2 5,3 10//0,05 //0,05 10//0,05 10//0,05
3 5,3 10//0,05 //0,05 8//0,05 8//0,05 8//0,20 //0,20
4 9,6 //0,10 //0,10 10//0,10 8//0,10
5 5,3 //0,05 //0,05 10//0,05 //0,05
6 5,3 //0,05 //0,05 12//0,05 10//0,05
7 5,3 10//0,05 //0,05 10//0,05 //0,05 8//0,20 8//0,20
Tabela 5-155 – Armadura transversal colocada nos pilares dentro e fora da zona crítica, estrutura 1.2/2.3DCH

A ductilidade necessária na(s) zona(s) crítica(s) dos pilares é assegurada caso se verifique a condição 4.22 para
a armadura transversal colocada e o valor mínimo do factor de ductilidade em curvatura já calculado em 5.6.3.
As tabela 5-156 e 5.157 resumem os valores dos parâmetros necessários para realizar a verificação
corresponde ao adequado confinamento da(s) zona crítica(s) dos pilares. Os cálculos efectuados encontram-se
no anexo K.

Grupo ωwd,real
νd,máx bc b0 α αωwd,real´ αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,44 0,56 0,86 0,48 0,48>0,45
2 0,39 0,25 0,16 0,55 0,72 0,40 0,40>0,39
3 0,38 0,56 0,75 0,42 0,42>0,38
4 10,7 0,34 0,45 0,36 0,64 0,49 0,32 0,32>0,26
5 0,41 0,53 0,77 0,42 0,42>0,41
6 0,51 0,25 0,16 0,54 1,04 0,59 0,56>0,52
7 0,45 0,59 0,86 0,51 0,51>0,46
Tabela 5-156 – Verificação do adequado confinamento na base dos pilares, estrutura 1.2/2.3DCH.

Grupo ωwd,real
νd,máx bc b0 α αωwd,real´ αωwd,real μ ν ε
Pilares
1 0,44 0,56 0,54 0,30 0,30=0,30
2 0,39 0,25 0,16 0,55 0,54 0,30 0,30>0,24
3 0,38 0,56 0,47 0,26 0,26>0,23
6,8
4 0,34 0,45 0,36 0,64 0,38 0,24 0,24>0,16
5 0,41 0,53 0,58 0,31 0,31>0,25
6 0,51 0,25 0,16 0,54 0,62 0,33 0,33>0,32
7 10,7 0,45 0,59 0,86 0,51 0,51>0,46
Tabela 5-157 – Verificação do adequado confinamento nas zonas críticas acima da base dos pilares, estrutura 1.2/2.3DCH
Os valores obtidos garantem o confinamento necessário para as zonas críticas dos pilares.

- Nós Viga Pilar


Aplicando as expressões 4-31 e 4-32, considerando as áreas das armaduras longitudinais das vigas que
atravessam ou amarram nos nós vigas-pilar e os valores de esforço transverso obtidos do modelo obtiveram-se
os esforços transversos de cálculo para dimensionamento das armaduras transversais nos nós. Na tabela 5-158

121
apresentam-se os valores de esforço transverso de cálculo para os nós, bem como os valores máximos de
esforço transverso que garantem que não é excedido o valor da resistência do betão do nó à compressão.
2 2
Grupo As1 (cm ) As2 (cm ) Vc (KN) VED (KN) Vmáx (KN)
1 8,04 6,03 94,00 640,45 642,95
2 13,44 10,05 68,00 1158,18 1197,24
3 8,04 6,03 80,00 654,45 762,21
4 10,05 - 27,00 497,61 918,84
5 11,18 8,04 91,50 911,78 1025,35
6 13,44 - 105,00 596,57 691,52
Tabela 5-158 – Esforço transverso de cálculo nos nós viga-pilar, estrutura 1.5/2.4 DCH
Obtidos os esforços de cálculo constata-se que em nenhum grupo de pilares é excedido o valor máximo que
põe em causa a resistência do betão do nó à compressão.

A armadura transversal horizontal a colocar nos nós resulta da aplicação das expressões 4-40 e 4-41. Em função
do valor desta, determinou-se por aplicação da expressão 4-42 a quantidade de armadura vertical. Os valores
de armadura a colocar, bem como os valores necessários para os determinar apresentam-se na tabela 5-159.

Grupo η hjc (m) hjw (m) bj (m) d,máx d,min Ash (cm2) Asv (cm2) Ash colocada Asv colocada
1 0,53 0,46 0,46 0,25 0,38 0,03 16,48 10,99 12//0,05 20/face
2 0,53 0,76 0,71 0,25 0,34 0,03 27,51 19,63 12//0,05 25/face
3 0,53 0,46 0,46 0,25 0,32 0,03 16,48 12,99 12//0,05 /face
//0,10
4 0,53 0,36 0,46 0,45 0,29 0,01 9,57 4,99 + 16/face
//0,10
5 0,53 0,71 0,56 0,25 0,37 0,01 22,88 19,34 //0,05 /face
6 0,53 0,76 0,61 0,25 0,43 0,01 16,00 13,29 12//0,05 25/face
Tabela 5-159 – Armadura transversal horizontal e vertical a colocar nos nós viga-pilar, estrutura 1.2/2.3 DCH

Não se determinaram estas armaduras para o grupo de pilares 7 visto tratarem-se de pilares classificados como
secundários.

122
6. Quantidades e Custos

Após análise, verificação dos estados limites regulamentares e dimensionamento das várias estruturas em
estudo realizou-se uma estimativa do seu custo total em função das quantidades necessárias de cada material
para a sua execução em cada zona sísmica para os dois níveis de ductilidade. Efectuaram-se medições das
quantidades de betão, aço e cofragem para os diversos elementos estruturais. De referir que se consideraram
constantes, para todas as zonas sísmicas, as quantidades totais necessárias de cada material para a execução
das lajes, paredes de contenção e laje de ensoleiramento visto que os esforços de dimensionamento destes
elementos não variam significativamente para os vários níveis de acção sísmica que a estrutura poderá estar
sujeita em função da sua localização. A tabela 6.1 resume as quantidades necessárias de cada material para
execução das lajes, paredes de contenção e laje de ensoleiramento.

Elemento Estrutural A500NR (Kg) C30/37 (m3) Cofragem (m2)


Lajes Pisos Tipo 56158 569,67 2485,6
Parede de Contenção 4747 97,35 722,7
Laje de Ensoleiramento 15709 167,40 40,2
Total 76613 834,42 3248,5
Tabela 6-1 - Quantidades totais de betão, aço e cofragem para as lajes, paredes de contenção e laje de ensoleiramento.

As tabelas 6.2 a 6.7 resumem as quantidades totais necessárias de cada material para execução dos pilares,
vigas e paredes de estruturais para os dois níveis de ductilidade.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCM 1.3/2.3DCM 1.2/2.3DCM


Longitudinal 6068 10658 12014
Vigas
Transversal 1563 2055 2422
A500NR Longitudinal 11771 17870 15583
Pilares
(Kg) Transversal 8803 9090 6079
Longitudinal 0 0 7168
Paredes Estruturais
Transversal 0 0 8510
Total 28205 39673 51776
Tabela 6-2 - Quantidades totais de aço em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade média.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCM 1.3/2.3DCM 1.2/2.3DCM


Vigas 57,31 57,31 64,40
C30/37
Pilares 84,22 84,22 73,77
(m3)
Paredes Estruturais 0,00 0,00 74,76
Total 141,53 141,53 212,93
Tabela 6-3 - Quantidades totais de betão em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade média.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCM 1.3/2.3DCM 1.2/2.3DCM


Vigas 679,8 679,8 652,1
COFRAGEM
2 Pilares 1073,0 1073,0 799,0
(m )
Paredes Estruturais 0,00 0,00 651,3
Total 1752,8 1752,8 2102,4
Tabela 6-4 - Quantidades totais de cofragem em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade média.

123
ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCH 1.3/2.3DCH 1.2/2.3DCH
Longitudinal 5088 6903 11220
Vigas
Transversal 2301 2573 4006
A500NR Longitudinal 10773 13529 22783
Pilares
(Kg) Transversal 6370 8311 13580
Longitudinal 3879 4132 0
Paredes Estruturais
Transversal 6921 7558 0
Total 35332 43006 51589
Tabela 6-5 - Quantidades totais de aço em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade alta.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCH 1.3/2.3DCH 1.2/2.3DCH


Vigas 66,20 70,16 102,22
C30/37 (m3) Pilares 63,56 77,48 112,92
Paredes Estruturais 74,76 80,64 0,00
Total 204,52 228,28 215,14
Tabela 6-6 - Quantidades totais de betão em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade alta.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCH 1.3/2.3DCH 1.2/2.3DCH


Vigas 670,5 694,7 968,8
COFRAGEM (m2) Pilares 723,4 850,1 1188,3
Paredes Estruturais 631,5 689,9 0,00
Total 2025,4 2234,7 2157,1
Tabela 6-7 - Quantidades totais de cofragem em vigas, pilares e paredes estruturais para estruturas de ductilidade alta.

Para melhor comparação de resultados relativamente à quantidade total necessária de armadura, agruparam-
se os resultados para cada elemento sismo-resistente e zona sísmica. Os valores apresentam-se tabela 6-8.

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4DCM 1.3/2.3DCM 1.2/2.3DCM 1.5/2.4DCH 1.3/2.3DCH 1.2/2.3DCH


Vigas 7631 12713 14436 7389 9476 15226
A500NR Pilares 20574 26960 21662 17143 21840 36363
(Kg) Paredes
0 0 15678 10800 11690 0
Estruturais
Total 28205 39673 51776 35332 43006 51589
Tabela 6-8 - Resumo da quantidade total de armadura para os vários elementos sismo-resistentes.

Para execução das várias estimativas de custos, consideraram-se para os materiais os valores unitários de custo
apresentados na tabela 6.9.

Valores Unitários €
Aço A500NR (Euros/kg) 0,95
Betão C 30/37 (Euros/m3) 100
Cofragem (Euros/m2) 12
Tabela 6-9 - Valores unitários de custo dos vários materiais.

124
De acordo com as quantidades totais obtidas para cada material e o seu valor unitário de custo efectou-se uma
estimativa do custo total para cada estrutura. Os valores obtidos apresentam-se nas tabelas 6-10 e 6-11.

ZONA SÍSMICA
Elemento Estrutural
1.5/2.4DCM 1.3/2.3DCM 1.2/2.3DCM
Laje de Ensoleiramento 32.146,14 € 32.146,14 € 32.146,14 €
Lajes Piso Tipo 140.144,35 € 140.144,35 € 140.144,35 €
Paredes de Contenção 22.916,78 € 22.916,78 € 22.916,78 €
Pilares 40.842,82 € 46.909,52 € 37.544,02 €
Paredes Estruturais 0,00 € 0,00 € 30.185,46 €
Vigas 21.138,05 € 25.965,95 € 27.979,28 €
ESTIMATIVA CUSTO TOTAL 257.188,15 € 268.082,75 € 290.916,04 €
Tabela 6-10 – Custos totais das estruturas projectadas para o nível de ductilidade média em diferentes zonas sísmicas.

ZONA SÍSMICA
Elemento Estrutural
1.5/2.4DCH 1.3/2.3DCH 1.2/2.3DCH
Laje de Ensoleiramento 32.146,14 € 32.146,14 € 32.146,14 €
Lajes Tipo 140.144,35 € 140.144,35 € 140.144,35 €
Paredes de Contenção 22.916,78 € 22.916,78 € 22.916,78 €
Pilares 31.322,77 € 38.696,96 € 60.096,69 €
Paredes Estruturais 25.313,76 € 27.448,54 € 0,00 €
Vigas 21.685,79 € 24.354,60 € 36.312,06 €
ESTIMATIVA CUSTO TOTAL 273.529,60 € 285.707,38 € 291.616,03 €
Tabela 6-11 - Custos totais das estruturas projectadas para o nível de ductilidade alta em diferentes zonas sísmica.

125
7. Conclusões

De acordo com os resultados obtidos e apresentados nas tabelas 6-10 e 6-11 atesta-se que o custo total da
estrutura cresce com o aumento do nível da acção sísmica imposta e a ductilidade pretendida para a estrutura.
A variação do custo total das várias estruturas deve-se apenas à variação da quantidade necessária de cada
material para execução dos pilares, vigas e paredes estruturais, pois a quantidade necessária de cada material
para execução das lajes dos pisos tipo, a laje de ensoleiramento e as paredes de contenção considerou-se igual
para todas as estruturas e representa um custo fixo no seu valor global.

Relativamente à zona sísmica 1.5/2.4DCM, as dimensões dos elementos e consequentemente a rigidez da


estrutura são mínimas como se comprova pelos valores obtidos para Θ próximos de 0,20. As quantidades totais
necessárias de betão e cofragem para execução de cada estrutura dependem apenas das dimensões dos seus
elementos, já a quantidade total de armadura depende das dimensões dos elementos e dos esforços que os
mesmos estão sujeitos para a situação sísmica de cálculo. Para esta zona sísmica constata-se que as
percentagens de armadura longitudinal obtidas para os pilares são ligeiramente superiores à mínima exigida
(1%) e que a armadura longitudinal colocada nas vigas apresenta-se também ligeiramente superior à mínima
recomendada pelo EC8, o que comprova o baixo nível de esforços sísmicos que a estrutura está sujeita.
Relativamente à armadura mínima longitudinal para as vigas recomendada no EC8, note-se que esta é
praticamente o dobro da recomendada pelo EC2. Os valores referentes à taxa mínima de armadura
longitudinal nos pilares não são inferiores aos obtidos por dois motivos: o facto dos valores dos momentos
flectores de cálculo serem obtidos da aplicação da regra de cálculo pela capacidade real que garante a
formação das rótulas plásticas nas vigas; por razões construtivas e de confinamento dos pilares existe a
necessidade de colocar varões longitudinais intermédios em ambas as faces. A baixa aceleração a que a
estrutura está sujeita nesta zona sísmica reflecte-se igualmente pelos pequenos deslocamentos relativos entre
pisos obtidos nas duas direcções. Por outro lado, a reduzida dimensão dos pilares proporciona que os valores
de esforço axial reduzido ν e o correspondente grau de confinamento exigido sejam elevados. Por conseguinte,
há necessidade de considerar praticamente a mesma quantidade de armadura transversal que longitudinal
como se comprova pelos valores apresentados na tabela 6-2.

Comparando os resultados obtidos para a zona 1.5/2.4DCM com os obtidos para a zona 1.3/2.3DCM repare-se
que a quantidade total necessária de betão e cofragem é igual pois considerou-se a mesma estrutura como
solução final dado que, apesar do aumento dos deslocamentos relativos entre pisos para a zona 1.3/2.3DCM,
os estados limites regulamentares eram verificados para as duas zonas sísmicas. O aumento da aceleração em
cerca de duas vezes e meia proporciona um aumento global dos esforços sísmicos nos elementos sismo-
resistentes e consequentemente um aumento global da quantidade de armadura necessária, quer longitudinal,
quer transversal, como se comprova pelos valores apresentados na tabela 6-2. O aumento dos momentos
flectores nas vigas e consequentemente nos pilares refletem-se nos valores correspondentes às taxas mínimas
de armadura longitudinal destes elementos. Por sua vez, o aumento generalizado dos valores de esforço axial
nos pilares proporciona uma maior quantidade de armadura transversal necessária para que seja obtido o
confinamento adequado na base dos mesmos.

126
O aumento da quantidade total necessária de armadura entre estas duas zonas sísmicas traduz-se num
aumento do custo total da estrutura em cerca de 4,24%.

Considerou-se a estrutura referente às duas zonas sísmicas já analisadas sob o efeito da aceleração imposta
correspondente à zona sísmica 1.2/2.3DCM constatando-se necessário reajustar a rigidez da estrutura pois os
valores obtidos para os deslocamentos relativos entre pisos não verificavam o estado limite de utilização. A
estrutura porticada foi substituída por uma estrutura de paredes não acopladas nas duas direcções.

Relativamente à zona sísmica 1.2/2.3DCM verifica-se que as quantidades totais necessárias de todos os
materiais aumentam significativamente quando comparadas com as das duas zonas sísmicas já analisadas.

O aumento das quantidades totais de betão e cofragem justifica-se com o facto de terem sido introduzidas
paredes estruturais, cujo volume e área total lateral são muito maiores quando comparados com os dos
pilares. Note-se que as quantidades totais de todos os materiais para os pilares diminuíram pois suprimiram-se
alguns deles para introdução das paredes.

Relativamente às armaduras, a quantidade total necessária para as vigas aumentou, tal como já tinha
acontecido nas duas zonas sísmicas anteriormente analisadas. No entanto, para os pilares existe um
decréscimo da quantidade total necessária como se observa pela tabela 6-8. Este decréscimo acontece por dois
motivos: o facto de terem sido suprimidos alguns dos pilares; o facto do sistema estrutural de paredes não
acopladas, contrariamente ao sistema porticado, não exigir a garantia que as rótulas plásticas se formem nas
vigas ao invés dos pilares, o que possibilita que os valores dos momentos flectores de cálculo possam ser
retirados directamente do modelo. Estes apresentam-se inferiores aos valores obtidos caso se aplicasse a regra
de cálculo pela capacidade real. Relativamente às paredes estruturais, o reduzido espaçamento entre cintas
exigido para garantir o adequado nível de confinamento nos elementos de extremidade das zonas críticas,
conjugado com o nível de esforço transverso que estão sujeitas proporciona quantidades de armadura
longitudinal e transversal semelhantes.

O aumento global das quantidades totais necessárias para cada material traduz-se num aumento do custo total
da estrutura em cerca de 8,52%.

Na figura 7-1 apresenta-se um gráfico com as respectivas percentagens relativas ao aumento do custo total da
estrutura com o aumento da aceleração para o nível de ductilidade média.

Zonas Sísmicas
(DCM)
1.3/2.3 → 1.2/2.3 8,52%

1.5/2.4 → 1.3/2.3 4,24%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0%


Aumento do Custo Total da Estrutura (%)

Figura 7-1 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com ductilidade média.

127
Com a mudança do nível de ductilidade pretendido para a estrutura de média para alta, considerando a
aceleração correspondente à zona sísmica 1.5/2.4DCH e a estrutura referente a essa mesma zona sísmica mas
para o nível de ductilidade média como base de estudo, verificou-se após realizada uma primeira análise que os
efeitos de segunda ordem eram excessivos. Este aumento dos efeitos de segunda ordem justifica-se
unicamente devido ao aumento do coeficiente de comportamento correspondente a estruturas porticadas de
ductilidade alta pois os restantes parâmetros dos quais os efeitos de segunda ordem dependem são iguais para
os dois níveis de ductilidade. Para um qualquer sistema linear com um grau de liberdade sujeito a uma
aceleração na base, considerando por aproximação que o quociente é constante, a relação entre os
valores de Θ para os dois níveis de ductilidade é dada pela equação 7.1.

[ 7.1]

em que:

deslocamento relativo entre pisos obtido da análise elástica efectuada.

Assim é prudente afirmar que, para estruturas de igual rigidez preconizadas para níveis de ductilidade e
acelerações diferentes, os valores dos efeitos de segunda ordem variam proporcionalmente aos valores dos
coeficientes de comportamentos.

Por outro lado, para estruturas com igual sistema estrutural e correspondente coeficiente de comportamento,
a diminuição dos efeitos de segunda ordem assenta unicamente no aumento da rigidez da estrutura.
Considerando uma outra estrutura A de maior rigidez que a estrutura B de referência, com igual sistema
estrutural e admitindo um sistema linear com um grau de liberdade sujeito a uma aceleração na base,
e , constatou-se que e , logo

[ 7.2]

Para a presente zona sísmica em estudo realizaram-se várias iterações, desde já apresentadas e explicitadas em
5.5, até obter a solução estrutural final. Como solução final optou-se por uma estrutura idêntica à zona
1.2/2.3DCM reajustando-se a rigidez dos pilares e vigas.

As quantidades totais necessárias dos vários materiais, tal como para a zona sísmica 1.5/2.4DCM
correspondem a valores mínimos, correspondendo às exigências mínimas de dimensionamento que este nível
de ductilidade exige, que comparadas com as equivalentes referentes ao nível de ductilidade média são ainda
mais condicionantes.

Relativamente à zona 1.3/2.3DCH, mantendo a estrutura referente à zona sísmica 1.5/2.4DCH verificou-se que
o aumento da aceleração e consequente aumento das forças sísmicas absorvidas pelos elementos, não
possibilitou que se verificasse a segurança das paredes quanto à possível rotura por compressão diagonal da

128
alma devido ao esforço transverso. Para superar este efeito, optou-se por soluções com maior capacidade de
dissipação de energia nas duas direcções ao invés de aumentar a dimensão das paredes. Após realizadas várias
iterações, desde já apresentadas em 5.6, adoptou-se uma solução de paredes acopladas na direcção Y e
porticada na direcção X. Comparando a quantidade total necessária de cada material para a zona sísmica
1.3/2.3DCH com a zona sísmica 1.5/2.4DCH note-se que todas elas aumentaram. A quantidade total de
cofragem e betão aumentou dado que a área total lateral e volume dos elementos aumentaram.
Relativamente à armadura, o aumento do valor do coeficiente de comportamento nas duas direcções
viabilizaria esforços sísmicos menores caso se mantivesse a aceleração. No entanto, como se sabe existe um
aumento da aceleração em cerca de duas vezes e meia quando comparados os valores de referência da
aceleração imposta duas zonas sísmicas em análise. O aumento do valor da aceleração é mais relevante do que
o aumento do valor do coeficiente de comportamento na determinação da aceleração de cálculo e
posteriormente no cálculo dos esforços sísmicos, como consequência existe um aumento global dos mesmos
quando comparados com os obtidos para a zona sísmica 1.5/2.4DCH. Apesar do aumento global, a verificação à
segurança das paredes quanto à possível rotura por compressão diagonal da alma está assegurada pois existe
um aumento do número de paredes para o dobro, o que proporciona que o esforço que cada um delas está
sujeita seja inferior ao valor máximo de esforço transverso. Este acréscimo das quantidades totais traduz-se
num aumento do custo total da estrutura em cerca de 4,45%.

Submetida a estrutura final da zona sísmica 1.3/2.3DCH a uma aceleração maior, correspondente à zona
1.2/2.3DCH, constatou-se na direcção Y o mesmo efeito que na zona sísmica 1.3/2.3DCH relativamente à
verificação da segurança das paredes. Para resolver a questão, procedeu-se de igual modo que na zona
1.3/2.3DCH, aumentando-se a capacidade de dissipação da estrutura recorrendo a um sistema porticado. Na
direcção X manteve-se a estrutura porticada. A quantidade de betão e cofragem diminui devido à inexistência
de paredes na estrutura. No entanto, a quantidade de armadura total aumentou dado o acréscimo dos
esforços sísmicos, fruto da maior aceleração que a estrutura ficou sujeita.

De acordo com os resultados obtidos verificou-se um aumento de 2,07% para o custo total da estrutura.

Na figura 7-2 apresenta-se um gráfico com as respectivas percentagens relativas ao aumento do custo total da
estrutura com o aumento da aceleração para o nível de ductilidade alta.

Zonas
Sísmicas (DCH)
1.3/2.3 → 1.2/2.3 2,07%

1.5/2.4 → 1.3/2.3 4,45%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0%


Aumento do Custo Total da Estrutura (%)

Figura 7-2 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com ductilidade alta.

129
Comparando os valores obtidos para o custo total da estrutura, referentes a zonas com a mesma aceleração de
referência e níveis de ductilidade distintos, constatou-se que para o nível de aceleração mais baixo as
quantidades totais mínimas de cada material são maiores para o nível de ductilidade alta. Apesar do
coeficiente de comportamento ser praticamente igual nos dois casos, a maior rigidez da estrutura e as
exigências locais associadas ao nível de ductilidade proporcionam um aumento considerável das quantidades
necessárias de cada material. Este acréscimo traduz-se num aumento do custo global da estrutura em cerca de
6,35%, como se observa pela figura 7-3.

Relativamente ao nível de aceleração média, repare-se que a quantidade global de armadura longitudinal
correspondente aos elementos verticais (pilares e paredes estruturais) é semelhante para as duas estruturas.
Na direcção X, ambas as estruturas são porticadas com dimensões e forças de corte basal semelhantes,
residindo a grande diferença entre os dois dimensionamentos nas exigências ao nível dos nós viga-pilar
correspondentes ao nível de ductilidade elevado. Na direcção Y, apesar da existência de paredes acopladas
submetidas a esforços não muito elevados, há necessidade de lhes conferir a quantidade mínima exigida de
armadura, que só por si pode constatar-se igual ou superior à utilizada nos pilares da estrutura equivalente de
ductilidade média. Esta análise feita nas duas direcções ajuda a compreender o porque do mesmo valor global
para a armadura longitudinal destes elementos. Para a armadura transversal, as quantidades obtidas são
maiores para a estrutura de ductilidade alta como seria de esperar, dadas as maiores exigências e o maior valor
do coeficiente de comportamento. O aumento do custo total da estrutura associado ao aumento da
ductilidade para este nível de aceleração é de cerca de 6,57%.

Relativamente à zona sísmica à qual corresponde uma aceleração mais alta, repare-se que a quantidade de
total de armadura é semelhante para os dois níveis de ductilidade apesar de se registar a maior diferença entre
os valores dos coeficientes de comportamento adoptados. Visto que se regista a maior diferença entre os
valores do coeficiente de comportamento seria de esperar esforços sísmicos e posteriormente quantidades de
armadura na estrutura refentes ao nível de ductilidade alta menores. No entanto, a semelhança de valores
para a quantidade total necessária de armadura pode explicar-se com a importância que o dimensionamento
dos nós viga-pilar e as exigências associadas à ductilidade local dos elementos apresentam para estruturas
porticadas preconizadas para um nível de ductilidade alta. Para esta zona sísmica e um nível de ductilidade alta,
assinale-se que as quantidades totais necessárias de cada material para execução das vigas aumentaram
bruscamente. Este facto resulta do equilíbrio que é necessário garantir entre as dimensões dos pilares e vigas
sob pena de sobre dimensionar muito a armadura vertical a colocar nos pilares na zona dos nós. As exigências
ao nível do confinamento das zonas críticas dos pilares e dos nós viga-pilar para o nível de ductilidade alta,
fazem com que a quantidade de armadura transversal seja semelhante para os dois níveis de ductilidade.

As quantidades totais necessárias de cada material são praticamente iguais para os dois níveis de ductilidade, o
que se traduz num custo total para as estruturas praticamente igual.

Na figura 7-3 apresenta-se um gráfico com as respectivas percentagens relativas ao aumento do custo total da
estrutura localizada na mesma zona sísmica mas projectada para níveis de ductilidade diferentes (média e alta).

130
Zona Sísmica
(DCH/DCM)
1.2/2.3 0,24%

1.3/2.3 6,57%

1.5/2,4 6,35%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0%


Aumento do Custo Total da Estrutura (%)

Figura 7-3 – Aumento do custo total da estrutura com o aumento da aceleração para estruturas com ductilidade alta.

Conclui-se com o presente trabalho que para a situação sísmica de projecto há necessidade de definir a
dimensão/rigidez dos elementos sismo resistentes em função do valor da acção sísmica correspondente a cada
zona sísmica para que sejam cumpridas as verificações relativas aos estados limites último e de utilização.
Trata-se portanto de um processo iterativo até que em cada zona sísmica se obtenha a definição estrutural
final. As condicionantes arquitectónicas assumem-se como um desafio extra para o projectista do ponto de
vista de conceber uma estrutura que verifique a segurança e respeite a arquitectura presente. Deste modo, o
projetista terá de conjugar sempre os factores estruturais (rigidez, aceleração e coeficiente de comportamento
da estrutura) com a componente arquitectónica e obter uma solução que verifique os estados limites
regulamentares. De acordo com espectros de cálculo obtidos ao longo do processo de análise realizado, desde
a zona sísmica 1.5/2.4 até à zona sísmica 1.2/2.3, verificou-se que a acção sísmica do tipo I ganha
preponderância sobre a acção sísmica do tipo II com o aumento global das acelerações de referência. A provar
este facto está o aumento do intervalo de valores referentes aos períodos de vibração fundamentais da
estrutura em que a aceleração de cálculo para a acção sísmica tipo I se superioriza à acção sísmica do tipo II.

No dimensionamento das várias estruturas, qualquer que seja o nível de ductilidade, constatou-se que o uso de
elementos verticais muito alongados proporciona um grande comprimento para as suas zonas críticas,
sobretudo nos pilares, o que em determinadas circunstâncias quando o vão livre é reduzido pode levar ao seu
confinamento total em altura como se de uma zona crítica se tratasse. De referir que, apesar de não ter sido
sempre essa a opção, se verificou após realizadas as várias análises que para as várias zonas sísmicas do ponto
de vista estrutural seria viável considerar sempre estruturas porticadas que verificassem a segurança em cada
direcção. A comprová-lo estão as duas soluções, uma idealizada outra correspondente mesmo à solução final,
apresentadas em 5.4 e 5.7 para a zona sísmica de maior aceleração.

Para o nível de ductilidade elevado, o aumento geral dos valores do coeficiente de comportamento traduz-se
numa diminuição das forças sísmicas a que a estrutura está sujeita, que ao contrário do que seria de esperar
pode não traduzir menores quantidades totais de cada material. A grande redução do valor resistente de
esforço transverso máximo na zona crítica de paredes, juntamente com a grande amplificação do valor de
esforço transverso retirado do modelo, proporcionada pelo elevado valor do factor de amplificação , pode
levar o projectista a ter de recorrer a paredes de grandes dimensões e difíceis de compatibilizar com a

131
arquitectura. A redução do afastamento máximo entre cintas, na zona crítica dos pilares e paredes, de 1/2 para
1/3 da largura do betão confinado, acresce uma maior quantidade de armadura de confinamento necessária. A
necessidade de cálculo específico para dimensionar os nós viga-pilar faz com que a dimensão dos elementos
presentes (viga e pilar) seja equilibrada sob pena da quantidade de armaduras verticais a colocar nos pilares
exceder a correspondente taxa máxima de armadura (4%). Na Figura 7-4 apresenta-se uma comparação global
do custo total da estrutura através das percentagens associadas ao aumento relativo da mesma para cada zona
sísmica e nível de ductilidade. O valor obtido para cada uma das seis percentagens apresentadas na figura 7-4
resulta da aplicação da equação 7-3. Verifica-se através das percentagens apresentadas que optar por um nível
de ductilidade elevado apenas poderá ser vantajoso para zonas (zona sísmica1.2/2.3.) cujo nível da acção
sísmica imposto seja elevado, dada a proximidade entre os valores das percentagens.

Zona Sísmica
1.2/2.3 13,39%
13,11%

1.3/2.3 11,09%
4,24% Estruturas DCH
Estruturas DCM
1.5/2.4 6,35%
0,00%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0%


Aumento relativo do Custo Total da Estrutura (%)

Figura 7-4 – Percentagens de aumento relativo do custo da estrutura para as várias zonas sísmicas e níveis de ductilidade.

[ 7.3]

em que:

ArelCEzona e ductilidade em estudo Aumento relativo do custo total da estrutura associada à zona e ductilidade
em estudo.
CE zona e ductilidade em estudo Custo total da estrutura associado à zona e ductilidade em estudo.
CE mín Custo total mínimo, considerando todos os valores refentes ao custo total
da estrutura para cada uma das seis zonas sísmicas, tabelas 6-10 e 6-11.

Relativamente ao EC8 e às condições e restrições de dimensionamento que apresenta para o nível de


ductilidade alta pode referir-se que as mesmas encaminham o projectista a conceber uma estrutura com
grande capacidade de dissipação de energia correspondente a valores de coeficientes de comportamento
elevados, levando-o de certa forma a respeitar o mais possível o conjunto de princípios básicos que garantem à
partida um bom funcionamento da estrutura sob pena de obter uma solução estrutural final que corresponda a
quantidades exageradas de material e consequentemente um custo elevado. No entanto, dadas as questões
arquitectónicas, nem sempre é possível corresponder a nível estrutural com a melhor solução, havendo
necessidade de encontrar um equilíbrio entre as duas vertentes, estrutura e arquitectura, que corresponda a
uma solução de preço ideal.

132
8. Referências Bibliográficas

[1] NAUDIN, C. – “A Terra, um planeta vivo”, Edições Campo das Letras, Porto, 1998.

[2] www.lnec.pt/qpe/eurocodigos/situacao_na_europa#antecedentes

[3] FRAGOSO,M; BARROS,M. “Espectros De Resposta de Movimentos Sísmicos Consistentes com Histórias
de Deslocamentos, Velocidades e Acelerações”, Engenharia Civil, UM, 2005.

[4] LOPES, M; DELGADO, R. et al – “Sismos e Edifícios”, edições Orion, Lisboa, 2008.

[5] CARVALHO, E.C. – “Aplicação do EUROCÓDIGO 8 à concepção e projecto de edifícios - Aspectos gerais
e acção sísmica”, Seminário EC8 – Ordem dos Engenheiros, 2011.

[6] FARDIS, M.; CARVALHO, E.C; et al – “Designers´ Guide to EN 1998-1 and EN 1998-5”, Thomas Telford,
Londres, 2005.

[7] APPLETON, J.; MARCHÃO, C. – “Betão Armado e Pré-Esforçado II – Módulo 2- Lajes de Betão Armado”,
Departamento de Engenharia Civil, IST, Lisboa 2007.

[8] GOMES, A; VINAGRE, J. – “Betão Armado e Pré-Esforçado I - Tabelas de Cálculo”, Departamento de


Engenharia Civil, IST, Lisboa, 1997.

[9] APPLETON,J; GOMES,A. – “Noções sobre Concepção de Edifícios em Zonas Sísmicas”, Departamento
de Engenharia Civil, IST, Lisboa 1998.

[10] NP EN 1998-1: 2010; “Eurocódigo 8: Projecto de estruturas para resistência aos sismos – Parte 1:
Regras gerais, acções sísmicas e regras para edifícios”, IPQ.

[11] NP EN 1990: 2009: “Euródigo 0 – Bases para o projecto de estruturas”, IPQ.

[12] NP EN 1991-1-1: 2009; “Euródigo 1 – Acções em estruturas – Parte1-1: Acções gerais – Pesos
volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios”, IPQ.

[13] NP EN 1992-1-1: 2010; “Eurocódigo 2: Projecto de estruturas de betão – Parte 1-1: Regras gerais e
regras para edifícios”, IPQ.

[14] NARAYANAN, R.; BEEBY, A. – “Designers´ Guide to EN 1992-1-1 and EN 1992-1-2”, Thomas Telford,
Londres, 2005.

[15] CARVALHO, E.C. – “Aplicação do EUROCÓDIGO 8 à concepção e projecto de edifícios – Concepção,


análise estrutural e verificação de segurança”, Seminário EC8 – Ordem dos Engenheiros, 2011.

[16] COSTA, A. – “Projecto de estruturas para resistência aos sismos”, Seminário EC8 – Ordem dos
Engenheiros, 2011.

[17] CASTRO, L. – “Elementos Finitos para a Análise Elástica de Lajes”, Departamento de Engenharia Civil,
IST, Lisboa 2007.

133
[18] APPLETON, J.; MARCHÃO, C. – “Betão Armado e Pré-Esforçado I – Módulo 2- Verificação da Segurança
aos Estados Limites Últimos de Elementos com Esforço Axial Desprezável”, Departamento de
Engenharia Civil, IST, Lisboa 2007.

[19] CEB – “Ductility of Reinforced Concrete Structures”, Stuttgart 1998.

134
9. Lista de Peças Desenhadas

Nº Designação Escala
1/23 Planta Arquitectura do Piso Tipo 1:50
2/23 Pré – Dimensionamento – Planta do Piso Tipo 1:50
3/23 Betão Armado – Laje Ensoleiramento – Armaduras Superiores e Inferiores 1:50/1:20
4/23 Betão Armado – Laje do Piso Tipo – Armaduras Inferiores 1:50
5/23 Betão Armado – Laje do Piso Tipo – Armaduras Superiores 1:50
6/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Média 1:50
7/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Média 1:20
8/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Média 1:20
9/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Média 1:50
10/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Média 1:20
11/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Média 1:20
12/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Média 1:50
13/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Média 1:20
14/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Média 1:20
15/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Alta 1:50
16/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Alta 1:20
17/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.5/2.4 Ductilidade Alta 1:20
18/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Alta 1:50
19/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Alta 1:20
20/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.3/2.3 Ductilidade Alta 1:20
21/23 Dimensionamento – Planta do Piso Tipo – Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Alta 1:50
22/23 Betão Armado – Vigas V1 a V5 - Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Alta 1:20
23/23 Betão Armado – Quadro de Pilares - Zona Sísmica 1.2/2.3 Ductilidade Alta 1:20

135
10. Anexos

ANEXO A - Classificação dos solos segundo o EC8 (Quadro 3.1)

Parâmetros
Tipo NSPT
de Descrição do perfil estratigráfico
vs,30 (m/s) (pancadas/ cu(KPa)
solo
30cm)

Rocha ou outra formação geológica de tipo rochoso, que inclua, no


A > 800 - -
máximo, 5 m de material mais fraco à superfície

Depósitos de areia muito compacta, de seixo (cascalho) ou de argila


muito rija, com uma espessura de, pelo menos, várias dezenas de
B 360 - 800 > 50 > 250
metros, caracterizados por um aumento gradual das propriedades
mecânicas com a profundidade

Depósitos profundos de areia compacta ou medianamente


70 -
C compactada, de seixo (cascalho) ou de argila rija com uma espessura 180 - 360 15 - 50
250
entre várias dezenas e muitas centenas de metros

Depósitos de solos não coesivos de compacidade baixa a média (com


D ou sem alguns estratos de solos coesivos moles), ou de solos < 180 < 15 < 70
predominantemente coesivos de consistência mole a dura

Perfíl de solo com um estrato aluvionar superficial com valores de vs


E do tipo C ou D e uma espessura entre cerca de 5m a 20m, situado
sobre um estrato mais rígido com vs> 800 m/s

Depósitos constituídos ou contendo um estrato com pelo menos 10 m


< 100
S1 de espessura de argilas ou siltes moles com um elevado índice de - 10 - 20
(indicativo)
plasticidade (PI > 40) e um elevado teor de água

Depósitos de solos com potencial de liquefacção, de argilas sensíveis


S2
ou qualquer outro perfil de solo não incluído nos tipos A- E ou S1

A 1 – Classificação do tipo de solo segundo o EC8

Anexo B – Parâmetros do solo (NA)

O parâmetro S (coeficiente de solo) é definido no anexo nacional do EC8 da seguinte forma:

[ 10.1]

[ 10.2]

[ 10.3]

136
em que:

parâmetro cujo valor é definido nas tabelas A.2 e A.3;

valor de cálculo da aceleração à superfície para um solo do tipo A.

Em Portugal, para definir os espectros de resposta elástica correspondentes à acção sísmica do tipo I deve
adoptar-se os valores apresentados na tabela A2.

Tipo de Solo
A 1,00 0,1 0,6 2,0
B 1,35 0,1 0,6 2,0
C 1,60 0,1 0,6 2,0
D 2,00 0,1 0,6 2,0
E 1,80 0,1 0,6 2,0
A 2 – Valores referentes aos vários tipos de solos para uma acção sísmica tipo I.

Para definir os espectros de resposta elástica correspondentes à acção do tipo II deve adoptar-se os valores
apresentados na tabela A3.

Tipo de Solo
A 1,00 0,1 0,25 2,0
B 1,35 0,1 0,25 2,0
C 1,60 0,1 0,25 2,0
D 2,00 0,1 0,25 2,0
E 1,80 0,1 0,25 2,0
A 3 – Valores referentes aos vários tipos de solos para uma acção sísmica tipo II.

Anexo C - Parâmetros de Dimensionamento de acordo com o EC2.

 Vigas

- Armadura Longitudinal

O EC2 (art.º 9.1 (3)P) impõe um limite mínimo de armadura por secção a fim de evitar fendilhação excessiva do
elemento e garantir resistência a acções de coacção. Para o caso especifico de vigas é recomendada uma área
de armadura mínima calculada de acordo com a expressão 10.4.

[ 10.4]

Por outro lado, o EC (art.º 9.2.2.1 (3)P) também recomenda um limite máximo de armadura por secção cujo
valor é determinado pela expressão 10.5.

á [ 10.5]

137
- Armadura Transversal

De acordo com o EC2 (art.º 9.2.2 (5)P e (8)P) a armadura transversal mínima toma o seguinte valor

α [ 10.6]

em que:

A sw área total de armaduras de esforço transverso ao longo de s;

s espaçamento entre armaduras de esforço transverso;

bw largura da alma do elemento;

α ângulo formado entre as armaduras de esforço transverso e o eixo longitudinal. Considerou-se neste
projecto de 90º.

O valor de esforço transverso resistente é dado pelo menor dos valores obtidos das expressões 10.7 e 10.8
retiradas do EC2 (art.º 6.2.3 (3)P).

Θ [ 10.7]

α
á [ 10.8]
Θ Θ

Z braço interno entre as armaduras de compressão e tracção, que pode ser considerado de forma
simplificada como z = 0,9d;

fywd tensão de cedência de projecto dos estribos;

Θ ângulo entre o eixo da peça e a direcção das bielas comprimidas . No presente trabalho considerou-se
um valor de 45º.

1,0 para elementos não pré-esforçados;

factor de redução da resistência devido à fendilhação por corte (para f ck , =0,6)

Relativamente ao afastamento entre estribos, o EC2 (art.º 9.2.2 (6)P) considera um valor máximo quer na
direcção longitudinal ( á , quer na direcção transversal ( á , calculado de acordo com as expressões
10.9 e 10.10.

á α [ 10.9]

á [10.10]

 Pilares

- Armadura Longitudinal

A percentagem de armadura longitudinal por secção não deve ser superior a 4% fora das zonas de emenda e de
8% dentro das mesmas.

138
Em zonas comprimidas do pilar a distância entre um varão longitudinal não travado e um varão longitudinal
travado não deve ser superior a 150mm.

- Armadura Transversal

O diâmetro da armadura transversal em pilares não deve ser a inferior a 6mm segundo o EC2 (art.º 9.5.3 (1)P).

O espaçamentos entre estribos ou cintas ao longo do eixo do pilar não deve ser superior a

[10.11]

em que:

diâmetro mínimo dos varões longitudinais;

b menor dimensão do pilar;

O esforço transverso resistente é calculado de acordo com a formulação apresentada anteriormente para as
vigas.

 Paredes

- Armadura Longitudinal

A área de armadura vertical As,v deve estar compreendida entre os seguintes valores (art.º 9.6.2(1)P do EC2):

[10.12]

A distância máxima entre dois varões longitudinais adjacentes segundo o EC2 (art.º 9.6.2(3)P) é determinada
pela expressão 10.13.

[10.13]

- Armadura Transversal

A área de armadura horizontal deve ser superior ao valor determinado pela expressão 10.14.

[10.14]

A distância máxima entre dois varões horizontais segundo o EC2 (art.º 9.6.2(3)P) é 400mm.

O esforço transverso resistente é calculado de acordo com a formulação apresentada anteriormente para as
vigas.

Anexo D - Recobrimento de armaduras

O EC2 (art.º 4.4.1.2) define um recobrimento mínimo (cmin) que deve ser assegurado em todos os elementos
para que exista uma transmissão eficaz de forças de aderência, protecção contra a corrosão e uma adequada
resistência ao fogo. Este define-se como:

[10.15]

139
em que:

Recobrimento mínimo para os requisitos de aderência;

Recobrimento mínimo relativo às condições ambientais definido de acordo com as classes de


exposição e a classe estrutural;

Margem de segurança;

Redução do recobrimento mínimo no caso de utilização de aço inoxidável (art.º 4.4.1.2 (8P) do EC2);

Redução do recobrimento mínimo no caso de protecção adicional (art.º 4.4.1.2 (8) do EC2).

Na ausência de outras especificações os art.º 4.4.1.2 (6)P, (7)P e (8)P do EC2 recomendam respectivamente que
os valores de sejam nulos.

Definida a classe estrutural da estrutura (S4), o recobrimento mínimo a utilizar nos vários elementos
estruturais é função da sua classe de exposição. Estes apresentam-se na tabela A 4.

Elementos Classe de Exposição Classe de Betão


12(Ø12) 15
Lajes XC1 C30/37 16(Ø16) 15 16(Ø16)
20(Ø20) 20(Ø20)
Vigas XC4 C30/37 30 30
Pilares XC4 C30/37 30 30
Paredes Estruturais XC4 C30/37 30 30
Ensoleiramento XC4 C30/37 30 30
Paredes de
XC4 C30/37 30 30
Contenção
A 4 – Recobrimento mínimo para os vários elementos estruturais.

O recobrimento para os vários elementos estruturais, denominado de nominal (cnom), é definido no EC2 como:

[10.16]

em que:

toma o valor de 10mm de acordo com o EC2 art.º 4.4.1.1 (2)P.

Os recobrimentos nominais a considerar nos vários elementos estruturais são os apresentados na tabela A 5.

Elementos Classe de Exposição Classe de Betão (mm) (mm)


15
Lajes XC1 C30/37 16(Ø16) 10 30
20(Ø20)
Vigas XC4 C30/37 30 10 40
Pilares XC4 C30/37 30 10 40
Paredes Estruturais XC4 C30/37 30 10 40
Ensoleiramento XC4 C30/37 30 10 40
Paredes de Contenção XC4 C30/37 30 10 40
A 5 – Recobrimento nominal para os vários elementos estruturais.

140
Anexo E - Comprimento de amarração

O comprimento de amarração tem como finalidade garantir a transmissão de forças existentes no varão de aço
para o betão através da aderência entre ambos. O comprimento de amarração definido no EC2 (art.º 8.4.3 e
8.4.4) resulta da aplicação das expressões 10.17 a 10.22.

[10.17]

[10.18]

[10.19]

[10.20]

[10.21]

em que:

coeficiente que tem em conta o efeito da forma dos varões;

coeficiente que tem em conta o efeito do recobrimento mínimo do betão;

comprimento que tem em conta o efeito da cintagem das armaduras transversais;

comprimento que tem em conta a influência de um ou mais varões transversais soldados ao longo do
comprimento de amarração;

coeficiente que tem em conta o efeito da pressão ortogonal ao plano de fendilhação ao longo do
comprimento de amarração;

comprimento de amarração de referência;

Ø diâmetro do varão;

valor de cálculo da tensão na secção do varão a partir do qual é medido o comprimento de amarração;

tensão de aderência;

coeficiente relacionado com as condições de aderência;

“Boas” condições de aderência 1,0


Restantes Casos 0,7
A 6- Condições de aderência para os varões.

coeficiente relacionado com o diâmetro do varão;

Ø 1,0
Ø
A 7 – Coeficiente relacionado com o diâmetro

valor de cálculo da tensão de rotura do betão à tracção;

141
coeficiente que tem em conta os efeitos de longo prazo na resistência á tracção. Considerou-se 1,0.

1,5

comprimento mínimo de amarração;

Da aplicação das equações 10.20 e 10.21 obtém-se:

= 1,33Mpa = 2,1Mpa

Da aplicação das equações 10.17 a 10.19, considerando que σsd = 435Mpa = fyd e de forma conservativa que os
valores de a são iguais a 1,0, obtiveram-se os seguintes valores de , ,e para os respectivos
diâmetros. Os valores apresentam-se na tabela A 8.

Ø(mm) (m) 0,3 (m) 10 Ø(m) (m) (m) (m)


12 0,62 0,19 0,12 0,10 0,19 0,62
16 0,83 0,25 0,16 0,10 0,25 0,83
20 1,04 0,31 0,2 0,10 0,31 1,04
25 1,29 0,39 0,25 0,10 0,39 1,29
A 8 – Comprimento de amarração em função do diâmetro de cada varão.

Anexo F - Comprimento de emenda de armaduras

O comprimento de emenda (l0) têm como finalidade assegurar uma transmissão eficaz de forças entre varões
adjacentes através das forças de aderência geradas no betão. Este, é função do comprimento de amarração e
de vários outros parâmetros abaixo definidos. O EC2 (art.º 8.7.3) recomenda que o comprimento de emenda
seja calculado de acordo com as expressões 10.22 e 10.23.

[10.22]

[10.23]

em que:

( 1/25)0,5 não sendo superior a 1,5 nem inferior a 1. 1 diz respeito à percentagem de varões
emendados a uma distância inferior a 0,65l 0 da secção média de sobreposição.

Conservativamente tomou-se o valor de igual a 1,5 e os restantes valores de igual à unidade.

Os valores para o comprimento mínimo de sobreposição apresentam-se na tabela A 9.

Ø(mm) (m) 15Ø(m) (m) (m)


12 0,28 0,18 0,20 0,28
16 0,38 0,24 0,20 0,37
20 0,47 0,30 0,20 0,47
25 0,58 0,38 0,20 0,58
A 9 – Comprimento de emenda mínimo em função do valor do diâmetro do varão.

142
Através da aplicação da expressão 10.22 obteve-se o comprimento de emenda para cada diâmetro de varão.

Ø (mm) 1,5 (m) (m)


12 0,93 0,28 0,93
16 1,25 0,37 1,25
20 1,56 0,47 1,56
25 1,94 0,58 1,94
A 10 – Comprimento de emenda em função do valor do diâmetro do varão.

Nas zonas críticas dos vários elementos, devido aos ciclos de carga pós cedência, o EC2 (art.º 8.7.2 (2)P) não
permite que a emenda de varões se efectue pois a aderência aço/betão diminui.

Anexo G - Dimensionamento da Laje

 Estado limite Serviço

A verificação deste estado limite é assegurada de acordo com o EC2 se os dois parâmetros seguintes se
cumprirem:

1 - Verificação da deformação total do pavimento para a combinação quase-permanente de acções, artº7.4.1


(4)P do EC2;

Este parâmetro visa assegurar que a deformação do piso não é excessiva, garantindo um bom aspecto e uma
boa funcionalidade da estrutura. A deformação total do piso não deve exceder a relação L/250 em que L
corresponde ao vão de laje.

2 - Verificação do acréscimo de deformação após a entrada em serviço para a combinação quase-permanente


de acções, artº7.4.1 (5)P do EC2.

Este parâmetro difere do anterior no modo de cálculo e na finalidade, pois apenas diz respeito à parcela da
deformação obtida após a entrada da estrutura em serviço e restringe os deslocamentos por forma a que não
sejam excessivos ao ponto de originar fendilhação nos materiais não estruturais.

O valor do acréscimo de deformação é calculado como a diferença entre a flecha total a longo prazo e a flecha
instantânea não devendo ser superior a L/500.

Os valores de deslocamento obtidos no modelo dizem respeito a deslocamentos elásticos.

Para verificar estas duas condições há necessidade de calcular de forma mais rigorosa os valores do
deslocamento instantâneo e de deslocamento a longo prazo da laje. Para se atingir esse objectivo recorreu-se
ao método dos coeficientes globais que permite ter em conta o efeito da fendilhação e fluência. O coeficiente
de fluência adoptado toma o valor de 2,5.

A flecha instantânea é definida como,


3
a0 = k0 ac (h/d) [10.24]

143
em que:

k0 coeficiente que tem em conta o efeito da fendilhação e das armaduras;

ac deslocamento elástico;

h altura da laje;

d altura útil da laje.

A flecha total a longo prazo é definida como,


3
at = η kt ac (h/d) [10.25]

em que:

η coeficiente que traduz a influência da armadura de compressão;

kt coeficiente que tem em conta o efeito da fendilhação, armaduras e fluência.

Os valores de deslocamento elástico obtidos no modelo que representa a laje tipo para uma combinação quase
permanente de acções apresentam-se na Figura 10.1.

Figura 10-1 – Deslocamentos elásticos da laje para a combinação quase-permanente de acções.

Identificado o vão da laje condicionante é possível calcular a flecha instantânea e a longo prazo.

Cálculo da flecha instantânea a0:

Mcr = w.fctm = ((bh)2/6). fctm = (1,0x0,23)2/6 x 2900 = 25,6 KN.m

MED = MG = 32,7 KN.m> Mcr

Mcr / MED = 25,6 / 32,7 = 0,78

α = Es / Ec = 200 / 33 6,1

d = 0,23 – 0,03 = 0,2

144
= As / (b.d) = 9,58 10-4 / (1,0 0,2) = 4,79 10-3

α. = 6,1 4,79 10-3 = 0,03

k0 = 2,0

ac = 3,7 mm
3
a0 = 2,0 3,7 (0,23/0,2) = 11,3 mm

Cálculo da flecha a longo prazo at:

MED = Mcqp = 34,7 KN.m> Mcr

Mcr / MED = 25,6 / 34,7 = 0,73

α = Es / Ec = 200 / 33 6,1

d = 0,23 – 0,03 = 0,2

= / ( b.d) = 9,58 10-4 / (1,0 0,2) = 4,79 10-3

α. = 6,1 4,79 10-3 = 0,03

= 1,0

= 2,5

η = 0,88

kt = 4,25

ac = 4,0 mm

at = 0,88 4,25 4,0 (0,23/0,2)3 = 22,8 mm L/263 L/250

at - a0 = 22,8 – 11,3 =11,5 mm L/520 L/500

 Estado Limite Último

A verificação ao estado limite último de lajes é realizada de acordo com o EC2. Devem respeitar-se todos os
parâmetros construtivos que lhe estão associados. Realizou-se uma análise por elementos finitos com uma
malha adequada para a geometria da laje. Os valores dos momentos flectores de cálculo resultam da aplicação
em cada nó das expressões 10.26 e 10.27.

mxx’ = mxx |mxy| [10.26]

myy´= myy |mxy| [10.27]

Alguns dos valores de cálculo condicionantes para determinadas zonas da laje e a correspondente armadura
colocada podem ser consultados na tabela A 11. Por facilidade de cálculo e construtiva, adoptaram-se malhas
de armadura, quer ao nível superior, quer ao nível inferior, procedendo-se com reforços nas zonas necessárias.

145
As peças desenhadas nº4 e 5 dizem respeito às armaduras necessárias para verificação do estado limite último
da laje do piso tipo.

Momentos Flectores (kN.m/m) Armadura Colocada


Direcção X Direcção Y Direcção X Direcção Y
mxx’- mxx´+ myy’- myy´+ mxx’- mxx´+ myy’- myy´+
10//0,20 12//0,20 10//0,20 12//0,20

- 65,0 58,25 - 80 47,7 + + + +

16//0,20 10//0,20 16//0,20 10//0,20

A 11 – Momentos flectores de cálculo para as lajes e correspondente armadura colocada.

Anexo H – Fundações e Paredes de Contenção

Na eminência de existirem dois tipos de fundação (uma sapata isolada para suportar a carga proveniente dos
apoios da parte central da estrutura e uma sapata corrida para suportar a carga proveniente da parede de
contenção) apresentam-se na tabela A 12 os valores obtidos de esforço normal relativos à combinação rara de
acções para cada uma delas, bem como as correspondentes áreas necessárias mobilizar para que seja
garantida uma tensão no solo inferior à admissível. Considerou-se uma tensão admissível no solo de 300Kpa.

Fundação Nraro condicionante Anecessária (m2) Atotal (m2) Solicitação


Zona
15570 54,0
Central
(15,5x18,0) = 279
Paredes de
28860 96,2
Contenção
A 12 – Valores referentes ao cálculo da área necessária para as fundações.

Dado que a área necessária mobilizar para as fundações corresponde a mais de 50 % da área em planta do
edifício, optou-se por uma laje de ensoleiramento ao invés do conjunto sapata isolada mais sapata corrida.
Adoptou-se uma laje de ensoleiramento com 60 centímetros de espessura. Este valor foi determinado com
base na verificação da segurança ao punçoamento na zona dos apoios centrais. Para o seu dimensionamento,
efectuou-se um pequeno modelo da laje de ensoleiramento no programa de cálculo “Autodesk Robot
Structural Analysis”, salvaguardando-se que a colocação de uma malha superior e Inferior de 20//0,20
verificava os estados limite regulamentares.

Relativamente às paredes de contenção das caves, considerou-se que existia a possibilidade de escavar o
terreno da envolvente, não afectando o processo construtivo no seu dimensionamento. Por conseguinte,
concebeu-se um pequeno modelo das caves do edifício no programa de cálculo “Autodesk Robot Structural
Analysis” para analise e dimensionamento das paredes de contenção. Ao nível das acções nas paredes, além
dos impulsos provocados pelo solo considerou-se também, a possibilidade de existência de água na envolvente
do edifício proveniente de infiltrações e uma sobrecarga uniforme adjacente ao edifício. Para as combinações
de acções regulamentares referentes ao estado limite último verificou-se que o mesmo era salvaguardado para
uma espessura de 25 centímetros nas paredes e uma malha de armadura interior/exterior de 10//0,20.

146
Anexo I – Análise Modal

Os resultados da análise modal das estruturas correspondentes às várias zonas sísmicas para o nível de
ductilidade média apresentam-se nas tabelas A 13 a A15.

Frequência Período Mas.corr.UX Mas.corr.UY Mas.rel.UX Mas.rel.UY Movimento


Modo
(Hz) (seg) (%) (%) (%) (%) Principal
1 0,65 1,53 75,36 0,00 75,36 0,00 Translação X
2 0,67 1,50 0,00 76,55 75,36 76,55 Translação Y
3 0,88 1,13 1,14 0,00 76,50 76,55 Rotação Z
4 2,02 0,49 8,99 0,00 85,49 76,55 Translação X
5 2,08 0,48 0,00 9,12 85,49 85,68 Translação Y
6 2,71 0,37 0,12 0,00 85,61 85,68 Rotação Z
7 3,52 0,28 3,18 0,00 88,80 85,68 Translação X
8 3,66 0,27 0,00 3,21 88,80 88,88 Translação Y
9 4,70 0,21 0,03 0,00 88,83 88,88 Rotação Z
10 5,14 0,19 1,60 0,00 90,43 88,88 Translação X
11 5,40 0,19 0,00 1,56 90,43 90,44 Translação Y
12 6,82 0,15 0,76 0,00 91,19 90,44 Rotação Z
A 13 – Análise modal da estrutura referente às zonas sísmicas 1.5/2.4 e 1.3/2.3 de ductilidade média.

Frequência Período Mas.corr.UX Mas.corr.UY Mas.rel.UX Mas.rel.UY Movimento


Modo
(Hz) (seg) (%) (%) (%) (%) Principal
1 0,90 1,12 0,04 79,65 0,04 79,65 Translação Y
2 0,95 1,06 77,31 0,04 77,35 79,69 Translação X
3 1,15 0,87 0,36 0,01 77,71 79,70 Rotação Z
4 2,96 0,34 0,00 10,93 77,71 90,63 Translação Y
5 3,34 0,30 13,41 0,00 91,12 90,63 Translação X
6 3,75 0,27 0,02 0,00 91,14 90,63 Rotação Z
7 5,54 0,18 0,00 4,38 91,14 95,01 Translação Y
8 6,81 0,15 4,98 0,00 96,12 95,01 Translação X
9 7,08 0,14 0,00 0,00 96,12 95,01 Rotação Z
10 8,47 0,12 0,00 1,96 96,12 96,97 Translação Y
11 10,29 0,10 0,00 0,72 96,12 97,69 Rotação Z
12 10,98 0,09 2,06 0,00 98,18 97,69 Translação X
A 14 – Análise modal da estrutura referente à zona sísmica 1.2/2.3 de ductilidade média.

147
Os resultados da análise modal das estruturas correspondentes às várias zonas sísmicas para o nível de
ductilidade alta apresentam-se nas tabelas A 15 e A17.

Frequência Período Mas.corr.UX Mas.corr.UY Mas.rel.UX Mas.rel.UY Movimento


Modo
(Hz) (seg) (%) (%) (%) (%) Principal
1 0,85 1,18 0,47 77,28 0,47 77,28 Translação Y
2 0,94 1,07 74,13 0,85 74,60 78,13 Translação X
3 1,14 0,88 3,04 1,26 77,64 79,39 Rotação Z
4 2,76 0,36 0,03 10,76 77,67 90,15 Translação Y
5 3,27 0,31 11,58 0,10 89,25 90,25 Translação X
6 3,77 0,27 1,89 0,11 91,15 90,36 Rotação Z
7 5,16 0,20 0,01 4,41 91,15 94,77 Translação Y
8 6,49 0,15 3,02 0,04 94,18 94,81 Translação X
9 7,32 0,14 1,95 0,00 96,13 94,82 Rotação Z
10 7,83 0,13 0,02 1,87 96,15 96,68 Translação Y
11 9,10 0,11 0,01 0,74 96,15 97,43 Rotação Z
12 10,32 0,10 1,02 0,07 97,17 97,49 Translação X
A 15 – Análise modal da estrutura referente à zona sísmica 1.5/2.4 de ductilidade alta.

Frequência Período Mas.corr.UX Mas.corr.UY Mas.rel.UX Mas.rel.UY Movimento


Modo
(Hz) (seg) (%) (%) (%) (%) Principal
1 0,84 1,18 82,91 0,00 82,91 0,00 Translação X
2 1,34 0,75 0,00 72,04 82,91 72,05 Translação Y
3 1,68 0,59 0,02 2,14 82,93 74,19 Rotação Z
4 2,62 0,38 9,89 0,00 92,82 74,19 Translação X
5 4,57 0,22 3,34 0,00 96,16 74,19 Translação X
6 4,92 0,20 0,00 14,11 96,16 88,30 Translação Y
7 5,98 0,17 0,00 0,43 96,17 88,72 Rotação Z
8 6,65 0,15 1,61 0,00 97,78 88,72 Translação X
9 7,04 0,14 0,00 1,31 97,78 90,03 Translação Y
10 8,79 0,11 0,81 0,00 98,58 90,03 Translação X
11 10,70 0,09 0,37 0,17 98,95 90,21 Rotação Z
12 10,78 0,09 0,02 4,82 98,97 95,03 Translação Y
A 16 – Análise modal da estrutura referente à zona sísmica 1.3/2.3 de ductilidade alta.

Modo Frequência Período Mas.corr.UX Mas.corr.UY Mas.rel.UX Mas.rel.UY Movimento


(Hz) (seg) (%) (%) (%) (%) Principal
1 0,81 1,23 82,50 0,00 82,50 0,00 Translação X
2 0,95 1,06 0,00 84,94 82,50 84,94 Translação Y
3 1,20 0,83 0,46 0,00 82,96 84,94 Translação X
4 2,53 0,39 10,10 0,00 93,06 84,94 Translação X
5 2,92 0,34 0,00 9,41 93,06 94,35 Translação Y
6 3,66 0,27 0,05 0,00 96,10 94,35 Rotação Z
7 4,43 0,23 3,32 0,00 96,42 94,35 Translação X
8 5,02 0,20 0,00 2,85 96,42 97,20 Translação Y
9 6,26 0,16 0,01 0,00 96,43 97,20 Rotação X
10 6,44 0,15 1,60 0,00 98,02 97,20 Translação X
11 7,08 0,14 0,00 1,08 98,02 98,28 Translação Y
12 8,47 0,11 0,00 0,42 98,02 98,70 Translação Y
A 17 – Análise modal da estrutura referente à zona sísmica 1.2/2.3 de ductilidade alta.

148
Anexo J – Regularidade em Planta da Estrutura

Zona Sísmica 1.5/2.4 e 1.3/2.3 - Ductilidade Média

- Na direcção Y a estrutura é simétrica logo a excentricidade estrutural segundo X (e ox) é nula. Na direcção X
também é cumprida a condição que garante a regularidade de acordo com os valores apresentados na tabela A
18.

Piso eoy 0.3ry


1 0.30 2,83
2 0.30 2,85
3 0.30 2,87
4 0.30 2,87
5 0.30 2,87
6 0.30 2,89
7 0.30 2,89
8 0.30 2,84
A 18 – Comparação dos valores de eox com 30% do respectivo raio de torção.

em que segundo o EC8, .

Para obter os valores de ry houve necessidade de calcular KΘ e Kx. Assim, para o cálculo de KΘ aplicou-se um Mz
de valor significativo (10000KN) no centro de rigidez do piso 8 e para o cálculo de K x aplicou-se no mesmo uma
força Fx de igual valor. O valor das grandezas pretendidas resulta do quociente entre o esforço aplicado e o
deslocamento que lhe está associado. A tabela A 19 apresenta os deslocamentos obtidos e os respectivos
valores d KΘ , Kx, ry para cada piso.

Piso Δx (m) ΔΘ (rad) Kx(KN/m) KΘ(KN.m/rad) ry


1 0,04733 0,00053 211280,90 18832392 9,44
2 0,10622 0,00118 94143,08 8488964 9,50
3 0,16873 0,00184 59265,05 5428882 9,57
4 0,23038 0,00251 43406,88 3985652 9,58
5 0,29147 0,00318 34309,26 3148615 9,58
6 0,35535 0,00384 28141,59 2605524 9,62
7 0,41520 0,00447 24084,82 2238639 9,64
8 0,44928 0,00500 22257,89 2000000 9,48
A 19 – Valores da rigidez de flexão segundo x, rigidez de torção e raio de torção segundo y.

- O raio de torção em cada direcção (rx e ry) é sempre superior ao raio de giração da massa do piso – tabela A 20

Piso rx ry Is
1 9,36 9,44 6,95
2 9,38 9,50 6,95
3 9,42 9,57 6,95
4 9,44 9,58 6,95
5 9,45 9,58 6,95
6 9,46 9,62 6,95
7 9,46 9,64 6,95
8 9,32 9,48 6,95
A 20 – Raio de torção segundo X e Y. Raio de giração.

149
Zona Sísmica 1.2/2.3 - Ductilidade Média

- Na direcção Y a estrutura é simétrica logo a excentricidade estrutural segundo X (e ox) é nula. Na direcção X
também é cumprida a condição que garante a regularidade de acordo com os valores apresentados na tabela A
21.

Piso eoy 0.3ry


1 0,15 2,59
2 0,15 2,53
3 0,15 2,53
4 0,15 2,53
5 0,15 2,53
6 0,15 2,53
7 0,15 2,52
8 0,15 2,52
A 21 – Comparação dos valores de eox com 30% do respectivo raio de torção.

em que segundo o EC8, .

Para determinar estas duas grandezas utilizou-se o método já citado anteriormente.

A tabela A 22 apresenta os deslocamentos obtidos da aplicação do método e os consequentes valores d KΘ, Kx,
ry para cada piso.

Piso Δx(m) ΔΘ(rad) Kx(KN/m) KΘ(KN.m/rad) ry


1 0,017924 0,00024 557905 41666667 8,64
2 0,041158 0,00058 242964,4 17241379 8,42
3 0,068834 0,00097 145276,6 10309278 8,42
4 0,098403 0,00138 101623,1 7246377 8,44
5 0,127727 0,00179 78292,04 5586592 8,45
6 0,154568 0,00218 64696,53 4587156 8,42
7 0,176026 0,0025 56809,72 4000000 8,39
8 0,187751 0,00267 53262,06 3745318 8,39
A 22 – Valores da rigidez de flexão segundo x, rigidez de torção e raio de torção segundo y.

- O raio de torção em cada direcção (rx e ry) é sempre superior ao raio de giração da massa do piso – tabela A 23

Piso rx ry Is
1 8,89 8,64 6,95
2 9,03 8,42 6,95
3 9,07 8,42 6,95
4 9,09 8,44 6,95
5 9,10 8,45 6,95
6 9,10 8,42 6,95
7 9,14 8,39 6,95
8 9,16 8,39 6,95
A 23 – Raio de torção segundo X e Y. Raio de giração.

150
Zona Sísmica 1.5/2.4 - Ductilidade Alta

- Dado que em Y a estrutura é simétrica, a excentricidade estrutural segundo X (eox) é nula e segundo o eixo X é
cumprida a condição relativa á excentricidade estrutural como se pode observar pelos valores da tabela A 24.

Piso eoy 0.3ry


1 0,17 2,55
2 0,17 2,45
3 0,17 2,44
4 0,17 2,45
5 0,17 2,45
6 0,17 2,44
7 0,17 2,44
8 0,17 2,44
A 24 – Comparação dos valores de eox com 30% do respectivo raio de torção.

em que segundo o EC8, .

Para determinar estas duas grandezas utilizou-se o método já citado anteriormente.

A tabela A 25 apresenta os deslocamentos obtidos da aplicação do método e consequentes valores de KΘ , Kx, ry


para cada piso.

Piso Δx(m) ΔΘ(rad) Kx(KN/m) KΘ(KN.m/rad) ry


1 0,018103 0,020821 552385,5 39840637 8,49
2 0,041612 0,053041 240318,2 16077170 8,18
3 0,069655 0,09035 143564,3 9523810 8,14
4 0,099651 0,129467 100350,6 6680027 8,16
5 0,129431 0,168641 77261,54 5149331 8,16
6 0,156726 0,20601 63805,46 4235493 8,15
7 0,178604 0,237945 55989,88 3691399 8,12
8 0,190692 0,255901 52440,56 3455425 8,12
A 25 – Valores da rigidez de flexão segundo x, rigidez de torção e raio de torção segundo y.

- O raio de torção em cada uma das direcções é sempre igual ou superior ao raio de giração da massa do piso.

Piso rx ry Is
1 9,11 8,49 6,95
2 9,23 8,18 6,95
3 9,28 8,14 6,95
4 9,30 8,16 6,95
5 9,32 8,16 6,95
6 9,34 8,15 6,95
7 9,37 8,12 6,95
8 9,40 8,12 6,95
A 26 – Raio de torção segundo X e Y. Raio de giração.

151
Zona Sísmica 1.3/2.3- Ductilidade Alta

- Na direcção Y a estrutura é simétrica, logo a excentricidade estrutural segundo X (eox) é nula. Na direcção X
também é cumprida a condição que garante a regularidade de acordo com os valores apresentados na tabela A
27.

Piso eoy 0.3ry


1 0,16 5,24
2 0,16 4,86
3 0,16 4,58
4 0,16 4,43
5 0,16 4,34
6 0,16 4,33
7 0,16 4,39
8 0,16 4,52
A 27 – Comparação dos valores de eox com 30% do respectivo raio de torção.

em que segundo o EC8, .

Para determinar estas duas grandezas utilizou-se o método já citado anteriormente.

A tabela A 28 apresenta os deslocamentos obtidos e consequentes valores d KΘ , Kx, ry:

Piso Δx(m) ΔΘ(rad) Kx(KN/m) KΘ(KN.m/rad) ry


1 0,029899 0,00009802 334454,9 102019996 17,47
2 0,065201 0,00024867 153371,9 40213938,2 16,19
3 0,101623 0,00043498 98402,92 22989562,7 15,28
4 0,138383 0,00063637 72263,42 15714128,6 14,75
5 0,175236 0,00083583 57065,9 11964155,4 14,48
6 0,211878 0,001016 47196,97 9842519,69 14,44
7 0,246946 0,001155 40494,77 8658008,66 14,62
8 0,270369 0,001227 36986,43 8149959,25 14,84
A 28 – Valores da rigidez de flexão segundo x, rigidez de torção e raio de torção segundo y.

- Relativamente à segunda condição, o raio de torção (rx e ry) é sempre superior ao raio de giração da massa do
piso em planta.

Piso rx ry Is
1 8,30 17,47 6,95
2 8,31 16,19 6,95
3 8,34 15,28 6,95
4 8,37 14,75 6,95
5 8,40 14,48 6,95
6 8,43 14,44 6,95
7 8,47 14,62 6,95
8 8,51 14,84 6,95
A 29 – Raio de torção segundo X e Y. Raio de giração.

152
Zona Sísmica 1.2/2.3- Ductilidade Alta

- Na direcção Y a estrutura é simétrica, logo a excentricidade estrutural segundo X (eox) é nula. Na direcção X
também é cumprida a condição que garante a regularidade de acordo com os valores apresentados na tabela A
30.

Piso eoy 0.3ry


1 0,17 3,07
2 0,17 3,16
3 0,17 3,23
4 0,17 3,25
5 0,17 3,27
6 0,17 3,28
7 0,17 3,29
8 0,17 3,29
A 30 – Comparação dos valores de eox com 30% do respectivo raio de torção.

em que segundo o EC8, .

A tabela A 31 apresenta os deslocamentos obtidos para o método já referenciado e consequentes valores d KΘ ,


Kx, ry:

Piso Δx(m) ΔΘ(rad) Kx(KN/m) KΘ(KN.m/rad) ry


1 0,029295 0,00028 341356,6 35714285,7 10,23
2 0,063194 0,00057 158242 17543859,6 10,53
3 0,09832 0,00085 101708,8 11764705,9 10,76
4 0,133822 0,00114 74726,35 8771929,82 10,83
5 0,16938 0,00143 59038,94 6993006,99 10,88
6 0,204583 0,00171 48879,83 5847953,22 10,94
7 0,23791 0,00198 42032,71 5050505,05 10,96
8 0,259547 0,00216 38528,63 4629629,63 10,96
A 31 – Valores da rigidez de flexão segundo x, rigidez de torção e raio de torção segundo y.

- O raio de torção (rx e ry) é sempre superior ao raio de giração da massa do piso em planta.

Piso rx ry Is
1 9,48 10,23 6,95
2 9,28 10,53 6,95
3 9,28 10,76 6,95
4 9,25 10,83 6,95
5 9,24 10,88 6,95
6 9,25 10,94 6,95
7 9,26 10,96 6,95
8 9,28 10,96 6,95
A 32 – Raio de torção segundo X e Y. Raio de giração.

153
Anexo K – Esforços de Cálculo nos Pilares
ZONA SÍSMICA 1.5/2.4 DCM
PILARES GRUPO 1

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 55,8 79,73 911,70
1 137,5 1,3 80,41 98,28 71,9 -57,46 102,68 -82,08 804,00 904,12
2 137,5 1,3 80,41 98,28 64,0 -70,79 91,44 --101,13 691,00 796,53
3 137,5 1,3 80,41 98,28 55,7 -63,94 80,41 98,28 575,00 683,54
4 137,5 1,3 80,41 98,28 46,9 -55,99 80,41 98,28 458,00 568,14
5 137,5 1,3 80,41 98,28 37,8 -48,06 80,41 98,28 339,00 450,60
6 137,5 1,3 80,41 98,28 25,0 -36,85 80,41 98,28 218,40 331,40
7 137,5 1,3 80,41 98,28 15,5 -28,68 80,41 98,28 96,10 210,85
A 33 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 15,14 21,63 911,70
1 27,91 -21,82 39,86 -31,17 804,00 904,12
2 26,41 -27,58 37,73 -39,40 691,00 796,53
3 24,62 -25,77 35,17 -36,82 575,00 683,54
4 22,65 -24,00 32,35 -34,28 458,00 568,14
5 20,66 -22,19 29,51 -31,70 339,00 450,60
6 16,93 -18,81 24,19 -26,87 218,40 331,40
7 15,49 -17,16 22,13 -24,51 96,10 210,85
A 34 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 2

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -103,7 -148,0 1272,0
1 215,1 1,3 125,8 153,8 105,2 -79,1 125,8 153,8 1106,0 1261,0
2 215,1 1,3 125,8 153,8 90,5 -103,0 125,8 153,8 943,0 1095,0
3 215,1 1,3 125,8 153,8 85,4 -96,5 125,8 153,8 782,0 933, 0
4 215,1 1,3 125,8 153,8 61,9 -78,3 125,8 153,8 621,0 771,50
5 215,1 1,3 125,8 153,8 -52,5 -75,8 125,8 153,8 460,2 610,5
6 215,1 1,3 125,8 153,8 34,2 -60,5 125,8 153,8 298,0 449,2
7 215,1 1,3 125,8 153,8 -17,6 -51,0 125,8 153,8 134,2 287,0
A 35 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -20,7 -29,6 1272,0
1 -41,1 31,2 -58,7 44,6 1106,0 1261,0
2 -39,0 40,7 -55,7 58,2 943,0 1095,0
3 -36,8 38,1 -52,5 54,5 782,0 933,0
4 -34,2 35,9 -48,8 51,2 621,0 771,5
5 -31,6 33,5 -45,1 47,8 460,2 610,5
6 -26,1 28,7 -37,3 41,0 298,0 449,2
7 -26,4 26,3 -37,7 37,6 134,2 287,0
A 36 – Momentos flectores de cálculo em Z.

154
PILARES GRUPO 3

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -54,2 -77,4 811,0
1 119,3 1,3 69,8 85,3 -63,4 53,1 -90,6 75,8 700,0 804,4
2 119,3 1,3 69,8 85,3 -61,0 64,7 -87,1 92,4 593,0 692,7
3 119,3 1,3 69,8 85,3 -54,6 61,1 -78,1 87,3 489,0 586,2
4 119,3 1,3 69,8 85,3 -47,9 55,2 69,8 85,3 387,0 482,1
5 119,3 1,3 69,8 85,3 -40,4 49,1 69,8 85,3 285,0 379,8
6 119,3 1,3 69,8 85,3 -28,5 38,9 69,8 85,3 184,9 278,2
7 119,3 1,3 69,8 85,3 -20,5 31,8 69,8 85,3 83,0 176,9
A 37 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -14,6 -20,9 811,0
1 -26,5 20,8 -37,9 29,7 1106,0 1261,0
2 -25,5 26,3 -36,5 37,6 943,0 1095,0
3 -24,3 25,1 -34,7 35,9 782,0 933,0
4 -22,7 23,8 -32,5 34,0 621,0 771,5
5 -21,1 22,4 -30,2 32,0 460,2 610,5
6 -17,6 19,3 -25,2 27,6 298,0 449,2
7 -17,7 17,9 -25,3 25,6 134,2 287,0
A 38 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 4

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -31,0 -44,3 410,0
1 91,9 1,3 53,7 65,7 54,8 37,1 78,3 53,0 377,0 401,6
2 91,9 1,3 53,7 65,7 50,5 -53,6 77,2 -76,6 338,0 369,5
3 91,9 1,3 53,7 65,7 47,2 -50,3 67,5 -71,8 293,0 330,6
4 91,9 1,3 53,7 65,7 43,0 -46,9 61,4 -66,9 241,0 285,0
5 91,9 1,3 53,7 65,7 38,4 -43,0 53,7 65,7 183,0 233,0
6 91,9 1,3 53,7 65,7 -30,2 -35,8 53,7 65,7 119,0 174,9
7 91,9 1,3 53,7 65,7 -27,4 31,5 53,7 65,7 47,0 110,5
A 39 – Momentos flectores de cálculo em Y.

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -30,0 -42,8 410,0
1 82,9 1,3 48,5 59,3 49,4 -33,1 70,5 84,7 377,0 401,6
2 82,9 1,3 48,5 59,3 45,8 -48,5 69,3 84,7 338,0 369,5
3 82,9 1,3 48,5 59,3 43,4 -45,9 69,3 84,7 293,0 330,6
4 82,9 1,3 48,5 59,3 40,0 -43,3 69,3 84,7 241,0 285,0
5 82,9 1,3 48,5 59,3 36,3 -40,3 69,3 84,7 183,0 233,0
6 82,9 1,3 48,5 59,3 28,7 -34,0 69,3 84,7 119,0 174,9
7 82,9 1,3 48,5 59,3 26,5 -30,2 69,3 84,7 47,0 110,5
A 40 – Momentos flectores de cálculo em Z.

155
PILARES GRUPO 5

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -118,7 -169,6 1330,0
1 191,5 1,3 112,0 136,9 -86,4 80,4 112,0 136,9 1185,0 1319,0
2 191,5 1,3 112,0 136,9 -76,4 87,7 112,0 136,9 1036,0 1174,0
3 191,5 1,3 112,0 136,9 -63,8 81,6 112,0 136,9 880,0 1024,7
4 191,5 1,3 112,0 136,9 -52,8 71,5 112,0 136,9 717,3 868,8
5 191,5 1,3 112,0 136,9 -41,0 62,0 112,0 136,9 550,0 706,3
6 191,5 1,3 112,0 136,9 -25,7 48,7 112,0 136,9 380,0 538,5
7 191,5 1,3 112,0 136,9 -12,2 41,0 112,0 136,9 211,5 368,6
8 191,5 1,3 112,0 136,9 -13,8 22,0 112,0 136,9 45,4 200,5
A 41 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -15,2 -21,7 1330,0
1 -28,4 21,3 -40,5 30,5 1185,0 1319,0
2 -26,4 28,1 -37,8 40,1 1036,0 1174,0
3 -24,6 26,0 -35,1 37,1 880,0 1024,7
4 -22,5 24,1 -32,1 34,4 717,3 868,8
5 -20,3 22,2 -29,0 31,7 550,0 706,3
6 -16,3 18,7 -23,3 26,7 380,0 538,5
7 -15,1 16,8 -21,6 24,0 211,5 368,6
8 -7,0 16,9 -10,0 24,2 45,4 200,5
A 42 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 6

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 113,2 161,7 1340,0
1 82,9 1,3 48,5 59,3 105,3 -82,1 150,5 -117,3 1177,0 1330,0
2 82,9 1,3 48,5 59,3 88,7 -102,6 126,7 -146,6 1019,0 1166,0
3 82,9 1,3 48,5 59,3 79,1 -95,5 113,0 -136,4 860,0 1008,0
4 82,9 1,3 48,5 59,3 68,5 -86,5 97,9 -123,6 699,0 849,0
5 82,9 1,3 48,5 59,3 57,6 -77,5 82,3 -110,7 534,0 687,0
6 82,9 1,3 48,5 59,3 40,4 -64,0 57,6 -91,4 367,0 523,0
7 82,9 1,3 48,5 59,3 30,8 -54,9 44,1 -78,4 197,0 356,0
8 82,9 1,3 48,5 59,3 17,7 -48,7 48,5 59,3 18,3 186,0
A 43 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 18,0 25,7 1340,0
1 31,5 -24,8 45,0 -35,5 1177,0 1330,0
2 30,3 -31,7 43,3 -45,2 1019,0 1166,0
3 27,6 -29,6 39,4 -42,2 860,0 1008,0
4 24,4 -26,8 34,9 -38,3 699,0 849,0
5 21,0 -23,8 30,1 -34,0 534,0 687,0
6 15,8 -19,0 22,6 -27,1 367,0 523,0
7 12,7 -16,0 18,1 -22,8 197,0 356,0
8 -6,4 -13,3 -9,2 -19,0 18,3 186,0
A 44 – Momentos flectores de cálculo em Z.

156
PILARES GRUPO 7

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -31,8 -45,5 617,0
1 127,7 1,3 74,7 91,3 -50,7 40,2 74,7 91,3 564,0 611,5
2 127,7 1,3 74,7 91,3 -47,5 50,4 74,7 91,3 500,5 558,5
3 127,7 1,3 74,7 91,3 -41,9 44,0 74,7 91,3 426,6 495,0
4 127,7 1,3 74,7 91,3 -36,1 40,7 74,7 91,3 345,6 421,1
5 127,7 1,3 74,7 91,3 -30,2 35,3 74,7 91,3 262,0 340,1
6 127,7 1,3 74,7 91,3 -21,6 27,4 74,7 91,3 179,0 256,6
7 127,7 1,3 74,7 91,3 -15,6 22,0 74,7 91,3 98,8 173,4
8 127,7 1,3 74,7 91,3 -6,5 16,4 74,7 91,3 24,2 93,3
A 45 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 8,9 12,7 617,0
1 13,5 -10,1 19,3 -14,4 564,0 611,5
2 12,7 -13,3 18,2 -19,0 500,5 558,5
3 -12,0 -12,8 -17,1 -18,3 426,6 495,0
4 11,3 -12,2 16,1 -17,4 345,6 421,2
5 10,3 -11,4 14,7 -16,2 262,0 340,2
6 9,0 -10,4 12,9 -14,9 179,0 256,6
7 7,8 -9,1 11,1 -13,0 98,8 173,4
8 3,4 8,3 4,9 11,9 24,2 93,3
A 46 – Momentos flectores de cálculo em Z.

CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

6,8 0,51 0,55 0,46 0,20 0,11

0,379

157
PILARES GRUPO 2

6,8 0,45 0,80 0,71 0,20 0,11

0,370

PILARES GRUPO 3

6,8 0,42 0,55 0,46 0,20 0,11

0,309

PILARES GRUPO 4

6,8 0,34 0,35 0,26 0,35 0,26

158
0,168

PILARES GRUPO 5

6,8 0,45 0,80 0,71 0,20 0,11

0,368

PILARES GRUPO 6

6,8 0,54 0,80 0,71 0,20 0,11

159
0,405

PILARES GRUPO 7

6,8 0,47 0,40 0,31 0,20 0,11

0,356

ZONA SÍSMICA 1.3/2.3 DCM

PILARES GRUPO 1

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso MED, INF
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP SUP,MODELO INF,MODELO
0 -130,1 -185,8 870,0
1 277,0 1,3 162,0 198,1 157,8 -127,8 225,4 -182,6 761,0 863,0
2 277,0 1,3 162,0 198,1 142,6 -156,3 203,7 -223,2 652,0 753,0
3 277,0 1,3 162,0 198,1 124,3 -131,6 177,6 -188,0 543,0 644,0
4 277,0 1,3 162,0 198,1 104,3 -125,3 162,0 198,1 434,0 536,0
5 277,0 1,3 162,0 198,1 83,7 -107,5 162,0 198,1 325,0 427,0
6 277,0 1,3 162,0 198,1 157,8 -127,8 162,0 198,1 212,0 317,0
7 277,0 1,3 162,0 198,1 32,4 -63,8 162,0 198,1 93,0 203,0
A 47 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 27,2 38,9 870,0
1 43,1 -34,6 61,6 -49,5 761,0 863,0
2 40,8 -42,9 58,4 -61,2 652,0 753,0
3 37,4 -40,0 53,4 -57,2 543,0 644,0
4 33,5 -36,6 47,9 -52,3 434,0 536,0
5 29,5 -33,1 42,1 -47,3 325,0 427,0
6 22,9 -27,1 32,7 -38,8 212,0 317,0
7 20,2 -23,6 28,9 -33,7 93,0 203,0
A 48 – Momentos flectores de cálculo em Z.

160
PILARES GRUPO 2

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso MED, INF
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP SUP,MODELO INF,MODELO
0 249,8 356,9 1164,0
1 362,9 1,3 212,3 259,5 242,3 -182,3 346,1 -260,4 1014,0 1153,0
2 362,9 1,3 212,3 259,5 208,4 -237,4 297,7 -339,1 869,0 1004,0
3 362,9 1,3 212,3 259,5 180,0 -222,2 257,1 -317,4 724,0 858,0
4 362,9 1,3 212,3 259,5 150,4 -199,2 214,9 -284,5 579,0 714,0
5 362,9 1,3 212,3 259,5 117,6 -174,0 212,3 259,5 432,0 568,0
6 362,9 1,3 212,3 259,5 72,9 -136,8 212,3 259,5 282,0 422,0
7 362,9 1,3 212,3 259,5 34,4 -111,4 212,3 259,5 127,0 271,0
A 49 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -36,9 -52,7 1164,0
1 -61,7 47,9 -88,1 68,4 1014,0 1153,0
2 -58,2 61,4 -83,1 87,7 869,0 1004,0
3 -53,6 57,1 -76,6 81,6 724,0 858,0
4 -48,4 52,5 -69,1 74,9 579,0 714,0
5 -43,3 47,9 -61,9 68,4 432,0 568,0
6 -33,9 39,8 -48,4 56,8 282,0 422,0
7 -31,3 34,8 -44,7 49,8 127,0 271,0
A 50 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 3

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso MED, INF
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP SUP,MODELO INF,MODELO
0 -124,8 -178,2 740,0
1 226,5 1,3 132,5 161,9 -148,3 123,2 -211,9 176,0 638,0 732,0
2 226,5 1,3 132,5 161,9 -136,4 148,8 -194,9 212,6 543,0 630,0
3 226,5 1,3 132,5 161,9 -120,0 137,3 -171,4 196,2 450,0 535,0
4 226,5 1,3 132,5 161,9 -103,3 121,8 -147,6 174,1 358,0 442,0
5 226,5 1,3 132,5 161,9 -84,3 105,8 132,5 161,9 266,0 350,0
6 226,5 1,3 132,5 161,9 -57,0 82,0 132,5 161,9 172,0 258,0
7 226,5 1,3 132,5 161,9 -36,5 64,7 132,5 161,9 78,0 165,0
A 51 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -26,6 -38,0 740,0
1 -41,2 33,5 -58,9 47,8 638,0 732,0
2 -39,2 41,1 -55,9 58,7 543,0 630,0
3 -35,9 38,5 -51,3 55,0 450,0 535,0
4 -32,4 35,4 -46,2 50,5 358,0 442,0
5 -28,9 32,1 -41,3 45,8 266,0 350,0
6 -22,9 26,8 -32,7 38,2 172,0 258,0
7 -21,0 23,7 -30,0 33,8 78,0 165,0
A 52 – Momentos flectores de cálculo em Z.

161
PILARES GRUPO 4

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso MED, INF
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP SUP,MODELO INF,MODELO
0 -69,4 -99,1 197,0
1 163,5 1,3 95,7 116,9 100,1 75,2 142,9 107,4 204,0 188,0
2 163,5 1,3 95,7 116,9 92,4 -98,7 132,0 -141,0 205,0 195,0
3 163,5 1,3 95,7 116,9 83,6 -91,8 119,4 -131,1 196,0 197,0
4 163,5 1,3 95,7 116,9 73,5 -83,3 105,0 -119,0 176,0 187,0
5 163,5 1,3 95,7 116,9 62,5 -74,1 95,7 116,9 144,0 167,6
6 163,5 1,3 95,7 116,9 45,9 -59,3 95,7 116,9 102,0 136,0
7 163,5 1,3 95,7 116,9 35,9 -49,3 95,7 116,9 42,2 92,8
A 53 – Momentos flectores de cálculo em Y.

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso MED, INF
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP SUP,MODELO INF,MODELO
0 -66,2 -94,6 197,0
1 147,6 1,3 86,3 105,5 88,6 -66,3 126,5 -94,6 204,0 188,0
2 147,6 1,3 86,3 105,5 80,2 -88,1 114,6 -125,8 205,0 195,0
3 147,6 1,3 86,3 105,5 75,2 -82,4 107,5 -117,8 196,0 197,0
4 147,6 1,3 86,3 105,5 66,9 0,0 86,3 105,5 176,0 187,0
5 147,6 1,3 86,3 105,5 57,9 -68,0 86,3 105,5 144,0 167,6
6 147,6 1,3 86,3 105,5 42,9 -55,3 86,3 105,5 102,0 136,0
7 147,6 1,3 86,3 105,5 34,8 -46,8 86,3 105,5 42,2 92,8
A 54 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 5

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 268,2 383,1 1214,0
1 327,5 1,3 191,6 234,2 -185,9 167,7 -265,7 239,6 1121,0 1204,0
2 327,5 1,3 191,6 234,2 -166,5 191,2 -237,9 273,1 998,0 1110,0
3 327,5 1,3 191,6 234,2 -139,0 179,0 -198,7 255,7 860,0 986,0
4 327,5 1,3 191,6 234,2 -117,50 160,7 191,6 234,2 688,0 850,0
5 327,5 1,3 191,6 234,2 -86,9 136,7 191,6 234,2 525,0 677,0
6 327,5 1,3 191,6 234,2 -52,6 106,2 191,6 234,2 358,0 514,0
7 327,5 1,3 191,6 234,2 -13,0 88,5 191,6 234,2 196,0 347,0
8 327,5 1,3 191,6 234,2 -18,6 46,3 191,6 234,2 40,40 185,3
A 55 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -27,8 -39,7 1214,0
1 -46,7 35,0 -66,8 50,0 1121,0 1204,0
2 -43,0 46,3 -61,4 66,1 998,0 1110,0
3 -38,P 42,5 -55,5 60,9 860,0 986,0
4 -34,2 38,2 -49,0 54,5 688,0 850,0
5 -30,1 34,4 -43,0 49,1 525,0 677,0
6 -22,8 28,0 -32,6 40,1 358,0 514,0
7 -18,8 24,1 -26,9 34,5 196,0 347,0
8 -9,0 21,3 -12,9 30,4 40,4 185,3
A 56 – Momentos flectores de cálculo em Z.

162
PILARES GRUPO 6

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -256,5 -366,4 1195,0
1 198,1 1,3 115,9 141,7 205,6 -162,5 293,7 -232,2 1058,0 1193,0
2 198,1 1,3 115,9 141,7 173,5 -204,0 247,9 -291,5 927,0 1047,0
3 198,1 1,3 115,9 141,7 150,5 -189,6 215,0 -270,9 792,0 916,0
4 198,1 1,3 115,9 141,7 127,0 -169,3 181,5 -241,8 654,0 781,0
5 198,1 1,3 115,9 141,7 102,8 -149,5 146,9 -213,6 505,0 642,0
6 198,1 1,3 115,9 141,7 66,8 -120,8 95,4 -172,6 349,0 494,0
7 198,1 1,3 115,9 141,7 39,7 -102,7 115,9 141,7 186,0 338,0
8 198,1 1,3 115,9 141,7 23,5 -74,4 115,9 141,7 12,5 175,0
A 57 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 38,3 54,7 1195,0
1 63,0 -50,4 90,0 -72,0 1058,0 1193,0
2 60,4 -63,4 86,3 -90,6 927,0 1047,0
3 54,2 -58,9 77,4 -84,1 792,0 916,0
4 47,0 -52,8 67,2 -75,4 654,0 781,0
5 39,3 -46,0 56,2 -65,7 505,0 642,0
6 28,3 -35,7 40,4 -51,0 349,0 494,0
7 20,4 -28,6 29,1 -40,9 186,0 338,0
8 9,8 -21,4 13,9 -30,5 12,5 175,0
A 58 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 7

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -71,7 -102,4 541,0
1 129,4 1,3 75,7 92,5 -105,1 85,7 -150,2 122,4 502,3 535,0
2 129,4 1,3 75,7 92,5 -98,6 104,9 -140,9 149,9 463,0 497,0
3 129,4 1,3 75,7 92,5 -86,4 95,8 -123,5 136,9 403,0 458,0
4 129,4 1,3 75,7 92,5 -73,5 84,4 -105,0 120,6 319,0 397,0
5 129,4 1,3 75,7 92,5 -59,1 71,7 -84,4 102,4 238,0 314,0
6 129,4 1,3 75,7 92,5 -40,2 53,8 75,7 92,5 156,3 232,0
7 129,4 1,3 75,7 92,5 -25,6 41,3 75,7 92,5 82,2 151,0
8 129,4 1,3 75,7 92,5 -11,7 27,0 75,7 92,5 18,0 76,7
A 59 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 17,1 24,5 541,0
1 29,0 -21,9 41,4 -31,3 502,3 535,0
2 28,0 -29,3 40,0 -41,9 463,0 497,0
3 25,0 -27,4 35,7 -39,1 403,0 458,0
4 21,7 -24,2 31,0 -34,5 319,0 397,0
5 18,7 -21,4 26,8 -30,6 238,0 314,0
6 13,8 -17,1 19,7 -24,4 156,3 232,0
7 10,6 -14,1 15,1 -20,1 82,2 151,0
8 -4,7 -11,3 -6,7 -16,1 18,0 76,7
A 60 – Momentos flectores de cálculo em Z.

163
CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

6,8 0,55 0,55 0,46 0,20 0,11

0,487

PILARES GRUPO 2

6,8 0,48 0,80 0,71 0,20 0,11

0,365

PILARES GRUPO 3

6,8 0,45 0,55 0,46 0,20 0,11

164
0,360

PILARES GRUPO 4

6,8 0,42 0,35 0,26 0,35 0,26

0,222

PILARES GRUPO 5

6,8 0,52 0,80 0,71 0,20 0,11

165
0,403

PILARES GRUPO 6

6,8 0,59 0,80 0,71 0,20 0,11

0,441

PILARES GRUPO 7

6,8 0,53 0,40 0,31 0,20 0,11

0,414

166
ZONA SÍSMICA 1.2/2.3 DCM

PILARES GRUPO 1

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -99,00 -141,43 697,00
1 -125,12 -81,60 -178,74 -116,57 597,00 687,30
2 -136,08 112,61 -194,40 160,87 513,0 590,00
3 -134,08 130,87 -191,54 186,96 432,00 505,00
4 -124,60 134,40 -178,00 192,00 350,00 424,00
5 -110,80 128,50 -158,29 183,57 265,00 342,00
6 -94,61 116,91 -135,16 167,01 174,00 257,00
7 87,50 99,82 -125,00 142,60 77,90 166,00
A 61 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 39,34 56,20 697,00
1 54,27 -35,77 77,53 -51,10 597,00 687,30
2 54,03 -51,20 77,19 -73,14 513,0 590,00
3 51,64 -54,11 73,77 -77,30 432,00 505,00
4 47,38 -52,80 67,69 -75,43 350,00 424,00
5 42,08 -49,14 60,11 -70,20 265,00 342,00
6 35,64 -44,30 50,91 -63,29 174,00 257,00
7 33,21 -37,28 47,44 -53,26 77,90 166,00
A 62 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 2

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -206,2 -294,57 777,00
1 329,94 -112,84 471,34 161,20 682,00 763,00
2 282,60 -260,60 403,71 372,29 604,00 668,00
3 252,71 -284,60 361,01 406,57 525,00 590,00
4 212,90 -277,90 304,14 397,00 440,00 511,00
5 168,00 -252,00 240,00 360,00 343,00 426,00
6 120,00 -216,00 171,43 308,57 233,00 329,00
7 81,50 -167,54 116,43 239,34 108,00 219,00
A 63 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 46,80 66,86 777,00
1 63,10 -44,07 90,14 -62,96 682,00 763,00
2 65,90 -59,00 94,14 -84,29 604,00 668,00
3 65,50 -64,81 93,57 -92,59 525,00 590,00
4 62,50 -66,00 89,29 -94,29 440,00 511,00
5 58,20 -64,00 83,14 -91,43 343,00 426,00
6 52,00 -60,50 74,29 -86,43 233,00 329,00
7 54,80 -52,45 78,29 -74,93 108,00 219,00
A 64 – Momentos flectores de cálculo em Z.

167
PILARES GRUPO 3

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 116,60 166,57 648,00
1 -143,00 96,10 -204,29 137,29 554,00 639,00
2 -158,50 132,80 -226,43 189,71 470,00 544,00
3 -156,00 154,74 -222,86 221,06 390,00 460,00
4 -145,12 158,00 -207,31 225,71 312,00 380,00
5 -128,70 150,40 -183,86 214,86 234,00 303,00
6 -109,70 136,00 -156,71 194,29 153,00 224,00
7 -99,00 116,10 -141,43 165,86 70,20 144,00
A 65 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -38,6 -55,14 648,00
1 -50,30 33,50 -71,86 47,86 554,00 639,00
2 -50,70 47,60 -72,43 68,00 470,00 544,00
3 -48,60 50,85 -69,43 72,64 390,00 460,00
4 -44,90 49,90 -64,14 71,29 312,00 380,00
5 -40,20 46,80 -57,43 66,86 234,00 303,00
6 -34,20 42,50 -48,86 60,71 153,00 224,00
7 -32,60 35,90 -46,57 51,29 70,20 144,00
A 66 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 4

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 87,42 124,89 62,2
1 126,50 62,30 185,00 89,00 63,00 50,10
2 -121,25 -113,52 -173,21 -162,17 75,30 50,80
3 -114,16 122,10 -163,09 174,43 88,20 63,20
4 -102,60 120,00 -146,57 171,43 93,70 76,10
5 -88,51 111,30 -126,44 159,00 87,30 81,60
6 -71,90 99,00 -102,71 141,43 66,90 75,20
7 -61,50 81,34 -87,86 116,20 32,00 54,60
A 67 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -76,57 -109,39 62,2
1 92,60 -51,10 132,29 -73,00 63,00 50,10
2 96,50 -81,00 137,86 -115,71 75,30 50,80
3 95,00 -93,70 135,71 -133,86 88,20 63,20
4 88,70 -97,00 126,71 -138,57 93,70 76,10
5 79,60 -93,60 113,71 -133,71 87,30 81,60
6 71,00 -86,50 101,43 -123,57 66,90 75,20
7 71,20 -75,20 101,71 -107,43 32,00 54,60
A 68 – Momentos flectores de cálculo em Z.

168
PILARES GRUPO 5

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -272,60 -389,43 843,00
1 -249,10 107,44 -355,86 153,49 736,00 829,00
2 -223,00 195,80 -318,57 279,71 648,00 722,00
3 -191,00 222,40 -272,86 317,71 564,00 634,00
4 158,50 216,17 226,43 308,81 473,00 550,00
5 -122,80 196,50 -175,43 280,71 392,00 460,00
6 -85,50 168,70 -122,14 241,00 276,00 378,00
7 -53,06 132,00 -75,80 188,57 151,00 262,00
8 -41,10 109,50 -58,71 156,43 24,20 137,00
A 69 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -39,60 -56,57 843,00
1 -43,30 30,50 -61,86 43,57 736,00 829,00
2 -44,90 38,90 -64,14 55,57 648,00 722,00
3 -44,00 43,40 -62,86 62,00 564,00 634,00
4 -41,80 44,50 -59,71 63,57 473,00 550,00
5 -38,50 43,40 -55,00 62,00 392,00 460,00
6 -34,80 40,90 -49,71 58,43 276,00 378,00
7 -32,30 37,00 -46,14 52,86 151,00 262,00
8 -20,20 36,30 -28,86 51,86 24,20 137,00
A 70 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 7

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -89,01 -127,16 82,86
1 -125,33 85,41 -179,04 122,01 125,62 76,00
2 130,84 123,15 186,91 175,93 190,30 118,76
3 122,60 130,15 175,14 185,93 234,40 183,40
4 -107,73 122,60 -153,90 175,14 253,50 227,50
5 -89,15 108,10 -127,36 154,43 378,50 245,70
6 -68,78 89,90 -98,26 128,29 276,30 371,70
7 -49,40 69,55 -71,57 99,36 163,50 269,40
8 -23,40 51,30 -33,43 73,29 44,10 156,60
A 71 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -27,56 -39,50 82,86
1 -28,84 22,55 -41,20 32,21 125,62 76,00
2 -31,01 27,23 -44,30 38,90 190,30 118,76
3 -30,88 30,42 -44,11 43,46 234,40 183,40
4 -29,40 31,02 -42,00 44,31 253,50 227,50
5 -27,07 29,99 -38,67 2,84 378,50 245,70
6 -24,40 27,92 -34,86 39,89 276,30 371,70
7 -22,00 25,20 -31,43 36,00 163,50 269,40
8 -12,21 23,40 -17,44 33,43 44,10 156,60
A 72 – Momentos flectores de cálculo em Z

169
CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

5,0 0,51 0,55 0,46 0,25 0,16

0,251

PILARES GRUPO 2

5,0 0,46 0,80 0,71 0,25 0,16

0,212

PILARES GRUPO 3

5,0 0,40 0,55 0,46 0,25 0,16

170
0,169

PILARES GRUPO 4

5,0 0,37 0,42 0,33 0,42 0,33

0,245

PILARES GRUPO 5

6,8 0,50 0,80 0,71 0,25 0,16

171
0,248

PILARES GRUPO 7

5,0 0,62 0,40 0,31 0,25 0,16

0,297

ZONA SÍSMICA 1.5/2.4 DCH

PILARES GRUPO 1
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -23,24 -33,23 858,70
1 -34,22 22,56 -48,89 32,23 759,43 849,30
2 -34,98 30,71 -49,97 43,87 655,93 749,99
3 -34,76 33,85 -49,66 48,36 549,50 646,50
4 -32,82 34,55 -46,89 49,36 439,75 540,00
5 -30,24 33,35 -43,20 47,64 327,05 430,30
6 -26,99 31,24 -38,56 44,63 211,82 317,61
7 -26,26 27,56 -37,51 39,37 93,56 202,37
A 73 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 18,55 26,50 858,70
1 26,31 -22,13 37,59 -30,19 759,43 849,30
2 25,72 -25,18 36,74 -35,97 655,93 749,99
3 25,28 -25,80 36,11 -36,86 549,50 646,50
4 24,93 -25,60 35,61 -36,57 439,75 540,00
5 25,11 -24,95 35,87 -35,64 327,05 430,30
6 24,74 -25,24 35,34 -36,06 211,82 317,61
7 28,40 -24,10 40,57 -34,43 93,56 202,37
A 74 – Momentos flectores de cálculo em Z.

172
PILARES GRUPO 2
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -40,00 -57,14 1059,00
1 -67,42 37,00 -96,31 52,86 912,00 1050,00
2 -64,47 62,06 -92,10 88,66 775,00 903,00
3 -60,13 64,35 -85,90 91,93 640,00 765,00
4 -52,97 61,26 -75,67 87,51 507,00 630,00
5 -44,70 54,94 -63,86 78,49 375,00 498,00
6 -35,35 47,13 -50,50 67,33 243,00 366,00
7 -28,31 37,42 -40,44 53,46 110,00 233,00
A 75 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 20,71 29,59 1059,00
1 31,01 22,31 44,30 31,87 912,00 1050,00
2 29,23 -30,10 41,76 -43,00 775,00 903,00
3 29,27 -29,29 41,81 -41,84 640,00 765,00
4 29,13 -29,23 41,61 -41,76 507,00 630,00
5 29,16 -29,10 41,66 -41,57 375,00 498,00
6 28,60 -29,30 40,86 -41,86 243,00 366,00
7 32,89 -27,71 46,99 -39,59 110,00 233,00
A 76 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 3
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -40,75 -58,21 833,00
1 44,84 30,89 64,06 44,13 717,00 824,00
2 -49,53 42,23 -70,76 60,33 607,00 707,00
3 -48,90 48,90 -69,86 69,86 500,00 598,00
4 -46,40 -49,60 -66,29 -70,86 396,00 491,00
5 -42,40 48,00 -60,57 68,57 292,00 386,00
6 -37,25 44,51 -53,21 63,59 188,00 282,00
7 -34,20 39,20 -48,86 56,00 84,00 178,00
A 77 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -18,80 -26,86 833,00
1 -25,90 21,30 -37,00 30,43 717,00 824,00
2 -25,10 25,30 -35,86 36,14 607,00 707,00
3 -25,63 25,30 -36,61 36,14 500,00 598,00
4 -25,98 25,80 -37,11 36,86 396,00 491,00
5 -26,40 26,10 -37,71 37,29 292,00 386,00
6 -26,00 26,61 -37,14 38,01 188,00 282,00
7 -30,40 25,30 -43,43 36,14 84,00 178,00
A 78 – Momentos flectores de cálculo em Z.

173
PILARES GRUPO 4
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -27,60 -39,43 514,00
1 -49,30 23,50 -70,43 33,57 460,00 503,00
2 -46,90 45,03 -67,00 64,33 402,00 449,00
3 -47,30 47,90 -67,57 68,43 341,00 391,00
4 -45,80 48,90 -65,43 69,86 276,00 330,00
5 -43,60 48,00 -62,29 68,57 207,00 265,00
6 -40,10 46,10 -57,29 65,86 132,60 195,00
7 -40,30 41,70 -57,57 59,57 54,00 122,00
A 79 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -26,70 -38,14 514,00
1 35,60 -17,40 50,86 -24,86 460,00 503,00
2 35,30 -32,20 50,43 -46,00 402,00 449,00
3 36,00 -35,50 51,43 -50,71 341,00 391,00
4 34,97 -36,70 49,96 -52,43 276,00 330,00
5 33,30 -36,19 47,57 -51,70 207,00 265,00
6 31,60 -34,90 45,14 -49,86 132,60 195,00
7 36,00 -31,60 51,43 -45,14 54,00 122,00
A 80 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 5
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -44,40 -63,43 1073,00
1 -53,00 34,50 -75,71 49,29 935,00 1063,00
2 -51,00 48,80 -72,86 69,71 803,00 925,00
3 -46,60 50,50 -66,57 72,14 674,00 794,00
4 -40,80 47,70 -58,29 68,14 547,00 665,00
5 -34,30 42,80 -49,00 61,14 413,00 537,00
6 -27,50 36,80 -39,29 52,57 286,00 404,00
7 -21,50 30,00 -30,71 42,86 158,00 277,00
8 -16,60 25,80 -23,71 36,86 29,00 148,00
A 81 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -19,30 -27,57 1073,00
1 -15,80 17,00 -22,57 24,29 935,00 1063,00
2 -16,40 15,30 -23,43 21,86 803,00 925,00
3 -16,20 16,10 -23,14 23,00 674,00 794,00
4 -15,71 16,20 -22,44 23,14 547,00 665,00
5 -15,10 15,90 -21,57 22,71 413,00 537,00
6 -14,20 15,44 -20,29 22,06 286,00 404,00
7 -15,50 14,30 -22,14 20,43 158,00 277,00
8 -8,00 18,00 -11,43 25,71 29,00 148,00
A 82 – Momentos flectores de cálculo em Z.

174
PILARES GRUPO 7
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -35,50 -50,71 724,00
1 -45,20 34,10 -64,57 48,71 654,00 717,00
2 -46,60 44,60 -66,57 63,71 574,30 647,00
3 -44,64 46,50 -63,77 66,43 490,00 567,40
4 -41,10 44,70 -58,71 63,86 385,00 482,00
5 -46,70 41,30 -52,43 59,00 296,00 378,00
6 -32,00 37,00 -45,71 52,86 218,00 290,00
7 -27,90 32,20 -39,86 46,00 123,00 212,00
8 -15,90 29,00 -22,71 41,43 27,00 116,00
A 83 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -14,20 -20,29 724,00
1 -13,00 13,10 -18,57 18,71 654,00 717,00
2 -13,70 12,70 -19,57 18,14 574,30 647,00
3 -13,80 13,70 -19,71 19,57 490,00 567,40
4 -13,60 13,90 -19,43 19,86 385,00 482,00
5 -13,10 13,70 -18,71 19,57 296,00 378,00
6 -12,80 13,30 -18,29 19,00 218,00 290,00
7 -13,70 12,60 -19,57 18,00 123,00 212,00
8 -6,50 15,10 -9,29 21,57 27,00 116,00
A 84 – Momentos flectores de cálculo em Z.

CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

7,0 0,42 0,55 0,46 0,25 0,16

0,265

175
PILARES GRUPO 2

7,0 0,47 0,55 0,46 0,25 0,16

0,302

PILARES GRUPO 3

7,0 0,35 0,55 0,46 0,25 0,16

0,265

PILARES GRUPO 4

7,0 0,28 0,40 0,31 0,40 0,31

176
0,165

PILARES GRUPO 5

7,0 0,47 0,55 0,46 0,25 0,16

0,302

PILARES GRUPO 7

7,0 0,44 0,40 0,31 0,25 0,16

177
0,306

ZONA SÍSMICA 1.3/2.3 DCH

PILARES GRUPO 1

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 73,52 105,03 946,00
1 215,09 1,3 125,83 153,79 109,17 -80,73 125,83 153,79 822,00 937,00
2 215,09 1,3 125,83 153,79 96,69 104,26 138,13 148,94 695,00 813,00
3 215,09 1,3 125,83 153,79 84,40 -96,30 125,83 153,79 572,00 685,00
4 215,09 1,3 125,83 153,79 70,26 -85,08 125,83 153,79 452,00 562,00
5 215,09 1,3 125,83 153,79 55,31 -72,33 125,83 153,79 334,00 442,00
6 215,09 1,3 125,83 153,79 -36,10 -54,50 125,83 153,79 215,00 324,00
7 215,09 1,3 125,83 153,79 -22,40 41,70 125,83 153,79 97,00 206,00
A 85 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 16,60 23,71 946,00
1 24,40 -17,70 34,86 -25,29 822,00 937,00
2 24,80 -22,90 35,43 -32,71 695,00 813,00
3 25,16 -24,30 35,94 -34,71 572,00 685,00
4 24,70 -24,90 35,29 -35,57 452,00 562,00
5 23,90 -24,80 34,14 -35,43 334,00 442,00
6 22,50 -24,30 32,14 -34,71 215,00 324,00
7 24,54 -22,20 35,06 -31,71 97,00 206,00
A 86 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 3

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -84,19 -120,27 766,00
1 250,94 1,3 146,80 179,42 -115,44 88,67 146,80 179,42 655,00 757,00
2 250,94 1,3 146,80 179,42 -109,75 113,98 146,80 179,42 552,00 646,00
3 250,94 1,3 146,80 179,42 -98,74 109,43 146,80 179,42 453,00 543,00
4 250,94 1,3 146,80 179,42 -85,65 99,67 146,80 179,42 357,00 444,00
5 250,94 1,3 146,80 179,42 -70,94 87,68 146,80 179,42 263,00 348,00
6 250,94 1,3 146,80 179,42 -50,00 68,60 146,80 179,42 170,00 254,00
7 250,94 1,3 146,80 179,42 -36,00 55,00 146,80 179,42 78,00 161,00
A 87 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -17,10 -24,43 766,00
1 -23,80 17,60 -34,00 25,14 655,00 757,00
2 -24,60 22,40 -35,14 32,00 552,00 646,00
3 -25,10 24,20 -35,86 34,57 453,00 543,00
4 -24,70 25,00 -35,29 35,71 357,00 444,00
5 -24,00 24,90 -34,29 35,57 263,00 348,00
6 -22,90 24,45 -32,71 34,93 170,00 254,00
7 -25,60 22,70 -36,57 32,43 78,00 161,00
A 88 – Momentos flectores de cálculo em Z.

178
PILARES GRUPO 4
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -23,00 -32,86 260,00
1 50,59 22,40 72,27 32,00 249,00 249,00
2 -53,90 -46,00 -77,00 -65,71 237,00 238,00
3 -57,00 53,20 -81,43 76,00 207,00 226,00
4 -56,50 56,90 -80,71 81,29 190,00 207,00
5 53,30 57,00 76,14 81,43 153,00 179,00
6 -49,60 55,20 -70,86 78,86 107,00 142,00
7 51,80 49,00 74,00 70,00 49,60 97,00
A 89 – Momentos flectores de cálculo em Y.

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -48,74 -69,63 260,00
1 143,39 1,3 83,89 102,53 75,13 -48,55 83,89 102,53 249,00 249,00
2 143,39 1,3 83,89 102,53 68,53 -72,58 97,90 -103,69 237,00 238,00
3 143,39 1,3 83,89 102,53 64,43 67,89 92,04 96,98 207,00 226,00
4 143,39 1,3 83,89 102,53 58,27 -65,30 83,89 102,53 190,00 207,00
5 143,39 1,3 83,89 102,53 51,30 -59,91 83,89 102,53 153,00 179,00
6 143,39 1,3 83,89 102,53 39,50 -49,60 83,89 102,53 107,00 142,00
7 143,39 1,3 83,89 102,53 35,40 -42,80 83,89 102,53 49,60 97,00
A 90 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 5
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -46,40 -66,29 1242,00
1 -60,10 25,64 -85,86 36,63 1086,00 1230,00
2 -63,00 46,50 -90,00 66,43 935,00 1074,00
3 -62,12 56,50 -88,74 80,71 787,00 923,00
4 -58,20 60,30 -83,14 86,14 641,00 775,00
5 -52,50 60,00 -75,00 85,71 493,00 628,00
6 -46,10 56,20 -65,86 80,29 345,00 481,00
7 -43,00 49,80 -61,43 71,14 208,00 332,00
8 -44,90 54,00 -63,43 77,14 53,20 196,00
A 91 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -35,20 -50,29 1242,00
1 -34,82 33,26 -49,75 47,51 1086,00 1230,00
2 -32,75 34,69 -46,79 49,55 935,00 1074,00
3 -29,15 32,44 -41,64 46,35 787,00 923,00
4 -25,32 29,08 -36,17 41,54 641,00 775,00
5 -21,39 25,61 -30,56 36,58 493,00 628,00
6 -15,50 20,50 -22,14 29,29 345,00 481,00
7 -12,90 16,60 -18,43 23,71 208,00 332,00
8 -6,40 16,00 -9,14 22,86 53,20 196,00
A 92 – Momentos flectores de cálculo em Z.

179
PILARES GRUPO 6

∑MRb CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso
DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -208,00 -297,14 1147,00
1 223,32 1,3 130,64 159,68 -169,72 159,91 -242,46 224,16 1042,00 1133,00
2 223,32 1,3 130,64 159,68 -151,56 169,21 -216,52 241,73 930,00 1028,00
3 223,32 1,3 130,64 159,68 -129,30 156,94 -184,71 224,21 802,00 916,00
4 223,32 1,3 130,64 159,68 -106,97 139,13 -152,82 198,76 657,00 788,00
5 223,32 1,3 130,64 159,68 -83,58 120,04 -119,40 171,49 566,00 644,00
6 223,32 1,3 130,64 159,68 -53,30 93,20 130,64 159,68 389,00 552,00
7 223,32 1,3 130,64 159,68 -30,20 73,10 130,64 159,68 222,00 384,00
8 223,32 1,3 130,64 159,68 19,20 50,00 130,64 159,68 21,00 208,00
A 93 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 18,60 26,57 1147,00
1 25,22 -17,39 36,03 -24,84 1042,00 1133,00
2 28,62 -24,48 40,88 -34,97 930,00 1028,00
3 29,82 -28,35 42,61 -40,49 802,00 916,00
4 29,36 29,77 41,94 42,52 657,00 788,00
5 27,97 -29,53 39,96 -42,18 566,00 644,00
6 25,79 -28,08 36,85 -40,11 389,00 552,00
7 24,63 -25,99 35,18 -37,13 222,00 384,00
8 12,08 -26,25 17,25 -37,50 21,00 208,00
A 94 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 7
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 21,40 30,57 628,00
1 32,24 -20,95 46,06 -29,93 560,00 621,00
2 37,92 -31,89 54,17 -45,55 491,00 553,00
3 39,92 -37,79 57,03 -53,99 420,00 484,00
4 39,38 -39,90 56,26 -57,00 347,00 413,00
5 37,19 -39,58 53,13 -56,54 271,00 340,00
6 34,22 -37,44 48,88 -53,49 193,00 264,00
7 31,75 -34,58 45,36 -49,41 118,00 186,00
8 15,54 -32,76 22,20 -46,80 38,10 110,00
A 95 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -23,80 -34,00 628,00
1 -26,03 24,94 -37,18 35,63 560,00 621,00
2 24,66 25,99 35,22 37,12 491,00 553,00
3 21,93 24,10 31,33 34,42 420,00 484,00
4 19,05 21,55 27,21 30,79 347,00 413,00
5 15,96 18,84 22,80 26,92 271,00 340,00
6 11,50 14,80 16,43 21,14 193,00 264,00
7 8,90 11,60 12,71 16,86 118,00 186,00
8 4,00 10,30 5,71 14,71 38,10 110,00
A 96 – Momentos flectores de cálculo em Z.

180
CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

10,7 6,8 0,42 0,55 0,46 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

0,428

- Zonas Críticas acima da Base

0,263

PILARES GRUPO 3

10,7 6,8 0,35 0,55 0,46 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

181
0,415

- Zonas Críticas acima da Base

0,262

PILARES GRUPO 4

10,70 0,30 0,40 0,31 0,40 0,31

0,260

PILARES GRUPO 5

9,8 0,38 0,70 0,61 0,25 0,16

182
0,420

PILARES GRUPO 6

10,7 6,8 0,45 0,80 0,71 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

0,459

- Zonas Críticas acima da Base

0,300

PILARES GRUPO 7

9,8 0,39 0,40 0,31 0,25 0,16

183
0,355

ZONA SÍSMICA 1.2/2.3 DCH

PILARES GRUPO 1
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 107,5 153,57 930,00
1 278,48 1,3 162,91 199,11 152,55 -124,88 217,94 -178,41 805,00 920,00
2 278,48 1,3 162,91 199,11 137,64 -149,16 196,62 -213,08 686,00 796,00
3 278,48 1,3 162,91 199,11 121,14 -136,25 173,06 -194,65 596,0 677,00
4 278,48 1,3 162,91 199,11 102,34 -120,78 162,91 199,11 453,00 560,00
5 278,48 1,3 162,91 199,11 82,40 -103,65 162,91 199,11 337,00 444,00
6 278,48 1,3 162,91 199,11 54,70 -78,50 162,91 199,11 219,00 327,00
7 278,48 1,3 162,91 199,11 35,00 -60,30 162,91 199,11 98,00 208,00
A 97 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 36,60 52,59 930,00
1 32,20 -35,30 55,01 -60,30 805,00 920,00
2 32,00 -33,60 52,90 -55,55 686,00 796,00
3 30,30 -32,50 48,88 -52,43 596,0 677,00
4 28,20 -31,00 44,46 -48,87 453,00 560,00
5 26,00 -29,20 37,14 -41,71 337,00 444,00
6 22,80 -27,00 32,57 -38,57 219,00 327,00
7 22,00 -23,70 31,43 -33,86 98,00 208,00
A 98 – Momentos flectores de cálculo em Z.

184
PILARES GRUPO 2
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO SUP INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 245,40 350,57 1234,00
1 694,84 1,3 406,48 496,81 347,26 -333,63 406,48 -476,62 1071,00 1219,00
2 694,84 1,3 406,48 496,81 286,64 -339,30 406,48 496,81 915,00 1056,00
3 694,84 1,3 406,48 496,81 251,81 -306,81 406,48 496,81 761,00 900,50
4 694,84 1,3 406,48 496,81 212,01 -273,26 406,48 496,81 608,00 746,00
5 694,84 1,3 406,48 496,81 155,40 -216,90 406,48 496,81 454,00 593,00
6 694,84 1,3 406,48 496,81 111,70 -180,50 406,48 496,81 297,00 439,00
7 694,84 1,3 406,48 496,81 89,00 -138,50 406,48 496,81 137,00 282,00
A 99 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -47,90 -68,43 1234,00
1 -63,67 54,24 -90,65 77,48 1071,00 1219,00
2 -59,99 62,81 -85,70 89,73 915,00 1056,00
3 -57,79 58,77 -82,56 83,96 761,00 900,50
4 -54,61 59,38 -78,01 84,83 608,00 746,00
5 -51,18 56,81 -73,11 81,16 454,00 593,00
6 -45,30 53,87 -64,72 79,96 297,00 439,00
7 -45,91 46,89 -65,59 66,99 137,00 282,00
A 100 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 3
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO
MED, SUP
INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -113,00 -161,43 183,48 769,00
1 278,48 1,3 162,91 199,11 -151,82 128,43 -216,89 216,41 662,00 760,00
2 278,48 1,3 162,91 199,11 -143,15 151,49 -204,50 202,81 561,00 652,00
3 278,48 1,3 162,91 199,11 -127,92 141,97 -182,75 199,11 463,00 551,00
4 278,48 1,3 162,91 199,11 -110,64 127,70 162,91 199,11 367,00 463,00
5 278,48 1,3 162,91 199,11 -91,12 111,47 162,91 199,11 272,00 357,00
6 278,48 1,3 162,91 199,11 -63,00 86,10 162,91 199,11 176,00 262,00
7 278,48 1,3 162,91 199,11 -43,50 68,20 162,91 199,11 80,00 167,00
A 101 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -35,30 -50,43 769,00
1 -37,31 40,18 -53,30 57,40 662,00 760,00
2 -35,30 36,92 -50,42 57,24 561,00 652,00
3 -32,97 35,23 -47,10 50,33 463,00 551,00
4 -30,68 33,11 -43,83 47,30 367,00 463,00
5 -26,00 28,80 -37,14 41,14 272,00 357,00
6 -23,40 27,30 -33,43 39,00 176,00 262,00
7 -23,50 24,30 -33,57 34,71 80,00 167,00
A 102 – Momentos flectores de cálculo em Z.

185
PILARES GRUPO 4
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO
MED, SUP
INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 94,90 135,57 263,00
1 297,28 1,3 173,91 212,55 140,99 -116,95 173,91 212,55 274,00 249,00
2 297,28 1,3 173,91 212,55 124,28 -134,82 173,91 212,55 298,00 288,00
3 297,28 1,3 173,91 212,55 112,81 -123,42 173,91 212,55 289,00 283,00
4 297,28 1,3 173,91 212,55 98,89 -112,46 173,91 212,55 262,00 275,00
5 297,28 1,3 173,91 212,55 77,20 -92,00 173,91 212,55 216,00 248,00
6 297,28 1,3 173,91 212,55 62,00 80,00 173,91 212,55 151,00 202,00
7 297,28 1,3 173,91 212,55 46,40 65,40 173,91 212,55 65,20 137,00
A 103 – Momentos flectores de cálculo em Y.

CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,


Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO
MED, SUP
INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -80,10 -114,43 263,00
1 198,91 1,3 116,37 142,22 104,32 74,44 116,37 142,22 274,00 249,00
2 198,91 1,3 116,37 142,22 94,37 -101,11 134,82 -144,45 298,00 288,00
3 198,91 1,3 116,37 142,22 87,94 -95,96 125,63 -136,51 289,00 283,00
4 198,91 1,3 116,37 142,22 78,95 -89,35 116,37 142,22 262,00 275,00
5 198,91 1,3 116,37 142,22 68,87 -81,40 116,37 142,22 216,00 248,00
6 198,91 1,3 116,37 142,22 51,80 -66,90 116,37 142,22 151,00 202,00
7 198,91 1,3 116,37 142,22 44,30 -56,90 116,37 142,22 65,20 137,00
A 104 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 5
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO
MED, SUP
INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 -298,30 -426,14 1338,00
1 455,66 1,3 266,56 325,80 -168,85 259,73 -241,21 317,04 1200,00 1324,00
2 455,66 1,3 266,56 325,80 -167,68 185,85 266,56 325,80 1040,00 1186,00
3 455,66 1,3 266,56 325,80 -140,25 172,77 266,56 325,80 880,00 1027,00
4 455,66 1,3 266,56 325,80 -116,54 154,51 266,56 325,80 696,00 866,00
5 455,66 1,3 266,56 325,80 -79,00 119,70 266,56 325,80 532,80 682,60
6 455,66 1,3 266,56 325,80 -52,10 98,40 266,56 325,80 370,00 519,00
7 455,66 1,3 266,56 325,80 -17,00 75,80 266,56 325,80 208,60 357,00
8 455,66 1,3 266,56 325,80 -32,00 31,60 266,56 325,80 46,80 195,00
A 105 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -38,70 -55,29 1338,00
1 -45,67 40,65 -65,24 58,07 1200,00 1324,00
2 -41,92 44,86 -59,88 64,08 1040,00 1186,00
3 -37,96 41,89 -54,23 59,84 880,00 1027,00
4 -33,54 37,92 -47,91 54,17 696,00 866,00
5 -29,85 34,55 -42,65 49,36 532,80 682,60
6 -22,70 28,60 -32,43 40,86 370,00 519,00
7 -19,60 -24,70 -28,00 -35,29 208,60 357,00
8 -10,30 23,60 -14,71 33,71 46,80 195,00
A 106 – Momentos flectores de cálculo em Z.

186
PILARES GRUPO 6
CAPACITY MED, MED, MED, MED, MED, NED, NED,
Piso ∑MRb DESIGN SUP,CP INF,CP SUP,MODELO INF,MODELO
MED, SUP
INF SUP,MODELO INF,MODELO
0 299,00 427,14 1109,00
1 334,94 1,3 201,79 246,63 244,87 -228,34 349,82 -326,20 1036,00 1094,00
2 334,94 1,3 201,79 246,63 -212,03 -243,53 -302,90 -347,90 948,00 1021,00
3 334,94 1,3 201,79 246,63 178,85 -222,53 255,51 -317,90 835,00 934,00
4 334,94 1,3 201,79 246,63 148,79 -195,92 212,55 -279,89 695,00 820,00
5 334,94 1,3 201,79 246,63 115,83 -168,38 201,79 246,83 527,00 680,00
6 334,94 1,3 201,79 246,63 72,00 -129,60 201,79 246,83 351,00 513,00
7 334,94 1,3 201,79 246,63 41,10 -102,60 201,79 246,83 188,00 337,00
8 334,94 1,3 201,79 246,63 24,90 -63,30 201,79 246,83 20,10 174,00
A 107 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 62,65 89,49 1109,00
1 72,54 -75,04 103,63 -107,20 1036,00 1094,00
2 66,80 71,57 95,43 102,24 948,00 1021,00
3 60,90 -67,05 87,00 -95,78 835,00 934,00
4 54,24 -61,52 77,49 -87,89 695,00 820,00
5 45,58 -54,49 65,11 -77,85 527,00 680,00
6 35,41 -45,96 50,58 -65,65 351,00 513,00
7 24,48 -35,66 34,98 -50,94 188,00 337,00
8 13,06 -25,48 18,65 -36,41 20,10 174,00
A 108 – Momentos flectores de cálculo em Z.

PILARES GRUPO 7
Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 -76,64 -109,48 556,00
1 -90,00 91,52 -128,57 130,74 517,00 549,00
2 77,64 84,08 110,92 120,12 468,00 510,00
3 -68,53 75,65 -97,90 108,07 408,00 461,00
4 -58,17 67,10 -83,10 95,85 332,00 401,00
5 -42,74 52,50 -61,05 75,00 246,00 326,00
6 -37,71 42,84 -45,30 61,20 162,00 239,00
7 -19,74 37,71 -28,20 45,30 86,90 155,20
8 -9,45 19,95 -13,50 28,50 21,00 80,00
A 109 – Momentos flectores de cálculo em Y.

Piso MED, SUP,MODELO MED, INF,MODELO MED, SUP MED, INF NED, SUP,MODELO NED, INF,MODELO
0 24,10 34,43 556,00
1 32,08 27,43 45,83 39,18 517,00 549,00
2 30,65 -32,11 43,77 -45,87 468,00 510,00
3 27,49 -30,11 39,27 -43,01 408,00 461,00
4 23,86 -26,74 34,08 -38,20 332,00 401,00
5 20,91 -23,93 29,87 -34,18 246,00 326,00
6 15,50 -19,30 22,14 -27,57 162,00 239,00
7 -12,50 -16,10 -17,86 -23,00 86,90 155,20
8 5,91 -13,90 8,44 -19,86 21,00 80,00
A 110 – Momentos flectores de cálculo em Z.

187
CONFINAMENTO DOS PILARES

PILARES GRUPO 1

10,7 6,8 0,44 0,55 0,46 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

0,478

- Zonas Críticas acima da Base

0,302

PILARES GRUPO 2

10,7 6,8 0,39 0,85 0,76 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

188
0,402

- Zonas Críticas acima da Base

0,301

PILARES GRUPO 3

10,7 6,8 0,38 0,55 0,46 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

0,415

- Zonas Críticas acima da Base

189
0,262

PILARES GRUPO 4

10,7 6,8 0,34 0,45 0,36 0,45 0,36

- Zona Crítica da Base

0,312

- Zonas Críticas acima da Base

0,243

PILARES GRUPO 5

10,7 6,8 0,41 0,80 0,71 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

190
0,413

- Zonas Críticas acima da Base

0,310

PILARES GRUPO 6

10,7 6,8 0,51 0,85 0,76 0,25 0,16

- Zona Crítica da Base

0,564

- Zonas Críticas acima da Base

191
0,338

PILARES GRUPO 7

10,7 0,45 0,40 0,31 0,25 0,16

0,506

Anexo L – Esforços de Cálculo nas Paredes


ZONA SÍSMICA 1.2/2.3 DCM
PAREDES Pa4A e Pa4I
Piso MED,ENVOLVENTE NED, CONDICIONANTE
0 3558,00
1 3358,00 1121
2 2986,86
3 2615,71
4 2244,57
5 1873,43
960
6 1502,29
7 1131,14
8 760,00
A 111 – Momentos flectores de cálculo e esforços axiais condicionantes para as paredes.

Piso vED,MODELO VED, ENVOLVENTE


0 1186,00 1779,00
1 870,00 1445,41
2 568,00 1111,82
hcr 889,50
3 889,50
4 889,50
5 889,50
6 889,50
7 889,50
8 889,50
A 112 – Esforços transversos retirados do modelo e de cálculo.

192
PAREEDES Pa2E e Pa5E
Piso MED NED, CONDICIONANTE
0 6014,0
1 6014,0 2167
2 5356,29
3 4698,57
4 4040,86
5 3383,14
1615
6 2725,43
7 2067,71
8 1410,00
A 113 – Momentos flectores de cálculo e esforços axiais condicionantes para as paredes.

Piso vED,MODELO VED, ENVOLVENTE


0 1216,00 1824,00
1 1113,00 1669,50
2 926,00 1506,38
hcr 1389,00
3 1359,19
4 1269,75
5 1180,31
6 1090,88
7 1001,44
8 912,00
A 114 – Esforços transversos retirados do modelo e de cálculo.
CONFINAMENTO DAS PAREDES

Paredes Pa4A e Pa4I

0,25 0,16 2,0 5,0 10,48 0,22 0,0456

Adoptou-se s=0,075m, logo

Devido ao confinamento nas duas direcções,

193
Está garantido o nível de confinamento pretendido.

Paredes 2E e 5E

0,25 0,16 3,4 5,0 7,86 0,24 0,04626

Adoptou-se s=0,075m, logo

Devido ao confinamento nas duas direcções,

Está garantido o nível de confinamento pretendido.

194
ZONA SÍSMICA 1.5/2.4 DCH

PAREDES Pa4A e Pa4I


Piso MED,ENVOLVENTE NED, CONDICIONANTE
0 981,4
1 981,4 1280,1
2 874,1
3 766,7
4 659,4
5 552,0
220,1
6 444,7
7 337,3
8 230,0
A 115 – Momentos flectores de cálculo e esforços axiais condicionantes para as paredes.

Piso vED,MODELO VED, ENVOLVENTE


0 255,0 841,4
1 210,0 692,9
2 172,0 567,5
hcr 510,8
3 503,1
4 488,2
5 471,4
6 454,5
7 437,6
8 420,7
A 116 – Esforços transversos retirados do modelo e de cálculo.

PAREEDES Pa2E e Pa5E


Piso MED NED, CONDICIONANTE
0 1680,0
1 1680,0 2727,5
2 1496,0
3 1312,0
4 1128,0
5 944,0
547,2
6 760,0
7 576,0
8 392,0
A 117 – Momentos flectores de cálculo e esforços axiais condicionantes para as paredes.

Piso vED,MODELO VED, ENVOLVENTE


0 338,0 1352,0
1 308,0 1232,0
2 260,0 1040,0
hcr 714, 7
3 712,3
4 705,0
5 697,8
6 690,5
7 683,3
8 676,0
A 118 – Esforços transversos retirados do modelo e de cálculo.

195
CONFINAMENTO DAS PAREDES

Paredes Pa4A e Pa4I

0,25 0,16 2,0 7,0 7,86 0,20 0,0424

Adoptou-se s=0,05m, logo

Devido ao confinamento nas duas direcções,

Está garantido o nível de confinamento pretendido.


Paredes Pa2E e Pa5E

0,25 0,16 3,4 7,0 10,48 0,23 0,0617

196
Adoptou-se s=0,05m, logo

Devido ao confinamento nas duas direcções,

Está garantido o nível de confinamento pretendido.

ZONA SÍSMICA 1.3/2.3 DCH

PAREDES Pa2A, Pa4A, Pa2I e Pa5I


Piso MED,ENVOLVENTE NED, CONDICIONANTE
0 3190,00
1 3190,00 1216,1
2 2832,86
3 2475,71
4 2118,57
5 1761,43
223,0
6 1404,29
7 1047,14
8 690,00
A 119 – Momentos flectores de cálculo e esforços axiais condicionantes para as paredes.

Piso vED,MODELO VED, ENVOLVENTE


0 532,0 1457,77
1 480,1 1315,28
2 439,1 1202,93
hcr 1139,00
3 1095,59
4 1013,69
5 936,79
6 859,00
7 783,00
8 728,88
A 120 – Esforços transversos retirados do modelo e de cálculo.

197
CONFINAMENTO DAS PAREDES

Paredes Pa2A, Pa5A, Pa2I e Pa5I

0,25 0,16 3,6 9,8 10,48 0,16 0,0633

Adoptou-se s=0,05m, logo

Devido ao confinamento nas duas direcções,

Está garantido o nível de confinamento pretendido.

198

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