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11/08/2016 Ausência da igreja no Apocalipse 4-19

Ausência da igreja no Apocalipse 4-19


Robert Gromacki

Onde está a igreja durante os sete anos da Tribulação, conforme os capítulos 4-19 do Apocalipse? Se o pós-tribulacionismo
estivesse correto, a igreja seria mencionada como permanecendo na Terra, durante esse tempo. Contudo, este não é o quadro
visto nos capítulos 4-19 do Livro do Apocalipse. Este escritor vai demonstrar, através de uma investigação minuciosa destes
capítulos, que a igreja já estará no Céu com Cristo, tendo sido arrebatada antes do início da Tribulação. Os leitores ficarão bem
informados sobre a visão pré-tribulacionista neste assunto, lendo o ensaio seguinte.
O imperador Domiciano baniu o Apóstolo João para a Ilha de Patmos, no Mar Egeu (Apoc. 1:0) e foi ali que João ouviu o comando
de Jesus Cristo: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na
Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia”.

João registrou o que viu e, em seguida, enviou cartas às sete igrejas da Ásia, conforme o Senhor lhe havia ordenado. Estas
igrejas eram: as de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, e Laodicéia. (verso 11).
O conteúdo do Livro do Apocalipse pode ser dividido em três seções embasadas no comando de Cristo: “Escreve as coisas que tens
visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. (Apoc. 1:19). Estas secções revelam uma sequência de tempo: passado,
presente e futuro.
Mas, o que João viu exatamente? Ele teve uma visão simbólica de Jesus Cristo de pé, “no meio dos sete castiçais de ouro” (Versos
12-18,20) os quais representavam as sete igrejas locais. Este conteúdo forma a seção do passado (“as coisas que tens visto”). A
seção do presente, “as que são”, podem ser vistas nas sete cartas enviadas às sete igrejas (Apoc. 2-3). A seção do futuro forma a
parte mais importante do livro (Apoc. 4-22). A frase preposicional (“depois destas coisas” é encontrada no Apoc. 1:19 e no 4:1, duas
vezes). A terceira seção começa com as palavras “Depois destas coisas” (Apoc. 4:1). A seção futura (Apoc. 4-22) contém uma
introdução, revelando o trono de Deus o Pai, nos capítulos 4-5. O selo, as trombetas e as taças do julgamento são descritos em
seguida (Apoc. 5-16). O julgamento da Babilônia é apresentado nos capítulos 17- 18. A segunda vinda de Cristo à Terra é,
finalmente, apresentada no capítulo 19:11-21. O Reino Milenial, o Julgamento do Grande Trono Branco e o estado eterno
enceram a revelação profética, nos capítulos 20-22.
A interpretação típica deste livro pelos futuristas argumenta que os capítulos 4-19 descrevem o que vai acontecer nos sete anos
que precedem a segunda vinda de Cristo à Terra (Capítulo 11:19-21). A consistente defesa do pré-milenialismo mantém esta
posição, mesmo que alguns possam ter visões diferentes sobre o arrebatamento da igreja. Contudo, somente os que abraçam o
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posição, mesmo que alguns possam ter visões diferentes sobre o arrebatamento da igreja. Contudo, somente os que abraçam o
arrebatamento pré-trib (antes da 70ª semana de Daniel) argumentam em favor da ausência da igreja na Terra, durante os sete
anos da Tribulação. Que evidência pode ser encontrada dentro do Apoc. 4-19, para mostrar que a igreja verdadeira já estará no
Céu, quando os eventos mencionados nestes capítulos estiverem acontecendo? Vejamos algumas indicações:

A menção da igreja - As palavras ”igreja” e “igrejas” tão importantes nos capítulos 1-3, não mais aparecem no Livro, até
o último capítulo (Apoc. 22:16). A palavra “igreja”, no singular e no plural, ocorre 19 vezes, nos capítulos 1-3 (1:4,11,20 (duas
vezes); 2:1,7,8,11,12,17,18,19; 3:1,6,7,13,14,22).
O termo “igreja” (ekklesia) significa, literalmente, “um grupo chamado para fora”. Ele tem dois usos principais no Novo
Testamento. Pode ser usado como o corpo de Cristo, o qual Ele está edificando nesta era (Mateus 16:18; 1 Coríntios 12:13;
Efésios 1:22; 4:1-6). Ele é composto de judeus e gentios crentes, feitos um em Cristo (Efésios 2:15-16). O termo também pode
ser usado para uma congregação local de crentes (Atos 14:27; Gálatas 1:2). Neste sentido, o termo é usado no Livro do
Apocalipse. [Nota de Hélio: a teoria de uma igreja universal e invisível, difusa, sobre a terra, abrangendo todas as igrejas locais, não tem
nenhuma base bíblica. E, até mesmo pela etimologia da palavra, toda igreja tem, forçosamente, que ser local. No agora (no céu), e na eternidade
futura, haverá uma só igreja somando todos os salvos da atual dispensação das igrejas, mas, ainda assim, ela será local. Ver http://solascriptura-
tt.org/EclesiologiaEBatistas/IgUniv-TeoriaMito-Montgomery.html]

Contudo, existe um estranho silêncio do termo, a partir dos capítulos 4-19. Este fato é digno de nota, principalmente quando se
contrasta esta ausência com a sua constante presença nos capítulos 1-3. Um bom motivo para esta ausência da verdadeira igreja
é que os crentes evangélicos já não se encontrarão na Terra, nos sete anos que precedem a segunda vinda de Cristo. Eles já
terão comparecido na presença do Senhor, no Céu, antes que estes eventos de sete anos tenham início. A igreja não é
mencionada durante o selo, as trombetas, as taças do julgamento, pois já estará no Céu, quando houver o derramamento da ira
divina.

A admoestação - As frases recorrentes “às igrejas” estão conspicuamente ausentes, numa admoestação semelhante
(Apoc. 13:9). Todas as sete cartas às igrejas terminam com esta admoestação. Cada indivíduo em cada igreja local deveria
escutar e aplicar a verdade que Cristo entregou às igrejas locais. Por exemplo, um crente na igreja de Éfeso deveria tirar proveito
espiritual do que o Senhor disse à igreja de Pérgamo ou à de Filadélfia, etc.

Satanás, a besta e o falso profeta serão os três maiores inimigos de Deus e do Seu povo, nesse período de sete anos (Apoc.
13:1-18; 19; 20:3) A besta, simbolizando o ditador político-militar do fim dos tempos, governará durante 42 meses e, na segunda
metade do período de sete anos, mostrará a sua verdadeira natureza diabólica. João registra a respeito dele: “E foi-lhe permitido
fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,

http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/AusenciaIgrejaApocalipse4-19-RGromacki.htm (Apoc. 13:7-8). Aqui João 2/9


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esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:7-8). Aqui João
registra a última admoestação. Não há mais qualquer menção do tipo:“escreve ao anjo da igreja”, a frase repetida sete vezes, nas
sete cartas antes mencionadas. (Apoc. 1-3), que possa mostrar que a igreja estará enfrentando a ira da besta, pois se tal
acontecesse, a igreja ainda estaria na Terra.

Existe uma menção “aos santos” no contexto do Apoc. 13:7-10. Mas, estes santos sãos que forem salvos [por fé que
necessariamente tem que ser comprovada por obras apropriadas e por perseverança até o fim], durante os sete anos da
Tribulação, após o arrebatamento da igreja. Todos os salvos foram levados, antes desse período.

A esposa do Cordeiro - A igreja como um corpo unido não é mais vista, após os capítulos 1-3, até a celebração da Ceia
das Bodas do Cordeiro, quando Sua esposa já se aprontou. À noiva foi dado ataviar-se com linho fino, puro e resplandecente,
porque o linho fino são as justiças dos santos (Apoc. 19:7-8). Agora ela é chamada a ”esposa de Cristo”. Paulo usou a metáfora
do marido e mulher, para descrever a relação de Jesus Cristo com a igreja (Efésios 5:22-23). A esposa é vista como uma unidade
completa e definitiva no Céu, até mesmo antes da volta de Cristo, como REI, à Terra. (Apoc. 19:11-16, conf. 19:7). Não teria
sentido, uma parte da esposa estar no Céu e a outra parte, na Terra.
A esposa também foi galardoada, antes da segunda vinda de Cristo à Terra. Sua prestação de contas pode ser vista, no fato de
que ela “já se aprontou” (Apoc. 19:7). Mesmo assim, crente nenhum merece qualquer recompensa pelo que tiver feito pelo
Senhor. Conferir-lhe um galardão demonstra a graça redentora; por isso o texto diz: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (verso 8). Estas justiças são imputadas aos crentes pela justiça de Cristo
(Romanos 3:22; 4:22; 5:21). Desse modo, o julgamento no Tribunal de Cristo já terá acontecido, antes de Sua volta à Terra.
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou
mal.” (2 Coríntios 5:10). Isso comprova que a igreja terá sido arrebatada, antes desse evento.

A atividade de Cristo - O foco da atividade de Cristo muda dos capítulos 1-3 para os capítulos 4-19. Nos primeiros três
capítulos, o Seu ministério foi dirigido às sete igrejas na Terra. Ele as galardoa, critica e corrige. Mas, nos capítulos 4-19, toda a
Sua atividade acontece no Céu. Ele trata do rolo selado com sete selos e com os julgamentos que dele procedem.
Como a cabeça viva da igreja, que é o Seu corpo, Ele está agora edificando-a (Mateus 16:18). Ele está em nós, nós estamos nEle
e Sua atenção está na igreja. Contudo, esta ênfase desaparece nos capítulos 4-19. Durante os sete anos que precedem a Sua
segunda vinda à Terra, Cristo estará preparando o mundo e Israel para esta volta. A igreja já estará completa, com Ele, no Céu,
através da ressurreição e do arrebatamento. Esta fase do Seu propósito Criador e Redentor terá sido concluída.

Os vinte e quatro anciãos -


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Os vinte e quatro anciãos - Se os vinte e quatro anciãos representam a igreja, então ela já estará no Céu, antes da
abertura dos julgamentos dos selos. Os anciãos desempenham um papel importante nos capítulos 4-19. Eles são mencionados 12
vezes (Apoc. 4:4,10; 5:5,6,8,11,14; 7:11-13; 11:16; 14:3; 19:4). Primeiro, eles são mencionados como estando presentes no Céu,
ao redor do trono de Deus o Pai, conforme Apoc. 4:4: “E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos
vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro”.

Quem são esses anciãos? Eles representam anjos ou homens? Se são humanos, eles representam os crentes do Velho
Testamento, do Novo Testamento ou de ambos? O adjetivo numeral “vinte e quatro” é significativo. O rei Davi dividiu o
sacerdócio levítico em 24 ordens (1 Crônicas 24). Cada ordem executava funções sacerdotais no tabernáculo e no templo, de
sábado a sábado. Na distribuição desse encargo, cada ordem funcionaria por duas semanas, cada ano. Ao fazer isso, cada ordem
representava toda a tribo sacerdotal e a nação de Israel, diante de Deus. Desse modo, o número 24 tornou-se a representação
de um grupo maior e mais completo. Então, “os vinte e quatro anciãos” é uma frase que veio a ser representativa de mais do que
apenas duas dúzias de específicas pessoas. Em vez disso, os anciãos representam um inteiro grupo de seres individuais, quer
sejam anjos ou homens.
Três características sobre a sua descrição são relevantes. Primeira, eles estão assentados em tronos. Não estão de pé, voando
ou flutuando. Porventura algum anjo já alguma vez se assentou diante de Deus? Nenhum verso da Escritura diz que eles já o
tenham feito. Mesmo assim, Jesus prometeu a cada crente, na era da igreja: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no
meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. (Apoc. 3:21). Por imputação, Deus fez cada crente se “assentar
nos lugares celestiais, em Cristo Jesus ” (Efésios 2:6). Então os vinte e quatro anciãos devem ser homens e não anjos.

Segunda, os anciãos estavam “vestidos de vestes brancas”, que são as mesmas palavras antes aplicadas à igreja (Apoc. 3:5,18).
Terceira, os anciãos usavam coroas (stephanous) nas cabeças. Eram coroas ganhas pelo desempenho e pela vitória. Aos crentes
nas igrejas foram prometidas coroas, com as mesmas palavras. (Apoc. 2:10; 3:11). Nas epístolas, aos crentes, nesta era da
igreja, são prometidas coroas específicas por realizações específicas: a coroa incorruptível, para os que vivem uma vida espiritual
disciplinada (1 Coríntios 9:21); a coroa da alegria, para os [evangelistas] que impactaram vidas de modo que estas receberam
Cristo como Salvador; (1 Tessalonicenses 2:19); a coroa da justiça para os crentes que amam a Sua vinda (2 Timóteo 4:8); a
coroa da vida pelo amor a Cristo e a perseverança nas tribulações (Tiago 1:12; conf. Apoc. 2:10); dada aos vencedores em
Esmirna, por terem sido fieis até a morte; a cora da glória para os pastores fieis (1 Pedro 5:4). Os anjos não usam coroas, mas
os crentes podem e vão usá-las.
A tripla descrição dos vinte e quatro anciãos, assentados, vestidos e coroados, trata da identidade do povo redimido,
principalmente dos crentes nesta era da igreja.
O problema de tradução do texto, dentro do contexto do louvor dos anciãos, deve ser observado (Apoc. 5:9-10). Eles cantam:
”Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua,
e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.
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Notem a primeira pessoa do plural aqui usada no pronome “nosso”. A versão BKJ e a NBKJ se embasam no texto grego (Textus
Receptus), mostrando que os anciãos estão louvando a Deus pela sua própria salvação. Já a NVI (embasada no texto crítico) usa
o pronome na terceira pessoa do plural... [“DELES”]
Como essas versões vieram depois da versão original, a VA 1611 King James, que contém a primeira pessoa, é mais confiável. As
pessoas, antes de 1611, viam os anciãos como pessoas redimidas. Consequentemente, os críticos da posição pré-trib não podem
afirmar que os proponentes do arrebatamento pré-trib tenham imposto sua visão dispensacionalista sobre esta passagem. Os
anjos contrastam com os anciãos. Eles cantam uma canção de louvor a Cristo, sem referência alguma à sua redenção ou à
salvação de outrem. Se os anciãos são anjos, então não haveria motivo para esta canção. A segunda canção e o contraste entre
os anciãos e os anjos sugerem que os anciãos são homens.
O termo “ancião” (presbítero) jamais é usado na Bíblia com referência aos anjos. Esta palavra denota maturidade e crescimento.
Ela é o oposto de “jovem” (1 Timóteo 5:12). Como aos anjos poderiam ser chamados anciãos, quando todos eles foram criados
ao mesmo tempo? Em outras palavras, têm a mesma idade? Ao contrário, os anciãos da igreja local devem ser homens com
experiência espiritual (1 Timóteo 3:1-7). Quando Paulo convocou os anciãos de Éfeso a Mileto, estes vieram como líderes oficiais
e representantes de todos os crentes em Éfeso.
A explicação plausível sobre os vinte quatro anciãos é que eles representam um grupo de pessoas redimidas. E quem são essas
pessoas? Visto como os crentes do período do Velho Testamento não serão ressuscitados antes da volta de Cristo à Terra
(Daniel 12:1-3; Apoc. 20:4-6), os vinte e quatro anciãos representam, mais do que claramente, os redimidos da igreja.

Os habitantes do Céu - A besta, o grande líder político-militar do fim dos tempos, abrirá sua boca em blasfêmias: “E abriu
(Apoc. 13:6). Quem são
a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu”.
os habitantes do Céu? São os contrastados com os habitantes da Terra (Apoc. 12:12; 13:8,14). Os habitantes da Terra são os
humanos não salvos, portanto os habitantes do Céu são os humanos salvos. O verbo “habitar” é a mesma palavra grega para a
“encarnação” de Jesus Cristo (João 1:14). Uma palavra idêntica é usada para o corpo físico dos crentes, que é a palavra
“tabernáculo” (2 Coríntios 5:1, 4). O verbo “habitar” ou a palavra “tabernáculo” nunca é usada referindo-se às atividades dos
corpos do anjos.
No texto crítico grego, a frase “os que habitam no Céu” está em oposição ao “Seu tabernáculo” (tendo sido omitida a preposição
“em”) Isto sugere que os que habitam no Céu, como o tabernáculo de Deus, formam um grupo específico, com ninguém a ser
acrescentado. E se é assim, a descrição melhor se adapta à igreja arrebatada, visto como mais pessoas serão salvas, na segunda
metade do período de sete aos.

A experiência de João -
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A experiência de João - A experiência de João deveria ser equiparada ao arrebatamento da igreja. João escreveu:
“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe
aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Apoc. 4:1). Alguns dizem que este evento mostra o cumprimento da
principal predição sobre o arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:13-19), conforme a antiga versão da Bíblia Scofield (p. 1334).
Outros vêem a experiência do apóstolo como uma apresentação simbólica da trasladação da igreja (Nova Bíblia Scofield, p.
1356).
Existem semelhanças: a voz e a trombeta. Contudo, as diferenças nas duas narrativas são bem maiores. No arrebatamento, os
crentes ouvirão a voz do arcanjo, enquanto João escuta a voz de Cristo (Apoc. 4:1, conf. 1:10). Não há menção de Cristo
descendo do Céu, quando João é para ali arrebatado. Não há menção de um encontro nos ares, entre o Céu e a Terra. Não há
mudança permanente no corpo de João. A experiência de João se assemelha à de Paulo na 2 Coríntios 12:1-7, e à de Felipe, em
Atos 8:39.

Os castiçais e as lâmpadas – Os castiçais individuais, representando as sete igrejas (Apocalipse 1:12,20), não devem
ser igualados às sete lâmpadas de fogo queimando diante do trono (Apoc. 4:5). Hal Lindsey clamou que o movimento das lâmpadas
desde a terra até o céu era evidência da remoção da igreja para o céu um instante antes de começar o derramamento do
julgamento de Deus (There's a New World Coming, p. 86) [posição chamada de arrebatamento meio- da- tribulação, ou mid-trib, ou
pré-ira]. No entanto, há uma diferença entre as palavras do grego que foram traduzidas como "castiçal" (luchnid 1:12,20) e como
"lâmpadas" (lampades; 4:5). Assim, elas não podem ser vistas como iguais símbolos para a igreja. Se assim pudessem ser vistas,
então por que João iria usar uma palavra diferente? Além disso, sendo as “lâmpadas” definidas como “os sete espíritos de Deus”
(Apoc. 4:5), a chamada equiparação dos castiçais com as lâmpadas não deveria ser usada como uma prova para um
arrebatamento mid-trib ou pré-ira.

A proeminência de Israel - Israel e o programa da aliança de Deus com Israel são o foco central dos sete anos que
antecedem a volta de Jesus Cristo. Esta ênfase é responsável pelo silêncio de qualquer referência à igreja, na Terra, nesse
tempo. Quando João foi para o Céu, primeiro ele viu o trono de Deus o Pai (Apoc. 4:2); em seguida, ele deu esta simbólica
descrição de Deus: “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do
trono, e parecia semelhante à esmeralda” (verso 3). Por que o próprio Deus revelou- Se desta maneira? Existe a indicação de duas
pedras (o jaspe e o sárdio). São as mesmas pedras usadas na descrição das duas pedras nas ombreiras do éfode do sumo
sacerdote de Israel (Êxodo 28:17-21). O éfode continha doze pedras, uma para cada tribo de Israel. Elas estavam dispostas em
quatro fileiras de três pedras cada uma. O sárdio era a primeira pedra na primeira fileira, representando Ruben, o mais velho dos
doze filhos de Jacó. O jasper era a última pedra na última fileira, representando Benjamim, o mais novo dos doze filhos de Jacó.
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Estas duas pedras, na descrição divina, podem representar a relação de Deus com o Seu povo escolhido, a nação de Israel. O
aparecimento do arco-íris também substancia a relação da aliança divina com a integridade da palavra empenhada por Deus.
Então, estes capítulos chaves (4-19) tratam, claramente, da relação de Deus com o povo de Israel, na Terra. A intercalação da
era da igreja terminou e Deus vai completar o Seu programa com Israel, através do cumprimento da 70ª. semana de Daniel
(Daniel 9:24-27). O foco foi retirado da igreja (Apoc. 1-3) para Israel (Apoc. 4-19). [N.T. - Que os dominionistas aprendam,
finalmente, que a Israel não está terminada e que a igreja não a substituiu e não herdará as promessas feitas a Israel]
Quando Jesus Cristo segurou o rolo selado com sete selos, Ele foi descrito como “O Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu,
para abrir o livro e desatar os seus sete selos”. (Apoc. 5:5). Esta descrição está embasada em duas passagens do Velho Testamento
referentes ao Messias de Israel. [N.T. - a ignorância bíblica de alguns segmentos pentecostais, inclusive de uma igreja
batista “avivada”, aqui em Teresópolis (RJ), apresenta como o seu símbolo um leão com os dizeres: “Este é o leão da
tribo de Judá”. Pelo visto, o pastor desta igreja é um judaizante, o que Paulo condena veementemente, na Carta aos
Gálatas]. Jacó informou os seus filhos sobre o que iria acontecer-lhes, nos últimos dias (Gênesis 49:1). Com referência a Judá,
ele disse: “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um
leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de
Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos”. (Gênesis 49:8-10).

Na segunda passagem, Deus deu a Israel a promessa de um reinado futuro com o Messias: “Peso do vale da visão. Que tens agora,
pois que com todos os teus subiste aos telhados? Tu, cheia de clamores, cidade turbulenta, cidade alegre, os teus mortos não foram mortos à
espada, nem morreram na guerra. ... Também contastes as casas de Jerusalém, e derrubastes as casas, para fortalecer os muros”.

O rolo de sete selos simboliza o direito do Rei de Israel de governar a Terra. O conteúdo do rolo mostra o que vai acontecer
durante os sete anos, antes da volta de Jesus Cristo à Terra. (Apoc. 4-19). O exclusivo direito de Jesus Cristo ao rolo é visto
como a sua relação com Israel, mais do que com a igreja. Ele é a cabeça do Seu corpo, a igreja (Efésios 1:22-23), mas esta
descrição não aparece aqui.
Um grupo importante na 70ª semana de Daniel é o dos 144.000 servos de Deus selados (Apoc. 7:3-4 e 14:1-5), todos eles
pertencentes às tribos dos filhos de Israel, ou seja, Judá, Ruben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Isaacar, Zebulon,
José (Efraim) e Benjamim. (Apoc. 7:5-8). Esta passagem confirma a presença de Israel como sendo uma entidade nacional,
étnica na terra, bem como suas divisões tribais, naquele tempo. [N.T. - E os árabes querendo negar tudo isso, com a ajuda
dos incrédulos e da mídia, a serviço do “pai de mentira”.]
Mounce, que mantém uma visão pós-trib sobre o arrebatamento, afirma que dez das doze tribos desapareceram, na conquista do
Reino do Norte de Israel, feita pela Assíria, em 722 a .C., e que as outras duas perderam sua identidade, quando Roma invadiu e
destruiu Jerusalém, no Ano 70 d.C. Mounce nega a literalidade do número e dos nomes (The Book of Revelation, p. 168). Mesmo
assim, Ana é identificada como um membro da tribo de Aser, durante a infância de Jesus (Lucas 2:36). E se Judá não é literal no
Apoc. 7:5, como pode ser no Apoc. 5:5? A explicação melhor é que Deus estará usando Israel, em vez da igreja, para servi-Lo,
durante os sete anos que antecedem a volta de Jesus Cristo à Terra.
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durante os sete anos que antecedem a volta de Jesus Cristo à Terra.


A segunda metade do período de sete anos deve começar com a expulsão de Satanás do Céu para a Terra e sua perseguição à
mulher (Apoc. 23:11-17). Quem é esta mulher? Ela tem sido vista como sendo Maria (a mãe de Jesus) [errado], ou as igrejas do
Novo Testamento [errado], ou Israel [certo].
João viu esta grande descrição: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de
doze estrelas sobre a sua cabeça”. A menção do sol e da lua sob os seus pés e das onze estrelas deveria levar-nos de volta ao sonho
de José “E teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se
inclinavam a mim. E contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este que tiveste? Porventura viremos, eu
e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra? (Gênesis 37:9-10). José entendeu o significado do seu sonho. Na sua
interpretação, Jacó é o sol; Lia ou Raquel, a lua; e os doze filhos de Jacó são as estrelas. A mulher (Israel) esteve presente no
nascimento de Jesus (Apocalipse 12:5) e sempre estará presente, nos 1.260 dias, antes de Sua volta à Terra. (Apocalipse 12:6,
13,-17). Quando se usa a lei da referência anterior [“o significado de uma palavra, na Bíblia, é sempre o significado que tem em
sua primeira menção”], como um princípio de interpretação, entende-se perfeitamente que somente a nação de Israel é
qualificada para ser a mulher. Esta posição encontra apoio no Velho Testamento (Gênesis 37:9-10), na realidade histórica do
tempo em que Cristo nasceu e na promessa divina de uma nação de Israel restaurada e regenerada.

Onde está a igreja no Apoc. 4-19? Uma investigação minuciosa nestes capítulos vai mostrar que a igreja estará no Céu
com Jesus Cristo. Quando ela será arrebatada por Ele? Exatamente antes do início da Tribulação, ou seja, dos acontecimentos
narrados no Apoc. 4-19.

“Where is The Church in Revelation 4-19?” - Dr. Robert Gromacki


Traduzido e adaptado por Mary Schultze, em 22/06/2002.
www.marybiblia.com

Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por
Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com
ou sem notas).

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11/08/2016 Ausência da igreja no Apocalipse 4-19

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