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ÍNDICE

ANÁLISE COMBINATÓRIA

G eneralidades...................... ..............., pag 3


A rranjos Simples ....... ................................... 3,
Arranjos com Repetiçao.................................... .4
Permutaçes Simples .............................. ......... 6
Classe de uma Permutaço........ ... .... ......... ......... " 7
Teorema de Bezout ......... ................... .......
. . " 8
Corolário ............. ........................... ....... 1
.10
Permutações com Elementos ngo todos Distintos.......... " 10
Permutações com Repetição............................... " 12
Combinações simples..................................... " 12
Combinações com Repetiço.............................. " 15
Coeficientes Binomiais................................... " 17
Relação entre os Coeficientes Binomiais............... ." 18
Triângulo dos coeficientes Binotiais .................. " 22
Ni'imeros Figurados...................................... " 25
Potência de uni Binniio................................... " 25
.Trmo Geral. Lei de formação dos trmos............. " 27
Desenvolvimento de (a - .).......................... " 28
Propriedades dos Coeficientes do Desenvolvimento de
(a + b)ni . . .... " 28

Soma das Potncias de mesmo grau dos Números Naturais, " 30


Potência de um Po1inmjo.. ... ............................ 31

DETERMINANTES

Matrizes Retangulares e Quadradas ..................6090 .. . 34


Termo deduzido de uma Matriz Quadrada.................... 0
35
Definição de Determinante, Notação...... ... 0* ... 6..** 37
Determinani.e de Segunda Ordem.......................... " 38
Determinanté de Terceira Ordem. Regra de Sarru ......... " 39.
Propriedades Elementares dos Determinantes............. " 41
Menor Complementar e. Complemento Algébrico de um Ele-
mente de um Determinante .......................... . fl
47
Desenvolvimento de um Determinante segundo os elementos
de uma fila ...... ................ ................... .... pag. 48
Propriedades Resultantes do Desenvolvimento de um Deter
minante segundo os Elementos de uma fila .............. " 52
Menores de um Determinante . ................................ " 60
Classes dos Menores de um Determinante ..................... " 62
Menores Complementares e Complementos Algébricos dos me
nores de um Determinante ................................ " 63
Desenvolvimento de um Determinante pelos seus Menores
Teorema de Laplace ..................................... " 65
Elevação e Abaixamento da Ordem de um Determinante ....... 71
Produto de dois Determinantes .............................. " 73
Teorema de Binet -Cauchy .................. ....... ........... .
' 7
Determinates Especiais ................................... " 77
Combinações Lineares .................................... " 88
(
Caracteristica de uma Matriz . ............................... " 91
Propriedades da Caracteistica .................. " 92
Determinação da Característica de uma Matriz ......... " 97

EQUAÇõES E FORMAS LINEARES

Generalidades ......... ., ' 99


Combinação Linear, .................................... , " 101
Sistemas Equivalentes, .................................... " 103
Sistema de N Equações Lineares com II Incgnitas ......... " 103
Sistemas Normais, Regra de Cramer.,, .................... ., " 105
Teorema de Rouch -Cappelli., ................... ....... .... " 108
Resolução dos Sistemas de Equaçes Lineares,,,,, ' 115
Sistema de Equações Lineares Homogêneas, ....... " 119
Propriedades dos Sistemas de Equações Lineares Homogêneas 120
Sistemas de N.l .Equações Lineares Homogneas com N incg
nitas, 125
Formas Lineares ,,,,00,, ,,,,,,,,,,,,,,, ..................... 126
Formas Lineares Dependentes e Independentescâo...bo*o*coo 128
Propriedades das Formas Lineares,,,, ,, , ,, ,., ............, " 129

NUMEROS COMPLEXOS

Preliminares ................................................. " 132


Definição de Número Complexo.. • pag.. 132
Produto de um Número Complexo por um Número Real " 134
Unidade Imaginaria ..................................... " 134
Lei das Potncias de i ................................ " 135
Forma Binomial dos Números Complexos .................. " 136
Norma e Modulo de um Número Complexo ............... " 137
Números Complexos Conjugados ............................. " 138
Números Complexos Simtricos .............................. " 139
Subtração de Números Complexos ....................... " 140
Números Complexos Reciprocos ............................ " 141
Diviso de Números Complexos ............................. " 142
Potncias de Expoente Inteiro dos Números Complexos... 142
Representação Trigonométrica de um Número Complexo " 142
Representaço Exponencial de um Número Complexoco.a.so 145
Relações entre os Módulos e os Argumentos de Comple-
xos iguais. ................................................ . 145
Relações entre os Módulos e os Argumentos de Comple-
xos Conjugados. ....................................... ."
146
Relações entre os Módulos e os Argumentos de Comple-
xos Opostos ........................................... " 147
Modulo de uma Soma ou de uma Diferença de dois núme-
ros Complexos .............................................. " .148
Modulo de uma Soma de Vários Números Complexos .......... " 149
Modulo e Argumento de um Produto de Números Complexos. " 149
Formula de Moivre ....................................... ' 151
Condição para que um Produto de. Números Complexos se
ja Nulo ................................................ .. " 150
M6dulo e Argumento do Quociente. de dois Números Com-
plexos... .... .*é* ... a ......... o ........... 151
Raiz de um Número Complexo., ....................... " 152
Potência de Expoente Racional de um Número Complexo.. 155
Raizes n-sima de um Número Real ......................., 156
Raizes n4sjma da Unidade ............................., " .157
Propriedades das Raizes dá Unidade, . ,....... ........... " 157
Número de Raizes Primitivas de Índice n da Unidade,.., " . 160
Representação Geoxntrica de um Número Complexo.., " 162
Vetor Representativo de um Complexo,....... ...... 000 " 163
Interpretação Geométrica do Modulo edo Argumento de
um Número Complexo,.,, .., ,,,..,.,.,,.....,........, " 164
Interpretação Geométrica das Operaçes sobre N. Com ,,. " 165
CONJUNTOS LINEARES

Preliminares pag. 171


Intervalos................................................. " 171
Entrnos.................................................. " 172
Principio de Encaixe de Intervalos......................... " 173
Extremo Superior de um Conjunto Linear................... " 175
Extremo Inferior de um Conjunto Linear.................... " 176
Pontos de Acumulação de um Conjunto Linear................ 179
Teorema de Bolzano-Weierstrass....... ... .. ........ ........." 181
Conjuntos Derivados... .............................. . ...... " 183
Lemite Máximo e Limite Minimo de um Conjunto Linear....... " 184
Conjunto Continuo......... ... .. ...... ...... ........ .. ...... • 186
Teorema de Reine-Borel..... ........... ....... ............... " 186
Conjuntos de Números Complexos.............................. " 187
Pontos de Acumu1aço de uma Família de Conjunós.......... ti 189

SUCESSÕES NUMÉRICAS

Sucessões Convergentes....................................... " 191


Sucessões Divergentes ............................. ...........192
Sucessões Oxilantes......................................... " 193
Propriedades das Sucessões Convergentes........ ........... " 195
Critério Geral de Convergência de Cauchy ........... " 197
Sucessões Montonas ......................................... " 199
Operações sobre Limites de Sucessões........................ " 200
Método de Passagem ao Limite................................ " 212
ONumero e de Neper ........................................" 213
.Critérios de Cesaro.................... ... ..................." 216
Sucessões de Conjuntos de Números .Reais........................225

S ÉRIES NUM ÉRICAS

Definiçes........................................................ 23 0
Classificação das Series ..................................... ii 231
Critério Geral de Convergencia para as Séries ...... ......... " 233
Condição Necessria de Convergência. Serie Harmonica..... " 234
Resto de uma Serie...................................... " 235
Propriedade Associativa das Series Regulares.......... • 236
Series de Termos Positivos........................ ..*-CO9, 0
"
238
Propriedade Comutativa............................
... 238
Critérios de Convergência para as Series de Termos posi-
tivos.., ............................................... " 20
Séries de Termos Positivos e Negativos.................... 252
Series Absolutamenté Convergentes........................... ii 253
Propriedade Comutativa das Series absolutamente Converg « 255
Operações sobre, as Series............. 257
Teorema de Mertens....... ... . ... ............................, ti 259
Series de Termos Complexos ........... .....................• " 261

.* * *
CAPÍTULO 1

ANÁLISE -COMBINATÓRIA

1 GENERALIDADES - A Analise Combinatoria ou Calculo Combinatrio tem


por objeto o estudo da formaço, -contageme proprie
dades dos agrupamentos que podem ser formados, segundo determinadds cri-
trios, com um numero finito de elementos dados de natureza qualquer
Esses agrupamentos so, fundamentalmente, de trs espcies
arrancos,permut açS es e combína ç oes q e podem ainda ser consideradosi sem
ou com repetição de elementos; no primeiro caso dizem-se simples, 'e no
segundo completos ou com repetição.

2. ARRANJOS SIMPLES -.
Dados rn elementos distintos
a1 ,a 2 .ma

e um numero inteiro positivo k < m, chamam-se arranjos simplesde -


se k ou arranjos simples k a k desses xn elementos, a todos os agru-
pamentos de k elementos distintos, tirados dentre os rn elementos da-
dos, de modo que dois agrupamentos quaisquer difiram entre si pela na-
tureza -ou pela ordem -dos elementos que neles figuram
Assim, por exemplo, os arranjos simples de classe 2 dos trs
elementos a 1 , a2 e a 3 so a 1 a2 ,a 1a 3 ,a2a1 ,a 2a 3 ,a 3a1 , e a 3a2

O número dos arranjos simples de classe k de rn elementos


• distintos repreenta-se por um dos simbolos:
k
- A- ou. A
- m,k m -

Calculo de A - Segundo'a definiço e A = m • Supo-


- •m,k - - - - - m,l
- - - - nhamos, portanto,--- k> 1 e consideremos
os arranjos -simples de classe k - nos quais -o elemento a 1 ocupa - o pri-
meiro lugar. Suprimindo nesses arranjos o elemento a 19 obteremos o qua-
dro de todos os arranjos simples de classe k-1 dos m-1 elementos
a29 a 39 . , a. Por conseqUncia, os arranjos simples de classe k
-

nos quais a1 ocupa o primeiro lugar s ã o em numero de Am_l,k_l Anlo-


gamente, Alki exprime o nimero dos arranjos simples de classe k
nos quais os elementos a2 ,a3 , .. ,a ocupam cada um
. primeiro lugar.
E como os arranjos simples de classe k nos quais a19 a29 .. .,a ocupam
cada um o primeiro lugar formam,em conjunto, o quadro de todos os arran-
jos simples de classe k d e sses rn elementos, resulta que:

A =mA
m,k m-1,k-1

Mudando, nesta relaç ã o recorrente, sucessivamente rn.por m 1, -

m-2, ... ,m--ic+2 e ao mesmo tempo k por k-1 1 k-2..., 2, teremos:

A = (m-l)A
m-1,k-1 m-2,k-2

A = (ff - 2)A
m-2,k-2 m-3 9 k--3

A_jç+2,2 = (m_k+ 2 )Am_k l, l


+

Al em disso,

A = za-k+l
m-k ~ l,1

Multiplicando agora ordenadamente t o das estas igualdades e su-


primindo os fatores comuns aos dois membros, obtemos:

A = m(m-1)(m-2) ., (m-k+2)(ni--k+l)
m,k

f ó rmula que dá o nilimero de arranjos simples de classe k de rn elementos


distintos, =
Assim, o numero de arranjos simples de classe k de .rnelementos
distintos igual ao produto de k numeros inteiros, consecutivos ede-
crescentes a partir de a.

3. ARRANJOS COM REPET I o Dados rn elementos distintos a19a2:*am


chamam-se arranjos com repetiço de classe
k ou arranjos completos de classe k d e sses si elementos, a todos os
-5 -

agrupamentos de k elementos, distintos ou no, tirados dentre os m ele-


mentos dados, de modo que dois agrupamentos quaisquer difiram entre si
pela natureza ou pela ordem dos elementos que neles figuram.
de notar que, segundo essa definição, pode ser k m,o que
no ocorre com os arranjos simples, em que é necessariamente k
Observemos ainda que, entre os arranjos com repetição, se k m, figu-
ram também os arranjos simples de classe k; se k > m, todo arranjo com
repetição contam sempre, ao menos, um elemento repetido.
Por exemplo, os arranjos com repetição de classe 2 dos trs
elementos a2 , a 3 sao:

as2 a1a3
a
a2a1 a2a2 a2a 3

a3a1 a3a3
32

Entre eles figuram, como se v, os seis arranjos simples de


classe 2 dos trs elementos a1 ,a2 ,a 3 , a sabert a 1a29 a1a 3 ,a2a 3 ,a2a1 ,
a 3 alfa 3a2 . Os arranjos com repetição de classe 3 dos dois elernentos
ae
1 a2 , 5g0 ,

a1a1a1 a1a2a2 a1 aa2 a1a2a1

a2a1 a1 a2a2a2 a2a1a2 a2a2a1

Cada um d1es contam um elemento repetido.


O numero dos arranjos com repetição de classe k de rn elemen-
tos distintos representa-se por um dos simbolos:

(AR ) m,k ou .,k


A

Calculo de (AR) - Esse calculo faz-se relacionando(AR) m,k


m,k
com (AR) Para isso, observemos
que, uma vez formados os arranjos com repetição de classe k-1 dos rn e-
lementos a1 ,a29 ,..,a, obteremos todos os arranjos com repetição do elas-
se k juntando, a cada um dos arranjos com j repetição do classe k-1, su-
cessivamente os 'm elementos dados Cada arranjo com repetiçao de elas-
- 6

se k-1. d., assim origem a m arranjos com repetição de classe k e,por-


tanto, temos:
(AR) = m(AR)
n,k m,k-1

Mudando, nesta relação recorrente, sucessivamente k por k-1,


k-2, oa.,J 3 9 2, obtemos:
(AR) = m(AR)
m,k-1 m,k-2
(AR) = m(AR)
m,k-2 m,k-3

(AR) = m(AR)
m,3 m,2
(AR) = .m(AR)
ni,2 m,l

Alem disso,
(AR) =m
m,l

Multiplicando ordenadazaente todas estas igualdades e suprimin-


do os.fatres comuns aos dois membros, resulta:

E •
(AR)
m,k
=m1

isto é, o ntmero de arranjos com repetiçao de classe k de rn elementos


distintos e igual à potncia de grau k de m

k PERMUTAÇES SIMPLES - Chamam-se ta 6es simples de rn elementos


distintos os arranjos simples de classe rnds-
ses ai elementos
As permutações simples 5a0, portanto,, agrupamentos que s di-
ferem pela ordem dos elementos que neles entram
O numero das permutações simples de ai elementos distintos re-
presenta-se pelo símbolo

P
ai

Por conseqt1ncia:
-7-

P =m(m-1)(m-2) (m-m+l).
a MIM

ou, invertendo a ordem dos fatores:

P = 1 x 2 x 3 x x (m-2)(m-1)m

Assim, o nintero de permutaçoes simples de ni elementos distin-


tos e igual ao produto de todos os nmeros inteiros de .1 a m.
A este produto da-se o nome de fatorial de m(ARBOGAST). e re-
presenta-se por um dos trs simbolos:

in! (KRAMP), Tf(m) (GAUSS), L


Podemos, ento 9 escrever:

(m) = Lra

Observaço: Para que a relação

P=mP
iri ra-l•

valida para m2, subsista para m1, põe-se, por convenção:

P =0! =1
o

5. CLASSE DE UMA PERMUTAÇÃO Dados rn elementos distintos

•• a ,

escolhamos uma de suas m! permutações simples, por exemplo, aquela


em que os elementos se sucedem por ordem crescente dos seus indices:

aa2 a

e chamemos-lhe permutaç ã o fundamental, principal ou direta.


Pasto-isto, diz-se que, numa outra permutação qualquer dos is
elementos dados, dois elementos estio invertidos ou formam inverso
quando estão em ordem contraria daquela em que se acham ná permutação
-8-

principal,
Para se obter o número de inverses de uma permutaço, basta
comparar cada elemento com todos os que o seguem Assim, por exemplo,
no caso de apenas cinco elementos

e, a2 , a 3 , a4 , a 5

.sendo a1a2a 34a 5 a permutação principal, as duas permutaçes

3 2 1 5 4
aaaaa e a5a1a4a3a 2

apresentam respectivamente 4 .e 7 inversões.


Dentre todas as permutações, •a que apresenta maior número de
inversões e a permutaçao inversa, isto ú, aquela cujos elementos se en-
contram por ordem inversa daquela por que estio na permutaçao princi-
pali.
aa aa ,
mm-1 21

pois,•nela cada elémento forma inversão com todos os que lhe ficam.di-
reita O número total das suas .inversões :

(m-l) + (m-2) + . + .2 + 1

Uma perrnutaço diz-se de classe par ou de classe ímpar con-


forme e par ou ímpar o número total. das inverses que apresenta em re-
laço à-. permutaço principa1
O numero total das inverses de uma permutação, ou esse nume-
ro aumentado ou diminuído de um numero par arbitrário, chama-se classe
da perm visto que apenas interessa o conhecimento da paridade dês -

te numero.

A troca de posição de dois elementos (consecutivos ou no )


de uma permutaço chama-se transposiço (CAUCHY).
6 TEOREMA DE BEZOUT - Efetuando umatransp 222-S_
ao numa pmutao, es-
ta muda de o1asse
-9-

a) Os dois elementos que se transpõem s ã o consecutivos

Consideremos a permutação

A.aaB (1)
rs

onde A denota o conjunto dos elementos que precedem ar e B o conjun-


to dos elementos que sucedem a.
Efetuando a transposição dos elementos ar e a obtemos a
permutação
Aa a B (2)
sr

Como, na passagem da permutaço (1) para apermutaçao (2) os


elementos de A e B permanecem fixos, estas duas permutaçes diferem a-
penas pela posiç&o. relativa dos elementos a e a. Logo,conformese-
r e ou r s, a permutaço (2) apresenta uma inverso a mais
ou a menos do que a permutação (i). Em qualquer dos casos q portanto, a
permutaçao primitiva (1) muda de classe,

b) Os dois elementos que se transem no so consecutivos

Seja a periautaçaõ
AaBC (3)
r e

onde A, 8 e C denol- am, respectivamente, o conjunto dos elementos que


precedem a, que estÕ compreendidos entre a e a, e que sucedem a.
Suponhamos, para fixar idias, que entre a e a há k(k > 1) elemen-
tos, isto e, que 8 contam k elementos.
1
ar e a5
Para efetuar a transposiço dos elementos rodemos
,

fazer ar avançar mediante k transposiçes sucessivas, e a retro-


ceder mediante k+l transposições sucessivas, obtendo,assim, a permu-
tação
AaBa.0 ()
s r
Na passagem de (3) para (J+), efetuaram-se, portanto, ao todo,

k+k+l=2k+l
10

transposições de elementos consecutivos, isto e, um numero impar de trans-


posições. Lobo, a vista do resultado anterior, as perniitaçes (3) e (4)

5a0 de classes diferentes.

7. Corolário - Dentre as m!permutaçes simples de m elementos dis-


tintos, há tantas permutaçges de classe par quantas de
classe impar.
Com efeito, seja ± o ntmero de permutaçes de classe par e
k o numero das de classe impar. Consideremos as m! permutações e,fixa-
dos dois elementos quaisquer a e a efetuemos, em .cada uma delas, a_
S
transposição desses dois elementos. Todas as permutações mudam de classe
- as que eram de classe par tornam-se de classe impar e vice-versa,- sem
que ,haja repetição de permutação alguma e sem que duas permutaç&es dife-
rentes de uma mesma classe produzam uma mesma permutação da outra elas-
sê; , por .conseqUncia, ik.
Por outra parte, sendo

esuita.:
1 = k =

8. PERMUTAÇOES COM ELEMENTOS NÃO TODOS DISTINTOS

Dados m •eÏementøs:
h h.
a1 , a1 , a, a2 , a2 , a, , a, a , , a

entre os quais h:

elementos iguais a a 1

.h elementos iguais a .a
2 2

h. elementos iguais a a.,


1 1

h +h +...+h. =in,
1 2 1
- 11 -

õ numero de suas permutações distintas, que se denota com o s.mbolo:


.., h)
m

evidentemente menor que o n.mero de permutaçes simples de rn elementos


distintos. Assim, por exemplo, considerando os cinco elementos

a 1 ,a1 ,a2 ,a29 a2 ,

dos quais 2 so iguais a a 1 e 3 são iguais a a 2 , as permutações


distintas que com eles podemos formar so apenas dez:

a 1a1 a2a2 a2 a1 a2 a1a22 , a1 aaa1a , a1 a2 a2a2 a1 , aa 1 a1aa


a2a1a2a1 a2 , a2a1 a2a2a1 , a2 a2 a1a1a2 , a2a2a1a2a1 , aa2aa1a

enquanto 5g0 em número de 120 as permutações simples de cinco elementos


distintos.
(h19 h2 ,h)
C a lculo de P

Seja ,x o nmero de permutaçes distintas de rn elementos,todos


distintos, com exceção de b elementos iguais entre si. É manifesto que

x =P

visto que cada uma destas x permutações daria origem, se. os h 1 elemen-
tos fssêm distintos, a P permutações simples dos rn elementos.
h
1
Por conseqncia:
E, m
Ia
Ph!

Seja agora y o niniero de permutaç&es distintas obtidas supon-


do, nestas x permutações, li 2 elementos iguais entre si. Teremos, por um
raciocinio inteiramente análogo,

YXPh =x
2
- 12 -

donde
x
=
h2 12

Prosseguindo com.o mesmo raciocinio, vem, finalmente:

L±i ;i ui[1
9. PERMUTAÇGES COM REPETIÇÃO - Chamam-se ermutaçoes com repetí g ão de
m. elementos distintos, os arranjos com
repetição de classe a desses m elementos.
O numero das permutaçes com repetido de m elementos distin-
tos denota-se coÃ1 o simbolo

Por oonseqUrtcia:

L RP m =(AR)

isto éq o n.mero de permuta9 5es com ro e o dê rn elementos distin-


tos e igual potncia de grau rn de rn

10 COMBINAÇES SIMPLES - Dados rn elementos distintos

a 19 a 21 . , a.

e um nniero inteiro positivo k m, chamam-se oombinaços simples de


classe k ou combinações simples ka k desses rn elementos,a todos
os agrupamentos de k elementos distintos, tirados dentre os rn elemen-
tos dados, de modo que dois agrupamentos quaisquer difiram entre si pe-
la natureza dos elementos que neles entram,
Assim, por exemplo, as combinaes simples de classe 2 dos
quatro elementos, a 1 ,a29 a 3 ,a sao: a la2 9a l a3 ,alak,a2a 3 ,a2a4,a 3a.

0 numero das combinaçes simples de classe k de is elementos


* 13 -

distintos representa-se por um dos sLm.bolos:

e ou C
mgk m

Calculo de C - Para fazer esse calculo, suponhamos forma-


do o quadro das combinaçes simples de classe k dem. elementos distin-
tos. Como na formação das combinações na o intervni a ordem. por que os e-

leinentos estio dispostos, se permutarmos, de todos os P = k! modos pos-


siveis, os k elementos de cada uma das combinações, os arranjos assim
obtidos são diferentes uns dos outros e constituem (como imediatamente
se reconhece) o quadro de todos os arranjos simples de classe k dos rn
elementos considerados. Por outro lado, sendo C o nmero de combina-
m,k
çes e cada uma delas dando lugar a k arranjos simples de classe k,se*
gue-se que:
•.A =C •xP
m,k. mk k

donde A
=
c
• m,k

ou

1
Lm, k
= nt(m-1)(m-2)..(m-k+1)

Assim, o numero de combInUoes simples de classe k de rneiepn-


tos distintos é Igua l ao quociente do produto de k números inteiros con-
secutivos e decrescentes a partir de m, por fatorial de k

Sendo C um numero inteiro, a formula (1) demonstra o teo-


m,k.
rema da Ãritmetica:
O produto de k nCtmeros inteiros e consecutivos é divisivel pe-
lo produto. dos k primeiros nimeros naturai0

Multiplicando por

(m-k)! = (m-k)(m-k-l)., 00 21

os dois termos do segundo membro da fórmula (i), obtemos:


m(m-1)..,(in-k+1)(m-k)(ni--k-1),.. 2.1
Cm k

ou
1 C
ia!
[ m,k = k! (m-k)i

expresso fatorial de C
m,k

li, Observaçes. L) Por ser

1dm!

resulta
ia!
Am,k = ti3T

expresso fatorial de A
m9k

Como o segundo membro desta frmu1a tem significado para k = O


e e iguala 1, pe-se, por conveno:

A =1
1:1,0

Ii) O numero de pernLutaçes distintas de rn elementos, entre os


quais há k elementos iguais entre si e os restantes m-k também iguais
entre si, mas.distintos dos precedentes, sendo dado pela formula:

(lc,m-k) ia!
P
ia iTG15T

podemos escrever:
-

m,k
Por exemplo:

-
10 - 10,6
- 15 -

12. COMBINAÇES COM REPETIÇÃO - Dados a elementos distintos

chamam-se eombinaçes com repetição de classe k ou combinaçes comple -


tas de classe k desses a elementos, a todos os agrupamentos de k ele-.
mentos, distintos ou flg0, tirados dentre OS ia elementos dados, de modo
que dois agrupamentos quaisquer difiram entre si pela natureza dos ele-
mentos que neles entram
de notar que agora pode ser k. m, o que no se da com ias
combinações simples, em que é necessariamente k a. Sek m, entre as
combinações com repetição figuram também as combinaçes simples de clas-
se k ; e, se k> ia, toda co.mbinaço com repetiço contm sempre, ao me-
nos, um elemento repetido.
O numero das combinaçes com , repetição de classe k de rn ele-
mentos distintos representa-se por um dos simbolos:

(CR) ou c'
m,k nt,k

Calculo de (CR) - sse.ciculo faz-se relacionando (CR)


m,k m,k
com (CR) e para isso conta-se, de duas maneiras diferentes, o n(L-
k-l'
mero de vezes que um elemento qualquer, por exemplo a1 , figura no qua-
dro das combinações com repetição de classe k dos rn elementos.
. primeiro lugar, cada combinação contendo k elementos, o nu-
mero total de elementos do quadro das (CR) k(CR) . , e como, por
m,k m,k
evidentes razes de simetria, cada elemento figura o mesmo numero de ve-
zes no quadro, segue-se que o numero de vazes que n&Le aparece o ele-
mento escolhido a1 : .

JE_ (CR) (1)


a . m,k

Por outro lado, consideremos todas as combinaçes do quadro das


(CR) que encerram o elemento a 1 , Suprimindo, uma so vez, em cada uma
mI k
delas o elemento a1 , obtemos o quadro das (CR) , _1 como logo se reca-
nhece, e neste quadro, pelo que precede, o niimero de vazes que apaiece o
-16-

elemento a1 :

k-1 (cR)
5 m,k-1

Portanto, o nimero de vazes que no quadro das (CR)k aparece


mg
O elemento a1 :

M.
+ 1) (CR ) k l (2)

Igualando os resultados (1) e (2), vem

4(cR) = m +jç - 1 (cR)


m rn,k m nt,k-1

ou
.k(CR) = (ni+k - 1)(cR)
m,k m,k-1

Mudando, nesta relaço'recorrente, sucessivanente k por k-1,


.., 2 1 obtemos:
(k_l )(CR )m,k_l =

• ( k_2)(CR )m ,k_2 -

............
.,ól...i ..........

2(CR) = (m + i)(CR)
m,2 mil

Alem disso,
(CR) 5,1 =

Multiplicando ordenadamente todas estas igualdades e suprimin-


do os ratares comuns aos dois membros, vem:

[_(cR)
(m+i)m.
J
-17-

interessante notar que, sendo o numerador desta frmuladpro-


duto de k nitmeros inteiros, consecutivos ,e descrescentes a partir de
m+k-1, e o denominador fatorial de k, se tem:

(cR)
m9 k
c m+k-1,k

isto e q o numero de combinULe-2,com repeti ~ de classe k de m e1e-


mentos é igual ao nctmero de combinaSões simples de classe k de m+k-1
elementos.

Como
= (zn-1 9 k)
m+le-1,k iu+k-1

temos também.*
(cR)- (m_1 9 k) - (rn+k-1)!
m,k - m+k-1 -

13. COEFICIENTES BINOMIAIS - Os zii.meros Cm k apresentam-se como coe-


ficientes dos sucessivos termos do de-
senvolvimento da potência m-sima (a inteiro e positivo) de üm binmio
e só, por isso, chamados coeficientes binomiais ou niimerosbinomiais,

Para os coefinientes binomiais usa-se também, em vez de


anotaço ( m )

devida a ETTINGHAUSEN, e que se 1: binomiai rn sabre. k ou simplesmen-


te rn sobre k; si diz-se o numerador e k o denominador do coeficiente
binomia]..
Temos, pois, por definiço:

1L (m)
k -
- rn(m-l)(ni-2)
Id
(m-k +

ou
MA
2
- 18 -

Por virtude da convenção O! = 1 9 a fração do segundo membro


da formula (2) assume o valor 1 para m k = O ; dai escrever-se, por
cõnvenO:
()
k.
= 1 para mk=O

Como, para k> m, o segundo membro da formula (1) se anula,


convencioná-se:
para k--,m

14. RELAÇ6ES ENTRE. OS COEFICIENTES BINOMIAIS - Entre os coefiøientesbi-


noniiais existem nume-
rosas re1açes, das quais vamos apresentar algumas.

Com efeito, substituindo na formula (2) k por m-k, obtemos

• m m!
= :i3Ttm_k.!

isto e .

Assim., dois coeficientes binomiais 2úos denominadores saocom-


plementares re1aço ao numerador comum 5g0 iguais

Esta relação permite simplificar o calculo do numero ( )quan-


dO m-k.< k. Assim., por exemplo:

20) - ( .20 ) - 20 X 19
( 18 2 1x2 -

in-k+1 (Dl)
k k k-1

- Com efeito, multiplicando e dividindo por ia -. k + 1 o segun-


do membro da formula (2), obtemos:
( 111) m!(m - k +
k = k!(m-k + 1)!

ou, por ser k! = (k 1)k


-

m M. m k+1
-

k = (Ïc-1)!(m-k+1) ! k

Mas,

mI m
(i3T_k:13T (k-1)!(m - (k-1)) ! k-1

Logo:

1 Dl ) xa-k+1 ( Dl )
f <k - k k-1

"• = (:) .c ; 1 ) ~

Com efeito., temos:

zrt - 1 (m - 1)! ni - 1 •(m 1)!


-
'
k -i = Tm-k k k!(m-k-1)!

donde, somando membro a membro:

+
k-1' = (k-1)!(ii-k)! k! (m-k-1)!

ou,reduzindo ao mesmo denominador k!(m-k)l as duas fraçes.do, segundo


membro:
m-1 m-1 k(m-1)1 (xn-1)!(m-k)
k kyr k!(m-k)! =

isto e,
m-1 ( m
k
[: r
k-1
20

Esta f&rmula,devida a LSTIFEL (Aritm é tica Integra, 1554),per-


mite calcular r a pidamente Os coeficientes binomiais de numeradørrnquando
so conhecidos os de numerador m - l

iv = +
++ ' + k-1

Com efeito, da f o rmula de STIFEL resulta, mudando rn sucessi-


vamente par m-1,m-2, .., k+1:

m-1 m-1

za-1 m-2m-2
= k-1 +

( m2 ) = (m_3 ) + ( m_3 )
k-1

k+l )( k ) ~ ( k )

Al ém disso,
( k ) (k_1 )
k =

Somando ordenadamente t o das essas igualdades e suprimindo os


t e rmos comuns a ambos os membros, acha-se a relaç ã o indicada

V.
k =
rn-.1
k
+ Ç_1)
m-2
+ +
( m-k
1 +
m-k-1

Com efeito, mudando, na f o rmula de STIFEL, sucessivamente m


por m-1, m-2, .., m-k+1 e ao mesmo tempo k por k-1, k-2, ... ,l,

obtemos:
-2l -

m m-1 m-1
~
k

m-1 m-2 m-2


= +

M-2 m-3 m-3


= +

m-k+l .m-k
1

A1m disso,

(fli.4<\ - ( m_k_l )
o
Somando ordenadamente t o das essas igualdades e reduzindo os
t e rmos semelhantes, acha-se ,a relaç ã o enunciada.

vi. () + ( + ( + •• + ( )

Com efeito t representando por Sm o primeiro membro desta rela-


çgõ, teremos:

2 s = ( )+ {( ) + ( )}~ {( ) + +

rn)
+
+ M- 3 ( m

Mas, pela formula de STIFLL

m+l
+ Mo ) = ( 1

'li m ni+l

m
+
Ç_1)
m
=
m+1
m
- 22 -

Por outro lado:

o 'm 'm+l

Por conseqUncia, podemos escrever:

m+1 m+l m+1 m+1 m+l


2S = + • ~
2 +
+ ) + Ç+2 '

isto

S =2S
m+1 m

Mudando, nesta relação recorrente, m suøessivamenteporm-1,


m-2, ..., 2,1, obtemos:
S = 2S
a
S =2S
m-1 m-2

S=
3 2S 2

.S2 =2S1

Al em disso,

o
Multiplicándo agora ordenadamente todas estas igualdades e su-
primindo os fatores comuns aos dois membros, obtemos:

15. TRINGIJ.LO DOS COEFICIENTES BINOMIAIS

Assim se denomina o seguinte quadro, formado com os coefi-


cientes binoxniais de numeradores O, 1 9 29
-23.-

o
()
o
(1 (1
'O' '1

( 2) (2)
()
O l

() () ()

( Xfl-1 ) ( flt_l ) ( m;l ) ( m;l )

() () () ()

ou, substituindo os coeficientes binomiais por seus valores:

1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
1 7 21 35 35 21 7

O triângulo dos coeficientes binomiais goza de inumeras pro-


priedades, das quais vamos apresentar algumas.

I. Dois coeficientes binomiais de uma mesma linha, eqtlidistantes dos ex-


tremos, so iguais

E conseqttncia imediata da formula ( ) = Ç)


- 24 -

II. A soma dos coeficientes binomiais da linha k a potr1cia 2k-1•

conseqf1noia da formulai

ei ei ei is
( o )+( i )+()+ 0 +( ei_i) m )2ei
m

III. Cada coeficiente binomial de urna linha, a partir do segundo, é a


soma do coeficiente binmal que lhe fica a c ima com o que esta a
esquerda deste último .

Esta propriedade, õonseqttncia imediata da formula de STIFEL:

m-1 ni-1
M
permite a construção rápida e fácil do triângulo dos coeficientes bi-
nomiais.

IV. A soma de um ,número qualquér de coeficientes binojniais consecutivos


(a partir do primeiro) de uma coluna é igual ao coéfiientebinomial
que fica na linha e na coluna seguintes ao Ctitieio dsses coeficien-
tes.
Esta propriedade resulta da fórmula:

m m-1 m-2 .k k-1 /


= k-]) + k-1 + + k-1 + k-1

Assim,por exemplo, a soma dos ei primeiros coeficientes bi-


nomiais da segunda coluna:

l\ ,2 ,m1 \ f .ei
' '
1

igual ao ceficiente binomial (ei) , isto e,

1 + 2 + 3 + ... + (m-l) + m = m(m+l)


2
-25-

V A soma dos coeficientes binomiais de uma mesma, diagonal, a partir da


primeira coluna, ate um coeficiente binomial qualquer, e igualao coe-
ficiente binomial da mesma coluna d e ste e da linha imediatamente in-
ferior.

Esta propriedade decorre da fórmula:


m m-1 m-2 k k-1
Ç) = Ç) + Ç__) + + +( )

que se obtem substituindo na fórmula (1) cada coeficiente binomial pelo


seu igual de mesmo numerador e denominador oomplementar.

16 NÚMEROS FIGURADOS - Todos os elementos do triângulo dos coeficien-


tes binomiais denominam-se niineros figurados.
De modo mais preciso, os elementos da coluna n-sima +lou da n4sima dia-
gonal dizem-se números figurados de ordem ri

Os ntmeros figurados de primeira ordem são os número s natur


Os niimeros figurados de segunda ordem so também chamados nimeros trian-
gulares, os de terceira ordem números piramidais e os de quarta ordem
n.nier'os tringulo- ares.

1?. Teorema - O p4simo numero figurado de ordem ri e igual ao numero de


combinaçes com repetição , de classe n de p elementos.

Com efeito, os n&meros figurados de ordem n são os coeficien-


tes binomiais de denominador ri e de numeradores: n-o primeiro, n+l-o
segundo, ..., n+p-1 - o p-simo. Portanto, representando por F o
simo nmero figurado de ordem n, teremos:

= (n4-P-l) = (cR)
F p,n ,. .
p,n n

18 PONCIA DE UM BINÔMIO - Uma apiioaço importante da anÀlise ombi-


'natria consiste na pesquisa do desenvol-
vimento da potência m4sima de um binômio e., de modo mais geral, de um
poliriSmio.
- 26 -

Considerando o caso de um bin&riio, começaremos por determinar


o desenvolvimento do produto

(a+b)(a+b) ...(a+b)
• 1 2 m

de rn fat o res binômios que diferem entre si apenas pelo segundo t e rmo*
Tal desenvolvimento é foriaado, evidentemente, pela soma de
• .todos os t ermos que se obt ê m tomando, de todos os modos possíveis, um
dos dois t e rmos de cada binniio e multiplicando-os entre si.
Tomando-se de todos os binmios e primeiro t e rmo a, acha-se o
t e rmo am do desenvolvimento; tomando-se de todos os binmios,excepto do
primeiro, o t e rmo a, e do primeiro binômio o segundo t e rmo b1 , acha-
m-1 m-1
se o termo a b 19 e analogamente acham-se os termos m-1 a b 2 , a b 3 ,..,
tomando-sé, em seguida, de todos os binômios, excepto dos dois
primeiros, o t e rmo a, e dos doíá primeiros binmios os segundos t e rmos
b 1 e b 9 acha-se o termo m-2
a b1b, e analogamente acham — se os demais
m-2 ni-2 m-2 zn-2
termos em a do desenvolvimento: a b b , , a b b a b b
l) im
• •0 a b b • O resultado final e, portanto:
m-lm

(a + b1 )(a + b2 )...(a + b) = a m + ami Z b. + am_2 Z bb, +

+ am*3 ± m-r
bbb + bb •. b + ~ b b b (i)
b ij k t 1 2 • m

o
onde o primeiro somatrio estende-se de ± = 1 a ± = m, o segundo a t-
das as combinaç õ es simples de classe 2 dos indices 1,2, .., rn,o ter-
ceiro a t o das as combinações simples de classe 3 desses indices.....
o r4simo a todas as combinaç õ es simples de classe r dos mesmos ndi-
ces, •e assim por diante.
65to isto, se na f o rmula (1) supusermos b = b = •.. = b = b,
1 2 m
teremos:
- 27 -

que é a formula do bin&aio, impropriamente chamada fórmula do bin&uo de


NEWTON, porquanto "a, NEWTON se deve uma formula bem mais geral - o de-
senvolvimento de (a+b)m para rn real qualquer, que generaliza a (2) 9 de-
vida a t4ICOLÔ TARTAGLIA (1556)
Sendo
() = () = 1

a formula (2) pode escrever-se, abreviadamente, assim

(a + b)m = (rn)arn_br
1
ou, ainda

(a + b)m m
a b (4)
h. Oc.!(3!
j

com o somat&rio estendido a todos os pares de nmeros inteiros no ne-


gativos 0 e (3 tais que 01 + (3 m

19 TRMO GERAL. LEI DE FORMAÇÃO DOS TÊRMOS

Chama-se termo geral da frmu1a do binômio, e representa-se


por Tr+1 o termo que precedido de r termos, isto o trmodeor-
dem r+1 Sua expresso, de acardo com a formula (2), e

T =( m)a
m-rr
b (5)
r+l r

Mudando, nesta frmula, r por r+1, obtemos

m m-r-1 r-i-1
T )a b
r+2 =( r+1

Por conseqttncia: T
r+2 m-r b
T r+l •a
r+l
- 28 -

donde
m b
T T
r+2 r+l r+l a

Assim, conhecido um termo qualquer do desenvolvimento de(a+b) m


obtemos o coeficiente do termo seguinte, multiplicando o coeficiente do
termo conhecido pelo expoente dea nesse termo e dividindo oprodutope-
lo expoente de b nesse termo aumentado de uma unidade; obtemos a parte
literal diminuindo o expoente de a de uma unidade e aumentando b de b
de uma unidade.

20. DESENVOLVIMENTO DE (a_- - Mudando na fórmula (2) b por -b,• ob-


temos o desenvolvimento de (a - b)?
a saber:

ou, abreviadamente:

L (a - b)m =
(_l)r()arn_rbI

1
21. PROPRIEDADES DOS COEFICIENTES DO DESENVOLVIMENTO DE (a + b)m

1. No desenvolvimento de (a b)m os coeficientes dé dois termos eqf!i-


distantes dos extremos 5g0 tiguaisG

O termo Tr+ie precedido de r termos e seguido de m-r ; o


termo T p1 por sua vez, e precedido de m-r termos e seguido de r.

stes dois termos so, por conse'guinte, eqt!idistantes dos extremos, e


- 29 -

como seus coeficientes, sçgundo a frmiila (5) 9 so ()e mr' fica de-
monstra4a a propriedade, visto que ( m) (mtmr)

De acordo com essa propriedade, na pesquisa do desenvolvimen-


tç de (a + b)tm, basta calcular os coeficientes dos -+ lprimeirostr-
m+1 (
mos quando m e par, e primeiros termos quando in e impar.
ds-j--
Esses coeficientes reproduzem-se, em ordem inversa, nos termos seguin-
tes.

II. A soma dos coeficientes do desenvolvimento de (a + b)tm iguala

Com efeito, fazendo-se, na fórmula (3), a=b=l, resulta:

?=

III. No desenvolvimento de (a + b)m, a soma dos coeficientes de ordem lia-


par igual à soma dos coeficientes de ordem par.

Com efeito, fazendo-se, na fórmula (3), a = 1 e b =-1, re-


sulta:

o )

=(- l)'( Tfl

Como a soma de todos os coeficientes é igual a 2 9 segue-se


que a soma dos coeficientes de ordem ifmpar (par) é igual a

m-1
2
2
- 30 -

22. SOMA DAS P0TNCIAS DE MESMO GRAU DOS NÚMEROS NATURAIS - Dentre as
aplicações
da fórmula do binômio é de notar-se aquela concernente ao caicuio das
somas das potências de mesmo grau dos nimeros naturais de 1 até n.

Ponhamos:
S =1k +2 k +...+n k
k,n

e consideremos a identidade:
k+l k+l k+l k k+l k-1 k+l
(x+l) -x =.( )x +( 2 )x + boa +(k)x +1

Fazendo sucessivamente x = O, 1, 2, n, e somando membro


a membro todas as igualdades obtidss, acha-se:

- i} (n+ i)= (k+l)S +( k;l )Skl + •• + (k) S1, ,


-gn

fórmula recorrente que permite determinar 9 do próximo em pr&ximo,as so-


mas S ,S , , ... Assim, fazendo k=l, obtemos:
l,n 29n 3,n 9

n(n+l)=2S
1,n

donde
1 s l,ri =-n(n+l
.2
L

Fazendo k = 2, obtemos:

+ 1)2 -1 (n + 1) = 3S2, + 351,n

donde . .

.4(n+1)(n2 + 2n) -+ n(n + 1) -- n(n+ l)(2n + i)

Analogamente, acham-se .as fórmulas,**


-31-

= .4 2
n(n + 1)2, s4 = n(n+l)(2n + 1)(3n 2 + 3n - i)

= 1 2 2 2
n (n+i) (2n + 2n - 1)

Confrontando as expresses de S e de S logo se reconhe-


l,n 3,n
ce a reiaçao curiosa: S = S2 isto , a soma dos cubos dos n pri-
3,n l,n , -

meiros números naturais e o quadrado da soma desses mesmos númerOs,

ainda de notar que, pondo:


= 31 + •• -

k,n + + (2n

Sei 2k 4k
k,n

se tem:
S#I = 2kSkn = -
S k, fl
k,n 2'

visto que:
+ + ••• +
= 2kSk,fl

= + ~ ••• + + + •.. + ())


k

-.2S
k,2n k,n

Em particular:

Sei = n(n + 1) = +nt(m ~ 1)(2m+1), = n2 , = 4n(4n2_l),

23. POTÊNCIA DE UM POLINÔMIO - A pot ê ncia m-sima de um polihmio de k


trmos:

a + b + o + ... +

sendo, por definiç ão, o produto de rn fat o res iguais a asse polin6mio, o
t e rmo d e sse produto cuja parte literal
aab'o
- 32 -

onde OL9 , , , .k so k nimeros inteiros não negativos atis-


fazendo a condição
+ =m, (i)

aparecera repetido no referido produto tantas vazes quantas as permu-


taçes distintas de rn elementos, dos quais O so iguais a a,
guais a b, 1 iguais a C. , . iguais a 2
Ser, portanto;

L +b+0+.4.+
)ia=

com o somatrio estendido a todas as posiveis decomposições do numero,


ia em k n(imeros inteiros no ne gativos O, ( , , ., satisfa-
zendo a condição (1).
Esta formula, que encerra como caso particular a frmuladobi-
n6mio, e devida a LEIBNIZ 1676). -
Aos nCmeros da forma
ia!
X!
que generalizam os coeficientes binomiais, da-se o nome de coef.ioien-
tés polinomiais.
Observaç ã o - Corno a b c provam de uma combinação com
repetição de classe ta dos k elementos a, b, o, .. .,2 , no desenvol-
vimento de (a + b + e + .. + ) ha

( k+m-1 ) - ( k+ml ) .
a - k-1
termos distintos.
Exemplo - Achar, pela fórmula de LEIBNIZ, o desenvolvimento
•de
(a + b + e)
As decomposições possíveis do nimero 4 em trs inteiros(posi-
tivos ou nulos) so:
4=4+0+0, 4=3+1+0,4=2+2+0,4=2+1+1
- 34 -

DETERMINANTES

1. MATRIZES RETANGULARES E QUADRADAS - Sendo m e n dois niimeros in-


teiros positivos, considerexos
m.,n ncixneros,distintos ou nao, reais ou complexos, dispostos num quadro
em ia filas horizontais e n filas verticais. Ao conjunto desses m.n
nCimeros, assim ordenados, chama-se, matriz retangular de rn linhas e n
colunas, e representa-se encerrando o quadro por eles formado entre qua-
tro traços verticais, dois de cada lado.

Os m.n n(imeros considerados dizem-se os elementos da matriz


e so geralmente representados por uma mesma letra afetada de dois n-
dices: por exemplo a.k, indicando o primeiro indice a ordem da linha e
o segundo índice a ordem da coluna a que o elemento pertence, de modo
que a e o elemento que se encontra no cruzamento da linha i com a
ik -
coluna k.
Uma matriz retangular , portanto, uni quadro da forma:

a11 a12 ..a1

a a a 4 0 , a
21 22 2n

a a ...a
ml m2 mc

Abreviadamente, representa-se a matriz pela notação:

1929 oâog ia
ik
= 1,2 9 . . , n

Eis particular, se is = n, isto ., o nCuiiero de linhas é igual ao


numero de colunas, a matriz encerra n elementos e recebe' então o nome
de matriz quadrada de ordem n.
— .35 —

Uma matriz quadrada é, portanto, um quadro da forma:

a11 a12 aba a1

a21 a 22 •.. a

a1 coa a
n2

ou, abreviadamente:.
U a, ik II , i,k = 1 9 2 9 , fl

Numa matriz quadrada, a diagonal do quadro, descendente da es-


querda para a direita, que evidentemente aquela sobre a qual existem
os elementos com dois indices iguaist. a11 , a 22 , a.., a, cMma-se dia-
gonal principal, a outra diagonal do quadro, sabre a qual existem os
elementos cuja soma dos dois indices é sempre n+l: a 1 , a 219 0,

denomina-se diagonal secundaria

Os elementos existentes sabre a diagonal principal — elementos


a, i = 1 9 2 9 n — recebem o nome de elementos principais

Dois elementos simtricos em relaço a diagonal principal di-


zem-se conjugados. São conjugados, por exemplo, os elementos a 12 e a 21 ,
c onjugado
a2n e a n2' etc0; emgeral, o conjugado de a.k ak. Ø
de um elemento principal ,e ele prprio

2 TERMO ,DEDUZIDO DE UMA MATRIZ QUADRADA — Consideremos a matriz quadra-


da de ordem n:

H a. II , i,k = ()

e formemos um produto de n elementos desta matriz, de modo que nesse pro-


duto entre um e um so elemento de cada linha e de cada coluna. Um dos
varios produtos que podem ser assim formados e

P=a. a. .. a,
ik ik ik
11 22 nn
-36-

onde i l , i21 e k, k2 , . ., k constituem duas permutaç õ es


'
simples dos números 1 9 2, , n, permutações essas que são sempre dis-
tintas, excepto quando os fatores de P pertencem todos a diagonal prin-
cipal. Tomemos para permutaço principal a permutaç ão 1,2, ..., n e
sejam i e k, respeõtivaraente, os números de inversões das permutaç õ es
li, 129 n e k, k 2 , .., k.. Ao produto

T i~k
(-i) i+k P = (-i)
ik 1k
11 22 nn

• dá-se onome de t e rmo .deduzido da matriz quadrada (i).

Um termo T resulta ,portanto,de multiplicar um produto P por


uma potncia de -1 cujo expoentè é a soma dos números de invers õ es das
permutaç õ es formadas com os primeiros e segundos índices dos fatores de
P, Se essas permutaes tm a mesma paridade, a soma i k e um numero ~

par, (_l)1 = + 1 e T = P ; se tm paridades diferentes 9 a soma


um numero impar, (1)i+k = -1 e T = - P.

Como, pela troca de dois fatres do produto P, o que no al-


tera seu valor, as permuta çes 1 19 29 ,.., i e •k19 k23 ...-,k mudam con-
1
juntaentede classe, a soma i+k permanece com a mesma paridade,e des-
ta sorte o t e rmo T ngo depende, nem em valor absoluto e nem em. sinal,
da ordem dos fat o res que o formam.,

Por virtude desta propriedade, podemos super que os primeiros


índices (ou os segundós índices) dos fatores de P formem a correspon-
dente permutaço principal: 1,2, ..,, n, isto , o trmo T •pode escre-
ver-se:
k
T alk. a2k 0*
ak
1 2 n

ou

T = (_1).ai 1a. 2 ...


-37-

Nestas condições, os diferentes termos T distinguem-se uns dos


outros somente pelas pernLutaçe$ dos primeiros índices (ou dos segundos
indices) e torna-se evidente que há tantos termos distintos quantas as
permutaçes simples de ri elementos, isto , de uma matriz quadrada de
ordem n podem ser deduzidos ri' termos distintos Desses ri' trmos, --
tem o sinal + e outros tantos tem o sinal -

Pasto isto, vamos passar ao.estudo de um outro ente - o deter-


minante, associado a matriz e definido a partir dos elementos que cons-
tituem.

36 DEFINIÇXO DE DETERMINAM. NOTAÇÃO - Chama-se determinante da matriz


quadrada

II a1 II , i,k = 1 9 2 9 , ri

a soma D de todos os n' termos ,distintos deduzidos dessa matriz Será,


portanto:
(1)1+k k a, k ... a. k
=E
11 22 n

Quando, em particular, a permutação 11, i ou


, k seja a principal: 1,2, , n, teremos

D =E (_l)kalka2k aflk =E (1) 1a111a122 a1

Aos elementos a da matriz continua a chamar-se elementos do


ik
determinante, ao numero n, de linhas e colunas, da-se o nome de ordem
do determinante; e aos termos deduzidos. da matriz chama-se ainda termos
do determinante.
O termo formado pelos elementos principais: T =a 11 a22 ...
denomina-se trmo principal do determinante. .Dele se deduzem, permutan-
do-se, de todos os ri1 modos possiveis, os primeiros (os segundos) ndi-
ces, fixados os segundos (os primeiros) índices, e atendendo-se a classe
de cada permutação, todos os trmos do determinánte.
- 38 -

O determinante relativo a uma matriz quadrada:

U a. II , i,k = 1,2,..., ri (i)

representa-se, segundo •a notação de CAYLEY-JACOBI, pela própria matriz


entre dois traços verticais:

a11 a12 a1

a a •... a
•21 22 2
......................

a a a
ni n2 nn

Por este motivo, podemos falar das linhas e colunas do deter-


minente, embora essas linhas e colunas pertençam na realidade a matriz.
Além disso, empregaremos a designação genrica fila quando quisermos.sig-
nificar, indiferententente, linha ou coluna.
Abreviadamente, representa-se o determinante da matriz qua-
drada (1) por uma das seguintes notações:

1 a±k 3 , i,k = 1,2, ,..,n (SMITH-KRONECKER)

i- a11 a... ann) (rAcoBI)


22

S(+ aa ,.. a ) (cAUCHY)


- .1122 nn

Usaremos, de preferencia, a notação de CAYLEY-J•ACOBI e a no-


tação abreviada de SMITH-KRONECKER.

4. DETERMINANTE DE SEGUNDA ORDEM - Seja o determinante de segunda


ordem.:

a1 1 a 12

a a
21 22
-39-

O termo principal. e:

T=a 1122
a ,

ao qual corresponde, evidentemente, o sinal + • Conservando fixos ospri-


meiros índices, efetuemos tdas as permutaçes dos segundos índices, as
quais so 12 e 21 1 sendo a primeira par e a segunda ímpar. Portanto, te-
mos:
ID - a11a22 -a12a21

isto éq o determinante de segunda ordem é igual ao produto dos elementos


da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secun-
daria.

5 DETERMINANTE DE TERCEIRA ORDEM REGRA DE SARRUS - Seja ,o determinan-


te de terceira or-
dem:
a11 a 12 a 3

D a a22 a23

a31 a 32 a 33

O termo principal (positivo) e

T = a11a22a 33

Conservando fixos os primeiros índices, efetuemos tadasasper-


mutaçes dos segundos índices, as quais so:

123, 231 1 312, pares


132 1 213 9 321 9 ímpares.
Portanto, temos:
D.= 1 a a3 a+1 3 31 + 13
aaa aaa1 32 -
- a12a21 a 33 - a 13a22a 31 ,
-. 40 -

• desenvolvimento que, como se v, encerra 6 trmos, sendo 3 positivos e


3 negativos.
Do mesmo modo se obteria o desenvolvimento de determinantes
• de ordem mais elevada, mas o processo seria cada vez mais trabalhoso.
Veremos, mais adiante, outros processos mais expeditos.

Na pratica, o desenvolviinente de um determinante de tercei-


ra ordem obtem. -se muito rapidamente pela seguinte regra de SARRUS ou
regra do octgono estrelados

• Ligam-se os elementos que ocupam as posições (1,2),(2,3),as-


sim como (2,1),(3,2), por meio de paralelas a diagonal principal e
• completam-se os tringulo.s cujos vrtices são respectivamente (3,1) e
(1 9 3). Os elementos da diagonal principal e os que ficam nos vrtices
dos dois tringulos são os fatores dos termos positivos do determinan-
te.-Para achar os termos negativos procede-se do modo anlogo relati-
vamente diagonal secundaria,.

Outra modalidade da regra


• de SÂRRUS a seguinte:
Repetem-se as duas pri-
meiras linhas do determinante abai-
1001 •
. xo da terceira (ou repetem-se as duas
/ primeiras colunas do determinante
\ , • direita da terceira); tomam-se com
o respectivo sinal os produtos dos

\ \ elementos situados na diagonal prin-


cipal e nas duas linhas paralelas
e com sinal trocado os produtos dos
elementos situados na diagonal secundária e nas duas linhas paralelas.
a11 a12 a a 11 a 12 a13 a11 a12

.2K2Kv
21 9 2,V a2 >( a2,><a2l
X :2(23 :22
a 32 a33 a31
a 31X_ 32 33 a 31 a 32

11 12 13.

21 22 23

6. PROPRIEDADES ELEMENTARES DOS DETERMINANTES - Da définiço de deter-


minante resultam ime-
diatamente as seguintes propriedades.

I.E nulo o dèterminante em que . s ã o nulos todos os elementos de uma fi-•


la.
Porque em cada termo do determinante entra corno fator um ele-.
mento dessa fila,.

II. Multiplicando-se ou dividindo-se todos os elementos de. uma fila de


um determinante por um. mesmo n ú mero (no nulo, no caso da diviso),
o determinante fica multiplicado ou dividido por esse numero.

De fato, como eia cada termo do determinante entra uni elemento


da fila considerada, cada trmo fica multiplicado, ou dividido,pelo nu-
mero, e por conseqt!ncia ao determinante, que é a soma desses termos,
acontece o mesmo. . .
Baseia-se nesta propriedade a operaçao, freq1entemente empre-
gada, de por um fator em evid e ncia: se todos os elementos de uma fila
admitem um divisor d, o determinante admite também como divisor. As-
sim, por exemplo: .

a b e 1 1 1
2 2 2 •a c
a b e =.abo b•
3 3 3 2 22
a b c a b e .
- 42 -
III - sempre possivel deduzir um determinante a um outro de igual va-
lor, contendo uma fila de elementos iguais à unidade.
Consideremos o determinante

a 11 a 12 a1

D a a a
ri r2 rn

a a ,.. a
nl n2 nn

Seja Iv! o menor miltiplo comum dos elementos de uma certa fila,por
exemplo, da fila r, e sejam q 19 q2 ,.. .q os quocientes da divisão de M,
pelos elementos dessa linha. De conformidade com a propriedade anterior,
podemos escrever:
a11q 1 a12 q2 .. a 1 q

D= a q a q ... a q
q 1q2 . .q ri 1 r2 2 rn n

a q a q .. a q
nu 1 n22 nnn

Como, agora, todos os elementos da linha r são iguais a M. pode -


mos,de acordo ccm a mesma propriedade, escrever:

q ...
a11 1 a12 q 2

M 1 1 1

a a ... a
ali n22 nnn

Este resultado deixa ver que é sempre possivel reduzir um deter-


minante a um outro contendo uma fila de elementos iguais à unidade, e
cujo valor é igual ao do primeiro multiplicado por uma constante. Multi
plicando, agora, todos os elementos de uma linha deste último determi-
nante por M/q 19 q 2 . . .q , seu valor resulta igual ao do determinante da
do D, ficando assim demonstrado o que se pretendia.

Exemplo:

Dado o determinanteg
-43-

• 3 -2 4 1
2 O -1 3
D= 1 2 O 4
2 -1 -3 2

reduzir a unidade tddos os elementos da primeira 1inha


o mmo. dos elementos da primeira linha (à parte os sinais)
12 9 e os quocientes das divies de 12 por 3,-2,4 e 1 sao respectivamen-
te 4,-6,3 é 12 Logo, multiplicando os elementos da primeira coluna por
4, os da segunda por -6, os da terceira por 3 e os da quarta por 12,vem:

12 12 12 12 1 1 1 1
8 O 36 0 -3 36
i 12 8
D = tt3301 4. -12 O 48 864 1 4 -12 O 48
8 6 -9 24 8 6 -9 24

1 1 1 1 1 1 1 1

8 O -3 36 -576 O 216 -2592


72 4 -12 0.48 4 -12 O 48
.8 6-9 24 8 6 -9 24

IV Um determinante no se altera quando se trocam, ordenadamente, as li-


nhas pelas colunas e as colunas pelas linhas.

Sejam, com efeito, os determinantes

a12 a1 • . b 1 b1
11 11 b

D = a21 a a2 e = b21 b2 ..b2

a • a b bb
a ni n flfl
nl n2 an

em que DI & obtido de D pela troca ordenada das linhas com as colunas,
isto e, em que • a =b , i,k 1929 ., fl
ík
Vamos provar que e D
Temos, por definiço:

k
D = (-1) al k a2k a k
12 n

sendo o somatorio estendido .a todas as nt permutaçes k1 ,k 29 ,k dos


numeros 1 9 2 9 . , n e k o numero ,de inverses da permutação k ll k2#oá q k
em relação a fundamental 1,2, ji
.Por ser a.. b , temos tambm
ik ik

D = E (_1)'b klbk2 . b
,k

isto e,

Observaçao - Por virtude desta propriedade, toda proposiço


verdadeira para as linhas vale também para as colunas, e reciprocamen-
te. E nestas condições, para demonstrar uma proposição para uma fila,
basta demonstra-la para uma linha ou ooltma

Vó Uni determinante muda de sinal quando se trocam duas filas paralelas

Troquemos, com efeito, no determinante

D = 1 ak 1 , i,k = 1,2, ,n

a linha r com a. linha a(r<s), e seja

= 1 b, 1 , i,k = 1 9 2 9 ..., n
ik
o novo determinante obtido.
Tpdo e1eento b de DI cujo primeiro índice é diferente de
ik
r ede s coincide, evidentemente, com o elemento a.k de D que tem os
J.

mesmos indices. Mas, ao invs, para todo. p, de 1 a ri,

b =a , b =a
rp sp sp rp
— 5

A todo termo de D' corresponde um em D tendo os mesmos fato-


res e, precisamente, ao termo
eco. (1)
b rp sq
de D' corresponde em otrmo

•,a
sp rq
o qual pode escrever-se:
a , (2)
• rq sp

os elementos representados por pontos sendo idnticos em (1) e (2) u-


ponharnosque em (1) a permutação dos segundos índices seja de classe
par (impar); então, o termo (1) tem em pv o sinal + (-) Em (2) a per-
mutação dos segundos índices obtm-se da dos segundos indices de (i)com
a troca de p por ç; portanto 9 tal permutação em (2) de classe impar
(par) e o termo (2) tem em D o sinal. — (+), isto é9 dada termo de Dv

figura eia D com sinal mudado, o que prova ser D =


• De modo geral, quando se fazem p trocas de filas paralelas 'de
um determinante, este fica multiplicado por (-i)!

VI nulo todo o determinante em que os elementos correspondentes de


duas filas paralelas so, •respectivamente, iguais.

Seja, com efeIto, o determinante:

a 11 a 12 ... a ln

a a a
ri r2 rn
D = .
a a a
• si 52 sn

a a .. a
ni. n2 nn

em que os elementos correspondentes das linhas r e s (r s) são . res-


pectivamente iguais:

a =a -a ,..,,a =a
ri si , a r2 s2 rn sn

Trocando-se as linhas r e s, o determinante conserva o mesmo


valor absoluto, mas muda de sinal (Propriedade V); portanto 9 designan-
do por D' o valor do novo determinante, temos:

(l)

Por outra parte, as linhas r e s sendo, por hipótese, i-


guais, õ determinante D no se altera com a troca dessas iinhas,de sor-
te que
(2)

Somando ordenadamente as igualdades (i)e (2), resulta:

2D=O
donde
D=O

VII. E nulo todo o determinante em que os elementos de uma fila s ã o pro-


porcionais aos elementos correspondentes de uma outra fila parale-
la.

Com efeito, se os elementos correspondentes de duas filas pa-


ralélas de um determinante D são proporcionais 9 multiplicando-se uma
delas por um fator conveniente .) O, as duas filas tornam-se iguais,
o o novo determinante D' assim obtido, é, pela Propriedade V, nulo:

D=O

Por outra parte 9 a vista da Propriedade II, ternos:

D'=XD
Por oonseqttncia:
XD=o
— 47 —

7. MENOR COMPLEMENTAR E' COMPLEMENTO ALGÉBRICO DE UM ELEMENTO DE UM DE-


TERMINANTE. ..

Dado um determinante de ordem ri

• a11 a12 .,. a1

a21 a22 a2

a a..a
nl n2 nn

chama-se menor complementar do elemento ak o determinante 'de ordem n-1

a 11 al,k_l al,k ~ l ln

a1_1,1 al ..l,k_l &I _1,k +l

a,..0a a .. a
i+1,1 i+1,k-1 i +1 9 k+1 i+i,n

a ,..a a • ..e a
ni n,k-1 n,k+1 rim

que se obtém de D suprimindo a linha e a coluna que se cruzam nesse e-


lemento (linha i e coluna k). '

por (_1)1+k
Ao produto do menor complementar do elemento a.k
dá-se o nome de complemento a1gbrioo ou adjunto d e sse elemento
claro que o complemento alg é brico de a±k e igual ao seu
menor complementar quando a soma i+k e um numero par, e e igual a
se menor complementar com o sinal trocado quando a soma i+k e um nu-

mero ímpar. Representando, como habitualmente se faz, pelos símbolos


e A.k respectivamente o menor complementar e o complemento algbricodo
elemento a.k emD, podemos escrever a seguinte relaço:

= (1)1+k A'
• A
ik ik

8. DESENVOLVIMENTO DE UM DETERMINANTE SEGUNDO OS ELEMENTOS DE UMA FILA

Lema. —'Fixado um elemento a


— de um determinante D = Ia 1 ,
------------ i k--- ik
i,k = l,2,.., n, a soma dós termos do desenvolvimento de D que encer-
ram asse elemeíito é igual ao produto de a.k pelo seu complemento alga-
brioo.

Suponhamos primeiro quea.k seja o elemento a11 da primei-


ra linha e da primeira coluna de D.
A soma dos termos do desenvolvimento de D que encerram asse
elemento

alla2k .e. ak 2

ou
(1)k a2k
a11
E . .... ak ,

o somatório sendo, estendido a todas as permutações k24 k39 ... 9k dos


ri-]. .nCimeros 2,3, ..

Por outra parte, como o numero de inverses na permutação k 2 ,


k ..., k em relação à permutação fundamental igual ao
31
número de inverses na permutação k 2 -1, k3-1 9 e.., k-1 em relação
fundamental 1,2., a.., n-1, o somatrio

k
• (-1) a2k ... ak
2

nada mais é do que o desenvolvimento do determinante


-k9-

a22 a23 ... a2

a 32 a 33 ... a3

.....................
a a ... a
n2 n3 mi

Ora, esse determinante é o complemento algébrico A 11 do ele-


mento a11 de D, e por conseguinte :

(_1)k a11 a2k = 11 li,

Pasto isto, consideremos o caso geral em que o elemento fixado


o elemento qualquer a.k de D.
manifesto que, mediante i-1 trocas entre linhas consecuti-
vas podemos levar a linha i do determinante D para a posiço da primei-
ra linha, obtendo assim o determinante:

a.11 a. ... a. ... a.


i.2 in
a11 a12 .,. alk •.. a 1
D -
1

a a... a .,. a
nl n2 nk nn

tal que
D = (1)1_1D

Neste determinante D 1 , mediante k-l. trocas entre colunas con-


seutivas podemos levar a coluna k para a posiçaõ da primeira coluna,

obtendo assim o determinante


a a a a a a
11 i,k-1 i,k ~ 1 in

alk a11 a12 alkl alkl 060a1

........................................
D' =
al_l,k a 1_1,1 a1_1,2 al_l,k_l al_lk+1 a1_1,

a a a a a a
i+1,k 1+1,1 1+1,2 i+l,k-1 i ~ 1,k+1 i+1,n
o é

a a a a a a
nk ni n2 n,k-1 n,k+1 nn

tal que
=

Substituindo êste valor de D em (1), vem

= ( _1) i+k 20 , -
D
ou
D = (_1)1D, , (2)

porque os numeros i+k2 e i+k tta a mesma paridade


No determinante D' o elemento
ak ocupa o lugar do elemento
a11 no determinante D, e nestas eondies, a vista do resultado ante-
riormente obtido, podemos concluir que ,a soma dos termos do desenvol-
vimento de D' que encerram o elemento ak e igual ao produto

a A ,
1k ik

sendo Ak o complemento algebrio


o de ak em D', isto e, o determinan-
te que resulta de suprimir em D° a sua primeira linha e a sua primei -
ra colunaá E como este determinante A nade mais e do que o menor
ik
complementar de ak no determinante primitivo D, resulta, por virtude
da relação (2), que a soma dos t e rmos do desenvolvimento de D que con-
tm o elemerto fixado a e igual a
ik
i+k A i+k
(-i) = a (-1) AO ik = a A ,
a 1k ik ik ik ik
-51-

isto , igual ao produto de a.k pelo seu complemento algébrico Ak em D.

9. Teorema.- Todo determinante igual a soma dos produtos dos elementos


de uma fila pelos respectivos complementos alg é bricos.

Com efeito, cada termo do desenvolvimento de um determinante

D = 1 a.k , i,k = 1 9 2 9 ..., n

contendo um e somente um elemento de uma fila prefixada, por exemplo da


linha i, podemos distribuir os termos do desenvolvimento de D - sem o-
mitir nem repetir nenhum deles em ri grupos, pondo no primeiro grupo
todos os termos que contam a 1 , no segundo grupo todos os termos que con-
tem a2, no n4sinio grupo todos os termos que contm .a.. Mas, pe-
lo lema anterior, a soma dos termos do primeiro grupo vale a. 1A. 1 , a so-
ma dos termos do segundo grupo vale a 2A. 2 , ..., a soma dos trmos do n-
simo grupo vale a. A. Por conseguinte, ser:

D = a. A. + a. A, + + a, A. a. A.
ii il i2 i2 in in ik 1k
k=l

formula importante,v&lida para qualquer que seja ,o indice


e que da o desenvolvimento de um determinante segundo os elementos de Uma
linha.
Raciocinando de modo análogo sobre a coluna k g acha-seaf6rmula:

D = alkA+
lk 2k 2k + ., + aA
aA k ík.

valida qualquer que -seja. o índice k(k=l,2,,,,,n), e que da o desenvol-


vimento de um determinante segundo os elementos de uma coluna,
A vantagem prática do emprego dessas fórmulas reside em,que
o calculo de um determinante de ordem ri se reduz ao de n determinantes
de ordem n-1, cada um dos quais, por sua vez, se calcula mediante ri-ide-
terminantes de ordem 2-2, e assim por diante, de sorte que, operando su
cessivamente do mesmo modo, pode-se sempre chegar a determinantes de ter-
ceira ordem, para os quais a regra de SARRiJS da rapidamente o valor.
- 52 -

Exemplo.- Calcular o determinante

1 2 4 5
2 1 3 3
D=
O 6 4
2 35 1

desenvolvendo-o segundo os elementos da terceira linha.


Aplicando a primeira das fórmulas precedentes, vem:

a 4 5 1 2 5 1 2 4
D=5 1 3 3+621 3 -4 21 3
3 5 1 2 3 1 2 3 5

Calculando, agora, pela regra de SARRUS, esses trs determi-


nantes de terceira ordem, acham-se os val6res: -12 9 20 e 4 • Por conse-
qf!ncia:
D=5.(-12)+6.20-4.k=44

• 10. PROPRIEDADES RESULTANTES DO DESENVOLVIMENTO DE UJi1 DETERMINANTE SE-


GUNDO OS ELEMENTOS DE UMA FILA

Estudamos anteriormente as propriedad e s elementares dos de-


terminantes, isto é
, 4 aquelas que so conseqncias imediatas da defi-
niço de determinante. Vamos ver, agora, mais algumas propriedades que
o desenvolvimento segundo os elementos de uma fila permite estabelecer.

Iê Um determinante em que so nulos todos os elementos de uma fila,ex-


cepto um, igual ao produto disse elemento pelo respectivo comple
mente algébrico,

De fato, o desenvolvimento do determinante 9 segundo os ele-


mentos da fila considerada, reduz-se ao produto do elemento no nulo
dessa fila pelo respectivo complemento algébrico, visto que são nulos
os demais termos. •
Esta propriedade permite, como veremos mais adiante, elevar
a ordem de um determinante,
- 53 -

Observaço..- Quando, em particular, o elemento não nuloprin-


cipal, o determinante é igual ao produto disse elemento pelo respecti-
vo menor complementar, visto como o complemento. algébrico de todo elemen-
to. principal coincide com o seu menor complementar0

II Um determinante em que sao nulos todos os elementos situados do mes-


mo lado da diagonal princip1 e igual ao seu t e rmo principal

Consideremos o determinante

a1 O o
a21 a22 O O

&31 a 32 a 33 O

a. 0

a a a... a
fli n2 n3 nn

em que todos os elementos a direita da diagonal principal 5 g0 nulos.


Vamos provar que

D = a 11a22 .. a
nn

Com efeito, por virtude da propriedade anterior g temos

D =

sendo A 11 o complemento algébrico do elemento a D.

De acordo ainda com a mesma propriedade podemos éscrevert

A11 .= a22A22

sendo. A 22 o complemento algébrico do .elemerito a 22 em A 11 ,

Analogamente, temos:
A22 = a 33A 33

A = a A
n-2,n-2 n-1,n-1 n-1,n-i
A =a
n-1,n-1 nn
- 54 -

onde A.. (A =5,4 9 ., n-2,n-l) designa sempre o complemento algbrico


do elemento a:. em A.

Múltiplicando agora, ordénadamente todas estas igualdades e


• suprimindo os fatres comuns aos dois membros, resulta:

D=a a ..a
1122 nn

E evidente que esta propriedade se Verifica a fortiori se, no


determinante, são nulos todos os elementõs, excepto os que constituem
a diagonal principal.
Observaremos ainda que esta propriedade permite escrever um
produto qualquer na forma de determinante Asim, por exemplo,

a O O O
abod= b O O
• o O
• . .

onde os lugares marcados com pontos podem ser substituidos por elementos
quaisquer.

III. Um determinante em .que s ão nulos todos os elementos situados domes


ao lado da diagonal secundária e ISRal ao produto dos elementos que
estgo sabre essa diagon al por (i)

Seja o determinante

O O a
in
• O a
2,n- a
2n

a a a
• ni n,ri-1 nn
em que todos os elementos a esquerda da diagonal principal secund.riasao
nulos,
- 55 -

Vamos provar que


n(n-1)
D = (-i) 2 a1 a21 ... a 1

Com efeito, por virtude da Propriedade 1, temos:


1+n
D=(-1) a A'
ln:n

sendo A o menor complementar do elemento a em 'D.


ln iri -
De acordo ainda com, a mesma prôpriedade podemos escrever

A' (l) 11) a A'


in 2,n-1 2,n-i

sendo A', o menor complementar do elemento a em A'


2 9 n-1 2,n-1 ln
An1oamente, podemõs escrever:

A' = (l)l+(fl_2) a A'


2,n-1 ' 3,n-2 3,n-2
.............................

A' -- (-l)a A
' n-2,3 n-2,3

A' =(-l) 1+2a a


n-2,3 n-1,2 ni

Multiplicando agora ordenadamente todas estas 'igualdades e nu-


primindoos fat&res comuns aos dois membros 4 resulta:

D-- (1) (fl+1)+fl+.(fli)+ ... + k a


+ 3a a a'
in 2,n-1 n-1,2 si

Ora,
(n+4)(n-i) 2 + 2(n-1)
(n+l) + n + (n-l)+ . + 4 + 3

e como 2(n-l),é um numero par, podemos escrever:


n(n-1)
D = (-i) 2 a1 a2 a 1
A propriedade verifica-se, evidentemente, se forem nulos to-
dos os elementos do determinante, excepto os que constituem a diagonal
secund&ria.
-56-

IV Teorema de CAUCHI - A soma dos produtos dos elementos de uni fila de


um determinante pelos complemerttosalgbrieos dos elementos corres-
pondentes de uma fila paralela é nulaS

Seja, com efeito, o determinante

D = 1 a.k 1 , i,k 1929 9 fl

e éfetuemos. a soma

iiAri + a2A2 + + aA =

a.k(k 1,2,.0n) da linha i, por exemplo,


dos produtos dos elementos
pelos complementos algbricos Âk(k = 1,2n) dos elementos corres-
pondentes ak(k. = 1,2, ,n) da linha r, com r i.

Esta soma nada mais é g manifestamente, do que o desenvolvi-


mento do determinante

• a a a
li 12 In

a. a, • a. -- linha i
11 i2 in

a. • a, a. linha r
-

a, a • a.
nl n2 nn

segundo os elementos da linha r. Mas este determinante e nulo, por ter


duas linhas iguais; lego,

a,A +aA +0.+AA =aA =0


ii rl 12 r2 ia rn k=1 jk rk

Raciocinando de modo anlogo sobre as colunas, acha-se a re-


laço: n
a A +a.A +.. 0 .+aA =. a,A. =0
1k is 2k 2s nk ns 1=1 ik is
-57-

• Observaç ã o..- Estabelecemos anteriormente as frmu1as:

D =E aA
k lk , D = akA k

Logo, podemos escrever:

fl O se
aA =6 D , onde 6 = { 1 se r =

(O se s

aA = Cík D, onde ks
ik i.s ji se s = k

A notação çj ou com o significado que tem nestas igual-


dades, foi introduzida por KRONECKER.

V Teorema da adiço de filas. - Quando os elementos de uma fila de um


determinante são somas dez parcelas, é le dec ompõ e-se numa soma de iw
determinantes, obtidos do determinante dado pela ituio da fila
composta sucessivamente por filas formadas de parcelas de igual ordem
da mesma. •.

Seja, com efeito, o detêrminante

D = 1 a.kI , i,k = 1,2,,,.,n

onde os elementos de uma certa fila, por exemplo da lihha i , so somas


de ni parcelas:
a 1 =a1 b1 + +gl

a. 2 = a2 +.b2 + .,. +

+,b +...+g
iri n n n

Desenvolvendo D segundo os elementos da linha i, temos:


58

D = (a+ b 1 + + 1 )A. 1 ~ (a2+ + g2 )A. 2 + + (a+b+


b2. +

+ g ) A. = (a A. +a A + + a A. ) + (b A + b A. +
n is lii 2 i2 n3.n l i]. 2i2

+ b A. ) + + (g A. + g A + ,... + g A. ),
nin lii 2i 2 n i.n

ou seja:

• D= a a 8,.a + a a
11 12 ln 3,1 12 ... a1 + ... ~ a11 a12 ..a1 .

• linha ± -- a, a2 a . b1 b • b 91 g2 , g

aa , a a a a a a ,,a
ni n2 rn nl n2 nn ai n2 nn

VI. Teorema de JACOBI - Um determinante no se altèra quando aos elemen-


tos de uma Lua se somam os produtos ds elementos correspondentes de
unia ou mais filas paralelas por fat o res constantes

Seja 9 cosi efeito, o determinante

D = 1 ak , i,k = 1 9 2 9 O9 fl

Multipliquemos os elementos da linha k por os da linha


OS da linha k por ). e adicionemos esses produtos aos e-
por >'2
lementos correspondentes da linha i. No nevo determinante D 1 assim obti-
do t o das as linhas soas do determinante primitivo D. excepto a linha ±
que fica composta do seguinte mõdo:
a! 1 = a, 1 + X10 Sk ~ X.2,ak 1 X ak
1
1 2 r

a!2 = a, + X1 + X20 + X0 ak 2
ak 2 ak '2 O

• 1 2 r
...........
a! =a, +X,a. + X,a +,+ X.a
in in 1 k1n 2 k2 r kfl
'-59-

Pelo teorema da adiço de filas, D' decompõe-se na sorna de


r+l determinantes:
=D '+D +,..+D ,
1 2 r+l'

dos quais o primeiro coincide com D(D 1 = D), porque tem na linha i os
a. ,. •.., a. , e os demais so todos nulos por ter em. duas
elementos a . , 1
11 2
linhas cujos elementos correspondentes so proporcionais. Logo, e.......
=D D.
Deste teorema resulta imediatamente, como corolário, que um
determinante não se alteraquando aos elementos de uma fila se somam,
ou subtraiem, os elementos correspondentes de uma fila paralela.

O teorema de JACOBI permite simplificar o calculo dos deter-


minantes, reduzindo a zero vrios elementos de uma mesma fila, median-
te a escolha conveniente dos fatores arbitr.rios. )w, )..
o
que vamos ver nos exemplos que seguem.

Exemplo 1 • Calcular o determinante

2 1 3 O
3 4 2 6

O 2 1 3

'-5 1 4 1

Subtraindo da 2à linha o dobro da 3a, obtemos:

2 1 5 O 1 3 O
3 O O O 21 3
O 2 1 3 =-3 1 4 a.
• -5 1 4' 1

Subtraindo, agora, no último determinante, da 2 coluna,otri-


p10 da 3, ternos: •
- 60

1 .0 0
D -3 2 -5 3 = -3 = -3(-5 -3) = 2
1 •1 1 .1 1

• Exemplo II Calcular o determinante

1 2 1 O
• 2 5 2 -4
D.=
3-2 1
-3 -2 -1 2

Somando à, 291 linha a ia multiplicada por -2, à 3a linha a ia


multiplicada por -3 e à 4a linha a ia multiplicada por 3 9 obtemos:
'

• . 1 .2 10 . 1 O -4
O .1 O -4 -3 -5 1
D=
0 -3 -51 4 2 2
'0 4 2 2


. Somando, agora, no ultimo determinante, à 3ã coluna a ia mul-
tiplicada por 4 9 obtemos: •

.1 O O
5 • -11
D= -3. -5 -li =5,18+112=-68
2 18
4 2 18 ,

• li MENORES DE UM DETERMINANTE - Dado um determinante de ordem n

• D =1 akt i,k= 1 9 2 9 fl

ao determinante formado. com os elementos comuns a r linhas e r colu-


nas ( r< n) .desse determinante, da-se o nome de determinante menor
de ordem r ou, simplesmente, menor de ordem r do determinante D,
• Em particular, cada elemento de D representa um menor de pri-
meira ordem (r=1) . •
- 61 -

Se as linhas e as colunas escolhidas sgo as r primeiras, o


menor

a11 a12... alr

a a ...a
21 22 2r
M = . 1 a. 1 , 19k =
ik

a
ri
a
r2
. . . a.
rr

De modo geral, escolhidas em D as linhas de ordens i1 , i2 ,


e as colunas de ordens k 1 , k2 , ...., k, o menor com. elas for-
mado é o determinante de ordem r:

a. a ... a.
i1 k 1 i 1 k2 i 1k.

a. a.
a. .
2 1 2 2 k hl9l2999ir

Ml = ak 1 k. kl9k2 I•• 9k r
= lkl .1k2
Dois menores do determinante D dizem-se conjugados,quando os
ndioes das linhas e das colunas de um coincidem com índices das colu-
nas e das linhas do outro.
Por exemplo, o menor conjugado de M e o menor:

a. .a. . .., a 1c1 1

a l ak . ak. =

.....................
1 a,
ik
Í k =

a . a . ... a
ki1 krl2 ki

Em particular, os elementos a.k e ak.9 que são menores depri-


nieira ordem do determinante D. são conjugados. .
Um menor diz-se principal quando a sua diagonal principal s
- 62 -

contem elementos principais de D; pára isso, e necessrio e suficiente


( (
que os indices das duas linhas coincidam respectivamente com os indices
das suas colunas. Por exemplo, o menor M é principal.
O menor conjugado de um menor principal. é, manifestamente,le
prprio.

(fl)
12. Teorema - De um determinante D, de ordem n, podem ser extraidos
menores de ordem r.

Com efeito, associando r a r as n linhas do determinante D,


(fl
obtemos ) grupos distintos. Em cada grupo de r linhas, há tantos me-
nores de ordem r quantas as oombinaçes de classe r das n colunas de
D. isto , h (menores de ordem r. E como a escolha das linhas
independente da escolha das colunas, h, por conseqttncia, ao todo

( ,n ) 2
()x(')

menores de ordem r em D.

Em particular, de um determinante de ordem n podem ser extrai-


ri
(
dos -somente ) menores principais de ordem r, visto que, para esses
menores, cada combinação de linhas determina imediatamente aquela uni-
ca combinaço dë colunas - a das que tm os mesmos indices - que, jun-
tamente com ela, fornece um menor principal, de sorte que h. somente
(fl
) menores principais de ordem r.

Por exemplo, num determinante de 52 ordem, h. ( 52 = 100


menores de 39 ordem, dos quais Só 10 são prinoipais

13. CLASSES DOS MENORES DE UM DETERMINANTE - Um menor do determinante

D= a, 1 , i,k = 1 9 2 9 ..., fl
ik

diz-se de classe par quando é par a soma das ordens das linhas e das
colunas que., em D, lhe do origem. Diz-se de classe Imp ar. quando. essa
soma e ímpar,
claro que todo o menor principal e de classe par,visto que,
-63-

sendo i1 ,i2 , .. ,i os indioes das linhas que, lhe do origem, as colu-


nas tm, necessariamente, os mesmos índices i1,i2,... ,i e, por conse-
qtXncia, a soma s que determina a classe do menor principal

s = 2(i1 + 12 + * ao + 1 ,

isto é, um ntmero par.

14. MENORES COMPLEMENTARES E COMPLEMENTOS ALGÉBRICOS DOS MENORES DE UM


DETERMINANTE.

Chama-se menor complementar de um menor de ordem r do deter-


minante
D = ak 1 , i,k = 1,2,..., n

o determinante de ordem n-r formado com os elementos comuns as restan-


tes n-r linhas e n-r colunas que no 'concorrem para a fermaço do me-
nor de ordem r
Em particular, quando o menor reduz-se a um'elemento(menor de
ia ordem), o seu menor complementar é o determinante que se obtm,dode-
terminante dado, suprimindo a linha e a coluna que se cruzam nesse ele-
mento,

de notar que, se um determinante é o menor complementar de


um outro, reciprocamente, asse outro e o menor complementar do primeiro,
dizendo-se, por este motivo, que eles so complementares, isto é, um
o menor complementar do outro.

A soma das ordens de dois menores complementares e,manifesta-


mente, igual a ordem do determinante.

Dois menores complementares tem sempre a mesma classe, por-


que, se a e s so os nCimeros que determinam a clsse de um menor e do
seu complementar, como nos dois estgo, por definiço, representadast-
das as linhas e todas as colunas do determinante dado, temos:

s + 5' = 2(1 + 2 + ... + n) ,


isto eg,a soma s+s' é um número par .e, portanto, a e a' tem a mesma
paridade. '
- 64 -

Denomina-se complemento alg é brico ou adjunto de um menor ao


(_1)S,
produto do seu menor complementar por onde s e o numero que de-
termina a classe dos dois menores.

Consoante esta definiço, o coniplemento algébrico igual ao


menor complementar quando os dois menores são de classe par, e é igual
a asse menor complementar com o sinal contr&rio quando os dois menores
so de classe impar.

Exemplo. - Seja o determinante

a11 a12 a13 a14 a15

a21 a22 a23 a24 a25

D = a 31 a32 a 33 a 34 a35

a41 a 42 a 43 a 44 a45

a 51 a 52 a 53 a- a55
54

Considerando-se os menores de segunda ordem:

a11 a13 a21 . a23 a2 a25


D= ,
a 31 a 33 a51 a 53 a 43 a45

os seus menores complementares so, respectivamente, os determinantes de


terceira ordem:
a 22 a24 a25 a12 a14 a15 a11 a12 a14
DO a 42 a44 a45 a 31 a 32 a 34
D = a 32 a34 a35 t).
a 52 a55 a42 a 44 a45 a 51 a52 a 54

O primeiro menor D1e principal, assim como o seu complemen-


tar DI o segundo menor D2 no principal e de classe impar
-65-

s = 2+5+1+3 =11, bem como o seu complementar D: s' = 1+3+4+2+4+5=19;

o terceiro menor-D no principal e de classe par: s = 2+4+3+5= 14 ,


3
bem como o seu complementar D : s' = 1+3+5+1+2+4 = 16.

O complemento algébrico de D 1 é Do de D2 -D, e o de


D.

15. DESENVOLVIMENTO DE UM DETERMINANTE PELOS SEUS MENORES,TEOREMAS DE


LAPLACE

Lema. - 0 produto de um menor de um determinante D =I a.k l '


i 9 k = 1 9 2 9 ..., n por seu complemento alg é brico faz parte do desenvol-

vimento de D Consideremos, em primeiro lugar, o menor, principal de or-


(}m r do determinante D g
- a11 a12 ..,
a ir

M = a21 a 22 a
a.k 1 , i,k =
=

a a ... a
ri r2 rr -

O seu complemento algébrico. :

a... a
r+l,r+1 r+i,n
=.............,.,.... ........= la.kl , 1 9 k = r+i,r+2,.,,n
a ... a
n,r+1 nn

Temos, por definição:

M = (1) uaik a2k

e
i= E(i)Va a 2 k .. ak
r+l r+2 n

onde k1 ,k2 ,... ,k e k 19 k 29 ... , k são duas periuutaçes quais-


quer - a primeira dos r nimeros 1,2,..., r e a segunda dos n-r nu me-
-66-

ros r+l, r+2, a.,, fl, u.o nimero de inverses na permutaço k1 ,k2 ,..4,
k em relaç ã o a fundamental 1,2,.., r e v o numero de inverses na
permutaço k 19 k 2 ,,., k em reiaço fundamental r+l,r+2 9 ..,n,ou,
o que e o mesmo, o numero de inverses na permutaço k 1 -r,
k-r em relaço.à fundamental 1 9 2,.., n-r.

Por conseqUncia:

u+v
MxM1 = alk a2k a< a lk a2k afl
r+
1 2 r r l ~['+2 n

com o somatrio estendido a t o das as r! permutaç õ es k1 ,k2 ,,.,k dos na.-


meros r e a t o das as (n-r)! permutaçes k dos
nmeros r+l,r+2,0,n E como k 19 k29 .0,k ,k 19 k 29 0 9k constitui
sempre uma permutaç ã o dos n nitmeros cuja classe é dada pela
soma u+v, visto que os nCimeros k 19 k29 coo g k todos nao maiores que r
no formam inversão com os nnieros k k k todos maiores que
r+l r+2 n , ,

r, segue-se que todos os r!(n-r)l termos do produto M x M1 , manifesta-


mente distintos uns dos outros, fazem parte do desenvolvimento do de-
terminante D .

Consideremos agora um menor qualquer do determinante D:

a,, a. ,, a.
i1k1 i1 k2

a, a, a. .
i2k1 i2k2 i2k 1 g 000 g i
=Ia,
ik k =

a. .. a.
rl r2 rr

e demonstremos que os t e rmos do produto de M por seu complemento alga-


brioo M fazem parte do desenvolvimento do determinante D
f manifesto que, medi a nte i1 -l42 -l 9 i-1 trocas de
linhas e k 1-1, k2 -2, ... , k-r trocas de colunas, podemos obterdode-
.

terminante D um novo determinante P' cujo menor


=1
a.k 1 9 i,k = 112,
67

seja igual ao menor consideràdo M CM = M'), isto é, contendo as linhas


e as colunas de M nos r primeiros lugares.

Neste determinante D ligado a D pela relação

i••• + i )+(k 1+ k2+ + kr ) _ 2+2+ •0 +


• D= 'i

ou
12+ + (k 1+ k2+ ... + kD, ,
D = (-l)'l

os termos do produto do menor M' pelo seu complemento algébrico MI fa-


zem parte, a vista do resultado anterior, do desenvolvimento de DIp

conseqttncia os termos do produto


( 1) (i1 + i2+ + 1( 2+ + k) x

ou
+ + k2+ .. + k)
i MxM

fazem parte do desenvolvimento de D Mas, MI no sendo seno o menor


complementar de M em D , o produto

+ i) + (k1 +k2 + +
• (-l)37 '2

representa o complemento algbrico M 1 do menor M em D, e fica portanto


provado que os termos do produto M M 1 , evidentemente distintosuns dos
outros, fazem parte do desenvolvimento de D0

16 Primeiro teorema de Laplace0 - Um determinante D. de ordem ri,


gual t soma dos produtos que se obt e m multiplicando cada um dos me-
nores de ordem r(r< n) contidos em r filas paralelas, arbitraria-
mente escolhidas, pelos seus respectivos complementos algbriõos,

Com efeito, em primeiro lugar, considerado um menor M de or-


dem r, deduzido de r filas paralelas escolhidas em D, todos os termos
do produto de M por seu complemento algbrioo M 1 so distintos, eviden-
temente, uns dos outros; alem disso, quando se passa do menor M e seu
complemento algbricoM, para outro menor M' e seu complemento alg-
- 68

brico W, os novos termos do produto MI x M são distintos dos ante-


riores, visto que MI difere de M ao menos numa fila e, por conseqüên-
cia, os termos de M'(ein cada uni dos quais entra um elemento de tal fi-
la) diferem dos .de M.

Por outra parte, das r filas consideradas podem ser extraidos


(Y)
menores de ordem r, cada um dos quais dá origem a r!(n-r)! termos
( cada um dos r! termos do menor multiplicado por cada um (n-r)!têra-
mos do respectivo complemento algébrico),, de modo que o nimero total de
termos dos produtos de todos os (!) menores pelos respectivos comple-
mentos algébricos é igual a
()r! (n-r)! =

Esses termos sendo distintos uns dos outros, pertencendo to-


dos ao desenvolvimento de D1 e em nimero de n!, so necessriamente os
n! termos ,do desenvolvimento do determinante D, isto é, se tem

D=MxM1

(n)
com o soxnatrio estendido a todos os menores -M de ordem r con-
tidos em r filas pàraleias, arbitrariamente escolhidas, ficando assim
demonstrado o primeiro teorema de LAPLACE.
Supondo, em particular, r = 1, obtém-se o teorema que da o
desenvolvimento de um determinante segundo os elementos de uma fila, o
qual esta, portanto, contido no de LAPLACE,

- Na prtica,ao aplicar o teorema de LAPLACE, con-


vm sempre escolher linhas (colunas) nas quais apareça o maior n-Cunero
possivel de colunas (linhas) formadas por elementos todos nulas, visto
ser nulo todo o menor que encerra uma destas colunas (linhas), -

Assim, por exemplo:

No caso do determinante de quinta ordem:


-69-

a11 a12 a13 a14 a 15

a21 a22 a23 a24 a25

0=
a31 a 32 a 33 a 34 a 35

a41 O a43 O O

a51 O a53 O O

devem ser escolhidas as duas últimas linhas, que encerram trs colunas
de elementos nulos, sendo nulos todos os menores contidos nessas duas
linhas, excepto um, de sorte que

a41 a 43 a12 a14 a15


0=- x
a 1 a 53 a a 24 a25

a 32 a 34 a 35

Exemplo. - Calcular o determinante

1 O 5 O 4.
3 O 2 O 1
0= -4 7 1 -5 Q
• 1 3 -1 2 O

00 -l5

Efetuando o desenvolvimento em relação aos menores contidos


nas duas primeiras linhas, dos quais sete so nulos, sendo os demais:

-1 5 , -1 4 , 5 4

3 2 3 1 2 1
obtemos:
- 70 -

-1 5 .7 -5 O -1 4 7 1 -5
D=- 3 2 3 2 O - 3 1 3]. 2 -
0 1 5 .0 - 1

7 -5
1 3 2
2 1
2
O O 1

• Por conseqttncia

= -(-17). 145 - (- is). - (-)(- )= 2854

17. Segundo teorema de LAPLACE. -A soma dos produtos dos menores de


ordem r de um determinante, contidos em r filas paralelas, pelos
• complementos aibricos dos menores correspondentes, contidos em
r outras filas, paralelas as primeiras, é nula.

Seja, com efeito, o determinante

D = 1 a.k , i,k = 1,2,...., n

e efetuemos a soma
M x M1

dos produtos dos menores M contidos nas r(r < n) linhas i 1 ,i2 ,...,i,
por exemplo, pelos complementos algbrieos M' dos menores contidos em
r outras linhas i, i, ..,, i' (das quais, algumas podem coincidir
com as anteriores).

Considerado o determinante D que se obtm. de D substituin-


do as linhas i, ±, .., i' respeotivamente pelas linhas i 1 i2 ,
' r manifesto que

D' =EM M'


e como em D' h, pelo menos, duas filas paralelas iguais, este deter-
minante é nulo, isto é,

EMXM' =0

Em particular, supondo r 1 , obtem-se o teorema de CAUC}!Y.

18. E ABAIXAMENTO DA ORDEM DE UM DETERMINANTE - Dado um de-


terminante de
ordem n: D = a±k 1 , i,k = 1 9 2 9 .. , . n

convm, por vzes, elevar-lhe ou abaixar-lhe a ordem, isto é, formar um


determinante D', de ordem maior, ou menor, que ri, e tal que D' = D.
Destes dois problemas, o segundo - abaixamento da ordem -tem,
grande importância pratica para o calculo dos determinantes.

a) Elevaço da ordem. -Consegue-se facilmente com base na pro-


priedade: Um determinante em que so nulos todos os elementos de uma fi-
la, éxcepto -um, e igual ao produto desse elemento pelo respectivo com-
plemento a1gbrico.
Assim, o determinante de ordem n+1:

1 O ... O
• a11 •.m aln
D'=

• a •.. a
nl nn

onde os lugares marcados com pontos, na primeira coluna,, podem ser ocu-
pados por elementos quaisquer, e igual a D. -
A este determinante D 1 podemos agora elevar, de uma unidade, -
a ordem; o -determinante
1 O O ...O
• 1 O ...O
D" =
• a11 ...a1 -

• a...a
1 nn
-72-

de ordem n+2 e igual a D' = D.


.Analogamente, podemos elevar, de uma unidade, a ordem de D".1

e assim por diante.

b) Abaixamento da ordem.- Para transformar um determinante D,


de ordem ri, num outro de ordem imediatamente inferior, n-1, cumpre, em
primeiro lugar, obter uma hla em que todos os elementos sejam iguais,
e a seguir subtrair uma fila perpendicular a esta de todas as outras,
com o que se obtem uma fila de elementos todos nulos, excepto um.Ento,
o determinante D resulta igual ao produto do elemento não nulo dessa
fila pelo respectivo complemento algébrico, que é, como sabemos, um de-
terminante de ordem n-1
Consegue-se, num determinante, uma fila com elementos todos
iguais, combinando convenientemente as varias operaçes permitidas-mul-
tiplicação ou divisão par um número, teorema de JAC.OBI, etc. Em particu-
lar, se os elementos do determinante so ntmeros inteiros, basta tomar
uma fila privada de elementos nulos, achar o menor múltiplo comum dês-
sés elementos, e multiplicar cada uma das filas perpendiculares a essa
fila pelo quociente do menor múltiplo comum pelo elemento respectivo,
compensando, e claro, por divises fora, as multiplicaçes feitas den-
tro do quadro. Se a fila encerra elementos nulos, procede-se, como aca-
ba de ser indicado, com os elementos no nulos, conservando inalteradas
aquelas filas perpendiculares às quais correspondem esses elementos nu-
los.
Exemplo: Calcular o determinante

3 -2 4 1
2 O -1 3
1 2 O 4

2 -1 -3 2

Considerando, por exemplo, os elementos da terceira linha,te-


mos ni,m.c (1,2 9 4) = 4. Portanto, seguindo a marcha que vem de ser in-
dicada, podemos escrever:
-. 73-

12 -4 4 1 12' -4 4 1

3E= E
12 -.16 4 -11 -16 4 -11.
8 -8 -1 -5
-8 -1 -5 =-1
1 O O O
2 2 -10 -3 -6
8 -10 -3 -6

19 PRODUTO DE DOIS DETERMINANTES - Dados dois determinante de ordem n;

A = 1 a±kI , i,k = 1,2,,.,n e B = 1 b.kI i,k=l,2,..,n

a expresso

°ik = a.lbkl + a. 2bk2 + + a.bk =

chama-se o RE2duto da linha i de A pela linha k de E. Atribuindo, nesta


expresso, aos índices i. e k sucessivamente os valores 1,2, ..,,n,ob-
2
temos n números o.., coza os quais podemos formar um nevo determinan-
te de ordem n:
C=1 Ck 1 9 .±,k = 1,2,..., n

chamado produto por linhas dos dois determinantes A e B. A razo de tal


denominaço decorre do teorema que a seguir vamos demonstrar.

20. Teorema de BINET-CAUCHY, - O produto por linhas de dois determinan-


tes e iguaIao produto desses dois determinantes.

Consideremos, coza efeito, o determinante de ordem


— 74 —

a11 a12 ... a1 O O •.. O


a a ... a O O ... O
21 22 2n

a a ...a O O o.. O
ni n2 nn

-1 O ... O b1 1 b 21
nl
O b12 b22 ... b
n2

O O ...-1 b •b O.. b
in 2n nn

Desenvolvendo-o, pelo teorema de LAPLACE, segundo os menores


de ordem n contidos nas n primeiras linhas, e atendendo que todos .sses
menores so nulos, excepto aquele formado comas i primeiras colunas
isto e,, o determinante A. resulta, simplesmente:

b11 b21 ... b 1

= A x b12 b22 èâ. b 2

b b O.. b
ln 2n rim

Ora, o segundo fator nada mais e do que o determinante que se


obtém de 13 trocando ordenadamente as linhas pelas colunas, de sorte
que, ele é igual a 13 , e podemos então escrever.:

C = A x 13 (1)

Pasto isto, vamos transformar C num determinante de ordem ri,


com o seguinte artifício: adicionemos a coluna n+l as ri primeiras colu-
nas multiplicadas, respectivamente 4 por b11 ,b12 ,0..,b 1 , coluna n+2
as n primeiras colunas multiplicadas, respectivamente, por b 21 , b22 ,,.,
b2 , e assim por diante, o que no altera o valor de C' (teorema de JA-
- -75 , -

COBI); teremos:

a11 a12 a1 0
° 12 0 1n

a21 a22 a2 021 022 coa


02n

a. .........................................

a a •.a o e ..c
ni n2 nn nl n2 nn

—1 o coa o o o a o o

O -1 O O O O

O O -1 O O O

Desenvolvamos, agora, este determinante, pelo teorema de LA-


PLACE, segundo os menores de ordem n contidos nas n primeiras linhas
Como todos os complementos algébricos desses menores, excepto O do me-
nor

0 11 012 °In
C21 022 02n

o o • o
nl n2 nn , .. .

que não e senso o determinante produto C, so nulos porque cada umdê-


lês encerra uma coluna de elementos todos nulos temos

-1 O oco O
=c x (-1f O -1 O
O O

onde
01= 1 + 2 + .+ ri +'(n+l) + (n+2) + + 2n = n(2n+1)

O valor de um determinante cujos elementos so todos nu1osx-


cepto os da diagonal principal, sendo, como sabemos, igual aotrnioprin-
• -76-

cipal, podemos escrever:


OL n
= c x (-i) (-i) = c x (-i)

u,por ser O+ ri = 2n(n+l) um nCimero par:

C, = C

Comparando esta igualdade com a (i), resulta:

C=AxB,
e o teorema fica dérnonstrado.

21. Observaç õ es, 1) Como um determinante no se altera quando se tro-


cam ordenadamente as linhas pelas colunas, segue-
se que o produto dos dois determinantes A e B pode obter-se de qua-
tro maneiras diferentes,a saber:

a) multiplicando as linhas de A pelas linhas de B;


b) multiplicando as linhas de A pelas colunas de B;
o) multiplicando as colunas de A pelas linhas de B;
d) multiplicando as colunas de ,A pelas colunas de B

Além disso, é claro que a efetivação do produto, por qualquer


destas quatro maneiras, pode ser seguida. de duas maneiras. distintas de
dispor os elementos do determinante produto: segundo linhas ou segun-
do colunas.
Por exemplo:

a b x Im n
=
am+bn ap+bq
=
am+bp an+bq
=
o d p q om+dn cp+dq cm+dp •en+dq

• am+on ap+cq • am+op an+cq

- bm+dn b.p+dq = bm+dp bn+dq

II) Quando os determinantes A e B no são da mesma ordem,sen-


do, por exemplo, B de ordem menor que A, eleva-se a ordém de B ou aba.i-
-77-

xa-se a ordem de A, de modo a obter dois determinantes da mesma ordein.As-


sim:

•a b e m n a b o m n O

a1 b1 c x in1 n1 = a1 b1 c1 x a1 n1 O =

a2 b2 02 a2 b2 02 O O 1

am+bn am1 +bn 1 e


= a 1m + b 1n a1m1 + b1ri1 •o
a2m + b 2n a2m1+ b2n1 o2

22. DETERMINANTES ESPECIAIS . - 1 - Determinante adjunto - Dado o determi-


nante

D = 1 a±k 1 , i9k

chama-se determinante adjunto de D o deterpiinante cujos elementos so


os complementos algébricos dos elementos de D

1 A. , i,.k = 1,2,,

23. Lema. - Num determinante nulo, os complementos a1gbricos dos elemen-


tos de duas filas paralelas quaisquer so proporcionais.

Seja, com efeito, o determinante nulo:

a a ... a
11 12 in
D= a21 a22 ... a2
=0

a a .,. a
ni n2 flfl

Consideremos duas filas paralelas quaisquer de D. por exemplo,


as linhas i. e k 0 complemento algébrico A do elemento a,, 1 pode, mani-
l
- 78 -

festanlente, escrever-se assim:

a. •...a a
li ir in
a a ... a
21 2r 2n

A. = a. .,0a.-1,r a.
i

1 •o ..O eco o

+191 ••• a. 1 o

a a a
ni nr nn

Multipliquemos agora todos os elementos da coluna r deste de-


terminante por Ak e, em seguida, somemos a essa coluna, assim modifi-
cada, as n-1 outras colunas multiplicadas, respectivamente, por AklAk
, 2,
..., Ak; consoante as relações*

a A +a A +..+.a A =0
11 k1 12k2 lnkn

a.A +a A +,. 0 +a A =0
21k1 22k2 2nkn

aklAk l + ak Ak2 + Õ + akA k = D = O

a A +a A +00+a A =0
niki n2 k2 rin kn

teremos:
- 79 -

a .,,O .. a
11 in
a o a
21 2n

AxA a a.
11 kr i -1,1
1 oca o
kI
a 1+1
.
9 1 .. O a.
i+1,n

a O ... a
ni nn

Neste determinante, o complemento algébrico de A kl coincide com


o complemento a1gbrico A. do elemento a, em D e q portanto 9 desenvol-
vendo-o segundo os elementos da coluna r, teremos:

A.xA =A xA.
11 kr kl ir

isto,
A A
il. ir
, ( r = n)

ki kr

o que demonstra a tese

2k0 Teorema. OadjuntodeumdeterminanteD,de ordem n, igual & po-


tencia de expoente n-1 de D.

a) D - O. Efetuemos o produto por linhas de D por O; teremos:

i,k = 1 9 2 9 0.0,n
ik
com
0ik = a,A + a, 2A 2 + + a,A = l a±hAkh

Mas, sendo

l a.hAkh
{: :: ; :
-
- 80 -

Õ determinante produto D.5 tem os elementos principais iguais a D e to-


dos-os outras elementos são nulos. Por oonseqflncia;

D.D Dn
donde
(1)

b) D = 0. Neste caso, pelo lema anterior, os elementos de


2 filas paralelas quaisquer do determinante adjunto D são proporcio-
nais, e por conseqfincia = 0, isto é, subsiste ainda a relação (i).

de notar que, neste caso, tambm são nulos todos os meno-


res de ordem n-1, 3,2 do determinante adjunto D, porquéemca-
da um deles duas filas paralelas quaisquer são sempre proporcionais.

II. Determinante reciproco - Chama-se determinante reciproco de um de-


terminante

D = 1 a.k 1 , i,k = 1,2 1 .4,., n

no nulo, ao determinante R cujos elementos são os quocientes, por D,


dos complementos a1gbrioos dos elementos respectivos de D:
Aikl
• R = 1 , i,k = l,2,., fl

O elemento
cx A/D
ik ik

chama-se o elemento reeiproco de ak.

25. Teorema - O determinante reciproco de um determinante é igual ao


quociente da unidade por asse determinante.
Com efeito, multiplicando-se todas as linhas do determinante
recíproco R por D. o n6vo determinante que assim se obtem é, manifesta-
mente, o adjunto de D, isto é,
- 81 -

n -
RxD =D

Por outra parte, temos:

Por oonseqflnoia:
n n-1
RxD =D

ou
RxD=1
donde

Nesta propriedade reside a justificaç ão do nome de recíproco


dado ao determinante R.

III. Determinante simtrico,- lia determinante

diz se sim é trico quando os elementos conjugados s90-1 iguais,


- isto é 9
quando se verificam as igualdades

ak. = a.k , i,k 1,2,..., fl

26. Teorema. -O determinante-quadrado de um outro é simtrioo.

Seja, com efeito, o determinante

D = 1 a.k 1 , i,k = 142,..., fl

Temos:
D2=DxD=lclkI, i,k=1,2,...,n

sendo
.0. =a .a +a.a ~• ..i-a.a
ik ii ki i2 k2 in kn

Por outra parte:


c =a a +a a +...+a a. C.
ki ki ii k•2 i2 kn in . ik

Logo, D e simtrico.
-82-

27 Teorema.- Os complementos algebricos de elementos conjugados de um


determinante simé trico s ã o iguais

Temos, com efeito,

a a11
a In

a_1,_ al_l ,k+ l ai _1 , n


A.k= (1).i+k
a. ... a, ai a.
1+1,1 i+l.,k-1 +1,k+l
,.
i+i,n

............................
a ... a a
ni n,k-1 n,k+l nn

1 ........b,

akll akll akl +l akl

A
ki a 1,1 . . a~ 1,,_1 ak + l,±+l ak+1, fl

aa a a
ni n,i-1 n,+,i nn

Ora, atendendo a que os elementos conjugados são iguais, logo


se ve que estes dois determinantes diferem apenas, em que as linhas do
segundo so as colunas do primeiro, pela mesma ordem, e vice-versa, lo-
go, e A

28. Corol á rio.- O .adjuntõ de um determinante sim é trico é um determinante


simé trico,
- 83 -

De fato,, se D • simtrioo, é A. Ak.e, portanto, D e si-


ik
mtrico.

IV Deterrninantehemissimtrjco.- Um determinante

D = 1 a.(1 , i,k =

diz-se hemissimtrioo quando os elementos principais so nulos e os e-


lementos conjugados são iguais em valor absoluto é de sinais oontr.rios:

a.k - - ak., i,k =

29. Teorema.~ Todo o determinante hemissimtrico de ordém impar & nulo.

Troquemos, com efeito, num determinante

D = 1 ak , i,k ='1 9 2 9 &áo , ri

hemissimetrico, ordenadamente as linhas pelas colunas, o que no o al-


tera.
Por virtude dessa troca, o elemento a, ík vem ocupar o lugar
do elemento ak è os elementos principais ficam onde se acham; alm dis-
so, como so nulos os élementos principais e ak. = - a.,a troca fei-
ta equivale a multiplicar todos os elementos do determinante D por -1,
(_1)fl•
isto é , a multiplicar o determinante D por Por oonseqUncia, te-
mos:
D = (- lfD ,

donde, se ri e impar
D=-D
ou
D=O

V. Determinante ortogonal.- Um determinante

O = 1 a.kI l i,k 1 9 2 9 ..,,n

diz-se ortogonai quando entre os seus elementos se verificam as rela-


çes:
-85-

3l Teorema. - O complemento alg é brico de um elemento s2alquer de um de-


terminante D, ortogonal, é igual ao produto d e sse elemen-
to por D.

Conservando fixa a linha i, escrevamos as igualdades que dê-


finem ,o determinante ortogonal:

a a + a. + + a, a. = O
ll i2 12i,2 mm

a. a. + a. a. + ,. + a. a. = 1
mli]. m2 m2 mm

a a + a a. + ... + a 8.. = O
nu .]. n2i2 nnmri

Multipliquemos ambos os membros de cada uma destas n igualda-


des, respectivamente, pelos complementos algbrioos Alk,A2k,.ø.9Aflk, e
somemos ordenadamente as igualdades obtidas; teremos:

Da. =A.
ik mk

32. Teorema- Em todo determinante ortogonal verificam-se, entre os ele-


mentos das colunas 9 re12 an á logas , as que se verificam
entre os elementos das linhas, isto , tem-se:

2 +. 2
a) a . a • +... + a•2 = 1 (m =
li 2i tni

b) alalk + a:~ a2k + + a a O ( i k ; i,kl,2,.. 1n)


ni nk

Com efeito, acabamos de ver que

Da , =,
A
ik mk

donde, multiplicando ambos os membros par a.,

Da. a = A. a.
ikir mkmr
86 -

Pondo nesta igualdade i 1,2, ,n e somando, vem

D(a a + a a + a a ) =A a + A a + + A a
1k ir 2k 2r nk rir 1k ir 2k 2r nk nr.

Posto isto, se k = r, o segundo membro vale D. e temos


2 +.a 2 + 2
a . +.a =1,,
Ir 2r rir

que são as re1açes a)

Se k r, o segundo membro e nulo, e por conseqf!ncia,te-

mos alka) + a2ka + + aka. = O , k r, k,r=i,2, ,n

que são as relações b)


Lostra esta propriedade que um determinante ortogonalper-
aaneoe ortogonal quando se trocam, ordenadamente, as linhas pelas
colunas

VI Determinante da VANDERMONDE - Dados n nim.eros alga 2 , , a


chama-se determinante de potn-
cias ou determinante de VANDERMONDE de base (a 1 a29 , a) ao
determinante

a a a•
2 n
2 2
V ,a) = a12 a2 a

n-1 n-1 n-1


a .a a
1 2
-87-

1 1 1 øl

O a2 .-a a 3 -a1 ... a-a1

V(a 19 a2 •,e.,,a) = o a2 (a-a 1 ) . a(a-a1)


a3 (a3-

n-2 n-2
O a(a 2 -a1) a 3 (a 3 -a 1 ) a (a -a1)

ou, desenvolvendo segundo os elementos da primeira coluna:

a2 - a1 a 3 — a1 .,, a — a1

V(a 1 a2 ,QO,a)= a2 (a2 - a1 ) a 3 (a 3 -a 1 ) a(a -a)


n.

n-2
a2 (a2 — a1 ) a n-2
3 (a a ., a
n-2
(a_ a1 )
1

ou, pondo em evidência os fatores a 2 - a 1 , a 3 a1 , flo a- a1 , comuns as


diferentes colunas:
1 1 1
a a a
2 3 n

V(a1 ,a2 ,,.0 ,a) = (a 2 -a1 )(a 3- a1 ). ,.(a- a 1 ) x a a

n-2 n-2 n-2


a a a
.2 3

Como o determinante que figura no segundo membro e o determi-


nante de VANDERMONDE de base (a 2 ,a 3 ,.., a), podemos escrever:

a) =

De modo anlogo, prova-se que


-88-

V(a2 ,a 3 ,..., a)= (a 3- a2 )(a- a2 ) ... (a- a2 ) x V(a3 9a4 ,,,s, a)

• 1• 1
V(a1,a) = a -
=J a a

Multiplicando agora ordenadamente t6das ê estas igualdades e


suprimindo os fatores comuns aos dois membros, resulta

V(a19 a2 , , a) (a2 - a1 )(a 3 - a1 ) (a- a1 )(a 3 - a2)(a4- 82)

a )
• n 2 n n-1

Portanto, odeterminante de.VANDERMONDE debase(a 19 a29 .,.,a)


e igual ao produto das 1/2 n(n-l) diferenças a- com i> k
8k

Abreviadamente, escreve-se
(i = 2939 • ., fl

V(a1 a25 . , a) = fl(a- ak), 1k = 1,2, • ,n-1

Esta formula deixa ver que a condio necessaria e sufa.cien-


te para que dois o menos dos n numeros alg a a sejam ais, e
que o determinante de VANDERMONDE de base (a1,a2909 a) seja nulo.

Por exemplo, o determinante de VANDERMONDE de base (3,1 9 5 9 7)


e. iguala:
v(3,1,5,7) = (1-3)(5-3)(7-3)(5-l)(7-1)(?-5) = - 768

33. INA ÔES LINEARES - Dados n n(meros a 1 ,a2 ,.., a, chama-se


oombinaço linear dsses numeros segundo os
numerosÀ 1 , À29 , ), denominados coeficientes da combinaço, a ex-
presso

Xa +a +..+ Xa
11 21 2 n
89

De modo mais geral, dados a sistemas de n nilmeros

a12 , a1

a21 a22 , 92
a
(i)

a , a , •
ml m2 nm

o sistema de n números OL, a2 , a tais que;

=a + ?a +,..+
1 111 22).. iaml

i.= À + X + +
2 112 222 mm2

= )La + À +,.+ À
n lin 22n mmn

chama-se combinação. linear desses sistemas segando Os numeros X, X 29


' denominados coeficientes da

Por exemplo, no determinante

3 4 20 5
6 .0 0 2
7 1 4 3
4 -1 9 5

a terceira coluna é combinação linear das outras trs colunas segundo


os números -1,2,3
No determinante
8 5 6 2
9 9 9 4•
5 -1 4 12
7 1 3 O
a segunda linha e oombinaço linear das outras trs linhas segundo os
números 2,0,-1.
90

Posto isto.,9 os m sistemas (i) dizem-se linearmente dependen-


tes, se ao menos um dles e combinação linear dos restantes, isto e,
por exemplo
= 1 a11 + X2a21 + m_lam_l,1
+

am2 = a12 + X2a22 + + X_iam_i ,2

......- I3..Ø.ç.õõ.oô .....

a = a + a + + ). a
mn 1 in 2 .2n m-1 m-i, n

No caso contrario, os m sistemas (i) dizem-se linearmente.in-


dependentes

34o Teorema, - Uni determinante de ordem n em que as n linhas(ou as n


colunas) so linearmente dependentes, e nulo

' Seja o determnante

D = 1 aki , i,k = 1929 . , n

e suponhamos que as suas colunas sao linearmente dependentes, isto e,


que existem n-1 nimnieros

X 1 X2
k-1 Xk+19

tais que se verificam as ri reiaçes:

ak = 1 a 11 ~ + k_Ial ,k_l ~ Xk+lal,k ~ l+ + a.

1=1,2, ,rt (i)

Multipliquemos os elementos da coluna 1 por - X1 , , oõ da


coluna k-1 por — X 1 OS da coluna k+l por —
.,
os da colu-
na n por — X, e adicionemos os produtos assim formados aos ele-
mentos correspondentes da coluna ,k O determinante D nao se altera e
fica: - - ---- --
-91-

a11 ... (alk_ X 1 a11 ..


- Xk_l alkl_ X k+l al, k+l _

a1 (aflk_ X1a1. - Xk .lafl,)C l _ Xk+laflk+l_ - a

Mas, pe1as're1açes (1), este determinante fica com uma fila


de zeros - a coluna k, e por onseqt1noia é D = O.
A demonstração faz-se, de modo" inteiramente análogo, para a
dependancia linear das linhas
Este teorema é invertivel, isto,éí em todo determinante nulo
de ordem n, as n linhas (as n colunas)-,590 linearmente dependentes

35 CARACTERÍSTICA DE UMA MATRIZ - Diz-se que uma matriz qualquer (re-


tangular, para maior genral.idade):

A = II a. IÍ , 1
1 k .= 1 9 2, ,,.,

tem oaraoterstiea r, quando a ordem mxima do determinante ou determi-


nantes no nulos que se podem extrair dessa matriz e r.

Ei outros trnos, uma matriz tem a característica r, quando


Ú contam ao menos um determinante de ordem r diferente de zero, 2) to-
dos os determinantes de ordens r+l,r+2, coe sgo nulos Para que se ve-
rifique a condição 2), basta que seaaln nulos todos os determinantes de
ordem r+l, porque, ento, todos os determinantes de ordens
• so nulos, como imediatamente se reconhece, desenvolvendo-os, pela re-
gra de LAPLACE, segundo os menores de ordem• r+1
Uma matriz tem característica O, quando e somente quando sã- o
nulos todos os seus elementos (matriz nula) Em qualquer outro caso, a

oaracteristica de uma matriz com si linhas e ri colunas, é um. niimero in-


teiro positivo no superior ao menor dos números iii e a
Se r é,a característica de uma matriz, todo determinante de
ordem r, riao nulo, chama-se determinante principal ou determinante carac-
ristico da matriz.
-92-

36. PROPRIEDADES DA CARACTER±STICA * O conceito de característica go-


za de propriedades importantes,que
passamos a exp6r.

1 Quando se suprime uma fila de uma matriz A de característica r, ama-


triz A' que se obt ém tem ao menos a característica r-l.

Com efeito, os determinantes no nulos de ordem r de A ou es-


to contidos em A' ou exprimem-se linearmente pelos menores de ordem
r-1 de A', os quais no podem, portanto, ser todos nulos.
Desta propriedade tira-se imediaiamente o seguinte oorolrio

Stiprimindo-se h linhas e k colunas de uma,,matriz A decaracte-


rística r, a matriz À' que se obt em tem uma característica no menor que
r-h-k e nõ itaior que r

II No se altera-a característica de uma matriz efetuando, no quadro


matriz as
a) trocar ordenadamente as linhas pelas colunas e as colunas
pelas linhas,
b) trocar filas paralelas,
o) multiplicar filas por numeros diferentes de zero,
d) somar, a uma fila,combinaes lineares de outras pa-
ralelas;
e) juntar, a matriz, filas de elementos todos nulos, ou su-
primir-lhe filas de elementos todos nulos, se as tiver,
f) Á2ntar à matriz (ou r-lhe, ) filas que sejam combi-
naçes lineares de filas paral.elas .

Sena, com efeito, À' S matriz deduzida de uma matriz A pela e-


fetivaço de qualquer das quatro primeiras opera&es enunciadas Nenhu-
ma dessas operaçes implica que qualquer determinante ngo nulo,extraido
de À, passe a anular-se, ou que qualquer determinante, nulo em À 9 passe
1
a deixar de o ser, como sabemos pelas propriedades dos determinantes Lo
go, se a característica da matriz À r, ainda e rã da matriz À'
-93-

Quanto operação e), é evidente que o juntar uma, ou mais,fi-


las de elementos todos nulos, conserva no nulo o determinante que as-
sinalava a característica •e nulos todos os de ordem superior, de modo
que a caraoterstjõa no se altera.
Do mesmo modo, a supressão de filas de elementos todos nulos
no pode alterara caracteristica. De fato, se de A, com carsotêris-
tica r, por supresso de filas de elementos todos nulos se obtém Aco
característica r , juntando a A essas filas de elementos todos nulos,
obtem-se, sem aiteraço da característica r', a matriz A, deve, por-
tanto, ser r' = r

Finalmente, quarto a operação f), ela reduz-se a operação' e)


.por meio da d). Com efeíto...se a matriz foi juntada. uma. f4.la , formad
pela combinação linear, de coeficientes X das filas para- ­,
êO9 9 )v,

lela,s i, , k, somando a essa nova fila a combinação linear de coefi-


cientes - ' k das mesmas filas i ,k operação d), essa
nova fila fica constituída por elementos todos nulos

Raes inteiramente análogas para a supresso

Observação. - Por virtude da operação b), podemos sempre su-


por que o determinante principal de uma matriz A, com característica r,
seja formado pelas .r primeiras linhas e r primeiras colunas de A

III Teorema de KRONECKER - A condi2ão necessaria e suficiente para


que uma matriz

A = i a II í i
ik
k = 1 9 2 9 ..

tenha.oaraeterística r, e que exista um determinante de ordem r,des-


r
sã matriz, diferente de zero, e que sejam nulos todos s. (m-rXn-r) de-
terminantes de ordem r+1 que se obtm de D orlando-o com uma linha e u-
ma coluna das que nele no entram
a) A coridiçio e necessária, - Com efeito, se a matriz Atemoa-
racterística r, existe em A ao menos um determinante D de ordem r,di-
r
-9h-

ferente de zero, e sio ,nulos todos os de ordem r+l, em particular to-


dos os (m-r)(n-r) determinantes que se obtem., a partir de D, orlando-
o com uma linha e uma coluna das que nele não entram.

b) A oondiço é suficiente -Suponhamos que h, na matriz A ,


um determinante Dr de ordem r, diferente do zero, e que sO nulos to-
dos os (m-r)(n-r) determinantes de ordem r+l que se obtêm de D or-
lando-o com uma linha e uma coluna das que nele não entram. Vamos, en-
tio, provar que a oaracterstica da matriz A e r

Podemos supor, no nosso caso, que D e o determinante

a11 a1

a 1 a

formado pelas r primeiras linhas e r primeiras colunas de A (bastava-


ra que assim seja, efetuar trocas de linhas e colunas convenientes, o
que, como sabemos, nao altera a caracteristica da matriz)

Pasto isto, construamos o determinante de ordem r+l

a a a
11 12 Ir
it
a21 a a2 a2
= r+l,r+24i ,
D5t= ' t 14 12 9 #áo g n
a a .. a. a
ri r2 rr rt
a a a a
si s2 sr st

obtido, a partir de D, orlando-o com uma linha qualquer de A - da r-


síina + 1 a m-sima, e com urna coluna qualquer de A-da ia a n4sima,
ste determinanteM, é sempre nulo, porque para t = 1,2, ,r encer-
st
ra duas colunas iguais e para t=r+l,r+2, ,n torna-se um dos(m-r)(n-r)
95

determinantes de ordem r+l que se obtm de D orlando-o com uma linha


- r
e uma coluna das que nele no entram, os quais são, por hipótese, todos
nulos.

Os complementos algébricos dos elementos da iitima.oqluna de


Dt, excepção feita de At = D, dependem da linha s , porqueemtodcs-
les entra a ultima linha a,a , •.., a , e no dependem, manifes-
si s2 sr
tamente, da coluna t,-visto que, em todos eles, essa coluna e suprimi-
da; representemos esses ooiaplmentos algébricos por

A 1(s) (s) (s)


, A .......,A,
r

teremos, ento, desenvolvendo Dsegundo os elementos da última colu-


na:

ai tA + a2tA + + a1A + atDr = O, (t = 1,2,,.., n)

Dividindo ambos os, 'membros por D O e pondo

A(s)
i (s)'
Dr - i , Ci. = 1 9 2 9 .., . r)

resulta:

='c () a1 (s)a2 + .. +
+ 02
(s) .
a5 0 a rt , (t n)

isto é, os elementos da linha s da matriz A so combinaçes lineares se-


(S) 0(s),,,,.0(s)
gundo os coeficientes o das suas r'primeiras linhas.

Como s = r+l,r+2,...,m, segue-se que as ia-'r iltimas linhas da


matriz À são combinações lineares das anteriores e, como tal,podem ser
suprimidas sem que a caraoterstioà se altere; A tem, portan.to, a, mes-
ma caracteristica que a matriz:
a11 a.., alr a1
= ...............
a ri ... arr .., a
rn
• 96

.,isto e0 tem oaraoteristioa r.

IV. A oaractexstica de urna matriz e igual ao maior n umero de linhas


e de colunas dessa matriz que s ã o linearmente independentes, e es-
sas linhas e colunas 50, precisamente, aquelas cujos elementos fi-
guram no determinante principal, tdas as outras s ã o combinaç õ es
lineares delas.

Consideremos, com efeito, a matriz


• (i. = 1,2, ...,
A . ,
k =1,2 9 ,....,. n

de caracteristica r e sena

a11 .
Ir
D = ,
1'
a • ,, a
ri .rr

o determi.nante principal
Em primeiro lugar, as r primeiras linhas so linearmente in-
dependentes, porque, se no o fssem, D seria nuloo
Construamos agora o determinante

a11 a1
alt.
coa
(s = r+1,r+2 9 ócog m
D = a e. a
st ri rr rt t = 12 , fl

• a a
si sr st

Este determinante D tem o valor zero ou como determinante


de ordem r-4-1 contido na matriz A ou como determinante com duas co-
lunas iguais, e do seu anulamento resulta, como acabamos de ver na de-
monstraçao da condição suficientø do teorema de KEONECKER, que as
ultimas linhas da matriz A so combinações lineares .das anteriores
A demonstração faz-se, de modo análogo, ,para as colunas..
97

37. DETERMINAÇXO DA CARACTERÍSTICA DE UMA MATRIZ - Do teorema de KRONE-


CKER decorre um pro-
cesso muito simples para a pesquisa da caraoteristioa de uma matriz

Parte-se de um elemento no nulo, qualquer, ak & O da ma-


triz e formam-se determinantes de 24 ordem, orlando asse elemento com u-
ma linha e uma coluna:
ak at
a

Se todos esses determinantes, em numero de (m-l)(n-l),so nu-


los, a caractei4stioa da matriz e 1, se nao sao, logo que se encontra
um diferente de zero, passa-se a determinantes de 39& ordem,obtxdos or-
lando asse determinante ngo nulo de 24 ordem com uma linha e unia coluna
Se todos esses determinantes de 34 ordem, em número de (m-2)(n-2), so
nulos, a caracteristica da matriz é 2, se no so, logo que se encon-
tra um diferente de zero, passa-se a determinantes de 4$ ordem, e assim
por, diante

Convm, ainda, para simplificar o cálculo, suprimir previa-


mente, na matriz, aquelas filas que se reconheça serem aombinaçes li-
neares de outras filas paralelas, ou filas de elementos todos nulos se
existirem,

Exemplo.- Determinar a caracteristica da matriz

O -1 O 3 5 2 -1

-1 1 O 2 4 3 1

-1 O O 5 9 5 O

4 -9 O 7 0-2 -9

A terceira linha é a soma das duas primeiras, a terceira co-


luna e nula e a ultima coluna e igual a segunda, logo, podemos supri-
mir a terceira linha ea terceira e ultima colunas,coin o que obtemos a
matriz:
-99-

EQUAÇES E FORMAS LINEARES

l GENERALIDADES - Chama-se equao linear, nas incógnitas x 19 X 2 , ....,


x, a toda equação da forma

a +ax +.,,+ax =b (1)


11 22 rim

onde a 1 ,a29 .,., a, b so nCunero,s dados, reais ou complexos.

A a1 ,a
29 a da-se o nome de coeficientes da equação; a
b o de t e rmo conhecido, ou melhor, o de t e rmo. 3independente da equação;
habitualmente, designa-se tambem por segundo membro da equação.

Quando o termo independente, b, e nulo, a equação linear as-


sume a forma
a + a + + a = O (2)
1 x1 2 x2
e denomina-se equa çã o linear homognea

Chama-se j!o da equaço (1) a todo o conjunto de n.num'e-


ros k1 , k2 , , k 1 tais que, fazendo x 1 = k1 , x 2 = k2 , , x= k5 ,a
11

equação se transforme numa identidade, isto , se tenha

a + a + + a = b (3)
1 k1 2 k2

Chama-se sistema de lineares, nas inoognitas x, x 2 ,


, x, a um conjunto de equaçes lineares da forma (1)
Um sistema de ,m equaces lineares nas inc&gnitas x 1 ,X 2 ,
x, tem, portanto, por forma geral

a x +a x +...+a )C = b
li, 1 122 lnn 1

a21x1 + 22
ax2 + ... + ax = b 2
2n n

a x +a x +...+a x = b
mi1 m22 mnn m
100

Cada coeficiente vem, como se v, afetado de dois índices: o


primeiro, indica a equação ,em que figura, e o segundo, indica a incg-
nita que ele multiplica. Assim, a e o coeficiente da incógnita x na
rs 5
equação r.

Evidentemente, alguns coeficientes podem anular-se e no ti-


gurarem,por conseqUnoia, todas as inognitas em algumas, ou em todas
as equaç&es.

Diz-se que um conjunto de numeros, k 1 , k2 , 6699,k , e


sistema
çao do si stema quando e solução,, simult&neamente, de todas as equaçes
do sistema, isto é,, quando se tem

a11k 1 + ak2 + • + a1 k = b1
1.2

a21k1 + a22k2 + + a2 k = (5)

a k +a k + +a k =b
ml m22 mnn m

Um sistema que admite ao menos uma soluço diz-se possível e


as suas equaçes dizem-se compatíveis, um sistema que, ao invs,nao ad-
mite solução alguma, diz-se impossível e as suas equações dizem-se in-
compatíveis
Um sistema linear, possível, é determinado , quando admite uma
unica soluço, e indeterminado quando admite mais de uma so1u90

As matrizes

a1 a e a11 l2 a1 b1
l2

a21 a22 . a2 a21 a a2

a a a52 a b
a 21 a mn
- 101 -

formadas: a primeira com os coeficientes, a segunda com os coeficientes


e os termos independentes, das equaç õ es do sistema (4), chamam-se, res-
pectivamente, matriz incompleta é matriz completa d e sse sistema.

Chama-se caracteristjca do sistema (4) à caractex4stica da sua


matriz incompleta.

2. C0MBINAÇ0 LINEAR - Dado um sistema de equaçes lineares:

fax +a x. +,..+a x = b
111 122 lnn 1
....................................... (i)
a x +a x+.., ~ a x = b
\ mil m22 mnn m
.
d iz-se que a equaç ã o linear:

a.x +a •+,,,+a x = b (2)


ri l r2 x 2 rn n r

unia combinaço linear das equaçes do sistema (i) quando ela se ob-
tm, a partir d1e, multiplicando-se ambos os membros da equações de (1),
respectivamente, porX., (no todos nulos) e somando-se
2
ordenadamente as equaçes obtidas.
Por virtudé dessa definiç ã o, os coeficientes
e o trmo independente. b da equaço (2) resultam dados pelas igualda-
des:
a1 = l&l1 +
+ 221 + m ml

a 2= + + +
À1 a12 À2 a22

a =À a + Xa + ,+
• •
rn. 1 l 22n mmn


b
r = Xb +Xb +....+Xb
.11 22 mm

Quer isto dizer que na matriz:


-102-

• a11 a12 ... a b


ln
a21 a22 ... a b2

a a •...a b
mi m2 mn rn.

a a. ..a h
• ri r2 rn r

a última linha uma comhinaço linear das outras, ou, o que é O ines-
.mo., as m+l linhas s ã o linearmente dependentes.

• Como se v, a no.ço de dependência ou independência linear


das equaç&es de um sistema corresponde, exatamente, a de dependência
ou independn'ia linear das linhas da matriz completa disse sistema.

3. Teorema.- Tda 5'01U de um sistema de equaçaes lineares satisfaz


a qualquer equação que seja uma combinação linear das e-
quaçes d e sse sistema,
• Seja, com efeito, k 1 ,k29 0., k urna soluço do sistema
isto , seja:
11k1 + a12k2 +' iri = b1
( a
.•, .......

1 a k +a k +.,+a k = b
mil m22 mn.n m

Multiplicando ambos os membros dessas identidades, respecti-


vamente, por X] , X2 ,.., X e somando ordenadamente, obtemos:

( Xa +a + + X.
Xa 1 )k1 + ( Xa + X2 a+ ,.. + Xa 2 )k2 +
1 12

+ ...+ ( ?. a + a + •.. + X a )k = X b + X b + •... + , b


• 1 l 22n • nmn n 11 22 mm

ou,a vista das igualdades (3),


a. k +a k +...+a k =b ,
ri]. r22 •• rnn r
103

igualdade pela qual se ve que a equação (2) admite a solução k 1 , k2 ,


..., k do sistema (i).

k SISTEMAS EQUIVALENTES — Sejam S e S 2 dois sistemas de equaçes li-

neares, com os mesmos nuineros de equaçes e


de incógnitas,, e suponhamos que as equaçes de S 2 são combinações, li-
neares das equaçes de S Entao, por virtude do teorema anterior,pode-
mos concluir que.:
Se o sistema S 1 possível, o sistema tambm o e e admite
2
a ou so1ues, que admite

Reciprocamente, se S puder ser deduzido por meio de combina-


çes lineares das equaçes de 5 e se for possve1 9 S 1 também o e
2 2
admite a mesma solução, ou soluções*
Pasto isto, chamando sistemas ejuívalentes aqueles sistemas,
pss{veis, tais que cada um deles :admite a soluço ou soluçes do ou-
tro, temos, como resultado desta analise, a seguinte proposiço

A condí2ão suficiente para que dois sistemas possíveis de e-


lineares sepam equivalentes, que cada um deles possa ser de-
duzido por meio de es lineares das equaes do outro

5 SISTEMAS DE N ES LINEARES COJ1 N INCÓGNITAS — Consideremos o


sistema de n e-
quaçes lineares com n inc&gnitas. .X 19 X 2

+ a 12x2 + + a1 X =
11 1

a21x1 + a22x2 + + a2 x = b2 (1)

oÕe000 GOO

a x +a x +.,+a x fl = b
ni 1 n2 .2 flfl In

Ao determinante de ordem ri
- 104 -

a11 a12 a3

à21

a a 2 a
nn

cujos elementos s ão os coeficientes das n incgiutas nas n equaçes do


sistema (1), -,dá-se o nome de determinante do sistema (i)

Multipliquemos as equaçes do sistema (i) respectivamente pé-


19s, complementos alg é bricos A1 Anr dos elementos
a da coluna r do determinante D e somemos ordenadamente as equa-
nr - -

çes obtidas; teremos:

(a •A + aA + + a• A )x .~ (a A + aA + + a A )x +
11 ir 21:2r nJ. nr 1 12 ir 22 2r n2 n,r 2

•+.0.
• ~ (a A +a A +.OG+a A )x +0.+(a A +A A 4
ir ir •2r 2r ar nr r in ir 2n 2r ,

+ + a A )x b A + b A + . •+ b
nn ar n 1 ir 2 2r h ar

Nesta equaç ão, o coeficiente de .x e ,, como sabemos, o prprio


determinante D. e os coeficientes das demais inognitas so nulos, de
modo que podemos escrever:

Dx =b +bA +.0,+bA
r 1 l 22r nnr

Ora, como logo se reconhece, o segundo membro desta equa çã o


o desenvolvimento do determinante Dr que se obtem de D substituindo
os elementos a a a da coluna x (que so os coeficientes da
,
ir. 2r nr ,,
-

incógnita X nàs ri equaçes do sistema) pelos t e rmos independentes


b b, respectivamente; temos, pois,
29
Dx = D com 1 = 1,2, . ri
r r
istO é,9
Dx1 = D19 Dx 2 D2 , , Dx = D (2)
105

cada urna destas equaçes sendo urna combinação linear das ê-


quaes do sistema (1), podemos afirmar que t o da soiuçao do sistema (i)
tambni e sõlu2a do sistema (2).

6 SISTEMAS NORMAIS REGRA DE CRAMER - Um sistema de ri equaç õ es linea-


res com n inctgnitas, cujo de-
terminante D é diferente de zero 9 chama-se sistema normal ou sistema de
CRAMER.
Suponhamos que o sistema (1) seja normal. Ento, no s o mente
t o da soluço de (1) é soluço de (2), como tambm, reciprocamente,tda
soluço de (2) e soluç ã o de (1), isto e, os sistemas (1) e (2) sgo e-
quivalentes.
Com efeito, substituindo no primeiro membro da equaço ± do
sistema (i) os valores de x 1 ,x2 9.., x dados pelo sistema (2) 9 obte-
mos:
D D
1 2 a 1
+ a -- + + a-- = -j-- a b 1A 11 + b2A 21 + +

+bA 1 +.,+bA )+a (bA +bA + .+bA + +bA )+


i a ai 12 1 12 2 22 i i2 fl n2

+ . é + a. (b1A1 + b2A 2 + + b.A. + + bA)).


,... ..
ii±í'i

A + +a A )+. +b (a A +a A + .+a A )+
i2 12 la in 1 ii ii i2 i2 in in

+ Dois +b(aA ~ a.A +3..+a A )


a il ai i.2 n2 in nn

Ora, os coeficientes de bl,b 2 s ã o to-


96 0 1 b19b+1,
dos nulos, e o coeficiente de b, é igual ao determinante D; logõ,

D D 2 +.,.+a D 1
a. 1 + a. = - bxD=b.,
ii i2-- in- D
-107-

tontos:.

x=-- =2, y= - =1 , z=-- =3

70 2bes.- 1) Se o sistema (1),é homogêneo, isto é, b 1 = b 2 =


= O, resulta D1 = D2 = = D = O., e portanto:

Um sistema de lineares , homog ê neas com n incgni-


tas e normal, é possível e determinado, admitindo a única solução x 1 =
= x = , ., x = O
2 ri

Por conseqncia.:

Se um sistema de n jes lineares honiogneas com ri incg-


fitas admite soluRges distintas da soluço nula x 1 = x2 = =
n.
o seu determinante.e nulo,

II) Se ,o determinante D e nulo, e um ao manos dos determi-


nantes D 11 D29 00.4 D e diferente de zero, naõ e possível satisfazer a
todas as equaçes do sistema (2), visto que, supondo-se, por exemplo,
D1 0, aparece a equação impossível 0x 1 =D 0,E como toda solu-
ço do sistema (1) o e do sistema (2), segue-se que o sistema (1)
possível,

Por exemplo, o sistema

x+y+2z=O
t x+y+3z=O
irnpssível, porque D = O, D 1, = -1, D 3 = O.

Se D = O e, almdisso, os determinantes D 1 , D,...,, D so


todos nulos, o sistema (2) escreve-se:

= O, Ox 0 ... , Ox = 0
-108-

4.

e por conseguinte e completamente indeterminado, sendo satisfeito por


todo conjunto de valores arbitrariamente dados as inc ó gnitas X1 , ,ó âõ
I

x. .Meste caso por em, nada pode dizer-se sabre o sistema (1), que po-
de ser indeterminado ou impossível,

Por exemplo, nos sistemas

(x + z = (X + 2y 3z = 2
{x+Y+z=2 e •4xy+2z=1
6x+3 - 4z.=5

temos D = 0 D1 D =' D = 04 e no entanto o primeiro é manifesta-


3
mente imposive1 e o segundo indeterminado (a terceira equa çã o con-
seqUnoia das duas primeiras)..

Uma discuss ã o completa desse caso será feita mais adiante,


com base no teõrema de R0UCHf-CÂPPELLI, que a se g uir vamos expor..

8 TEOREMA DE R0UCH-CAPPELLI - Sabre a resolu çã o de um sistema de e-


quaçes lineares fundamental o se-
guinte tèorema de R0UCH-CAPPELLI:

A condio necessaria e suficiente para que um sistema de e-


quaes lineares seja possivel, que as matrizes completa e incomple-
ta do sistema tenham a mesma caraõterstioa.

Consideremos •o sistema de equaçes• lineares:

+ 12 x2 + + a1 x
11 1

a21 x1 + a22x2 + ~ a2 x = b2 Ci)

O O 00*

a x +a x .+ ... + e. x = b
ml 1 'M2 , 2 '.. mli a ia

cujo niimero rn de equa&es pode ser maior g igual ou menor que o nume-
ro n de inognitas, e as suas matrizes incompleta e completa:
-109--

a12 a11 a12 ,. a1 b1


.11

A= a a ..,a , B= a a ,.a b
21 22 2fl 21 22 2n 2

a a..0a a a 300a .b
M1 m2 inn ml m2 nin m

a) A condiggo e necess&ria, Suponhamos, com efeito, que o


sistema (1) admite,, ao menos, uma so1Uç9o:

x = ki 9 9 x = k (2)
x2 =' k 2

e seja £ a caracteristica da matriz incompleta A Vamos, ento, provar


que também é r a caractex4stica da matriz completa E

Eis primeiro lugar, a matriz completa B no pode ter caraote-


risica menor que r, porque contam todos os determinantes: que podem ser
extraidos de A 9 eentre esses determinantes h. ao menos um de ordem r
no nulo.
Para provar que a . matriz B tem capacte4stica rbasta, por-
tanto, provar que so nulos todos os determinantes de ordem r+1 nela
contidos, os quais distiibu&m-se, evidentemente, em dois grupos, segun-
do são, ou no, formados com o concurso da coluna dos termos indepen-
dentes b19 b29 ..3, b3 Os do segundo grupo so todos nulos, como deter-
minantes de ordem r+1 da matriz A, e o mesmo ocorre com tdbs os do
primeiro grupo, como vamos mostrar, considerando um qualquer dles, por
exemplo, o seguinte:

a 11 a12 a1 b1

a21 a22 ... a2 b2

M=
a a a b
ri r2 rr r
a .a a
si s2 sr 5
— 110 —

Sendo os valores (2) uma soluç ã o dó sistema (i), temos

k + a + + a1 k = b1
ali 1 12 k2
,

+ ak2 + + a2 k =
21 1

a +a k +.,+a k b
mi. 1 rn2 2 um n m

e por conseguinte o determinante M pode escrever-se

a11 ,. a1 (a 1 + a12k2 + + a1 k+ + a1 k)
a12' li , k

a21 a22 a2 (a 1k1 + a22k2 + + a2 k+ + a2 k)

M = ... .............................

a
ri
a
r2
.Ga
rr
(a k +ar2k2 + +a k+.0 +a k)
rr r rn ri
ri 1

a a • a (a k +a k +, ~ a k+ +a k)
si s2 sr si .1 s2 2 sr r sn ri

A ultima coluna d e ste determinante sendo formada por po1in-


mios, cada um dos quais encerra ri trinos, pelo tebrerna da adiço de fi-

las,: temos:

M = k1 a12 a a11 + k2 a11 a12 a1 a12 + +


ir
a21 a22 a2 a21 a a2 a22

a à à • a.

a aa a a a a a
ri r2 i' r ri r2 rr r2
a a •.. a a a a
s2
•.. a
Sr
a
si s2 sr si si SP
+k a a ...a a +.,.+jç a a ...a a
r 11 12 ir ir ri 11 12 ir in
a a ...a a
2i 22 2r 2r a 21 a22 ... a2 a2

a a ...a a a a ...a a
ri r2 r.r rr ri r2 rr rn
a a ..a a a a ...a a
SI s2 sr Sr si s2 sr sn

No segundo membro desta igualdade, os r primeiros termos so


nulos, porque os.determinantes que neles figuram encerram cada um duas
colunas iguais, e o mesmo ocorre com os restantes r*r termos, porque
neles figuram determinantes de ordem r+l pertencentes todos à matriz
incompleta A com característica r. Logo, o determinante M e nulo e
fica provado que também é r a característica da matriz completa E.

b) A condição e suficiente - Suponhamos que as duas matrizes


completa e incompleta tenham a mesma característica r. Existe,ento, na
matriz incompleta A ao menos um determinante de ordem r no nulo.Eco-
mo podemos, sem qualquer restrição, alterar a ordem das rn equações do
sistema (1) e a ordem das ri incógnitas em cada uma delas,podemos supor
que seja diferentede zero o determinante formado com os coeficientes
das r primeiras inc6gnitas nas r primeiras equaçes do sitema
to e, que seja:

a11 ÇL a1
12

a. a ., a
21 22 2r
ax +ax +,.,+a x =b 1-a x -,,-a x
11 1 12 ~ ir r l,r+1 r+1 ir' n

+ ax2 + ... + a2rxr = b2 - a2,+ix+i_ - a2r'xr'

... .•.øo.o

x
a x +a x +..ó+a x =b -a rr+1 r-s.1 -.0 v -a x
r1.1 r2 2 ri' r r rn ri

e demos s n-r inegnitas que figuram nos segundos membros das equa-
çesdste sistema (3).va1ore arbitrros:

- x =k x =.k ,x =k
r+1 r+l ,
r+2 r+2 ,1 ri ri


•- Como o determinante dos coeficientes do sistema (3) 9 isto e 9
o determinante .N, ngo é nulo, podemos aplicar, na resolu çã o d e ste sis-
tema a regra de CRAMER, e obter os valores das r primeiras-incógnitas
x1x2, ••., x a saber:

x 1 =k1 x2 =k2 , .,,,x=k

Assim, dados as n-r incgnitas x•,x ,.. , x os valo-


- .r+1 r+2
res arbitrrios k r+1 , k , ..., k , resultam un i vocamente determina-
r+2 n
dos e por meio do sistema (3), os valores k1 ,k2 ,. ., k das r outras in-
ogttitas X 1 ,X29 .è., X.

Os valores.

X1 = kf x2 = .. x = k, X1 = k~ i ..,,
x = k(4)

que satisfazem, mánifestamente9 as r primeiras equaç õ es do sistema(1),


tambm satisfazem, como vamos provar, as demais n-r equaçes d e sse sis-
tema. De fato, consideremos uma qualquer destas n-r equaçSes, por e-
xemplo, a s4sima (s> r):

a x +a +,.. ~ a x =b (5)
sl ]. s2 x2 sn n s

e ponhamos:
-113-

k +a k +0+ak -b (6)
s si 1 s22 snn s

A •equação (5) será satisfeita pelos valores (1+) das inogni-


tas x 1 ,x2 ,. 0 , x, se provarmos que õ rttmero f nu10 Com. este esc-
po., tomemos o determinante de ordem .r+1 da matriz completa E:

a1, 8 12 a1 b1

821 a22 a2 b2

1 o 0, o è é 4 4,..:.,,

a a soá a b
ri r2 r.r r.
a a ,. ab
SI s2 s s

ste determinante é,nulo q porque, por hipotese, tambem e r a


oaracterlstioa da matriz completa B.
Como as r primeiras equaçaes dó sistema (1) são verificadas
pelos valores k1 ,k2 , k das incógnitas x ooí> g X, temos
1'x2 g

+ a12k2 + + a1 k = b1
11 1

a21k1 + a22k2 + + a2 k = b2

a k +a k++a k
ri .r22 rnn r

Por outra parte, de (6) deduz-se:

a k +a k +...+a ic
si]. s22 snn. f5 =b
s

Substituindo estes valores de b 1 ,b.2 ,..., b,b no determinan-


te nulo precedente., obtemos:
a11 a12 •.,. a Ir 1a11 k + a12k2 + o.. + ak — o)
a21 a22 a (a21 k + a22k2 + , + a2 k — o)
i... = O
a
ri
a •,.a (a k +a k + +a k -o)
r2 ri 1 r2 2 rn ri.
a 1 a 2 a (a 1k1 + a 2k + + a -f)

ou,deeompõndo o primeiro membro na soma de n+1 determinantes:

k1 a a12 a1 + + k a11 a12 , a 1 +


8-

a21 a22 a2 &21 a21 a22 a2 a2

...........................................................
a a :..è a a a & óa S
• ri r2 rr ri ri r2 rr rr,
a a a a a a a a
si s2 sr si si s2 sr sr

+,+ k a1 a1 a a + a a a1 O
11 12
a21 &22 a2 a2 a21 a a2 O

O
a a a a a a 0a O
ri r2 rr rn ri r2 rr
a aa a a a a
si s2 ar sri si s2 sr 5

Os r primeiros termos desta soma são nulos porque os deter-


minantes que neles figuram tem, duas colunas iguais, e os demais trmos,
excepto oi'iltimo, também saio nulos, porque encerram deterniinantesdeop-
dem r+1 da matriz incompleta A de caracberstioa r Por conseqftn-
cia, a 11 a12 a1 O
a21 a22 a2 O •

• 4•44 4à óó4,0 o óo o ô a o O
a a •,, a O
ri r2 rr
a a ,. a -?
si s2 sr 5
-115-

Desenvolvendo e ste determinante em relaço aos elementos da


ultima coluna, vem:
J'xN=O
s
donde, por ser N O,

o que prova que os valores (4) das incnitas, obtidos no modo indica-
do, satisfazem no só as r primeiras equaçes do sistema (i), como tam-
bm as n-i' outras equaçes, isto é , os valores () constituem uma solu-
ço do sistema (i).

9 DOS SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES - De harmonia com os en


sinamentos preceden-
tes, dado um sistema possível de ia equaç õ es lineares com n incogni-
tas:
a 1x 1 + a 12x 2 + , + ax b1
(

(1)
Ia x +a x +. 0 +ax =b
\ ml1 m22 mnn m

isto &, um sistema cujas matrizes completa e incompleta tem a mesma ca-
racterística r, para determinar sua soluço, ou soluçes, basta t.

a) Escolher um determinante ngo nulo de ordem r da matriz ia-


completa;
b) Considerar aquelas r equaçes e aquelas r incognitas cujos
coeficientes formam o determinante escolhido;
o) Resolver essas r equaçes, que s ã o independentes entre si,
em relaço asr incognitas, que resultarão assim expressas
como lineares das restantes n-r inc&gnitas,
d) Atribuir valores arbitrrios a essas n-r incosnitas e cal-
cular, os valores correspondentes das x primeiras, median-

te suas expresses lineares obtidas

Como as so1uçes do sistema (1) dependem dos valores de n-r


parmetros x ,..., xn , absolutamente arbitr&rios, diz-se que
r+l, xr 2~
- 118 -

obtemos a soluço geral do sistema proposto:

x (29-6z - 3u)

• (19+z-5u)

11. CASOS PARTICULARES - 1) Consideremos um sistema de ri equaçes li-


neares com ri inognitas

11 1 + a12x 2 + . + a1 x = b 1
1
( a
é o é- o o *.o o Ô.* o o o 6 o o a é o 6 o (1)
I ,• a x +a x
nu n22 +
0 +a x
nnn
b
ri
,

cujo determinante 1) e nulo.

No podemos, neste caso, aplicar a regra de CRAMER, e as i-


gua.ldades
Dç1 = ' Dx = 1)29 Dx = 1)

que obtivemos ao tratar dos"sistentas de •aBjes lineares com ri

c&gnitas", deixam ver que, se o. sistema (1)e poss.ve1 9 deve ser

1) =D ==D =0

Portanto, e condio nêoessrie para que um. sistema de nequa-


çZes lineares com n inegnitas com determinante 1) nulo, seja possível,
que sejam nulos todos os n determinantes D1 ,D2 , ,

- Esta CfldÇaO resulta, aiiÁs, imediatamente do teorema deROU-


CH-C.APPELLI, o qual mostra, alin disso, que semelhante condição, embo-
ra neoessria, nó.e suficiente para que o sistema (i) seja possivel.O
mesmo teorema demonstra ainda que, Se o sistema (1) à,possível 9 sendo
1) = 0, é ie admite uma infinidade de solugZes, porque a caracteristica
r da matriz incompleta é necessariamente menor que ri (r é, quando mui-
to, igual a ri-i)
119

Em resumo, quando D O, o sistema (1) ou e impossve1 ou


possível mas indeterminado. Logo:

Para que um sistema de ri lineares com ri incógnitas


admita uma Cinica soluco é neoess.rio e suficiente que o seu determi-
nante seja diferente de zero.

II) Consideremos agora uni sistema de n+1 equaçes lineares


com ri ineognitas:

a111 + a 12x2 + + a1 x = b1

+ a22 x 2 + + a2 x =
21 1
.................

a 11x 1 * a + c o a + a 1 ,x = b 1

Como a caraçterstica r da matriz incompleta não pede supe-


rar o numero n de incógnitas e a matriz completa e quadrada e de or-
dem n+l, o teorema de ROUCHE-CAPPELLI permite afirmar que

A eondiço necess á ria para que um sistema de n+lequaçesli-


neares com ri incgnitas sivel, 2 que se,ja nulo o determinante
.

da sua matriz completa.

Como se ve pelo enunciado esta condição no e suficiente 9 a


menos que a caracteristica r da matriz incompleta seja igual a ri

12 SISTEMAS DE EQUAÇOES LINEARES HOMOGÊNEAS - Consideremos uni sistema


de si equaçes linea-
res homogneas com ri incgnitas:

+ a12 x 2 + + a1 x = O
1,1 1

a X +a x +...+a X = O
,\ M1 m22 mnn
-121-

Com efeito, temos:

a 1k1 ~ a. 2k2 +...+a.k=O (j=1,2,...,rn)

Multiplicando ambos os membros de cada uma dessas m igualda-


des por j° ., obtemos:

a 1 (k1 ) + a 2 (fk) + + a(fk) = O

o que demonstra tese.


II Uni sistema de tg2Uoes lineares homog ê neas que admite as
duas soluçes
x 1 =k1 , x 2 =k2 , ,x =k

x 1 =k x 2 =k, ,x=k'

admite tambm a solução soma:

x k + kv , x 2 =k2 +k 9 1 x=k+k'

Com efeito, temos

a 1k1 + a 2k2 + + a = O

aa ikj + a 2k + + ajnk = O , (j

Somando ordenadamente t o das essas igualdades, obtemos:

a 1 (k1+ k) + a (k ~ k') + + a(k + k') = O ,

com j = 1,2,..., a, o que demonstra tese.

III. condiço necess.ria e suficiente que um sistema


de equaçes lineares homogneas admita so1uçes próprias, que a carac-
teristica da sua matriz incompleta seja menor que o numero de incgnites

a) A condiç ã o* necessaria - Com efeito, se as equaçes so


em nmero de m e as inc ó gnitas em nmero de n , e se o sistema admite
soluç&es próprias, a caracteristica r da sua matriz incompleta nao pode
ser igual a n, porque, ent ã o,, o sistema admitiria uma única soiuçao: a
122

solução nula. Logo, . e r < n.

b) . A condição e suficiente - Efetivamente, se a caracteris-


tica r da matriz incompleta do sistema e menor que n (r < n), ha n-r
incognitas a que podemos atribuir valores arbitrarios e, portanto, o
sistema admite uma infinidade de soluçes distintas da solução nula
Desta propriedade resultam os corolários seguintes

Corolário IQ - condição necessária e suficiente para que um


sistema de n equaç õ es lineares homogneas com ti incognitas tenha solu-
Çoes o determinante do sistema seja nulo

Dado, com efeito, o sistema

fa x +a x + +a x =0
1 111 122 lnn
.4 e

Ia +a x + .. + a x = O
nl x 1 n2 2 flfl fl

e necessario e suficiente, para que haja soluções próprias, que a ca-


racteriistica da sua matriz incompleta seja menor que n e portanto,que
seja nulo o determinante do sistema, isto e,

=0
a 1
a nn

Corolário 22 - Um sistema de equaç5es lineares homnogneas cujo

numero a de equaçes é, menor que o número ri de incognítas q admite sem-


pre soluçes prriás.

Na verdade, como a oaraoterlstica r da matriz incompleta no


•supera o nimero rn de equaçes (r,
-< m) •e, além disso, por hipótese,,
a < n, resulta r-< ri.

14 SISTEMAS DE N-1 EQUAÇÕES LINEARES H0M0GNEAS COM N INCOGNITAS-Seja


- 123 -

o sistema de ri-1 equações lineares homogêneas com ri incógnitas:

a x +.0+a x =0
11 1 +a12'2 ln n
ax 1 + a 2x 2 + 2n
... + a = O
21 n
.............
a x +a X +..+a x =0 ,
n-1 11 1 n 2 .n-1,n n

para o qual existem sempre soluções próprias.

Suponhamos que a caracteristica da sua matriz incompleta

a11 a a1

a21 a22

a a a,
n-1,l n-12 n-1,n

• seja ígaal a n-1 Então,, o sistema admite uma simples infinidade de so-
1uçes que nos propomos determinar.
Representemos por A 19 A2 ,..., A os determinantes de ordem
que se obtm da matriz incompleta suprimindo., respectivamente, a pri-
meira coluna, a segunda coluna, a n-sima coluaa; por ser n-laca-
ractertstica da matriz incompleta, esses n determinantes nao so todos
nulos.
Supondo, por exemplo, A 0, o sistema

a x +a X +. 00 +a x =-a x
11]. 122 ' l,n=ln-1 lnn

•. a x +a x +.. 0 +a x =-.a x
21 1 22 2 2,n-1 n-1 2n r. -

•0 O

2x2 + ..
+ a_1, 4- &_l,nX n _l = -
q1 1

normal, o resolvendo-o com a regra de CRAMER, teremos:


- 124 -

a .a -a x a a
li 1,i-1 1.n n 1 9 1+1 1,,n-1

a
21
.
'2, i-1 '2-n' n
a ,
2,. +•1 2,n-1
1
X. = .........., ..................... . 0....................... 000
i A
n
a ,. a.. • -a x a •.. a
n-i,.L n-1,i-1 n-i,n n-1i
,+1 n-1,n-1

Pondó em evidência o fator -x t comum a tødos.os elemento da


- n
coluna ± e transportando, a seguir essa coluna para p .uÏtirno lugar,o
exige n-1-i trocas sucessivas de colunas, o nevo determinante que as-
sim se obtem e preosaniente A, logo, podemos escrever

t-1
, n-1-i A (-i) x •
-(-x) = A

ou, por ser (-1) = (-1) ,

n1
-
(-i) x•.
n 1-1
X. A.
• A. 1.

Portanto, pondo
(_1)1 x
............n
A
n.

onde f e um numero arbitrrio, sendo tal a incógnita x , teremos


M.

= (i) 1 p A Ci = 1,2, ,

isto e
,2 = -p 2 x 3 =J)A 3 , X = (_ 1)'pA
1
ou seja . . .. .
x x
1 2 fl .
A1 - -A2 -
-i-)n-'A
- 125 -

Temos pois o teorema seguinte:


Quando a matriz incompleta de um sistema de n-1 equaçZes li-
neares homogneas com n incgnitas tem a característica n-1, as 00 so-
1uçes do sistema so dadas por todos os sistemas de nimeros proporcio-
nais aos determinantes de ordem n-1 que se obtm, da matriz incompleta,
suprimindo sucessivamente suas diferentes colunas, tomados estes deter-
minantes com sinais alternados.

Por exemplo, todas as soluçes do sistema

• 2x+5y+13z=0
6x-8y-7z=O

sao
-

1
y z

• 5 13 - 2 13 2 5
-8 -7 6 -7 6 -8

ou seja: •

69 92 -46

ou, mais simplesmente:


y z
3 4-2

Podemos ainda escrever:

= 3p , y = , z =

15. SISTEMAS DE N EQUAÇES LINEARES HOMOGNEAS COM N INCÓGNITAS

Seja o sistema de ri equaçes lineares homogêneas com nincg-


nitas:
fax +a x +,, 0 +alnxn =0
11 1 12 2

a X +a
\ n1 n22 rinn
-.126- .

e suponhamos. que sua matriz incompleta tem caracteristica n-1.

O determinante D do sistema e nulo, mas os complementos al-


gébricos dos seus elementos no so todos nulos Seja, por exemplo,di-
ferente de zero o: complemento algébrico A. do elemento a de D. En-
P5 P5 -
tio, a matriz formada com *s linhas 1,2,..ó, r-1,r+l, ,.., n do deter-
minante n tem caraotpristica n-i, como, nessa matriz, e (com as nota-
ções anteriores):
r+i
A.. = (-i) A Ci = 1,2,..., n
3.

resulta
(]) i_l (1)r+].
x= f Ari

ou
(-i). J) A..

r+1,
j,'
ou, mudando .f por (-1)

x=JA (i=1,2, ,n)

isto e,, . ., .
.x. . .. x.
A A A
ri r2 rn,

Temos o teorema .eguinte: .


Quando um sistema de n equaçes lineares homoSêneas com n in- .

tem caracteristica n-1,00. dadas por 2S


os sistemas de ninieros proporcionais aos complementos alCebrícos dos e-
lementos de urna linha qualquer do determinante do sistema, desde ques-
ses complementos algebricos não seam todos nulos ,

16 FORMAS LINEARES - Dadas as ri variaveis x 1 , x 2 , 04,09 X, chama-se for


ma linear, nestas n variaveis, a expresso

= a1x1 + a2x 2 .+ ... + a


- 127 -

onde a1 ,a2 ,...,a, denominados coeficientes da forma, sao ri nCtmeros da-


dos, reais ou complexos.
Os primeiros membros de um sistema de equaçes lineares sgo,
por conseqnoia, formas lineares nas incógnitas do sistema.
Uma forma linear diz-se idntioamente nula quando so nulos
todos os seus coeficientes a 1 ,a29 ..., a.

Se a forma linear (1) assume constantemente o valor zero pa-


ra qualquer conjunto de velares atribuídos as vari.veis X 1 ,X 2 ,..03 X 1

ela idntioamente nula Com efeito, se fsse, por exemplo, a1 O, a-


tribuindo as variáveis os valores x 1 = 1 9 x 2 = O, , x = O, a forma
(1) assumiria o valor no nulo a1 , contra a hipótese.
Duas formas lineares nas mesmas variaveis dizem-se idntioa-
mente iguais, quando ,são iguais os coeficientes das mesmas variaveis
nas duas formas
manifesto que duas formas lineares idnticamente iguais as-
sumem constantemente o mesmo valor para qualquer conjunto de valores a-
tribuidos s variaveis A recíproca verdadeira, porque, se as duas foi-
mas lineares
y = a1x 1, + a + + a
2 x2
e
z=b1x1+b2x2+

gozam desta propriedade, sua diferença, isto a forma

= y - z = (a 1- b 1 )x 1 + (a2- 'b )x + • + (ah_ b)x


2 2

assume sempre o valor zero, e por conseguinte é a1 = b 1 , a2 = b2,


a =b
n n
A um conjunto de formas lineares, em certas variaveis, d&-se
o nome de sistema de formas lineares.

Seja o sistema geral


-128-

•y1 =a11x 1 + .a12x2 + +

Y 2 = a21x 1 + a22x 2 + + a2 x (2)

y =a x +a x + +a x
m mil m22 lnnn

de m formas lineares nas n variaveis x 19 x 29 , x

Àmatriz

a11 a12 a1

a21 a22 a2
A

a
&m2 mn

da-se o nome de matriz do sistema e a sua oaraterstioa o de caracte-


ristica do sistema
A cada forma corresponde, na matriz A, uma linha, a cada va-
rive1, uma coluna

17é FORMAS LINEARMENTE DEPENDENTES E INDEPENDENTES - Diz-se que a for-


ma linear (1) e u-
ma combinação .linear - das rn formas lineares (2), quando existem rn ni-
meros, reais ou complexos 9 ?v' , X, tais que idnticamente,
isto e, para qualquer conjunto de valores atribuidos as variáveis x 19 x2 ,
•, x se tenha:
y + X y + + X
=1
Se uma das formas (2) e urna combinação linear das restantes,
as formas (2) dizem-se, entao, linearmente dependentes,,No caso contra-
rio 9 dizem-se linearmente independentes Em outros trmos, As ia formas
lineares y dizem-se linearmente dependentes , quando e pos-
1 y2 l
sivel determinar ni n(uuerosX 1 , X29 , ), no todos nulos,tais que
129

se tenha idntiownente:

lyl + y + = O ()
+

Na verdade, se esta relação tem lugar para qualquer conjunto


de valores atribuidos as variaveis x 1 ,x29 .., X, e eO, por exemplo,
4 O, dividindo ambos os membros por X, e pondo

=' - = 3' "" -

resulta:
+ y '
= 2'2 +
isto'é l a forma y í e uma combinaço linear das formas Y29Y39o9Ym

Reciprocamente, se as formas (2) são linearmente dependentes,


e vale.., por exemplo, a relação (4), temos

+ O(y2 + + ... + cty = O

isto é, tambni tem lugar a relação (3).


As si formas lineares y19y29,.., so linearmente indepandm-
m
tes, quando ngo é possivel encontrar rn nCtmeros X19 X2 *C9 flO to—
dos nulos, tais que tenha lugar idnticamente a relação (3).

18, PROPRIEDADES DAS FORMAS LINEARES - 1. A necess ária e su-


ficiente para que as si formas
lineares do sistema (2) linearmente dependentes e que a caracte-
ristica da matriz A disse sistema seja menor que rn.

a) À SMÊRE e necess á ria.- Suponhamos, com efeito, que e-


xiste, entre as formas (2) 9 a identidade (3) 9 isto é, que as formas (2)
são linearmente dependentes. Então, no primeiro membro de (3),devem ser
separadamente nulos os coeficientes totais de cada uma das variaveis
x 19 x,,,, x, isto e, deve ser:
-130-

a111 + a21 2 + ° = O

a1 + a22 2 + • + a 2 ) e 0 (5)

a
in 1
+a X
2n 2
+.,.,+a
.mn), m
=0

Resulta dai que o sistema de n equaçoes lineares homogêneas


com rn inoognitas x19 x2 ,..0,x:

a x +ax +.,+a x =0
111 212 mi m
(6)
a x + a x + + a x =0
121 222 m2 m.

a x +a x + 0 ...+a x =0
mi 2n.2 mnm

satisfeito pelos valores no todos nulos X 1 , x '''' incg-


nitas., e por conseguinte a caracterist.ica r da matriz A do sistema(2)
menor que o numero rn de formas.,

b) A io suficiente.,- Efetivamente,' se a caraàtersti-


ca.r da matriz A do sistema (2)` menor quem, podemos satisfazer ao
sistema (6) com valores no todos nulos das incógnitas, isto é, subsis-
tem as relações (5) e, por consequnoia, tem lugar a relação (3) Lo-
go, as rn formas (2) são linearmente dependentes.,

• II. Se o número de formas lineares é superior ao número deva-


riveis, elas so, necessariamente, linearmente dependentes.•

Com efeito, se n-< m, a característica damatriz A é9 neces-


sriamente, menor que rn e, portanto, as formas (2) sao linearmente .de-
pendentes.
Por conseqf1ncja:
As formas lineares independentes com n vari&veis no podem ser
em numero maior Sue n.
-131-

III, Se a matriz A do sistema (2) tem caracteristica r.< m,h


nesse sistema r formas linearmente independentes, e as restantes ni-r
formas so oombinaçes lineares delas.

Com efeito, por ser r a caracteristica da matriz A,entre os


determinantes de ordem r nela contidos h, ao menos um, no nu1o.Eco
mo e Iiõito, sem qualquer restriao, alterar a ordem das m formas li-
neares (2) e a ordem das ri variaveis cm cada uma delas,podemos su-
por que o determinante

a 11 a12 a1

a
a 22 2r

a a ,.,a
rl r2 rr

formado pelos coeficientes das r primeiras variaveis nas r primeiras


formas (2), seja diferente de zero.
Ento, as r formas y1,y2,..., y so linearmente independen-
tes, porque, se nao o fossem, a caracterstica da matriz dessasr for-
mas seria, pela propriedade anterior, menor que r, e por conseguinte O

determinante D seria nulo, o que é contra a hiptese.

Por outra parte4podémos satisfazer o sistema (6 ) dando va-


lores arbitrrios.I Xr19 .S incógnitas
r+2"° Xm
e determinando depois os valores dap,incógnitas x 19 X
' 9
..,, x. Tomando-se, por exemplo., Xrl ' r+ = O,.,., X. = O a
relação (3) fica:

+ X2 y2 + + o
- 'r+1 =

isto e,
1 y1 + Xy + +
r+l - X

o que prova ser a forma y 1 uma combinação linear das formas y1, 2
'" 'r' Resultado aniogo para as formas
'r+2' ' r+3" ° ' m'
-l32-

NÚMEROS COMPLEXOS

1 PRELIMINARES - Há problemas que, em todo o campo real, no admitem


soluço, assim, nao existe nenhum número real que
verifique a equaço
x2 =-a,
com a numero real positivo, e, de modo mais geral, a equação
n
x --a,
com ri numero inteiro par e a numero real positivo.
São também impossiveis, em todo o campo real, o problema que
consiste em elevar um numero negativo a uma potncia cujo expoente
uma tração (irredutivel) com denominador par ou cujo expoente e um nu-
mero irracional, e o problema da determinado do logaritmo de um nime-
ro negativo
A necessidade de levantar tais impossibilidades teve como re-
sultado o ampliamento do campo numrLoo com a criaçõ de novos entes a
que GAUSS deu ø nome de nuineros complexos

2 IO DE NÚMERO COMPLEXO -.Dá-se o nome de numero complexo ato-


do par ordenado (a,b) denunierosrea-
is satisfazendo as seguintes condiçes
i) Dois nu meros complexos (a,b) e (c,d) so iguais,escreven-
do-se
(a,b) = (od),
quando e somente quando a = o e b = d
Uma igualdade entre numeres complexos equivale portanto a
duas igualdades entre numeres reais0
Desde que ngo sé verifiquem as duas condições a = o, b =
os nivaeros complexos (a,b) e (o,d) dizem-se desiguais ou diferentes,
»aem que se estabeleçam. os conceitos de maior que e menor que,esoreven-
do-se (a,b) (c,d)
133

A igualdade de números complexos goza das propriedades:


a) reflexiva: é (a,b) (a,b)
b) sim é trica: se (a,b) = (c,d) . (c,d) = (a,b);
o) transitiva se (a, b) = (c,d) e (c,d) = (e,f) é (a,b)(e,f)

Do número complexo (a,b), a e b so os seus elementos: a pri-


meiro elemento e b segundo elemento

2) Chama-se soma de dois números complexos (a,b) e (c,d) o


número complexo (a +c, b+d), escrevendo-se:
(a,b) - (c,d) (a+c, b + d)

Como habitualmente, define-se ainda a soma de mais de dois nu-


meros complexos - somam-se os dois primeiros, ao resultado obtido soma-
se o terceiro e assim sucessivamente
Reconhece-se imediatamente que se tem, para n finito qualquer

(a, b) = ( a, 9 - b)

- A soma de números complexos goza das propriedades:

a) uniforme se (a,b) = (a 19 b1 ), (o,d) = (c 19 d1 )e(a,b)+(c,d)=


= (a1 ,b1 ) +

b) comutativa (a,b) + (c,d) = (c,ã) + (a,b)

o) associativa: ( (a,b) + (c,d)) + (e,f) =

3) Chama-se produto de dois números complexos (a,b) e (c,d)


o número complexo (ao - bd, ad + bo), escrevendo-se:

(a,b) x (c,d) = (ao - bd,ad + bc)

O produto de mais de dois números complexos definè-se como ha-


bitualmente - o produto obtido multiplicando os dois primeiros fato-
res, o resultado obtido pelo terceiro e assim. sucessivbmente,
O produto de núineros complexos goza das propriedades.:
a) comutativa: (a,b)x(c,d) = (c,d).x(a,b);
b) associativa ((a,b)x (o,d)) x (e,f) = (a,b)x( (c,d)x(e,f)),
o) distributiva: ((a,b)+(c,d.))x(e,f) = (a,b)x(e,f) +(.c,d)x
x

O produto de n fatores iguais a (a,b) chama-se potnoia n-


simade (a,b) e representa-se por (a,b). Completa-se essa defini-
çao pondo (ao)1 = ( a,b) e (a,b)O = 1.

4) Um nCimero complexo (a,b) e idntioo ao numero real a so-


mente quando 'b 0.9 isto ó ,
(a,0) = a

Em particular
(1,0) = i , (0,0) = o
O numero (1,0) denomina-se unidade real.
As condições 1,2 9 3 e 4no contraditorias e independentes
entre si, servem de estrutura a teoria dos niínteros complexos Ao con-
junto de pares ordenados de numeras reais que elas determinam da-se o
nome de campo dos números complexos ou, simplesmente, campocomplexo

3 PRODUTO DE UM NÚMERO COMPLEXO POR UM NÚMERO REAL

Das condiçes 3 e 4 resulta que

(a,b) x m = (a,b) c (m 9 0) = (am,bm),

isto é, o produto de um n. umero complexo por um numero real obtem-se inui-


tiplicando por este os seus dois elementos

4 UNIDADE IMAGINÁRIA -o numero complexo (o,i) chama-se unidade una-


__ e representa-se comumente pelo simbo-
lo i, devido a GAUSS
Temos, pelas definições 3,e 4:

(0 9 1) x (o,i) = (—i,o) = - 1
isto é,

(0,1)2 = 1 , = -
135

Dai o escrever-se habitualmente: i =% rT

5. LEI DAS POT ÊNCIAS DE i - O cálculo das potências de ± de expoente


superior a 2 não oferece dificuldade 1 bas-
tendo levar em conta o valor -1 de ±2 é a propriedade associativa do
produto, pois, desta forma, obteremos sucessivamente:
.3 .2.

.4 2.2
3. 11

.5 .4
1=1.1=1

.6 .5. .2

.7 .6.
3. =1.1=-].

Êstes resultados deixam ver que as potncias de i se reprodu-


zem peridicarnente de quatro em quatro a partir da quinta potência.
Em geral, para n qualquer, inteiro e positivo, temos, sendo
q e r , respectivamente, ó quociente e o resto da sua diviso por
4(r =0,1-,2,3), n = kq + r donde
n4+rkr ( 4) q r 1qrr

e portanto
ise r=O
ise r=3.
.n .4q-i-r
-1 se r=2
-i se r=3

Dali a seguinte regra: Para determinar o valor de uma potncia


qualquer de í t basta dividir é expoente da pot ê ncia por 4 e elevar ±
pot ê ncia indicada pelo resto da diviso.

Por exemplo,
.127 .4 x 31+ 3 .3
1 = 3. =1 ].
- 136 -

6 FORMk BINOMIAL DOS NÚMEROS COMPLEXOS - Da definição 3 resultas.

(b,o) x (0 9 1) = (o,b)

ou seja, atendendo que (b,0) = b e (0 9 1) = 1

(0,b) = bi

Por outra parte, a vista da definição 2, temos

(a,b) = (a,0) + (0,b)

isto e, todo nimero complexo se pode decompor na soma de doLs outros,


um com o primeiro, o outro como segundo elemento nulos
Por oonseqflncia, sendo (a,0) = a (definição 4) e (0,b) = bi,
resulta:
E (a,b) = a +

expresso que define a forma binomial ou forma algbrioa do numero com-


plexo (a,b)
À parcela a da-se o nome de parte real do complexo, a par-
cela bi o de parte imagin.ria e a b o de coeficiente de i

Os números complexos da forma bi denominam-se imagin.riospu-


ros e são um caso particular dos complexos, resultante de se anular a
parte real, do mesmo modo, os nimeros reais podem ser considerados um
caso particular dos complexos -aquele exa,que b - O
Com esta nova forma de esórita dos numeros complexos, as de-
finiços 1, 2, 3 e 4 podem enunciar-se respectivamente .assim:

1) condição necessaria e suficiente para que dois numeres


complexos sejam,iguais que o seamas suas partes reais e os coeficien-
tes da unidade imaginaria, isto ép para que

a+bi=c+di

deve ser a = e e b = d
2) A soma de dois números complexos faz-sé de acordo com as
mesmas regras validas para os nunieros reais, isto e, como se i. fosse um
137

numero real, ou seja, com simbolos:

(a + bi) + (c + di) = (a + o) + (b + d)i

3) O produto de dois números complexos faz-se de aordo comas


mesmas regras validas no campo real, havendo somente que substituir
por -1, isto é, com simbolos:

(a + bi) x (o + di) = (ao + bdi2 )+(ad+bo)i=(ao-bd)+(d+bo)i

4) O produto da unidade imaginária • pelo ntmero real O (isto,


pelo ni'imero complexo (o,o)) vale O, como se ± fosse simbolodeum nu-
mero real, ou seja,
a + Oi= a

7 NORMA E MÓDULO DE UM NUMERO COMPLEXO - Chama-se norma de um numero


complexo a+_bi,e represen-
- - 2 .2
ta-se com a notação N(a + bi), o numero real nao negativo a + b.

O numero, também real e no negativo, +V' . a2 +b2 , denomina-


se modulo ou valor absoluto do rimero complexp a + bi e indica-se
com a notação 1 a.+ bi 1.

Temos, pois:
2 2 1 2 2
:N(a+bi)=a +b a+bi 1.=+y a +b

O modulo gozada seguinte propriedade importante

condiço necessária e suficiente para que um numero comple -

xo seja nulo, que o seu modulo o seja.

Com efeito, se e (a,b) = O, isto e, (a,b) = (0 9 0) será a=O,


b = O e por conseqtIncia:

reolprooamente, se $í a2 4. b2 = O , será necessariamente a = O,b = O


e por conseguinte (a,b) = O.
- 138 -

8 OBSERVAÇES - i) Quando um número complexo se reduz a sua parte real,


o seu modulo coincide com o que, no campo reTai,se cha-
ma tanibm modulo ou valor absoltito, de fato, se

b=O,temos a' 1

2).0 modulo de um imaginário puro e o valor absoluto do coe-


ficiente de i, isto Ó9 1 bi 1 b=1b1

3) Para um numero complexo a + bi valem as .relações

1 ai la+bi 1 9 b 1 a+bi 1

9 NÚMEROS COMPLEXOS CONJUGADOS - Dois numeres complexos dizem-se con-


jugados quando tem partes reais i-
guais e os coéficientes da uri -idada imaginária são ,números simetricos
Assim, a + bi e a - bi so numeros complexos conjugados Diz-se que
o segundo complexo econjugado do primeiro e reciprocamente Uni numero
real e conjugado de si mesmo

Os complexos conjugados gozam das seguintes propriedades im-


portantes
1) Dois numeres complexos o onj2gados tem a mesma norma ej por-
.

tanto,o mesmo mdulo.

Imediato (A reciproca e falsa)

2) A soma e o Eroduto de dois nctrneros complexos uga dos


so niimeros reais respectivamente iguais ao dabro da parte real comum
e a norma comum

Na verdade, temos

(a+bi)+(a-bi)=(a+a)+(b-b)1=2a
(a+ bi) (a bi) = (a 2- bi2 ) + (ab - ab)i = a 2 + b2

3) Reciprocamente, se dois niimeros complexos 9 no reais, tem


para soma e para produto nurnero.s reais, ;les s ã o conjugados.
139

Com efeito, sendo

(a+bi) + (o + di) = (a + o)+(b+d)i


(a+bi)(o+di) = (ac - bd) + (ad+bc)i

devera ser, pelas hipóteses feitas:

b+d=O , ad+bc=O
donde
d=-b,b(o-a)=O
e, como b O, sera a = e, isto e,. a + bi e o + di so complexos
conjugados.

4) Se um complexo & igual ao seu conjugado, ele reduz-sea sua


parte real e reciprocamente.

De fato, se .a.+ lxi. =.a - lxi, resulta b = -b, isto, b 0


e vice-versa. .

5) O conjugado da soma de dois n ú meros complexos é igual .so-


ma dos conjugados das parcelas.

Efetivamente, considerados os números complexos a + bi e o + di,


temos:
.(a+c)-(b+d)i=<a-bi)+(c-di)

6) O conjugado do produto de dois ncinieros lexos é igual ao


produto dos conjugados dos fatSres.

De fato, considerados ainda os nu meros complexos a + bi e


o + di, temos
(ao - bd) - (ad + bc)i = (a - bi)(c - di)

10. NÚMEROS COMPLEXOS SIM É TRICOS - Chama-se oposto ou simtrioo do nu-


mero complexo a + bi, õ numero com-
plexo a-bi cujá soma com a+bi í`$uàli a zero.
Dois complexos simtricos tm a mesma norma e, portanto,omes-
mo modulo. .
- 140 -

O sirntrico do oomplexó nulo e o complexo nulo e um imagina-


rio puro e conjugado do seu simtrioo.

11. SUBTRAÇO•DE NÚMEROS COMPLEXOS - Chama-se diferença de dois n-


meros complexos a + bie o +. di,
e representa-se por (a + .bi) -(c + di), ao número complexo soma de
a + bi (diminuendo) com o simtrico de e +di (diminuidor)

Temos,. pois:

(a + bi) - (o + di) = (a + bi) + (-c - di) = (a-o)+(b-d )i

Assim, a diferença de dois nctmeros complexos pode ser obtida


de acrdo com as mesmas regras v1idas para os números reais, isto é9

como se ± fsse uma quantidade real.

E facil ver que a definiço dada coincide com a do campo real,


ou seja, que o complexo diferença e aqule cuja soma com o complexo di-
minuidor é igual ao complexo diminuendo. Efetivamente., temos:

(a - c)+ (b-d)i+ (c + di) = (a.-c + o) + (b - d d) i,= a+bi

Dois complexos conjugados, relativamente a sua diferença,


gozam das seguintes propriedades

1) A difer en ga de dois n ú meros complexos conjugados e um i-


maginario puro,igual ao d o bro da parte imaginaria do diminuendo

De fato, temos:

(a+bi)-(a-bi)=(a-a)+(b+b)i=2bi

2) O conjugado da difePen 2 a de dois ncimeros complexos e i-


gual a difere n ça dos conjugados do diminuendo e diminuidor.

Efetivamente, considerados os nCuaeros complexos a + bi e


o + di, temos

(a - o) + (-b + d)i = (a - bi)-(o - di)


141

12. NÚMEROS COMPLEXOS RECÍPROCOS - Teorema - Dado um número complexo


qualquer a + bi, nao nulo, ha sem-
pre um e um so número complexo cujo produto por a + bi é igual a 1.

Seja, com efeito, x + yi o complexo a determinar, se existir,


nas oondiçes do enunciado. Ser:

(a + bi)(x + yi) = 1
ou
(ax - by) + (ay + bx)i = 1
donde
ax-by.=l, ay+bx=O,

sistema que admite uma única .soluço(por hiptese, a e b no so con-


juntamente nulos):
a -b
2 2 2 '
a+b a+b

o que demonstra o teorema.


Por conseqüência :
a-bi
X+y1=
a+b

A asse número comp1exo 1 cujo produto por a + bi é igual a 1 9


da-se o nome de inverso ou reciproco de a+bi, e representa-se pelo
1
simbolo , como para os números reais.
a + bi
Temos pois:
a-bi
a + bi 2 2
a+b

O reciproco de a + bi é, como se v, igual ao quociente do


seu conjugado pela norma que lhe corresponde, e resulta de multiplicar
os dois termos da fração a bi pelo conjugado do denominador.

Por exemplo,

1 3-4i 3-4i 3-4i


3 +4i (3+4i)(3-4i) - 9 + 16 25

0 reciproco de um complexo nulo não existe,


- 142 -

13. DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS - Sejam a + bi e o + di dois nme-


ros complexos e o + di O • Cha-
ma-se quociente de a + bi (dividendo) por o + di (divisor), e repre-
senta-se pelo simbolo ° + , ao produto de a + bi pelo recipro-
co de o i- dh

Temos pois, atendendo a observação anterior

a+bi1 . c - di (a,+bi)(c-di) -
e + dl - a + bi, o + d -- (a + bi) 2
2 - e2 +d 2 -

ac+bd bc-ad,
= + 1
22
e+d 2
c.+d 2

formiila que exprime a regra da divisão de dois nCuneros complexos Por


ela se v que, praticamente, o quociente se obtem multiplicando os dois
termos ,da fraço pelo conjugado do denominador.

Por exemplo,

3+5i _(3+5i)(2+3i) -9+19± 919.


2-31 4+9 - 13 13 131

lê POTNCIAS DE EXPOENTE INTEIRO DOS NUMEROS COMPLEXOS - Definimos an-


teriormente
• potncia de expoente inteiro e positivo de um nimero complexo a + b3.,
• potncia de expoente inteiro ene gativo-n de a + bi define-se, como
no campo real mediante a .relação:

1.. , (a+biO )
(a+bi) =
(a+bi)

15 REPRESENTAÇÃO TRIGONOM É TRICA DE UM NiMERO COMPLEXO - Consideremos


o numero com-
plexo a + bi e seja r o seu modulo:

r=+a2+b2
143

Como os valores absolutos de a e b no ãao maiores do que


r g as raz o es -- .e - nao so, em valor absoluto, maiores do que

Por outra parte, sendo


2 2
a b
= 1,

existe um ângulo f? , determinado a menos de um múltiplo inteiro de 21t',


tal que
a b
cosC , — = sen Çf

donde
a = rcos4 $ b = rsen4 (i)

Substituindo no complexo a bi esses -valores de a e b vem


.a igualdade
r (vos & + isen(

cujo segundo membro constitui a forma trigonomtrica ou normal do n-


mero complexo a + bL -.

O angulo q? (definido a menos de um múltiplo inteiro de 21T )


chama-se argumento ou anomalia do nimero complexo a + bi0 Ao valor
de f que fica compreendido entre O e 21T chama-se determ i na ção prin-

cipal do argumento ou argumento positivo mínimo; e sempre asse va- ,

lor que seconsjdera quando as necessidades do clouloflo impaemocon-


trrio.
A ( = O (ou (P 2k7F, com k inteiro positivo ou negativo)coi-
respondem nCmeros reais positivos e a =T( (ou '4' =(2k+l)lt) nivaeros
reais negativos, isto :

a = a(cosO + isenO) = a(co.s2k1- + isen2kTr), a > O

a = i a I(cosjr+isen1t) = 1 a I(cos(2k+1)1+ isen(2k+l)lt),


a

A '4 = 4- (ou (()= j- + 2k1Í) e a '4'= ~ !-


(ou p = + 2kT)
- 144 -

correspondem ni'imeros imaginarios puros, isto e

bi = b(cos Tr + isen = b (aos( 2.. + 2kTt) + isen( + 2kTÇ )),

b ---- O
bi=I b (aos + isen ~)=IbI(OOS(r+ 2k1T)+1sen(-+ 2k10),

b
Em particular:.

1 = coso + isenO = cos2kTr isen2klT


-1 = eosjt + isenit = oos(2k+1)Tt + isen(2k+1)T(

1 COS + isen ir = aos ( + 2k1T)+isen( + 2k?C)

= aos isen = cos( + 2k1T )+isen( 2 i + 2k1t)

Na pratica e cniodo determinar o argumento pela relaç ã o

tg

que resulta de dividir ordenadamente as relaç õ es (i) Mas esta re1aço 9


isoladamente, ngo basta a determinaç ã o de (p ,
sendo preciso juntar-lhe
uma das (1)
Um n u mero complexo de modulo r e argumento ( designa-se a-
breviadamente com um dos s.mbo1os:

rpourL

usados mui freqüentemente nos livros de E1etrioidade.

16 EXEMPLO - Escrever sob a forma trigonomtrioa o complexo -1 + i

Por ser a = -1 e b = 1, resulta

r ='
(-.1)2 + 12 y- , tgp
donde
31t ou (9= 7lt --
- 145 -

Como, porem
aos = = - < O ,

(= 4 e, por eonseqtIncia:

-1 + ± = 'f (cos + isen =

17. REPRESENTAÇÃO EXPONENCIAL DE UM NÚMERO COMPLEXO - Por ser (fórmula


de EULER):

cosp +isen( =e ,

a igualdade
a + bi = r(cosp + isenç)
transforma-se na seguinte:

a + bi = re , ou: a + bi = e logr+ip

cujo segundo membro se denomina reprentao ex nencial do número com-


plexo a+bi.

18, RELAÇÕES ENTRE OS MÓDULOS E OS ARGUMENTOS DE COMPLEXOS IGUAIS -

Consideremos os nGmeros compiexos,por hipotse iguais:


a + bi = r(cosq + isenp )
a'+ b'i = r' (aos p'+ isenq')

Temos então, a = a 9 , b = b', ou seja:

roos Y = r' aos


(1)
rsen( =

Quadrando e somando ordenadamente as igualdades obtidas, te-


remos:
2 2
r =r'
donde, atendendo que r e r' so nmeros positivos:

r=r'

As igualdades (1) ficam, portanto:


146 -

cos( = cos', sen.p= senp'


donde

onde k e um inteiro quL1quer, positivo, negativo ou nulo.

Rectprooamente, se
r=r', (p=(p'+2krr 9

os números complexos a + bi e a ' blí sao iguais 9 como imediatamente


se reconhece, Logo:
A cono i çgo necessria. e suficiente para que dois números com-
plexos-sejam iguais, e que sejam iguais os seus modulas e que os seus
argumentos difiram por um múltiplo inteiro de 21t.

19. RELAÇES ENTRE OS MÓDULOS E OS ARGUMENTOS DE COMPLEXOS CONJUGADOS

Sejam os números complexos, por .hiptese conjugados:

• a + bi = r(oos( + isenp )

a' + b'i = r'(oos(9' + isei(9' )

Temos, ento, a = a', b = -b', ou seja:

.rcos(9 = r.' aos (Ç'


Ci)
• rsen(9 = -r'sen(9'

Quadrando e somando .ordenadamente as igualdades obtidas, te-


remos:
• 2 2
• r
donde, os mdulos: sendo números positivos:
r=r'
As igualdades (1) dio, portanto:

005 (9 = cós (9', sen (9 = - sen (9'


ou
cos = aos (- '), sen (9 = sen
donde
2k 1T
ou
= 2k1t
-147-

Recprocamente, se valem as relaçes

r = r' , ' P+ Q' = 2kTt


se tem, como conseqncia: a = & e b = b'. Logo:

A condição neessaria e slficiente para que dois numeres com- .

plexossejam conjugados, e que os seus m&lulos sejam i guais e que a so -


ma dos seus argumentos sena um múltiplo inteiro de 21T

Pode-se, tomar, em particular, ' = - com o que fica sa-


tisfeita a condição p + ( 2k1r $ visto que k pode ser nulo0Assim,
o conjugadodo nimero oomplexõ r(cos(+ isen'f) pode escrever-se
r( cos(-)+ isen (-<) ou r(cos isen p .

20 RELAÇES ENTRE OSMDULOS E OS ARGUMENTOS DE COMPLEXOS OPOSTOS

Sejam os complexos, por hipótese, opostos:

a + bi= r(cos9+ isen)


a' + bi= r(oos( + isen)

Temos, ento9 a = - a', b = - b', isto :

rcos = - ricos'
rsen( = - r'sn(p'

Quadrando e somando as igualdades bbtidas, teremos:

r2 = r 2

donde, como h& pouco,


r=r'
e,portanto:
cos(9 = - cos(', sen(= - sen(9'
ou
CO:S( cos (lt+ sen(9= sen (1T+pv)
donde
q'- (lt+ p) = 2k

ou
'-'r (2k +
- l+8 -

Reciprocamente, se valem as re1açes:

r = rt, f= ( 2k +

se tem9oomo conseqt!ncia: a = -a',e b = -b' Logo:


A condiço necessaria e suficiente para que dois nCuneros com-
plexos sejam opostos, e que os seus modulos sejam iguais que os seus
argumentos difiram de IT , a menos de um multiplo inteiro de 21T

Assim, o numero complexo oposto de r(cos p + is6n p) pode ser


escrito r( cos(ir + q) + isen (11 + (4)) ou - r(cosq' + isen

21 MÓDULO DE UMA SOMA OU DE UMA DIFERENÇA DE DOIS NÚMEROS COMPLEXOS

Dados dois numeros complexos

a1 + b1i= r 1 (cos 91 + isen

a2 + bi r2 (cos 2 + isen

a sua soma ou diferença

a+ ba. = (a 1 + b i)+ (a2 + b2 3.) = r(oos+ isenq)


1

e determinada pelas igualdades

rcos(p= r1oos 1 + r200s


2
rsen= r1sen 11 r2sen 4 2

que, quadrando e somando, nos do:


• 2 2 2.
• r = r1 + r + 2r1r2 oos(
-. 2

Como -1 cos( podemos escrever:

2 • 2 2 + r 2 + 2r 1r2
r1 + 2 - 2r 12
r r

OU
2 2 2
(r 1 - r2 ) r (r 1 + r2)
- 149 -

donde
- 1 < r r + r2

isto é,, o modulo da soma ou da diferença de dois ncimero.s complexos


ca compreendido entre a soma e a diferença, em valor absoluto,dos seus
módulos,

2. MÓDULO DE UMA SOMA DE VÁRIOS NÚMEROS COMPLEXOS - Vamos provar que o


modulo da soma de
vrios nCmeros complexos no supera a soma dos m&ïulos das parclas

A propriedade sendo como acabamos de ver,. verdadeira para 2


ni'imeros complexos, basta mostrar que será para n+1 complexos seofr
para n Sejam r 1 ,r29 , q ,, r, r os mdulos de ni-1 nCuneros com-
plexos, R o mdu10 da soma dos n primeiros e R 1 o modulo da so-
ma dos n+l nCuneros complexos.

Teremos:
R R +r e R r+r +..--r
n+l n n+]. n 1 2 n

e, portanto:
R r +r +,,,+r i-r
n+l 1 2 n n+l

23 MÓDULO E ARGUMENTO DÊ UM PRODUTO DE NCJMEROS COMPLEXOS-Consideremos


os dois na-.
meros complexos:
• a1 + b1 = r 1 (cos+ isen( )

a2 + b 2 i = (cos (4 + isen SO

Multiplicando-os, vem:

(a + b1 i)(a2 + b2i) = r 1r2 ((cos 9 1 cos( - sen( 1. sen() + i(cosen+.

+ sen ( 1 cos = r 1 r2 ( cos( + iser(


+ •
se a 3 + b 3i = r 3 (cos 9 3 + isen P3)
-150-

um terceiro número complexo, prova-se facilmente que o produto dos


trs complexos a1 + b 1i,a + b2 i, a+b 3i i

(a+ b 1 j)(a + bi)(à 3 +b 31) = rr2r3 ( oos( + 3 )+ isen(

+(p 3 ))

Urna formula análoga vale para , produto de um ntmero finito


qualquer n de numeres complexos, isto u:

(a1 + b1 i)(a2 + bi)...(a + bi) = r1•r2 .. .r( cos(


+ 2
.9 +
° 0+

+isen + eo+()), (i)

de modo que se pode enunciar. o teorema:

O produto de vários ncunero.s complexose um numero complexo


que tem, para modulo o produto dos mdulos dos fatoras e para argumen-
to a soma dos argumentos dos fatores.

• Como se v, mantm-se entre o modulo do produto e os mdu-


los dos fatores a mesma reiaço que no campo real.

24ó CONDIÇÃO PARA QUE UM PRODUTO DE NÚMEROS COMPLEXOS SEJA NULO

Suponhamos que o numero complexo produto ( segundo membro de


(i)) seja nulo; então, e nulo o seu modulo isto é, r 1r2 0, 0r =.
mas, para que um produto de nCuueros reais seja nulo . preciso que, ao
menos,urn dos fatores o seja; logo, deve haver, ao menos, um modulo r.
= O. Por outra parte, aquele complexo de modulo. r. = O e nulo; logo,
se produto e nulo, um dos fatores,, pelo menos, e nulo.

A reoprooa també m é verdadeira; com efeito,. se um dos fat-


res do primeiro membro de (i) é nulo,, a. +bi= O, o seu modulo nulo,
r. =0, e por conseguinte o produto r r •.* r nulo.; logo, o comple-
1 . . 12 n
xo produto é nulo.
Temos, pois o teorema:
-151-

condiço necessria e suficiente para que um produto de n-


meros complexos seja nulo, que um, ao menos, desses nmeros o senao

25 MODULO E ARGUMENTO DO QUOCIENTE DE DOIS NÚMEROS COMPLEXOS

O reciproco do nCimexõ complexo no nulo:

&+ bi r(oos+ isenp)

tem para modulo, -- e para argumento —P

Na verdade, o produtos

r(oosp+ isenp) x -- (cos (—(p) + isen(-'Ç) )

como imediatamente se reconhece, igual a 1. Logo:

1 1
oos('-) +sen (_(p)
r(oosÇ + isen y)

Pasto isto, como o quociente :_: de dois ,números. comple-


xos e,,por definição,, o produto (a + bi) ----, segue-se que:

O quociente de dois numeros complexos tem para modulo o uo-


ciente dos mdulosdo dividendo e do divisor e para argumento a diferen
ia entre os argumentos do dividendo e do divisor .

26 FÓRMULA DE MOIVRE - Seja r(cosp+ isen9) um numero complexo qual-


quer no nulo e n um nuinêro inteiro e positi-
o
A potencia
( r(cosCp+isenp))

por definição, um produto den fat6res iguais base e, portanto,pe-


lo teorema do produto, temos:

1 ( r(cosp+ isenp))T1 = rnôosp+ isen)


1
152

Essa fórmula também vale para um expoente inteiro e negativo


n = - ri' (ri'> o).

Com efeito,

• sri 1 1
ir(cos4+ 1. senp)) = =
(r(cosq isenÇ )T r (oosn'p + isenn'p )

-n' isen(_riv(Q))
=r ( oos(-n') +

ou seja
))fl
(r(cosq + isenp = r(cosnp + isenn( )

Assim, a formula (1) vale para qualquer expoente n inteiro,po-


sitivo ou negativo, e manifestamente tambmm, para n = O Ela temo nome
de f ó rmula de MOIVRE e permite enunciar o teorema:

A potnoia n-sima (inteira, positiva ou negativa) de uni nu-


mero complexo, no nulo, 2 um ni'iniero complexo que tem para mduio a p0-

tncia n-esima do seu , mo dulo e para argumento o produtopor n do seu


argumento

27 RAIZ DE UM NÚMERO COMPLEXO - Dado . o nCunero coniplexo

a+ bi = r(cos(P+ isen'p), (1)

chama-se, como nó campo real, raiz n-esima (r inteiro e positivo ) de


a + bi, e representa-sé por um dos símbolos:
1
a + bi ou (a + bi) (pot ência de expoente -- ),

todo nimero complexo x , + yi tal que (x + a + bi.

- A condição necessria e suficieite para que

x + yi = P(cos G + isen 9)
seja raiz n4sima do complexo (1) e, manifestamente:
p" (cosnG + isenn) = r(cos+ isenW)
-.l53

isto éq

=1' n=+2k1r,

k sendo um nG.mero inteiro positivo, negativo ou nulo,

Destas relaçes tiramos:

designando por a raiz aritmtica (real e positiva) n-sima do n-


mero. real e positivo r, pois .P deve ser real e positivo.

Reciprocamente, todo numero complexo que tenha modulo e ar-


gumento dados por essas duas formulas la,tal que:
)fl
(f(cos 9 + isen =r(cos( + isen)

Será pois:

,.J r(cosW + i senÇ ) =V-r , (oos


nn + 2k Ir, 9+ 2k ir
isen - )

Se a diferença k" - k' for um mItip10 inteiro (positivo ou


negativo) de n, isto é, 9

= jri + k

mostra a igualdade
+ 2k" IT P + 2k B' +
n n

que aos valores k k' e k = k" corresponde a mesma raiz. As raízes


distintas encontram-se pois entre aquelas que se obtem dando a k os
valores 091929 , n-1 E estas 5a0 realmente todas distintas porque
dois quaisquer dos seus argumentos:

_f... 1. • . 1L 9 ,0.+j + (n - l)
do uma diferença inferior a 2Tr e no podem portanto apresentar con-
juntamente o mesmo seno e o mesmo cosseno.
Dai o seguinte teorema, devido a MOIVRE (1737):
A raiz n-esima de um número 221plexo no nulo r (cos'p+ isen'Ç)
tem ri valores distintos, todos dados 221a formula:

+
(cos + isen ) , (k = 0,1,2 9 ...n-1)

conhecida habitualmente pelo nome de frmula de MOIVRE generalizadaS

28. OBSERVAÇ Ã O' - Se x + yi e uma raiz n-sima de a+bi, temos:

(x+yi) =a+bi ,

isto

nn n-2 2 n n-4 i 1 n n-1 n n-33


(»x y + ( 4 )x y _... j- + i.( 1 )x y-( 3 )x y +

+ } = a+bi,

donde
n n n-22 n n-44
x -( 2 )x y +( 4 )x y

n n-1 n n-3 y3 + ( n n-5 5


5 )x
( 1 )x y-( 3 )x y- ...=b

Os nCimeros x e y que definem uma raiz n4sima da a + bicons


tituem uma soluço real desse sistema de duas equações algébricas degrau
n com duas incógnitas x e y. O que precede demonstra pois que asse sis-
tema de equaçes admite ri soluções reais e distintas, se a e b no são
conjuntamente nulos.,

Em certos casos particulares pode-se efetuar a resolução do sis-


tema Seja, por exemplo, achar, pelo calculo anterior, as raizes quadra-
das do numero complexo a + bi.

Teremos:
-155-

(x+yi) =a+bi
ou
x +2xyi-y2 =a+bi.
donde
x 2 - y2 =a , 2xy=b (i)

Qtadrando e somando essas equaçes, obtemos


222 2 2 2
(x y)=a +b =r
~

2 2
ou, como x +y e positivo:
2 2
x +y =r

Combinando esta equaçã o por soma e subtraç ã o com a primeira


das equaçes (l) 9 ;vem:
2 r+a 2 r
' '
2 2
donde
_ r
x 2 ' '±V
Por ser 2xy = b, o produto tem o sinal de b e por conse-
qttencia as duas raízes quadradas de a + bi s ã o dadas pela f ó rmula:

+ Lj- )

se b O, e pela fornula
+S
( -
)

se b<O.

29. POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL DE U1 NÚMERO COMPLE X O -Definimos an-


teriormente a
pot ê ncia de expoente L (ri inteiro e positivo) de um nmero comple-
xo a + bi A potncia de expoente --, com n = -ri' (ri' inteiro e
positivo), de a, + bi, define-se pela igualdade:
- 156 -

1
n 1
(a+bi)
=
(a+bi)

Demais, d á -se sentido à operaço de elevaç ã o de uni nmero com-


plexo a uma potnoia de expoente racional, positivo negativo, --on-
:u

(+bi) =((a+bi) )

30. RAÍZES n-SIMAS DE UM NÚMERO REAL •- Seja a um numero real. Se a


positivo (a >- 0) 9 temos:

a a(oosO + i seno)
e por conseqttncia suas raízes n4sinias obt e m-se pela formula

n 2k Tr 2k ir
+ isen = 01,2,...,n-l)

Reconhece-se imediatamente que essa f ó rmula fornece valores


reais s o mente quando
2klT
sen— =0
n

isto é q quando k = O ou k= - No primeiro caso obtemos a raiz n-


&sima aritmtica de a e no segundo caso, que só ocorre para n par, ob-
temos a. raiz aritmtioa com sinal trocado.

Se o número real dado a e negativo a < o), temos:

a = 1 a 1 (oosTt+ isenir)
e por conseguinte suas raízes n4simas obt em-se pela f ó rmula:

VT oos (2k
+ i)it + ien _2~J (k = 0,1,2,...,n-)

Para que resulte real um dos valores dados por essa f o rmula
preciso e basta que
sen (2k +
— =0,
n
- isto e , que 2k + 1 seja múltiplo de n, Como, por é m, k < n-1, isto,
2k + 1 -<, 2n-1, devera ser 2k + 1 = ri, o que sc possível para ri ímpar.
- 157 -

sntao, vem
k = = -

Assim, dentre os ri va1ç'es da raiz n4sima de um numero


a, h a s o mente duas raízes reais se a é positivo e n par, uma ú nica raiz
real se n e ímpar e a positivo ou negativo, e nenhuma raiz real se
negativo enpar.

Qualquer potncia de expoente inteiro e positivo de um nume-


ro real sendo sempre um numero real, nenhuma das raízes n4sirnasde um
numero que não seja real, pode ser real,

31. RAIZES n-SIMAS DA UNIDADE - Em particular, a formula.:

2klT 2kTt , (k = O,1,2.,,..,n-l)


Xk = cos -. + isen .

da-nos as n raízes n4simas da unidade positiva: x ,x1,X2, ..., X1


que so todas complexas, exceto a raiz x = 1 e, quando n e par,a raiz
o
x, - 1 Temos ainda, para as raízes n-esimas da unidade positiva,
a forma exponencial.- e 2IdTi
(k = 0,1,2,... n-l)

32 PROPRIEDADES DAS RAIZES DA UNIDADE - As raízes n4simas da unidade


gozam de propriedades impor-
tantes que a seguir vamos estudar..

1 - As raízes complexas n-es da unidade são, duas a duas,


conjugadas

Sejam, .com efeito., as duas raízes.:

2kfl 2k1T
X =cos - +isen
n fl

.
2(n-k)1T +isen 2(n-k)ff
X =oos- n
n-k n
-158-

2k1t 2kfl 2kTr


x = cos(2r - ) + isen (2 2k'it
- - ) = cos - - isen - =
n-k n n n n

= conjugado de Xk

II - T&la potnoia, de 'expoente inteiro, de uma raiz n-esima


da unidade e ainda raiz n-sima da unidade

Seja a raiz Xk e o número inteiro e positivo rn. Temos:

(x = ( xf = m =

Seja agora um expoente inteiro e negativo m =


Temos-.

mn-iu'n 1 1 1
(x k ) = (xk ) = = 1
iii' n - =
(xk) 1

III - As n raízes n4sintas da unidade são as potncias, de


expoentes 0,1,2,.,.,n.-1, da raiz que tem para argumento 2Tr/n, x1 =
005 2TT/n+ isen 2Tr/n.

Com efeito, pela fórmula de MOIVRE temos, para k = 0 9 1 4 2...,


n-1:

(oos2'rr- + isen - ) = x
2kTr . 2kTr 2 T k k
x = cos -- +
k n n n n 1

IV - O produto e o quociente de duas raizes n-esinias da uni-


dade são ainda raízes n-sirnas da unidade.

Consideremos, com efeito, as duas raizes x e Xq ; pela pro-


priedade anterior 9 temos:
=
x • x = x.x
p q 1 1 1

que e, pela propriedade II, a raiz n4sima da unidade.

Analogamente:
- 159 -

=
x :x =x:
p q

que, pela mesma propriedade, e raiz n4sinia da unidade.

- A soma das pot ê ncias ,de expoente m das raizes n4simas da unidade
e igual a ri se rn e multiplo de n e e nula se si. não e niultiplo de t

Com efeito, por ser Xk = x (Propriedade III), temos:

n-1 n-1 nm -

S= 2: m km O ni (n-l)m 1 x1 o
x = - x =x +x +.,, ~ x = =
m
k .1. 1 1 1 1 m
k=O k=O 1-x 1 1-x1

Se in no é múltiplo deri., 1 e por conseqttnoia S=O;


se rn e mt1tiplo de n, temos x = 1, o denominador 1 - x anula-se e a.
o
fraç ã o assume a forma indeterminada . Mas, neste caso, as parce-
las de S so todas iguais ` unidade e portanto s = n.

33, RAÍZES PRIMITIVAS DA UNIDADE - Se Xk4 sendo raiz n-simá da uni-


dade, no e raiz da unidade correspondente a nenhum Ifld-
cc inferior, diz-se queXk e uma raiz primitiva de índice ri da unida-
de.
Por exemplo, + i e -i, raízes quartas da unidade, so raí-
zes primitivas de indice quatro da unidade.

VI - Se. Xk euma raiz primitiva de 1.ndice nda unidade, as


potnci as deXk de expoentes 0,1,2 9 ..., n-1, so asnrazes n- e simas
-

da unidade. Com efeito, todos os t e rmos da sucesso:


0 1 2 n-1
, . . .
X
x x x

so raizes n4simas da unidade, visto como


(x)nl = (x) = 1 = 1 (o j n - l)

Por outra parte, sendo ri o número de t e rmos dessa sucessgo,


-a propriedade ficara demonstrada se provarmos que os seus termos 5a0 te-
160

dos distintos. Na verdade, o são,,porque se no o fôssem g, haveriam dois


inteiros h' e h" (suponhamos h'> h"), - ambos menores que n,tais que

h h" h'-h"
x x ou:
x
e 1 portanto,
x seria raiz da unidade de índice h'- W 1 n,, isto
no seria raiz primitiva de índice ri da unidade, õ que e contra
e9

a hiptese.

VII - condiç ã o ne-cess&riae suficiente para que xa raiz


primitiva de índice ri da. unidade -que k seja primo com n

á) A condiç ã o é necess ária,-,> - Suponhamos, com efeito, que


raiz primitiva, isto e, que nao existe nenhum numero m < n tal que

2klr 2hT
- (h inteiro< ia)
n n

ou dividindo ambos os membros por 2l(

k h

o que exige, como oondiço de necessidade, que a fraço seja irre-


dutível, isto ee, que k seja primo com ri

b) A condição é uficiente. - Com efeito, se k é primo com ri,


a fração & e irredutível eo argumento L no pode ser igual -a
outro argumento com denominador menor; logo,
x - raiz primitivas

34. NÚMERO DE RAÍZES-PRIMITIVAS DE ÍNDICE n DA UNIDADE Resulta ime-

diatamente des-
ta propriedade que o numero de raízes primitivas de índice n da unida-
de igual- ao numero de inteiros primos com n e menores que no
numero indica-se com ,o símbolo 4(n) e chama-se indicador de GAUSS

- - -- - Na teoria dos números prova-se que o numero (n) dado pe-


.- 4
la formula-(ineluidaa unidade): -
1
= nQ. - -)(i
p q,. s

onde p,q, , s São os fatores primos de ri maiores que 1

n=.p. q .,s

Em particular, se ri e um numsro primo, todas as raizesn-si-


mas da unidade (exceto i) so primitivas de indico n

VIII - A9 raízes n4sjmas do uni número complexo qualquer


01= r(oosp + isen p), podem obter-se multiplicando uma delas, , pe-
las raizes n-sinaas da unidade, Xk (k = 0 9 1,2, , n-1)

Com efeito, os ri produtos (3 x, (x1,


, (3 X são numeros com-
plexos que elevados .a potnoia de expoente ri do um resultado igual a
a pois
)fl=(
((x X. =

Por outra parte, esses produtos sendo todos distintos, visto


como x, x 1 , , x 1 so as raizes n-esimas da unidade, são por ccii
seguinte as ri raizes n-esimas de O

Tomando, por exemplo,

r= / 7(cos - + isen - )

vem
S/&T =/F(cos i + isen )xk, (k=0,l,2, ,n-1)

Se Xk for raiz primitiva, ser:

= %i' (cos + isen 1 ) x 091929 , n-l)

Em particular, para um numero real a, temos

rTX , (k = 0,1,2, , n-l)

se a>0, e -
se a<0.

Se Xk for raiz primitiva, será;

V_a= x , (j = 0,1,2, , rt—i), a> o

r= V­ 1 ai (aos !-. + isen -a-) x


a< O

Assim, as raizes n-esimas de um numero real positivo obtêm-


se .multiplicando a sua raiz arztinetioa n-esimd pelas raizes n4simas
da unidade positiva ou pelas potências de expoentes , n-1 de
uma raiz primitiva de indice ri da unidade positiva

35 REPRESENTAÇ Ã O GEOM ÉTRICA DE UM NUMERO COMPLEXO - Entre os pontos


- de uma reta ori-
entada e os n(rnerosreaispode-se estabelecer uma correspõndncia per-
feita ou biun.vooa, isto. , a cada ponto da reta corresponde um, nime-
ro real e um s, e reciprocamente. Entre os pontos de uni plano e os
numeras complexos pode-se tambem, como vamos ver, estabelecer uma cor-
respondncia biunvoca isto e, a cada ponto do plano corresponde um nci-
mero complexo e um s, e reciprocaniente

Tomemos, num plano orientado, dois eixos coordenados retan-


gulares x'Ox e y'Oy, tais que (Ox,Oy)= + -
de de comprimento escolhida
f, e seja ua unida-

A todo nimero complexo a+bi corresponde um ponto Mdo pia


no cujas projeçes ortogonais A e B sobre x'Ox e y'O', respectiva.-
mente, são tais que OA = a e OB b.

Reciprocam ente, a todo ponto M do planó correspondê umnme-


ro complexo a + bi tal que, se A e B são respectivamente as proje-
çes de M sobre .x'Oxe sabre y10.x se tem OA = a, OB = b0
Diz-se que M é o ponto representativo, a imagem ou o indice
do numero complexo a +bi que, por sua vez, denomina-se afixo do pon-
toM.
Em particular, os pontos do eixo x'Ox são as imagens dos nu-
meros reais e os pontos do eixoy'Oy as imagens dos imaginrios puros,
em outras palavras, os numeros reais são .os afixos dos pontos do eixo
x'Ox e os imagin.rios puros os afixos dos pontos do eixo yOy. Dai o
eixo x'Ox denominar-se eixo real e o eixo ZIO eixo

Observemos ainda que as imagens de dois numeros complexos o-


postos so simtricas em relaço origem O dos eixos e que as imagens
de dois nimeros complexos oonugados so simtricas em relaço ao eixo
real x'Ox, e reciprocamente

Ao plano onde são ,representados os numeros complexos da-se o


nome de plano de ARGÂND ou plano de ARGAND-GAUSS

366 VETOR REPRESENTATIVO DE UM COMPLEXO' - Reconhece-se imediatamente que


a todo ponto M do plano cor-
responde um vetor de origem O e de extremidade M, reciprooamente,a to-
do vetor de origem O corresponde um ponto M. extremidade desse vetor.
-l6-

Se M a imagem do número complexo a + bi, diz-se que OM e o vetor


representativo desse n(imero complexo..

Aos numeros reais correspondem vetores que tem por, suporte


o eixo real e aos imaginarias puros vetores que tm por suporte o ei-
xo imaginário.
A representaço geometrica dos numeros complexos por pontes
do plano de ARGAND pode portanto ser substituida pela representaçao por
vetores do mesmo plano.

37 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO MODULO E DO ARGUMENTO DE UM NUMERO COM-


PLEXO.

Temos, no triângulo retangulo 3AM


= +
OA + = a2 + b2 ,

isto e,
OM =V a2 + b2

Assim, o modulo do numero complexo a bi e igual a medida


do segnento geomtrioo OM (em relaço a unidade de comprimento u), ou
seca, a distancia da sua imagem M a origem O dos eixos Podemos tam-
bm dizer que o modulo de a+ bi e igual ao módulo do seu vetor re-
presentativo OM
E manifesto que a. totalidade dos numeros complexos de mesmo
modulo r tem suas imagens sabre uma circunferência de centro na ori-
gem dos eixos e raio r
Quanto ao argumento de a + bi vamos mostrar que é igual ao
angulo (Ox,OM) = (definido a menos de um muitiplo inteiro de 21r) da
semi-reta positiva Ox coma semi-reta OM que passa pela imagem M de
a + bi.
Com efeito, sendo a e b as projeçes ortogonais do vetor OM
,sobre os eixos x'Ox e respeotivániente, temos:

a = icos (Ox,OM) =%Ta2+b2 cos


- 165 -

b = 6cos(Oy,OM) r!/ a 2 + b2 cos(Oy,OM)

Por outro lado,

(Oy 9 0M) = (Ox,OM) * (Ox,Oy) + 2klt + 2k Ir


-

Por conseqtZncia:

OOSq= a , _____
1' 22 , senq = oos(Oy,OM)
ya +b T 2 2
ya +b

igualdades que demonstram ser o ângulo ' =(Ox,OM) (definido a menos de


um múltiplo inteiro de 21) o argumento do numero complexo a +bi

38 INTERPRETAÇÃO GEOM É TRICA DAS OPERAÇ5ES SOBRE NUMEROS COMPLEXOS

a) Adição. - Consideremos os dois numeros complexos

a1 + b1
1 a2 + b 2 1

e sejam OA OA os seus. vetores representativos.


2
Construamos o vetor A 1M e- y
qflipolente ao vetor 0A 2 Vamos provar
que OM e o vetor representativo da
À
soma dos dois complexos considerados
Com efeito, projetando ocontornoOA,M
-166-

teremàs
pr.OM=a1 +a2 , pr.=b1 +b2

Assim, OM e o vetor representativo do número complexo(a- a +


(b1 + b2 )i, que e a soma dos dois números complexos considerados
Para construir o vetor representativo da soma de vários nú-
meros complexos, constroi-se primeiro o vetor representativo da soma
de dois d1es, em seguida o vetor representativo da soma de um terceiro
numero com plexo e da soma dos dois primeiros, e assim por diante

A construção do vetor OM mostra que e, em todos os casos:

1 OA - A1M t OM 0A1 + A 1M

ou
0A1 - 0M 0A1 + 0A 2 ,

isto e, o modulo da soma de dois nunieros complexos fica compreendido en-


tre a soma e a diferença, em valor absoluto, dos módulos das parcelas

b) Subtração - Sejamos numeros complexos

a1 + b1 i, a2 + b2 i

representados pelos vetores 0A1 e OA, respectivamente


Por ser

(a1 + b1i)-(a2 + b 2 i) l + b1 i) +

+ (- a 2 - b2 i)

/ no há mais que construir o vê-


A2 tor representativo da l soma dos

o X
e-a-b
2 2i

Aí Ozetor representati-
vo de -a2 - b2 é o vetor OA
oposto do vetor0A2 . Portanto,
- 167 -

construindo o vetor AM equipolente ao vetor 6, ser. 5if o vetor , re-


presentativo da diferença dos dois complexos considerados

o) Multiplicaço - Consideremos os numeros complexos

a1 +b1i = r 1 (cos'91+ isen9 1)

= r2 (cosW 2+ isen 2)
2 .2

representados pelos vetores 0A 1 e 0A 2 , respeôtivamente.

Seja K o ponto do eixo


real x'Ox da abcissa unitria,
(i = + 1) Liguemos K a extre-
maaade de um dos vetores, por
exemplo, 0A e construamos so-
21
bre OA um trianguio OA M seme-
lhante ao triangul: 02 de :o-
do que o lado OA , seja homologo
de OK. Vamos provar queOMe o -
X': O X
vetor representativo do produto
dos dois números complexos con-
siderados Coa efeito, temos:

(Ox,OM) = (0x 9 0A 1 ) + (OA,OM) = (Ox, 0A 1 )+(Ox, 0 A2 ) = (PÍI. P2

Por outra parte, da semelhança dos triangulos OKA 2 e OA 1M,re-


sulta:
0A2
OK
0A 1 OM

donde - - -
OM =OA xOA .=r
-168-

Assim, o vetor representativo do numero complexo

r1r2 { o( 'P 1 + isen(


+

que e o produto dos números complexos coniderados

Para construir o vetor representativo do produto de vrios


numeros complexos, oonstroi-se primeiro o vetor representativo do pro-
duto de dois dles, depois o vetor representativo do produto de um ter-
ceiro numero complexo e do produto dos dois primeiros, e assim por
diante.'

d) Divisao. - Sejam os nCimeros. complexos

a + h i = r (cos 'P + isen 9 )


l 1 1 1
a2 + b2 3. = r 2 (cosq 2 + isen

representados pelos vetores OA e 0A 2 , respectivaxtiente


Marquemos, como ha pouco,
•sobre o eixo real xVOx o ponto K
1 -
de abcissa unitaria, e construamos
sabre o segmento OK um tringulo
A2
011K semelhante ao triangulo 0A 1A2 ,
\\ /\ de modo que o lado OK seja homo-
logo de 0k Vamos provar que OM
X' O K X e o vetor representativõ do que-
ciente de a1 + b1 i por a2 +b i
2
Com efeito, temos

(Ox,OM) = (OA29 0A ) = (Ox,OA) * (Ox,OA) =

Por outra parte, da semelhança dos triângulos OMI( e 0A 1A2 ,


resulta:
OK OM
0A2 0A1.
- 17). -

CONJUNTOS LINEARES

1 PRELIMINARES O conjunto dos numeros reais e qualquer um de seus


subconjuntos (tais como o conjunto dos números intei
ros, o conjunto dos numeres racionais, etc.) denominam-se conjunt o 1i-
neares, porque, a todo numero real, considerado como abcissa, se pode
fazer corresponder s6bze uma reta orientada, na qual tenha sido fixa-
da uma origem e estabelecida uma unidade de medida linear, um ponto, e
um so, da reta, e reciprocamente. Por virtude ainda da biunivocidade
desta correspondncia, habitualmente confunde-se a imagem com o sinal
e diz-se,indiferentemente, o numero real a ou o ponto a

Lembraremos que, para o conjunto dos nimeros reais,va].em as


duas importantes propriedades seguintes:

1) Dado um numero r-eal,qualquer¥ existe sempre uma infinida-


de de numeros reais maiores (menores) que ele, e entre dois numeros
reais diferentes a e b, com a< b, pode-se sempre intercalar quan-
tos numeros reais se queira, maiores que a e menores que b

2) Separados todos os numeros reais em duas classes no va-


zias A e B tais que todo numero real esteja incluído em A ou em B
e todo numero ­ a de A seja menor que todo numero b de B,existe sem-
pre um determinado numero real x - que é ou .o maior dos nimeros de A
ou o menor dos nmeros de B - tal que todo numero menor que x perten-
ce a classe A e todo numero maior que x pertence a classe B O nume-
ro x denomina-se elemento de separaço das duas classes A e B A to-
da diviso dos nimeros reais em duas classes A e B nestas oondiç6es
da-se o nome de seço (ou corte, ou talho) no campo (conjunto) dos nu-
meros reais

2 INTERVALOS - Dados dois números reais a e b, sendo a< b, chama-se


intervalo fechado de extremos a e b, e representa-se
(segundo PEANO) pelo símbolo a i—i b, o conjunto de todos os numeros
- 172 -

reais x tais que a x b • Cada um dos nCimeros x diz-se pertencente


ao intervalo e quando seja a < x <'b diz-se que x e interno ao in-
tervalo.

Se o. extremo a (ou b) nao faz 'parte do intervalo, este diz-


se aberto a esquerda (ou aberto a direita) e representa-se por a —4 b
(ou a P— .b). os extremos a e b no fazem parte do intervalo, s-
te diz-se aberto e representa-se por a— b

Em qualquer caso, os ni.meros a e b dizem-se, respectivamen-


te, extremo inferior (ou extremo esquerdo) e extremo .superior(ou ex-
tremo direito) do intervalo A diferença b-a chama-se amplitude do in-
tervalo.
Os ntervalos quev1o9dedefn1r,ujos extremos so finitos,
dizem-se, por isso, finitos (ou limitados, ou prprios)

Por extenso de linguagem, chamam-se intervalos infinitos (ou


ilimitados, ou impróprios) aos conjuntos definidos pelas seguintes li-
nitaçes
1) x a -- a a- +oo ; x > a. - +00

3) x a - —i a , k) x < a -- -00 - a

Finalmente, diz-se ainda, que o conjunto de todos os nume-


ros reais constitui o intervalo infinito .-0+0O , de extremo inf e-
nor - CO e de extremo superior + 00

3 ENTÔRNOS - Chama-se entorno completo ou simplesmente, entorno,de um


ponto (número real) a, qualquer intervalo ao qual a seja
internoá Por exemplo, o intervalo a - P— a +' , com numero
real positivo, e um particular entorno completo de a, representado por
um segmento de comprimento 2, dividido ao meio pelo ponto a, e por
isso chamado entrno simetrico de a, ou ainda, entorno (Ci) de a
• •
• Se a e o extremo direito (esquerdo) de um intervalo ,este oha_
1

ma-se um entorno esquerdo (entorno direito) de a. Assim, por exemplo,os


inter/a1os a- }-1 .a ou a-e, 1— a. e a—I a+, ou a—I a+e,. so, res-
-173-

pectivamente, entrnos esquerdo e entrnos direito de a


Por entorno de +CO entende-se o conjunto dos numeros reais
x tais que x a, isto e, o intervalo a 1 — + 00 , sendo a um numero
real qualcuer Analogamente, a limitação x a, isto e, o intervalo
-00 —1 b, define um entorno de

O conjunto de todos os numeros reais x que satisfazem as li-


mitaçes x a e x b, sendo a e b (a b) dois numeros reais quais-
quer, chama-se entorno do 00 , que também se pode definir como o con-
junto de todos os pontos que no so internos ao intervalo a -1 b Em
particular, se os extremos dste intervalo so -k e +k, com k numero
real positivo, obtem-se o conjunto de todos os nimeros reais x tais que
1 x 1 k, que se chama entrno simetrico do 00

4 PRINCIPIO DE ENCAIXE DE INTERVALOS - Seja 119124 uma sw-


' 'n
cessao infinita de intervalos
fechados, satisfazendo as duas seguintes condiçes

1) cada intervalo contem o seguinte,


2) qualquer que seja ,o numero real positivo , existeumin-
tervlo 1 da sucesso cuja amplitude e menor que e
A amplitude de cada intervalo da sucesso sendo,pela condi-
ço 1) menor que a do anterior, ha uma infinidade de intervalos que sa-
tisfazem a oondiço 2) - todos aquaies que sucedem I.

Toda a sucesso infinita de intervalos fechados satisfazendo


as condiçes i) e 2) chama-se encaixe de intervalos

Para todo encaixe de intervalos vale a seguinte propriedade,


conhecida pelo nome de principio de encaixe de intervalos

Todo encaixe de intervalos determina um ponto , e somente


um, que possui as duas uintes propriedades
i) pertence a todos os intervalos do. encaixe,
2) dado um entorno, qualquer, do ponto , existe um indice
a partir do qual todas os intervalos do encaixe esto contidos neste e
trno.
- 174 -

Coa efeito, sejam a-1 b(n = 1,2,3,...) os. intervalos fe-


chados do encaixe. Como a t—i b. cont am a 1-1 h , temos:
fl n fl+]. n+l

a a < b b (n = 1 9 2 9 3 9 ... )
n n+1 n+l n

Pasto isto, distribuamos todos os n.Cimeros reais em duas clas-


ses À e B do seguinte modo:

a) Ponhamos na classe A os extremos esquerdos, a, de todos


os intervalos do encaixe e todos os nCimeros reais menores que um, pelo
menos, dos nimeroS a
n
b) Ponhamos na classe B todos os demais números reais( entre
os quais'esto, em particular, todos os extremos direitos, b).

imediatb que A e B so as duas classes de:umajonoeam-


0 real, e por conseguinte definem um nCuaero real j. Conio, qualquer
que seja n,e a b, segue-se que pertence a todos os
intervalos do enoaixe. . . ..
Por outra parte, no pode haver outro ponto pertencen-
te a todos os intervalos do encaixe, porque isto exigiria que a ampli-
tude de todos os intervalos. f&sse, pelo menos igual a 1 ' * l,o que
contradiz . condição 2) da .definição de encaixe de intervalos.

Para demonstrar a segunda parte da tese, consideremos um en-


terno, qualquer, - h —i + h, de

Da limitação a n 4esç b e da condição 2)' da definição de


encaixe de intervalos, resulta a existncia de um. indice n tal,que,pa-
ra n > n, se tem, simultneauiente, - a < h e b - < h ; ento,
para n > n, ser: .

de sorte que, para n>', o intervalo b esta contido no entSr-


8n
no considerado do ponto JL e fica demonstrado o que se pretendia.
-175

5# EXTREMO SUPERIOR DE UM CONJUNTO LINEAR - Um conjunto linear 1 diz-se


limitado superiormente (ou
limitado a direita) quando existe um. numero real maior que todos os e-
%

lementos de I. De um tal numero se dirá ,que e uma cota superior de I.


E manifesto que, se K é unia cota superior de 1, todo nimero maior que
1( também o ser

• Analogamente., um conjunto linear 1 diz-se limitado inferior-


rnenteu1iinitado à esquerda) quando existe um niíniero real menor queto-
dos os elementos de 1 Um tal numero se díra uma cota inferior de 1 ,
e e claro que, se k e uma cota inferior de 1, todo numero menor que k
• tambm o ser. ••

Um conjunto de numeres reais limitado superior e inferiormen-


te. diz-se., simplesmente, limitado,
De conformidade com estas dminiçes, um conjunto linear 1 e- -

ilimitado superiormente (ou ilimitado a direita), quando, seja qual for


o numero real K, existe ao monos um elemento de 1 maior que K, e ilimi-
tado inferiormente (ou ilimitado a esquerda), quando, por menor que se-
ja o numero real k, existe algum elemento de 1 menor que k

Chama-se extremo superior de um conjunto linear 1, um nume-


ro real L que tem as duas seguintes propriedades

i) Nenhum elemento do conjunto supera L


2) Dado um numero real, qualquer, L' < L, existe sempre pe-
lo menos um elemento de 1 maior que L' Em outros trmos, dado um nu-
mero O, arbitrário, existe sempre no conjunto 1 pelo menos um e-
lemento maior que L - E.
O extremo superior de um conjunto lineac 1 e inioo Na verda-
de, se 1 possuisse dois extremos superiores L e L', não poderia um dos
dois ser maior que o outro, por exemplo, L> L, porque, entao, existi-
ria algum elemento de 1 maior que L',o que e absurdo
Se o extremo superior L pertence ao conjunto 1, diz-se que L
eomaximodel
176

Pasto isto, vamos demonstrar o importante teorema:

A condição neoessria e suficiente para que exista o extremo


superior de um conjunto linear 1 e que este seja limitado superiormen-
te.
Que aoondiço seja necessaria é evidentePr demonstrar
a suficincia basta considerar a classe A dos numeras reais tais que
um qualquer deles seja menor que algum ni.mero de 1 e a classe B de
todos os outros números reais E manifesto que A e E so as duas elas
ses de uma seço no campo real, e por conseguinte individualizam um
Tere&4ste numero o po pertencer como mxirno alas e -k ----
porque,se assim fosse, existiria em 1 algum numero a. maior que L. e
os numeras reais compreendidos entre L e a deveriam, ao mesmo tempo,
pertencer (sendo menores que a) e não pertencer (sendo maiores queL)
a classe à Desta sorte, L pertence, como mnimo,a classe B, e
existe em 1 hento algum maior que L Por outra parte, todo nme-
ro L' < L pertence a classe A e, portantÕ, é superado por algum e-
lemento de 1. Logo, L •- o extremo superior de I0

Conforme resulta do precedente raciocínio, o extremo supe-


rior de um conjunto linear 1, limitado superiormente pode tambin ser
definido como o menor numero que no e superado por nenhum elemento de

6 EXTREMO INFERIOR DE UM CONJUNTO LINEAR - Chama-se extremo inferior


de um conjunto linear I,um
ncimero real L- que tem as duas seguintes propriedades:

1) Nenhum elemento do conjunto menor que 2,


2) Dado um numero real, qualquer, Q'> , existe sempre pelo
menos um elemento de 1 menor que 2 Em outros trmos, dado um nu-
mero real > O, arbitrário, existe sempre no oonjuntopelo menos um
elemento menor que + &
O extremo inferior de uni Qto linear 1 e unico, e quando
pertence ao conjunto diz-se o mínimo de 1. -- -

----------- - -. --------- -----:-


177

Para o extremo inferior de um conjunto linear vale um teore-


ma analogo ao anteriormente demonstrado para o extremo superior,e pre-
cisamente:

A condiço neeessria e suficiente para que exista o extremo


inferior de um conjunto linear 1 é que ste seja limitado inferiormente

O extremo inferior de um conjunto linear 1, limitado inferior-


mente ,pode tambm ser definido como o maior níniero que riso superior
a nenhum elemento deI

E claro que, se um conjunto linear 1, limitado, admite 22r 2x_


tremos inferior e superior os nCuneros Q e L, respeotivamente,todos os
elementos de 1 pertencem ao intervalo -i L A diferença cha-
ma-se amplitude ou dimetrõ do conjunto I.

Quando um conjunto linear não limitado superiormente, diz-


se que o conjunto tem para extremo superior +O Analogamente, quan-
do o conjunto nao é limitado inferiormente, diz-se que o seu extremo
inferior e - 00 Com estas extenses pode dizer-se que

Um conjunto linear admite sempre um extremo superior (finito


ou infinito) e um extremo inferior (finito ou infinito)

Os conceitos de extremo superior e inferior de um conjunto li-


near são fundamentais para as teorias que deveremos ulteriormente de-
senvolver. eles foram considerados pela primeira vez, de modo expIci
to, por BOLZANO (1817), mas somente a partir de WEIERST1ASS tiveram em-
prego sistemtico na teoria das fuhç&es

7 OBSERVAÇÃO - Seja 1 um conjunto linear, decomponhamos 1 emdoiscon-


juntos 11e 12 de modo que todo elemento de 1 perten-
ça ou a I ou a I2 Quando seja +000 extremo superior de I. tal será
tambem o extremo superior de ao menos um dos conjuntos parciais 1 1 e1 2
Reciprocamente, se ao menos um dstes dois conjuntos parciais tiver co-
mo extremo superior + , tal sara tambni o extremo superior do conjun-
to-total 1.
-178-

Quando, ao invés, seja L, ntmero finito, o extremo superior


de 1, tal será também tanto o extremo superior L 1 de como aqule L2
de I2. Demais, neste caso, ao menos um dos dois números L 1 ,L2
gual a L e o outro menor ou igual a L Com efeito, no podem subsis-
tir, ao mesmo tempo, as desigualdades

L, L2 < L

porque, suposto, por exemplo, que seja L 2 L1 , resulta

L2 L 1 <L ,

e como L e o extremo superior de 1, existirão elementos de 1 maiores


que L e, portanto, tambem maiores que L o que é impossível, visto
29
que esses elementos pertencem ou a I ou a,1 2 Por outra parte, nenhum
dos dois ,números L 1 ,L2 pode superar L. porque, se fosse, por exemplo,
L < L1 , no conjunto 11 existiriam elementos maiores que L ,O que no
pode dar-se, porque esses elementos pertencem ao conjunto 1 com ex-
tremo superior L

-Podemos, ento, enunciar o teorema seguinte:

1) Se o extremosuperior L de um linear 1 rinito,


decompondo-se 1 em dois conjuntos I e 1 9 o extremo superior de ao
menos um d e stes dois . conjuntos .parciais resulta igüál à L e o do ou-
0

tro e menor , ou igual a L.;

2) Se o extremo superior de 1 e +00 , tal será tambem(iex-


tremo superior de ao menos uni dos conjuntos I e 12

8. EXEMPLOS -1) O conjunto dos nctmeros naturais 1,203, ... limita-


do inferiormente, mas no o e superiormente; tem por ex-
tremo superior +00 , que nao e maximo, e por extremo inferior l,que e
mínimo. .
2) O conjunto dos numeros inteiros positivos e negativos não
e limitado superior e inferiormente, tem por extremo superior 4-OO,que
• 179

não mximo, e por extremo inferior -00 , que não . mínimo.

3) O conjunto dos nmeros

'

limitado superiõre inferiormente, ou seja4 é um conjunto limitado ;


tem por extremo superior 1, que no é úximo, e por. extremo inferior
1 1 •.
1- , que e minimo.
=

4) O conjunto dos. ni5.meros

1, j-, 29 , 3, ..., fl.,

;limitado inferiormente, mas nao o e superiormente; tem por extremo


inferior O, que -não mínimo, e por extremo superior +00 , que nao
mximo,
5) O conjunto dos números

(1)fl (1 + •-) , (n.= 1,2,3, .0)

limitado superior e inferiormente, ou seja, é um conjunto limitado;


tem por extremo superior 3/2, que m'ximo, e p.or extremo inferior -2,
(
que e minimo.

6) Oconjunto dos niuneros

1 n. 1
( - (n = 1,2 9 3 9 960)

limitado • superiormente, mas nO o inferiormente; tem por extremo


inferior -00 , que no e mínimo, e por extremo Èuperipr,04 que no
mximo. . . . •.

9 PONTOS DE ACUMULAÇÃO DE UM CONJUNTO LIHEAR - Dado um oõnjtin.tolinear


1, chama-sepoto (ou
ã
valor) de acumulaç o de 1 9 um ponto ,a tal que em todo entorno com-
pleto de a caeia.pontos dé 1, distintos de a . .
-180-

Se a é um ponto de acumulação de I. em qualquer entorno com-


pleto de a cai uma infinidade de pontos de 1, porque,se existisse um
entorno completo de a contendo smente um numero finito de pontos de I.
a1 , a2 , a, designando por d o valor mínimo das diferenças

Ia1 -a,Ia2 -aI, a - aI,

o entorno. de amplitude d/2, do ponto a no conteria nenhum ponto de 1,


distinto de a, o que o contra a hipótese de ser a um ponto de acumula-

Um ponto de acumulação de um conjunto linear pode ou no per-


tencer ao conjunto Todo ponto de um conjunto que ngo e ponto de acuinu-
iaçao para o mesmo, denomina-se Eonto isolado Para todo ponto isola-
do pode-se i manifestamente, determinar uni entorno, suficientemente pe-
queno, no qual no caiam pontos do conjunto

Diz-se que um ponto a e ponto de acumula290 a direita de um


conjunto linear 1 9 quando em qualquer entrno esquerdo de a caem pon-
tos de 1, distintos de a

Analogamente, quando em qualquer entorno direito de a caem


pontos de 1 9 distintos de a, diz-se que a é ponto de acumulaçgo aes-
querda de 1 E manifesto que um ponto de acumulação a direita ou a es-
querda e sempre um ponto de aeumulaço simplesmente e que um ponto de
acumulação e sempre de aoumulaço ou a direita, ou a esquerda, ou de
ambos os lads0

Quando um conjunto linear 1 limitado a direita e a esquer-


da, diz-se que 1 tem como ponto de,acumula290 o infinito Se 1 é ili-
mitado somente a esquerda (simente a direita), diz-se que -(+_00_)
um ponto de acumu1aço de 1

Dizer que +00 e ponto de acumulação de um conjunto linear 1,


equivale a dizer que todo intervalo da forma a - + 00 contam pontos de
1, isto e, que todo número real a, por maior que seja, e superado por
elementos (finitos) de 1 Analogamente, dizer que - CO e ponto de aoumu
-181-

iaço de 1, exprime que todo intervalo - 00 —4 a contam pontos de 1,


isto é, que, seja qual for o numero real a, existem elementos(finitos)
de 1 que sio inferiores a a

O extremo superior (inferior) de um conjunto 1 de numeros


reais pode ou no ser ponto de acumulação de 1, e e claro que ocorre
o primeiro caso todas as vezes que o extremo no pertence ao conjunto
I. Se, ao invs, o extremo pertence ao conjunto 1 9 ou seja, e o mexi-
mo ou o 1dnimo de 1, ele pode ou no ser ponto de acumulaço de 1

Observaremos, finalmente, que um conjunto linear pode admi-


tir mais de um ponto de acumulaqo e mesmo uma infinidade

10 Teorema de BOLZANO-WEIERSTRASS -Se, num intervalo a 1-4 b, cai uma


infinidade de pontos de um con-
junto linear 1, existe em ai— b ao menos um ponto de acumulação de
1, e recp.rocamente.

Suponhamos, com efeito, que a -i b contenha uma infinidade


de pontos de I. Se em todo intervalo a I-4 x cai uma infinidade de pon-
tos de 1 9 ento a , por definiço, ponto de acumulação de I,eoteo-
rema está demonstradoà Se, ao invés existem entrnos a p—i x a direi-
ta de a(a x < b) em cada um dos quais cai somente um numero finito
de pontos I, ,0 conjunto 'X dos extremos direitos x de tais entrnos
limitado superiormente por b e por conseguinte admite em ai-1 b o ex-
tremo superior L b.

Todo ponto x0 de ai—b, a esquerda de L, pertence ao con-


junto X, porque é superado por algum x de X, de sorte que o intervalo
a% x, contido em a 4-1 x, encerra um numero finito de elementos deI
o
Pasto isto, se L < b, e L - i—i L + e um entorno, qual-
quer, de L. contido em ai—. b, nos intervalos aí L - e a *-4 L +
caem, respectivamente, um número finito euaainfinidade de pontos deI,
isto , o entorno considerado de •L contam uma infinidade de
Pontos de 1, e, portanto, L e para 1 i.uu ponto de a-
:-182-

cumulao.
Fica assim: demonstrado o teorema direto; o reciproco é con-
seqf!ncia imediata da definiç ã o de ponto de acumulaço.
Quando o conjunto 1 é ilimitado., o infinito é , , por defini-
ç.o, ponto de acumulaç ã o para 1, e, portanto, pode dizer-se que:

Um conjuntO linear infinito admite sempre, pelo menos,urapon


to de acumula çã o (pr ó prio ou impróprio).

• 11. EXEMPLOS - 1) O conjunto dos nCmeros naturais 1 1 2 9 3,...,n,.,. ad-


mite como pônto de acumulação +CO, que no 'pertence
ao conjunto. '

2) O conjunto dos nimeros


• 1 2 3 4
-j—
,
-i;•- •*

admite 1 como mxiiao e como ponto de acumula çã o.

3) O conjunto dos nGmeros



' 1 1 1 1 •
19 -- - , í •, ' ,

admite como cinioo ponto de acumulaç ã o o O, que no pertence ao conjun-


to. O mxirno'1 d e sse conjunto no é ponto de acumulaço para o mesmo.
4) O conjunto dos nmeros
1 • • 1 1 • 1
1 19 , 2 , -- , 3 " •'• ' fl

admite dois pontos de acumulaç ã o: O (extremo inferior) e +00 (extremo


superior), que não pertencem ao con j unto.
5) O conjunto dos números

+, +++),Z3j4, .
. .
)

dmite dois pontos 'de acumulaç ã o: O •e


~ , dos quais s o mente o pri-
meiro nao pertence ao conjunto. •

6) O conjunto dos n(meros


(l/n, 112 +'l/n, 1/3 + 1/n, 1/4 + l/n, ...),(n=293949,.)
-183-

admite uma infinidade de pontos de acumulaç ã o: O, 1/2 1 1/3 9 114 9


dos quais s o mente o primeiro nao pertence ao conjunto. Tais pontos de
acumula ço formam, por sua vez, um outro conjunto infinito que admite
O como ponto de acumu1aço.

12. CONJUNTOS DERIVADOS - Seja 1 um conjunto linear, Chama-se con-


ÀInto ou, simplesmente, deriva-
do do conjunto 1, e representa-se por 1', ao conjunto formado pelos.
• pontos de acumulaç ão de I.

Se 1 é um conjunto .finito, no tem nenhum ponto de acumu-


iaço - o derivado . não existe, ou melhor, e um conjunto vazio. Um con-
junto 1, infinito, admito sempre um derivado no vazio, pois, todo con-
junto infinito admite sempre, pelo menos, um ponto de acumu1aço(pr-
prio ou imprprioY. o conjunto 1' pode, por sua vez, .ter pontes de a-
cumulaço; se isso se d&, o conjunto derivado de 1' chama-se deriva-
do de 24.ordem de I.e representa-se por 1".

Pode analogamente definir-se derivado de ordem n de I,que se


(ri)
representa por 1 , como o derivado de 1
.
Partindo-se de um conjunto infinito 1, limitado, existe, pe-
lo teorema de BOLZANO-WEIERSTRASS, o derivado 1', o. .qual tambm, e-
videntement.e, limitado; se ste f o r infinito, existe 1 9 9 e assim su-
cessivamente - existe derivado de uma ordei desde que ode ordem ante-
pior seja infinito, Daqui resulta a possibilidade de sê apresentarem
• dois casos distintos:

i) Na suoessgo dos derivados aparece um 1 1) com um numero


1) ~
• finito de elementos -o derivado 1(n vazio e o conjunto 1 diz-se,
então, de primeira poie eordem ri..

2) A operaço.de derivaç ã o é indefinidaiente•efetuvel - o


conjunto 1 diz-se, nesse caso, de segunda espcie.

Um conjunto linear diz-se fechado quando e finito,ou quan-


do sendo infinito, cont ém ' todos os seus pontos de aoumulaço, isto é q
184

contém o seu derivado , por exemplo., fechado, o conjunto 1,


314, CUJO derivado e formado so pelo ponto 1
Um conjunto fechado sem pontos isolados diz-se perfeito Um
conjunto perfeito coincide evidentemente com o seu derivado. E perfei-
to o conjunto dos pontos de um intervalo fechado a b •e o conjun-
to de todos os nCtmeros reais.

Um conjunto que no tem nenhum ponto comum com o seu deriva-


do, isto 0,9 , cujos pontos são todos isolados, diz-se isolado, Tal ,por
exemplo, o conjunto 1, 1/2, ..., 1/n,... 9 cujo derivado & formado ape-
nas pelo ponto zero.

13. Teorema, -O derivado 1' de um conjunto 1 & sempre fechado.

Seja a um ponto de acumulação do derivado 1' de um dado con-


junto linear I. Trata-se de mostrar que a pertence a 1 1 9 isto e, que
•à também & um ponto de acumulação de 1. Com efeito, em qualquer en-
torno de 'a - cai uma infinidade de pontos de 1' e, portanto um núme-
ro infinito de pontos de 1 Assim sendo, a e um ponto de acumulação
para 1 e por conseguinte pertence a V.

14. LIMITE MÁXIMO E LIMITE MÍNIMO DE UM CONJUNTO LINEAR - Se um con-


junto 1 & fe-
chado, o seu extremosuperior necessariamente o m.ximQ de 1, porque,
ou o extremo superior & isolado, e entaõ' & o m&xirnc, ou no & isolado,
e então pertence a 1 (como mximo) por ser 1 fechado

Propriedade analogia vale para o extremo inferior


Desta observação e do precedente teorema resulta que o deri-
vado I de um conjunto 1 admite um mximo e um minimo. Pois bem, estes
dois valores - m&ximo e amimo de 1, foram, por CAUCHY (1821), chama-
dos o limite maximo e o limite amimo do conjunto 1, e denotam-se com
os simbolos lia inax 1, lia min I.
O limite maximo e + 00 , se o conjunto 1 e ilimitado a di-
reita, o limite amimo & -o , $e o conjunto 1 & ilimitado a esquerda
-185-

O limite máximo de 1 ngo supera, evidentemente., o extremo su-


perior de f, esmente menor quando o extremo superior é um ponto i-
solado de I. Analogamente, o limite mig nimo de 1 no é menor que o ex-
tremo inferior de 1, e so'mente,é maior quando o extremo inferior e um
ponto isolado de I. ••.

O limite mximo f1 1 de um conjunto linear I. limitado,tem as.


duas seguintes propriedades: .

i) Dado um nCunero i> O, •arbitrrio, para a direita de L'+


cai s o mente um ncimerô.: finito de pontos de I.

Com efeito, sendo 1 limitado., se existisse uma infinidade de


pontos de 1 a direita. de L'+ '. , haveria uni ponto de acumulaço de 1
direita de,5 1 e., então., L' .nao seria o. mximo de V.

2) Para a direita de L' -E há uma infinidade de pontos de I.

Com efeito, sondo L' ponto de acumulação de 1, no entorno


L' , .L• - de L' cai úma infinidade de pontos de 1 9 os quaisfi-
cani a direita de

Estas duas propriedades caracterizam o limite mximo de 1 9


porque, um ponto L' dotado de tais .p?opriedades resulta 'o ponto de acu-
mu1aço mais, para a direita de 1.

de notar que para a direita de L' pode haver uma infinidade


de pontos (isolados) de 1, infinidade essa tendo L' por ponto dê aoumu-.
laç.o (à esquerda), mas o .que •y0 pode é haver uma infinidade de pontos
para a direita de

Analogamente, o. limite minimo..e' de umconjunto linear I.


limitado, tem as duas seguintes propriedades:

i) Dado um numero > O, arbitr.rio, para a esquerda de


cai s o mente um número finito de pontos de 1;

2) Para a esquerdq de " + o c, há uma infinidade de pontos


deI. .
186

Quando, em particular, os limites .m&ximo e mínimo de 1 co-


incidem (L' = ' ),há um únioóponto d.e aoumu1aço para I,ohamado. pon-
to limite do conjunto 1, eque se denota por limI,

15 CONJUNTO CONTÍNUO - Um conjunto 1 diz-se a) denso noutro conjun-


1
to J. se todo, ponto de J e,ponto de acumula-
çao para 1, b) denso era si ou g simplesmente, denso, se todo ponto de
1 e ponto de acumulação do próprio conjunto 1

Pôr exemplo, o conjunto dos números racionais é denso(eni si)


e dénso no ,conjunto dos números Deais.

Um conjunto diz-se conexo quando é denso em todo intervalo


tendo .por extremos dois pontos quaisquer do conjunto. Por exemplo, o
conjunto dos números racionais é conexo.

Um conjunto fechado e conexo diz-se. o.ontinuo Um conjunto con-


tinuo nao pode., manifestamente,enoerrar pontos isolados, e e por con-
seguinte um conjunto perfeito

Um conjunto contínuo 1 que co ntm os, extremos de um inter-


valo ai— b, cont é m o intervaloe

Cora efeito, um ponto o, qualquer, de a— b, um ponto de ai


cumulàço de 1, por ser 1 conexo; por outra parte, sendo 1 fechado, e
um-ponto de 1.

l.6 TEOREMA DE HEI.NE-BOREL - . Um., intervalo a i b diz-se coberto por


um conjunto J de intervalos I. quando
toda ponto interno a ar—i b e interno a um intervalo 1, e cada um
dos extremosa, b ou . interno ou extremo, esquerdo ou direito, res-
pectivamente, de um intervalo I

Posto isto, vamos demonstrar o seguinte teorema de HEINE-BO-


REL:
-
Um intervalo a —i b, coberto por um-conjunto J de intervalos
1 (em número infinito), tambni e coberto por um_ número finito de inter-
valOs. I
l67 -

ComO a pertence a um intervalo 1, internamenteou como extre-


mo esquerdo, -existem, pontos x em a ,- i b tais que todo intervalo a
resulta coberto por umm conjunto finito de intervalos 1 ..Chamando o
.extremo superior dsses pontos x, ser a< b. E conio in-
terno a um intervalo. 1' do conjunto i, ou extremo direito de 1' qun-
do coincide com b( =b), podemos. considerar um entorno
+' do ponto , contido em a b(coni o que ' = O
se = b), •e coberto por 1'. Por outra parte., pela prpria definiç ã o
de , o intervalo a I-4 - coberto por. um conjunto finito de
intervalos, e por conseguinte se acrescentarmos a este conjunto. o in-
tervalol', obteremos uni conjunto finito de .intervUos 1, pelo qual
ficar& coberto a— + e'. Ora, isto s o mente pode dar-se,pela pra-
priadéfiniço d , -se ,' = O, isto , se = b ; por conseqttn-
cia, ointervalo ai— b e.coberto , porumnúmero finito de intervalos
] e oteorema fica demonstrado.

17. CONJUNTOS DE1ÚMERQS COMPLEXOS -Dado um conjunto Z de nuneros com-


plexos, cada um de seus elementos ,

diz-se um ponto. de Z . . . .

0 . conjuntd dos pontos X . + iy i =1T), sOndo x um pon- (

.to . qualquex do intervalo ai— b, e y um ponto qualquer do intervalo


o—i d, chama-se retanguio, e denota-se por (a — b, o i --- i d). Em par-
ticular, -se b-a = .d-c, o retrtgulo dir-sé-a quadrado.
• Os pontos do retngulo (a,—i b, o d), nos, quais x tem o
valor a ou b, e aqu e les nos quais .y tem o valor c ou d,dizem-se pon-
tos - fronteira do retangulo e o conjunto dos pontos-fronteira diz-
se. a fronteira (ou o c.ontrno) do retanguio. .

Todo ponto do retangulo, que no pertence a fronteira, diz-


se interno ao. retângulo, e todo ponto no pertencente ao retngulo.diz-
se externo a ele, • . .
a+bc . d ~ A

O ponto + • e interno ao retangulo 'a I—I b ,


2 2
e -id) e dia-se o seu centro,
- 188 -

Se r é uni número real positivo e z um ni:imero complexo'* o


o
conjunto dos números complexos z que satisfazem fi condição:

• Iz-z1r,

• denomina-se.ciroulo de raio r e centro z. O conjunto dos pontos


o
disse circulo que satisfazem à condio:

IZ-z
o

diz-se a sua fronteira ou também circunfernoia de raio .r e centro z


o
Um tonto no pertencente ao cír culo diz-se externo a elee Um ponto
do circulo no pertencente à sua fronteira diz-se interno a &le.

Chama-se entrno retangular de , z um retangulo de centro


e ent o rno circular de z um circulo de centro z o
o
'imediato que, dado um entorno de z, há uma infinidade de
o
• retngulos (dé círculos) de centro z que contem o entorno dado,e uma
o
outra infinidade de retngulos (de oírculos) de centro z que esto,ao
invs, contidos no mesmo entorno dado.

Costuma-se acrescentar ao campo complexo um ponto imprprio,


co ; por entorno disse elemento entende-se o conjunto dos pontos no in
ternos a um entorno (retangular ou circular), qualquer, do zero com-
plexo. Assim, por exemplo, o conjunto dos números complexos. : z que
verificam a condiço 1 z r, com r • número real positivo, ,arbi-
tr.rio, representa um entorno do entorno do infinito, e o mesmo pode
dizer-se da desigualdades
IxIa , lyIb,

com.a e b números reais positivos arbitr,riamente fixados.

Um conjunto Z de números complexos diz-se limitado quando


existe um ret&ngulo: no qual Z est. (inteiramente) contido,, De acordo
com esta definição, o conjunto Z ser, ao invús, ilimitado, quando,se-
ja qual for o retângulo considerado, caem sempre pontos de Z fora das-
se retangulo. Uni ponto z diz-se ponto de acumula2ão de uni conjunto
o
-189-

de numeras complexos, quando em qualquer entorno (circular ou retan-


gular) de z caem pontos de Z 9 distintos de

Relativamente a existnoia de um ponto de acumulação para um


conjunto Z de nimeros complexos vale uni teorema anlogo ao de BOLZANO-
WEIERSTRASS demonstrado para os conjuntos lineares, e ppecisamenteo.

Se num retngu10 R (ou num circulo) cai uma infinidade de pon-


tos de um conjunto Z de numeros complexos, existe em R (no circulo) ao
menos um ponto de acumulaç ã o de Z.

Quando Z é ilimitado, o infinito e, por definição, ponto de


acumuiaço para Z, e, portanto, pode dizer-se qtte

Um conjunto infinitode nimeros complexos admite sempre, pelo


meros, um ponto de acumulaç ã o (prprio ou impDoprio)

18 PONTOS DE ACUMULAÇÃO DE UMA FAMÍLIA DE CONJUNTOS - A noçao de ponto


de acumu1aço,da
da para um conjunto de numeres reais ou complexos, estende-se sem dif i-
ouldade a uma familia de conjuntos de nCmeros reais ou complexos

Um ponto a diz-se ponto de acumulaç ã o de uma fazuíLia F de


conjuntos 1 de numeros reais, quando, para todo entorno completo de a,
existe em , F uma infinidade de conjuntos 1 9 cada um dos quais tem ao
menos um elemento neste entarno

Um raciocinio análogo ao que foi feito para demonstrar o teo-


rema de BOLZANO-WEIERSTRASS permite estabelecer que, se existe em F
uma infinidade de conjuntos 1 que t ê m elementos num intervalo aI-4b

Sento, ha em a b ao menos um ponto de acumulagão de F, e reei pro-


camen te

Analogamente, uni ponto z diz-se ponto de acumulaço de uma


famliia F de conjuntos Z de numeros complexos, quando, pera todo en-
torno (circular ou retangular) de z, existe em F uma infinidade de
o
conjuntos 1, cada uni dos quais tem ao menos um elemento em tal entorno.
-191-

SUCESS6ES NUMÉRICAS

1 SUCESSES CONVERGENTES - Diz-se que uma sucessode nt'meros reais

a, o elo (i)

tem por limite o numero a finito, se e limitada e admite como unico


ponto de acumulação a

Esta 4efiniço equivale a seguinte Dado um numero > O,


arbitrário, existe um indice n tal que, para todo índice n > óI
tem $
1 a - a (2)

Com efeito, suposta satisfeita à oondiço (a), temos as


mitaçes
- a - a.<.
ou
a-

isto , no intervalo a - s-i a , qualquer que seja o nmero,>O,


cai uma infinidade de termos da sucesso - todos os a para os quais
n> n o , fora desse intervalo cai somente um número finito de t-z!ros
- quando muito, aqules cujos indies no so superiores a n o Por con-
seguinte, a sucesso (1) é limitada e admite a como ponto de acumula-
ço Demais, a e o cinico ponto de aoumulaço da sucesso (l),porque se
houvesse uni outro a', ele deveria pertencer ao intervalo a-C 1—la+E,,
o que e absurdo, sendo e> o arbitrrio.

Reciprocamente, se a sucesso (1) e limitada e tem um unico


ponto de acumulação a (tem pelo menos um, pelo teorema de OLZÀNO- WCI-
ERSTRASS), ela tem por limite a. Efetivamente, se a pónto de acumu-
laço da sucesso (1), em qualquer entorno a- i-- a + de a cai
- 192 -

uma infinidade de termos da sucessao (1), fora desse entorno cai ape-
nas um numero finito de triuos, porque,se caisse uma infinidade, have-
ria, pelo teõrema de BOLZANO-WEIERSTRASS, ao menos um outro ponto de
acumulação distinto de a, o que e contra a hipótese. Logo, se ndesig-
na o índice niximo dos termos da sucessão (1) (em ,número finito) no
interiores ao entorno a -cf t—i a , todos os termos de 'índice n>.n
o
estão contidos nesse entorno e por conseguinte a é o limite da sucesso

Para indicar que a sucessão (i) tem por limite a,escreve-se:

um: a =a
n
~GD
Uma sucessao que tem por limite uni numero finito a,di-se con-
vergente para a, ou que converge para a, ou ainda, que tende para a

2 Observação - Pode ocorrer que alguns ou uma infinidade de termos


de uma sucessão a 1 ,a2 , ,a, sejam iguais ao seu
limite a, isto e,, a sucesso pode atingir o seu limite um numero fini-
to ou uma infinidade de vazes, a iinica condição que se exige para que
a seja o limite da sucessão é que, a partir de uma certa ordem, mar-
cada pelo índice n, todos os trmos da sucessão caiam no intervalo
o
a -t-i a +

Em particular, pode acontecer que, a partir de uma certa or-


dem h ' ostrmos sejam todos iguais; seja e o seu valor oomumA su-
cesso tem, então, apenas um numero finito de termos distintos,masain-
da
lima =c
n

visto que, para n,> no se tem 1 a-c 1 = O<.i

3.. SUCESS6ES DIVERGENTES - ,Uma sucesso de nuineros reais »

a lg a 0.09 a1 ,
29

diz-se divergente, se, dado uni numera real k> O, arbitrrio,existe um


• -193-

índice ri tal que, para todo .ndioe n> n o , se tem

'la l>k
• ri

Escreve-se, ento:

lima CO
ri
n-,

f de notar que uma sucesso divergente no pode ter pontos de


acuniuiaçao finitos, porque em todo intervalo de amplitude finita - k —ik,
por maior que seja esta amplitude, cai sempre um rmero finito de tsr-
mos da. suoessao.

Reciprocamente, se uma sucesso de nuímeros reais (a u ) no tem


pontos de acumulação finitos, é divergente. Efetivamente, escolhido um
número O, arbitrário, no intervalo - k --j k cai sempre um nmero
fito de trmos. da sucesso, porque se caísse uma infinidade haverÍa,pe-
lo terrema de BOLZANO-WEIERSTRASS, entre -k e k ao menos um ponto de
acumulação (finito), o qúe & contra a hipótese; portantó, todos os ter-
mos da sucessão (a), de uma certa ordem ri em diante, caem fora dom-
tervalo - k p-j k, isto é l eocolhido. um nimero k> O arbitrário, pode-
se determinar um iridice n o tal que, para todo índice n .
,
1 a, 1 > k, o que prova ser a suoesso (a) divergente.

Se uma sucesso (a) . divergente .e os seus termos, de uma


certa ordem em diante', so todos positivos (negativos), .diz-se que tem'
por limite + oo(-oo ), ou que diver g e para +co (-co), ou ainda ueten-
de para + ao (- co), escrevendo-se, respectivamente: . .

lim.a =+OO, lima =-co


n-oO

k, SUCESSES OSCILANTES - Uma sucessao de niimeros reais que é coriver-


gerltè,ou divergente para +00 ou, -'00 , diz-se
regular. Uma sucesso no rgu1ar diz-se oscilante.
- 194:

Das eonsideraçaes. feitas anteriormente resultam as seguin-


tes observaçes:

• a) Toda sucessão oscilante e limitada tem mais de um ponto de


.acumulação;
b) Toda suoessao oscilante e nao limitada admite uni ouvrios
• pontos de. acumuiaçao (finitos), ou é divergente contendo Um nCimero in-
finito de termos positivos--e um nCimero infinito de termos negativos,

As 'suoesses oscilantes e no divergentes dizem-se indeter-


minadas.

• 5. EXEMPLOS - a) A sucessão dos ni'imeros racionais do intervalo O i—I 1

admite um niimero infinito de pontos de acumuiaçao -todos


os nnieros reais do próprio intervalo. Portanto, tal sucessão é osci-
lante-indeterininada.

b) A sucessao .(progresso geomtrica) :


2 n

tem por limite +00 se q> 1 9 converge para 1 sé q = 1, converge pa-


ra zero se 1 q < 1

Para q = -1, a sucessao escreve-se:

e admite dois pontos de acumuiaçao: +1 1 -1, sendo pôrtanto oscilante-


indeterrninada. '•

Para q < -1, a sucessão no e limitada e seus termos sendo ai.


ternadamente positivos e negativos, eia .& oscilante-divergente.
• • . e) A sucessão
• . ri 1
• a, a , -j, , a ,

• • a a

com a> 1, no e limitada e admitindo' o nniero O como ponto de acumu-


•. iaço oscilarte-indeterniinada,
-)95-

6 PROPRIEDADES DAS SUCESS6ES CONVERGENTES - 1 - Se a sucesso (a)con_


vergepara a, a sucesso
(a - a) converge para zero, e redprocamente.

Na verdade, a relação,

a
n

pode escrever-se:
I(a -a) - O <

e, portanto,
lim(a -a) =.O

Reciprocamente, se
1 (a -a) -o

temos 1 a - ai.<'6

e,portanto, e um a = a.
n-co
Uma sucesso que tem por limite zero diz-se infinit é sima. :

II - Se a sucesso (a) eonverg para a, a sucesso (la 1)


converge para 1 ai.

Com efeito dado um > O, arbitrário , existe um índice 'n tal


o
que para todo índice n n o , se tem:

Ia
n

Mas, sendo
II al.lall la-ai

temos também, para todo índice n> n:

lia I-Iail
n
isto &;'
um 1 a 1= 1 a 1
n-.00 n

III - Se a sucesso (a) converge paia a, dado um numero


k a, os termos da sucesso, de uma certa ordem em diante, são todos
maiores que k sek>a ou menores que k se k>- a.

Com efeito, se k> a, considerado um numero positivo-k-a,


existe um índice n o tal aue, para todo índice n >.n se tem
o

Ou, por ser a + k, a t< a< k , isto e, todos os termos


da sucesso d- índice n>n so menores que k
o
Se k<a , considerado um numero positivo< a-k, existe um
índice n tal que,, para todo índice nn , se tem a - e <a fl a
O iO
ou por ser k a , k < a<a +
isto e, todos os termos dasucessao de indice n>n 0 ,ao maiores que k
Em particular, se a sucessao (a) converge para um numero a O, seus
termos, de uma certa ordem em diante, tm todos os mesmo sinal de a

IV - Se as sucesses (a) e (b)convergem respectivamente pa-


ira aeb,esea b a b

Se, com efeito, fsse a> b, considerado um numero c compre-


endido entre a e b (a >o> b), teríamos (pela proposição anterior)ie
um certo índice em diante

a>c, o

e, portanto
a> b

resultado contrario hiptese

V - Se as sucessões (a) e (b) convergem para um mesmo j-


mite a t., de uma oerta ordem em diante, se tem para uma terceira su-
cessgo (b) uma ou outra das limitações.*
- 19? -

a b c, a b O (1)

a sucesso (b) também converge para a

Com efeito, das limitações (1) resultam respectivamente, as


seguintes:
a - ab ri -ac n-a
n
a-a b - aa -a

Por outra parte, dado, um e, >O, abitrrio, pode-se achar um


índice n o tal que, para todo indice n > n o , se tenha simu1tneamen-
te:
1 a-a lE , 1 o - a

Como, em cada um dos dois casos, 1 b - al não supera onlalor


dos valores absolutos dos numeros a s _a e o -a ,segue-se que e,para
n o
1 b_aI<

isto à, ,: -

lUnb=a
fl-OO

Em particular, se O b n < o e a sucesso (o u ) converge pa


ra zero, a sucesso (b) também converge para zero

7 CRITÉRIO GERAL DE CONVERGÊNCIA DE CAUCHY -o seguinte importante teo


rema de CAUC}IY fornece um
criterio geial para estabelecer a convergncia de uma suoesso

Á condição neo essaria e suficiente para que uma sue esso de


numexos reais (a) convergente e que, para todo numero
bitrario, se possa determinar correspondentemente um índice n 0 tal que,
para dois indices quaisquer p e q maiores que n0 , se tenha

1 pa_a q l< (1)

- 199 -

8. SUCESS5ES MONÓTONAS - Uma sucesso de nm•eros reais

a1,a2,a3, , a,

diz-se:

a) no-decrescenteou geralmente crescente se para todo ri


-198-

a) A condiço e necessaria. -Com efeito, se a sucesso (a u )


converge para a j dado um > O, arbitrrjo, e portanto, /2, exis-
te um indice no tal que, pára p,qn, se tem:
o

iaaI<- , a -a1<--
2 q 2

Mas, sendo

Ia -a 1=1 (a a) (a -a)iIa -al a -ai


P q p q p q

teremos:
Ia•-aI<-+ -
E =
p q •2 2

b) A oondço e suficiente -Com efeito, se dado um > O,


arbitrário, resulta satisfeita a condição (1) para todo par de ndi-
ces p,q maiores que n, teremos, para todo Lndice n.

Ia -a
n n+1
o

ou
a a +
a1 -
o

isto e, todos os termos da sucesso (a), que seguem o de ordem n


caem no intervalo tendo para extremos a - e a +1 + . Por-
+1
tanto, a sucesso (a) & limitada e os seus pontos deaoumulao caem
no intervalo a1 e a 1 + de amplitude 2E, (fora das-
se intervalo cai apenas um nCimero finito de termos da sucesso e por-
tanto nenhum ponto de acumulaço).

Por outro lado, o numero >-o sendo arbitrario, a ampli-


tude 2 do intervalo que oontm os pontos de acumulaço da suces-
so (a ) tambm arbitx4ria; a sucesso (a ) admite ento um unico .
ponto de acumulação e é por ,conseguinte convergente.
-199-

8. .SUCESS5ES MONÓTONAS - Uma sucessao de n(n1eros reais

a,

a) no-decrescente ou geralmente crescente se para todo n


a a , isto ,.
n' n+l
a1 a2 a 1

se e à < a a sucesso diz-se crescente;


n n+l
b) não-creàcente ou geralmente decrescente se para todo ri e.

a a 1 , isto,

aa1 ...

se e a > a a suoesso diz-se decrescente.


. n n~ ].

Tda sucessao de ncinieros reais que satisfaz a qualquer des-


tas condiç õ es diz-se mon ó tona ou .monotni-ca.

Estas sucesses gozam da seguinte propriedade importante:.

9. Teorema. -Toda suoesso mon ó tona e regular. . .

Suponhamos, para fixar idias., que a suceso é no-d,ecres-


cente, e encaremos os dois casos possíveis: . .

a) A sucessão é limitada superiormente. -Neste caso, asuces-


s ã o admite um extremo superior L (finito) e, dado um nimero > O,ar-
bitrrio, existe .ao menos um termo a da sucessão talque -se tem:
o

o
Mas por ser a sucessão ngo-ãeorescente, para todondioe
n n se tem. a a e, portanto:
n.
o

OU
1
- 200 -

resultado que demonstra ser lima L

b) A sucesso nio é limitada superiormente. - Neste oaso,da-


do um numero.,
• k >0 9 qualquer, existe na ,sucessão um termo à > k, e,endo anan

para todo indice n n, ser&, a fortiori


o

isto é9 um a =
n~00

De modo análogo prova-se que, se a sucessão e nao-crescente,


converge para o seu extremo inferior ou diverge para - CO

• 10. OPERAÇ6ES SÔBRE LIMITES DE SUCESSES - 1 - Se as suoesses (a o ) e


• (b) convergem respectiva-
mente para a e b, as sucesses (a + b) e (a- b) convergem, respec-
tivamente, para a.+ b e para-a - b.

Com efeito, dado um t> 0, arbitrrio, existe um indice no


tal que, • para todo indice n no, se tem:
1 a -ai < -
n 2

e um outro Indice ri1 tal que, para todo indice ri> ri 1 , se tem

1 -bt<----
n 2

Ento, se N e o maior dos dois indices n o e n1 , para todo


indice n> N,, •se tem simultaneamente:

Ia-aI<--.— ,

Mas, sendo

1 (a + b ) - (a + b) 1 = (a a) + (b - b)l 1 a -aI+lb -bi


• ri - Ti - n - ri n ri
- 201 -

teremos, para todo índice n

•isto
lim(a +b )=a+b
n n -

Assim, o limite da soma (diferença) de duas sucess õ es con-


vergentes igual a soma (diferença) dos seus limites

• 0, teorerna -subSjste ;;para a sorna de um numero ,qualquer (fini-


to)de sucesses Convergentes.

Observaço Se urna das sucesses diverge para + ao ou - ao


e a outraoonverge para um limite finito, demonstra-se, fci1mente que
a, , ! sucessão soma diverge para +0 ou oo., .respectivamente.

Se ambas as suoesses divergem para +c» ou para -00 , a su-


cesso soma diverge para +dD ou para - , respectivamente

Se uma das sucesses diverge para +CO e a outra para


- ao , nada pode dizer-se, em geral, sabre o limite da suoesso soma
Analogamente, para o limite da sucessodiferença, quando as duas su-
Cesses divergem eofluntamente para +00 ou para - Diz-se,por is-
só, que co - ao e simbolo de indeterminaçao

II - Se a s u cessã o (a) designa uma cons


tente, a suoessgo (ice) converge para ka

Para k0 a propos1ço é evidente, para 1< 0, dado um


*E > 0, arbirrio, portanto cS/ 1k1 existe um índice n o tal quê,
para todo índice n> n, sê tem:
o
1 a a1 ••
n iki

ou
1 kJ1 a I<

ou
n
- 202 -

isto :
limka =ka
ri
ri -'-co

Em particular, para k = -1 9 vem:

um (-a) = -a
n-'-OO
isto é, se a sucesso (a) converge para a, a sucesso (_a) converge
para -a.

Se a sucesso (a) diverge para + , a sucesso (ka) di-


verge para +co ou para -co , segundo seja k > O ou < 0; se a su-
oesso (a) diverge para -c , a sucessão (ka) diverge para -co ou
para + 00 , segundo k> O ou < O..

III - Se a sucessão (a )e limitada e a sucessgo (b ) con-


verge para zero, a sucessgo (ab) também 222yerepara zero -*

Com efeito, a sueesso (a) sendo limitada, existe um nCime-


P0 positivo k talque., qualquer que sja o Inclíce ri, se tem:

ia 1
• n

Por outra lado, sendo zero o limite da sucessão (b), dado


um . 0, arbitrrio, e portanto, /k, existe um índice no tal que,pa
rã todo. £niee ri> ri , sê. tem:
o
1 t<-
n k
ou
kib n t < E
Portaritõ, a fortiori, para ri> n se • tem:

ia ti
n n

OU
a

isto e,
lim(a b.)=0
n-'-co
-203-

IV Se as suOesss: (a) e (b) oonvergem respectivamente


a e b, a sucessao (ab) converge para ab

Temos, com efeito, idnticamente

a b - ab (b n -b) + bri (a n - a)
ri m .

Por outro isdo, senda

lim(a-a)=0 ,
n-.00 n-0o

resulta, a vista da proposição anterior:

limá(b, -b)=o, limb(a -a)=O


n.
n-.-0o n- 11

Por conseqf1ncia
uni (ab - ab) = O

ou seja:
limab =ab
nn
n-.0O

Assim, o limite do produto de duas sucessões convergentes


igual ao produto dos seus limites.

O teorema subsiste para o produto de um número qualquer(fi-


nito) de suoesses convergentes

Observado.- Se ambas as suoesses tem limite infinito, a


sucessao produto tem por limite + ao ou - 03 , segundo sao ou nç do
mesmo sinal os dois limites infinitos

Se uma das sucesses converge para um limite finito nao nu-


lo e a outra sucessão diverte para +00 ou para -CO a sucessaopr
duto diverge para + 00 ou para - co , segundo 5a0 iguais ou diversos
os sinais dos limites das sucesses

Se uma das sucessões converge para zero e a outra diverge pA

ra + co ou para - co , nada pode dizer-se, em geral, sobre o limite


- 2O -

da sucesso produto Diz-se, por isso, que O x co e símbolo de inde-


termina.

V - Se, a
mi sucesso (a), sem trmos nulos, re para m
u
limite finito aO, a sucesso (1/a) converge para 1/a

Com efeito, temos idnticarnente

1
a a n
n lalial

Por ser um 1 a l = $ a 1 > O, dado um numero positivo


n—Õo
•k< 1 a 1, existe um índióe n tal que, para todo índice n no , se
tem 1 *1 > k e, portanto:

< 1
• a lia 1 k ai

Por outro lado, dado um > O, arbitrário, existe um lndi-


ce n1 tal que, para todo indico n> n 19 se tem

1 a -aJ<k 1 a
n

Assim., se N e o ma3or dos dois índices n, e n 19 para todo


índice n N, se tem:

1 - 1 <k : 1 a 1
j

ou *
1 1< 4,
a a
ri

isto:
um
a a
noO •n

Se a •sucesso (a) diverge para + 00 ou para - 00 , a su-


cesso ( - a-.' ) converge para. zero.
n
205

Se a sucessão (a u ) converge para zero e seus trmos, de uma


certa ordem em diante, são todos do meio sinal, a sucessão (—.) di-
verge para +00 ou —co , segundo ditas trmos so positivos ounegati-
vos,

Vi - Se a sucesso (a) converge para a a sucesso (b) sem


t e rmos nulos.,2r b O, a sueesso (a/b) para
a/b.

Com efeito, sendo


a
n
---=aX -- ,
n

vem, pelo teorema relatiVo ao limite de um produto:

a
UM, --- = um a x um b-
fl ~oD b n~o0 n
n

ou, a vista da proposição anterior:

lim -• = a x .1 a
n-..00 n -r =

AsSim, o limite do quociente de duas suces sõ es que t ê m limi-


tes. finitos o segundo direrante de zero, igual ao quociente dos li-
mites dessas sueesses9

Observaç ã o. - Se a sucesso (%) converge para zero e a su-


oeso (b) converse-para b O, a sucessgo (a/bn) converge para ze-
o.
Se a sucessao (a) converge para a O e a suoesso (b)con-
verge para zero, os seus termos sendo, de uma certa ordem em diante,
todos do mesmo sinal, a sucessao (a/b) diverge para +ao ou - 00
segundo concorda ou no o sinal de a com aqule que tm, de uma cer-
ta ordem em diante, os termos da sucessão (b

Nada pode dizer-se, em gei,,al, , , sô bre o limite da sucesso(an/bn)


2o6

se as.:. duas sucessões (a ) e (b ) convergem ambas para zero ou di-


n n
O 00 -
vergem ambas para + co (-oo) Diz-sê, por isso, que e sao
simbolos de indetermitaço.

• VII - Se a sucesso (à ) convergepara , sucessão


qualquer que seja o numero inteiro k, converge para ak, desde que Eara
• k<O.seja •aO e a4O.

Com efeito, se k e inteiro e positivo, por uma imediata ex-


tenso do teorema sabre o limite do produto de dois fatores •(Proposição
IV) temos:

• •iiin.a1
t oo nOO n-

Se k = 0, o teorema é evidente. Se k = - k', com • k'inteiro e


positivo, temos:

um kria = um - 1
= - 1 1
= --- = ak
n.-.co k' k'• 10
n~cO a ( um a ) a
n
n-o0
1
VIII se a é um número positivo (a>0), asuoesso (a )
converge para 1.

Como preliminar indispensável observemos que, se e uni


numero positivo, qualquer, vaie a desigualdade:

(1 + ) + n (n > 1)
pois que:
) fl = 2 + +
(1 + + ( ) E+ (

Para n suficientemente grande a expresso 1 + • nE põe tor-


nar-se maior que qualquer rn'imero positivo dado e, portanto, com maior
raza- op ocorre o mesmo com Ci + ) fl isto :
) fl = •+ 00
um (i + c,
n-00
207

Portanto, se a> 1, podemos determinar ri de modo que seja

) fl >
(i + a

donde se deduz:
1

isto: 1
lima =1
nOO

Se 0< a < 1 9 pondo a


=4 resulta b 1 e, portaÏto:

1
ri
lima =lim
1
-
1 -

b limbn
noo

Finalmente, para a = 1 ó teorema é evidente.


-1/ri in
Por ser a ( —) , também é, qualquer que seja o nu-
mero real e positivo a

1/n — 1/ri
lima = lima =1

IX - Se a sucesso (b) converg. zero e a é um numero


sucesso (a bn) oier

Com efeito, a vista da proposição anterior, as sucesses de


termos génrioos
1
(1)1/ri -1
-1 e

convergem para zero e, portanto, dado um >0, arbitrário, existe um


indice no tal que, para todo índice ri> n0 , se tem simultaneamente:

1]< e, ( 1) 1/fl
-1
- 208 -

Portanto, escolhido uni índice n fl ,temos as limitaçe:

(i)

1-<a 'i<i+c )

• Mas, sendo, por hipótese, um. b O , considerado o núme-


ro positivo 111h, pode-se determinaiz?índice a 2 tal que para todo
índice n >n2 seja:
1 1
- -< b < -
nu n

Portanto, supondo a > 1, resulta, para a >

1 1
n b n
a a a

ou, atendendo as,límítaçSes (1):

ou: b

isto: b
liman =1
fl 00
Por ser
• b -b
n 1 n
a =-)
a

temos, para o caso em que 0< a< 1:


b -b
- n 1 n.
lima = lim( -) = 1,
a

pois que lia (-b ) = 0.


n--00
Finalmente, para a = 1 9 o teorema e evidente.
210

Assim, o limite de uma exponencial é igual , à exponencial do


limite.

Observaço- Nada pode dizer-se, em geral, sabre õ limite


da .sucessao (abfl) quando:

a) lia a = 1IDL b = .0
n n
n...a, n-.00

b) :iim,a =1, lim.b. =+0O ou -O.

o.) lima =+OO,limb =0


n n-=00 n

Diz-se, por isso, que


0 CO O
O, .1 e CO

so simbolos de indeterminaç.

XI - Se o numero a 1 positivo e a sucesso (b), de


termos todos positivos, oonverge b > 0, 8-. sueesso.(log5b)-
verge Rara (log b.). .
,

.Com efeito, se a> 1, dado u > 0 9 arbitrário, se tem:

a <1, .a >1

Pode-se,portanto, determinar um numero positivo f tal que:

-E
a < l-f<l+<aE
b
Por outro 'lado, como 1 im. 1 ,.pode-se, fixádo p
CO
determinar um indice ri tal , que, para n> n, seja:

1-
-211-

Portanto, para nn0 , será também:

a< — -< a

donde, passando aos logaritmos

< <E

isto : b
um lOg =0
fløQ

ou
b - log b)= o
um (log an
a

ou seja:
limlogb - l0b

Sendo: •
1
1ogb = log1 --
-
a

resulta, se Oal

lirnlogb = limlog
-f = log
+ = l0 ab

Assim, o limite de um logaritmo e igual ao logaritmo do li-


mite,
Como
logb = log ( lia b)

resulta:
lira log b = log ( lia b )
a n a___ fl
n~CO

isto e, os s.mbo1os lia e log s ã o permutaveis


- 212 -

XII - 'S e a sucess ã o (a) de trmos todos positivos e dife-


rentes de 1, converge para o nmeró a 1, e a sucesso (b),de ter-
mos todos pósitivo, converge para >b o. a sucessão (lo b) con-
verge para logb.

Com efeito, por ser


10gb
an
log b
a n ioga
ri a

resulta:
limlogb 10gb
= -
lia iog b = = log b
a ri lia loga a
n--OO

Observaç ã o.- Nada pode dizer-se, em geral, sabre o limitéd&


sucessão (10g b) quando se tem:

a)lima
n_, n = .fl—o0
lia.b =1
ri

b) lia, a =' lia b = o


a n
n~00 ,n.-O0

o) lia a = lia b = +00


n_COn
n—CO

ci) lia a = 0, lia b +00


n -00 . n.00

e.) lia a = + 00 , lia b = O


n ri
n-'CO n-.o0

Dai dizer-se que log 1, log O., , logoo , log co e log O


1 .0 . O
5a0 simbolos de ind o termína çã o.

11. M ÉTODO DE PASSAGEM AO LIMITE -, Dos teoremas demonstrados resulta que,


sendo
lima=a, "iiab =b
n-00nn- -oon
'213

se tem:
]im(a n + b )= a
-. n -.

lia ab =ab
n-..co rin

].im——= (bO b310)

b
n, =a (a>.0, a>0)
fl fl
n—oo

um log e.b=loçb (0< a. 1,0< a 1,


n-.GO J
b>0, b>0
k
Em cada um desses casos o limite procurado resulta de operar
sabre os limites de (a) e (b) como se opera s6bre a e b para obter
ø termo da nova sucesso Neste principio consiste o nietodo de passa-
gem ao limite

12 O NÚMERO e DE NEPER — O limite de (i +_L)n , quando ri tende para


o infinito, de grande importância naAn1ise,
existe e é finito, como vamos demonstrar.

.Suporemos primeiramente que ri cresce por valores inteiros


e positivos, isto e, que n tende para +00 percorrendo o conjunto dos
ncimeros naturais 1,2,,3,.... n,

Pela :fórmula 40 binômio de NEWTON, temos

fl) .i.
(1 + = 1 + ( ) J +( . + (

=1+1 + O. — 1) + -a-) + +

+ n
n! n n
214

Ao crescer , ri, o segundo membro dessa igualdade cresce por


duas razes.: a) porque cada termo, com exceço dos dois primeirosres-
ce; h) porque aumenta o nrnero de termos, e eles so todos positi-
vos. Desta sorte, temos:

) fl )fl+l
(i + <(i + lí
ri n+1

isto e, a sucesso que tem por terna geral (i + rnon&tona


crescente.

Observemos agora que, sendo (1 +_L) = 2 para ri e.

(1 + )'> 2 para ri > 1 Além disso, para ri> 1, os binômios


n.
- , 1 - so todos menores que 1; logo, vale a du-
, ..
pla desigualdade:

2<(l+ 1)fl<ll1 1

e por conseguinte, a fortiori:

2<(l+ )<j+ + -L + .. +
2 22 2 -1
2

ou, somando os termos da progresso géomtrioa dê razão 1/2, que fi-


guram direita:
l n 1
2<(1+ — )

Temos pois, qualquer que seja --o inteiro positivo n> 1:


l n
2<(l+-)< 3
ri

Assim, a sucesso cujo termo geral e(1 + _ L)t'l, que já vi-


mos ser montona crescente, é limitada superiormente. Por conseqttncia
existe finito o limite, quardo n tende para -s- CO, de (i +
presentando, como universalmente se faz, pela letra e, asse limite,se-
r, pois:
in
um (i+ —)
n
= e

-com 2 < e Ç 3

Pondo f(n) = (i + acharemos Sucessivos valores apro-


ximados de e dando a ii sucessivos valores inteiros Assim,temos

f(l) = , f(10) = 29 59 9 r(ioo) = 2 9 70 , r(l000) = 2,715, •..

o numero e , que EULER, LAMBERT e LEGENDRE demonstraram ser,


irracional, tem importância no inferior a do numero Tt , e é a base dos
logaritmos naturais ou neperianos, seu valor aproximado, por def ei-
to, com 14 decimais e
e = 2,71828182845904

A relação (i), demonstrada para n inteiro e positivo, sub-


siste quando n. tende para + o por valores positivos quaisquer. Com
efeito, para todo valor de n 1, pode-se determinar um inteiro posi-
tivo rn tal que In n .< ia + Ento, teremos

1+ <l+— 1+-
• •mi-1 n m

• e, portanto;
) ) flI+l
(1 +)m< (1 + fl < ( 1+

Mas

um (1 + 1)m+1 + 1)m
= um {u (u + --
m
= e1=e
m m

e
lim(1 4- = + l)m+l (1+
m+i = = e

Por conseqtLncia, vale ainda a relação:


l.n
•lim(l+ —) =e
n
n—oo
- 216 -

quando n tende para + 00 por valóres positivos quaisquer.

Demonstremos, finalmente, que a mesma reiaçao de limite sub-


siste quando n varia no campo real negativo. Com efeito, pondo
= - (2 + 1),
, coam real positivo, .e atendendo que:

+ — n (m~ i) lml (i 1)m+1


1 = (i - ----- = -

resulta:
1 n lm+1
um (1 + = um (1 + = e
m— +00

Em resumo: Se n varia nó campo rea I é:

in
lia (1+—) =e
• .

n-.00 n.
D.e modo mais geraÍ,' vale a re1.aço:

)C Tin )
ins (i +

com . x numero determinado e finito

Coxa efeito; pondo - = ,


obtemos

(1 +
_25_ )n = ('
+ 1 )mx
(,
{ +
Quando, n-oÕ tamb é m m ) e,portarito: a
lia (1 + X = eX

c
= lia {(i + ,1/m)m + 1/a)
n-00 M.00 }
}
13 CRITERIOS DE CESARO - As duas proposiqes que vamos demonstrare-
vidas a CESÀRO, so de grande utilidade
para a pesquisa do limite de expresses fracion á rias nas quais, ao di-
vergir ri, o numerad o r e õ denominador convergem para zero ou divergem
conjuntamente.
1 - as sucess õ es (a) e (b) convergem para zero,. sendo
(b ) •mon ó tona crescente ou decrescente, e se existe o limite(finito )
n .,.

da raz ã o
-217-

a - a
n n+l
bn n+l

existe tamb é m o limite da razao a/b e é igual ao primeiro.

Se a primeira raz ã o diverge ELra + co ou para - co , a segun-


da razao tambm diverge respectivamente para +00 ou para - co

Para a demonstrçaõ podemos supor que a SU005aO (b) conver-


ge para zero decrescendo, isto é,

0,

porque, no caso eontrrio, bastaria considerar as suoesses Ç_a) e


(_b).
• Suponhamos primeiramente que o

ri
-an+l
.lia b

seda finito e representemo-lo por X.. Ento, dado um -> 0, arbitra-


rio, existe um índice n o tal que, para todo indice ri >.n o se tem:

- 4 < .< > + 4

Multiplicando por b - b , vem:

( - )(b -b _:fl4l < •( X. )(_b 1)

Mudando ri por n+l, n+2, .., n + p-1 (p inteiro'>1) e so-


mando, teremos: •

• - (b- b) <a- n+p


a< + 4 )(bbrip )
Pasto isto, deixemos ri fixo e façamos p tender para +co ;como
lira a=0, linib =0
p-.co n+p
Se

a -a
lida n n+l
fl-OO b -»n+l

dado um numero k>O, qualquer, existe um Indice n tal que, para to-
do indioe n > n se tem:
o

> 2k

e, com anlogo modo de proceder, acha-sê:

a -a >2k(b -,b )
n n+p ri n-p

Deixando ri fixo e fazendo p tender para + 00, tem-se no li


mite:
a>2kb

n-00 b
n
-219-

Finalmente, se
a -a
n 1-1+1
uni
b -b
ri—CO n n+l

demonstra-se analogamente que: a


n
00
nOO

II — Se sucesso (b 0) i ,monótona crescente (decrescen-


te), diverge para + OD (— 00), e existe o limite (finito) da razão

.a -a
n+l ri
b-b
n+]. ri

existe .tambm o limite da razgo a/b e e ____ ao primeiro.

Para +00 ou para —00


Seaprimeira razão .aiyerge — 9 8. Se-

gunda razao também diverge respeotivamente para +00 ou Pra — 00

Podemos limitar-nos ao caso em que a sucesso (b) monto-


na crescente,, divergindo para + CO
Suponhamos primeIramente que o

. . an +1.-a ri
lira
ri—CO bn+1 fl

seja finito `e represen temo-lo por X.. Então, dado um >1 0 9 arbitra-
rio, existe 'um índice ri tal que, para todo índice ri n 0 se tem:
o

x
—4 < : : x +

ou
.( + )b 1 b)
n+l b) < 8.n+ l — 8.n <

Mudando ri por n+i , n+2,..., n+p-l( inteiro> l)e ;so-


mando,, teremos:
- 220 -

(X -)(b - < (X+)(b -b )


2 n+p -bn )<a ri+p n 2 n+p fl

ou, dividindo por b (que podemos supor sempre positivo para n> n o >

c b. a a a
Xin.
b. + <( X + --)( i -
b + b
fl;+ fl+ fl+p fl+ fl+D

Posto isto, deixemos ri fixo e façamos p tender para + 00


como .p primeiro e o último membro desta dupla desigualdade convergem
respectivamente para X-E,12 e X+ OS 12 9 teremos no limite:

nIp
n+,p

e, portanto:
a
1
i:;
fl+

isto e:
a
um.fl+p
- =
n--oo b
n+p

Por oonséqncia também é:

a
uni n
ri—CO b
ri,

Se
a -a
nL n
um
n+I
b'ri
dado um numero k> O, qualquer, existe umíndice n o tal que, para to-
do índice ' > n , se tem:
Õ
a -a
n+l r
b -b >
n+i ri

donde, com. .anlogo modo de, proceder, acha-se:


n
-222-

e é igual ao primeiro.

Com efeito, sendo (n) uma sucesso .montona crescente e


um n = +00, temos, pelo segundo crit ério de CESÀRO:
a+a +,.. + (a1 + a2 ~ ... +
um = .3jfl ri
. =
n-0 fl- .

= lia a
n+l

À quantidade (a +a + a)/n chama-se iudiaaritm-


2 +
tica dos ri ni'imeros a1 ,a2 , 1
. o . a 0

II - Se existe, finito ou infinito (+CO ), o limite da suces-


são de trmos positivos (a), existe tambm o limite da sucesso

a,)

2 igual Z.imeiroo

.Com efeito, a vista do exereicio anterior, temos:

lia iog a = lia


lQg a + iog a2 +
. _______a.
+ Ioga
= lia ioga
n .-OO
- .n-OO n OO

isto :
iog(iimf ) = log (uma)

ou seja.:
lima aTTa ,

n-=CO .

A quantidade f 1a2 000a chama se mdia geo,mtrica dos n


-

n(uneros positivos a1 ,a29 0..., a

III - Se (a) uma sucess ã o ' de t ermos e existe,


finito ou infinito (+co),o limite da sucesso (ai/a),e tais-
bem o limite da sucessao
- -
e e .ival ao primeiro..
n

Com efeito, segundo o exercicio anterior, temos:


-224-
-225-

,
Mediante este teorema pode-se facilmente estender as suces-
s6es de termos complexos quase todos os teoremas sobre as sucessões de
termos reais. Assim, por exemplo, se -

um z = zo , uni. nt = t o ,
a n—OO

se tem:
lia (z+t)=z + t, lim(zt)=zt
fl-fl o- o na 00
:fl-.00 fl.'.

O critrio geral de convergência de CAUCHY mantem-se


Finalmente, observemos que, a sucessão (z) diz-se divergen-
te e escreve-se
limz =00
a
n..o0

e, dado um numero k> O, arbitrario, se pode determinar um índice n o


tal que, para todo índice a . n 0 , seja

z >- k
a

16 SUCESSES DE CONJUNTOS DE NÚMEROS REAIS - Diz-se que uma sucesso


de conjuntos de numeros
reais
xl,x2, 9

tem por limite o numero AF(ou converge para , ou tende para),


se, dado um numero E> O, arbitrário, existe um indio n o tal que,pa-
ra todo índice n > n, X esta contido no intervalo P-4 + ,

isto e, se tem:
1 x

qualquer que seja o elemento x de X

Com demonstração anloga aquela do eritrio de CAUCFIY para a


eonvergnoia de uma sucesso de nCtnieros reais estabelece-se a prOprosi-
çao:
Para que urna sucessão de conjuntos

X 9X 90 X OØ
12 n

,convergente, 2 necess.rio e suficiente que, dado um número


arbitrário, exista um índice n o tal que, para todo par de índices p, q,
sendo p>n, q>n, equaisquer que sejamx em e Xq X q se
tenha:
IX p Xq <E

Uma .sucessão de conjuntos diz-se constante quando, ao menos a


1

partir de urna certa ordem, iodos os conjuntos-tê rmos da sucessão so i-


guais entre si,
Manifestamente:
Para que urna sucesso constante de conunto convergente.
para , e neoess.rio e suficiente que, de um certo valor do indica n
em diante, todos os termos da sucesso sejam constituídos unicamente
pelo numero .

Urna sucessao de conjuntos

-- - xl ,x2 , , x,
diz-se se, dado um numero k> O, arbitr&rio, existe um nu -
mero natural tal que, para todo indice ri > n , nenhum termo X da
ri
o o ri
sucesso tem elementos no intervalo -k +k, isto , se tem Lx >
qualquer que seja o elemento x de X

Em particular, sedado um numero k > O, arbitrio, de um


certo valor do Indice n em diante, todos os elementos de X são maiores
que k (menores que -k), diz-se que a sucessão diverge para + 00 ( para

Uma sucesso convergente ou divergente para + 00 ou -00. ,diz-

se resular l . E urna sucesso nao regular diz-se oscilante.

Diz-sê que a sucesso de conjuntos -


xi,x ' .,x , 9

contida ria suoesso


x l ,x 29 ..ó,.x,o..

quando, para todo ri, -XI est.•oontido eia X.

Evidentemente;,
1) Dada uma sucesso de conjuntos ergente toda sucessgo
nela contida t.ambrn convergente e tem o mesmo limite da primeira.

2) Toda suoesso de conjuntos, contida numa outra


te, tarnbrn é divergente. e diverge para + 00 (para 00 ) se esta ou
tra I! EE CO (p.

Teorema 1 - Se C., e ponto de acumula ga o de uma dada sucess ã o


de conjuntos
(2)
n'

no contendo , pode—se construir uma suoesso no costante,conti


da na sucesso dada, e tendo por limite .

Com. efeito., seja


r 19 r,m.o, r,... (3)

uma sucesso de n.meros positivos, decrescente e converge -ate para zero.


Como ponto de acumuiaço da sucesso (2), há umainfinidade de
termos desta sucessão tais que, cada um deles tem ao menos um elemento
(distinto de , por virtude da:.:..h.iptese) no intervalo.
+ r 1 . Seja X. o primeiro termo da sucesso (2) comes-
*
1
te pDopried.ade, e seja X! o conjunto dos elementos de X 1 que caem
1 1
no mencionado intervalo

Analogamente, seja X. o primeiro trmo da sucesso(2), de..


pois de X, que tem ao menos um elemento no intervalo -r 2 —i +r 2 ,

e seja X.t o conjunto dos elementos de X que caem neste inter*


2
228

valo. E. assim por. diante.


À sucesso
, X ., , X , •
1 2 ri.

manifestamente no constante,, esta contida na (2) e converge para

Em particular:
Se e um ponto de acuni12jo de um 2unto X,contendo uni
numero finito de elementos iguais e , pode-se construir uma sucessao
no constante de conjuntos contidos em X e tendo por limite .

Basta, com efeito, supor que os trmos da sucessão (2) sejam


todos iguais ao conjunto formado pelos elementos de X, diferentes de.

18 Teorema Ii Se unia dada sucesso de conjuntos

- X1 , X2, 9 X,

encerra uma infinidade de termos ngo limitados orniee(inferior-


mente), ou encerra uma infinidade de termos limitados superiormente(in-
feriorxnente), cujos extremos superiores (inferiores) formam uni conjun-
to no limitado superiormente norma, ent,o,pode-se constniur
uma sucessao de conjuntos, contida. na dada, e divergente para +(parn
ra -

Seja, com efeito,


s19 s

unia suoessgo de .nmeros positivos, crescente e divergente, numa ou nou-


tra das hipoteses feitas sabre a suceso (4), há urna infinidade de ter-
.mos desta suoésso que tem elementos maiores que s 1 (menores que -
Seja X o primeiro trmo da suoossao (4) com esta propriedade,e se--

ja ri.,
o conjunto dos elementos de ..X. que sõ maiores que s (mano.-
1•- - i . 1
1
res que - S1 ).

An1ogam•ent.e, seja X. .0 primeiro termo da sucesso (4),,de-


2 . -
- 229

pois de X , que tem elementos maiores que s 2 (menores que - s 2 ) e se-


ja X' o conjunto dos elementos de X que so maiores que s me-
2
nores2que- s 2). E assim por diante.. 2

A sucesso
X! , XI , .. . X! , •
1 1 1
1 2 n

manifestamente cóntida na dada, e divergente para 00 00

Em particular

Se um to X no limitado ormente( inferiormente),


pode-se construir uma sucesso d conjuntos contidos em X e div ergen
+ (p

*
230

SÉRIES NUMRICAS

1. DEFINIÇES - Dada uma sucessao de ni:imeros reais

a1 , a2 , • a,pão (1)

a nova sucesso
S, s, •.. (2)
i'

com
s1 a1

SP =a +a
2 1 2
$3 = a1 ~ a2 + a3

s =a +a +.+a
n .1 2 n

chama-se srie de t e rmos a1 , a2 .., a,. e representa-se pelo sim-


bolo
a + a + + a + (3)
n

Abreviadamente, a serie pode representar-se pelo símbolo

• 00
a.
n=1

ou, ainda mais simplesmente, por

Ea

o numero a chama-se t ermo eral. da serie, de le se deduzem


todos os outros t e rmos fazendo n

Os trmos , 5 da sucesso (2) dizem-se as re-


-231-

duzidas da serie (3). Demais, a soma de um numero finito qualquer de


termos (no necessariamente consecutivos) da sucessgo (1) denomina-se
uma soma parcial da srie (3) As reduzidas SQ particulares somas
parciais.

2 CLASSIFICAÇÃO DAS SÉRIES - Se a sucesso (2) das reduzidas e regu-


lar e tem por limite s (fnito ou infi-
nito), diz-se que a srie (3) e regular e tem por soma s, escrevendo-
se:
s = a + a + .,. + a +
1 2 n
ou ainda, mais simplesmente:
ao
, s=a

De medo mais geral, diz-se que a serie (3) é convergente,di-


vergente, oscilante, indeterminada, segundo e sucessão (2) das suasre-
duzidas e convergente, divergente, oscilante, indeterminada, respec-
tivamente

Duas sries dizem-se de igual caracter quando so ambas con-


vergentes, divergentes, oscilantes ou indeterminadas. É manifesto que
o caracter de uma srie de uma s&rie n.ao se altera multiplicando-se to-
dos os seus termos por uni mesmo número nio nulo.

3 EXEMPLOS - 1 -.Série geométrica - Assim se denomina a srie

l+q+q +.,.,+q +ó

cujos trmos constituem uma progressão geométrica de razao q

Se q 1, temos:
qfl-J
2 .n-i
s=1+q+q + +q =

ou
1 q
-
-232-

a) Se 1 qI < 1, temos lia q ' =o e q portanto:


n— 00
1
lias =
ri 1-q
n—oo

isto é, a srie geométrica óIconvergente e tem para soma 1/1q

b) Se 1 q 1 > 1 9 temos lia q' +00 9 para q > 1, isto e,


-, n—oo ri
a serie geométrica e divergente e tem para soma + CO ; temos lia q 00
n— Co
para q - 1, isto e a serie geometrica e oscilante-divergente

e) Se 1 q 1 1, temos. para q =1:

- s =1+l+0+l.=n
a

e, portanto, liiiis =+OO,lStO . erie goráétriea o divergente


e tem para soma 00 ; parà q -1 a srie geomtiea escreve-se:

e e oscilante-indeterminada, porque s = 1 para ri ímpar e s = O


para ri par.-

II - S é rie de MENGOLI - Recebe esse nome a srie

r + + -r + +

O termo geral podendo escrever-se:

1 1

temos:
1 Ï
s = (1 - +( - )+ ,+ -

donde
lixa ri = 1 ,
ri—co fl

isto é, a srie de MENGOLI e convergente é tem para soma 1


234

A condi290 neo essria e suficiente para que uma srie 1:a-


a conveESente e que, para todo E,:-,- 0, arbitrario, exista um índice
o
tal que, para todo índice n > a, se tenha:

Ia n+,]- +a +0+a
n+2

ouseja
Is -s

sendo p um número ±nteiro positivo abitr&rio

Com efeito 9 a condição necessarla e suficiente para que a su-


cesso s,, s s seja convergente e que, para todo 0.
apbitrrio, exista um índice n o tal que,,para todo par de índices r, t
maiores que se tenha:
n,
o

5r

ou, o que é o mesmo:


5 -5
n+p n

para todo ri >-n e para p >-0 1 arbitrrio

a soma dos p termos consecutivos da


Representando por R
flp -

srieEa que seguem o termo n-esimo a, isto e, pondo

R =a +a ++a
n,p n]. n+2 n+p

a condição (1) escreve-se


IR
n,p
<E

com ri >n e p >0, arbitrário.

5, CONDIÇÃO NECESSÁRIA DE CONVERG ÊNCIA. S ÉRIE HARMÔNICA - Supondo,em par-


ticular 9 p = 1

na condição 1 R nqp 1 <E 9 resulta, pàra todo ri> n:


-235-

IR I=Ia I<
n,l n+l

isto :
lima =0
n+l
n__,çQ

ou melhor:
lima =0
ri
n—OO

Portanto, para que uma s é rie seja converSente e necessrio


que o seu termo geral tenha por limite zero quando n tende para + 00
é
ou seja, que os t e rmos da s rie formem uma sucessao infinitsima

de notar que esta condiço no e porem suficiente para a


convergnoia da srie, comó vamos mostrar considerando o exemplo cls-
sioo da s é rie harmônica.-
1 .1 1
1 + 7 +--+ ø. +-;-+ .. 9

assim denominada porque seus trmos formam uma progresso harmônica.


Nesta srie o termo geral .1/n converge para zero quando ri tende pa-
ra •+ CO e, no entanto, ela diverge para + oø • Com efeito, por ser

+ + .•. + >
n+]. n+2 2n 2

a oondiço 1 R 1, I <E nao pode verificar-se quando se supe


p = ri, qualquer que seja o. Por outra parte, sendo . .montona crescen-
te a sucessão das reduzidas da srie harmônica, ela necessariamente di-
verge para + 00

6. RESTO DE UMA SÉRIE - Chama-se resto de ordem o ou resto n4simo de


uma srie, e representa-se por R, a nova s
rie que se obtm suprimindo na srie dada os seus ri primeiros termos.

Se a serie dada
a +a +.+a +.. (1)
1 2 n
236

teremos:
R=a +a+ ,,, (2)
n n+l n+2

7 Teorema.- O resto de uma serie convergente e convergente, e reci-


procamente

Com. efeito, qualquer que seja o inteiro positivo p, temos:

a
R n, p= ¶n+l + 8n+2 + •
O +
n+P = S
S

donde, chamando s a soma da serie (1)

um Rn,p = uni (s
pO -n+p
- s ) = s -
ri
p—OD

isto , o resto n4simo R da srie (i) é convergente e tem para so-


n
ma' a diferença entre a soma, da serie (1) e a somados seus ri primei-
ros termos:
R =s -s

Reciprocamente, se o resto R e convergente, temos

um s = liiii (s + R ) = s + R
p--co nn
p.00'

isto é, a serie (i) é convergente e tem para soma 5 + R

Finalmente, observemos que o resto R de uma srie conver-


gente tende para zero quando ii tende para +00

Efetvaiaente, por ser R = s s, resut

limR = lim(s-s)=s-lims =s -s =0
n-00 fl fl-,0O
ri 00 n

8 PROPRIEDADE propriedade de p0-

der associar grupos


de termos consecutivos de uma sr1e, considerando cada grupo como um
iinico termo de uma nova srie, vale para as sries regulares,.

.Com efeito, seja


a+ a2 + + a + (1)

uma srie regular, e


h 19 h 2 , , h,

uma sucessao de n.meros inteiros positivos

Consideremos a serie cujo primeiro trmo e a soma dos h 1 pri-


meiros termos da srie (1), cujo segundo termo & a soma dos sucessivos
h2 termos s essivos da srie (1), e assimpor diante, isto é,,a sé-
rie;
(a 1 +a
2 + + 8h) + (ah 1 + 8h2 + oca
+ 8h
2 +

As reduzidas desta srie formam a suoesso .

(2)
6h1 5h 1+ h 2 Sh + h + + h ç #co

cujos termos so reduzidas da srie (1), e como esta suoessaoe urna


parte da sucessgo . .
l' ••• ' ' .. b

das reduzidas da série (i), resulta que: 1) se o um sexiste (fini-


to) e e igual a s, existe também(finito) e e iguaTs o limite da su-
cesso (2); 2) se a suces.so (s) diverge para + 00 ou para -00 ,tain-
bm diverge respectivamente para +00 ou para -00 a sucessão (2).:

Observaç ã o. — As s e ries oscilantes no so associativas Por


exempio a srie .
1 — 1 + 1 i +

e oscilante-indeterminada, ao passo que a serie que resulta de associar


seus trmos, dois a dois, ..
(l-u)+(ll)+.+(l-l)+...

e convergente e tem para soma zero


-238-

O mesmo exemplo deixa ver que as sries regulares naogOzam


• em geral da propr íedade dissooiativa9

9 SÉRIES DE T É RMOS POSITIVOS - Teorema.- Uma s é rie de t e rmos positi-


vos e regular
Com efeito, se a srie

a +a +,,,--a .
1 2 n

tem seus trrnos.todos positivos, a sucesso $192' s, das


suas reduzidas . manifestamente montona crescente, isto éq

.*à <
< Sri < 5n+l <

Por conseguinte, se esta sucesso é limitada e s e o seu


extremo superior, temos:
lua s. =
nOO

isto e, a srie considerada converge para s e, qualquer que seja on-


dice n, se tem
S <5
ri

Se .a sucessão (s) no é limitada diverge para + 00 , e por-


tanto a srie considerada diverge para + 00

Anlogamente, uma strie de trmos negativos é regular.,

So, por conseguinte, regulares as sries cujos termos no


tem todos os mesmo sinal, mas cujos termos positivos (negativos)so em
n(imero finito. Uma s é rie oscilante encerra pois uma infinidade de ter-
mos positivos e uma infinidade de termos negativos.

lO Propriedade comutativa.- Unia srie de termos positivos(negativos)1 9


convergente ou divergente, goza sempre da
• propriedade comutativa, isto e, a nova srie que se obtem . mudando a
ordem dos termos da srie dada é ainda convergente ou divergente, res-
-239-

pectivamente, e tem a mesma soma da serie dada

Seja, com efeito,


a1 + a2 + ... + a + oco (1)

uma serie de termos positivos convergente e

b 1 +b2 + +b+ (2)

a srie que se obtm mudando a ordem dos tmO.s da precedente.

Representando por s' a soma dos n primeiros trmos da s-


rie (2), será sempre possível determinar um índice rn tal que, na so-
ma inSdos rn primeiros trmos da srie (1) estejam incluídos todos a-
qu1es de s' Então, sés é a soma da serie (1), temos

S'5<S

isto:
SI S

Por conseguinte, a serie (2) converge para um limite

Invertendo, no raciocínio feito, o papel das series (1) e(2),,


acha-se
ss
Por o.onseqfléncia*
5 =5v

isto é, a srie (2) é convergente e tem a mesma soma da srie (i).

Se a srie (1) diverge (para + 00 ), da relaçãoe

ss;

resulta a dive.rgncia (para +oo) da srie (2).

evidente que também gozam da propriedade comutativa as se-


ries com um niimero infinito de termos positivos (negativos) e um nume-
— 240

.ro finito de termos negativos (positivos)

il CRITf2IOS DE CONVERGÊNCIA PARA AS S ERIES DE TERMOS POSITIVOS

O problema importante de reoonheeer se uma srie dada conver-


ge ou ngo e geralmente difícil, porque o critrio geral de convergn-
• cia para as sries, teoricamente perfeito, no é na pratica, deúcila-
piioaço. Dai recorrer-se a algumas regras praticas que permitem, em mui-
tos casos, reconhecer se uma srie é convergente ou divergente.Tais re-
gras denominam-se crit é rios de converência ou de diveUincía.

• Estudaremos a seguir os mais simples e de uso corrente para


as sries de trnios positivos

1 — Critério do eonfronto ou de GAUSS. — Diz-se que uma série


de termos positivos
a +a + +.'a + (1)
1 2 ri

majorante de urna outra série de termos positivos:

b +b + + b + . a. (2)
1 2 ri

e esta, por sua vez, minorante da primeira, quando todo trmo da srie
(2) ngo supera o termo correspondente da srie (1) 9 isto éq quando se
tem, qualquer que seja o índice ri:

b a
n n

Pasto isto, vamos demonstrar o seguinte oritrio de GAEJSS:


Se a srie májorante é convergente q a minorante tamb é m é con-
vergente; e se srie minorante é divergente, a majorante ,também é di-
vergente*

com efeito, no primeiro caso, toda reduzida 5' da srie mino-


rante nao supera a reduzida correspondente s da srie majorante, isto
n.

ss
-241-

Como, por hiptese, existe finito o um s , que denotare


mos por s, teremos
.ss
n
e portanto:

n
isto e, o conjunto das reduzidas da srie minorante é limitado. Logo,a
série minorante é convergente e sua soma sc no supera a soma da srie
majorante (a s).

No segundo caso, sendo a' < a e lira s' = + 00 , também


n •n n
e necessariamente um s = + 00 , isto e, a serie majorante diverge
n-.-o,
para .+ 00.

Exemplos,- i) A srie geométrica,

1 + -. +
+ —1 +
2 •2
majorante em relação a srie
1 1 1
1 ++ + +

e como a primeira é convergente, a segunda também & convergente..

2),A srie
1 1 1
1+ + -+...+ +...
• ,

.majorante em relação à srie harmônica


1 1 1
1 + + + ... + +

e como a s&rie harmônica é divergente, a primeira srie também é di-


vergente.
Temos aqui um outro exemplo de srié divergente cujo termo ge
ral tem por limite zero quando ri tende para + 00

3) Serie harmnica generalizada -Assim se denomina-a, serie


- 242 -.

1 + - + - + • 1• + - + ...
2p 3p fl p

onde p e um numero real positivo qualquer ou nulo.

Para p = 0, o termo geral reduz-se a 1, e a srie. diverge pa-


ra + 00 à Para p = 1 obtemos a srie harmniõa, que já sabemos ser di-
vergente. Para 0< p < 1, temos.:

isto ', a serie (1) . é maaorant da serie harmônica e, portanto, diver-


gente.
Para estudar o caso de p> 1 consideraremos a srie:

.1 13p 1 1 + 1 1
--
2p
1
k 9 1
6' 7
1 ) + (2)
+ ( + (2+ + + IlYV
que resulta de um particular agrupamento dos termos da serie (i).
Esta riovasrie e Qonvergete, porque o seu termo de ordem
•• (m.+1), dado pelo m-esimo parentese, e menor-que: 1
- • 1/2'P 1/ 2mp + + 1 /2mp 2m/2mp = ( -- )
e a srie geomtrica de razão 112p1 (sendo p> -1 e convergente.

Por outra parte, se ø.. e 0C denotam, respectivamente, a re-


m
duzida m4sima e a soma da srie (2) , se tem a < CC , e como CC
a m
coincide com a reduzida a da serie (1), tdas as reduzidas da s-

rie (1) resultam menores que OC e por conseqtiencia a serie (1) e con-
vergente.

Temos pois o teorema seguinte:


A .srie harmônica generalizada diverge para O p 1 e con-
verge parap>l.

II - Crit é rio da razao ou de D'ALEMBERT,- Uma s é rie de ter-,


305 positivos
•a +a +.. 4 +a+
]. 2
-243-

convergente se, a partir de certa ordem ,, se tem

k ,

sendo k um nimero positivo menor que 1 (o< k< 1), se a partir ei-

ta set
a
1
fl

a s é rie e divergente

Corno o carater de uma srie .xio se altera quando nela supri-


mimos um numero finito de trmos 9 para a demonstração do teorema e li-
cito supor que as condições expressas no seu enunciado se verificam a
partir do primeiro trmo (Obsevaçao análoga vale para a demonstração
dos outros cit&ios)

Suponhamos, entío, que sejas,

k k' (0< k< i)


'

Multiplicando membro a membro as ri primeiras dessas desi-


gualdades, entre nCimeros positivos 9 vem

a1
kn

ou n
a <ak
n+1- 1

Por conseguinte a srie dada E an é minorante da s&rie geo-


métrica
EL 1 + a1k + a1k2 + + a1kTi +

e como esta é convergente, por ser k< 1 9 a srie dada resulta 9 pelo
oritrio do confronto, convergente
Quando seja
a
a

ou
a a
n+1n

no poderemos ter um a O , isto é, no se verifica a condição ne-


n .-oon
cessaria de convergencia, e a serie dada e, pQrtante, divergente

Observaço Na pratica o criterio da razo e comwnenteapli-


cado sob a forma particular seguinte: =

Uma serie de t e rmos Rositívos Ea convergente se existe o


a
n+l
um
n-00 a

e e um número X<l ;se, ao inves, asse limite e um , número X>u, a


s é rie • divergente Se X= 1 nada se pode afirmar sobre o oarter da
s é rie.

Suponhamás,com efeito,
a
Jim.- =<l
a

Sendo X< 1 9 podemos escolher um ruunero h compreendido en-


tre X e 1 ( X h <1) e considerar o nctmero E = h -X .Entgô, pela
definição de limite de-uma .suoesso, existe um índicen tal que, para
todo índice m > n , se temi
O

e, em particular

+ E - h

isto éq para todo n > a, as razões a 1 /a so todas menores queum


nme.ró fixo h <1 e, portanto, à vista do teorema precedente a. srie
- 245

a n e convergente,

Quando seja
a
n+1 -'
lia
a
n
o
escolhido um nu mero h compreendido entre 1 e). (1-< h <X ) e consi-
derado o numero positivo = X - h, ser., analogamente, a partir de um
certo valor do índice n.:

a
n+l
a
n
e, portanto, pelo teorema precedente, a srie Ea divergentes

Quando seja X. = 1, para reconhecer. a convergência ou diver-


gência da srie E a faz-se mister recorrer a outras consideraçes,
a noser que a razo a 1 /a tenda para 1 mantendo-se sempre >l,ca-
n+
se em çue a srie é certamente divergentes

Exemplos.- .i) A srie


00

convergente,

Com efeito, ternos:

n+1 (n+1) 3 n3 (n +n' ri + 1 1 131


: =( +
n+l
= + i,

n=O
246

Temos:
n

um -aa n+1 um
nx
— =lia
11-1
ri
------x
n -i
=x
n-00 ri n-oo (n-1)x

Portanto, a.serie considerada converge para O x oc 1 e di-


verge para x>. 1 Para x = 1 a srie reduz-se aEn e e divergente
• III - Crit é rio da raiz ou de CAUCHY,- Uma s é rie de termos po-
sitivos
a +a +.+a n +
1 2

convergente se 5 a partir de certa ordem, se tem

sendo k um nrero positivo menor que 1 (o <k <1)4 se k a partir decce


ta ordem, se tem

a s é rie e divergente

Coza efeito, se
%í a. k<1

teremos
ak<1

isto a srie proposta :minoranteda srie geométrica


2 n
1 + k + k + + k •+

e como esta e convergente, por ser k<1, segue-se que a proposta tam-
bmo é.

Se•
TÇ1
resulta:
n
isto e, a srie proposta é majorante da srie divergente
-24?-

l+l+1+,o,+1+o.o

e, portanto, divergente.

Àmesnia conóusio se chega atendendo que, neste caso,nose


verifica a condição neceçsri& de aonvergncia: lima = O

Observação ã - Na pratica emprega-se habitualmente o citerio


da. .raiz sob .a forma particular seguintes
Uma série de termos positivos E convergente se existe o

l im

número X<1; se, ao invs,asse limite um n.mero a


série e divergente Se X = 1 nada se pode afirmar sabre o caráter da
serie.

Este oorolrio demonstra-se com o mesmo raciocínio feito an-


teriormente na demonstração do corolrio correspondente ao oritriø da
razo. Por exemplo, a srie
2 3 4
x +
22 + 4-
3 4
(x > O)

•e convergente, porque

n—
um
S --
x:
n
uni -ri = o
n-.CO

IV - CritrLo de KUMMER - Se,dada uma srie de t rmos e posi-

tivos
a + a + ,, + a +
l 2

pede-se determinar uma sucessão de números positivos

b1 , b2 , , b,

tal que, .a partir de certa ordem, se tenha:


- b >k (1)
fl a n+1
n+l
248

sendo k um numero positivo (k> o), .a srie dada é convergente;, se, ao


inves, pode-se determinar a sucesso dos n(meros positivos b de modo
que seja divergente a srie

+ Ó + - +
b b b
1 2 n

e, a partir de certa ordem, se tenha:•

a
b -b o. (2)
na n+1

a serie e divergente

Para demonstrar a primeira parte do teorema comecemos pormul-


tiplicar ambos os membros da desigualdade (1) pelo numero positivo a 1,
o que dai
.ba -ba >ks >0-
n n+ln1 n+l

ou seja
ba>b a
• •nn n+ln+1

Assim, a sucesso
b1a1 , b2a2 0 ba n oco

montona decrescente, e Como seus termos sgc todos positivos, admite


um limite 2 o, isto é - -

- Um (-a b ) Q> o-
n n.

Mas, ento, a saie

a.
11 2 22 -33 n, P n+lh.+1 )+.

convergente, porque a soma dos seus ri primeiros termos é igual a


b -b a e
11 r+1ri-i-i -
lia (ba-b. a )=ba
11 n+in+1 11
n—oo
Por outre parte,, como a srie

ka +ka +.,+ka +,.


2 3 fl

, minorante em relação à precedente, ela & convergente e,portanto,tam-


o a srie dada.

Para demonstrar a segunda parte do teorema multipliquemos em


bos os membros da desigualdade (2) pelo nmero põstivo a+1; teremos:

b -b O
n n+1
.øu
b <b a.
n n+ln+i

de modo que, pondo .b1a1 = A, resulta; ba > A ; por ser b> O,


esta desigualdade pode escrever-se:

A
n

A srie

+ *+ +
1 2 fl

sendo, por hipótese,-divergente, a srie

A A A
- + + + - + o,
1 2 n
tambm o et e como a srie dada é majorante desta, por virtude da de-
sigualdade a A/b, podemos concluir que ela é dietgente

Observaao - O teorema de KUMMER fornece um criterio parti-


cular de oonvergncia cada vez que particulariza a sucessão de n.me-
ros positivos h , b b ,. Assim,por exemplo, supondo b =b =
12 n 12
= 1, acha-se o criterio da razão Efetivamente, a desigual-
dade (1) fica:
a a
> 1 + k • n+l < 1
e. a
n+l n
-250-

.A desigualdade (2) torna-se:

e, além disso a srie

T + T + + T +

diveí'ge.

V - Crit é rio de RAABE - Uma srie de t e rmos positivos

a +. a +..., +.a +
12 n

convergente se a ir de certa ordem, se te

a
( i) > k
a
n+l

sendo k um numero maior que 1 Se, a partir de certa ordem, se tem

a
n(..
,n+1
a s e rie divergente.

Com eteito, supondo nó ørit&'io de KUER que .a sucesso de


números positivos b1 , b2 , seja aquela dos números natu-
rais 1,2,3,....., n,...., a desigualdade (i), onde .k > O t escreve-se:

a
y ..JL -(n+ )>k
n+l

ou.
a
r -i)> k+l>l
.n+l

o que demonstra . primeira parte do critrio de RÂABE.


Anlogarnente, para b = n 9 a desigualdade (2) transforma-se .
-251-

na seguinte:
a
n
n :- (n + 1) o
n+1

ou
a
an+l

Como, além disso, a srie harmônica E -- divergente, re-


sulta demonstrada a segunda parte do or1trio de RAABE.

Na prática a aplioaço dste oritrio se faz, como nos ou-


tros cxitrios, procurando o
• a
'limn(---
n+l

Se este limite existe e.é maior que 1, a srie convergenté;


se, ao invs 9 sse limite é menor que 1, a srie é divergente Nada se
pode concluir sabre o carter da srie se o limite em questo e igual
ai.
Exemplo - Determinar a natureza da serie

2 '___________________
+ (x >0)
+ (x+i)(xr + + (x+l)(x+2) (x+n)

Temos:

a
n' (n+l)' x+n+l
Çx+i)x+) (x+n) vi). (x+n+l) = n+l

Aplieand.o o eriterio de RAABE, obtemos

n x+n+1 fl
limn(. -i)= iim( --i)= um -.x =x
a 1• +I n +1

Portanto, a srie proposta converge para x> 1 e diverge pa-


ra x< 1, para x = 1, a serie transforma-se na seguinte

1 1 1 ••
+
2 3
- 252 -

que e,a srie harmnica, privada do primeiro termo, e por conseguinte


divergente

12 SERIES, DE TÊRMOS POSITIVOS E NEGATIVOS - Séries de termos alterna-


daiente pasitivosenegati-
v°s
Teorema.- Se a19 a29 , a0 uma sucessão ,de numeros
reais positivos tais qie

aa. a a e lia a O ,
1 2. n n+l a

isto e 9 uma sucesso rnonttona infinitsini.a, a skie


n.-1
a a
1 -a2 ++ n U

o cOnvergente

Com efeito, considerando as reduzidas de ordem par 52n e


52n+2
da srie (i), temos:
1 - a2 )+ (a3 -a4 ) +
52n (a + 2n-1 a2)

21 - a22 )
5 2n+2 52n + (a

Por ser a a 1 , qualquer que seja ri, resulta:

O S a22

isto e, as reduzidas de ordem par formam uma sucesso no-decrescente


Demais, como

S = a1 (a2 - a 3 )-(a 4 - a5) - (a 22 - a 1 ) - a2

e todas as diferenças entre parnteses so no negativas, segue-se que


a1 , qualquer que seja ri Portantø, as reduzidas de ordem par
formam urna sucesso (no-decrescente) limitada e desta sorte existe o
lia s2n e e,,ura numero s tal que O $ a 1

Por outra parte, sendo


resulta, por ser lia, a O ,
2ri+1,

um s 2n+i

• Fica assim provado que a sucesso de tdas as reduzidas tem


por limite s, isto e, que a serie (u) converge para o limite rio ne-
gativo s. Por .eempio, a srie

chamada s érie harmnic•a alternada, e convergente, porque

i >4> 4> e lia = O


•n-oo

13 SERIES AB$OLUTAMENTE CONVERGENTES - Urna serie diz-se absolutamen-


te convergente quando a se-
rie formada com os valores absolutos' de seus termos é convergente.

Para esta categoria de sries vala o seguinte teorema


T o da s é rie absolutamente convergente é convergente.

$ea,00m efeito,

a1 + a2 + .,. + a. + ... (i)

uma srie absolutamente convergente, isto é, tal que a srie

(2)

& convergente.

Para demonstrar o teorema começaremos por mostrar que as duas


series de termos positivos

P1 + + ... +'P• + ..• (3)


+ q2 + ••• + + ... (4)
254

respectivamente formadas com os sucessivos termos positivos e com os


valores absolutos dos sucessivos termos negativos da srie (1) são am-
bas conversen tes,
.

Admitamos que. 9 entre os n 9 primeiros termos da srie (2),es-


t.ej5m ino1u.dos os ri primeiros termos da ,serie (3); teremos,, ento:

1 2 ri

P representando ,a soma dos n primeiros trmos da .srie (3).

Designando por A' a soma da.s&rie (2), temos:

laI+IaI+,,,+Ia<A'
1 2 n

Portanto, s

P A'
n

Assim, .0. cofijunto das reduzidas da serie de trrnos positivos


limitado e por oonseqttnoia esta srie convergente.
Prova-se, de modo an1ogo, que a. srie de trmos positivos
tambm. é,convergente.
Pasto isto, suponhamos que, entre os n prim.eirps termos da
•serie (i), hajam r positivos e s negativos (r+s = ri); teremos,
evidentemente:
A=P -Q
fl r 5

A ,P e Q representando respectivamente as somas dos ri, .r e spri-


meiros termos das series (1), (3) e

Quando ri cresce indefinidamente, r e s tanibm crescem in-


definidaiitente e, portanto, ternos:

um A
ri
um .pr um Q s
n—oo r-00 S-'.c0
- 255 -

Como os limites do segundo membro existem finitos, pois as


sries (3) e (4) sgo, como acabamos de ver, co-nvergentes, existe tam-
bani finito o limite do primeiro membro, isto a srie con-
vergente e sua soma é a diferença entre as somas P e Q das sries (3)

A =P-Q

de notar que asse teorema na* eG invertivel, por isso que a


sr1e Ea pode ser convergente sem que o seja a série Ei an 1 Por
exemplo, a série harm&nca alternada

1-

. convergente e t no entanto, a srie formada com os valores absolutos


dos seus termos (serie harmnica) , como sabemos, divergente
Uma srie convergente, mas não absolütamente convergente,diz-
se simplesmente convergente ou semi-convergente

Os oriterios de oonvergncia para as series de termos posi-


tivos podem ser empregados para estabelecer a convergência absoluta
das sries com trmos de sinais quaisquer; alem disso, tais oDitrios,
vista do teorema anterior, podem tambm servir para demonstrara con-
vergericia de certas sries com termos de sinais quaisquer e, precisa-
mente, daquelas absolutamente convergentes.

14 PROPRIEDADE COMUTATIVA DAS S ÉRIES ,ABSOLUTAMENTE CONVERGENTES

A propriedade comutativa das somas ordinárias, valida para


as sries de trmos com 'o mesmo sinal, estende-se às sries de termos
com sinais quaisquer, desde que absolutamente convergentes, isto ,sub-
siste o teorema:

Uma s é rie absolutamente convergente permanece convergente e


com a mesma soma, qualquer que seja a ordem dos seus termos*

Com efeito, uma mudança qualquer na ordem dos termos da s-


- 256 -

rie absolutamente convergente

a ~ a +..+a +., (i)


1 2 n
produz como u nico efeito a mudança na ordem dos t e rmos das sries

pi + p + + Pn +

q1 + q ~ ..a + q +

respectivamente formadas pelos sucessivos termos, positivos e pelos va-


lores absolutos dos sucessivos trmos negativos da serie (1)

Mas, estas duas series sendo de trnios todos positivos, per-


manecem convergentes e suas somas P •e Q no se alteram com a mudança na
oDdem de seus t e rmos; por conseqü ê ncia, a srie () permanecera conver-
gente e sua soma séra sempre igual ao numero A = P — Q, qualquer que se-
ja a ordem dos seus t e rmos .

Observação. ~ A propriedade comutativa, valida para as serias


absolutamente convergentes, nao subsiste para as sries simplesmente
convergentes Vale, com efeito, o seguinte teorema importante deRIEMAN-
DINI:
A soma de uma sane simplesmente convergente depende da prdem
dos seus trmos e, modificando esta ordem, e possvel obter uma srie
que tenha para soma um niiniero real prefixado qualquer, ou que sena di-
ve.rgente, ou indeterminada,

As sries convergentes cuja soma no se altera com a mudança


da ordem dos seus t ermos dizem-se incondicionalmente convergentes

Podemos ento, dizer que:


t) As s é ries de triuos positivos Cat ivos). quando conver-
gentes, o 5g0 incondicionalmente.
2) Uma s érie qualquer, quando absolutamente convergente, o
in condi cio na1mente .

Um critrio importante para reconhecer se uma srie é ou não

incondicionalmente convergente fornecido pelo seguinte teorema de DI —


-257-

RICHLET:
A condiço necessaria e suficiente para que uma srie seja

incondicionalme nte convergente que seja absolutamente

Observémos, finalmente, que &s sries nao incondicionalmente


convergentes dizem-se condicionalmente convergentes

15 ES SÔBRE AS SÉRIES 1 - Soma £ diferença de duas sra.es

Dadas duas sries

+a+ .. = Ea

chamam-se s é rie soma e s é riedif er2n ia as sries:

(a+ b + (82 + + + (a + b) + = E (a+ b)

(a1 - b1) + (82 b2 ) + + (a - b) + = E (a- b)

16 Teorema. - 1) Se as series Ea e Eb são convergentes e tm pa-


ra somas A e B. as s é ries soma e ena sio conver-
gentes e tin para soma A + B e A - E, respectivamente,

• 2) Se as s é ries E a e Eb so absolutamente conver-


gentes, as series soma e diferensa so absolutamente con-
vergentes.

1.) Com efeito, representando por AnBnSnS as reduzidas


n-.simas das sries a, E b9 E (a + b), E
(a - b), respecti-
vamente, teremos

S=(a+b)+(a2 +b2 )+ +(a+b)

= (a1 + + + a) + (b 1 +b2 + + b) = A + E
-258-

S (a - b ) + ( a -b ) + + (a b.) =
n' 1. 1 2 2 ri ri

Ça +a + ,.,+a)-(b+b +00.+b)=A-B
1 2 n 1. 2 ri ri n

donde
um 5 = lia A + lia B = A + B
n ri ri
n-

liaS' = limA lias =A


fl-iV
ri ri-

r
isto e, a sé ríe soma E (a + b) e a srie diferença (a - b) sao
convergentes tem, para somas A+B e A,- B, respéotivamente

2) Se as sries são ZI a 1 e b n 1 so convergentes, tam


bm são convergentes as sries soma e diferença destas, isto , as se-
ries:

E {ari 1+ bI
ri )
e
'
a + b
fl')

Por outra parte,sendo -

Ia'+blal+tbI, la -bllaI -IbI,

as series
a + b e
E1a-b1
sao convergentes, isto e, as series ,soma e diferença so absolutamen-
te convergentes.

II Produto de duas séries. - Dadas duas series a, b,

chama-se s é rie produto das duas


(segundo CAUCHY), a s&ie:

.+ +.. +,
1 2 n n

cujos termos sao formados mediante a seguinte lei:


-259,-

1 11
w=ab

w2 = a1b2 + ab1

vi 3 .ab 3 + ab2 + a 3b1

vi =ab +ab +..ó+a b +ab


n 1 n 2 n-1 a-1 2 n 1

17 Teorema de MER5ENS - Se as duas serres Ea e


E
b so conver-
e uma ao menos e absolutamente conver-
gente, a srie produto
somas das serles dadas
E we convergente e tem para soma o produto das

Suponhamos as series eE b absolutamente convergen-


te e convergente, .respéetivarnente Representemos por AB e W as re-
o
duzidas n4siznas das és a b eE w n respectivamente; tere-
n E n
,

aos:
W aB+aB + •. ~ aB
n 1 2n-1 n

ou
W = a1 (B-B) + a2 (5 1- 5) + + a(B1 -B) + AS

onde E des.gna a soma da s e rie


3.

Pondo

Sn = a 1 (B - B) + a2(Bni_ 3) + + a(B 1 - B)

a igualdade precedente escreve-se:

W= •S +A
n n n
Como
lim(A nB) = B x um A = AS ,
n
n— W n-oo
-260-

basta para demonstrar o teorema provar que um S O , porque,ento,


• tem: n~ co

liniW =ÂB
n—oo n

Por ser um E = E, todos os números (positivos)I B - BI


que se obt e m dando ' ° i os valores l,2,3,.. o menõresque umni-
mero fixo Com efeito, dado um O arbitrário, existe um índice rn
t&l que, para todo n> m, se tem 1 B Bi< Demais, ;s número -

1 B - B 1 1 1 B2 B 1, é, 1 B B 1 sendo em nCunero fi nito, eLste


- Àc u ni nu-
-
mero K que supera ao me s mo tempo e o maior d e sses rn numeros, isto
todos os numeros 1 B - B1 , qualquer que seja ri, so menores que K

1 B -Bl<K
ri

A srieE a sendo 9 por hipótese, absolutamente convergente,


•a srie 1 &. 1 é convergente e portanto, chamando A' a sua soma,
teremos, qualquer que seca o inteiro n> O

a + 1 a 1 + ,. + 1 a l A'
1 2, • n

Ent ão, se }1 desinga uni numero maior que ,K e A', valem,qual-


quer que seja ri, as desigualdades:

•I B -BIÍ-1 a 1+1 ai + + Ia I<H


n 1 2 fl

• Por outra parte, como um. B = B e a srie Ei a 1 con-


vergente, dado um. E.>o arbitr n.—
e portanto E/2H, existe um mdi-
ce p tal que, para todo {ndice ri> p, valem ambas as desigualdades

E -Bi.--- ,1 à I+ia 1 + àó* +iai< -


•n 2H p+l p+2 n 2 H

Resulta,pois, para n--> 2p:


IS.I ia ii B - Ei + + I a li E - Ei + Ia 1 IE -Bl+..+

+ ai 1 B1-Bi (1a1 1+ ~ lgI) + (l:l+ +Ial)H H+ H=


261

isto és
liuiS =0
n —.x n

Deste modo, a serie produtos w converge e tem para soma AB


produto das'somas das series dadas.
Dste teorema resulta como corolario uma proposição demons-
trada pela primeira vez por CAUCHYI
é
A s rie produto de duas series absolutamente convergentes e
absolutamente convergente.

Com efeito* , sea sriesEaeb são absolutamente con-


vergentes, a série que tem para termo geral

Ia tib 1 + 1 a 1 Ib 1 + •., + 1 nalIbi


1 n • 2 n-i. 1

convergente por ser a serie produto das duas sries EIa eE 1b,19
as quais so, por h1ptese, convergentes

Mas, sendo

l la 1 1 1 b 1 + 1 a 2 1 ib 1I + + lal 1 b 1 1,

resulta convergente a srieE w 1, isto e, a srie produtoL w e


absolutamente convergente.

de notar que, se as duas sries E a eE b so ambas sim-


plesmente convergentes, a serie produto Ew pode no ser convergente
Vale, porm, o seguinte teorema de ABELôo
Se , a s&le produto Ew é convergente, sua soma e sempre i-
ao produto das somas das s éries Ea eE
18 SERIES DE TRMOS COMPLEXOS - As definçes dadas para as series de
termos reais valem para as series de
termos complexos.

Considerada a srie:
-262

(a + ib1 ) + (a2 + ii 2 ) + . (a + ib) +

epondoi.
A a + 82 + •.. + a + •.. , B = b1 ~ b2 -... + b+

se tem*
s =A +•iB
ri n n.

Por conseqncia A condiço necessria e suficiente para que


urna serie de ,t e rmos complexos seja convergente e que sejam convergen-
tes a serie das partes reais e a sri.e dos coeficientes da unidade irna-
ginria dos seus trmos.

Se a s é rie dos m ó dulos de uma s é rie de t e rmos complexos & con-


vergente, a srie dada é convergente. Com efeito, sé a srie

/ a2 + b2 + a + b + .+%ía2 +

convergente, so tamb ém convergentes as duas sries mirtorantes:

a1 1 + 1 a2 . + + 1 a 1 + ,.. , 1 b1 1. +1 b2 1 + .. .+ 1 b 1 +...

isto e , so convergente as duas sries & e b, e por conse-


guinte a srie dada.

Chamando ainda absolutamente convergente uma srie de trmos


complexos cujos m&dulos formam uma srie convergente, subsÏstè.pórtan-
to o teorema:

Uma sério absolutamente convergente é convergente.

O teorema de DIRICHLET vale tambm para as sri.es de t e rmos


complexos.

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