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Já sabemos, desde os .
d· _
existe Pnrn.órdio sd · ,.
1.
1reu iano nao . ª psica na .
11se, que o mcon .
sem inc1d ênc. b
sc1 ente
o sintoma que demonstr . 1 ~ so re O corpo. Basicamen te, é
. , . a isso, espec ial t b r
são h1stenca, pois basta l men e so a iorm a da conver-
coisa seja confirmada. que e e ceda ao d ·&
eci amento para que a
Entretanto, há mais: há a des b d
I ·d d co erta O caráter traumático
da
sexua 1 a e que , por sua vez assinai h
" I ª que O ser umano, rebati-
zado como fa asser ,, por Laca '
n é af etad 1 r1 .
. . . 0 pe a ia ta
,, '
que sena um instinto sexual. E verdade que gros essencial do
_ . , so mo do, o E'd'1po
supre essa falta, nao sem acidentes sintomáticos. Há ainda também
a descoberta deste paradoxal para além do princípio do prazer, em
que se afirma a captura do sujeito por um gozo nocivo. Entretanto,
fato é que a psicanálise nem enriqueceu o conhecimento do corpo
biológico , nem renovou verdadeiramente a resposta de Tirésias à
questão do gozo sexual, nem mesmo teve êxito - Lacan sublinhava
isso - em enriquecer a erótica com uma nova perversão. É necessá-
rio, portanto dizer com o a psicanálise trata o corpo.
O corpo, a bem dizer, está na moda. Não por efeito da psica-
nálise, mas, antes, devido à prol iferação daquilo que chamamos
normalmente de as técnicas do corpo. E um nome tra1çoeuo , pms ,,,
• • 1
---
1 Texto originalmente publicado em Quarto, Révue de l'ACF, Bélgica, n.16, p.49-5
pela autora como Anexo
na publicação de L ,en-corps du su1et
6, dez.19S3 e_incluído
• (2001-2002)· Em ortuguês este artigo mere-
P '
•ceusuapnmeira
· ·
publ1cação
. . da a textos d t em Caderno de Stylus 1: 0
na coletânea bilíngue dedica a au ora ..
toPo falante", Revista da AFCL/EPFCL-Brasil Rio de Janeiro, maio 2010, sob responsabilid d' • l
e ade e ,1t?na
Fingominique
. F'
mgermann e tradução de Cícer ' . b h S 'f isão de Dom1
ermann .
1
o Oliveira e Elisa et apon ' rev . . - mque
desta
C OI' ·
lrad - ' aqui republicada. Agradecemos a D. Fingermann, • iveira E Saponh a cessao
uçao para s . 1 e ·
er me uída em O em-corpo do sujeito. (N. da T.).
310 ANExo
s relações co m a realida-
em 1967 no texto "D a psi can áli se em sua
l, mas um real elaborado,
de '\ ·para designar a ciência visando o rea
o po r tod as as sua s con str uçõ es exp erimentais ou formais,
delim itad
inição, a be m dizer inédita,
um real do qual ele pro mo ve u um a def
fór mu la: "o rea l é o im pos sível" , en tendido co mo o impos-
com sua
nificante ou formal. Di zer
sível de inscrever nu ma arq uit etu ra sig
e, co mo ela, ele é tríplice
que o corpo é um a rea lid ad e é diz er qu
bó lic o, im ag iná rio e rea l -, sen do a questão saber se e co mo
_ sim
um acesso eficiente a algo
a psicanálise, qu e opera pe la palavra, dá
do corpo que seria real.
tem sentido a partir do
Apreende-se be m qu e a questão, em si, só
de La can , e qu e há , nes se po nto , um a separação co mp let a
ensino
al Psychoanalysis Associa-
com a corrente principal da lnt ern ati on
, qu e é a ego psy cho log y. Se u po stu lado de base é qu e existem
tion
corpo e subtraídas, portan-
duas qualidades inatas inscritas no real do
da cau sal ida de his tór ica do suj eito . Re sumindo, elas são, por um
to,
, os estágios libidinais. No
lado, os aparelhos da realidade e, po r outro
a per cep ção -co nsc iên cia de Fre ud , eles rec on he cem , assim,
sistem
ree nd er o mu nd o, ina to,
uma espécie de ins tru me nto pa ra se ap
a sus cep tív el de des env olv im ent o: é Fre ud relid<? a partir de
embor
qu al pe nsa m os estágios
Piaget. O me sm o vale pa ra a lib ido , da
endo do objeto pré-genital,
como org an ica me nte programados, faz
tas teses são lidas de forma
assim, quase um ob jet o da natureza. Es
o_s autores as reivindicam,
apurada e explícita, ain da mais po rqu e
o sem tê- las co nc eb ido . To me m, po r ex em plo , Ma rga ret h
mesm
autismo infantil. Seguindo
Mahler em seu qu est ion am en to sobre o
as qu ali da de s inatas, qu e
Ana Fre ud , ela ide nti fic a as du as supost
a int eli gên cia e a lib ido , co m os lim ites da psicanálise, pa ra
seriam
das relações de ob jet o. qu e,
deixar a esta ap en as O ca mp o estreito
avatares·revisáveis da história
sozinhas, pensa Ma hle r, de pe nd em dos
313
não tem nada. . de/ anim al nem. de vivente · Isso na~o s1gn1
· 'fi d'
ca 1zer
que seja o 1nd1v1duo caro a Anstóteles que funda vivente: este
O não
se confunde com o orga nism o individuado, pois a vida encontra-
se
até no nível do polipeiro, mas significa dizer que a coesão do viven
te
opõe-se ao corpo talha do que a lingu agem dá ao falasser e que, além
disso, só man tém sua unid ade do "um " do significante.
Voltarei a esse pont o, mas proporei de início dois exemplos bem
elementares. O esqu izof rêni co que diz a você que a cabe ça
dele
encontra-se a um metr o acim a do tronco, que sua coluna vertebral
é
um saca-rolhas ou que ele vive sem estômago, o que nos autorizar
ia
pensar que se trata de uma cinestesia doentia ou de uma pertu
rba-
ção da imag em do corpo, enqu anto o fato é que se trata de um dito?
/
E um dito que divaga, cert ame nte, mas com relação a quê, senã
o
com aquilo que o discurso veic ula de saber, que conc erne tanto
à
imagem quan to ao func iona men to do organismo? Agora, se evoc
oa
histérica, que apresenta uma paralisia, o fenômeno parece bem
dife-
rente. Não se trata, num a prim eira abordagem, de um dito, mas
de
um distúrbio efetivo e é necessária a interposição do deciframento
para que ele liber e sua verdade; entretanto, ele assinala um reco
rte
significante do corp o que a anat omia não conhece.
Chego ao mais substancial do corpo. Não mais aquele da unida-
de imaginária ou do recorte significante, mas aquele que condensa
o valor erótico. Às duas oposições precedentes, do corpo unificado
ao organismo desp edaç ado, do vivente func iona l ao corp o reta-
lhado pela repr esen taçã o inco nsci ente , acrescenta-se a do c_orp
o
mortificado, ao que lhe resta de vivo e que não é seu func iona
-
mento biol ógic o, do qual a psic anál ise nada tem para conh ~cer
,
mas seu ser libid inal. Qua nto a este, Laca n não O desconhecia
de
forma alguma, pelo cont rário , ele se esforçou por dar conta d~"
su~s
particularidades, da forma com o elas são provadas pela expenenc
i~
psicanalítica. Aí se imp õe que o gozo não se diz a não ~er como
pen-
te~ nco,
· fragm entá rio e . d b d
loca liza o em or as corporais - cham" adas
o
P r Freud de zona s erógenas - ou seJa, ·
com0 basicamente fora do
314-
- des1g
tradiçao · nava corno envelope mortal, até mes mo trapo, e tanto
· e,, verdad · _
isso euo que 0 si·gru·ficante , com o o Deu ,, s de Sch rebe r, . nao.
conh ece o ser v1v · 0 . Se ele lhes dá um corpo, e um corp o desvitah-
zado, do qual o próprio ânimo lhe escapa. . .
Há muitos signos dessa impotência do simbólico em insc
rever o
ser vivente. Merece a nossa atenção o fato de que os antigos
tenham
podido representar o corpo conforme o mod elo das esferas
celestes
e que eles tenh am identificado o universo a uma espécie
de macro-
corpo. Não é surp reen den te que eles, para ima gin ar a
essência
do corpo, não tenh am tido outr o recu rso a não ser o mod
elo do
mun do inanimado? Conclui-se gera lme nte com o sen do
essa uma
propensão para animar este último, mas isso vale igua lme
nte para
o inverso. Quanto a Descartes, que opu nha a extensão ao
sujeito do
pensamento, promovido pelo seu cogito, ele test emu nha o
quanto a
vida é impensável. A oposição da substância pen san te com
relação
à substância extensa falha em apre end er aqu ilo que
foi necessário
chamar de "a substância gozante", manifestando com isso
os limites
da tomada significante, que apenas captura o vivente ao insc
revê-lo
como já morto.
Mas, ainda há mais: este corpo desvitalizado é tam bém um
corpo
despedaçado em seu funcionamento - e não apenas em sua
imagem
-, pois ele tem seus órgãos devido ao fato de hab itar a ling
uag em
(Cf. "O aturdito"). No metabolismo geral do organismo, é
a lingua-
gem que isola os órgãos e lhes dá uma função. Pode-se às
vezes, ter
consciên~ia __des_se efeito de ord ena men to pelo discur~o,
em parti-
c~lar na 1nfanc1a. Dia nte da perg unta do adu lto _ ond e
dói? -, a
cna nça doente pode ainda responder por u
,, . ma vaga 1oca1·1zaç~ao de
superfície. Mas o que ela redarguiria a essa pergunta: _ "dói
ou o coração?" - qaa ndo 1 t,, a barriga
,, _ · ' e ª es a com eça ndo a soletrar o nom e dos
seus orgaos, que serão seus por interme"d" d b
. 10 o ver .
sem cenestes1a, quando ele tiver entrad o, sem ima gem e
1· ,,
,, .
desta ultima que falta ao es • o na 1nguagem? E o aux1"l.10
f ,. . · ,
pouco, qua ndo se trata de dar quiz o reni co ao qua l eu me refe ria ha
f _
um a unç ao aos seus órgãos. Bern
PO DO SUJEITO COLETTE SOLER 317
o EM·COR
Tal é a tese que Lacan enuncia nos anos 70. Cito para vocês "...Ou
pior": "Por mim, digo que o saber afeta o corpo do ser que só se
torna ser pelas palavras-, isso por fragmen tar seu gozo, por recortar
este corpo através delas até produzi r as aparas com que faço o(a), ª
ser lido objeto pequeno a, ou então, abjeto [... J"5.
1
Esse termo gozo merece alguns comentá rios. Lacan deu ª e e
elabora · s passand o daquilo que ele situa em "S ubver-
- sucessiva
- çoes
sao do Sujeito" como o termo do "gozo infinito" , a distinções que
------
6 LACAN , J· Adi reçao
Jo rge Zah 1
. , . d o seu poder• ln·· - · Escritos. Rio de Janeiro:
- d o tratamento e os prmc1p10s
ar, 998. p. 6z5 (nota acrescida) .
322 ANEXO
do: "[ ... ] não pudemos estender estas considera~ões sobre 0 objeto
l
oRPO DO SUJEITO COLE TTE SOLER
O Et-1-C
32 3
até aquilo que con stitu i seu inte ress e cruc ial, a saber,
0 obje to (1>)
enquanto caus a do com plex o de castração".
Existindo essa neg ativ ação , que faz do corp o "um dese
rto de
gozo", o que resta, entã o, deste último? Sem dúvida, resta
uma parte
dele, fragmentada e redistribuída "fora do corpo", que Lac
an ilustra
com as sepu ltur as anti gas, em que os obje tos colo cado
s pert o do
morto enu mer ava m as form as do goz o "fora do corpo".
Este gozo
fora do corp o não é senã o o da pulsão. Lac an acen tuou
sucessiva-
mente duas vertentes da puls ão - a vertente significante e
a vertente
de gozo. Ele não existe sem o cort e significante, pois é
correlato à
demanda do Out ro (Cf. o grafo de "Subversão do sujeito
... ") com o
se vê mais clar ame nte no que diz respeito às pulsões orai
s e anais.
Mas ele tam bém é con duto r de um gozo que não só pode
ser parce-
lado, pois está localizado nas bordas anatômicas (fontes das
pulsões,
diz Freud), mas tam bém fora do corpo, na medida em que
um obje-
to o condensa, obje to este que é prec isam ente destacado
do corpo,
"pedaço insensível em deriva com o voz e olhar, carne devo
rável ou
ainda seu excr eme nto" . Lac an o nom eia de obje to mai
s-de-gozar
seguindo o mod elo da mais-valia de Marx, esse "mais" indi
cando a
compensação com rela ção ao "me nos" men cion ado ante
rior men -
te. Por causa do sign ifica nte, algo é perd ido, algo que não
vai ser
restituído, mas, em part e, com pen sado . Por causa disso,
aliás, esse
objeto tem um esta tuto part icul ar: ele é ao mes mo tem po
perdido
e não reapropriável, incl uído na série dos déficits, mas
tam bém é
rep~sitivado e com port a cert o coeficiente de gozo.
E dessa forma que O corp o é afetado pelo inconsciente, ao
passo
que o sujeito é feliz, ou seja, entr egu e ao acaso, à fortuna,
à tychê,
pelo que ele não cessa de se repe tir, de repe tir sua sepa
ração para
com o Out ro, part icul arm ente o Out ro sexo, nos encontro
s em que
seu parceiro nad a mais é que o mais-de-gozar. Poderíamos
inscrever
essa estrutura nos círculos de Eul er, colo cand o O sujeito O
e Out ro
cada um num círc ulo fora da inte rsec ção, enq uan to O
obje to se
inscrevera,. . h
soz1n o ness' a 1nte
. rsec - "rr
çao. 1 e lev·isão" exemplifica esta
324 ANE}(o
o
Ao contrário, o que não é uma afetação é O sintoma. sintoma é
0111 gozo exilado no_ de~erto. Com relação ao sintoma no ensino de
1...acan, retivemos pnnc1palmente aquilo que ele acentuou de início~
00 seia, sua di~en são de fala, de mensagem articulada ao Outro.
Mas nem por isso ele dá menos valor ao fato de que O sintoma
analítico é um misto, misto de verdade e de gozo, antes de acentuar
sempre mais este último componente. Que o sintoma seja verdade
é a tese original, mas é uma verdade da qual se goza, a psicanálise
esforçando-se, desde então, em reencaminhá-la à sua pátria de fala.
Freud não contradiria isso, ele que de entrada viu no sintoma a
vo~ta de uma satisfação, a colocação em jogo de uma erogeneidade
deslocada. ·
Quanto aos fenômenos psicossomáticos, a questão é, precisamen-
te, a de situar suas diferenças com relação aos sintomas neuróti-
cos, uma vez que eles têm a mesma localizaç-ão; que também estão
implantados no deserto de gozo. As indicações de Lacan, ainda que
pouco numerosas, nos traçam, entretanto, um eixo de pesciuisa. O
fenômeno psicossomático, se é, evidentemente, um enclave de gozo
no corpo, não é de forma alguma verdade, embora dependa por
definição de uma tomada do significante sobre o corpo. Que ele n_ão
seja ·verdade é algo que está implicado nas fórmulas do Seminário
XI, que estabelecem,e!Il seu caso, a marcação no corpo por um
significante único, ali onde-seria -necessário ao menos um segundo
significante, recalcado, para fazer uma verdade do sujeito.
Gostaria de me deter ainda sobre a psicose. Vocês sabem que,
em 1966, Lacan chegou a·propor uma nova fórmula para a psicos~
como "identifi.cando o gozo no lugar do Outro". Notem, de início,
a concordância dessa .fórmula com os dados clínicos, aqueles do
caso .de Schreber, por exemplo. Ele nos descreve um corpo, 0 seu,
que não existe sem. gozo. Certamente, há etapas em seu delírio,
rnas durante todo O tempo, ainda que sob formas variadas, ele está
:ubmetido a uma imposição constante, .invadido por um ~o~o
ntrusivo e anômalo que chega até a perturbar suas funções vitais:
ANExo
J
que Lacan introduz como estase do gozo nos ]imites do corpo.
0
outro estado de Stanley é um estado de animação, que faz alternân-
cia com o primeiro. Mas, como e]e se anima? Conectando-se ao
Outro. Isso se dá de duas maneiras, muito precisamente descritas
pelo autor: ou ele coloca a mão sobre a terapeuta, estabelece um
contato físico e tudo se passa como se esse contato o reanimasse; ou
ele pronuncia certas palavras que parecem insuflar-lhe vida. Este
traço é bastante precioso, pois nos mostra o que é essa máquina
externa, tanto a de.Joe como a de Stanley; ou seja, o corpo do signi-
ficante em contato direto com corpo; e é tão verdadeiro que o corpo
do tera_peuta vale tanto quanto o contato verbal. Bem entendido,
esses dois exemplos sozinhos não explicam nada, mas nos indicam
ao menos _que o gozo estranho do autista não existe sem trazer a .
marca significante, não menos importante por seu caráter alternati-
vo, como é também o caso de.Schreber.
Para concluir, retorno ao ponto pelo qual comecei. A psicaná-
lise é uma técnica do corpo na medida em que, pelo trabalho da
fala, ela destaca esse elemento mais-de-gozar, que está presente ein
tudo aquilo que o sujeito diz e faz. É esse elemento que nos leva a
dizer "isto é alguém" (ça, c'est quelqu'un ), ou também "que babaca!"
(que[ con!). Dizemos isso para designar algo de irredutível no sujeito,
alguma coisa que lhe é própria e que impõe nele - positiva ou nega-
tivamente - certa quota de gozo singular. A psicanálise, portanto,
não trabalha para o gozo. Sua operação carrega certamente em si,
mas não é para abarrotar o sujeito de gozo; antes, para separá-lo dele,
pois ele _se empenha em "desprender" a causa do desejo. Compre-
endemos que isso não tenha surgido por si só, e que, no final das
contas, uma psicanálise seja uma provação. Tanto que ela não sabe-
ria conduzir a seu termo sem uma contribuição ética. E é impossível
se falar de ética sem implicar a ideia de um querer. Na psicanálise, é .
a ideia do "bem dizer". Somente o bem dizer aí satiz-faz, diz Lacan.
Mas, o que é que isso faz, senão um sujeito dividido para com seu
gozo, a contrafantasma, se assim posso dizer?
d
RPO D0 SU JEITO
CO LE TT E SOLER
0
o f l-1·c
referê ncia a um signi fican te ~ lestre para se reme diar o ... Cd<ti um
por ~í" do pior, pagan do por i~. aliás, o preço de uma ,;egr~J~,.io
e ntre aquele5 que nela estão e os que não estão.
Para dizer a verda de, embo ra h aja o posiç ão~ não hJ escolh J
exc1u ~iva do pai ao pior. Pai e pior pode m anda I jun tos; em outrJ:S
pa]avra~, ~ígnificant e Mest re - ident ifico aqu i pa i e significante
Mestre - e maiHJe-gozar não são antin ômic os. Eles o são tão pouco
que, event ua lme nte, um leva o outro a uma poten cia se~undJ. e
vo1to aos kamíkazes, dado que eles estão nova ment e na ordem do
dia . Explo dir a si mesm o pe la Causa - e pouc o impo rta trat..1 r-se
atual mente do pode r muçu lman o ou de outro - não consiste: em
conju ga r o significant e Mest re com a orgia do gozo ? Ora, os discur-
sos se mantêm numa solida rieda de de estru tu ra que faz do discurso
do n1estre a cond ição do discu rso analí tico. Po r conse guink , este
últin1 0 impõe-se como antíd oto, comp ensaç ão, à qua l o psicanalista
se consagra, sem medir semp re sua incid ê ncia políti ca.