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RESENHAS CONSTITUCIONAIS
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MARTINS, Leonardo; DIMOULIS, Dimitri. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. 4ª. ed. revista,
atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2012, p. 4.
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constitucionais insertos na constituição de 1988 endereçados tanto para o Estado quanto para
os indivíduos e entidades abstratas.
Verificam que a regulamentação dos deveres tem dupla função: 1) orienta o
legislador na criação da norma concretizadora, operacionalizando os deveres e 2) serve de
fundamento para examinar a constitucionalidade dessa norma criada.
Com isso, definem a os deveres fundamentais como “deveres de ação ou omissão,
proclamados pela Constituição (fundamentalidade formal), cujos sujeitos ativos e passivos
são indicados em cada norma ou podem ser deduzidos mediante interpretação”.2
Finalizando o capítulo 4, os autores lecionam que as garantias fundamentais, as quais
não enunciam direitos, mas objetivam prevenir ou corrigir violação a tais direitos, são
preventivas e repressivas. As primeiras são as que limitam o poder estatal e as segundas são
as que impedem violações (remédios constitucionais).
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MARTINS, Leonardo; DIMOULIS, Dimitri. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. 4ª. ed. revista,
atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2012, p. 66.
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em relação aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Brasil. Poderíamos, dessa forma,
concluir que aos estrangeiros não residentes não caberia o exercício do direito de resistência
contra o Estado. Porém, não é o ocorre, pois não significa que eles estejam a mercê dos
aparelhos estatais.
Para evitar a discriminação absoluta e politicamente reprovável como esta, a doutrina
constitucional brasileira trouxe, de acordo com os autores, algumas teorias.
Uma delas é o Argumento da Obviedade, que propõe interpretar o artigo 5º como se
fosse direito de todos aqueles que estão submetidos ao ordenamento jurídico brasileiro,
encontrando o problema no momento em que se ignora a vontade do constituinte; outro
Argumento é o dos Direitos Naturais, o qual não teria o constituinte alcance para restringir
esses direitos, o que não se pode admitir num Estado Constitucional que tem o poder
constituinte originário ilimitado; o Argumento da Dignidade da Pessoa Humana propõe
ampliar o a titularidade dos direitos do art. 5º, sem, no entanto, desrespeitar a vontade do
constituinte. Tem-se mostrado como o argumento mais adequado, porém, ainda insatisfatório
devido ser muito abstrato o conceito da dignidade da pessoa humana.
Conclui os autores nos capítulo 5 que os estrangeiros não residentes no Brasil são
“titulares de direitos de segunda categoria”, ainda que tais direitos sejam idênticos no
conteúdo com os direitos fundamentais, pois são de nível infraconstitucional, podendo o
legislador restringi-los ou revoga-los.
Em relação aos direitos sociais, de acordo com os autores, não há muita dificuldade,
pois os termos utilizados indicam seus titulares, tais como “desamparados”, “maternidade”,
“infância”, “trabalhadores urbanos e rurais”, bastando saber a demarcação do limite
econômico-social em cada caso, a qual deve ser estabelecida pelo legislador comum, já que o
constituinte não estabeleceu, por exemplo, idade no que se refere a “infância” ou valor
econômico no caso dos “desamparados”.
Para ser exercer os Direitos Políticos praticamente basta ser brasileiro, pois a
titularidade varia em função de cada direito, como a idade, por exemplo, para elegibilidade
em determinados cargos.
Os estrangeiros residentes também podem ser titulares de direitos políticos, porém
com maior restrição. Podem filiar-se em partidos políticos e, aos portugueses que residam no
Brasil permanentemente, podem exercer todos os direitos reconhecidos aos brasileiros, desde
que haja reciprocidade com Portugal.
A titularidade dos direitos coletivos, de natureza predominantemente coletiva,
também denominados Direitos Difusos, tais como, direitos do consumidor, direito ao meio
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A principal finalidade dos direitos fundamentais foi limitar o Poder estatal, sendo,
portanto, o Estado, seu principal destinatário, devendo abster-se de intervir na liberdade;
prestar no intuito de garantir os pressupostos materiais necessários para o exercício da
liberdade.
Ocorre que os particulares também são destinatários ou sujeitos passivos das normas
de direito fundamental. Ainda que de forma indireta, os particulares devem respeitar tais
direitos em relação a outros particulares, numa relação horizontal, pois os direitos
fundamentais, nesse aspecto, ganham eficácia erga omnes.
Uma outra circunstância foi o desenvolvimento tecnológico que cria perigos a uma
serie de direitos fundamentais, tais como saúde e equilíbrio ambiental. Os autores
exemplificam com o desenvolvimento da bomba atômica e a poluição ambiental, bem como
desenvolvimento da informática que pode violar a privacidade. Aqui, o dever de tutela
corresponde ao dever de garantia da segurança e o dever geral de prevenção de riscos.
O terceiro contexto trazido na obra resenhada diz respeito na necessária intervenção
direta do Estado nos conflitos entre particulares quando uma das parte se mostra
hipossuficiente, sendo necessário a criação de normas gerais que amenizem das
desequilíbrio na relação existente.
Apesar das evoluções dos direitos fundamentais trazidas pelo direito alemão nos
casos supramencionados, não logrou-se, sob o aspecto jurídico-objetivo, a chegar num
parâmetro que atenda um standard de racionalidade estritamente jurídica.
A área de proteção está numa seara menor do que a área de regulamentação, uma vez
que o constituinte retira daquele recorte da realidade social sobre qual incide a norma (área
de de regulamentação) um comportamento ou situação não contemplados pela norma. Tal
diferenciação é de fundamental importância para o operador do direito no momento da
resolução do conflito.
Para verificar se uma conduta estatal violou direitos fundamentais é preciso que tenha
havido, no mínimo, a tentativa de exercício do direito supostamente transgredido. No
entanto, de acordo com os autores, não é obrigatório que o titular do direito realize a conduta
positivamente descrita, basicamente, por três razoes: 1) se trata de direitos e não obrigações;
2) pode-se ter direito violado mesmo sem o exercer; 3) pode-se configurar violação quando o
seu titular se abstiver ou for obrigado a se abster de seu exercício, o que não deixa de ser
uma forma de exercer o direito (a abstenção; conduta negativa como forma de exercer o
direito).
Outra forma de introduzir limitações, restringindo a área de proteção do direito, é a
reserva legal que o permite ao legislador comum realizar tal limitação, podendo ser simples
(limitação plena) ou qualificada (limitação relativa); tácita ou indireta, que traz grandes
dificuldades devido seu caráter indeterminado, valendo de técnicas de interpretação para
solucionar os conflitos e delimitar a limitação dos direitos fundamentais.
Quando não houver reservas legais que autorizem a limitação pelo legislador de um
direito fundamental, poderá o mesmo ser limitado pelo direito constitucional de colisão ou
colidente, inexistindo, dessa forma, direito fundamental ilimitado. Ressaltam, os autores que
apenas se utilizará dessa limitação quando realmente não houver reservas legais
estabelecidas pelo constituinte.
Há, ainda, a legalidade excepcional estabelecida pela Constituição, que será utilizada
em caso de graves conflitos ou ameaças a estabilidade da ordem política social, alterando,
inclusive, as competências das autoridades estatais e reforçando os poderes de ação do
Executivos. Tais situações excepcionais são: Estado de defesa; Estado de Sítio, dentre
outros. Tais limites seriam considerados inconstitucionais se fossem impostos quando há
plena normalidade. Daí sua excepcionalidade.
O quarto capítulo, intitulado “Do vínculo do Poder Judiciário aos Direitos Fundamentais”, da
obra resenhada se propõe a buscar uma substancialidade jurídico-científica para auxiliar a
jurisprudência constitucional brasileira a dar força normativa aos direitos fundamentais por
meio do estudo do modo do vínculo do judiciário a tais direitos.
De acordo com os autores, a dogmática do vínculo do Poder Judiciário surge com a
interpretação de normas infraconstitucionais (eficácia horizontal indireta dos direitos
fundamentais). Tal eficácia, que envolve “indivíduo-Estado-indivíduo”, somente é
desenvolvida junto aos direitos fundamentais clássicos (status negativus), enquanto que os
direitos fundamentais sociais tem status positivus.
Os direitos fundamentais como “reservas de lei proporcional” exprime-se no sentido
que trata-se do produto legislativo, pois tem a função constitucional de disciplinar o
exercício dos direitos, sendo controlado seu conteúdo normativo. Assim, a lei passa a ser
considerada intervenção estatal no exercício dos direitos e não simples conformação do
direito.
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O capítulo 6 (seis) da obra diz que os direitos fundamentais são normas dotadas de
supremacia dentro do Estado Constitucional e democrático de direito. Estas normas dão
respostas a questões macropolíticas e macroeconômicas. A maioria dos direitos
fundamentais são macropolítica, já os macroeconômicos são dois, quais sejam, o direito de
propriedade e a liberdade profissional.
Inicia pelo estudo da área de regulamentação ou o âmbito da realidade social que
incide a norma. A liberdade profissional estar tipificada no art. 5°, XIII, da CF. Tem como
atividades tuteladas o “trabalho, ofício ou profissão”. O termo de regulamentação estar no
artigo quando fala sobre a realização de “qualquer” atividade, contribuindo para a
subsistência econômica de quem o pratica.
Posteriormente a definição da área de regulamentação, se busca o alcance da
proteção. Busca saber que atividades, comportamentos individuais ou coletivos ou situações
jurídicas estão contidas no art. 5°, XIII, da CF. Inicialmente é preciso definir o significado
do termo “qualquer” neste artigo, que não exclui trabalhos, ofícios ou profissões ilícitas e/ou
não regulamentadas. Oficio e profissão referem a uma porção de atividades coordenadas que
só no seu conjunto podem levar ao exercício profissional, assim comportamentos fora desse
feixe e que contrariem o ordenamento jurídico não estão dentro da área de proteção.
Referente ao alcance específico da verificada área de proteção, escolhe-se primeiro a
profissão, oficio ou trabalho que é tutelada. Depois tutela-se a escolha do local do exercício
profissional.
Quanto a pessoa jurídica ser titular do direito fundamental a liberdade profissional-
empresarial, já que o art. 5°, XIII, da CF não faz menção a essa titularidade. Parte da
doutrina brasileira não ver empecilho para estender a titularidade a pessoa jurídica, já o autor
não concorda. E ver como solução a criação de uma Emenda Constitucional que acabe com a
restrição.
Conforme o §2° do art. 5° da CF os doutrinadores brasileiros consideram uma
abertura que estende a tutela. De acordo com a natureza do direito fundamental envolvido, se
este for de acordo com o caráter artificial da pessoa jurídica, esta deverá ser considerada
titular do direito fundamental.
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bem desapropriado. Tendo de ser justa, a Administração deve fazer a ponderação entre o
interesse econômico do proprietário e o interesse público da coletividade.
Por fim, uma reflexão sobre a imutabilidade da propriedade particular enquanto
limite dos limites. A Constituição brasileira de 1988 mostra que deve transformar o Estado
brasileiro num Estado social e democrático de direito. Entre seus princípios encontra o da
propriedade privada, no ar. 5° sabemos que dispõe que a propriedade é inviolável. Tudo isso
sugere que a propriedade particular deve ser mantida intocada, impedindo sua transformação
substancial.
Contudo, o art. 5° garante só o instituto da propriedade e não fixa como e qual
propriedade será garantida. O art. 170 da CF sobre a propriedade privada e não particular. A
propriedade privada é mantida mesmo que a titularidade seja estendida a toda sociedade,
significando uma transformação substancial do instituto. Convertendo seus moldes liberais
clássicos para coletivos.
A Constituição veda só a estatização geral da propriedade. Esse processo de
socialização não há no Brasil, mas caso fosse teria convergência entre dois propósitos que
norteiam as relações econômicas, quais sejam, a liberdade individual necessária à autonomia
e ao desenvolvimento pessoal, e sua função social.
Inicia o oitavo capítulo da obra fazendo uma síntese de um caso concreto, onde um
editor gaúcho havia publicado obras trazendo alegações no sentido de que a haveria dúvidas
quanto aos fatos apresentados do holocausto. Afirmando que a perseguição seria em face ao
chamado sionismo e não ao povo judeu. Tese que foi contestada que culminou em uma ação
civil pública promovida em 14 de dezembro de 1991 pelo Ministério Público Estadual do
Rio Grande do Sul, a qual no final houve a condenação pelo crime de racismo e, mesmo com
os recursos, o habeas corpus foi negado.
A solução do caso foi dada da seguinte forma: defendia que o Habeas corpus deveria
ter sido conhecido o pedido, pelos seus aspectos formais de admissibilidade, legalidade,
constitucionais. Destaca ainda que se houvesse verificado a existência de qualquer
inconstitucionalidade no que tange a violação de direitos fundamentais poderia ser analisado
esse aspecto, mas não houve qualquer apreciação apenas o seu não acolhimento.
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A chamada Lei da Imprensa que não foi recepcionada pela CF, por entender
incompatível com a carta Magna.
Inicia o capítulo dizendo quanto as incongruências quanto ao pedido de revogação da
lei, uma vez que somente o poder legislativo pode revogar lei, e o pedido portanto seria
impossível pelo poder executivo. Além de apontar os casos em que devem ser observados o
“modulação de efeitos da coisa julgada”, que trata-se de situações em que há interpretação
distintas da mesma lei que recai suspeita de inconstitucionalidade, o que deve ser aplicada os
anseios de resolução que mais se aproximar do caso concreto. O STF decidiu pela não
recepção da ordem constitucional vigente a lei 5.250/67. A alegação é que afronta a
liberdade de imprensa e a liberdade de manifestação de pensamento.
Apresenta a distinção da definição entre a Constituição Alemã e a Americana quanto
da regulamentação e definição quanto ao tema. Destaca que no Brasil se baseia em três
termos: pensamento, expressão e livre.
Não há uma definição do que legislador quis alegar quanto ao termo “pensamento”, o
que se faz é uma interpretação do termo nos moldes do que descreve a constituição Alemã,
que está expresso o termo “Opinião”. Também o ordenamento jurídico não deixou expresso
o que seria essa expressão. O que é interpretado como sendo a escrita ou a imagem.
Sendo difícil a classificação pela nossa constituição segunda a qual seria livre a
manifestação de pensamento desde que não anônima. O art. 220 da CF, §§3º e 4º da CF
estabelece uma seria de reservas legais as liberdade de comunicação social. O art. 221 da CF
também pode set considerado como um limite, onde estabelece princípios para a produção
de programas de televisão e rádio. O art. 223 da CF fala da competência para a outorga de
concessão para os serviços de radio difusão.
O autor aponta na constituição pontos que falem sobre a liberdade de expressão,
opinião, pensamento, e suas limitações, intervenções pelo estado, em uma espécie de
contradição uma vez que a própria constituição garante a liberdade, também estabelece
critérios que podem ser considerados como censura.
1 DA EXPOSIÇÃO DO CASO
Argumentou, ainda, que cabe ao poder público autorizar e avaliar o ensino, e não à
Ordem dos Advogados do Brasil, a qual não integra a Administração Pública. Afirmou
também que a reserva legal constitucional é de natureza qualificada, sendo proibido ao
legislador ordinário impor restrição ao exercício da profissão.
Desse modo, conclui o autor que o bacharel em direito, o qual foi examinado e
avaliado pela instituição de ensino credenciada pelo poder público, teria o direito de exercer
a profissão de advogado, vez que sustenta a posição de que é descabido sobrepor o exame da
ordem às avaliações realizadas pela própria instituição de ensino superior, sem qualquer
prova de que estas foram corrompidas, ineficazes ou que seriam inferiores.
Aludiu, ainda, a necessidade de lei para criação do exame da ordem, o qual, segundo
asseverou, foi previsto apenas em regulamento. Disse da insuficiência da previsão contida no
art. 8º da Lei nº 8.906/94, que delegou à entidade de classe o poder de editar provimento para
disciplinar referido exame, genericamente estabelecido na lei.
Assim, entende também que o exame padeceria do vício de inconstitucionalidade
formal.
2 DA DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO
(...)
II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a
seleção e a disciplina dos advogados em toda a República
Federativa do Brasil.
Trata-se, desse modo, de intervenção estatal (por meio do Poder Legislativo) que
restringe uma liberdade constitucional.
In casu, o Exame não pode ser considerado, só por si, como uma qualificação
profissional, mas como avaliação da qualificação previamente obtida, pois serve ao
propósito de avaliar se estão presentes as condições mínimas para o exercício da advocacia.
Trata-se de um meio razoável para se atingir um objetivo.
Os meios devem ser razoavelmente equivalentes em eficácia, sob pena de
inviabilizar-se, forçando-se pelos meios menos gravosos.
O exame da proporcionalidade requer o sopesamento entre a importância de
realização do fim objetivado pela medida e a intensidade da restrição ao direito fundamental.
No presente caso, a questão se traduz entre o perigo de dano decorrente da prática da
advocacia sem o exame de conhecimentos e a restrição ao direito fundamental e geral à
liberdade do exercício de profissão.
Nesse sentido, a possibilidade de perigo gerada pela atividade profissional deverá
justificar, ou não, a atividade interventiva estatal limitando o acesso à profissão ou o
respectivo exercício. Quanto mais ensejadora de risco, maior será o espaço de conformação
deferido ao poder público. No entanto, se não houve nenhum risco, será inadmissível
qualquer restrição.
Assim, as qualificações profissionais de que trata o art. 5º, inciso XIII, da CF,
somente podem ser exigidas, pela lei, daquelas profissões que, de alguma maneira, podem
trazer perigo de dano para a coletividade ou prejuízos diretos para terceiros.
O profissional de advocacia exerce papel central e fundamental na manutenção do
Estado Democrático de Direito. A ele cabe a missão de deflagrar o controle de legalidade e
constitucionalidade efetuado pelos juízos e tribunais do país.
Assim, deveras fácil concluir que o exercício da advocacia por um profissional que
não tenha se submetido ao Exame de conhecimentos poderá trazer enorme perigo de dano
para toda a coletividade, vez que não se saberá o seu grau de conhecimento técnico.
8 CONCLUSÃO
Portanto, a partir dessa linha de raciocínio, os arts. 8º, IV, § 1º e 44, II, da Lei nº
8.906/94 são constitucionais, vez que não violam o art. 5º, XIII da Constituição Federal.