Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho e Renda
A Dimensão Social da Covid-19 no Brasil
1. Introdução
No Brasil, país de características históricas e estruturais marcadas pela pobreza,
profunda desigualdade social, precária estruturação do mercado de trabalho e alta
concentração de renda, as múltiplas dimensões dessa gritante desigualdade se
expressam não só nas abissais disparidades de renda mas, também, na ausência de
infraestrutura básica. Ainda, a atual crise da pandemia de covid-19 evidencia as
mazelas de uma sociedade patriarcal, com aumento expressivo da violência doméstica
contra as mulheres, justo no momento em que, devido ao isolamento domiciliar, o
trabalho reprodutivo e de cuidados se torna ainda mais imprescindível e se converte
no centro das rotinas diárias.
Nosso grupo designou uma pesquisa nas redes sociais e obtemos resultados que nos
confirmaram, a devastação social devido a covid em nosso país. E as várias práticas
maléficas que se intensificaram neste período. A desigualdade social prevalece até os
dias atuais.
Neste contexto, o que obtemos de informação é que nas inúmeras vezes vemos as
disparidades sociais, que sempre as classes mais pobres é quem sofre mais
consequências. Exemplificando nessa pandemia tivemos casos em que aqueles de
classe média alta tinham e tem até os dias atuais mais facilidade ao quesito de ser
atendido em uma unidade de saúde, já que por terem um poder aquisitivo maior, eram
atendidos com mais rapidez e sem filas em hospitais particulares, ao contrário disso, a
classe pobre tinha que se amontoar em corredores de hospitais públicos contribuindo
assim para a proliferação do vírus. Isso é tão grave que nos afeta diariamente, pois
pessoas que tem todos os cuidados necessários podem correr o risco de pegar devido
as más condições da rede pública.
Segundo a revista Veja, em 2000, o grupo dos brasileiros mais ricos (2,1 milhões
de pessoas ou 1% da população) detinha 44,2% de toda a renda nacional. Agora é dono
de 49,6%. No Brasil, houve um aumento expressivo na concentração da riqueza. O país é
um dos lugares no planeta com maior nível de desigualdade de renda, superado por
apenas meia dúzia numa lista de 127 países, quando se usa a “régua” criada pelo
matemático italiano Conrado Gini para aferir a diferença de rendimentos entre os mais
pobres e os mais ricos.
O Brasil registrou um recorde no ano passado: o mais elevado grau de
concentração de renda nos últimos 20 anos — na escala Gini, virou o milênio no patamar
de 84,7 (em cem), encerrou o primeiro ano da pandemia em 89,0. A tradução do quadro é
essa, segundo os pesquisadores: em 2000, o grupo dos brasileiros mais ricos (2,1
milhões de pessoas ou 1% da população) detinha 44,2% de toda a renda, agora é dono
de quase metade da riqueza nacional, ou seja, 49,6%. Já eram ricos e ficaram ainda mais
ricos (5,4 pontos percentuais) nas últimas duas décadas. é o oposto do que ocorreu, por
exemplo, no Chile e no México, que junto com o Brasil compõem o trio econômico mais
dinâmico da América Latina.
3. Conclusão
4. Referencial Bibliográfico