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Novas tecnologias na construção civil:

o mercado da inovação com as construtechs

O mercado imobiliário e de construção ainda precisa fazer a lição


de casa sobre inovação, aponta um relatório da Deloitte, em
parceria com a Terracotta Ventures, que também mapeia o status
das chamadas construtechs, as startups do setor.

Enquanto isso, na Europa, esse modelo de negócio que ajuda na


transformação da jornada da construção, se multiplica, em
número e valor de mercado.

De acordo com a pesquisa Global Innovation 1000, da


Strategy+Business, as empresas mais inovadoras do mundo
investem, em média, 4,5% da receita líquida em inovação. No
Brasil, as companhias em destaque pelo Prêmio Valor Inovação
gastam 3% na média em PD&I.

Além disso, 59% das corporações do setor no Brasil não têm equipe dedicada à
inovação, e mais da metade não investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação
(PD&I). Ou seja, a maior parte ainda busca soluções antigas para novos problemas.

Mas, na outra ponta do setor, temos as construtechs, que levam ao


mercado processos e pensamentos mais inovadores. No entanto, o
grande desafio para elas é o aprendizado de como se relacionar com
as outras empresas já estabelecidas no setor.

Diante desse cenário, podemos dizer que uma aproximação das


empresas da construção civil que encontram dificuldades em inovar
com as construtechs é uma grande oportunidade para uma real
transformação na jornada construtiva brasileira.

Preparamos um infográfico com dados de pesquisas e estudos* sobre


a inovação na construção civil e a participação das construtechs nas
mudanças significativas que precisamos para o mercado.

Confira os números!

A transformação da construção civil


por meio das construtechs
As construtechs estão sendo usadas como exemplo de inovação. Isso porque, as empresas
tradicionais ainda estão em estágios pouco ou nada avançados neste quesito.

Entenda melhor o cenário, antes de conhecer as mudanças que essas startups estão promovendo.

O C E N Á R I O D A I N O VA Ç Ã O N O B R A S I L

A. Poucas empresas no mercado da construção


têm estratégia de inovação definida. B. As empresas têm adotado mais estratégias
de inovação voltadas para processos internos.

Aquelas que têm estão com suas práticas voltadas para: A inovação é usada na configuração do negócio em:

71% Financiamento 61% Processos internos

64% Processos de inovação 35% Network

61% Definição de objetivos 16% Estrutura da empresa

61% Governança 7% Modelo de lucro

58% Identificação de tendências

55% Tópicos relevantes

51% Controles e métricas

C. As experiências focadas na experiência do consumidor e oferta


de produtos são adotadas por menos da metade das empresas.

A inovação é usada na experiência do consumidor em ações de: A inovação é usada na oferta de produto:

33% Envolvimento com o cliente 43% Sistema de produto

28% Canal de venda 33% Desempenho de produto

24% Marca

D. Um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas ainda é


o de obter e destinar recursos para as práticas de inovação.

Mais de 1/3 23% Mais de 1/3


das empresas tradicionais não investem menos de 1% de As empresas mais inovadoras
alocam recursos financeiros em seu orçamento nessas ações. investem pelo menos 5% da sua
processos ou iniciativas de inovação. receita líquida em inovação.

Alocação do orçamento em processos ou iniciativas de inovação:


Principais setores que não alocam
recursos para a inovação:
36% das empresas não alocaram nenhum orçamento
Construtoras
23% das empresas alocaram até 1% do orçamento
Incorporadoras
Apenas 2% das empresas alocaram entre 7,6% a 10%
Escritórios de engenharia/arquitetura
E 4% das empresas alocaram mais de 10%

E. A falta de investimento não se refere apenas ao uso de recursos


e tecnologias, mas também no incentivo às ideias inovadoras.

75% Para refletir: as empresas que contam com programa de


recompensa tem maior parcela voltada para os colaboradores,
mas premiam apenas as ideias colocadas em prática e que
trouxeram resultados. Ou seja, os colaboradores não são
das empresas tradicionais afirmam não ter um
incentivados a pensar de forma inovadora e, quando são,
sistema de recompensa para ideias inovadoras
suas ideias precisam retornar em resultados satisfatórios.
— o que impacta diretamente na cultura
organizacional e engajamento da liderança.

C O M O A S E M P R E S A S A VA L I A M O P R O G R E S S O D A I N O VA Ç Ã O

48% avaliam o ganho de faturamento com as inovações

33% avaliam a eficiência (quantidade de projetos bem-sucedidos x ideias inovadoras colocadas em prática)

20% avaliam o custo médio da inovação desde a ideia até o lançamento

12% avaliam a quantidade de novos produtos lançados por valor investido

8% avaliam o tempo médio de lançamento de uma inovação

3% avaliam a quantidade de patentes registradas

2% avaliam a fidelização

55% das empresas realizam atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil.

Mas muitas avaliam alguns pontos antes de estabelecer


alguma iniciativa deste tipo, que são:

51% Capacidade de atenderem às necessidades de usuários e demais stakeholders

51% Tendências em experiência e comportamento do consumidor

49% Impactos econômicos

41% Parcerias necessárias para complementar habilidades e recursos

36% Consequências para o modelo de negócios

32% Tecnologias emergentes

31% Tendências da indústria

30% Ajustes no planejamento estratégico

1% Atendimento das normas

O cenário da inovação no mundo


A realidade em outros países do mundo é totalmente diferente. O levantamento
Global Innovation 1000 mostra que as empresas gastaram US$ 782 bilhões em
Pesquisa e Desenvolvimento em 2018.

O documento mostra ainda o que diferencia as empresas inovadoras que


investem alto em Pesquisa e Desenvolvimento de seus concorrentes. Estas
empresas relatam alto desempenho com relação a seis características principais:

01 Alinham estreitamente a estratégia de inovação com a estratégia de negócios;

02 Criam apoio cultural para a inovação em toda a empresa;

03 A liderança está altamente envolvida com o programa de inovação;

04 Baseiam a inovação em percepções diretas dos usuários finais;

05 Controlam rigorosamente a seleção de projetos no início do processo de inovação;

06 São destaques em cada uma dessas cinco primeiras características e foram capazes de integrá-las
para criar experiências exclusivas para o cliente que podem transformar seu mercado.

O que fazer para mudar esta realidade?


Para diminuir a lacuna entre as empresas brasileiras e as de outros países, as
organizações tentam identificar quais são as barreiras para a aplicação de uma
prática consolidada de pesquisa e desenvolvimento.

Startups e grandes corporações conseguiram identificar a necessidade de


alinhamento da cultura com as ações de inovação.

Para as S TA RT U P S , os desafios são: Para as EMPRESAS, os desafios são:

01 Falta de interesse do nível executivo nesse tipo de parceria 01 Recursos financeiros limitados

02 Cultura corporativa avessa a riscos 02 Falta de cultura corporativa voltada à inovação

03 Processos internos rígidos 03 Ausência de equipe dedicada à inovação

04 Objetivos e estratégias internos desalinhados 04 Dificuldade em implementar novas tecnologias

05 Falta de recursos internos para dar suporte às startups 05 Falta de programa de continuidade de inovação

Como o mercado está se movimentando?


As empresas que estão buscando investir em inovação buscam alguns recursos
que lhes permitam estar em contato com uma visão mais inovadora.

No entanto, 33% das empresas ainda não adotaram nenhum tipo de estratégia
rumo à construção de uma visão mais alinhada com a inovação.

28% estão fazendo investimentos

25% buscam novas tecnologias/pilotos com startups

21% participam de eventos/hackathons/pitch days

21% estão em espaço colaborativo/hubs/coworking

21% buscam um líder sênior responsável pela inovação

19% procuram por estratégia de dados/tecnologia/roadmap

14% estão em busca de programas de intraempreendedorismo

9% participam de programas de aceleração

5% participam de programas de incubação

As tecnologias mais aplicadas por aqui


Com relação às tecnologias que são aplicadas pelas empresas para se tornarem mais
inovadoras, o sistema integrado de gestão empresarial (ERP) é o mais utilizado,
seguido pela adoção dos dispositivos móveis.

A tecnologia de Building Information Model(BIM) vem na sequência. O BIM está


também entre as soluções citadas como que oferecem maior impacto sobre o seu setor.

A Inteligência Artificial é vista por mais da metade das corporações respondentes como
a que mais seria utilizada caso o alto investimento não fosse um limitador. A IA é
adotada por apenas 10% das empresas tradicionais.

Tecnologias mais implantadas Tecnologias mais impactam o setor,


pelas corporações: segundo as empresas:

01 Sistema integrado de gestão empresarial (ERP) 01 Materiais inovadores

02 Dispositivos móveis 02 Building Information Model (BIM)

03 Building Information Model (BIM) 03 Construção modular

04 Materiais sustentáveis 04 Big Data/Analytics

Tecnologias que as empresas gostariam de


implantar, se dinheiro não fosse limitador:

01 Inteligência artificial

02 Big Data/Analytics

03 Materiais inovadores

04 Internet das Coisas

O mercado brasileiro de construtechs


O Brasil conta com 702 startups. O número cresceu 28% em
comparação com 2019 (eram 570) e de 180% com relação ao primeiro
mapeamento, em 2017 (250 startups). 83% das construtechs têm até Para essas pequenas
10 funcionários.
empresas, os maiores
Mais de 40% das construtechs ainda estão em estágio de
desafios de negócio são:
desenvolvimento. Ou seja, em fase de estruturação de processos e
procedimentos para ampliar a sua atuação e atingir um fluxo de Dificuldade na captação de recursos
caixa positivo.
Aportes e a contratação de
Apenas 18% destas startups estão na etapa de crescimento e ganho profissionais qualificados
de escala, quando a startup já atingiu liquidez e consegue crescer por
meio de processos escaláveis e reprodutíveis.

Sobre o relacionamento com as grandes empresas do setor:

59% das startups citam os processos internos rígidos

52% das startups citam a contratação de profissionais qualificados

43% Processos internos rígidos

36% Falta de processo comercial compatível com o contexto da startup

32% Ausência de um sponsor que defenda o piloto/ projeto com a startup

31% das startups citam a disputa com players grandes/tradicionais

25% Falta de recursos internos para dar suporte a startups

25% Objetivos e estratégias internos da grande empresa desalinhados

17% das startups citam a alta de uma gestão de pessoas estruturada

As startups veem de forma positiva os programas de inovação que as grandes


empresas oferecem. Para 29% esses programas entregam muito valor, já 39%
afirma que os programas entregam algum valor, mas não tanto quanto poderiam.

Conclusão
Grandes corporações que investem em inovação tornam o mercado mais competitivo e
ajudam no desenvolvimento de novos negócios, além de impulsionar as empresas que
estão começando, com a criação de programas que ajudam a tirar novas ideias do papel.

Enquanto isso, as construtechs surgem com boas soluções para facilitar a relação das
construtoras com a tecnologia.

Esse é o caso da Prevision, uma empresa que surgiu com o objetivo de solucionar os
desafios das construtoras com relação ao planejamento da obra, de forma inovadora,
transformando a relação das grandes empresas com a tecnologia.

Conheça a Prevision

Referências usadas como fonte neste material:


• Mapa de Construtechs e Proptechs Brasil 2020 | Deloitte e Terracotta Ventures
• Mapa das Construtechs no Brasil | Gazeta do Povo
• Conheça o mercado das construtechs | Pequenas Empresas & Grandes Negócios
• Confira o Mapa de Construtechs e Proptechs 2020 | Sienge
• What the top innovators get right |Strategy+Business
• Prêmio Valor Inovação Brasil 2019 | Valor Econômico

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