Os elementos aqui apresentados servem para facilitar o processo de cálculo
dos quantitativos de materiais e mão-de-obra para estruturas de concreto armado. Alguns elementos necessários para a elaboraçào do trabalho da disciplina não estão aqui alocados.
1 - FÔRMAS
No cálculo de vários elementos que compõem as fôrmas toma-se como base
para muitos casos a área de fôrmas. Esta área refere-se a superfície de contato entre o concreto e a respectiva fôrma. No entanto, para adquirir-se as madeiras (tábuas de 2,5x20x250 ou 300) com a qual serão confeccionadas as fôrmas há necessidade de quantificá-las unitariamente. Utiliza-se então, um percentual adicional como prováveis perdas (20%), dividindo-se a área calculada pela área de uma tábua. a) Sapatas - Usa-se fôrmas nas laterais da base e no pescoço ou colarinho, sendo que neste, alem das face, há necessidade de gravatas ou gastalhos. Estas gravatas, de dimensões 2,5x5, devem estar espaçadas entre si, segundo os valores abaixo: x ≤ 50 cm ⇒ 40 cm (x - maior dimensão da seção do pilar) 50 < x ≤ 100 cm ⇒ 30 cm x ≥ 100 cm ⇒ 25 cm Para o cálculo dos pregos e da mão-de-obra devem ser utilizados os valores indicados no TCPO (Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos) b) Pilares - Processo idêntico ao do pescoço da sapata. c) Vigas - Processo de cálculo semelhante ao do pescoço da sapata, não possuindo, logicamente, fôrmas na sua superfície superior. O espaçamento das gravatas é o mesmo utilizado no pescoço das sapatas, acrescentando-se as respectivas escoras (∅ 7,5x300), cujo espaçamento deve ser o dobro daquele utilizado nas gravatas. d) Lajes - * com vigotes pré-moldados - Para as longarinas devem ser utilizadas tábuas de 2,5x20x250 ou 300, espaçadas de, no máximo, 1,70 m. As escoras que sustentam estas longarinas (∅ 7,5x300) são colocadas a cada 1,20 m de distância. * maciças - O assoalho deve ser executado com chapas de compensado tipo madeirit, de dimensões 110x220. Este assoalho está apoiado nas travessas (2,5x10) espaçadas de 80 cm. As longarinas (2,5x20), que suportam as travessas, devem estar distanciadas de 1,20 m. Finalmente, as escoras, nas quais se fixam as longarinas, devem ser colocadas a cada 1,00 m de distância entre si. * nervuradas - Procedimento idêntico às lajes maciças.
O cálculo do volume de concreto é bastante simples, conforme o elemento
estrutural. Assim tem-se: a) sapatas - base ⇒ A * B* h tronco ⇒ [(H-h)/3]*[(A*B)+(a*b)+(A*B*a*b)**1/2] pescoço ⇒ a*b*p b) pilares - a*b*(altura - até a base da viga) c) vigas - (largura)*(altura)*(comprimento) d) lajes - * com vigotes pré-moldados ⇒ (comprimento)*(largura)*0,04 m (piso) * com vigotes pré-moldados ⇒ (comprimento)*(largura)*0,02 m (forro) * maciça ⇒ (comprimento)*(largura)*(altura) * nervurada ⇒ (comprimento)*(largura)*(altura equivalente) altura equivalente é a altura de concreto em relação a área do módulo considerado Para o cálculo dos materiais necessários deve ser estipulado qual o traço que será utilizado (será estudado posteriormente). Recomenda-se o uso do 1:2:3 ou 1:2:4, de cimento, areia e brita. Após calcular-se os respectivos volumes, consulta-se o TCPO para o cálculo destes materiais e mão-de-obra.
3 - ARMADURA
Como a estrutura de concreto não está dimensionada, nem detalhada, o peso
da armadura será estimado em função do respectivo elemento estrutural, baseando-se no volume de concreto calculado. Utiliza-se então, para: sapatas - ⇒ 50 kg/m3 pilares - ⇒ 100 kg/m3 vigas - ⇒ 90 kg/m3 lajes - vigotes pre-moldados ⇒ 20 kg/m3 maciças ⇒ 30 kg/m3 nervuradas - ⇒ 55 kg/m3 Após o cálculo do peso da armadura a ser utilizada na estrutura, deve ser verificado o peso de armadura a ser comprado (inclui as perdas). Isto é realizado através de consulta ao TCPO, onde verifica-se também o peso do arame recozido e a mão-de-obra necessária. Para as lajes, utilizar o aço CA 60 – fino. Para os demais elementos estruturais utilizar o aço CA 50 – médio.