Você está na página 1de 2

Equipe: Aline Freire- Sophia Maia- Caroline Swaroski- Marcelo Almeida

Resumo do artigo: Autismo e Síndrome de Asperger: Uma visão Geral

(Ami Klin)

De acordo com Ami Klin “O autismo e a síndrome de Asperger são os mais


conhecidos entre os transtornos invasivos do desenvolvimento (TID), uma família de condições
marcada pelo início precoce de atrasos e desvios no desenvolvimento das habilidades sociais,
comunicativas e demais habilidades.”

Em seu artigo, a autora aponta que o Autismo é o Transtorno Invasivo


do Desenvolvimento mais conhecido, onde existe prejuízo significativo na
interação social, na forma de comunicar, e padrões limitados de
comportamentos e interesses. Estatisticas apontam que até 70% dos
indivíduos com autismo, funcionam a nível de retardo mental, entretanto esse
percentual estatístico vem diminuindo recentemente, provavelmente pelo
diagnóstico de autismo com alto grau de funcionamento.

Ami Klin aponta que em 1943, Leo Kanner descreveu onze casos aos
quais denominou como Disturbio Autistico do Contato Afetivo. Relatou
carcaterísticas como resistência a mudança, maneirismos motores
estereotipados , formas incomuns de comunicar-se. Durante a década de 50,
surgiram muitas teorias sobre a etiologia do autismo, e a hipótese de pais
emocionalmente ausentes era bastante forte. No início dos anos 60, já haviam
fortes indicações de que o autismo seria um transtorno cerebral e foi Michael
Rutter quem formulou uma definição do autismo com base em quatro
elementos : 1) atraso e desvio sociais não só como função de retardo mental;
2) problemas de comunicação, novamente, não só em função de retardo
mental associado; 3) comportamentos incomuns, tais como movimentos
estereotipados e maneirismos; e 4) início antes dos 30 meses de idade.

Em 1980 o Autismo foi reconhecido no DSM III na classe dos Transtornos


Invasivos do Desenvolvimento (TIDS). A autora aponta ainda que: “ Na quarta
edição revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), a
categoria TID inclui condições que estão invariavelmente associadas ao retardo mental
(síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância), condições que podem ou não estar
associados ao retardo mental (autismo e TID sem outra especificação ou TID-SOE) e uma
condição que é tipicamente associada à inteligência normal (síndrome de Asperger)”.

Para realizar o Diagnóstico do Autismo , é necessário no mínimo seis


critérios comportamentais, sendo um de cada um dos três agrupamentos de
distúrbios na interação social, comunicação e padrões restritos de
comportamentos e interesses.

Alguns aspectos que despertam curiosidade no artigo são mencionados,


tais como: A hiper bem como a hiposensibilidade sensorial serem típicos de
crianças com autismo. Disturbios do sono e alimentares, também aparecem
comumente em crianças com esse diagnóstico.

No que diz respeito a Síndrome de Asperger, a autora aponta que:


“...caracteriza-se por prejuízos na interação social, bem como interesses e comportamentos
limitados, como foi visto no autismo, mas seu curso de desenvolvimento precoce está marcado
por uma falta de qualquer retardo clinicamente significativo na linguagem falada ou na
percepção da linguagem, no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na
curiosidade sobre o ambiente. Interesses circunscritos intensos que ocupam totalmente o foco
da atenção e tendência a falar em monólogo, assim como incoordenação motora, são típicos
da condição, mas não são necessários para o diagnóstico.”

No que tange ao Diagnóstico da Síndrome de Asperger, são


necessários prejuízos qualitativos na interação social e interesses restritos,
padrões idênticos ao austimo. Entretanto, a autora aponta que: “ Ao contrário do
autismo, não há critérios para o grupo dos sintomas de desenvolvimento da linguagem e de
comunicação e os crité- rios de início da doença diferem no sentido de que não deve haver
retardo na aquisição da linguagem e nas habilidades cognitivas e de autocuidado. Aqueles
sintomas resultam num prejuízo significativo no funcionamento social e ocupacional.”

Este artigo é finalizado ao apontar que estudos recentes trazem avanços na


genética, neurobiologia e neuroimagem, que estão ampliando a compreensão da
natureza dessa condição. Esses esforços certamente resultarão em descobertas de
tratamentos mais eficazes e, até mesmo a prevenção.

Você também pode gostar