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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONOMICAS

ECONOMIA DO SETOR
PÚBLICO

Ano: 2011

Profa.Dra. Amalia Maria Goldberg Godoy


EMENTA

• Estudo do papel do Estado sob o


enfoque de distintas correntes do
pensamento econômico.

• Teoria do setor público.

• Políticas e instrumentos de
intervenção estatal na economia com
ênfase na experiência brasileira.
OBJETIVOS
• Familiarizar os alunos com as restrições impostas aos
agentes economicos pelos bens públicos e semi-públicos

• Funções do Estado

• política fiscal

• Dividas públicas internas (federal, estadual e municipal) e


externa
Programa

• I – EVOLUÇÃO DAS FUNÇÕES E


CRESCIMENTO DO SETOR PÚBLICO

• II- GASTOS PÚBLICOS


• 2.1. Características e classificação das
despesas
• 2.2. A produção de bens públicos
• 2.3. O processo orçamentário no Brasil.
III – RECEITAS: O SISTEMA TRIBUTÁRIO
• 3.1. Classificação e estrutura das receitas públicas

• 3.2. Conceitos básicos: princípios de tributação;


incidência tributária e seus efeitos e natureza dos
impostos.

• 3.3. Modalidades de tributos: princípios teóricos e


fatores limitantes
• 3.3.1. Imposto sobre a renda
• 3.3.2. Imposto sobre vendas de mercadorias e serviços
• 3.3.3. Imposto sobre o patrimônio
• IV - REFORMA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO
BRASILEIRO: PROBLEMAS E PROPOSTAS ATUAIS

• V- NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DO SETOR


PÚBLICO, DÉFICITS E DIVIDA PÚBLICA
• VI – TEMAS ESPECIAIS

• Federalismo fiscal e descentralização

• O Estado regulador

• O problema previdenciário no Brasil

• Outros temas relevantes


• 1ª NOTA PERIÓDICA: avaliação escrita valendo de 0
(zero) a 10 (dez)
• 2ª NOTA PERIÓDICA: avaliação escrita valendo de 0
(zero) a 10 (dez)
• 3ª NOTA PERIÓDICA: avaliação escrita valendo de 0
(zero) a 10 (dez)
• AVALIAÇÃO FINAL:
• 1 (uma) avaliação escrita valendo de 0 (zero) a 10 (dez),
abrangendo todo o conteúdo ministrado.

EVOLUÇÃO DAS FUNÇÕES E CRESCIMENTO
DO SETOR PÚBLICO

•BIBLIOGRAFIA:

•MATIAS-PEREIRA, José – Finanças públicas: a politica


orçamentária no Brasil, CAP 1

•REZENDE, Fernando et allii- Finanças Públicas, 2001,


CAP.1
INTRODUÇÃO

• Do nascimento à morte, nossa vida é afetada e


regulada pelas agências governamentais, em um
grau nunca antes existente (STIGLITZ, 1988, p.1;
HAM e HILL, 1993, p.39)
Introdução

A presença do governo afeta nosso cotidiano:

 subsidia ou tem a propriedade de hospitais e escolas


que utilizamos desde o nascimento

Grande parte do emprego é gerado pelo Estado

O consumo é afetado pelas normas governamentais:


isenção de IPI, CPMF, bolsa família, créditos e
subsídios direcionados, entre outros.

Trafegamos em estradas estatais ou subsidiadas


O governo assegura um contexto econômico estável
(contratos, justiça);

O governo financia suas atividades, com impostos e taxas


e isso afeta as decisões de oferta e demanda de trabalho,
produção e consumo.
Governo

O governo define as regras que regulam o comportamento


econômico, social e político:

 estrutura legal;

 regulamenta os recursos naturais;

 regulamenta a segurança e emprego;

 Regulamenta as eleições, nos diversos níveis


governamentais;

 regulamenta os gastos públicos, entre outros


Teorias sobre a origem do Estado
• 2 abordagens:

• A) teorias naturalistas ou origem natural do Estado –


Aristóteles, Cícero, Santo Tomás de Aquino.

O Homem, enquanto ser social, por sua própria


natureza, para se realizar precisa viver em sociedade.

O Estado é uma necessidade humana fundamental.

,
São Tomas de Aquino (1225-1274)

• inspira-se em Aristóteles, Cicero e a Biblia


• mais de oitenta obras em latim
• A política tem um conteúdo ético.

• Está subordinada a valores transcendentes e se volta ao


bem comum. Os bens particulares devem ser ordenados
ao bem comum, sejam eles as riquezas, a erudição ou a
eloqüência
• O bem comum terreno assegurado pelo governante está
ordenado à bem-aventurança eterna
• A política, dessa forma, é apenas uma moral social que
procura orientar o agir humano em direção ao bem
comum da sociedade.
• Para a realização do bem comum na sociedade, o Estado
necessita eliminar alguns obstáculos à segurança das
pessoas, protegendo a sociedade de inimigos externos e
impedindo a proliferação da criminalidade no seio da
comunidade.

• A legitimidade do Estado resulta da unidade social, que, por


sua vez, é uma unidade moral, baseada na unidade de
finalidades, de meios e de direções. A autoridade suprema do
Estado é numericamente indivisível, entretanto, ela se
encontra encarnada em diferentes sujeitos, que tanto podem
ser pessoas quanto instituições. Todavia, a autoridade de um
Estado não é absoluta, o poder dos governantes deve ser
limitado pela lei e regulado pela justiça
• O homem está destinado à realização de finalidades
superiores do que aquelas que o Estado é capaz de
assegurar.

• Quer dizer, a finalidade da existência humana não se


esgota com a realização de todas as necessidades
materiais.

• O homem tem uma abertura para o Absoluto e essa


busca é uma sede infinita e infinda
As teorias sobre a origem do Estado

• A segunda explicação ligada às teorias voluntaristas,


contratualistas do Estado.

• Estado não se forma de maneira natural e sim porque os


indivíduos voluntariamente o desejam.

• O estado é produto de um acordo de vontades entre os


indivíduos.
O Estado sob a ótica de Thomas Hobbes, John
Locke e Jean-Jacques Rousseau

• Thomas Hobbes (1588-1679) - Leviatã (1651)

• O Estado é o Leviatã - monstro da Biblia citado no livro deJó -


Estado comparado como criação monstruosa do Homem para por
fim à anarquia e caos da sociedade primitiva (desordem e injustiça).

• Homens conferem toda sua força e poder a um só Homem – uma


só vontade – que se chama Estado.

• A sociedade passa do direito natural – plena liberdade e direito a


tudo - para uma cooperação Não Natural, que estabelece uma
ordem natural, para acabar com o constante estado de guerra e
conservar a vida.
O leviatã, cap. XIII
• “O Estado de natureza, essa guerra de todos contra todos tem por
conseqüência o fato de nada ser injusto. As noções de certo e errado, de
justiça e de injustiça não têm lugar nessa situação. Onde não há Poder
comum, não há lei; onde não há lei, não há injustiça: força e astúcia são
virtudes cardeais na guerra. Justiça e injustiça não pertencem à lista das
faculdades naturais do Espírito ou do Corpo; pois, nesse caso, elas poderiam
ser encontradas num homem que estivesse sozinho no mundo (como
acontece com seus sentidos ou suas paixões). Na realidade, justiça e
injustiça são qualidades relativas aos homens em sociedade, não ao homem
solitário. A mesma situação de guerra não implica na existência da
propriedade... nem na distinção entre o Meu e o Teu, mas apenas no fato de
que a cada um pertence aquilo que for capaz de o guardar. Eis então, e por
muito tempo, a triste condição em que o homem é colocado pela natureza
com a possibilidade, é bem verdade, de sair dela, possibilidade que, por um
lado, se apóia na Paixões e, por outro, em sua Razão. As paixões que
inclinam o homem para a paz são o temor à morte violenta e o desejo de
tudo o que é necessário a uma vida confortável... E a Razão sugere artigos
de paz convenientes sobre os quais os homens podem ser levados a
concordar.”
Thomas Hobbes (1588-1679)
• Estado de natureza: estado de guerra iminente, medo
constante, risco de morte violenta. O homem é o lobo do
homem.

• Por meio de um contrato hipoteticamente estabelecido


haveria a transição do estado de natureza (onde não há um
governo para estabelecer a ordem) para o estado de
sociedade
• O Estado evita o estado de guerra de todos contra todos.
• O soberano tem poder absoluto (impõe a ordem e a justiça)

• bases teóricas que irão sustentar os Estados absolutistas dos


séculos XVII e XVIII (precursores dos regimes totalitários
modernos)
John Locke (1632-1704)
• Segundo Tratado sobre o Governo
• Estado de natureza é o completa liberdade e igualdade entre
os Homens (capacidade fisica e intelectual) e independente.

• Regido pelas leis da natureza (auto-preservação e preservar


a humanidade).

• Embora o Estado de Natureza seja um Estado de Liberdade,


não é um Estado de indisciplina. Temos liberdade para fazer
o que a Lei Natural permite, isto é, o que é moralmente
permitido. Mesmo no Estado de natureza temos o dever
moral de refrear nosso comportamento (p. 35).
• Seqüência das idéias de Locke:
• Abundância (sem conflito);
• crescimento demográfico;
• acumulação; posse
• escassez; Dificuldade de
administrar a justiça
• dinheiro;

• SOLUÇÃO DE LOCKE: GOVERNO CIVIL


• Funções de garantir a segurança, dos direitos naturais
como a liberdade e a propriedade e juiz nos conflitos
sociais.
Estado: surgimento

• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) – O contrato social (1762) -


Estado coercitivo.
• “O homem nasce bom e a sociedade (socialização) o corrompe”.
Bom selvagem

• Estado surge como contrato social entre o governante (soberano) e


o povo = pacto de associação.
• Todos os homens nascem livres e iguais e o Estado, objeto de um
contrato, tem a atribuição de proteção desses direitos.

• Para fazer frente aos conflitos sociais nasce o Estado, por meio de
um contrato social, no qual os individuos abrem mão dos seus
direitos e liberdades a favor do Estado.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
• O contrato social permite o surgimento do Estado

• Como é um contrato livremente estabelecido, a vontade


do Estado é a vontade da sociedade.
• A desobediencia ao Estado é a desobediencia à
sociedade.

• Serve de base para as democracias populares, pós


IIGuerra Mundial.
Quadro comparativo

• .

HOBBES LOCKE ROUSSEAU


Estado da Guerra: o homem é Direitos naturais: Homem bom.
natureza o lobo do homem. Propried. e liberdade

Problema: Insegurança Vingança em excesso. Egoísmo

Contrato: Cede todo direito Cede à legislação e a Just. Vontade geral.

Governo: Absolutista Liberal Democrata.

Obras: Leviatã Tratado sobre o governo O contrato social


civil
Estado é diferente do Governo

• O Governo é o núcleo decisório do Estado, formado por


membros da elite política e encarregado da gestão da coisa
pública.

• Estado é permanente, o governo é transitório porque, ao


menos nas democracias, os que ocupam os cargos
governamentais devem, por princípio, ser substituídos
periodicamente de acordo com as preferências da sociedade.

• http://www.sefaz.ce.gov.br/Content/aplicacao/internet/programas_campanhas/estado-governo-
adm%20publicamariagra%C3%A7asruas.pdf
Elementos essenciais do Estado

O Estado é uma estrutura política e organizacional


formada por:

um povo, que se organiza de modo a formar a


sociedade;

um território, ou seja, uma base física sobre a qual se


estende a jurisdição do poder soberano;

um governo, através do qual se manifesta o poder


soberano (politico) do Estado
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Estado

• Estado é uma organização, que tem legitimidade e exerce


o poder sobre o conjunto de indivíduos que ocupam um
determinado território.

• O exercício do poder é a capacidade de influenciar,


decisivamente, a ação e o comportamento das pessoas
(RUA, 2009, p.16).
Formação de poder

• O poder está relacionado à dominação. Daqueles que


exercem o poder e daqueles sobre quem o poder é
exercido.

• Weber (1977) – poder significa toda oportunidade de


impor sua própria vontade, no interior de uma relação
social, até mesmo contra resistências, pouco importando
em que repouse tal oportunidade

• Portanto, Weber entende por poder as oportunidades que


um homem, ou grupo de homens, possui de realizar sua
vontade, mesmo contra a resistência de outros homens
que participam da vida em sociedade.
Nicklas Luhman (1927-1998)
• Poder pressupõe que todos os parceiros – comandantes
comandados – sejam artífices de um resultado comum a
alcançar

• O poder não significa apenas fazer com que os subalternos


aceitem ordens ou prescrições, mas significa levar os
poderosos a exercer a plenitude de suas funções.

• Poder é diferente de coação (as escolhas do coagido são


reduzidas a zero).
• A legitimidade é a base do Estado ou seja a sua disposição
de atender ao intimo da lei (legi intimus) buscando realizar as
aspirações do grupo político por meio dos processos por este
reconhecidos e aceitos como válidos
Poder é característica de uma relação entre dois ou mais sujeitos,
na qual um impõe ao/s outro/s a sua própria vontade e lhe/s
determina o comportamento (obediência), a despeito de eventuais
resistências (conflito).
O poder é relacional em envolve conflito e coerção entre dois ou
mais sujeitos;
O poder é assimétrico;
O poder é relativo: depende do contexto: os sujeitos envolvidos
na relação, a esfera de atividade e o momento em que se dá a
relação;
O poder (exercido ou omitido) produz conseqüências
perceptíveis (diz-se que é mensurável);
O poder é intencional;
O poder não é neutro, nem na ação nem na omissão;
Tipologia clássica do poderfoco no fundamento e no
beneficiário não distingue a especificidade do poder político

Poder paterno: fundado na natureza e exercido em favor dos


filhos;

Poder despótico: fundado na probabilidade do castigo pela


desobediência e exercido em favor do senhor;

Poder político: fundado no consenso e exercido tanto em favor do


governante como dos governados
legitimidade

• Legitimidade ocorre quando uma parte expressiva da


população, com base no entendimento de que o
governo está cumprindo os objetivos propostos do
grupo, passa a aceitá-lo e, por conseqüência, a
obedecê-lo, o que permite dispensar o uso da força para
fazer cumprir as decisões de conteúdo político.

• Legitimidade é o reconhecimento que tem uma ordem


política.
• Legitimidade depende das crenças e opiniões subjetivas
Legalidade é a conformação do comportamento às diretrizes
legais.

Legitimidade é a capacidade de um determinado poder para


conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coação
que supõe a ameaça da força.

A legitimidade é o reconhecimento da autoridade, essencial à


dominação. Resulta da convicção de que o poder deriva de
valores comuns e finalidades compartilhadas.

Mas o poder não é, necessáriamente, sempre legítimo e nem a


obediência é sempre um dever.
Teorias das formas de governo
• Platão (427 - 348 ou 347 a.C.)
• Em A República, Platão propõe também um modelo de
Estado ideal, com base em uma divisão racional do
trabalho.
• Formas boas e más de governo:
• monarquia, aristocracia e democracia positiva são
consideradas boas;
• democracia negativa, oligarquia e tirania são as más.
• O homem oligárquico tem fome de riqueza, o
democrático tem desejo imoderado da liberdade e o
tirânico, a violência.
Aristóteles (384 - 322 a.C.): formas de governo

• Cruzamento de dois critérios – seis tipos de governo


• responde à pergunta “quem governa?” (critério numérico).
• responde à pergunta “como governa?” (critério axiológico ou de
valor). Enfase estabilidade e legitimidade

Como governa

Quem governa Bem mal


Um Monarquia (+) Tirania (-)
Poucos Aristocracia (+) Oligarquia (-)
muitos Democracia (+) Democracia (-)
Montesquieu (1689 – 1755):o espirito das leis.
A divisão dos poderes e a concepção secular de
lei.

• Doutrinador e incentivador da independência norte-


americana e da Revolução Francesa.

• Teoria da separação dos poderes –


• O governo deriva da dissociação do poder soberano e
da sua participação com base nas três funções do
Estado: a legislativa, a executiva e a judiciária.
• Para evitar concentração e abusos
• para um controlar o outro.
• Teoria contida nas diversas constituições modernas,
inclusive na Constituição Federal brasileira de 1988.
Montesquieu (1689 – 1755)
• “Cada sociedade [em função de sua geografia, seus
valores, seus costumes] tem o governo que merece”
• Não existem leis justas ou injustas.
• O que existe são leis mais ou menos adequadas a um
determinado povo em função de suas características.
Montesquieu (1689 – 1755)
• Sua tipologia de governo
• a) governo republicano - baseado na virtude - o povo, ou pelo
menos uma parte dele detém o poder supremo; compreende
tanto a aristocracia –mãos de alguns- como a democracia –
poder nas mãos da maioria (o modelo é a república romana da
Antigüidade);
• b) governo monárquico – baseado na honra - governo de um só,
de acordo com leis fixas e estabelecidas (o modelo compreende
as monarquias inglesa e francesa de seu tempo);

• c) governo despótico – baseado no medo - um só arrasta todos,


com sua vontade e caprichos, sem leis ou freios (a tirania; o
modelo compreende os impérios chinês, indiano, japonês).
• Admite formas mistas
cidadania
• Entre os gregos = cidadania como participação
• Na modernidade, após revoluções norte-americana e
francesa = cidadania é dispor de direitos democráticos
(políticos, civis, sociais)

• A noção de cidadania está vinculada à idéia de Estado-nação


que exerce uma soberania interna –sobre a população que se
encontra dentro de um território definido – assim como
soberania externa.

• A cidadania aparece como um conjunto de mecanismos


institucionais que regulam as relações entre o Estado e a
população definindo os direitos e as obrigações da população
e introduzindo os princípios de igualdade.
Sociedade
• Sociedade: resultado da reunião de homens. Não é a
mera aglutinação e sim uma busca de integração de
carater material e abstrato – ligações familiares,
religiosas, economicas, etc que consolidam uma
vinculação cultural.
Funções estatais e repartições de poder
• O Estado nem sempre foi o mesmo e nem sempre teve
o mesmo papel na economia.

• Não há estado sem poder, sendo que este representa a


soberania.

• É de sua atuaçao que nascem as normas


organizadoras, de maneira que se pode afirmar que não
existe sociedade sem organização (ubi societas, ibi jus,
ibi societas)
Aristóteles – poder e função
• Tres poderes com funções:
• Poder deliberante – delibera sobre todos os negocios
do Estdo

• Poder executivo – atribuido aos magistrados e exercido


com fundamento nas decisões tomadas pelo poder
deliberante

• Poder de fazer justiça – diz respeito à jurisdição


John Locke – poder e função
• Estado repousa sobre um contrato social enquanto governo se
baseia na confiança

• Funções estatais exercidas por órgãos independentes:


• Poder federativo – é facultativo. Responsável pelas relações
exteriores do Estado
• Poder legislativo – responsavel pela edição de leis – maior poder
acima (subordina) dos demais
• Poder executivo – membros escolhidos pelo poder legislativo,
executa o disposto na lei

• Necessario limitar o poder do Estado (atender a vida em sociedade


e promover a realização das expectativas do Homem em busca da
felicidade comum). O bem comum será assegurado por um governo
que expresse a vontade da maioria dos cidadãos.
Jean-jacques Rousseau – Contrato Social (1762)

• Estado representa a ascensão social do homem, que o


promove da condição primitiva resultando no
estabeleicimento da justiça e de uma moralidade mais
elevada.
• A base sólida do Estado é a vontade humana governada
pela razão
• A vontade geral, por representar uma intenção geral,
pode ser expressa pelo legislador
Charles Louis de Secondat Montesquieu –
O espírito das leis (1982) - sistematiza
• A divisão tripartite dos poderes alem de garantir a liberdade
dos cidadãos, assegura a eficiencia do funcionamento das
instituições politicas.

• Prevalece a idéia de proteção e resguardo dos direitos e


liberdade do individuo;
• Cada orgão desempenha função distinta

• A atividade de cada um caracteriza-se em uma forma de


contenção da atividade do outro órgão do poder.

• Sistema de independencia entre os órgãos do poder e de


inter-relacionamento de suas atividades
Bresser-Pereira
• O Estado, enquanto organização é um sistema social
formamelmente estruturado, que, como as demais
organizações precisa ser efetivo e eficiente

• Dimensões de desempenho:
• efetividade diz respeito a capacidades de se promover
resultados pretendidos;
• eficiência denota competências para se produzir
resultados com dispêndio mínimo de recursos e
esforços;
• a eficácia, remete a condições controladas, e a
resultados desejados de experimentos.
• Estado é a instituição que organiza a ação coletiva dos
cidadãos de cada Estado-Nação (ou nação, ou país ou
Estado nacional), através da constituição nacional e de
todas as demais instituições legais ou jiridicas que cria
ou legitima e que fazem parte do Estado.

• Em cada Estado-Nação existe uma sociedade, um


Estado e território.

• Estado é a organização dentro desse país.

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