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Discursiva 01 (Cespe/Analista de Controle Externo – TCU/2008)

Peça Técnica (máx. 50 linhas)

“A segregação de funções faz parte de um conjunto de atividades de


controle consideradas relevantes para uma auditoria das demonstrações
contábeis. Significa dizer que se deve fazer com que os indivíduos não
realizem funções incompatíveis.

Do ponto de vista de controle, funções são consideradas incompatíveis


quando é possível que um indivíduo cometa um erro ou fraude e esteja
em posição que lhe permita esconder o erro ou a fraude no curso normal
de suas atribuições.”

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um


relatório de controle interno sobre os aspectos relacionados à segregação de
funções em uma organização auditada, considerando, ainda, que tenham sido
feitas as seguintes verificações relevantes a respeito da mencionada
organização:

• um dos responsáveis por recebimentos de caixa está também autorizado


a aprovar abatimentos em contas de clientes e a registrar devoluções de
vendas;
• um dos responsáveis por pagamentos recebe os extratos bancários e
efetua as respectivas conciliações;
• somente alguns funcionários do Departamento de Compras estão
autorizados a aprovar as encomendas e efetuar as aquisições, e, mesmo
assim, até determinado limite de valor;
• o Departamento de Vendas aprova os créditos de clientes que já
efetuaram pelo menos uma operação com a organização;
• o almoxarife controla o recebimento dos materiais adquiridos e faz a
comunicação à Contabilidade, que confere essa informação com a cópia
do pedido de compra, que já lhe fora encaminhado;
• ao Departamento de Tecnologia da Informação cabe, entre outras
atribuições, a correção dos dados submetidos por departamentos
usuários.

Ao elaborar seu texto, analise cada uma das situações descritas acima,
apontando eventuais falhas ou pontos fracos e sugerindo possíveis
modificações nos procedimentos adotados, relativos aos diferentes setores e
responsáveis pelas operações da organização em apreço.
GABARITO:

O centro dessa questão está na atividade de “segregação de funções”, sendo


que o candidato deveria analisar sob essa ótica cada uma das situações
descritas, apontado a existência de falhas ou pontos fracos e sugerindo a
solução.

O relatório nada mais é do que um relato, uma narração ou descrição


ordenada dos fatos, e pode ser estruturado de várias maneiras, mas deverá
conter obrigatoriamente: uma introdução; desenvolvimento contendo: o objeto
analisado, falhas encontradas, recomendações; e, uma conclusão.

EXEMPLO DE RESPOSTA:

Trata-se de um relatório de controle interno que versa sobre a adequação da


segregação de funções em diversos departamentos da organização XYZ.
Foram feitas, em conformidade com as normas de auditoria vigentes,
verificações a fim de identificar possíveis falhas ou pontos fracos nos
procedimentos adotados.

No Departamento de Contas a Receber foi verificado que um dos responsáveis


pelo recebimento de caixa é autorizado a aprovar abatimentos em contas de
clientes e a registrar devoluções de vendas. Entende-se que esses
procedimentos concentrados em uma única pessoa demonstram um ponto
fraco que poderá provocar a ocorrência de erros ou fraudes. Desta forma,
recomenda-se que a aprovação dos abatimentos e o registro de devoluções
sejam segregados do Departamento de Contas a Receber.

No Departamento de Contas a Pagar foi verificado que um dos responsáveis


pelos pagamentos pode receber extratos bancários e efetuar conciliações. Tal
situação representa uma falha de procedimento, pois concentra na mesma
pessoa o pagamento e o seu controle, podendo acarretar fraudes e desvios.
Assim, recomenda-se que a função de conciliação bancária seja segregada
desse Departamento.

No Departamento de Compras foi verificado que somente alguns funcionários


estão autorizados a aprovar encomendas e efetuar aquisições, com os
respectivos limites de alçada. Tais procedimentos se encontram em
consonância com os princípios de controle interno.

No Departamento de Vendas foi constatado que a aprovação do crédito é feita


para os clientes que já efetuaram pelo menos uma operação com a
organização. Esse procedimento é incompatível com a atividade de segregação
de funções, pois há conflito de interesses. Nesse sentido, propõe-se que a
função de aprovação de crédito seja segregada desse Departamento.
Foi verificado que o Almoxarifado recebe as mercadorias e comunica à
Contabilidade, que, por sua vez, faz a conferência dessa informação com a
cópia do pedido de compra. O procedimento narrado satisfaz ao princípio da
segregação de funções.

Por último, foi constatado que o Departamento de Tecnologia da Informação


executa correções nos dados submetidos por outros departamentos. Entende-
se que tal procedimento é inadequado, pois os dados devem ser mantidos
conforme originalmente registrados pelos respectivos departamentos para
efeito de rastreamento das operações realizadas. Qualquer correção deve ser
feita pelo próprio departamento interessado, mantidos os registros originais.

Tendo como base o exposto neste relatório, entende-se que a adoção das
medidas recomendadas, em conformidade com a atividade de segregação de
funções, irá diminuir a probabilidade da ocorrência de erros e fraudes na
Organização.

Discursiva 02: (Elaborada pelos professores)


Questão (máx. 20 linhas)

De acordo com o COSO, o Gerenciamento de Riscos Corporativos é um


processo conduzido em uma organização e aplicado no estabelecimento de
estratégias, formuladas para identificar eventos em potencial, capazes de
afetar a entidade, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível com
o apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável do
cumprimento dos seus objetivos.

O processo de Gerenciamento de Riscos Corporativos é constituído de oito


componentes inter-relacionados, integrados em um processo de gestão.

Cite 3 (três) desses componentes, descrevendo suas principais características


dentro do processo de Gerenciamento de Riscos.

GABARITO:

Essa questão é bem simples, cobra do candidato o conhecimento dos


componentes do COSO.

Como são poucas linhas (20) o candidato tem que tomar cuidado com sua
distribuição, como terá que falar sobre 3 componentes, sugerimos que divida o
texto em 5 parágrafos de mais ou menos 4 linhas cada: introdução (breves
palavras sobre o gerenciamento de risco); 3 parágrafos de desenvolvimento (1
para cada elemento escolhido); e, conclusão (que pode ser junta com o último
parágrafo para economizar linhas, ou feita em um parágrafo próprio).

EXEMPLO DE RESPOSTA:
O gerenciamento de riscos corporativos é um processo que visa identificar e
administrar os riscos oriundos de eventos em potencial, que possam afetar a
Organização, de modo a mantê-los em um patamar aceitável. É constituído de
oito componentes inter-relacionados e integrados em um processo de gestão,
dos quais se destacam: o ambiente de controle, a identificação de eventos e a
resposta ao risco.

O ambiente de controle fornece a base pela qual os riscos são identificados e


abordados pela Organização, inclusive a filosofia de gerenciamento de riscos,
nível de aceitação do risco, a integridade e os valores éticos.

A identificação de eventos é o componente que permite à Organização


identificar os eventos internos e externos que influenciam o cumprimento dos
seus objetivos, classificando-os em riscos e oportunidades.

Por último, a resposta ao risco que é o componente que permite à


administração escolher adequadamente as respostas aos riscos: evitando-os,
aceitando-os, reduzindo-os ou compartilhando-os. Desenvolvendo assim uma
série de medidas para alinhar os riscos com a tolerância e com o apetite a
risco da Organização.

Discursiva 03: (Elaborada pelos professores)


Questão (máx. 20 linhas)

O conceito e estabelecimento da auditoria são inerentes à gestão


financeira pública, já que a gestão de recursos públicos envolve um voto
de confiança. A auditoria não é um fim em si, e sim um elemento
indispensável de um sistema regulatório cujo objetivo é revelar desvios
das normas e violações dos princípios da legalidade, eficiência, eficácia e
economia na gestão financeira com a tempestividade necessária para
que medidas corretivas possam ter tomadas em casos individuais, para
fazer com que os responsáveis por esses desvios assumam a
responsabilidade por eles, para obter o devido ressarcimento ou para
tomar medidas para impedir - ou pelo menos dificultar - a ocorrência
dessas violações.
Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, responda


as seguintes perguntas:

A Declaração de Lima considera que a auditoria pode acontecer em dois


momentos distintos em relação à ocorrência do fato a ser auditado, como são
chamadas essas auditorias?
O Tribunal de Contas da União (TCU) adota esse critério? Explique.

GABARITO:

Essa questão é um pouco mais elaborada que a anterior, o candidato, para


respondê-la, tem que conhecer os conceitos de controle prévio (pré-auditoria)
e controle posterior (pós-auditoria) e que o TCU executa esses dois tipos de
auditoria e, além deles, também faz a auditoria concomitante.

Veja que são duas perguntas, então podemos estruturar nossa redação em 4
parágrafos: uma introdução (conceituado auditoria, dica: use o texto
motivador); 2 parágrafos de desenvolvimento (1 para cada pergunta); e uma
conclusão.

EXEMPLO DE RESPOSTA:

A auditoria é um elemento indispensável de controle, cujo objetivo é revelar


desvios das normas e violações dos princípios da legalidade, eficiência, eficácia
e economia na gestão pública. O processo deve ser tempestivo para que as
medidas corretivas possam ser tomadas e os infratores responsabilizados.

A Declaração de Lima traz em seu texto dois tipos de auditoria: pré-auditoria e


pós-auditoria, sendo esta última mandatória.

A pré-auditoria é realizada antes da ocorrência do fato, e visa garantir a gestão


adequada de recursos públicos que foram confiados ao gestor. A pós-auditoria,
por sua vez, enfatiza a responsabilização dos gestores quanto à administração
financeira, fiscal e patrimonial, e visa o ressarcimento no caso de prejuízos
provocados.

No Brasil, o Tribunal de Contas da União (TCU), além da pré e da pós-


auditoria, exerce a auditoria concomitante, tipo não previsto na Declaração de
Lima. Nesse tipo de auditoria o TCU acompanha e fiscaliza os atos na medida
em que ocorrem.

Desta forma, levando em consideração os tipos de auditoria, a Entidade de


Fiscalização Superior (EFS) deve escolher o mais adequado à circunstância,
lembrando que a pós-auditoria, devido ao seu caráter mandatório, deve ser
aplicada por todas as EFS.
Tipos de auditoria: de conformidade; operacional e avaliação de
programas de governo; de demonstrações contábeis; de sistemas
contábeis e financeiros informatizados

Auditoria Governamental

Segundo a INTOSAI, a auditoria governamental é a atividade independente e


objetiva que, através da aplicação de procedimentos específicos, tem a
finalidade de emitir opinião sobre a adequação das contas governamentais,
assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o
resultado dos programas de governo.

Veja que, de forma semelhante à auditoria independente das demonstrações


contábeis, a auditoria governamental também se caracteriza por uma atuação
autônoma (independente) com dois objetivos específicos:

• emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais


(=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade ou
compliance); e

• avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades


e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria
operacional ou auditoria de otimização de recursos).

Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a


legitimidade dos atos de gestão do ente público, certificando-se, por exemplo,
que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas,
que as decisões administrativas foram tomadas com probidade, que não houve
fraude, e que os dispositivos legais e normativos estão sendo seguidos.

Segundo a INTOSAI, a auditoria de regularidade tem por objetivo:

(a) certificar que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação


de prestar contas, o que inclui o exame e a avaliação dos registros
financeiros e a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis;

(b) emitir parecer sobre as contas do governo;

(c) auditar os sistemas e as operações financeiras, incluindo o exame


da observância às disposições legais e regulamentares aplicáveis;

(d) auditar o sistema de controle interno e as funções da auditoria


interna;
(e) verificar a probidade e a adequação das decisões administrativas
adotadas pela entidade auditada; e

(f) informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ou


relacionados com a auditoria, que a EFS considere necessário revelar.

Já, a auditoria de desempenho, segundo a INTOSAI, preocupa-se em


verificar a economia, a eficiência e a eficácia, e tem por objetivo determinar:

(a) se a administração desempenhou suas atividades com economia, de


acordo com princípios, práticas e políticas administrativas corretas;

(b) se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza são


utilizados com eficiência, incluindo o exame dos sistemas de
informação, dos procedimentos de mensuração e controle do
desempenho e as providências adotadas pelas entidades auditadas
para sanar as deficiências detectadas; e

(c) a eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao


alcance de seus objetivos e a avaliação dos resultados alcançados em
relação àqueles pretendidos.

Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser de


regularidade ou de desempenho e o que as diferencia é o seu escopo. A
primeira foca os critérios de legalidade e legitimidade, enquanto que a segunda
foca os critérios de economicidade, eficácia, eficiência e efetividade. Veremos
isso com mais detalhes daqui a pouco.

As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenho


em todas as organizações públicas, de modo a realizar o exame das Contas de
Governo de forma mais efetiva.

De uma forma geral, a auditoria governamental é composta por um conjunto


de técnicas e procedimentos que tem por objetivo avaliar a gestão e a
aplicação de recursos públicos, mediante a confrontação entre uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal.

Desta forma, visa estabelecer o controle do Estado na busca pela melhor


alocação dos recursos, tanto pela forma corretiva, combatendo desperdícios,
improbidade, negligência e omissão; quanto pela atuação prévia antecipando-
se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de
destacar os impactos e benefícios sociais advindos.

Vamos ver como esse assunto pode cair na sua prova.

01. (UnB/CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo,


Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia -
2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a
homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos
das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização
dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas.

Resolução:

Vimos que o objetivo da auditoria governamental não é o proposto pelo


enunciado. A finalidade da auditoria governamental é avaliar a gestão e a
aplicação de recursos públicos visando sua adequação aos aspectos de
legalidade e legitimidade, bem como os critérios de economicidade, eficácia,
eficiência e efetividade. Portanto, questão incorreta.

Vamos continuar falando sobre a auditoria governamental, segundo a IN SFC


nº 01/01, que regulamenta a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, ela tem o objetivo primordial de garantir resultados
operacionais na gerência da coisa pública.

Dispõe, ainda, a referida IN, seguindo os ditames da INTOSAI, que a finalidade


básica da auditoria é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos
administrativos, e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de
eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades e das entidades da
administração pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder,
bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado,
quando legalmente autorizadas nesse sentido.

Segundo a Secretaria Federal de Controle Interno, a auditoria governamental


pode ser classificada em 5 (cinco) tipos:

1. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a


certificar a regularidade das contas públicas.

Compreende, entre outros, aspectos como o exame das peças que


instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da
documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação
da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil;
verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos
resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à
economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

2. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos


de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade,
evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo
gargalos ao desempenho da sua missão institucional.
3. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se
as demonstrações refletem, adequadamente, a situação econômico-
financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo
examinado e as demais situações nelas demonstradas.

Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de


informações e confirmações, mediante procedimentos específicos.

Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos


externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por
unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com
aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras.

4. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os


procedimentos relacionados ao processo operacional, com a finalidade de
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da
eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a
administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações,
que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar
a responsabilidade gerencial.

5. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas


relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas
para atender determinação expressa de autoridade competente. Classifica-
se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras
classes de atividades.

Ainda, segundo a SFC, a auditoria é executada das seguintes formas:

I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente


por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em:

a. centralizada – executada exclusivamente por servidores em


exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.

b. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em


exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal.

c. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício


nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a
participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que
desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da
Administração Pública Federal ou entidade privada.

a. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno


do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições
públicas ou privada.

b. terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas


denominadas empresas de auditoria externa.

III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por


servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais
ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por
meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo
custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o
órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de
indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente
executor das ações de controle.

2. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade:


Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale a opção correta
acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos.

A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a


regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de controlar e
emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e
eficiência.
B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais
efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo de subsidiar a
gestão subseqüente.
C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão
com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no
desempenho da missão institucional.
D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade de
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações
financeiras.
E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes,
com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente.
Resolução:

Vamos resolver essa questão item a item:

A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a


regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de
controlar e emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua
economicidade e eficiência.

A primeira parte do enunciado dessa assertiva está correta, mas a auditoria de


avaliação de gestão não tem por objetivo controlar as transações, mesmo
porque elas já foram realizadas.

B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a


gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os
potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo
de subsidiar a gestão subsequente.

Vimos que a auditoria de acompanhamento da gestão é realizada ao longo dos


processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real e não no ano
imediatamente anterior como afirma o enunciado.

C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão


com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos
no desempenho da missão institucional.

A finalidade da auditoria operacional é emitir uma opinião sobre a gestão


quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, e não evidenciar
as melhorias existentes.

D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de


recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade
de emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações
financeiras.

Item correto. Vimos que essa é uma das finalidades da auditoria contábil.

E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos


relevantes, com o objetivo de atender determinação expressa de
autoridade competente.

A questão está errada, pois além de relevantes os fatos ou situações têm que
ter natureza incomum ou extraordinária.

3. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade:


Administração Pública e/ou de Empresas/2008) - A auditoria realizada
sobre informações obtidas por meio eletrônico, específico das unidades ou
entidades federais, e que pressupõe a utilização de indicadores de
desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de
controle, é denominada auditoria

A) direta.
B) compartilhada.
C) integrada.
D) indireta.
E) simplificada.

Resolução:

O enunciado nos dá a definição exata de auditoria realizada na forma


simplificada, que é aquela feita quando o custo x benefício não justifica o
deslocamento de uma equipe de auditoria, ela é feita tomando por base
indicadores de desempenho e em meio eletrônico.

Bom, e quanto ao Tribunal de Contas da União?

Você deve saber que o TCU no desempenho de sua função institucional assume
diversas funções. Dentre essas funções está a “fiscalizadora”.

Pois bem, essa função é exercida por meio de instrumentos como inspeções,
levantamentos, monitoramentos, acompanhamentos e, é claro, auditorias.

Segundo a CF/88, art. 70, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Por sua vez, o art. 71 dispõe que o controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete, entre outras coisas, realizar, por iniciativa própria, da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e de todos os administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal.

Destaque-se que a realização de auditoria contábil foi uma grande inovação


trazida pela CF/88 que ampliou e muito a esfera de atuação do TCU.
Veja essa questão:

4. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - No Brasil, as disposições constitucionais e legais
conferem às entidades fiscalizadoras superiores poderes para examinar a
economicidade, a eficiência e a eficácia da ação governamental, o que a
INTOSAI denomina de auditoria de otimização de recursos, que se insere,
juntamente com a auditoria de regularidade, no âmbito geral da fiscalização
pública.

Resolução:

Então, o que você acha?

Vimos que a autorização para o TCU realizar a auditoria operacional tem sede
constitucional, lembre-se que esse tipo de auditoria também é conhecido como
de desempenho ou ainda de otimização de recursos.

Então, no Brasil, a auditoria operacional está inserida juntamente com a


auditoria de regularidade (auditoria de conformidade ou compliance) no âmbito
geral da fiscalização pública.

Vamos continuar a falar sobre a auditoria no âmbito do TCU, segundo o art.


239 do RI/TCU (Regimento Interno do TCU) a auditoria é o instrumento de
fiscalização utilizado pelo Tribunal para:

I – examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos


responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
financeiro, orçamentário e patrimonial;

II – avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados,


assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais, quanto aos aspectos de economicidade,
eficiência e eficácia dos atos praticados;

III – subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.

De acordo com esses normativos, o instrumento de auditoria no âmbito do TCU


é classificado em dois grandes grupos: auditoria de conformidade e auditoria
de natureza operacional, esta última se subdivide em auditoria de desempenho
operacional e auditoria de avaliação de programas.

A auditoria de conformidade é o instrumento utilizado para se examinar a


legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, quanto aos
aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, com o intuito de
avaliar se estão de acordo com as normas existentes, e de salvaguardar ativos
de fraudes e desvios de recursos.

Diz respeito a conformação dos atos às regras legais, ao


Legalidade ordenamento jurídico.

Envolve, além do conceito de legalidade, a aferição do


atingimento do interesse público, ou seja, envolve aspectos
Legitimidade
éticos e morais. O ato de gestão mesmo absolutamente legal
pode não atender a legitimidade.

A auditoria operacional é o instrumento utilizado para avaliar o desempenho


dos órgãos e entidades, assim como, dos programas, projetos e atividades
governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia
dos atos praticados, com o objetivo de verificar se a operação da instituição ou
programa tem um desempenho satisfatório. Tem por objetivo:

• identificar se a administração desempenhou suas atividades com


economia, de acordo com princípios e práticas administrativas corretas
(=economicidade);

• identificar se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra


natureza foram utilizados com eficiência;

• identificar se há eficácia do desempenho das entidades auditadas em


relação ao alcance de seus objetivos; e

• avaliar o verdadeiro efeito de suas atividades em comparação com o


efeito esperado (=efetividade).

Este tipo de procedimento consiste numa atividade de assessoramento ao


gestor, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos,
sendo desenvolvida de forma tempestiva.

Como dissemos a auditoria operacional apresenta duas subdivisões: auditoria


de desempenho operacional e auditoria de avaliação de programas.

A primeira delas preocupa-se com o processo de gestão nos seus múltiplos


aspectos, busca avaliar por meio da análise da estratégia organizacional,
gestão e processos de trabalho, se os aspectos de economicidade, eficiência e
eficácia, estão sendo observados pelos gestores em suas ações. Ela tem como
foco principal os seguintes aspectos:

• como os órgãos e entidades adquirem, protegem e utilizam seus


recursos;

• as causas de práticas antieconômicas e ineficientes;


• o cumprimento das metas previstas; e

• a obediência aos dispositivos legais aplicáveis aos aspectos da


economicidade, eficiência e eficácia da gestão.

Portanto, o foco da auditoria de desempenho operacional é o processo de


gestão nos seus múltiplos aspectos – de planejamento, de organização, de
procedimentos operacionais e de acompanhamento gerencial, inclusive quanto
aos seus resultados em termos de metas alcançadas.

A auditoria de avaliação de programas preocupa-se com a efetividade dos


programas e projetos governamentais, identificando o real alcance das ações
governamentais e se estas produziram os efeitos desejados.

Enquanto a auditoria de desempenho operacional verifica, além da eficiência


operativa, o grau de cumprimento das metas, comparando metas previstas
com metas realizadas, a avaliação de programa busca apurar em que medida
as ações implementadas lograram produzir os efeitos pretendidos pela
administração.

Por exemplo, uma auditoria de desempenho operacional em um programa de


nutrição infantil procurará verificar o alcance das metas propostas, sugerindo,
eventualmente, o aumento da eficiência do programa mediante uma seleção
mais adequada dos beneficiários e uma melhoria dos sistemas de aquisição,
distribuição e oferta de alimentos.

Contudo, nada dirá sobre se essas correções diminuirão a desnutrição.

Por outro lado, a avaliação de programa procurará estabelecer em que medida


o programa consegue melhorar a situação nutricional da população alvo
(=relação causa-efeito) – se houve mudanças, a magnitude das mesmas e que
segmentos da população-alvo foram afetados.

Apesar de poderem ser realizadas de forma independente, os dois tipos de


auditoria têm objetivos complementares, na missão de aperfeiçoamento da
administração pública e responsabilização por desempenho.
Portaria 144/2000
(Manual de Auditoria de Natureza Operacional)

5. (UnB/CESPE/TCE-RN Inspetor de Controle Externo, Especialidade:


Administração, Contabilidade, Direito ou Economia/2009) - Um dos
principais objetivos da auditoria operacional é atestar a conformidade do
funcionamento do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que
lhes foram estabelecidas.

Resolução:

Esse é um dos objetivos da auditoria operacional, avaliar o desempenho dos


órgãos e entidades quanto ao cumprimento das metas previstas.

Já falamos bastante sobre as principais dimensões de análise da auditoria


operacional, eficácia, eficiência, economicidade e efetividade, mas não
mostramos ainda o seu inter-relacionamento.

Preste atenção do diagrama abaixo. Para facilitar a compreensão, procure


imaginar que a atuação estatal esteja relacionada a um programa de combate
à febre amarela:
Efetividade

Economicidade

Compromisso Insumo Ação/Produção Produto Resultado


(Objetivos (Recursos (Ações (Bens/serviços (Objetivos
definidos) alocados) desenvolvidas) providos) atingidos)

Eficiência

Eficácia

Nesse contexto, vamos analisar essas dimensões, aplicadas na nossa situação


hipotética (combate à febre amarela):

Dimensão Significado Aplicação


Significa minimização de custos Custo de aquisição de
dos recursos utilizados na vacinas em um
Economicidade consecução de uma atividade, programa de erradicação
sem comprometimento dos da febre amarela.
padrões de qualidade.
É a melhor combinação de Custo total por criança
recursos (tempo, custos, vacinada.
Eficiência
qualidade) para a obtenção do
produto.
É o grau de alcance das metas Número total de crianças
programadas, em um vacinadas.
Eficácia determinado período de tempo,
independentemente dos custos
implicados.
É a relação entre os efeitos de Quanto o programa
Efetividade um programa sobre a população conseguiu diminuir nos
alvo e os objetivos pretendidos. casos de febre amarela.

Além dessas, outras dimensões de desempenho devem ser consideradas no


processo de auditoria, dentre elas:

Equidade Condições para que todos tenham acesso ao


exercício de seus direitos civis.
Alcance das expectativas dos usuários e padrões
Qualidade
dos produtos.
Transparência Livre fluxo de informações, acessíveis e
suficientes para compreensão e monitoramento.
Responsabilização Prestação de contas, ao Governo e à sociedade,
sobre a alocação dos recursos públicos.
Conhecimento e participação efetiva das camadas
Participação social
sociais interessadas na produção, gestão e
fiscalização dos bens.
Sustentabilidade Sobrevivência a longo prazo do sistema.
Coordenação entre organizações para alcançar
Articulação institucional
objetivos comuns.
Práticas gerenciais geralmente aceitas como
Aplicação de boas práticas
adequadas, quando comparadas com modelos e
padrões.

6. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Na auditoria operacional realizada no âmbito de um
órgão ou programa governamental, os critérios ou objetivos pelos quais
eficiência e eficácia são medidas devem ser especificados pelos auditores e,
não, pela administração, e os pareceres relativos a esses trabalhos não podem
conter recomendações ou sugestões.

Resolução:

A questão está duplamente errada, em primeiro lugar as medidas de eficiência


e eficácia não são determinadas pelo auditor nem pela administração, devem
ser critérios objetivos. Em segundo lugar, veremos nas próximas aulas que o
relatório (parecer) de auditoria operacional pode conter recomendações.

7. (UnB/CESPE/STF - Analista Judiciário – Área: Administrativa –


Especialidade: Contabilidade/2008) - A auditoria operacional é realizada
ao longo dos processos de gestão de uma entidade federal, prevenindo
empecilhos ao desempenho de sua missão institucional.

Resolução:

A auditoria operacional é pontual ela não é realizada ao longo da gestão,


na verdade, o enunciado dessa questão se refere a auditoria de
acompanhamento da gestão, que é realizada ao longo dos processos de
gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e
os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade, evidenciando
melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao
desempenho da sua missão institucional.
Auditoria das Demonstrações Contábeis

A auditoria das demonstrações contábeis, como se pode inferir pelo próprio


nome, envolve a obtenção e a avaliação de evidências para emissão de uma
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis de uma entidade.

Esse tipo de auditoria é fundamental para o correto funcionamento dos


mercados de capitais, pois permite que investidores e credores baseiem suas
decisões em informações de qualidade, que expressam com clareza a real
situação das empresas em termos de direitos, obrigações e procedimentos
contábeis adotados.

O Conselho Federal de Contabilidade é o responsável pela normatização geral


que guia a execução desse tipo de auditoria – emite as Normas Brasileiras de
Contabilidade Técnica de Auditoria Independente de Informação Contábil
Histórica (NBC TA).

As NBC TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis


executada por um auditor independente. Contudo, elas devem ser adaptadas
conforme necessário às circunstâncias, sendo responsabilidade do auditor
garantir o cumprimento de todas as obrigações legais, regulatórias e
profissionais devidas.

De acordo com a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de


confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios financeiros


(Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício etc.) adotada
pela administração que é considerada aceitável em vista da natureza da
entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei
ou regulamento.

Portanto, a opinião do auditor expressa se as demonstrações contábeis estão


apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, ou seja, em
conformidade com as práticas contábeis e com a legislação aplicável à
determinada entidade.
Quadro comparativo entre os principais tipos de auditoria

Auditoria das Auditoria de Auditoria Operacional


Demonstrações Contábeis Conformidade (Auditoria de Gestão ou de
(Auditoria Financeira) (Auditoria de Compliance) Desempenho)
Avaliar se as atividades de
Emitir uma opinião sobre a uma entidade, sejam elas Avaliar a eficiência e a
adequação das financeiras ou eficácia das atividades
demonstrações contábeis operacionais, obedecem a operacionais de uma
de uma entidade regras ou a regulamentos entidade
previamente estabelecidos

8. (UnB/CESPE/PMT - Agente Fiscal de Tributos Municipais/2008) - A


auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se
restringe à escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria.

Resolução:

O enunciado nos traz o objetivo da auditoria contábil que é a emissão de uma


opinião sobre a adequação das demonstrações de uma entidade. A segunda
parte do enunciado também está correta, a auditoria contábil não se restringe
aos registros da entidade, uma vez que se utiliza de procedimentos que
envolvem confirmações externas com clientes, fornecedores, partes
relacionadas etc.

9. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Considere-se que, em
cumprimento a decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na
área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham sido
constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios:
edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio
cadastramento de licitantes no sistema integrado de cadastramento unificado
de fornecedores; exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de
documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de aceitabilidade
dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza uma
auditoria operacional.

Resolução:

Trata-se de uma auditoria de conformidade e não operacional, que buscou


avaliar a legalidade e legitimidade dos atos de gestão realizados no referido
processo licitatório.
Outros tipos de auditoria

Vamos dar uma passada rápida sobre outros tipos de auditoria que podem ser
objeto de questionamento.

Auditoria Integral

Esse tipo de auditoria é utilizado nas grandes atividades, controles e sistemas


essenciais quanto ao uso judicioso dos recursos da organização, o que torna
seu escopo mais amplo, requerendo o uso de equipes multidisciplinares
(contadores, médicos, engenheiros etc.).

Como a própria denominação sugere, esse tipo de auditoria envolve vários


elementos de auditoria de gestão, operacional e financeira.

A auditoria integral envolve o exame de controles, processos e sistemas


utilizados para gerenciar os recursos da organização, quais sejam: numerários,
pessoas, ativos físicos e informações, fundamentando-se em dois princípios de
gestão pública:

• primeiro: a gestão deve ser conduzida de forma que as decisões resultem


no melhor uso dos recursos públicos, e, consequentemente, em serviços
públicos econômicos, eficientes e efetivos; e

• segundo: as pessoas que conduzem a gestão devem ser responsabilizadas


pelo gerenciamento prudente e efetivo dos recursos delegados.

Auditoria Fiscal

O termo auditoria fiscal ou tributária é normalmente utilizado para definir as


ações de fiscalização tributária desenvolvida pela administração fiscal
(Receita Federal, fiscos estaduais e municipais).

Nessa acepção, a auditoria fiscal é aquela voltada para a análise do correto


cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes.

Assim, só pode ser realizada por servidor público empregado no ente


tributante, conforme artigo 142 do Código Tributário Nacional:

“Compete privativamente a autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
o caso, propor aplicação da penalidade cabível.”
Contudo, o seu conceito poderá ser diferente em função da posição do sujeito
que executa a auditoria.

Se este tipo de auditoria for executado por um auditor externo ou por um


auditor interno, a auditoria fiscal é considerada uma parte restrita das
auditorias desenvolvidas por aqueles profissionais prestadores de serviços.

Nesse caso, tem por objetivo o exame e a avaliação de planejamento


tributário e da eficiência e eficácia dos procedimentos e controles
adotados para a operação, pagamento e recuperação de impostos,
taxas e quaisquer ônus de natureza fisco-tributária que incida nas
operações e bens da empresa.

Compreende a revisão dos cálculos dos tributos diretos (Imposto sobre a


Renda e Contribuição Social) e os indiretos (ICMS, IPI, ISS e outros), e a
certificação de que os procedimentos adotados pela empresa atendem às
legislações vigentes.

Os trabalhos executados na área tributária geram recomendações para


utilização das melhores alternativas legais para a economia e recuperação de
impostos, pagos a mais ou indevidamente.

Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados

Como a maioria das atividades nas empresas está vinculada direta ou


indiretamente ao processamento eletrônico de dados, os sistemas de
informação representam os suportes indispensáveis para as estratégias de
desenvolvimento e sobrevivência dos negócios e das organizações.

O surgimento de novas tecnologias, de novos modelos de negócios e da


constante evolução do mercado, contribuiu para que as empresas
mantivessem em suas redes de informação aplicações obsoletas, repetidas ou
deficientes.

Portanto, deve haver uma preocupação constante das empresas em promover


a contínua evolução de seus sistemas.

É essa complexidade das atividades de uma empresa que leva à criação de


auditorias especializadas.

Nesse contexto, a auditoria de sistemas avalia o ambiente de processamento


de dados para identificar e avaliar os possíveis riscos (erros, falhas,
irregularidades, ineficiência, etc.) que estejam ocorrendo, ou que possam
ocorrer, e faz recomendações para correção e melhoria dos controles internos
para diminuição dos riscos levantados.
Em suma, Auditoria de Sistemas é o ramo da auditoria que revisa e
avalia os controles internos dos sistemas de informação da empresa.

A auditoria de sistemas objetiva se certificar, por exemplo, que:

• as informações são corretas e oportunas;

• existe um processamento adequado das operações;

• as informações estão protegidas contra fraudes;

• existe proteção das instalações e equipamentos;

• existe a proteção contra situações de emergência (paralisação de


processamento, perda de arquivos, inundações, incêndios, etc.).

Dessa forma, permite uma ação preventiva e corretiva, para confirmar a


veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, dados e
informações.

Importante destacar que seja qual for o grau de informatização que uma
empresa possa ter, o objetivo da auditoria não se altera. Assim, não importa
se a escrituração é totalmente manual, mecanizada ou informatizada, a
tecnologia de auditoria aplicada é a mesma.

A questão está apenas em observar determinados detalhes, em especial,


quanto à segurança dos dados.

Veja a importância da segurança em um ambiente computadorizado, nesse


ambiente, diferentemente de um ambiente em que a escrituração é feita de
forma manual, onde uma alteração fraudulenta poderia implicar na rasura do
registro, é possível alterar um dado sem deixar rastros, por isso, as fraudes
aumentaram, consideravelmente, nas empresas que adotam sistemas
computadorizados.

O uso de computadores muda o processo de registro de dados, de consulta ou


obtenção de informações e arquivos. Os controles internos passam por
algumas alterações (o risco de controle é alterado) e os riscos inerentes se
acentuam. Dessa forma, muda para o auditor a avaliação do controle interno e
especialmente dos riscos referidos (erros que escapam aos controles internos).

Assim, antes de elaborar o planejamento de auditoria, o auditor deve conhecer


a qualidade do sistema de informação da entidade auditada, tal sondagem visa
verificar: a qualidade do hardware (=equipamentos); do software
(=programas de computador, tais como: aplicativos, banco de dados, sistemas
de gestão etc.); da segurança da informação (física e lógica), das defesas
contra ataques (vírus, acesso indevido, hackers etc); do treinamento das
pessoas que utilizam esses sistemas; das redes etc.

Para isso, o auditor deve ter um mínimo de conhecimento de informática,


dispor de uma equipe que bem conheça a execução de tarefas por computador
e até, conforme o caso, contratar especialistas de maior nível.

Técnicas de auditoria assistidas por computador - TACC

São várias as circunstâncias que levam aos auditores valerem-se dos


computadores em seu trabalho. Como visto, os objetivos da auditoria, suas
normas, seu todo como tecnologia, não se altera pelo fato de se lidar com
computadores.

Porém, quando a empresa auditada é intensiva no uso de sistemas


computadorizados para seus controles e registros, dificilmente o auditor
conseguirá realizar um bom trabalho sem se utilizar dessa mesma tecnologia.

Em alguns sistemas contábeis, que utilizam no processamento, programas


aplicativos relevantes, pode ser difícil ou impraticável para o auditor obter
certos dados para inspeção, indagação ou confirmação sem o auxílio de
sistemas informatizados.

Por exemplo, a ausência de evidências nas entradas dos registros em


computadores (falta de documentação, como p.ex. nota eletrônica) pode exigir
testes também informatizados. Da mesma forma, a quantidade de dados
disponibilizados em sistemas informatizados pode inviabilizar uma auditoria
manual, sem a utilização de programas de computador específicos para tal
finalidade.

A auditoria informatizada beneficia-se, pois, em determinadas situações,


notadamente quando há um grande volume de tarefas, quando falta
confiabilidade nos registros, quando o tempo é limitado, quando se deseja
análise mais profunda, cálculos mais complexos etc.

As normas internacionais da IFAC (International Federation of Accounting)


denominam tal utilização de TACC – Técnica de Auditoria Assistida por
Computador.

Nesse sentido, as novas normas reproduziram esse conceito nas normas


brasileiras de auditoria, a NBC TA 330, que trata da resposta do auditor aos
riscos avaliados, dispõe que o uso de técnicas de auditoria assistida por
computador pode permitir um teste mais amplo das transações eletrônicas e
arquivos de contas, que podem ser úteis quando o auditor decide modificar a
extensão do teste, por exemplo, na resposta aos riscos de distorção relevante
devido à fraude.
Essas técnicas podem ser usadas para selecionar transações de amostra de
arquivos eletrônicos-chave, selecionar transações com características
específicas ou examinar a população inteira ao invés de uma amostra.

Enfim, o auditor pode conduzir a auditoria aplicando procedimentos com ou


sem auxílio de sistemas informatizados, ou ainda uma combinação de ambos,
a fim de obter evidências suficientes. Cabe a ele avaliar essa necessidade.

Auditoria Ambiental

Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental1 é um processo sistemático e


documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma
objetiva, evidências que determinem se o sistema de gestão ambiental de
uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria
do sistema de gestão ambiental estabelecido pela organização, e para
comunicar os resultados desse processo à administração.

Ou seja, a auditoria ambiental é um instrumento da organização para


determinar a natureza e a extensão de todas as áreas de impacto ambiental de
uma atividade existente.

Enfim, a auditoria ambiental nada mais é do que um processo de auditoria


convencional, mas que também inclui, em seus objetivos, escopo e critérios de
avaliação, o quesito ambiental.

Sendo assim, podemos dizer que esse tipo de auditoria é um tipo de auditoria
operacional.

Esses procedimentos identificam e justificam as medidas apropriadas para


reduzir as áreas de impacto, estimar o custo dessas medidas e recomendar um
calendário para a sua implementação.

Dessa forma esses trabalhos têm como objetivo detectar problemas ou


oportunidades em áreas ou atividades como:

• fontes de poluição e medidas de controle e prevenção;

• uso de energia e água e medidas de economia;

• uso, armazenagem, manuseio e transporte de produtos controlados;

• subprodutos e desperdícios;

• estações de tratamento de águas residuárias (esgoto);


• sítios contaminados etc.

Vamos resolver mais algumas questões:

10. (UnB/UNB/CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) - A auditoria


da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo
Estado visando ao controle de sua gestão. Assinale a opção correta acerca dos
tipos de auditoria governamental.

A) A verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da auditoria


contábil.
B) A auditoria de sistemas tem, entre outros, o objetivo de identificar as áreas
críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para a sua eliminação ou
redução.
C) A análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas
estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão.
D) A auditoria integral utiliza-se de critérios sob a ótica dos quais busca avaliar
a organização, como, por exemplo, a gestão e desenvolvimento de pessoas.
E) Constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a
segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos,
gerenciais e de informações.

Resolução:

Vamos resolver cada assertiva.

Assertiva A – a verificação da legislação pertinente é objeto da auditoria de


conformidade.

Assertiva B – O erro dessa assertiva é bem sutil, ela parece estar correta, mas
perceba que sempre existirá um certo risco, portanto, a auditoria de sistemas
não pode garantir a eliminação do risco, mas somente a sua diminuição.

Assertiva C – Essa dimensão (efetividade) é um aspecto contemplado pela


auditoria operacional e não de gestão, esta última se preocupa com a
regularidade da gestão.

Assertiva D - A auditoria integral fundamenta-se em dois princípios de gestão


pública: a gestão deve ser conduzida de forma que as decisões resultem no
melhor uso dos recursos públicos, e, consequentemente, em serviços públicos
econômicos, eficientes e efetivos; e, as pessoas que conduzem a gestão
devem ser responsabilizadas pelo gerenciamento prudente e efetivo dos
recursos delegados.

Assertiva E – Vimos que um dos objetivos da auditoria operacional é verificar


se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza são
utilizados com eficiência, incluindo o exame dos sistemas de informação, dos
procedimentos de mensuração e controle do desempenho e as providências
adotadas pelas entidades auditadas para sanar as deficiências detectadas.
Portanto, essa assertiva está correta e é o gabarito da questão.
Atividades de estudo e consultoria

Auditoria Independente

Os auditores prestam, usualmente, outros serviços para as entidades


auditadas, compatíveis com seu nível de conhecimento e capacitação. Como,
muitas vezes, possuem um bom entendimento do negócio e contribuem com
conhecimento e capacitação em outras áreas, os auditores são bastante
valorizados e podem oferecer serviços como:

• avaliação de empresas e reavaliação de ativos;


• assistência tributária, fiscal e parafiscal;
• auditoria interna à entidade auditada;
• consultoria de sistema de informação;
• apoio em litígios, perícia judicial ou extrajudicial;
• finanças corporativas e assemelhados;
• seleção de executivos; e
• registro (escrituração) contábil.

A prestação desses outros serviços, entretanto, pode criar ameaças à


independência do auditor, sendo que os princípios básicos que devem
fundamentar qualquer regra de independência do auditor são:

• o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho;


• o auditor não deve exercer funções gerenciais na entidade auditada; e
• o auditor não deve promover interesses da entidade auditada.

Dessa forma, é necessário sempre avaliar se a realização desses outros


serviços pode vir a criar conflitos de interesses e, por conseguinte, possível
perda de independência.

O auditor independente, por exemplo, é comumente requisitado a prestar


serviços de consultoria tributária, fiscal e parafiscal a uma entidade auditada.

Tais serviços compreendem uma gama variada de tipos, como o cumprimento


das leis e das normas, a assistência técnica na solução de divergências quanto
a impostos e contribuições e o planejamento tributário.

O planejamento tributário é a atividade que auxilia a administração dos


tributos, com o objetivo de mensurar quais os ônus tributários em cada uma
das opções legais disponíveis, maximizando vantagens e reduzindo riscos, se
efetuado em bases estritamente científicas.

Entretanto, quando esse planejamento é realizado sem levar em consideração


bases estritamente científicas e não estiver amparado legalmente e suportado
por documentação hábil e idônea, logicamente, surge a figura da fraude. Nesse
momento, existe conflito de interesse e, portanto, a perda de independência
do auditor.

Para estes casos, não há ação de salvaguarda a ser tomada que não seja a
recusa da prestação do serviço de planejamento tributário ou a renúncia da
realização dos trabalhos de auditoria independente. Ou seja, a única
salvaguarda possível é que o auditor somente aceite trabalhos de
planejamento tributário amparados em bases estritamente legais e científicas.

Ainda em relação aos serviços que envolvem consultoria tributária, o auditor


pode, ao invés de realizar o planejamento tributário, emitir uma opinião, um
parecer. Nesse caso, não há de se falar em conflito de interesses, pois esse
tipo de trabalho não caracteriza a perda real ou suposta da objetividade e da
integridade do auditor.

Auditor interno

A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva que presta


serviços de avaliação e de consultoria com o objetivo de adicionar valor e de
melhorar as operações de uma organização.

A auditoria interna auxilia a organização a alcançar seus objetivos através de


uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da
eficácia dos processos de gerenciamento de risco, controle e governança
corporativa.

Nesse sentido, as normas profissionais para o exercício da auditoria interna


emitidas pelo IIA definem que se a independência ou objetividade forem
prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser
informados às partes apropriadas. A natureza da comunicação dependerá do
prejuízo.

Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas


quais tenham sido responsáveis anteriormente. Presume-se prejudicada a
objetividade, se um auditor prestar serviços de avaliação para uma atividade
pela qual tenha sido responsável no ano anterior.

Trabalhos de auditoria de avaliação relacionados a funções que estejam sob a


responsabilidade do diretor executivo de auditoria devem ser supervisionadas
por alguém externo à atividade de auditoria.

Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relacionados às


operações pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente.
Caso os auditores internos constatem potenciais prejuízos à independência ou
objetividade relacionados a serviços de consultoria propostos, o cliente do
trabalho deve ser informado antes que a execução do mesmo seja aceita.

11. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Os auditores internos devem abster-se de avaliar
operações específicas pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente,
entretanto podem prestar serviços de consultoria relacionados a tais
operações.

Resolução:

Como vimos de uma forma em geral o auditor não deve auditar o seu próprio
trabalho, no entanto pode prestar serviços de consultoria desde que não
comprometa a sua independência. Item Correto.
Atividades de detecção de fraude

Segundo as normas do CFC, o termo fraude refere-se a ato intencional de


omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros
e demonstrações contábeis, e pode ser caracterizada por:

• manipulação, falsificação ou alteração de registros contábeis ou


documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de
demonstrações contábeis;

• mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos,


operações ou outras informações significativas; e

• aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores,


classificação, forma de apresentação ou divulgação.

Por sua vez, o IIA conceitua fraude como quaisquer atos ilegais caracterizados
por engano, dissimulação ou violação da verdade. Estes atos não dependem da
aplicação de ameaça de violência ou força física. As fraudes são perpetradas
por indivíduos e organizações para obtenção de dinheiro, propriedades ou
serviços; para evitar o pagamento ou perda de serviços; ou para assegurar
vantagem pessoal ou nos negócios.

No âmbito da auditoria governamental, segundo as normas da INTOSAI, os


auditores devem estar atentos às falhas de controle, impropriedades
contábeis, erros e operações ou resultados incomuns que possam ser indícios
de fraude, gastos impróprios ou ilegais, operações não autorizadas,
desperdício, ineficiência ou improbidade. Para isso, o uso e aplicação dos
diferentes conhecimentos técnicos devem ser de uma qualidade apropriada à
complexidade de cada auditoria.

Nas auditorias de regularidade deve-se verificar a observância às leis e


regulamentos aplicáveis. O auditor deve planejar táticas e procedimentos
capazes de garantir adequadamente a detecção de erros, irregularidades e
atos ilegais que possam ter um efeito direto e significativo sobre os valores
registrados nas demonstrações contábeis ou sobre os resultados das auditorias
de regularidade.

O auditor também deve estar atento a possíveis atos ilegais que possam ter
um efeito indireto e significativo sobre as demonstrações contábeis ou sobre os
resultados das auditorias de regularidade.

Nas auditorias operacionais, deve-se avaliar a observância às leis e


regulamentos aplicáveis, sempre que necessário, para satisfazer aos objetivos
da auditoria. O auditor deve planejar a auditoria de forma a garantir
adequadamente a detecção de atos ilegais que possam afetar
significativamente os objetivos da auditoria.

Deve, ainda, estar alerta para situações ou operações indicadoras de atos


ilegais que possam ter um efeito indireto sobre os resultados da auditoria.

Qualquer indício da existência de irregularidades, atos ilegais, fraude ou algum


erro que possa ocasionar efeitos materiais sobre a auditoria em andamento
deve motivar o auditor a aprofundar seus procedimentos auditoriais, com
vistas a verificar ou dissipar esse tipo de incerteza.

Normalmente, é obrigatório informar em relatórios se as operações


obedeceram às leis e regulamentos e também informar sobre sistemas de
controle inadequados, atos ilegais e fraudes.

Além disso, quando há deficiências nos sistemas de controle financeiro e


contábil, a auditoria de regularidade geralmente exige a elaboração de
relatório (como aspectos distintos daqueles próprios da auditoria operacional).

Isso ocorre não apenas quando as deficiências afetam os próprios


procedimentos da entidade auditada, mas também quando se relacionam com
o controle que ela exerce sobre as atividades de outras entidades. O auditor
também deve informar sobre irregularidades relevantes, sejam elas concretas
ou prováveis, assim como sobre a inobservância de disposições
regulamentares ou sobre fraudes e casos de corrupção.

No âmbito da auditoria independente, segundo o CFC, embora a fraude


constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria
contábil, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção
relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais
são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações
contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos.

Responsabilidades

A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos


responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.

É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis


pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as
oportunidades de sua ocorrência e a sua dissuasão, o que pode persuadir os
indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e
punição.

O auditor não é responsável pela prevenção ou detecção de erros e fraudes. É


responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis,
como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou
erro.

Nesse sentido, faz-se necessário destacar a expressão “segurança razoável”,


pois, devido às limitações inerentes do trabalho, há um risco inevitável de que
algumas distorções relevantes não sejam detectadas, mesmo em uma
auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas
cabíveis.

Lembre-se que os efeitos potenciais das limitações inerentes são


particularmente significativos no caso de fraude, pois o risco de não detectar
uma distorção relevante é mais alto do que nos casos decorrentes de erro. Isso
porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente
organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada
no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao
auditor.

Além disso, destaca-se que o risco do auditor não detectar uma distorção
relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de
fraude cometida por empregados, porque a administração, pela posição que
ocupa, tem mais condições de manipular os registros contábeis, apresentar
informações fraudulentas ou burlar procedimentos de controle.

Portanto, são responsabilidades do auditor:

• identificar e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude;

• obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante


decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas
apropriadas; e

• responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes


identificada durante a auditoria.

Comunicações à Administração, aos Responsáveis pela Governança e a


Terceiros

Segundo as normas de auditoria independente, caso o auditor tenha


identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a possibilidade de
fraude, deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa de nível
apropriado da administração que tem a responsabilidade primordial de
prevenir e detectar fraude. Isso é necessário mesmo que o assunto possa ser
considerado não importante (por exemplo, um desfalque mínimo cometido por
empregado em um nível inferior na organização da entidade).

Existem ainda situações de fraude que são mais sensíveis, como quando
envolvem a administração, empregados com funções chave na organização e
em casos de fraudes que gerem distorção relevante nas demonstrações
contábeis.

Nessas hipóteses, a menos que todos os responsáveis pela governança


estejam envolvidos na administração da entidade, o auditor deve comunicar
tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança,
verbalmente ou por escrito.

Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração, o auditor deve


comunicar essas suspeitas aos responsáveis pela governança e discutir com
eles a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria necessários
para concluir a auditoria.

Além disso, em alguns casos, o auditor pode considerar apropriado comunicar-


se com os responsáveis pela governança quando ele toma conhecimento de
fraude que envolva outros empregados que não os da administração e que não
resulte em distorção relevante.

Finalmente, há situações nas quais o auditor tem responsabilidade em


comunicar terceiros fora da entidade. Embora o dever profissional do auditor
de manter a confidencialidade da informação do cliente possa impedir que tais
informações sejam dadas, as responsabilidades legais do auditor podem ir de
encontro ao dever de sigilo em algumas situações.

O dever de confidencialidade não pode passar por cima de estatuto, lei ou


tribunais de direito. Por exemplo, no Brasil, o auditor de instituição financeira
tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de supervisão. Em
outros segmentos, o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos
em que a administração e os responsáveis pela governança deixam de adotar
ações corretivas.

No entanto, cada caso deve ser analisado à luz da legislação apropriada e o


auditor pode considerar apropriado obter assistência jurídica para determinar o
curso de ação apropriado nessas circunstâncias.

12. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Na auditoria específica para apuração de erros e
fraudes, contratada por empresas que não mantêm auditores internos e sabem
que há alcance, desvio ou mesmo falta de prestação de contas, mas
desconhecem a causa da irregularidade, bem como suas dimensões e o(s)
responsável(eis) por esta, o trabalho compreende menor extensão e maior
profundidade em relação à conta ou ao elemento patrimonial sob investigação.

Resolução:
Essa questão trata de um tipo específico de auditoria, realizada pontualmente
para a apuração de erros e fraudes. As empresas que não possuem quadro de
auditores internos normalmente recorrem a empresas privadas de auditoria
quando percebem a possibilidade da existência de irregularidades ou fraudes.

Essas empresas de auditoria realizam uma auditoria com menor extensão, pois
irão focar somente nas contas e elementos com problemas e não nas
demonstrações como um todo, por outro lado, a análise dessas contas será
com maior profundidade, podendo ocorrer a revisão integral de todos os
registros.

13. (UnB/CESPE - Unipampa/Auditor - 2009) - A omissão de informações


relevantes para o entendimento das demonstrações financeiras pode ser
caracterizada como fraude ou erro.

Resolução:

A fraude é caracterizada como um ato intencional de omissão ou manipulação


de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações
contábeis.

14. (UnB/CESPE - Unipampa/Auditor - 2009) - A identificação de erros e


fraudes é responsabilidade exclusiva da entidade de auditoria.

Resolução:

A responsabilidade primária pela identificação de fraudes e erros é da


administração da empresa, contudo cabe ao auditor planejar e executar seus
trabalhos de forma a identificar possíveis erros e fraudes. Portanto, o termo
“exclusiva” torna a questão errada.
Lista de questões resolvidas na aula

01. (UnB/CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo,


Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia -
2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a
homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos
das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização
dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas.

2. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade:


Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale a opção correta
acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos.

A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a


regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de controlar e
emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e
eficiência.
B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais
efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo de subsidiar a
gestão subseqüente.
C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão
com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no
desempenho da missão institucional.
D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade de
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações
financeiras.
E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes,
com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente.

3. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade:


Administração Pública e/ou de Empresas/2008) - A auditoria realizada
sobre informações obtidas por meio eletrônico, específico das unidades ou
entidades federais, e que pressupõe a utilização de indicadores de
desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de
controle, é denominada auditoria

A) direta.
B) compartilhada.
C) integrada.
D) indireta.
E) simplificada.
4. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –
Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - No Brasil, as disposições constitucionais e legais
conferem às entidades fiscalizadoras superiores poderes para examinar a
economicidade, a eficiência e a eficácia da ação governamental, o que a
INTOSAI denomina de auditoria de otimização de recursos, que se insere,
juntamente com a auditoria de regularidade, no âmbito geral da fiscalização
pública.

5. (UnB/CESPE/TCE-RN Inspetor de Controle Externo, Especialidade:


Administração, Contabilidade, Direito ou Economia/2009) - Um dos
principais objetivos da auditoria operacional é atestar a conformidade do
funcionamento do órgão ou entidade à estratégia e às políticas e diretrizes que
lhes foram estabelecidas.

6. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Na auditoria operacional realizada no âmbito de um
órgão ou programa governamental, os critérios ou objetivos pelos quais
eficiência e eficácia são medidas devem ser especificados pelos auditores e,
não, pela administração, e os pareceres relativos a esses trabalhos não podem
conter recomendações ou sugestões.

7. (UnB/CESPE/STF - Analista Judiciário – Área: Administrativa –


Especialidade: Contabilidade/2008) - A auditoria operacional é realizada
ao longo dos processos de gestão de uma entidade federal, prevenindo
empecilhos ao desempenho de sua missão institucional.

8. (UnB/CESPE/PMT - Agente Fiscal de Tributos Municipais/2008) - A


auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se
restringe à escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria.

9. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Considere-se que, em
cumprimento a decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na
área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham sido
constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios:
edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio
cadastramento de licitantes no sistema integrado de cadastramento unificado
de fornecedores; exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de
documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de aceitabilidade
dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza uma
auditoria operacional.

10. (UnB/UNB/CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) - A auditoria


da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo
Estado visando ao controle de sua gestão. Assinale a opção correta acerca dos
tipos de auditoria governamental.

A) A verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da auditoria


contábil.
B) A auditoria de sistemas tem, entre outros, o objetivo de identificar as áreas
críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para a sua eliminação ou
redução.
C) A análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas
estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão.
D) A auditoria integral utiliza-se de critérios sob a ótica dos quais busca avaliar
a organização, como, por exemplo, a gestão e desenvolvimento de pessoas.
E) Constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a
segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos,
gerenciais e de informações.

11. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Os auditores internos devem abster-se de avaliar
operações específicas pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente,
entretanto podem prestar serviços de consultoria relacionados a tais
operações.

12. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Na auditoria específica para apuração de erros e
fraudes, contratada por empresas que não mantêm auditores internos e sabem
que há alcance, desvio ou mesmo falta de prestação de contas, mas
desconhecem a causa da irregularidade, bem como suas dimensões e o(s)
responsável(eis) por esta, o trabalho compreende menor extensão e maior
profundidade em relação à conta ou ao elemento patrimonial sob investigação.

13. (UnB/CESPE - Unipampa/Auditor - 2009) - A omissão de informações


relevantes para o entendimento das demonstrações financeiras pode ser
caracterizada como fraude ou erro.

14. (UnB/CESPE - Unipampa/Auditor - 2009) - A identificação de erros e


fraudes é responsabilidade exclusiva da entidade de auditoria.

Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Errado D E Certo Certo Errado Errado Certo Errado E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Certo Certo Certo Errado
Exercícios propostos

1. (UnB/CESPE/TST - Analista Judiciário – Área: Administrativa –


Especialidade: Contabilidade/2008) - O Tribunal de Contas da União é
competente para realizar auditoria de natureza operacional em qualquer
unidade administrativa do Poder Judiciário, por iniciativa de comissão técnica
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

2. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Considere que a União
tenha repassado vultosa quantia a um estado da Federação, com objetivo de
aquisição de maquinário para uma corporação militar daquele estado, e que,
após determinação do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, foi
realizada uma auditoria que constatou irregularidades na aplicação desses
recursos federais da ordem de R$ 49 milhões. Foram detectados tanto vícios
na dispensa de licitação quanto inadequação dos bens adquiridos. Nessa
situação hipotética, a auditoria realizada é classificada como especial, de forma
indireta compartilhada.

3. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Suponha que uma
auditoria, realizada em uma escola agrícola federal subordinada ao Ministério
da Educação, tenha constatado falhas e deficiências na área orçamentário
financeira, no sistema escola-fazenda e na área de recursos humanos. Nessa
situação hipotética, a auditoria descrita é um exemplo de auditoria de natureza
operacional, que abrange, inclusive, avaliação de programas, o que permite à
equipe de auditoria pronunciar-se sobre o aumento da evasão escolar em
virtude da situação.

4. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - O julgamento das contas
dos gestores públicos em virtude de danos ao erário decorrentes de atos de
gestão ilegítima ou antieconômica, ou por desfalques ou desvio de dinheiros,
bens e valores públicos, é um meio de detecção de fraudes propiciado pela
fiscalização adotada pelo TCU, e a modalidade específica de auditoria que o
TCU utiliza para detectar fraudes é a auditoria de conformidade.

5. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo –


Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Suponha-se que
determinada auditoria, com o objetivo de verificar a execução de convênio,
tenha sido executada exclusivamente por servidores lotados nos órgãos
setoriais do sistema de controle interno, os quais, após terem utilizado os
procedimentos e as técnicas de controle, elaboraram uma forma de
comunicação com o seguinte conteúdo: I) introdução, que fazia remissão ao
processo de tomada de contas, período examinado e à unidade examinada; II)
controles internos; III) exames das peças que orientavam o processo, IV)
legalidade, legitimidade e economicidade na realização das despesas; V)
recomendações; VI) conclusão. Nessa situação, considerando-se os tópicos do
documento descrito, é correto afirmar que foi elaborado relatório de auditoria
de acompanhamento de gestão, cuja forma de execução foi a direta
descentralizada.

6. (UnB/CESPE/SEAD-CGE-PB – Auditor de Contas Públicas/2008) -


Entre as normas de atributos, deve-se considerar que, se a independência ou
objetividade forem prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de tal
prejuízo devem ser informados às partes apropriadas. Neste sentido, é correto
afirmar que

A) trabalhos de auditoria relacionados a funções sob responsabilidade do


dirigente de auditoria não devem ser realizados enquanto perdurar a situação.
B) caso se constatem potenciais prejuízos à independência ou objetividade,
relacionados a serviços de consultoria propostos, o cliente deve ser informado
na conclusão do trabalho.
C) os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relacionados às
operações pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente.
D) auditores que tenham sido responsáveis pela avaliação de operações
específicas devem manifestar expressamente essa condição.
E) os auditores internos que tenham prestado serviços de consultoria não
poderão assumir responsabilidade sobre as respectivas operações.

7. (UnB/CESPE/Unipampa – Auditor/2009) - A verificação realizada no


âmbito de entidade estatal financiada por instituições internacionais, com
vistas ao cumprimento das exigências contratuais, constitui o que se costuma
denominar auditoria de compliance.

8. (UnB/CESPE/ SEBRAE Nacional - Analista Técnico - C. Contábeis ou


C. Econômicas ou Adm. de Empresas ou Direito/2008) - A
responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e(ou) erros
é da auditoria interna da entidade, mediante sistema de controle interno.

9. (UnB/CESPE/ SEBRAE Nacional - Analista Técnico - C. Contábeis ou


C. Econômicas ou Adm. de Empresas ou Direito/2008) - Considera-se
fraude a utilização, pela entidade, de práticas contábeis indevidas.

10. (UnB/CESPE/TCU - Analista de Controle Externo –


Área/Especialidade: Controle Externo – Orientação: Auditoria
Governamental/2008) - Se, ao divergir da interpretação de um dispositivo
legal que estava baseada em orientação emanada do órgão central do sistema
de auditoria, o responsável por determinada entidade estatal tornar possível a
apuração de um lucro maior e, conseqüentemente, a obtenção de aumento nas
participações no resultado dessa entidade, nessa situação, caracterizar-se-á a
fraude, visto que, de acordo com as normas do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), o ato é tido como intencional e provoca manipulação dos
resultados.

Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Certo Errado Certo Errado Errado C Certo Errado Certo Certo

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