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MAGNO ESTEVAM MAIA 1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO

1º JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE

GOIÂNIA-GO.

LOURIVAL, brasileiro, casado, contabilista, filho de Pedro e


Miguela, portador do RG de n º 456441, expedido pela SSP-GO, inscrito
no CPF sob o número 00307386104, domiciliado na Avenida B, número
574, apartamento 1.403, Edifício Golden, Setor Oeste, Goiânia, Goiás,
vem, respeitosamente, por meio dos seus advogados que ao final
assinam (procuração anexa), à presença de Vossa Excelência, oferecer

QUEIXA-CRIME

com fundamento legal no artigo 30 do Código de Processo


Penal ,em desfavor de KARLÚCIO, brasileiro, casado, empresário, filho
de Regina, portador do RG de nº, inscrito no CPF sob o n º, domiciliado
na Rua 55, número 180, Residencial Clenon Loyola, Setor Jardim Goiás,
Goiânia, Goiás, e de TACIANA , brasileira, casada, funcionária pública
estadual, filha de Antônio e Vânia, portadora do RG de nº, inscrita no
CPF sob o nº, domiciliada na Rua 55 , número 180, Residencial Clenon
Loyola, Setor Jardim Goiás, Goiânia, Goiás, pelos fatos e fundamentos a
seguir aduzidos.

Rua 10, nº 109, Sl. 705 - Edf. Gold Center – St. Oeste - Goiânia/GO - CEP:74.000-0000
Telefone: (62) 3092-6096// 3093-5166// 9946-5676.
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1. DOS FATOS

O querelante é contador do Condomínio Residencial Des.


Clenon de Barros Loyola desde o dia 25 de novembro de 2013, local
onde residem os querelados.

Assim, no mês de dezembro/2014, a síndica do referido


edifício, Srª. Susiley Ferreira da Silva (vítima) foi procurada pelo primeiro
querelado (Karlúcio), o qual solicitou-lhe os livros de contabilidade do
condomínio em questão, a fim de averiguar a contabilidade.

Diante da solicitação, a síndica disponibilizou o acesso aos


livros ao Sr. Karlúcio, informando-o que todos os documentos se
encontravam no escritório de contabilidade prestador de serviços do
condomínio, pertencente ao querelante, cuja razão social é 'PAULA E
COELHO'.

Todavia, o primeiro querelado (Karlúcio) não compareceu no


escritório de contabilidade.

Já no mês de fevereiro do corrente ano, Karlúcio novamente


procurou a Srª. Susiley solicitando os livros, sendo lhe concedido, por
escrito, o prazo de 10 dias para vistoria dos mesmos no escritório de
contabilidade 'PAULA E COELHO'.

Após a verificação dos livros de contabilidade do


condomínio, Karlúcio tirou fotocópia de diversas notas fiscais, as quais
alega terem sido superfaturadas, pedindo explicações à síndica (Susiley)
e ao querelante, acusando-o de acobertar as supostas ações
fraudulentas praticadas por Susiley.

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Diante das infundadas acusações, o querelante e a Srª.


Susiley prontamente atenderam e justificaram todas as despesas do
condomínio, inclusive demonstrando ao primeiro querelado (Karlúcio)
que todas elas já haviam sido aprovadas pelo Conselho e Assembleia
Geral do Condomínio, em 25 de novembro de 2014.

Todavia, mesmo diante dos esclarecimentos e demonstração


dos gastos/despesas, Karlúcio continuou insinuando que a Srª. Susiley e
o querelante estavam superfaturando notas e desviando dinheiro do
condomínio.

Ato contínuo, Karlúcio passou a convocar, por conta própria


e com a ajuda da segunda querelada (Taciana), pequenas reuniões com
outros moradores do condomínio “Clenon de Barros Loyola', com a
finalidade de mostrar as notas fiscais e, na mesma oportunidade, injuriar
a síndica e o querelante.

Consta ainda que no dia 25 de abril de 2015, os querelados


(Karlúcio e Taciana) fizeram uma nova reunião no condomínio, ocasião
em que afirmaram, taxativamente, para todos os moradores presentes,
que a síndica (Susiley) e o querelante estavam desviando dinheiro
do condomínio, superfaturando as notas fiscais.

Na mesma reunião, o primeiro querelado (Karlúcio) disse aos


condôminos presentes que o querelante era contador em outro prédio em
que morava e que lá tinha subtraído cerca de R$ 150.000,00 (cento e
cinquenta mil reais), afirmando, ainda, que Lourival poderia fazer o
mesmo no condomínio 'Clenon de Barros Loyola'.

Por fim, de acordo com 'comentários' feitos por outros


moradores residentes no edifício 'Clenon de Barros Loyola', os
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querelados (Karlúcio e Taciana) vêm propagando falsas afirmações a


respeito de supostas irregularidades nas contas do condomínio,
injuriando a síndica e o querelante.

2. DO DIREITO
2.1 DOS ATOS ILÍCITOS PRATICADOS

De acordo com os autos, verifica-se que os querelados


praticaram os delitos de calúnia e injúria, contra o querelante. Nessa
perspectiva, em primeiro momento, procede-se a análise do delito de
calúnia, previsto no artigo 138 do Código Penal Brasileiro.
“Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-
lhe falsamente fato definido como
crime: Pena - detenção, de seis meses a
dois anos, e multa.”

Do dispositivo legal, extrai-se que aquele que imputa


falsamente a terceiro a prática de fatos definidos como crime, torna-se
autor do delito de calúnia. No presente caso, os suplicados imputaram ao
suplicante a prática do delito de apropriação indébita, ofendendo a honra
objetiva do mesmo, perante a testemunha Lúcio, conforme esta narrou
em seu depoimento.

Ainda nessa acepção, de acordo com os réus, o autor, na


qualidade de contador, teria desviado R$ 150.000, 00 (cento e cinquenta
mil reais) de um condomínio. Contudo, Lourival, jamais praticou
quaisquer delitos, consoante demonstra a sua folha de antecedentes
criminais em anexo, sendo a imputação comprovadamente inverídica.

No entanto, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, preza pela demonstração da existência de falsa imputação de
crime, e de animus caluniandi, ou intenção manifesta de ofender a honra
objetiva da vítima.
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“APELAÇÃO CRIMINAL. QUEIXA. INJÚRIA.


CALÚNIA. DIFAMAÇÃO. PRINCÍPIO DA
CONSUNÇÃO. AUSÊNCIA DE ANIMUS
CALUNIANDI. ATIPICIDADE. IMUNIDADE
PROFISSIONAL. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. 1 -
Nas infrações penais contra a honra, a
injúria é considerada delito de menor
gravidade, impondo-se sua absorção pela
calúnia quando praticadas no mesmo
contexto, em observância ao princípio
da consunção.2 – Para a configuração do
crime de calúnia é imprescindível a
presença do elemento subjetivo do tipo,
consistente na manifesta vontade de
macular a honra objetiva do querelante
(animus caluniandi). De modo que,
atípica é a conduta do agente que
apesar de utilizar expressões ásperas e
em tom de crítica se limita a
reproduzir fatos amplamente divulgados
na imprensa (animus narrandi). 3 -
Mantém-se a absolvição sumária pelo
crime de difamação se a manifestação
reputada ofensiva é proferida no
exercício da advocacia, situação
amparada pela imunidade profissional
tratada no art. 7º, § 2º, da Lei 8.906.
Apelação desprovida” - (TJGO, APELACAO
CRIMINAL 439064-32.2013.8.09.0175, Rel.
DR(A). LILIA MONICA C.B.ESCHER, 1A
CAMARA CRIMINAL, julgado em 13/08/2015,
DJe 1868 de 14/09/2015).”

No caso em análise, os querelados também tinham


intenção manifesta de ferir a honra objetiva do querelante, pois ao
imputarem falsamente o crime de apropriação indébita ao contador,
objetivavam gerar nos moradores do Residencial Clenon Loyola total
descrédito quanto ao profissional. Desse modo, conferindo maior
credibilidade as atuais acusações, de supostos desvios de dinheiro e
superfaturamento de notas.

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Noutra perspectiva, passa-se agora análise da prática do


delito de injúria, tipificado no artigo 140 do Código Penal Brasileiro. Do
dispositivo legal, infere-se que pratica injúria àquele que ofenda terceiro,
atingido sua dignidade ou decoro.
“Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-
lhe a dignidade ou o decoro: Pena -
detenção, de um a seis meses, ou
multa.”

No caso em tela, o requerente viu sua imagem profissional


ser esfacelada pelos requeridos, o que contribuiu para a degradação da
sua honra. Nesse sentido, as testemunhas Heloísa e Susiley afirmaram
que os réus questionaram a idoneidade do autor, ao enunciaram que o
mesmo superfaturou notas fiscais e desviou dinheiro do Residencial
Clenon Loyola.

Cumpre salientar que, para a configuração de injúria à


ofensa a dignidade ou decoro, deve ter o condão de ferir a honra
subjetiva, ou seja, o sentimento pessoal da vítima em relação aos seus
atributos morais. Nesse sentido, asseveram Julio Fabbrini Mirabete e
Renato N. Fabbrini.
“É a ofensa à dignidade ou decoro de
outrem. Na sua essência, é a injúria
uma manifestação de desrespeito e
desprezo, um juízo de valor
depreciativo capaz de ofender a honra
da vítima no seu aspecto subjetivo.
Sendo que o sujeito ativo é qualquer
pessoa que pode cometer o crime de
injúria, uma vez que se trata na
espécie de crime comum. Já como sujeito
passivo é qualquer pessoa que pode ser
vítima de injúria, excetuando os
doutrinadores, aqueles que não têm
consciência da dignidade ou decoro,
como os menores de tenra idade, os
doentes mentais etc” (In Manual de
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Direito Penal: Parte Especial, Editora


Atlas, 2014, página 139).

Portanto, resta demonstrado que Karlúcio e Taciana


praticaram os delitos de calúnia e injúria contra o autor, ofendendo
respectivamente a honra objetiva e subjetiva do mesmo. Isto posto,
mostra-se de inteira justiça a condenação dos réus, após o término da
instrução, com a aplicação das penas previstas nos artigos 138 e 140 do
Código Penal Brasileiro.

2.2. DAS CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DE PENA

Por outro lado, verifica-se a partir da análise dos autos, que


as penas impostas aos delitos de calúnia e injúria devem ser majoradas
um terço, em virtude de dois aspectos, consoante o disposto no artigo
141, incisos III e IV do Código Penal Brasileiro. São eles a presença de
várias pessoas e a vítima maior de sessenta anos.
“Art. 141 - As penas cominadas neste
Capítulo aumentam-se de um terço, se
qualquer dos crimes é cometido: (…) III
- na presença de várias pessoas, ou por
meio que facilite a divulgação da
calúnia, da difamação ou da injúria. IV
- contra pessoa maior de 60 (sessenta)
anos ou portadora de deficiência,
exceto no caso de injúria.”

No presente caso, os querelados praticaram os delitos de


calúnia e injúria na presença de várias pessoas, considerando-se que
fizeram reuniões com moradores do condomínio, conforme consta das
declarações da testemunha Susiley. Noutra perspectiva, sobre a
majorante referente à vítima maior de sessenta anos, são oportunas as
lições de Fernando Capez.

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“O Estatuto do Idoso acrescentou ao


art. 141 um quarto inciso,
estabelecendo mais uma hipótese de
aumento de pena, quando a calúnia ou
difamação forem praticadas contra maior
de 60 anos ou portador de deficiência
física ou mental. Diferentemente dos
outros três incisos do mencionado
art.141, que se estendem a todos os
crimes contra a honra, a majorante
desse novo inciso não incide sobre a
injúria. Isso se explica porque
esta,quando cometida contra idoso ou
deficiente, é considerada forma
qualificada” (In Curso de Direito
Penal: Parte Especial, Editora Saraiva
17º edição, 2014, páginas 313- 314).”

No caso em tela, o querelante é maior de sessenta anos,


conforme atesta documento de identificação em anexo. Portanto, as
penas de Karlúcio e Taciana pela prática dos delitos de calúnia e injúria
serão aumentadas um terço em razão da presença de várias pessoas,
bem como a pena do crime de calúnia também será majorada um terço
devido à vítima ser maior sessenta anos.

2.3 DO CONCURSO MATERIAL DE CRIMES

Com a prática de mais de uma conduta lesiva (calúnia e


injúria) e em momentos distintos, conforme visto alhures, cometeu
ilícitos diferentes, sendo, portanto, cabível à espécie dos autos a
aplicação do artigo 69 do Diploma Penal, aplicando-se cumulativamente
as penas privativas de liberdade em que haja incorrido em cada um dos
delitos.
Dispõe o citado artigo, in verbis:
“Art. 69 - Quando o agente, mediante
mais de uma ação ou omissão, pratica
dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplicam-se cumulativamente as penas
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privativas de liberdade em que haja


incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de
detenção, executa-se primeiro aquela.”

No caso em análise foram praticadas pelos réus duas


condutas distintas, quais sejam, imputação de fato criminoso e prolação
de ofensas, que produziram dois resultados diferentes, são eles
maculação da honra objetiva e subjetiva da vítima.

Ao comentarem o dispositivo legal, os teóricos Edilson


Mougenot Bonfim e Fernando Capez salientam que o agente deve ser o
mesmo, e que as condutas podem ser praticadas no mesmo momento ou
até mesmo em dias diferentes.
“Prática de duas ou mais condutas,
dolosas ou culposas, omissivas ou
comissivas, produzindo dois ou mais
resultados, idênticos ou não, mas todas
vinculadas pela identidade do agente,
não importando se os fatos ocorreram na
mesma ocasião ou em dias diferentes”
(In Direito Penal: Parte Geral, Editora
Saraiva 2014, página 778).

Portanto, fica demonstrado à unicidade dos agentes, a


prática de duas condutas e produção de dois resultados. Logo resta de
inteira justiça, o emprego do concurso material de crimes, com
consequente, aplicação das penas de forma cumulativa.

2.4 DO DIREITO À FIXAÇÃO DO QUANTUM MÍNIMO DE


INDENIZAÇÃO PELOS DANOS CAUSADOS
(ART. 387, IV, CPP)

No caso de condenação, deverá ser fixado pelo nobre


magistrado um valor mínimo de indenização para reparação dos danos
sofridos pelo querelante. Nesse sentido, dispõe o artigo 387, inciso IV do
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Código de Processo Penal.

“Art. 387 - O juiz, ao proferir


sentença condenatória: (...) IV -
fixará valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo
ofendido.”

A prática de uma infração penal pode trazer reflexos na


esfera civil, provocando danos de ordem material ou moral, passíveis,
portanto, de reparação.

Nesse passo, o ordenamento jurídico brasileiro prevê, ao


lado da ação penal, outra de caráter civil, que tem por escopo a
reparação dos danos eventualmente sofridos pelo ofendido.

No presente caso, os crimes praticados pelos querelados,


quais sejam calúnia e injúria, geraram descrédito no querelante enquanto
profissional que atua na área de contabilidade para diversos condomínios
nesta Capital.

À vista disso, o autor sofreu prejuízos de ordem moral e


material, pois perdeu clientes em seu escritório de contabilidade e a
ociosidade o fez ficar depressivo. Logo, faz jus à concessão de valor
indenizatório mínimo.

Ao expor sua interpretação referente ao artigo 387, inciso IV


do Código de Processo Penal, o teórico Damásio de Jesus reforça que o
juiz criminal estipulará um valor mínimo de indenização civil.
“De acordo com o parágrafo único do
art. 63 e o art. 387, caput, IV, o juiz
criminal deverá estipular valor mínimo
a título de indenização civil.
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Transitada em julgado a sentença penal


condenatória, tem o titular da
indenização a possibilidade de executá-
la diretamente pelo valor mínimo
estipulado na sentença penal
condenatória ou, caso pretenda
satisfazer montante superior, deve
preceder a execução da sentença da
necessária liquidação” (In Código de
Processo Penal Anotado, 27º edição,
Editora Saraiva, 2015, páginas 342 e
343).

Desta maneira, com o trânsito em julgado da sentença penal


condenatória, o querelante ou, na sua impossibilidade, os demais
legitimados disporão de um título líquido a ser executado, o qual,
certamente, facilitar-lhe-á o ressarcimento do dano, caso se satisfaça
com o valor mínimo fixado. Isto sem prejuízo da liquidação para a
apuração do prejuízo efetivamente sofrido.

4. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer o querelante de Vossa


Excelência:

a) sejam os querelados regularmente CITADOS para, querendo,


responderem à acusação, no prazo de lei, bem como intimados para a
realização da audiência de conciliação, instrução e julgamento;

b) após confirmada judicialmente a autoria e materialidade dos delitos


dos autos, seja julgada procedente a presente Queixa-Crime com a
consequente condenação dos querelados nas penas cominadas nos
artigos 138 e 140, com o aumento das penas previstas no artigo 141,
incisos III e IV, na forma do artigo 69, todos do Código Penal;

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c) seja fixado um quantum mínimo de indenização pelos danos morais


sofridos pelo querelante (art. 387, IV, CPP), sem prejuízo da liquidação
para a apuração do prejuízo efetivamente sofrido, por meio da ação civil
ex delicto.

d) seja concedida vista ao Ministério Público para que se manifeste nos


autos;

e) protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, especialmente pela juntada posterior de documentos, oitiva
dos querelados, depoimento pessoal do ofendido, inquirição das
testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligências e tudo mais que se
fizer.
Termos em que,
pede e espera deferimento.
Goiânia, 12 de março de 2021.

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OAB/GO 24.958

IVANETE M. DA SILVA
OAB/GO 24.958

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Rol de testemunhas
1. Susiley, domiciliada na Rua 55, número 180, Residencial
Desembargador Clenon Loyola, Setor Jardim Goiás, Goiânia, Goiás.
2. Lúcio, domiciliado na Rua 55, número 180, Residencial
Desembargador Clenon Loyola, Setor Jardim Goiás, Goiânia, Goiás.
3. Heloísa, domiciliada na Rua 55, número 180, Residencial
Desembargador Clenon Loyola, Setor Jardim Goiás, Goiânia, Goiás.

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