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REVISÃO SOLIDÁRIA - 39º EO – DIA 02

PROF. ALEXANDRE TEIXEIRA


PARTE 01 - O aluno deverá identificar a medida cabível e as teses. Não é necessário elaborar a medida
cabível, apenas a identificação.

05. PAULA TEJANO, empregada da empresa de bebidas energéticas POWER GUIDO LTDA., ingressou com
reclamação trabalhista que foi distribuída para a 150ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Estado da
Guanabara, sob o número 1234/2023, procedimento sumaríssimo, em que reclama duas horas extras por
dia com adicional, pois, por ser gerente e com gratificação de função, trabalha das 8h às 20h de segunda
a sábado; adicional de insalubridade por retirar o lixo do seu escritório e do diretor da empresa;
reintegração no empregado por ter sido eleito o oitavo dirigente sindical de sua categoria e o
restabelecimento do seu plano de saúde porque foi cortado o plano quando do seu desligamento. No dia
da audiência, o juiz consultou os autos e viu que a notificação via AR havia voltado sem ser cumprida
porque a sociedade empresária não mais funcionava no local. Dada a palavra ao advogado do reclamante,
este requereu a citação por edital visto que a empresa deveria ter comunicado ao juízo a mudança de
endereço. O juiz decidiu acolher integralmente o pedido, determinou a citação por edital da reclamada e
designou nova audiência de conciliação. Publicado o edital, transcorreram os prazos e trâmites de praxe.
No dia designado para a nova audiência, estiveram presentes reclamante e seu advogado. Ausentes a
reclamada e seu advogado. Foi requerido pelo advogado do reclamante a aplicação da revelia e da pena
de confissão quanto à matéria de fato em virtude da ausência da reclamada à audiência, o que foi
imediatamente deferido pelo juiz que, na própria audiência, prolatou sentença julgando totalmente
procedente a reclamação trabalhista. A empresa POWER GUIDO LTDA. tomou conhecimento do processo
ainda dentro do prazo de oito dias da publicação da decisão e interpôs recurso ordinário alegando,
unicamente, a nulidade da sentença por cerceio de defesa posto que a citação foi nula já que feita por
edital, o que seria incompatível com processo do trabalho, nos termos do art. 852-B da CLT e pedindo o
retorno dos autos a 150ª Vara do Trabalho para que lhe seja dada a oportunidade de apresentar defesa,
no caso de provimento do recurso. O Tribunal Regional do Trabalho deu provimento ao recurso ordinário
da empresa para declarar nula a sentença por cerceio de defesa, bem como determinar a remessa do
processo a 150ª Vara do Trabalho para que se cumpra o que foi requerido no recurso ordinário. O
reclamante não interpôs qualquer recurso da decisão regional, pelo que o acórdão do TRT transitou em
julgado. Recebidos os autos pela 150ª Vara do Trabalho, você, como advogado da empresa reclamada,
deverá apresentar e medida cabível para a melhor defesa dos interesses do seu cliente.

EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 150ª VARA DO TRABALHO DE RIO DE JANEIRO/ESTADO DA GUANABARA

PROCESSO Nº 1234/23

POWER GUIDO LTDA.., qualificação completa, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, nos
termos do art. 847, §1º da CLT, vem apresentar CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista contra si
proposta por PAULA TEJANO, qualificação completa, e o faz pelos motivos de fato e de direito abaixo
alinhados:

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I - PRELIMINAR – NULIDADE DE CITAÇÃO

Há nulidade de citação porque a citação foi feita por edital, pois o procedimento é o sumaríssimo que não
permite a citação por edital, pelo que requer o arquivamento do processo e a condenação do reclamante
em custas processuais, nos termos do rt. 852-B, inc. II § 1º da CLT.

II - DA INEXISTÊNCIA DE HORAS EXTRAS


A reclamante não tem direito às horas extras porque está excluído do controle de jornada, pois é gerente
com encargo de gestão e com gratificação de função, nos termos do art. 62, II e parágrafo único da CLT.

III - DA INEXISTÊNCIA DE INSALUBRIDADE


A reclamante não tem direito à insalubridade porque não trabalha em atividade insalubre, pois o lixo de
escritório não é considerado insalubre, nos termos da súmula 448, II do TST.

IV - DA INEXISTÊNCIA DE REINTEGRAÇÃO
A reclamante não tem direito de ser reintegrado porque não tem estabilidade do dirigente sindical, pois
foi eleito oitavo dirigente sindical e apenas os sete primeiros dirigentes tem estabilidade, por falta de
previsão legal, nos termos do art. 5º, inc. II da CF e art. 522 da CLT.

V - DO PLANO DE SAÚDE
A reclamante não tem direito ao restabelecimento do plano de saúde porque foi demitido, pois com a
extinção do contrato de trabalho, extingue-se o contrato de plano de saúde, nos termos da súmula 440
do TST.

VI – CONCLUSÃO
Diante do exposto, POWER GUIDO LTDA. requer se digne V.Exa. julgar os pedidos da reclamação
trabalhista TOTALMENTE IMPROCEDENTES acolhendo a preliminar de nulidade de citação e afastando a
existencia de horas extras, reingtegração, restabelecimento do plano de saúde e insalubridade.

Protesta provado o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Honorários advocatícios de 15% na forma da lei, nos termos do art. 791-A, CLT.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Cidade de dia de mês de ano.
ADVOGADO/OAB

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06. HEMENGARDA CATARINA, brasileira, casada, desempregada, filha de Gertrudes Catarina, portadora
da identidade 123, CPF 123.456.789-00, residente e domiciliada na Rua Coronel Antônio Diogo, casa 56 –
Município de Boitatá-CE – CEP 60.444-44, trabalhou para a sociedade empresária FERRO MALHADO
LTDA., localizada na capital cearense (Fortaleza), como auxiliar de produção, de 20/09/2020 a
30/12/2022, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual.
Atualmente HEMENGARDA está desempregada, mas, na época em que atuava na Ferro Malhado,
ganhava 1 salário mínimo mensal. HEMENGARDA é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está
filiada desde a 2019, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2020 para um mandato de 2 anos, bem
como cientificada a empregadora do fato 24 horas após a sua contratação. HEMENGARDA recebeu
uniforme e EPI da empresa, jamais sofrendo descontos no seu salário em razão disso. Recebia, também,
alimentação (almoço e lanche) gratuitamente e trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com
intervalo de 1 hora, e aos sábados, das 8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava
20 minutos para tirar o uniforme, comer o lanche oferecido pela empresa e escovar os dentes.
HEMENGARDA recebeu a participação proporcional nos lucros de 2020 e integral em 2021 e 2022.
HEMENGARDA tem três filhos saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de
nascimento que apresentou. Ela, no ano de 2021, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões,
faltou ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Já em 2022, ela foi descontada em três
dias, quando se ausentou para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera
em acidente de trânsito. Em 2021, com seu consentimento, foi transferida por seis meses para filial
distante 600 kms da sede onde trabalhava. Durante o período recebeu apenas o salário mínimo ajustado.
Por ocasião do exame demissional, o setor médico da empresa informou que HEMENGARDA estava apta
para a dispensa. Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o lançamento de
crédito de um salário mínimo e de duas cotas de salário-família, além de descontos de INSS, do vale-
transporte, da contribuição assistencial e da confederativa. Representada por advogado, HEMENGARDA
ingressou com reclamação trabalhista que foi distribuída para a 54ª Vara do Trabalho de Boitatá/CE. A
empresa FERRO MALHADO LTDA. recebe a citação notificatória intimando-a para comparecer à audiência
de julgamento e no mesmo dia da notificação a envia para seu setor jurídico, com cópia da petição inicial.
Dentro do prazo legal de cinco dias da notificação, a empresa opõe a medida cabível insurgindo-se contra
a competência da 54ª Vara do Trabalho de Boitatá/CE, pelo que a audiência de julgamento foi suspensa.
Após vistas a parte contrária, o juiz decide o incidente acolhendo a medida apresentada em todos os seus
termos declarando a incompetência da 54ª Vara do Trabalho de Aiuaba/CE com a remessa dos autos a
uma das varas do trabalho de Fortaleza/CE. Ao ser intimado da decisão, o empregado contata seu
advogado e lhe comunica que, por ser pobre na forma da lei, não tem condições financeiras de arcar com
passagens de Boitatá a Fortaleza para comperecer a qualquer audiência. Como advogado do empregado,
tendo em vista que ele é pobre na forma da lei, proponha a medida cabíbel que, de forma imediata,
melhor defenda seus interesses.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO

HEMENGARDA CATARINA, nacionalidade, estado civil, ocupação, residente e domiciliado na Rua, nº,
Bairro, Cidade, Estado, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, nos termos do art. 1º da Lei
12.016/09 e art. 5º, LXIX, CF vem impetrar MANDADO DE SEGURANÇA no prazo de 120 dias (art. 23 da
Lei 12.016/09) contra ato ilegal do JUIZ DA 54ª VARA DO TRABALHO DE BOITATÁ/CE, órgão do Poder
Judiciário Trabalhista, que acolheu exceção de incompetência relativa/territorial/em razão do lugar
proposta por FERRO MALHADO LTDA., pessoa jurídica, CNPJ, com sede na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado,
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I – DOS FATOS

(Na prova, você escreverá 05 linhas)

II – DA ILEGALIDADE DO ATO

O impetrante tem direito que sua reclamação tramite na 54ª Vara do Trabalho de Boitatá/CE porque é
pobre na forma da lei, pois não tem condição de arcar com as despesas de passagens para custear seu
deslocamento para participar de audiências em Fortaleza/CE, o que seria o mesmo que lhe negar acesso
à justiça, pelo que requer a concessão liminar de antecipação de tutela provisória (urgência) para
suspender a decisão que determinou a remessa dos autos para uma das Varas do Trabalho de
Fortaleza/CE, nos termos do art. 300, § 2º do CPC, art. 7º, § 1º, da Lei 12.016/09.

III – DO PEDIDO

IMPETRANTE requer o julgamento totalmente procedente do pedido com a concessão liminar em


antecipação de tutela provisória (urgência) para sustar a decisão que determinou a remessa dos autos
para uma das Varas do Trabalho de Fortaleza/CE.

Requer a intimação da autoridade coatora para apresentar as informações no prazo de 10 dias, bem como
intimar o empregado interessado para manifestar-se sobre a presente ação.

Requer ainda a intimação do Ministério Público do Trabalho para dizer se tem interesse no feito.
Protesta provar por prova pré-constituída.
Dá-se à causa o valor de R$ ____.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Cidade, dia de mês de ano.
ADVOGADO / OAB

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07. SANDOVAL TAYLOR procura advogado(a), afirmando que foi empregado da sociedade empresária
MÍDIA GOLPISTA LTDA. na sede desta, localizada na cidade de Passa-e-Fica/RN, de 17/12/2022 a
28/04/2023, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática. SANDOVAL informa que foi
despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo qualquer indenização,
mas apenas o saldo salarial do último mês; que a empresa não integrava, para fim algum, o salário- família
que SANDOVAL recebia; que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20
minutos para refeição; que o local de trabalho era de difícil acesso e não servido por transporte público
regular, pelo que a empresa fornecia o transporte para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que
SANDOVAL demorava uma hora no trajeto de ida e outra uma hora no de volta; que realizou exame
médico na admissão; que SANDOVAL tem uma irmã que trabalha na mesma sociedade empresária,
exercendo a função de programadora de jogos digitais. O trabalhador exibe cópias dos contracheques,
nos quais há, na parte de crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma cota de salário-família; já na parte de
descontos, há INSS, vale-transporte e FGTS. SANDOVAL ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão
em 17/12/2020 e saída em 28/04/2021, na função de auxiliar de serviços gerais; na parte de anotações
gerais, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa causa, desídia no desempenho das
funções, por ter se ausentado por 03 dias em decorrência de seu casamento. SANVOVAL foi eleito vice-
presidente da CIPA para o biênio de 2021 a 2023. Em janeiro de 2021, SANDOVAL caiu de sua cadeira
gamer em durante reunião na empresa em virtude de o empregador não ter realizado a menutenção da
mesma, ainda que avisado por SANDOVAL e outros empregados de que os parafusos estavam frouxos.
Em virtude da queda ocorrida na reunião, SANDOVAL virou motivo de riso entre os colegas de trabalho.
A convenção coletiva da categoria de SANDOVAL prevê os pisos normativos para todas as funções
desempenhadas na sociedade empresária MÍDIA GOLPISTA LTDA., dentre elas os seguintes: auxiliar de
serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; programador: R$ 3.500,00; e
engenheiro de computação: R$ 6.000,00. A reclamação trabalhista foi ajuizada no dia 25/05/23 sob o
número 1234/23 e distrubuída para a 34ª Vara do Trabalho de Aiuaba/CE, local onde atualmente reside
o empregado. Notificada a empresa MÍDIA GOLPISTA LTDA., dentro do prazo legal de cinco dias, opõe a
medida cabível insurgindo-se contra a competência da 34ª Vara do Trabalho de Aiuaba/CE. Após vistas a
parte contrária, o juiz decide o incidente acolhendo a medida apresentada em todos os seus termos
declarando a incompetência da 34ª Vara do Trabalho de Aiuaba/CE com a remessa dos autos a uma das
varas do trabalho de Passa-e-Fica/RN. Como advogado do empregado, tendo em vista que ele é pobre na
forma da lei, proponha a medida cabíbel que melhor defenda seus interesses.

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EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 34ª VARA DO TRABALHO DE AIUABA/CEARÁ

PROCESSO Nº 1234/23

SANDOVAL TAYLOR., já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado abaixo
assinado, nos termos do art. 895, I da CLT, vem interpor RECURSO ORDINÁRIO contra decisão de V.Exa.
que acolheu exceção de incompetência relativa/territorial/em razão do lugar proposta por MÍDIA
GOLPISTA LTDA., já qualificada nos autos, com a remessa dos presentes autos para o TRIBUNAL REGIONAL
DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO para que a decisão seja reformada.
Tempestividade de 08 dias (art. 895 da CLT). Notificação da parte contrária para contrarrazões (art. 900
da CLT).

EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

I – DO ACESSO À JUSTIÇA
O reclamante tem direito que sua reclamação tramite na 34ª Vara do Trabalho de Aiuaba/CE porque é
pobre na forma da lei, pois não tem condição de arcar com as despesas de passagens para custear seu
deslocamento para participar de audiências em Passa-e-Fica/RN, o que seria o mesmo que lhe negar
acesso à justiça, nos termos do art. 5º, inc. LV da CF.

II - CONCLUSÃO
EMPRESA requer o CONHECIMENTO e PROVIMENTO do recurso para a REFORMA DA DECISÃO para. No
mérito, declarar a competência da 34ª Vara do Trabalho para processar e julgar a reclamação trabalhista
proposta.

Cidade, de dia de mês de ano


Advogado / OAB

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08. SEREIA SIRIGAITA trabalhou como auxiliar de filetação de camarão na sociedade empresária
MARISCOS ALÉRGICOS S/A., de 30/03/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada sem justa causa,
recebendo, por último, dois salários mínimos mensais, conforme anotado na CTPS. Em razão disso, ela
ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária. A ação foi distribuída no dia 22/06/22
ao juízo da 90ª Vara do Trabalho de Pelotas/RS, recebendo o número 0001234-80.2022.5.22.0090. No
prazo de cinco dias da notificação, foi oposta exceção de incompetência relativa sustentando que a
prestação e serviços aconteceu na filial da empresa em Araguaiana/RS e que lá deveria ter sido proposta
a ação, tudo comprovado documentalmente. Contraditório respeitado. O Juiz da 90ª Vara do Trabalho de
Pelotas/RS rejeitou a exceção e reconheceu a competência da vara do trabalho de Pelotas/RS, mantendo
a audiência já designada, sob protestos da reclamada. Na data da audiência, compareceram o reclamante
e seu advogado. Presentes o proposto e o advogado da empresa. Rejeitada a primeira proposta de
conciliação. Ao preposto foi perguntado se ele era empregado da empresa, pelo que respondeu
negativamente. O advogado da reclamante requereu que fosse aplicada a confissão ficta, o que foi de
pronto atendido o pedido pelo juiz, sob protestos da reclamada. Recebidas a contestação e documentos,
nos termos do § 5º do art. 844 da CLT. Juntada a RAIS/ESOCIAL em que ficou comprovado trabalharem 15
empregados em toda a empresa. Em sua reclamação trabalhista, SEREIA SIRIGAITA formulou vários
pedidos que assim foram julgados: o juízo declarou a competência material da Justiça do Trabalho para
apreciar o pedido de recolhimento do INSS do período trabalhado; foi reconhecida a prestação de 1 hora
extra por dia com adicional de 50% por trabalhar além da quarta, uma vez que foi contratada para
trabalhar apenas 5 horas e estava trabalhando seis horas diárias, já que a empresa não apresentou
qualquer testemunha que provasse o trabalho de apenas 5 horas por dia; todas as testemunhas do
reclamante foram dispensadas por seu advogado sem que tenham sido ouvidas no processo; foi
reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, com intervalo de 10 minutos
para refeição, conforme confessado pelo preposto em interrogatório, sendo, então, deferido o
pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas
demais verbas salariais; Foi reconhecido o salário oficioso de mais R$ 2.000,00 alegado na petição inicial,
já que o julgador entendeu que o empregador não fez qualquer prova de qualquer pagamento “por fora”;
Foi deferido o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme requerido pela trabalhadora na inicial,
que pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”, sendo rejeitada a preliminar suscitada
na defesa contra a forma desse pedido; Foi deferido adicional de insalubridade por trabalhar em ambiente
insalubre sem que tenha sido feita perícia; Foi indeferido o pagamento de adicional noturno, já que a
autora não comprovou que houvesse filetação, ou preparação para tal fim, no período compreendido
entre 22 e 5 horas; Foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período trabalhado, sendo
que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas pela sociedade
empresária, que seriam ouvidas para provar que ela entregava o valor da passagem em espécie
diariamente à trabalhadora; Foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na
exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta reconheceu que a empresa
se negou a aceitar os atestados porque não continham CID (Classificação Internacional de Doenças); Foi
deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, porque sua entrega era prevista na
convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento
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do julgador, uma vez que não houve estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi,
automaticamente, prorrogada no tempo; foi antecipada a tutela, na sentença, para o fim de reintegrar a
empregada por ser suplente de diretor de sociedade cooperativa, com o pagamento dos salários do
período de afastamento; foi indeferido pedido de nulidade do contrato, pois a reclamante não comprovou
o vício de vontade; foi deferido o adicional de insalubridade no percentual de 40% sobre o salário mínimo,
tendo sido indeferida pelo juiz a produção de prova pericial, sob protesto da parte reclamada. No final,
foram fixadas pelo juiz, em 2%, as custas processuais a serem recolhidas pela reclamada sobre o valor da
causa. Foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na razão de 20% da
liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de 10% em relação aos pedidos julgados
improcedentes. Diante disso, na condição de advogado da ré, redija a peça prático-profissional para a
defesa dos interesses da sua cliente em juízo, ciente de que, na sentença, não havia vício ou falha
estrutural que comprometesse sua integridade.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 90ª DO TRABALHO DE PELOTAS/RS

Processo nº: 0001234-80.2022.5.22.0090

MARISCOS ALÉRGICOS, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, nos
termos do art. 895, inc. I da CLT vem interpor RECURSO ORDINÁRIO contra decisão dessa Vara do
Trabalho que julgou procedente reclamação trabalhista proposta por SEREIA SIRIGAITA, já qualificada nos
autos, fazendo-o pelas razões anexas, remetendo-o ao Tribunal Regional do Trabalho da ____ª Região
para reforma da decisão.

Custas processuais recolhidas (art. 789, CLT). Depósito recursal realizado (art. 899 e §§, CLT).
Tempestividade de 8 dias (art. 895 da CLT). Notificação da parte contrária para contrarrazões (art. 900 da
CLT).

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DA _____ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO


TRABALHO DA 4ª REGIÃO

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

I – PRELIMINAR: INCOMPETÊNCIA RELATIVA/TERRITORIAL/RAZÃO DO LUGAR


Há incompetência relativa/territorial/em razão do lugar da 90ª Vara do Trabalho de Pelotas porque a
competência é de uma das Varas de Araguaiana/RS, pois a prestação de serviços se deu em filial da
empresa na cidade de Araguaia/RS, pelo que requer a remessa do processo para uma das Varas de
Araguaiana, nos termos do art. 651, caput, da CLT.

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II – PRELIMINAR – CERCEIO DE DEFESA
Há nulidade da sentença por cerceamento de defesa porque não houve confissão ficta, pois o preposto
não precisa ser empregado da empresa, pelo que requer seja admitido o preposto no processo, nos
termos do art. 844, § 5º da CLT.

III – PRELIMINAR – CERCEIO DE DEFESA


Há nulidade da sentença por cerceamento de defesa porque as testemunhas foram indeferidas, pois o
empregador ficou impedido de provar o pagamento das passagens em espécie, pelo que requer a oitiva
das testemunhas, nos termos do Art. 5º, LV, CRFB/88 OU Art. 369 CPC.

VI – PRELIMINAR – CERCEIO DE DEFESA


Há nulidade da sentença por cerceamento de defesa porque não houve realização de perícia, pois a perícia
é obrigatória para a averiguação da insalubridade, pelo que requer a realização da perícia, nos termos do
art. 195, § 2º da CLT.

V – PRELIMINAR – INÉPCIA
Há inépcia da petição inicial porque o pedido é indeterminado, pois não foram identificados os feriados
trabalhados, pelo que requer a extinção do feito sem solução de mérito, nos termos do Art. 330, § 1º, inc.
I do CPC.

VI – PRELIMINAR – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA/MATERIAL


Há incompetência absoluta/material da justiça do trabalho porque foi pedido o recolhimento de todo o
período, pois ela é competente somente para contribuições decorrentes das sentenças que proferir,
condenatórias ou homologatórias de acordo, pelo que requer a remessa ao juízo competente, nos termos
da Súmula 368, I, TST, art.876, p. único, CLT, Art. 114, VIII, CF.

VII – PREJUDICIAL – PRESCRIÇÃO PARCIAL


Há prescrição parcial (bienal) dos direitos trabalhistas porque o contrato foi extinto em 07.01.19 e tinha
até 07.01.21 para entrar com a reclamação, mas só ajuizou mais de dois anos após o fim do contrato, dia
22.06.22, pelo que requer a extinção do feito com solução de mérito, nos termos do Art. 7º inc. XXIX CRFB.

VIII – DO INTERVALO INTRAJORNADA


A reclamante não tem direito ao pagamento integral do intervalo porque só tem direito a 5 minutos com
50%, pois gozou 10 minutos, nos termos do Art. 71, § 4º, da CLT.

IX – DA NATUREZA COMPENSATÓRIA
A reclamante não tem direito ao reflexo do intervalo desrespeitado nas verbas salariais porque não tem
natureza salarial, pois a natureza é compensatória/indenizatória, nos termos do Art. 71, § 4º, da CLT.

X – INDENIZAÇÃO POR DANO EXTRAPATRIMONIAL


A reclamante não tem direito a uma indenização por dano extrapatrimonial porque não o empregador
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não cometeu ato ilícito, pois doença degenerativa não é considerada doença do trabalho, nos termos do
Art. 20, § 1º, “a”, Lei 8.213/90.

XI – DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO
A reclamante não tem direito a devolução do desconto em dobro dos dias descontados porque falta
previsão legal, nos termos do Art. 5º, II, CRFB/88.

XII – DA CESTA BÁSICA


A reclamante não tem direito ao pagamento da cesta básica porque a norma coletiva não mais vigorava
quando a reclamante foi admitida, pois norma coletiva não tem ultratividade, nos termos do Art. 614, §
3º, CLT.

XIII – DA REINTEGRAÇÃO
A reclamante não tem direito de ser reintegrada, sendo indevida sua reintegração pois não tem
estabilidade por falta de previsão legal, PELO QUE REQUER O EFEITO SUSPENSIVO DO RECURSO
ORDINÁRIO, nos termos da Sum. 414, I do TST, OJ 253, SDI-1, TST E art. 5º, inc. II CRFB.

XIV – DAS HORAS EXTRAS


O reclamante não tem direito à horas extras porque não conseguiu provar fato constitutivo de seu direito,
pois o ônus da prova das horas extras é do empregado e suas testemunhas foram dispensadas por seu
advogado, nos termos do art. 818. I da CLT e súmula 338, inc. I do TST.

XV – DAS CUSTAS PELA RECLAMADA


A reclamante não tem direito que as custas sejam calculadas sobre o valor da causa porque devem ser
calculadas sobre o valor da condenação, nos termos do Art. 789, inc. I da CLT.

XVI – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


A reclamante não tem direito aos honorários advocatícios de 20%, porque na Justiça do Trabalho, a lei
limita a 15%, nos termos do Art. 791-A da CLT.

XVII – CONCLUSÃO
MARISCOS ALÉRGICOS requer o CONHECIMENTO e PROVIMENTO do recurso para a REFORMA DA
DECISÃO para o reconhecimento da incompetência da 90ª Vara de Pelotas/RN e a competência de um
das Varas do Trabalho de Araguaiana/RS, nulidade de sentença por cerceio de defesa pela confissão ficta,
indeferimento da oitiva das testemunhas e da falta de perícia. Acolher a preliminar de inépcia pelos
pedidos indeterminados, a preliminar de incompetência absoluta/material. Acolher a prejudicial de
prescrição bienal. No mérito, declarar a inexistência do direito ao intervalo, inexistência da indenização
por dano extrapatrimonial, inexistência de horas extras, inexistência da cesta básica, inexistência da
devolução dos descontos e a reintegração, inexistência de 15 minutos com 50%, inexistência dos reflexos
do intervalo. Requer seja dado efeito suspensivo ao Recurso Ordinário. Requer que as custas sejam
calculadas sobre o valor da condenação e os honorários fixados em 15%.
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Termos em que,
Pede e espera provimento.
Cidade, dia de mês de ano.
ADVOGADO / OAB

PARTE 03 – Identifique a medida cabível:

10) Você foi procurado, como advogado(a), por Hernani Gomes, que afirmou, em resumo, ter adquirido um
imóvel da sociedade empresária X, em 2000, onde reside com sua família, e que, em setembro de 2021,
recebeu a visita de um oficial de justiça informando a penhora do imóvel, avaliado no ato em R$ 200.000,00,
para pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 12.000,00. Hernani, que nunca foi proprietário ou sócio
de empresa, e sequer sabia da existência de qualquer processo, procurou, pela Internet, informação pelo
número do processo que estava no mandado e constatou que a penhora foi feita no bojo da execução
trabalhista de uma empregada que se ativou na sociedade empresária X de 2019 a 2020. Pelo fato de o
imóvel ter sido anteriormente da sociedade empresária X, o juiz deferiu a penhora sobre ele. Sobre a
hipótese apresentada, e considerando que Hernani jamais integrou o quadro societário da executada,
responda aos itens a seguir.
A) Que medida judicial você, agora contratado(a) por Hernani, adotaria para tentar levantar a penhora
sobre o bem imóvel?
Embargos de terceiro, nos termos do Art. 674, CPC.

B) Caso a medida judicial por você adotada fosse indeferida, que recurso você interporia para tentar
reverter a situação?
Agravo de petição, nos termos do Art. 897, “a”, CLT.

11) Ênio, metalúrgico na sociedade empresária Metal Pesado Ltda., candidatou-se e foi eleito diretor do
sindicato dos metalúrgicos de sua categoria em 2021. Ênio foi empossado no mesmo ano para cumprir
mandato de 2 anos e participava de reuniões no sindicato quando chamado. Por descuido, o sindicato não
avisou ao empregador de Ênio acerca da sua eleição como dirigente sindical, somente vindo a fazê-lo 1 ano
após, em 2022. Na semana seguinte a essa comunicação do sindicato, o contrato de Ênio foi rompido sem
maiores explicações. Ênio, então, ajuizou reclamação trabalhista postulando sua reintegração. Em defesa,
a sociedade empresária sustentou ser indevido o retorno porque a comunicação acerca da eleição
acontecera fora do prazo legal (Art. 543, § 5º, da CLT) e pelo fato de a sociedade empresária ignorar o fato
da eleição até então. Ademais, sustentou que a dispensa se deu por justa causa, porque o empregado
utilizava grande parte do seu tempo na empresa para vender roupas, perfumes e outros acessórios, sem
autorização do empregador, incidindo nos termos do Art. 482, alínea c, da CLT. Considerando os fatos
narrados, a previsão legal e o entendimento consolidado do TST, como advogado(a) de Ênio, responda aos
itens a seguir.
A) Acerca da alegada dispensa por justa causa, que argumento jurídico de natureza processual você
apresentaria em réplica? Justifique.
Na defesa de Ênio, a alegação é que seria necessário instaurar inquérito (judicial ou para apuração de
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falta grave) prévio para ensejar, em caso de sucesso, a dispensa por justa causa do dirigente sindical, na
forma do Art. 8º, inciso VIII, da CRFB/88, ou da Súmula 379 do TST, ou do Art. 543, § 3º, da CLT, ou do
Art. 853 ou Art. 494, também da CLT ou ainda da Súmula 197 do STF.

12) O sindicato dos empregados na indústria têxtil e o sindicato dos empregadores não chegaram a um
acordo em sede de negociação coletiva, e estão de comum acordo em judicializar a questão. Assim,
encontra-se ainda em vigor a convenção coletiva anterior, cujo termo final se aproxima. O sindicato dos
empregados, desejando ver mantidas as conquistas da categoria sem solução de continuidade e com
previsão em eventual nova norma coletiva, consulta você, como advogado(a), sobre os itens a seguir.
A fim de atender ao interesse da categoria dos empregados, admitindo a hipótese de total inviabilidade de
consenso na negociação coletiva, nos termos do enunciado, afastada a possibilidade de Protesto Judicial,
qual a medida judicial a ser adotada, esclarecendo o prazo para tanto? Justifique.
Instaurar dissídio coletivo nos 60 dias anteriores ao término da vigência da norma/convenção coletiva,
nos termos do Art. 616, § 3º, CLT ou Art. 114, § 2º, CRFB/88

13) O magistrado, em determinada execução trabalhista, ativou todas as ferramentas eletrônicas


requeridas pelo exequente, mas não teve sucesso no bloqueio de patrimônio. Assim, o magistrado intimou
o credor a dar andamento ao feito, mas este quedou-se inerte, e, por isso, o juiz determinou a remessa dos
autos ao arquivo provisório (arquivo sem baixa). Um ano depois, o magistrado declarou de ofício a
prescrição intercorrente, declarando extinta a execução pela inércia do credor. Considerando a situação
retratada e os termos da CLT, como advogado(a) do exequente responda aos itens a seguir. Que medida
judicial você utilizaria para tentar reverter a decisão? Justifique.
Agravo de petição, nos termos do Art. 897, “a”, CLT.

14) Carlos trabalha abastecendo veículos em um posto de gasolina. A norma coletiva de sua categoria,
assim como o regulamento interno da empresa empregadora, prevê que o pagamento realizado por
clientes por meio de cheques não é recomendável, mas, se isso for inevitável, o funcionário deverá anotar
a placa do veículo, o número de telefone e a identidade do cliente. Ocorre que, em determinado dia, com
o posto lotado, Carlos não procedeu dessa forma e abasteceu dois veículos de uma mesma família.
Entretanto, o cheque utilizado para pagamento não tinha suficiência de fundos, razão pela qual o
empregador descontou os valores, de forma parcelada, do salário de Carlos. Carlos ajuizou ação trabalhista
pelo rito ordinário, cobrando os valores descontados. A ação foi julgada improcedente em primeira
instância, mas, em grau de recurso, a decisão foi reformada e o pedido julgado procedente. Admitindo-se
que a última decisão não tenha qualquer vício formal, responda aos itens a seguir. Na tentativa de
restabelecer a decisão originária e manter a validade dos descontos, que medida jurídica você deverá
adotar?
Recurso de revista, nos termos do Art. 896 OU 893, III, CLT.

15) Reginaldo trabalha como operador de telemarketing atendendo no número de telefone do Serviço de
Atendimento ao Cliente (SAC) de seu empregador, tendo sido admitido em 22/03/2018. Uma vez que
Reginaldo trabalha apenas com recepção de ligação telefônica, o empregador determinou, desde o início
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do contrato, que Reginaldo trabalhasse em seu próprio domicílio, local onde o empregador instalou uma
pequena central para a recepção dos telefonemas, bem como um computador para que Reginaldo pudesse
registrar, no sistema da empresa, as reclamações e sugestões dos clientes. Em janeiro de 2020, Reginaldo
pediu demissão. Diante da narrativa apresentada e dos termos da CLT, responda a indagações a seguir.
A) Caso você fosse contratado como advogado(a) por Reginaldo e o pedido de horas extras tivesse sido
julgado totalmente improcedente, com imposição de custas e honorários advocatícios, sem que o juiz
tivesse apreciado o pedido de gratuidade de justiça formulado na inicial, que medida você adotaria para
sanar a omissão? Justifique.
Embargos de declaração, nos termos do Art. 897-A, CLT OU 1.022, II, CPC.

16) Dia 28/04 é feriado municipal em Tribobó do Oeste. Em ação ajuizada por Paulo, cuja sentença foi de
improcedência, o último dia do prazo recursal recaiu em 28/04. Assim, o advogado de Paulo interpôs o
recurso em 29/04, juntando cópia autenticada do diário oficial dispondo sobre o feriado local. O juiz
substituto em exercício negou seguimento ao recurso em razão de intempestividade. Com base no caso
apresentado, responda aos itens a seguir.
Qual o recurso cabível desta decisão denegatória de seguimento ao recurso interposto por Paulo?
Fundamente.
Agravo de Instrumento, nos termos do art. 897, b, CLT OU Embargos de Declaração, nos termos do art.
897-A, CLT.

17) Extraída carta de sentença nos autos da reclamação trabalhista movida por Jubert Machado contra a
Sapataria Monte Belo Ltda., foram homologados os cálculos e citado o devedor para pagamento que, no
prazo legal, ofereceu um bem como garantia, comprovando documentalmente a propriedade do referido
bem. O juiz conferiu vista à parte contrária, que não aceitou o bem ofertado, desejando a penhora em
dinheiro, com base nos artigos 882 da CLT e 655, I, do CPC. Feita a conclusão, o juiz determinou que a
penhora recaísse sobre dinheiro, tendo o valor sido bloqueado das contas do executado. A partir do caso
apresentado, responda, fundamentadamente, ao item a seguir.
A) Se a empresa discorda da decisão judicial de apreensão de dinheiro, indique de qual medida ela poderia
valer-se para tentar a reversão e em que prazo.
Mandado de segurança, no prazo de 120 dias, nos termos da Súmula nº 417, III, do TST.

18) Maura foi empregada doméstica durante cinco anos na residência da família Pedrosa. Ao ser
dispensada, ela ajuizou reclamação trabalhista, a qual foi julgada procedente, tendo o pedido transitado
em julgado. Iniciada a execução, não foi encontrado qualquer bem que pudesse satisfazer o débito total ou
parcialmente, exceto o imóvel de residência da família Pedrosa. Requerida a penhora do mesmo, o pedido
foi deferido pelo juiz ao julgar improcedentes os embargos à execução opostos por você, advogado(a) da
família Pedrosa. Na qualidade de advogado da família Pedrosa, responda aos itens a seguir. Qual o recurso
cabível contra a decisão do juiz?
Agravo de petição, nos termos do Art. 897, a, da CLT.

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