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O filme “O filho protegido” (original Netflix), traz a história de Lorenzo, um

pintor que está ansioso pelo filho que terá com sua esposa, Sigrid, que é
bióloga. Durante a gravidez Sigrid se torna obcecada, acreditando que seu
bebê não pode nascer em hospital pelo risco de infecção, e que os médicos só
querem saber do dinheiro. A partir dessas predições, ela começa a se auto
medicar e traz uma parteira da Noruega, seu país natal.

Com o nascimento de Henrik, o conflito se torna mais agudo: as


mulheres isolam o bebê do mundo e de seu próprio pai, com a desculpa de
uma maternidade alternativa e natural. O único contato que era permitido do
pai com a criança era em momentos de arrotar, pouquíssimas vezes ao dia, e
nisso, Lorenzo, marginalizado e desesperado, se sente na forte obrigação de
defender o seu filho custe o que custar.

Inicialmente, é importante levantar que a mãe, Sigrid, está com a sua


libido inteiramente voltada para a criança, e isso desde o momento da gravidez,
onde ela até coloca uma cama para ela no quarto do filho com a desculpa de
que será melhor para o pai. Essa situação se intensifica após o parto, quando
ela sente que só ela que tem a capacidade de cuidar do filho.

Em segunda instância, essa mãe não permite que o pai estabeleça sua
função diante do filho, mas pelo contrário, estabelece uma ordem judicial de
distância que o pai deve manter do filho, e após a passagem de tempo, quando
ele vai fazer sua visita à criança, ela coloca outro bebê para enganar o pai.
Dessa forma a função paterna jamais seria estabelecida e a criança não
completaria todas as fases do seu desenvolvimento.

Ao meu ver, a estrutura presente na mãe é a perversão. Ela age sem


remorso sobre esse pai, na tentativa incansável de afastá-lo da vida do filho,
bem como não se importa de criar esse filho longe do pai. Ela se coloca acima
da lei, pois quando ela própria dizia que queria que o pai tivesse contato com o
filho, ela engana o pai com outra criança para que ele não a veja.

Suponho que ela estava realizando experimentos próprios que


chegaram a deformar a criança e por isso ela não queria que a criança fosse
vista. Se for dessa forma, pode-se dizer que a libido da mãe na verdade, está
nela mesma por fazer aquilo que julgou necessário fazer para atingir o objetivo
que esperava.

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO


INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

LARISSA SHARON COELHO BARBOSA DA SILVA

ANÁLISE FILME “O FILHO PROTEGIDO”


Imperatriz/MA

2019.2

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