Matheus Spirandeli – 2020

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O Livro de Nîm

Escrito por Matheus Spirandeli

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 Introdução

Eu decidi escrever este livro um tempo depois que comecei a jogar

RPG. Eu costumava jogar Dungeons & Dragons com meus amigos, sempre
gostei do sistema da quinta edição de D&D, mas seu folclore não me
agradava, eu sempre achei que faltava algo mais, então eu sempre acabava
criando folclores diferentes para cada campanha que eu fazia, e isso me dava
muito trabalho. Foi então que eu pensei em criar meu próprio folclore para
RPGs.
A primeiro momento, este universo que criei veio de inspiração de um
mangá que eu pretendia desenhar e escrever quando eu era adolescente,
porém a ideia não foi pra frente. Mas eu pude reciclar alguns personagens
aqui, algumas tramas ali e logo pude começar a escrever as histórias. Meu
fôlego para voltar a escrever veio principalmente da leitura de livros como
As Crônicas de Nárnia, O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion.
Também acrescentei elementos de RPGs eletrônicos e de tabuleiro, inspirado
por jogos como Summoner Wars no tabuleiro, e The Legend Of Zelda, The
Elder Scrolls V: Skyrim e Lufia II: Rise of the Sinistrals nos vídeo games,
então vocês poderão encontrar referências a estes ou outros jogos, filmes ou
séries pela obra. Colocarei em um apêndice todas as minhas referências no
final do livro, ressaltando que não pretendi plagiar nada, apenas fazer
referências a coisas que gosto tanto e fazem parte da minha vida todos os
dias.
Esta é a obra que conta como são os Reinos existentes em Nîm. Nîm
é como todos os mortais chamam o mundo, assim em outro mundo o chamam
de Planeta Terra. Aqui será falado sobre os Reinos Místicos, locais místicos
incluídos no folclore de Nîm. Fora estes, temos os Reinos Mortais,
espalhados pelo Plano Mortal (ou Plano Material).

Espero que aproveitem a obra, com um mundo fictício de RPG que pode se
adaptar a qualquer sistema.
e-mail para contato: matheusbrferrari8@gmail.com. Nele vocês podem
entrar em contato comigo para esclarecimento, sugestões e informações
sobre novas obras relacionadas com este livro. Aguardem por expansões.

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 Sumário
PARTE I – REINOS MÍSTICOS E OS GUARDIÕES

Capítulo 1 – Planos Superiores e os Lordes .........................................................................................10

Capítulo 2 – Yggdrasil e o Vale da Luz ...............................................................................................11
Capítulo 3 – O Mundo Sombrio ..........................................................................................................13
Capítulo 4 – O Mundo Invertido e o Éter ...........................................................................................14
Capítulo 5 – Estrada Escura e o Plano Estelar ...................................................................................16
Capítulo 6 – Os Guardiões e seus Planos .............................................................................................17
Capítulo 7 – As Relíquias Sagradas ....................................................................................................23

PARTE II – RAÇAS
Capítulo 8 – Anões .............................................................................................................................26
Capítulo 9 – Anjos ..............................................................................................................................27
Capítulo 10 – Dragões ........................................................................................................................28
Capítulo 11 – Elfos .............................................................................................................................31
Capítulo 12 – Humanos ......................................................................................................................33
Capítulo 13 – Licantropos ..................................................................................................................34
Capítulo 14 – Orcs ..............................................................................................................................36
Capítulo 15 – Vagarths ......................................................................................................................37
Capítulo 16 – Outras Raças ................................................................................................................39

PARTE III – REINOS MORTAIS

Capítulo 17 – Affra ............................................................................................................................42
Capítulo 18 – Agarin ..........................................................................................................................47
Capítulo 19 – Bermendir .....................................................................................................................53
Capítulo 20 – Dumonia ......................................................................................................................57
Capítulo 21 – Harmandir ....................................................................................................................63
Capítulo 22 – Ilhas Esmeralda ...........................................................................................................67
Capítulo 23 – Ilha Otawa ...................................................................................................................71
Capítulo 24 – Nortland ......................................................................................................................74
Capítulo 25 – Okrin ............................................................................................................................79
Capítulo 26 – Sodarin .........................................................................................................................83

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Capítulo 27 – Soutland .......................................................................................................................86
Capítulo 28 – Valáquia .......................................................................................................................90

PARTE IV – Algumas Personalidades Históricas de Destaque

Capítulo 29 – Personalidades de Destaque .........................................................................................93

PARTE V – História de Nîm e acontecimentos importantes

Capítulo 30 – História de Nîm e Acontecimentos importantes ..........................................................113

Parte VI – Apêndices
Apêndice I – Mapas ..........................................................................................................................121
Apêndice II – Árvore Genealógica da Família Dandrac ....................................................................133
Apêndice III – Agradecimentos e Referências ...................................................................................136
Apêndice IV – Algumas regras (minhas) para RPG ...........................................................................141

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 Parte I
Reinos Místicos e os Guardiões

Nîm possui alguns Planos de Existência, que são chamados de Reinos

Místicos. Os mais importantes são O Vale da Luz, O Mundo Sombrio, O
Plano Mortal, O Plano Estelar, a Estrada Escura e a Caverna dos Tesouros.
Isso não significa que não existem outros Planos de Existência, mas eu decidi
não mencioná-los até o presente momento.
8
Esta Obra foi intitulada de Reinos Místicos. Foi produzida por um elfo da luz chamado Ildir
Illarionis, em Agarin, no ano de 1E118. Esta obra pode ser vista na Academia de Artes e da
Natureza em Magnis.

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 Capítulo 1
Planos Superiores e os Lordes
Há pouco a se dizer sobre os Planos
Exteriores. Não existem relatos de pessoas
que foram até estes planos e voltaram. Não
por serem perigosos, mas por
simplesmente não possuírem meios de
serem alcançados.
O primeiro plano a ser mencionado
é o Plano da Ordem, onde vivem os Lordes
da Ordem. Estes três seres de poder e
sabedoria infinitos são os criadores de
Nîm. Eles geraram todos os planos
principais (que serão discutidos em
capítulos posteriores), com exceção dos
Planos Secundários, criados pelos Guar-
diões (vide capítulo VI).
No Plano da Ordem tudo é correto.
Não há crimes, ganância ou ditadores. É
um lugar para se viver em harmonia pela
eternidade. Mas apenas aqueles que se
mostrarem merecedores em vida serão
dignos de alcançarem este lugar. Seus
soberanos, os Lordes da Ordem, são a
representação de tudo o que é bom e justo.
Eles são três. Seus nomes verdadeiros não
são conhecidos, mas sabe-se que eles
representam a justiça, a sabedoria e a
benevolência. Algumas vezes eles são
vistos em Nîm de forma escondida,
disfarçados em várias formas diferentes,
com o objetivo de ajudar ou guiar algum
herói de Nîm.
O segundo e último plano é o
oposto do primeiro, sendo chamado de
Plano do Caos, governado pelos Lordes do
Caos. Assim como os Lordes da Ordem,
não sabemos os nomes dos Lordes do
Caos, apesar de eles serem representados
por ganância, desastre e ódio. Os Lordes
do Caos são os criadores de tudo o que há
de mal no mundo. Eles criaram as
Criaturas do Caos, destinadas a
destruírem ou levar tirania ao mundo. Eles
corromperam os mortais, por isso que
podemos encontrar humanos, anões ou
elfos agindo de forma cruel ou gananciosa.
Eles também são responsáveis pela
corrupção dos Guardiões Sandman e Kage.
Kage foi levado até os Lordes da Ordem, e
logo foi recuperado. Porém, em Sandman
o estrago foi muito profundo. Mas isso será
mais descrito no capítulo VI.
O Plano do Caos é um lugar de
terror e desastre. É ali onde as piores
perversões são criadas, com um único
propósito: acabar com os mortais, de todas
as maneiras possíveis.
10
 Capítulo 2
Yggdrasil e o Vale da luz
Tudo começou com Yggdrasil. Ela tem
esse nome, mas é comumente chamada de
A Árvore da Vida. Quem a plantou foram
Os Lordes da Ordem. Eles criaram os
Reinos Místicos a partir de Yggdrasil e
Yggbertil.
Yggdrasil é uma árvore gigantesca,
com galhos que alcançam o infinito. Suas
folhas são de diversas cores, e seu tronco é
resistente e firme. Suas raízes cavam fundo
no chão, sem haver um limite para onde
podem alcançar. Quando Yggdrasil
nasceu, o mundo nasceu. Com ela veio o
Plano Mortal, também chamado de
Mundus.
Enquanto Yggdrasil crescia e
ganhava forma, Mundus crescia e se de-
senvolvia no mesmo ritmo. Seu tamanho
pode indicar a idade do mundo. Cada uma
de suas folhas representa um ser vivo do
Plano Mortal, cada animal, planta ou
gente. Por isso, nenhuma de suas folhas
são iguais, cada uma se difere de outra por
sua cor, textura, tamanho, brilho, entre
outras características. Sempre que uma
folha nasce, significa que um novo ser
nasceu também. E quando alguém morre,
sua respectiva folha cai.
Esta magnífica árvore nasceu no
Vale da Luz, um vale muito grande, quase
sem fim, onde, caso algum afortunado
consiga, possa sentar-se e admirar a beleza
de Yggdrasil.
O Vale da Luz é um local
abençoado com uma grama macia e verde,
bonita de se ver e confortável de se deitar.
Em seus campos existem diversas flores
enfeitando o local, espalhadas com outras
plantas, como pequenas árvores e arbustos,
transformando o lugar em um paraíso em
que sempre é dia, com sombra refrescante
nas árvores e um sol revigorante para o
corpo.
A Árvore da Vida está ligada
também à linha do tempo. Isso significa
que o tempo começou quando a Árvore
nasceu, e se findará quando a Árvore
morrer. Sim, é um fim para Yggdrasil, mas
não totalmente. Pois seus frutos caem em
locais longe de onde ela estava, e então, um
novo Plano Mortal surge, ligado à uma
nova Árvore da Vida. Porém, apenas um
Plano Mortal existe por vez. Isto significa
que não é possível que alguém saia de seu
Mundus de origem e visite um novo, pois é
terminantemente proibido que as fronteiras
da Grande Árvore sejam desrespeitadas.
Pois bem, como saber onde ficam
os limites de Yggdrasil? Basta olhar o
imenso horizonte, onde pode-se ver as
Montanhas de Cristal, que delimitam as
fronteiras de Yggdrasil de outras regiões
que uma vez foram ou serão Planos
Mortais. Estas montanhas são intranspo-
níveis, até mesmo para os Guardiões.
Qualquer um que tentar atravessá-las, fra-
cassará.
Existe beleza no Vale da Luz, não
apenas uma única árvore – Yggdrasil. Pois
ao seu lado, corre o magnifico Rio da
Eternidade, um rio de águas cristalinas e
puras, de onde podem se ver peixes
11
brilhantes como se a água não estivessem
lá. A função desse rio é a de levar as almas
dos mortais para seus futuros corpos em
Mundus. Quem se sentar às margens do
Rio poderá, volta e meia, ver uma alma
jovem e bela descendo o rio sutilmente em
um pequeno barquinho branco para
começar sua jornada da vida.
Este rio também tem propriedades
milagrosas de cura. Muitos mortais se
aventuram a encontrar o caminho até este
rio, para curar enfermidades de entes
queridos, ou por pura ambição, para que
apenas ganhe mais alguns anos de vida.
Por todo o Vale da Luz pode-se ver
árvores de tamanho comum, formando
algumas florestas. Flores criam belos
jardins, cultivados principalmente por fa-
das. Alguns dos anjos vivem nestas
florestas, atuando como protetores.
No Vale da Luz, há um enorme
palácio, chamado de Palácio da
Eternidade, que é para onde os mortais que
viveram uma vida de bem vão como
recompensa pelos seus bons atos em vida.
Ele é belo em majestade e todos que se vão
para lá são convidados a se tornarem reis,
e todos os dias ocorrem grandes banquetes
em celebração à vida, comemorando suas
almas imortais que receberam a dádiva de
viver o pós vida neste castelo cercado de
bem-aventurança. Mas existe uma con-
dição: ninguém que colocar seus pés no
Grande Palácio receberá a permissão de
deixar o Vale da Luz, com a punição de se
tornar pó e ser esquecido.
Depois do fim da Yggdrasil, todos
aqueles que ganharam um lar no Palácio da
Eternidade ganham duas opções: perder a
memória, mas ter sua alma renovada para
viver em uma nova Nîm, ou ir viver com
os Lordes da Ordem no Plano da Ordem,
um plano de existência que é acessível
apenas com a permissão dos Lordes da
Ordem.
12
 Capítulo 3
O Mundo Sombrio
O Mundo Sombrio é um local de eterna
escuridão, destinado aos mortos e
esquecidos, principalmente àqueles que
viveram suas vidas em função de causar
horrores aos inocentes. Apesar da
escuridão densa, os mortos não podem se
mover, pois estão fadados ao Eterno Sono.
É um local para que sejam esquecidos por
completo, onde seus corpos e suas almas
irão repousar e nunca mais acordar.
Aqueles que entrarem neste mundo,
encontrarão apenas o silêncio da morte.
Apesar do poder de Yggdrasil, o
Mundo Sombrio não está ligado a ela, e
para sempre haverá apenas um Mundo
Sombrio, sempre o mesmo, para cada novo
reinado de cada nova Yggdrasil.
Diferentemente do Vale da Luz, o
Vale das Sombras não tem fim. Ele é
cercado de túmulos por todos os lados,
onde repousam os ossos de cada ser que já
viveu, bom ou mal. Existem pontos onde
existe um maior acúmulo de túmulos, e
esses lugares são todos chamados da
mesma forma: Cemitério dos Esquecidos.
Algumas pessoas em Nîm morrem
com assuntos inacabados, tornando-se
assim fantasmas. Porém, alguns desses
fantasmas não conseguem completar seus
objetivos de maneira alguma, e então eles
são trazidos para o Mundo Sombrio por
Thanatos (vide o capítulo IV, sobre os
Guardiões), onde ali ele construiu uma
cidade para estes fantasmas, o qual é
chamada de Cidade dos Mortos.
No centro do Mundo Sombrio está
uma grande árvore, chamada de Yggbertil,
ou, também, de Árvore da Morte. É nela
que ficam confinadas as almas dos seres
que decidiram fazer o mal em vida. Ela é o
oposto de sua irmã, Yggdrasil. Esta árvore
é negra e não possui folhas em seus galhos
compridos. Suas raízes também alcançam
fundo o chão, porém, boa parte destas
raízes crescem para fora do chão, tornando
o ambiente amedrontador, pois a árvore
pode mover-se e capturar invasores que ela
perceba, aprisionando-os dentro de si
mesma.
Ao lado da terrível Yggbertil, corre
um rio de águas negras, chamado de Rio
Estige, ou, como é muito comum, chamado
de Rio das Almas. Ele trás de Mundus as
almas que foram condenadas ao Mundo
Sombrio. As almas chegam pelo Rio de
Almas por um barquinho cada uma, com o
caminho iluminado por uma vela fraca.
Dentro do rio pode-se, às vezes, notar
serpentes esqueletos ou peixes-lanterna
também formados apenas de seus ossos.
13
 Capítulo 4
O Mundo Invertido e o Éter
Ao contrário do mundo real, o Plano
Mortal de Nîm é composto por uma terra
plana. É como um prato circular e
achatado. Isso significa que Nîm possui
um lado de cima e um lado de baixo. O
lado de baixo é chamado de Mundo
Invertido. Neste lugar vivem os maiores e
piores monstros existentes de Nîm. Este
lugar é obra dos Lordes do Caos. Eles
criaram este lugar como um oposto
maléfico de Nîm. Mas, felizmente, este
local só possui um único acesso: caindo
pelo Fim do Mundo. Como em Nîm a terra
é plana, ela possui um fim. No mar,
encontramos este fim. Este limite é o que
chamamos de Fim do Mundo. Ao cair
nesta borda, qualquer viajante encontrará a
borda do Mundo Invertido.
Demônios, vampiros, Drakes, entre
outros monstros, todos eles entraram em
Nîm através do Mundo Invertido – com
exceção dos dragões, mas isso será
discutido posteriormente. Muitos deles
entraram na Estrada Escura e lá ficaram.
É importante ressaltar que o Mundo
Invertido não é literalmente uma forma
inversa de Nîm. Ele possui sua própria
geografia, com cada tipo de monstros
contendo suas próprias regiões de
domínio, algumas até mesmo formando
governos. Cada uma dessas regiões é
característica a seus habitantes. É fácil
reconhecer qual tipo de população é
presente a partir das informações do bioma
e geografia locais. Mas a característica
predominante neste lugar é de sempre
possuir um céu escuro, transmitindo
escuridão total durante a noite, e uma leve
penumbra durante o dia.
O Éter é como um eco do Plano
Mortal. Quase como uma versão espelhada
do mundo, uma dimensão sobreposta a
Nîm, mas incorporando apenas o Plano
Mortal e o Mundo Invertido. Qualquer um
pode acessar o Éter através de magia, e este
é o único meio de acessá-lo.
Apesar de o Éter se conectar a mais
de um plano diferente, não é possível usá-
lo para acessar outros planos. Se, por
exemplo, uma criatura está no Plano
Mortal e decide entrar no Éter, ele só
poderá voltar para seu plano de origem,
neste caso, o Plano Mortal.
O Éter se assemelha muito com o
Plano Mortal – ou com os outros planos.
Como ele é basicamente um eco, sua
estrutura e geografia é muito parecida com
os outros. Por exemplo, um castelo
existente no Plano Mortal aparecerá em
ruínas no seu Éter. Ou uma cidade presente
em um dos Planos Secundários será vista
totalmente destruída em seu respectivo
Éter. Isso ocorre devido a um fenômeno de
instabilidade do Éter conhecido como
Tempestade Etérea. Essas tempestades são
quase sempre acompanhadas de um
tornado, que tende a mandar de volta a seu
plano de origem qualquer viajante que não
consiga resistir a esta viagem. Alguns que
não são mandados de volta por
14
conseguirem resistir à tempestade, mas
acabam sendo mandados para outros locais
no Éter. A tempestade, apesar de perigosa,
pode ser facilmente evitada, já que pode
ser vista e ouvida a uma distância segura,
onde os viajantes podem observá-la sem
ser afetados por ela.
A aparência do Éter é no mínimo
peculiar. Ele possui um céu sem estrelas,
Sol ou Lua, que é sempre azul claro. O
ambiente é envolto por uma neblina
bastante leve, que ainda permite seus
viajantes enxergarem algumas dezenas de
metros. E tem também uma neblina mais
espessa, que cobre cerca de dez
centímetros de altura do chão. Além disso,
tudo neste lugar é levemente azul, fazendo
o Éter ser conhecido por muitos como a
“Dimensão Azul”.
15
 Capítulo 5
A Estrada Escura e o Plano Estelar
Existem mais dois locais famosos
no folclore de Nîm.
O primeiro a ser mencionado, com
inclinação à Árvore da Morte, é a Estrada
Escura, o plano mais perigoso e hostil de
todos. Ela não possui forma, pois ela muda
constantemente, desde uma montanha até
uma caverna, ou ruinas de uma cidade
gigantesca, e até mesmo uma floresta
muito densa e perigosa. A Estrada Escura
dá acesso a quase todos os planos, com
exceção dos Planos Superiores, do Éter, do
Mundo Invertido e do Plano Estelar, mas
nunca é uma viagem fácil. A Estrada
Escura também muda de tamanho, de
forma a prolongar o tempo de viagem e
dificultar que o viajante chegue no seu
destino – para tanto, a Estrada Escura
fornece um percurso fácil e seguro para
aqueles que desistem de ir a outro Plano.
Apenas os mais fortes ou inteligentes
conseguem sobreviver ao percurso, pois a
Estrada é recheada de monstros de diversos
tipos, chamados de Criaturas da Es-
curidão, destinados a dificultar e impedir
os viajantes ou aventureiros de usarem tal
caminho. As suas entradas variam em
tamanhos e formas. Podem ser desde um
pequeno buraco no chão a um grande
portão abandonado. Uma porta de uma
simples cabana pode acabar se tornando
uma porta para a Estrada Escura sem
motivo aparente, devido a natureza
aleatória deste lugar.
Em alguns infortúnios, algumas
Criaturas do Caos já entraram na Estrada
Escura e se espalharam pelos planos de
Nîm. Algumas das Criaturas da Escuridão
foram criadas por Morfeu, outras foram
criadas pela própria Estrada Escura.
O segundo a ser mencionado, é um
dos mais lendários, e a Estrada Escura não
dá acesso a ele. Apenas aqueles que podem
voar são capazes de chegar ao Plano
Estelar, o lar das estrelas. É onde nascem
todas es estrelas, de todas as cores, mas é
também o lar de duas raças importantes,
chamados de Agentes da Ordem e Agentes
do Caos, conhecidos como Anjos e
Dragões, respectivamente. Igualmente ao
Mundo Sombrio, o Plano Estelar não está
conectado com nada, e é por isso que, a
cada reinado de cada nova Yggdrasil, as
constelações são sempre as mesmas.
As estrelas são muito diferentes
umas das outras. Algumas são quentes e
brilhantes, onde é impossível haver vida,
com cores diferentes. As cores
predominantes são amarelo, azul, branco e
vermelho. Outras estrelas, chamadas de
Pseudoestrelas, são chamadas assim por
não serem quentes, apesar de possuírem
brilho próprio. São locais onde podem
abrigar vida, e possuem muitos cristais
pela superfície, que são o que dão as cores
destas Pseudoestrelas.
As Pseudoestrelas se assemelham a
gigantescas plataformas, onde abrigam
ecossistemas específicos e diferentes em
cada uma. Estes majestosos lugares são as
casas dos anjos, que cuidam muito bem de
seus lares.
16
 Capítulo 6
Os Guardiões e seus Planos
Agora trataremos de seres animados, pois
os principais locais do folclore de Mundus
já foi apresentado.
Mas primeiramente, o que são os
Guardiões? Eles, inicialmente, foram
confundidos pelos mortais com deuses,
mas essa ideia foi descartada quando os
Guardiões lhes disseram que não existem
deuses e os revelaram que foram os Lordes
da Ordem que criaram Nîm. Os Guardiões
são personificações da natureza, sendo que
cada Guardião é a representação animada
de cada aspecto da natureza, ou seja, eles
são a própria natureza falando com os
mortais e interagindo diretamente com
eles. Os Guardiões não possuíam nomes
até que os mortais lhes deram nomes.
Todos os Guardiões são onipresentes, pois,
onde seus domínios estão, eles também
podem estar. São quase onipotentes.
Quase. Pois seu poder é muito grande, mas
são limitados aos seus domínios. Porém,
nenhum Guardião é onisciente, pois dentre
eles nenhum possui todo o conhecimento
existente, nem conseguem saber o que
acontecerá no futuro. Eles não possuem
formas, então assumiram formas das
diferentes raças existentes para que
possam estar entre os mortais mais
facilmente, cuidando e zelando por cada
um deles.
Agora serão apresentados os
Guardiões na ordem de seus nascimentos.
O primeiro de todos é Thanatos, o
Guardião da Morte. Ele cuida do Mundo
Sombrio. Ele é o único Guardião que não
está vinculado com Yggdrasil, e sim com
Yggbertil. Este Guardião ama a todos os
mortais, e se entristece com a morte de
cada um deles. Morte não gosta de seu
trabalho, mas o faz por saber que é seu
dever e que ninguém mais irá fazê-lo.
Ele possui duas formas, chamadas
de Visitante e Ceifador. Quando sente
saudades de ver os mortais, ele assume
uma forma semelhante à humana, vestido
de preto em luto aos mortais que já
morreram. Esta é forma chamada de
Visitante. A forma chamada de Ceifador é
caracterizada por ele vestir um manto
negro, ter a face de uma caveira, olhos de
fogo e carregar uma foice para levar almas
que fizeram horrores no mundo. Esta é a
forma em que Morte lança sua cólera aos
piores seres do Plano Mortal. Quando
alguém de bom coração morre, Thanatos
visita sua alma sob a forma do visitante
para guia-lo até o Palácio da Eternidade,
porém, quando alguém de coração
perverso morre, Thanatos aparece para ele
sob a forma do ceifador em um barco
negro, pronto para leva-lo para o Mundo
Sombrio.
Pouco se sabe sobre este Guardião,
e a maioria dos mortais o teme, por ser
muito severo e rígido, apesar de bondoso.
A Guardiã mais velha, está
diretamente ligada a Yggdrasil, pois se
trata de Leben, a Guardiã da Vida. Ela vive
na Árvore da Vida, e muito raramente é
vista no Plano Mortal, mais raramente que
Thanatos é visto. Ela tem a forma de um
17
anjo, a única raça que consegue encontrá-
la com facilidade. Mas o verdadeiro
motivo de ela se assemelhar a Anjos é
porque esta é a única raça que é imortal.
Muito menos se sabe sobre esta
Guardiã, sendo a única entre seus irmãos
que possui a mesma quantidade de poder
que Thanatos, para que sempre haja
equilíbrio entre vida e morte. Mas, caso
algum afortunado visite a Árvore da Vida,
ele poderá ter a chance de vê-la cuidando
da Grande Árvore.
Leben passa o tempo cuidando de
cada folha de Yggdrasil, e guia cada alma
jovem até seu barco no Rio da Eternidade.
Ela possui uma visão que a permite ver o
que está acontecendo com qualquer ser
vivo em qualquer plano, independente de
onde ela esteja observando. Leben vê tudo,
e sempre observa as ações de cada
indivíduo, pois é ela quem abre os portões
do Palácio da Eternidade, e se por algum
acaso alguém tente entrar no Grande
Palácio sem merecer, ela impedirá sua
passagem, pois por ela nada passa
despercebido.
Logo após Leben, nasceram os
gêmeos, Karui e Kage. Karui representa a
luz, o dia e a luz do sol. Foi ela quem
deslocou uma estrela para mais perto de
Mundus para ilumina-lo com maior
intensidade. Este foi seu presente para os
mortais, o qual ela chamou de sol. Ela
assumiu a forma de uma elfa da luz, e foi a
primeira entre os Guardiões a se tornar
mentora de uma raça. Karui ensina aos
mortais a sempre iluminarem seus passos
em suas vidas, para que tenham uma vida
bela.
Kage, seu irmão, nasceu para
representar a noite e a escuridão do mundo.
Ele formou a lua para ajudar os mortais a
enxergarem melhor durante a noite. Kage
representa as trevas que são necessárias no
mundo para a formação de bom caráter
entre os mortais. Ele assumiu a forma de
um elfo escuro, e passou a ser visto apenas
de noite, enquanto que sua irmã é vista
apenas durante o dia.
Os gêmeos representam o
equilíbrio entre luz e sombras, bem e mal.
Eles são essencialmente o bem e o mal
necessários no mundo para que ele esteja
sempre em equilíbrio. Seus vigias no
mundo são as fadas e os gatos. As fadas
sempre ficam perto de Karui, e as mantém
informada sobre os acontecimentos do
mundo. Mas quem mantém Kage
informado são os gatos, principalmente os
gatos pretos, que aprenderam a usar as
portas e brechas da Estrada Escura sem
serem notados nem mesmo pela própria
Estrada Escura.
Em seguida vieram os trigêmeos.
São eles: Aqua, Domhan e Luft,
representando os mais básicos elementos
da natureza. Foram eles quem ensinaram
os mortais a explorar o mundo em que
nasceram.
Aqua, a Guardiã da água, possui a
forma de uma elfa do mar em corpo
feminino. Ela protege os marinheiros das
tempestades marítimas, mas também os
afunda no mar quando necessário. Suas
seguidoras são as sereias, guerreiras do
mar. Suas representantes pelo oceano são
as nereidas, cada uma cuidando de um rio
ou lago.
Domhan é o Guardião da terra. Ele
é visto sempre pela forma de um anão
robusto. Ele visitou a Caverna dos
Tesouros e distribuiu gemas e minerais
preciosos pelo mundo inteiro, para que os
mortais os adquirissem e lapidassem,
criando belos tesouros, presenteando-se
uns aos outros. Ele levantou as montanhas
18
para que alguns mortais se refugiarem, e
criou cavernas para que se protegessem de
chuvas fortes e do escuro da noite. Seus
vigias no mundo são os Komodos, grandes
lagartos que vivem nas cavernas.
O terceiro deles é Luft, Guardião
do ar e de correntes de ar, que levam os
marinheiros pelas águas. Luft se assemelha
a humanos, pois foi o primeiro povo com
quem teve contato. Seus batedores e
sentinelas são os grifos, sempre vivendo
nas montanhas e vigiando tudo dos céus.
O próximo da ordem é Torden, o
Guardião das tempestades. Ele representa
o caos da natureza, e também as chuvas
que regam a terra dos mortais. Ele assume
a forma de um vagarth para representar sua
força. Seus vigias no mundo são as cabras
e carneiros das montanhas, auxiliando os
mortais na vida árdua das alturas.
A Guardiã do fogo é chamada de
Ignis. Ela é uma elfa ruiva, representante
não somente das chamas destrutivas, mas
também da entropia do mundo, como
também do fogo que arde no coração dos
mortais, que pode tanto representar o amor
ou o ódio. Ela também representa os climas
quentes. Seus vigias no mundo são os elfos
ruivos, raça que apenas ela, Thanatos e
Leben sabem da existência.
Irmão de Fogo, mas seu oposto, é
Kalt, o Guardião do gelo. Ele se apresenta
sob a forma de um elfo da neve, e seu
trabalho é trazer o frio ao seu devido lugar.
Ele criou as nevascas, e leva dias de neve
aos lugares apropriados. Apesar de
representar o frio, esse Guardião é
receptivo e caloroso. Suas sentinelas no
mundo são os ursos polares, grandes
aliados dos elfos da neve.
Uma Guardiã amada por todos, foi
a única a receber verdadeiramente um
nome. Nara é como a chamam, e ela é a
Guardiã da natureza, e se apresenta na
forma de uma elfa da floresta. Seu coração
está voltado para as florestas, campos, e
todos os lugares que apresentem animais e
plantas. Ela distribuiu frutos e ervas pelo
mundo, e ensinou aos mortais como usá-
los. Suas damas de companhia são as
Dríades, protetoras de florestas, e seus
principais soldados são os Entes e os
centauros. Seu pássaro vigia é o pardal.
A Guardiã mais temida por todos
atende por Dama do Medo, ou,
simplesmente, Dama, apesar de ninguém
saber o seu nome. Ela representa,
evidentemente, os medos de todos os
mortais. Porém, seu objetivo é fazer com
que os mortais superem seus medos, por
isso faz com que eles sempre sejam
desafiados, para que sua coragem sempre
cresça. Ela nasceu com forma semelhante
à dos humanos, pois foram eles quem
sentiram medo pela primeira vez. Ela vive
em uma ilha chamada de Ilha do Espanto.
Possui como sentinelas espalhados pelo
mundo pequenas aranhas, que vigiam os
mortais de lugares escondidos.
O penúltimo Guardião possui dois
nomes, pois ele é bipolar. Às vezes ele é
chamado de Sandman, o Guardião dos
sonhos. Ele organiza os sonhos de cada
mortal. Mas ele possui outra forma, e é a
forma que mais predomina nele. Nesta
forma ele é chamado de Morfeu, o
Guardião dos pesadelos. Ele “nasceu
defeituoso”. Quando se apresenta como
Morfeu, ele acorda os piores medos e
pesadelos dos mortais, e os transforma em
realidade. Foi ele quem criou os monstros
19
que infestam o Plano Mortal, chamados de
Criaturas do Caos. Ele sempre cria
problemas para o mundo, dando muito
trabalho para seus irmãos Guardiões, pois,
na visão dele, ele é um “deus” que deveria
ser adorado.
O Guardião mais novo, mas
também o mais poderoso de todos, é o
Guardião da guerra, chamado de Krieg.
Ele é o Guardião mais poderoso e influente
do mundo, estando sempre ativo e
perambulante pelo mundo. Sempre é visto
pelos mortais, e sempre os aconselha. Seu
domínio pode ser o da guerra, mas, ao
contrário do que se pensa, seu objetivo é
acabar com todos os conflitos do mundo,
pois, o que poucos sabem mesmo entre os
Guardiões, é que Krieg deveria ser o
Guardião do Conhecimento, mas por conta
da ganância dos mortais, o conhecimento
foi posto de lado e ele tornou-se o
Guardião da Guerra. Por isso ele busca
voltar a ser o que deveria ser desde o início,
e também é por este motivo que ele é o
Guardião mais poderoso (com exceções
obvias de Vita e Morte).
Existem duas Guardiãs cuja origem
é desconhecida ao mundo. Elas podem ter
surgido a qualquer momento da história de
Nîm. A primeira é Circe, a Guardiã da
magia. Ela tece a grande teia da magia em
todos os planos de Nîm, em todos os
lugares que forem acessíveis a ela. A
segunda, menos conhecida, e, quando
conhecida, a mais temida de todos, é
chamada apenas de A Corruptora. Ela é a
única Guardiã criada pelos Lordes do
Caos, com o único propósito de corromper
tudo o que puder. Ela é a responsável pela
queda de Sandman e nascimento de
Morfeu.
Aqui foram apresentados todos os
Guardiões, na ordem de nascimento deles.
Todos eles, com exceção de Morte,
nasceram ao lado de Yggdrasil, e possuem
uma própria folha em seus galhos. Os
Guardiões cuidam dos mortais e os
aconselham sempre, e os protegem dos
perigos do mal o máximo que podem.
Os Planos Secundários foram
criados pelos Guardiões. Não são todos os
Guardiões que possuem algum plano
secundário. Thanatos e Leben não
possuem um Plano Secundário, já que eles
vivem no Mundo Sombrio e no Vale da
Luz, respectivamente. A Dama do Medo
também não possui um Plano Secundário,
mas isso será discutido em um parágrafo
posterior neste capítulo. Vamos falar
destes planos agora.
Dois dos quatro Planos
Secundários considerados como os mais
importantes são pertencentes a Karui e
Kage. Argia, também conhecido como o
Plano da Luz, é o Reino Místico criado por
Karui. Este lugar é cheio de luz o tempo
todo, e não há sombras. Não existe
escuridão que pode entrar em Argia. É lá
que Karui cria a luz que ela espalha por
Nîm e os outros Reinos Místicos. O Sol de
Argia é grande, branco e mais brilhante
que o Sol de Mundus. Em contrapartida
temos Umbra, o Reino das Sombras, de
onde Kage governa a noite em Nîm. A Lua
de Umbra também é maior, mas esta é mais
escura e não ilumina este reino. Este lugar
é envolvo em sombras e criaturas da
escuridão, que vivem na ausência da luz.
Não é um lugar perigoso para quem
enxerga no escuro, nem para quem pode
acender uma vela para enxergar a sua
frente. Mas nem mesmo a luz mais pura
consegue penetrar na menor escuridão de
forma eficiente.
20
 Outro plano de grande importância
é Avalon, o chamado Reino das Fadas. Ali
as fadas são a raça dominante, que
passaram a governar o lugar desde a Era
das Trevas de Nîm. Porém, existem outros
seres como centauros, faunos ou entes que
vivem neste reino que é uma floresta
praticamente infinita. Avalon é o Plano
Secundário pertencente a Nara, que o criou
para abrigar criaturas da natureza. É deste
plano que ela vigia as florestas de Nîm e
observa como os mortais se relaciona com
elas.
O Castelo de Thra
Nem tudo de suma importância para
Nîm fica no mesmo plano que a Árvore
da Vida. Em Avalon, no centro de uma
grande floresta, fica o Castelo de Thra.
Ali vive a rainha das fadas, que recebeu
a nobre missão de cuidar do Coração de
Nîm, um grande cristal de um metro, que
contém toda a magia de Nîm. A magia
flui dele através de teias para todos os
planos de existência, sempre
expandindo e fortalecendo suas teias.
Toda magia começa no Coração de
Thra, e flui pelas teias até Nîm, onde
pode ser acessada pelos seres vivos.
Sandman também possui um Plano
Secundário. Este é chamado de Limbo, a
Terra dos Sonhos – alguns gostam de se
referir a ela como Terra do Nunca. Este
lugar não possui forma específica,
podendo variar muito de acordo com a
época com que se é visitado. Limbo pode
se apresentar como uma cadeia de
montanhas, como uma estrada de tijolos
amarelos, ou até mesmo como uma única
ilha cercada por um mar infinito. As
possibilidades são infinitas. Além disso,
este plano tende a apresentar para seus
visitantes os seus maiores sonhos. Bem
como os seus maiores pesadelos também.
Por isso que visitar o Limbo nunca é
recomendado. Nunca se sabe quando um
dos seus pesadelos pode te atacar em um
plano tão inconstante e sem forma
definida. Apesar disso, é deste lugar que
Sandman envia os sonhos para a mente de
uma pessoa que esteja sonhando. Mas
também é o lugar em que sua contraparte,
Morfeu, também estará enviando os
maiores pesadelos existentes.
Existem mais cinco Planos
Secundários. O primeiro a ser mencionado
é Aqualon, o Plano da Água, onde Aqua
domina. Este plano representa toda água e
vida subaquática existentes em Nîm.
O segundo é o mais famoso e
cobiçado de todos. Conhecido como a
Caverna dos Tesouros. Este lugar é regido
por Domhan, onde ele moldou esta caverna
imensa, quase infinita, com todos os tipos
de tesouros existentes. Muitos deles
acabam chegando ao Plano Mortal de
diversas formas. Muitos mortais se
aventuram pela Estrada Escura em busca
da Caverna dos Tesouros em busca de
riqueza, por diversos motivos, tanto para
mudarem de vida, por avareza ou até
mesmo porque foram obrigados a
encontrá-la.
O lar da entropia, chamado de Ilhas
de Fogo, é o plano pertencente a Ignis. Este
lugar contém um mar de fogo, com várias
ilhas espalhadas, todas possuem um vulcão
e nenhuma vegetação. É um lugar
desolado, onde existe apenas fogo e altas
temperaturas. Nenhum mortal seria
maluco para entrar neste local. Ou seria.
O quarto Plano Secundário são as
Montanhas Ecoantes. Este lugar possui
apenas montanhas, com um vento
incessante, que pode variar desde uma
brisa leve até um tornado. O importante é
lembrar que o ar nunca estará parado no
21
Reino de Luft. As montanhas são sempre todo momento. A neve que cai do céu varia
muito altas, então não há montanha que bastante de intensidade, mas nunca cessa.
não atinja as nuvens. Este é o plano de Kalt, chamado por muitos
de Reino do Inverno. Muitos Elfos da Neve
Se juntarmos Aqualon, a Caverna
abandonaram Nîm para viver neste lugar,
dos Tesouros, as Ilhas de Fogo e as
cercado de algumas colinas e muitas
Montanhas Ecoantes, teremos os quatro
florestas. Entre todos os Planos
planos que em conjunto são chamados
Secundários, a Floresta Invernal compete
pelos mortais de Planos Elementais. São
com Umbra e o Limbo pelo título de Plano
chamados assim porque são nestes Reinos
Secundário mais perigoso.
Místicos onde nascem os seres elementais,
que eventualmente podem acabar Krieg é o único Guardião que optou
acessando Nîm. por simplesmente não possuir um Plano
Secundário. Ele prefere vagar entre todos
O último plano é chamado de
os Planos, dando auxílio a todos os mortais
Floresta Invernal. É um lugar
de bom coração que ele encontrar no
extremamente frio, coberto sempre de
caminho.
neve grossa, com neve caindo do céu a

22
 Capítulo 7
As Relíquias Sagradas
Os Guardiões, cada um deles, criou um
tesouro diferente e deram aos mortais
como um presente. Segue agora uma
descrição de cada um desses tesouros. Ao
total são dez, e eles são chamados de As
Relíquias Sagradas.
Krieg foi o primeiro a criar uma
Relíquia. Ele forjou em Dumonia, no
início do mundo, uma espada a qual deu o
nome de Excalibur. A habilidade da
espada é de mudar de forma, para a forma
de outras armas. O usuário fica protegido
pela espada, e sua força e velocidade
aumentam ligeira e consideravelmente.
Krieg deixou a espada guardada por muito
tempo até saber o que fazer com ela.
Primeiramente a espada passou de
guerreiro para guerreiro, a julgo de Krieg,
mas por muito tempo ficou guardada com
ele, até que Guerra entregou Excalibur à
Merlim Dandrac, em 6E659. Então, em
6E664, Merlim presenteou Artur com a
espada mágica. Após a morte de Artur,
Excalibur se perdeu e foi encontrada anos
depois, em 7E400, por Axel.
Karui é a Guardiã que criou a
segunda Relíquia, a Lanterna de Prata.
Esta lanterna possui um cristal único, que
brilha em qualquer lugar, fornecendo luz
em abundancia em um raio de cem metros.
Sua luz nunca se apaga, afasta as trevas e
lança energia radiante, além de expulsar
espíritos sombrios. Ela entregou a
Lanterna de Prata aos elfos das
profundezas no ano 1E230.
Kalt forjou um cajado, o qual foi
chamado Inax, ou Cajado Branco. A
Relíquia concede controle sob cristais de
gelo e proteção contra o frio, bem como
controle total do clima frio e de
tempestades de gelo. Kalt deu Inax aos
elfos da neve em Dumonia, em 1E171.
Drashik é o nome da Relíquia
criada pela Dama do Medo. Trata-se de um
escudo com o desenho da face de um
dragão, enfeitiçado para amedrontar os
oponentes Ele também cria campos de
força que protegem seu portador de
qualquer ataque. No início ele pertenceu
aos anões, mas na Era das Trevas ele foi
perdido, e nunca mais foi visto. Porém, no
ano 4E150, Edward Ângelo, desbravando
a Estrada Escura, encontra a Caverna dos
Tesouros onde encontra Drashik, o qual
fica com ele daí em diante.
Aqua, apaixonada pelas pérolas e
pelos elfos do mar, criou o Colar dos
Oceanos, feita de pérolas raras e belas, e o
entregou aos elfos do mar no ano 1E200. O
colar concede o dom de o usuário poder
controlar grandes volumes de água de
acordo com sua vontade, bem como
decidir o curso dos mares e acalmar as
águas agitadas.
Foi na época da Era das Trevas que
Kage criou Drakor, a o Manto das
Sombras. Era uma capa feita de um tecido
negro e indestrutível que concedia ao
usuário o dom da invisibilidade enquanto
ele estivesse protegido por uma sombra.
Com este manto, seu portador também
poderia fundir-se e controlar algumas
sombras. Mas, assim como Drashik,
Drakor também foi perdido no fim da Era
23
das Trevas. Mas, em 5E7, Krieg encontra
a Relíquia e a entrega a Jason Dandrac.
Domhan criou as Manoplas da
Força em 1E210 e as deu aos anões de
Storin. O poder dessa Relíquia é de
multiplicar por cem a força do usuário,
fazendo-o possuir uma força colossal.
Neste mesmo ano, Torden criou um
martelo capaz de manipular e criar
poderosas tempestades, extremamente
avassaladoras, capazes de mudar um
continente de lugar. O Mjolnir foi entregue
de presente aos vagarths.
Luft criou a um par aparentemente
simples de botas, o qual foi chamado de
Botas de Pégasus, mas que faziam com
que o usuário pudesse correr mais rápido
que um furacão. Esta foi a última Relíquia
a ser criada, e foi entregue ao rei de
Sodarin no ano 1E115.
Ignis forjou um anel, o qual deu o
nome de Anel do Dragão. O poder do anel
era de conferir resistência ao usuário, e de
ser imune ao fogo, e de poder cuspir fogo,
em uma rajada extremamente destrutiva. O
anel foi entregue aos humanos de Soutland
no ano 1E190.
Nara, sempre o mais pacífica
possível, criou uma flauta, a qual ela
chamou de A Ocarina. Esta flauta tem o
poder de convocar a natureza para seu
auxílio, que pode se manifestar de
qualquer forma. É uma das Relíquias mais
poderosas, e por isso Nara não a
presenteou a ninguém, apenas a emprestou
a alguns heróis momentâneos.
24
Parte II
Raças

25
 Capítulo 8
Anões
Os anões nasceram em Storin, ao sul e
foram explorando o local, concentrando-se
na região chamada de Bermendir, que é o
nome do reino. O idioma falado pelos
anões é chamado de Stor, conhecido por
todos em Storin.
Eles nasceram no mesmo local da
primeira casa do Guardião Domhan. Este
Guardião é o protetor dos anões, o qual é
considerado o “pai anão”, pois
inicialmente foi considerado o líder,
protetor e guia do primeiro grupo de anões
em Storin, até que ele escolheu o membro
mais velho para se tornar o primeiro Rei
Anão. O Guardião Guia dos anões, devido
aos acontecimentos iniciais, é Domhan, o
qual é comumente chamado por eles de
Anão-pai, por ter sido o primeiro protetor
deles no mundo.
Os anões têm uma altura média de
um metro e meio. São robustos e fortes,
sendo exímios guerreiros. A média em que
anões vivem é de trezentos anos, sendo
considerados adultos a partir dos trinta
anos de idade. Sua pele varia entre o pálido
e o bronzeado, e seus cabelos são
comumente pretos ou ruivos. Anões
machos tem muito apreço por suas barbas,
indicando sua maioridade. Alguns
enfeitam suas barbas, outros as deixam de
forma mais simples. Os tamanhos são
variados, desde barbas mais curtas a barbas
compridas que tocam o chão, mas nenhum
anão que seja adulto fica sem ter uma
barba, mesmo que a corte para que não
cresça mais que o desejado. As anãs
fêmeas são artesãs muito respeitadas, pois
fabricam as mais belas joias conhecidas em
Bermendir, e, dizem pelo mundo que são
as melhores cozinheiras que existem.
Apesar de pequena estatura,
possuem grande lealdade para com o seu
povo, sempre zelando pela união. Anões
nunca quebram um juramento, a menos –
mesmo que muitíssimo raro – que uma
força avassaladoramente influente os
convença a isso. Eles defendem sua honra
com suas vidas, sendo muitas vezes
temidos por sua coragem e determinação.
Eles são muito justos, apesar de se
demorarem a perdoar, pois tem uma boa
memória, e não se esquecem facilmente de
erros graves cometidos contra eles. Muitas
vezes, uma falta cometida contra um anão
é considerada uma falta cometida a toda a
sua família, e todos os seus parentes irão se
unir contra aquele que fizer mal a um
parente, o mais distante que seja.
Suas habilidades como guerreiros
são excelentes, sendo muito fortes e
resilientes, tanto quanto os grandes
vagarths, seus vizinhos. São realmente
temidos por seus oponentes por sua
ferocidade e extrema fúria em batalha. O
que mais os traz renome são suas
habilidades com joias, metais e gemas. São
os melhores mineiros do mundo. São
ferreiros extraordinários. Eles possuem as
armas mais resistentes, apesar de não
serem as mais belas. Se deleitam de prazer
e contentação por minerar e explorar as
montanhas onde vivem, criando obras
belíssimas, famosas por todo o mundo.
Trabalham bem o ferro e o ouro, mas sua
preferência prevalece para as gemas, tais
como diamantes, rubis e safiras.
26
 Capítulo 9
Anjos
Os anjos nasceram no Plano Estelar. Eles
são chamados de Agentes da Ordem, sendo
os emissários e soldados dos misteriosos
Lordes da Ordem. Sua Guardiã Guia é
Leben, sendo a Guardiã que mais os visita.
Uma característica notável é que eles
sabem falar em todos os idiomas.
Em aparência eles se assemelham
com Leben – a única diferença é que Leben
brilha com luz celestial, e os anjos são
seres “menos” celestiais – sendo altos, com
uma altura média de dois metros. Seus
cabelos são de cores variadas, e a pele
também. Porém seus olhos variam apenas
entre o azul vermelho, dourado e prata, em
tons muito vivos. Suas asas possuem penas
lustrosas, de cores brancas ou levemente
cinzentas, raramente da cor preta. Suas
asas podem ser metalizadas para refletirem
projeteis, mas neste estado eles ficam
impossibilitados de voar, e suas penas,
quando retiradas do corpo, tornam-se
duras e afiadas como lâminas. A
característica mais marcante da raça dos
anjos é sua longevidade, sendo
considerados imortais. Nunca nenhum
anjo morreu por causas naturais, todos
podem viver até o Fim dos Tempos, a
menos que uma tragédia os acometa, e
sejam mortos violentamente. Nem mesmo
doença ou veneno podem mata-los, sendo
extremamente resistentes contra estímulos
externos.
Os anjos nascem nas
pseudoestrelas, onde, em grande parte,
fixam moradia. Boa parte deles parte para
o Vale da Luz, para viver no Palácio
Eterno, mas outra parte vai até o Plano
Mortal para viver com os mortais e ajuda-
los a se proteger das Criaturas do Caos. A
parcela de anjos que ficam no Plano
Estelar monta guarda contra os dragões.
Foi graças aos anjos que os dragões se
demoraram para chegar à Nîm.
Suas habilidades manuais e
intelectuais são dignas de admiração. São
excelentes construtores, artesãos e
atiradores. São incapazes de sentir medo,
por isso a maioria das Criaturas do Caos os
detesta. Como guerreiros são memoráveis,
sendo sempre admirados por onde passam.
Como artesãos são renomados por suas
obras feitas à mão, sempre com muita
paciência e dedicação.
Certa vez, bem no início do Tempo,
um grupo de anjos, não muito grande,
decidiu se mudar para Nîm, onde fizeram
sua primeira cidade em Valáquia. Lá
ficaram amigos dos homens e formaram
uma grande amizade, onde sua aliança
durou até mesmo em catástrofes como a
invasão de vampiros, e da ascensão de
Drácula.
27
 Capítulo 10
Dragões
Estes repteis alados nasceram do caos,
sendo os representantes de outras
entidades desconhecidas, os Lordes do
Caos. Os dragões são os Agentes do Caos.
Eles nasceram com os anjos no Plano
Estelar, e também falam todos os idiomas.
Eles nasceram para levar a destruição para
todos os lados. Um dragão é temido por
seu tamanho e temperamento violento. É
extremamente raro se deparar com um
dragão e sair vivo para contar a história.
Muitas vezes, quando um dragão é
descoberto, os líderes das regiões
próximas juntam-se em uma grande tropa
para elimina-lo.
São extremamente gananciosos, e
querem todo o ouro de Nîm para eles,
assim como outros metais e gemas
preciosas. São predadores horríveis,
podendo caçar silenciosamente apesar de
seu tamanho.
Normalmente o poder de um
dragão é medido por sua idade. Quanto
mais velho e antigo é um dragão, mais
poderoso ele é (em contrapartida com os
anjos, que também se comportam desta
maneira), logo, mais perigoso e
ganancioso ele se torna. Um dragão tem o
costume de coletar riquezas e acumula-las,
sem gastar nem mesmo uma moeda. Eles
juntam suas riquezas em cavernas grandes
em montanhas, ou até mesmo no topo de
uma montanha de difícil acesso, e se
deitam sob seu tesouro, sempre
acreditando que qualquer um que se
aproxime queira rouba-lo.
Os objetivos de um dragão, no
geral, são os mesmos; saquear a todos,
dominar a maior parte de território possível
e causar o máximo de destruição contra os
mortais. Para tanto, eles vivem sempre no
alto de montanhas, sempre em montanhas
muito altas, para que seja difícil que algum
mortal os alcance, e para que possam ver
tudo de cima com sua visão dracônica.
A geografia e aspecto de seus covis
são influenciados com sua presença. É
comum que terremotos se tornem
frequentes a pelo menos dez quilômetros
de distância de seu covil. Existem efeitos
variados, pois existem mais de um tipo de
dragão, que serão apresentados em breve.
Alguns dragões podem possuir
habilidades necromânticas. Eles conjuram
mortos direto do Mundo Sombrio para
montar guarda sob seu território. Os lagos
próximos se transformam em pântanos e
onde houver vida, ela é destruída. Florestas
próximas tornam-se assombradas graças à
morte da Dríade da respectiva floresta, e as
árvores acabam por se tornar Arfengs,
árvores semelhantes a mortos-vivos.
Arfeng
Estes seres são como uma espécie de
maldição da floresta. Alguns seres
malignos, como dragões negros ou
necromantes envenenam a floresta.
Mais especificamente, envenenam as
dríades da floresta. Ao morrer para uma
entidade maligna como esta, a árvore
que era a casa de uma dríade ganha
animação de um morto-vivo, destinado
a assombrar a floresta de origem até que
seja destruída.
O primeiro dragão a ser discutido é
o dragão branco. Eles costumam viver em
ambientes frios, com muita neve, ótimos
28
para potencializar sua camuflagem. Suas
escamas brancas lhes dão o disfarce
perfeito para caminharem despercebidos
pela neve. Estes dragões costumam viver
ao norte de Nortland, Agarin, Storin, mas,
com muito mais frequência, são o terror de
Dumonia. Eles montam seus covis em
grandes buracos que encontram, ou eles
mesmos cavam estes buracos. Geleiras,
montanhas e precipícios congelados
também servem como seu lar. Para eles,
quanto mais gelo e neve, melhor. Muitos
elfos da neve se arriscam a caçar estes
dragões e trazer segurança para o reino. Os
dragões brancos odeiam os elfos da neve,
porque eles não podem ser congelados pelo
seu hálito de gelo. Kalt, o Guardião do
inverno, lhes deu essa capacidade inata
para que possam combater os dragões
brancos com maior facilidade. Apesar
disso, os dragões brancos possuem muitas
criaturas congeladas em seus covis, que
eles usam como troféu e aviso.
Os dragões negros são facilmente
encontrados em pântanos pelo mundo.
Eles cospem ácido para derreter suas
presas e roubar seus tesouros. Seus covis
pantanosos fedem a metano, e são cheios
de poços de ácido e criaturas que servem
ao dragão, com o único propósito de
aniquilar invasores. Seus pântanos são
cobertos por névoa, dificultando a visão de
visitantes. O dragão negro é conhecido por
“brincar com a comida”. Eles gostam de
perseguir suas presas, enchendo-as de
medo e pânico. Ver criaturas
amedrontadas é a maior diversão para um
dragão negro. Os dragões negros podem
ser encontrados em qualquer lugar de Nîm
que possua um pântano, ou uma pequena
floresta que ele possa transformar em um
pântano. Ruínas também são locais de
agrado dos dragões negros.
Os dragões verdes são as pragas
das florestas de Nîm. Eles são poucos, mas
gostam de viver em grandes florestas para
transformarem em seus lares vis. Eles
competem território com os elfos da
floresta de Sodarin. Estes dragões gostam
de transformar até o mais nobre elfo em
seu escravo. Eles têm as escamas verdes,
de forma a lhes ajudar na camuflagem na
floresta.
Os dragões azuis são os mais
inteligentes entre todos os existentes. Eles
gostam de viver em desertos e ambientes
áridos. Eles gostam de estabelecer seus
domínios sobre seu território, atacando
qualquer criatura com potencial de desafiá-
lo. Quando caça, ele utiliza diversas
estratégias, a depender do tipo de presa que
é seu alvo. Além de serem territorialistas,
eles gostam de montar um governo
próprio, recrutando aqueles que juram
lealdade, e matando todos os que se opõe.
Qualquer criatura que queira exaltar seu
poder é bem-vinda, a qual ele recompensa
com algumas riquezas diversas. Eles
frequentemente são vistos no deserto
Laurelad, em Affra, os quais são rivais
eternos dos hajjas. Porém, eles rivalizam
com os dragões verdes pelos domínios das
savanas e com os dragões vermelhos pelos
domínios das montanhas. Eles gostam de
esculpir suas próprias cavernas abaixo da
terra, criando vários túneis e labirintos para
esconder seus maiores tesouros.
O último tipo de dragão é o mais
comum e o mais temível de todos. O
dragão vermelho pode ser encontrado em
qualquer lugar de Nîm, porém ele tem uma
maior preferência por montanhas. Eles são
conhecidos por terem sede de poder,
sempre querendo mostrar para todos a sua
força avassaladora. Eles são os principais
dragões dos Lordes do Caos, sendo quase
sempre nomeados generais de tropas de
dragões. Seu desejo é de destruir tudo e
todos, e o dragão vermelho não medirá
esforços para que isso aconteça,
29
sacrificando até mesmo seus servos mais
leais para que seus objetivos sejam
cumpridos. Eles escravizam qualquer ser
vivo que sirva a seus propósitos, e os
utiliza como vigias de seus territórios ou
mensageiros e espiões. Os dragões
vermelhos são aqueles que mais acumulam
riquezas entre seus parentes. Diferente dos
dragões azuis, os vermelhos nunca
dividem seu tesouro com algum lacaio.
Seus covis são montados em qualquer
lugar de Nîm, mas os locais altos os
atraem, pois lhes dão uma maior visão
panorâmica de seu território. Qualquer
montanha que seja morada de um dragão
vermelho se transforma em um vulcão.
30
 Capítulo 11
Elfos
Os elfos foram as primeiras criaturas vivas
a surgir no Plano Mortal. São os seres mais
cultos e sábios que já existiu. Elfos são
admirados por sua beleza desigual com a
das outras raças. Suas habilidades mentais
se equiparam com as dos anjos, e suas
habilidades acrobáticas são superiores a de
qualquer um. São artesãos renomados,
apenas os anões conseguem superá-los, e
são guerreiros temidos por todos. Elfos
podem viver por muito tempo, e, em
média, atingem os três mil anos de idade,
atingindo a maioridade aos setenta anos.
Eles têm uma altura média de um metro e
oitenta, igual aos humanos. Nenhum elfo
pode ser envenenado, e nenhum deles
precisa dormir, desde que se alimentem
corretamente. Portanto, são a raça mais
odiada por Morfeu, por ele nunca ter
causado um pesadelo em um elfo sequer.
No início havia apenas um tipo de
elfos, mas o grupo primordial se rompeu
em várias tribos diferentes, gerado os
diferentes tipos de elfos. Todos eles falam
o mesmo idioma, o elve.
Os elfos da luz foram o primeiro
grupo. A primeira coisa que prendeu seus
olhos foi o sol. Ao vê-lo, nunca mais
quiseram deixar de olhá-lo. Então, a
Guardiã Luz os reclamou como seus
protegidos, e os chamou da forma como se
é conhecida. Os elfos da luz possuem pele
clara, porém corada, e cabelos dourados
como o sol. Seus olhos são amarelos como
o ouro, e eles dominam a arte da
manipulação da luz.
O segundo grupo é considerado
gêmeo dos elfos da luz, porém o seu
oposto. Eles se apaixonaram pela lua e
pelas estrelas. Então Kage, o Guardião, os
protegeu, e chamou-lhes de elfos escuros.
Muitas vezes, porém, são também
chamados de elfos da noite ou elfos da lua.
São semelhantes a seus irmãos elfos da luz
em habilidades, mas possuem a diferença
de serem mestres nas artes furtivas e
excelentes rastreadores. Seus hábitos são
noturnos. Sua aparência é exótica. Sua pele
é de um tom claro de roxo, seus cabelos são
brancos, mas seus olhos são dourados
como os dos elfos da luz.
Estes dois são considerados os
elfos-gêmeos. Eles vivem unidos em
harmonia em Agarin, onde nasceram e
onde formam um reino conjunto.
O terceiro e quarto grupos,
formados no mesmo momento, são elfos
aliados em terra e mar.
Um deles, nascidos em Sodarin,
são chamados de elfos da floresta. Eles se
negaram a abandonar as árvores, e sempre
vivem entre elas, para cuidá-las e protege-
las. São um dos elfos que mais sofrem
ataques de orcs. Sua patrona é Nara, a
Guardiã da natureza. Possuem pele clara,
as vezes levemente bronzeada, olhos
verdes como esmeraldas e cabelos escuros.
As elfas tem o hábito de enfeitar seus
cabelos com flores que encontram na
floresta, sendo as mais belas elfas do
mundo, junto com as elfas da luz. Suas
habilidades furtivas são equiparáveis com
as dos elfos escuros, porém, são superiores
quando se trata de sobrevivência na
floresta.
31
 A tribo de elfos aliada aos elfos da
floresta são os elfos do mar. Eles nasceram
perto do oceano, nas Ilhas Esmeralda, e
decidiram nunca mais abandoná-lo. Então
Aqua, a Guardiã da água os reclamou
como seus protegidos. Assim eles
adquiriram a habilidade de respirar
embaixo d’agua. Os elfos do mar têm pele
azul clara, cabelos negros, que sempre
deixam compridos e enfeitam com tranças
ou tesouros do mar. Seus olhos são
prateados e brilhantes, e os ajudam a
enxergar em águas profundas.
Os dois últimos grupos são os mais
temidos e respeitados pelos outros povos
por sua força e inteligência superiores.
Os elfos da neve são elfos mais
fortes, poderosos e unidos, também os
mais bravos e corajosos. Os elfos da neve
são seguidores do Guardião Kalt, pois
nasceram em Dumonia e de cara se
apaixonaram pelo clima de lá. Então Kalt
lançou sua bênção sobre eles, que fez com
que os elfos da neve não pudessem sentir
frio. Eles têm o costume de se vestirem de
branco e prata para se camuflarem. Sua
pele e cabelos é branca como a neve, e os
olhos são prateados como a lua, capazes de
enxergar a noite durante uma nevasca.
Os elfos mais inteligentes que
existem são os elfos das profundezas. Eles
têm como protetor o Guardião Domhan,
apesar de ele também ser protetor já ser o
patrono dos anões a assumir a forma dos
pequenos. Eles nasceram no centro do
continente, mas no subterrâneo. São muito
mais inteligentes e avançados que as outras
raças, pois seu povo incentiva os jovens ao
estudo prematuro, sendo também
detentores de muitos conhecimentos
desconhecidos pelos outros elfos. Sua
aparência se assemelha com a dos seus
melhores amigos, os elfos da neve. Seus
olhos são também prateados, a pele pálida
por nunca terem conhecido a luz do sol
(exceto por alguns poucos aventureiros)
mas seus cabelos são pretos. Eles podem
enxergar na escuridão total como se fosse
a luz do dia, sendo sensíveis à luz do sol.
Quando decidem sair, eles preparam artes
descobertas por eles para que protejam
suas vistas.
32
 Capítulo 12
Humanos
Os homens são considerados, pelas outras
raças, a raça mais estranha que existe. Eles
não seguem uma tendência como todos os
outros, nem são unidos entre si. Muitos são
bons e caridosos, sendo capazes dos
maiores atos de compaixão. Mas outros
são cruéis e gananciosos, responsáveis
pelas maiores atrocidades.
Humanos são muito imprevisíveis,
sendo alvo de desconfiança de muitas
raças, inclusive elfos da floresta e anões.
Muitos humanos são inimigos de elfos,
como os humanos de Soutland, porém
outros são amigos dos elfos, como os
homens de Nortland. Existem também
humanos em Valáquia, que são amigos dos
anjos. Eles vivem até os 100 anos, mas
morrem em média com 90 anos, e são
considerados adultos aos 20.
Os humanos criam impérios,
acreditando serem os melhores seres do
Plano Mortal. Seus impérios são
duradouros e fortes, sendo famosos entre
as outras raças. Os humanos do Norte
formaram o reino de Nortland. Eles são
conhecidos também como vikings ou
nórdicos, sendo o povo humano com os
melhores guerreiros entre as tribos
humanas. Eles são caracterizados por
serem loiros, com barbas bem cuidadas e
tranças nos cabelos. Eles lutam com
machados e escudos redondos, sendo
ferozes em batalha. Seus olhos são sempre
claros, variando do azul para o verde. Seu
idioma é o celta.
Outra tribo grande são os homens
de Soutland, sendo comumente chamados
de sulistas pelos nórdicos. Estes homens
não possuem boa relação com seus
vizinhos elfos da floresta. Sua pele tem
cores variadas, assim como seus cabelos e
olhos. Eles são geralmente arrogantes e
orgulhosos, sendo conhecidos também por
serem egocêntricos. Possuem o sulin como
idioma.
Outros humanos vivem em
Valáquia junto com os anjos. Eles
formaram cidades separadas, mas todos
são muito unidos, sempre prontos para
enfrentar as Criaturas do Caos. Suas peles
são brancas na maioria, com cabelos
normalmente castanhos. Os Bretões, como
são assim chamados, são conhecidos como
os melhores magos entre os Homens, além
de possuir uma cavalaria muito famosa
pelo mundo. Todos os bretões falam
britânio.
Já em Affra, são encontradas
diversas tribos de homens de pele morena,
conhecidos por serem muito resistentes e
receptivos. Suas tribos são influentes e
poderosas, e eles dominam os desertos e
florestas de Affra. Cada tribo fala um
idioma diferente. As três tribos são: Os
Astecas, os Bongos e os Yraks. Todas as
tribos possuem cidades espalhadas por
Affra, mas todas as tribos possuem uma
capital, a cidade onde mora o líder de cada
local.
33
 Capítulo 13
Licantropos
Os Licantropos não nasceram na Aurora do
Tempo como todas as outras raças. Eles
foram gerados no final da Era das Trevas,
quando Morfeu governou o Plano Mortal e
os humanos de Valáquia quase foram
exterminados. Após a derrota de Morfeu,
os anjos, junto com os poderes dos
Guardiões, havia apenas algumas famílias
humanas vivendo em Valáquia, adoecidos
por culpa dos vampiros. Então, para que
não morressem, eles foram abençoados
com dons da proteção, para se tornarem
protetores e guardiões do povo.
Os Licantropos são criaturas com
ligações com a natureza, onde a usam para
caçar os vampiros que infestam Valáquia e
o mundo. Existem dois tipos de
Licantropos: os lobisomens e os homens-
urso.
Os lobisomens são os mais temidos
pelos vampiros por serem os mais
habilidosos na caça, e possuírem
velocidade e força comparáveis com à
deles. Os lobisomens possuem as
habilidades “ativadas” na forma humana e
na forma de lobo. Eles possuem uma forma
intermediária, mas somente podem chegar
nesta forma em noites de lua cheia. Em
noites diferentes eles podem simplesmente
se transformarem em lobos grandes e
ferozes, amedrontadores e caçadores de
vampiros. Sob a forma humana possuem as
habilidades de audição e olfato de um lobo,
e possuem maior força e velocidade que
um humano normal. Lobisomens sempre
caçam em bandos, e o líder da alcateia é
chamado de alfa.
Os homens-urso são idênticos aos
lobisomens, com a diferença de que eles
podem se transformar em ursos, não em
lobos, e por serem um pouco mais lentos,
porém mais fortes. Enquanto os
lobisomens gostam de agir em bando (com
exceção de alguns poucos solitários), os
homens-urso gostam de agir sozinhos,
confiando somente em sua própria força.
Os Licantropos fizeram uma
grande aliança com nórdicos e anjos para
defenderem o mundo da praga dos
vampiros, e se especializam cada vez mais
em sua caçada. Eles aos poucos se
espalharam pelo mundo, criando
sociedades secretas em diversos lugares
para a perseguição de seus inimigos
mortais.
Um Licantropo não pode ser
diferenciado de um humano comum por
nenhum meio, a menos que sua força seja
testada, ou se ele mesmo se revele como
um. Isso os dá uma vantagem na caçada
aos vampiros, pois nem mesmo eles
conseguem distingui-los dos homens.
Os lobisomens possuem uma
sociedade secreta com o objetivo de
rastrear, caçar e eliminar os vampiros e
outros monstros relacionados. Este grupo é
conhecido como A Guilda Negra, e
ninguém de fora sabe quais são seus
membros. Porém os homens-urso se
recusam a participar da Guilda Negra,
preferindo ser temidos andarilhos
assassinos de vampiros, no máximo
andando em duplas para terem alguma
companhia. É comum encontrar um
34
homem-urso que adotou algum animal
como mascote, como um cachorro ou uma
coruja, pois os animais se afeiçoam muito
mais facilmente a eles do que aos
lobisomens.
Seus idiomas são variados,
dependendo do local de onde nasceram.
Mas uma característica notável é sua
imunidade à hipnose de um vampiro.
35
 Capítulo 14
Orcs
Estes seres são os piores inimigos de
qualquer outra raça. Não por serem maus,
mas por serem territorialistas e ansiosos
por conquistarem novas terras. Eles foram
gerados pelos Lordes do Caos para
trazerem desordem a Nîm. Porém, eles não
agem como Agentes do Caos, podendo
escolher entre agir pelo bem ou pelo mal.
Os orcs vivem em Okrin, onde é falado o
idioma okan, falado por todos os orcs.
Os orcs possuem aparência
semelhante. Todos são fortes e robustos,
atingindo uma altura média de dois metros.
Orcs podem viver em média duzentos
anos, e já são preparados para a vida adulta
aos quinze anos de idade. Eles têm cabelos
espessos que arrumam com tranças e não
possuem barba. Seus olhos são negros e
profundos. Seus dentes caninos inferiores
são avantajados, dando uma aparência
selvagem a eles, apesar de não serem
julgados como grotescos ou feios (quando
se arrumam). Existem dois tipos de orcs. O
primeiro e mais pacífico são os orcs
verdes. A sua pele é verde, o que dá o seu
nome. Eles vivem em pântanos em Okrin,
e para Morfeu, eles representam um
fracasso em seus planos, segundo suas
próprias palavras, já que a maioria dos orcs
seguem este Guardião, com exceção dos
orcs verdes. Estes orcs gostam de viver
pacificamente em seus territórios, mas não
gostam de invasores, tratando-os como
criminosos na maioria das vezes, menos
quando os visitantes mostram inimizade
com os orcs cinzentos. Mas apesar da
hostilidade com os desconhecidos, os orcs
verdes agem com sabedoria antes de tomar
alguma decisão, sempre ouvindo a história
dos dois lados.
O outro grupo de orcs é o mais
numeroso e representa um grande
problema para elfos, homens e anões. São
os orcs cinzentos. Segundo Morfeu eles
são os soldados perfeitos. Os orcs
cinzentos gostam de saquear, roubar e
conquistar outros reinos, e é por isso que
Morfeu se ofereceu para ser o Guardião
patrono deles. Eles agem em bando e seu
objetivo é roubar as terras dos outros.
Por mais que todos sejam orcs, os
verdes e os cinzentos não se misturam. Os
verdes apenas querem viver em paz, mas
os cinzentos gostam de atormentar a todos,
e invadem até mesmo o território dos orcs
verdes.
36
 Capítulo 15
Vagarths
Estes seres são admirados por todos os
outros por sua força, habilidade e
disciplina. Sua aparência é a de um bode
montanhês humanoide (semelhante a um
Minotauro, porém sem o lado selvagem).
Eles têm dois metros e meio de altura. Seus
chifres assumem uma forma enrolada
como a de um bode, cabra das montanhas
ou carneiro selvagem. Sua face é um tanto
animalesca, porém é expressiva, podendo
demonstrar claramente sentimentos como
compaixão, amor, raiva, ansiedade ou
curiosidade. Seus olhos são profundos e
brilhantes. Seu corpo é coberto por pelos.
As cores variam em tons diferentes de
cinza e castanho. Eles são muito
resistentes, podendo chegar aos 500 anos
de idade, sendo considerados adultos aos
50.
Os vagarths nasceram em Storin,
ao norte, na região onde eles chamaram de
Harmandir. Seu Guardião protetor é
Torden, sendo o primeiro Guardião com
quem tiveram o primeiro contato. Os
vagarths são seres muito resistentes,
podendo viver nos ambientes ermos das
montanhas com facilidade.
Eles são conhecidos por sua força
descomunal, sendo capazes de levantar
objetos com o peso que dez anões juntos
levantariam. Apesar da força, são
extremamente cultos e sábios, e agem
sempre com o pensamento antes de agirem
com a força. São estudiosos, e sua paixão
é estudar a natureza, se identificando muito
com os elfos da floresta (poucos deles já se
conheceram). Eles se relacionam muito
bem com seus vizinhos anões, pois, assim
como eles, os vagarths também são leais
uns para com os outros, e adoram aprender
sobre minérios e gemas com os pequenos,
os quais compartilham o mesmo idioma,
stor.
A paixão deles são as montanhas.
Gostam de viver nelas, e suas cidades são
construídas no topo delas. São os mais
habilidosos na arte de sobreviver em
montanhas e lugares ermos, ensinando e
aprendendo muito com seus vizinhos e
amigos anões.
São excelentes na arte de criar
armas e armaduras. Gostam de se vestir
com armaduras que misturam metais com
couro de monstros répteis que capturam
em caçadas, e também com outros tecidos.
Suas armas mais comuns são machados e
martelos, sendo muito incomum ver um
vagarth portanto uma espada. Alguns
gostam de arco, mas o que preferem é a
besta, pois conseguem fazer bestas
enfeitadas de acordo com seus gostos de
forma mais visível que nos arcos.
Os vagarths são também
conhecidos por sua honestidade e
humildade. Um vagarth sempre será
caridoso, mas também será muito
cauteloso com desconhecidos. Diferentes
dos anões, são difíceis de serem irritados,
possuindo uma paciência quase sem
limites. Mas ninguém tem coragem de
estar frente a frente com um vagarth
enfurecido. Quando sua fúria dispara, eles
são imparáveis, e apenas um outro vagarth
pode segurar o enfurecido, por conta de seu
37
tamanho e força. Por isso são muito nem sequer um vagarth solitário, pois são
temidos pelos orcs, que não ousam atacar a raça que eles mais temem.

38
 Capítulo 16
Outras Raças
Este capítulo se trata de raças que não
necessitam de uma descrição como as
outras, mas são importantes e devem ser
citados. Serão apresentados de forma
arbitrária.
Uma raça conhecida, mas
raramente vista é a das Dríades. Elas são
os espíritos protetores das florestas. Cada
uma delas representa uma floresta ou
bosque, grande ou pequeno. Elas são
representantes de Nara, e guardam as
florestas por ela. Sua aparência é exótica.
Elas têm o cabelo de cores variadas, mas
muitas vezes tem cabelos vermelhos ou
verdes. Sua pele é verde clara como uma
folha, e em sua pele há desenhos de raízes
por todo o corpo. Seus cabelos são
enfeitados com flores, e se vestem com
roupas leves. Algumas vezes se
apresentam seminuas ou nuas,
representando a pureza da floresta, mas
apenas na presença de Nara.
Os melhores amigos das dríades
são os Entes. Eles são como árvores vivas,
que andam e falam, que agem como
soldados para protegerem as florestas do
mal. Eles atingem de cinco a nove metros
de altura, e falam com vozes grossas e
chamativas. Eles também são servos de
Nara no auxilio à proteção às florestas.
Os espíritos das águas são
chamados de Nereidas. Elas são mulheres
de pele e cabelos azuis, olhos verdes e que
se vestem com vestidos finos, algumas
vezes nem mesmo se vestindo. Cada uma
delas representa um rio ou lago, que
gostam de proteger e cuidar, criando os
peixes que servem de alimento para muitos
mortais. Elas são seguidoras de Aqua em
rios e lagos de água doce.
Os centauros são considerados um
projeto bom e ruim. Parte deles sofreu um
colapso e se transformaram em selvagens,
que vivem em Affra atormentando todos
os viajantes, atacando e saqueando a todos.
A outra parte se juntou e se tornaram um
grupo chamado de sábios, pois eles vivem
de estudos e artes eruditas onde visam a
propagação do conhecimento. Eles
combatem os centauros selvagens.
Os Gigantes são seres curiosos.
Inicialmente foram projetados por
Domhan para agirem como guardiões
contra as Criaturas do Caos. Mas por seu
grande tamanho e força, eles começaram a
acreditar que deveriam ser os reis do Plano
Mortal, simplesmente por sua inteligência
e grande força. Então Domhan os mandou
para Okrin, onde podem viver em uma
própria sociedade. Mas eles não se
esqueceram do desejo de se tornarem
soberanos das outras raças.
Os Goblins são curiosos. Existem
dois tipos de Goblins. Os Goblins do
Deserto e os Goblins das Sombras. Os
goblins do deserto sentem medo de todos,
39
e sempre fogem das outras raças. Não
possuem um intelecto muito avançado, e
por isso não desvendaram a arte do cultivo
de plantas, por este motivo eles agem como
saqueadores no deserto e caçadores de
alimento, sempre itinerantes, dificilmente
ficando em um lugar só. Já os goblins das
sombras vivem em cavernas profundas, e
formam grupos pequenos para viver,
montando pequenas vilas nas cavernas
mais profundas, ou agindo como pequenos
batedores para os elfos das profundezas.
Uma raça muito famosa é a das
Sereias. Elas usam seu canto para atrair
piratas e afoga-los. Sua beleza é
indescritível, e suas longas caudas
coloridas, hipnotizantes. Elas são
seguidoras de Aqua em águas marinhas.
Elas protegem os bons marinheiros de
perigos graves como monstros marinhos
gigantes ou uma frota poderosa de piratas.
Os vampiros são a pedra no sapato
do povo de Valáquia. Não se sabe sua
origem, mas sabe-se que são Criaturas do
Caos seguidoras de Morfeu. Eles atacam
de noite, e drenam a energia vital de suas
vítimas. Suas habilidades incluem hipnose
e charme, onde os usam para flertar com
donzelas virgens e drenar sua vida, que é
como se alimentam. O vampiro mais
famoso conhecido é Mathias, intitulado
Drácula II.
As Fadas são, assim como outros
animais, responsáveis por cuidarem da
floresta. São como zeladoras das florestas
e bosques, mas, diferente dos animais, elas
cogitam a hipótese de se aproximar de
desconhecidos para lhes ensinar a como
cuidar da floresta. Porém, depois da Era
das Trevas, as fadas ficaram com medo de
viver em Nîm, e a maioria se retirou para
Avalon. Outros seres que compactua com
o medo de visitar o Plano Mortal são os
faunos. Os faunos eram como pastores dos
animais, mas depois da Era das Trevas a
maldade no mundo cresceu
consideravelmente, o que fez com que os
faunos praticamente desistissem de viver
em Nîm. Ambos faunos e fadas são
extremamente raros em Nîm.
Os glifos são os soldados de Luft, o
Guardião mais bem informado entre todos.
Os glifos são grandes animais alados, uma
mistura de águia e leão. A parte posterior
do seu corpo corresponde a contraparte de
leão, com uma cauda com várias penas nas
pontas. A parte frontal corresponde a sua
contraparte de águia, com garras afiadas e
um bico poderoso. Os glifos vigiam o
mundo e espalham notícias entre si.
Quando algum herói ou aventureiro
precisa de ajuda ou informação, os glifos
são a escolha certa. Ao ajudar um herói do
Plano Mortal, os glifos ficam com um
sentimento de dever cumprido. Estes
animais fantásticos também são muito
temidos por outros seres, como os orcs e os
humanos sulistas, além de serem caçadores
de Criaturas do Caos por toda Nîm.
Em Nîm também temos os Lagartos. São
humanoides reptilianos, que vivem nos
pântanos de qualquer lugar do continente.
Também podem ser encontrados em
campos e savanas de Affra. Os lagartos são
um povo recluso, predominantemente
caçador, que vivem em pequenas vilas.
Raramente alguns deles são vistos por
algum lugar de Nîm, e, por esse motivo,
são frequentemente esquecidos pelos
outros povo
40
 Parte III
Reinos Mortais

41
 Capítulo 17
Affra
Este reino possui o único deserto do
mundo, composto de areias douradas,
chamado de Laurelad, que vai das
Montanhas Lyren no Oeste até o Rio
Mudron no leste de Affra. No meio do
grande deserto está localizado a Kardin, a
Montanha do Deserto, chamada também
de topo do mundo pelos centauros e hajjas
que moram pela região, que atinge cerca de
dez mil metros. No pé da montanha há uma
mina explorada e habitada pelos goblins.
Ao sul do deserto existem dunas bem altas,
que sempre mudam de forma, chamadas de
Dunas da Perdição. São chamadas assim
por fazer com que todos os exploradores se
percam em suas viagens. Na região norte
do grande deserto pode-se encontrar o
oásis Luredan, de difícil acesso por conta
das areias do deserto que causam muitas
miragens.
As fronteiras do norte são
demarcadas pelas Eredran, que representa
a divisa entre Affra e Agarin. Suas
fronteiras nordestes também são marcadas
pelas Eredran, que se estendem por toda a
fronteira, separando Affra de Storin, mas o
que mais caracteriza a fronteira é a savana
presente no Sul destas montanhas. Abaixo
das montanhas, no nordeste deste reino,
nasce o rio Bomin, que desce em
ziguezague até desaguar nos pântanos
alagados. Ao Norte, depois de atravessar o
rio Bomin, está o pequeno Bosque Larin,
lar de pequenos animais.
O norte de Affra é todo coberto por
uma planície cheia de grama e arvores.
Depois do deserto, a sudeste, existe uma
imensa floresta conhecida como Hildarion.
É uma floresta considerada penetra, já que
aparenta ser intermediária entre os biomas
tropical e savana. Nesta floresta de clima
equatorial é comum encontrar animais
como onças, gorilas e jaguares. A sudoeste
de Hildarion estão localizados os montes
claros, uma região de colinas onde vive
uma tribo de gnomos em tocas, bem
escondidos e camuflados do mundo
exterior.
A fenda Eitelia vai de Kardin até
Hildarion. Ela é muito grande e profunda
para que uma ponte possa ser construída.
Portanto, os viajantes sempre optam por
dar a volta pela floresta. Mas o que poucos
sabem é que no fundo desta fenda existem
passagens que levam ao Reino Escondido,
o maior reino de elfos das profundezas que
existe (veja o quadro abaixo).
O Reino Escondido
Este lugar existe a incontáveis anos.
Como muitos sabem, dois grupos de
elfos das profundezas nasceram em
Nîm: um em Dumonia e outro em Affra.
O grupo de Affra se espalhou pelo
continente, mas a maioria permaneceu
em sua caverna natal. Este grupo
começou a construir casas nela, e a
lapidá-la, para que ela ficasse maior e
mais magnífica. Com o tempo, a
caverna se tornou a maior de toda Nîm.
Então, quando decidiram transformar
seu grupo em uma monarquia, o Reino
Escondido foi formado, sob a lei
máxima que manter seu reino em
segredo para que possíveis inimigos não
o encontre. Por isso que a maioria dos
visitantes são mantidos no reino. Eles
42
 são livres para andar por todo o reino,
mas são proibidos de deixar a caverna,
com raras exceções. O Reino Escondido
é o ápice da ciência, literatura,
tecnologia, medicina, entre outros
ramos de estudo. Em termos de
conhecimento, o Reino Escondido é o
mais avançado que existe.
Uma das características mais
marcantes é a grande hospitalidade do
reino. Os elfos sabem que não são todas
as raças que podem enxergar no escuro,
e para isso seus exploradores trouxeram
uma espécie exótica de cogumelos
gigantes que emitem luz própria. Eles
foram plantados e são cultivados nas
áreas mais altas do reino, servindo como
“lâmpadas” naturais para manter todos o
mais confortáveis possível. Além disso,
sua cidade possui uma arquitetura única,
mesmo entre os elfos das profundezas.
Nenhuma outra cidade subterrânea se
compara com esta. Seu castelo é imenso,
mas as casas de todos os moradores
também o são, tornando a cidade
grandiosa e magnífica. As criaturas das
profundezas andam livres por entre suas
ruas, tais como as toupeiras roxas e os
pequenos besouros de fogo.
O reino de Salameshi sabe da
existência do Reino Escondido, e o
sultão que o descobriu criou um tratado
de silêncio sobre este reino. O povo de
Salameshi não sabe da existência do
Reino Escondido. Porém, em troca do
silêncio sobre sua existência, e mais
alguns recursos, o Reino Escondido
fornece mercadorias exóticas,
encontradas apenas no profundo
subterrâneo.
No começo da oitava Era, devido aos
acontecimentos da Sentença do
Apocalipse, a maior parte dos elfos
escuros foi viver no Reino Escondido,
sob a proteção de seu rei.
A fronteira sul de Affra é marcada
por um grande rio, conhecido como rio
Senemar, guardado por uma Nereida que
impede a passagem de qualquer um, para
proteger as terras de Sodarin. Mas se o
viajante mostrar que é amigo dos elfos, ou
for um elfo, ele terá a permissão de cruzar
a fronteira. A fronteira oeste de Affra é
demarcada pelas montanhas Lyren,
criando uma divisa natural com Okrin.
Affra é marcada por conter não só
o único deserto do continente, como
também a maior savana encontrada.
Sobre a fauna e flora
No deserto, pode-se encontrar
escorpiões comuns e escorpiões de cobre –
um tipo de escorpião gigante. Também
pode-se ver cobras, como cascavéis ou
najas gigantes, vermes gigantes e hienas.
Um monstro muito popular no deserto –
não mais que o escorpião de cobre – é a
hiena infernal. Os ratos-cangurus são
atração para visitantes e apreciadores da
natureza. Os hajjas usam como meio de
transporte os camelos e dromedários.
A savana possui uma
biodiversidade maior. Lá existem
mamíferos grandes, como búfalos,
cangurus, elefantes ou antílopes entre os
animais herbívoros, e leões, tigres,
leopardos e hienas como bons exemplos de
animais carnívoros. Répteis também
podem ser encontrados, como os
crocodilos nos rios da savana. O Rio
Senemar também conta com a ajuda de
crocodilos para a vigia de fronteira.
Nos campos ao norte de Affra os
animais mais comuns são javali, boi, tatu,
quero-quero, perdiz, cobras, entre outros.
Os monstros que assombram as
savanas e os campos são os animais
esqueletos, tais como javalis-esqueletos,
hienas-esqueletos ou leões-esqueletos.
Porém, nos pântanos de Affra existe
apenas um monstro: a Jormungand, uma
Criatura do Caos em forma de cobra
43
gigante, que não sente nada além de fome
insaciável. E quanto mais essa criatura se
alimentar, maior ela ficará.
Por toda Affra pode-se encontrar
centauros selvagens, que vivem tentando
invadir Agarin e Sodarin, os quais são
constantemente impedidos pelos centauros
sábios.
Centauros
Os centauros são os soldados guiados
por Nara para proteger a natureza.
Porém, alguns deles foram corrompidos
pelos Lordes do Caos e se tornaram
seres maus. Os centauros sábios
continuam cumprindo seu papel de
protetores da natureza, mas os selvagens
causam danos a qualquer um que eles
encontrem.
A vegetação dos desertos é
constituída de gramíneas e arbustos
pequenos, espalhados de maneira rala e
espaçada, ocupando lugares próximos de
acumulações de água. Cactos também
podem ser encontrados com relativa
abundância.
A Flor do Deserto
No deserto de Affra é possível encontrar
uma rara flor que se apresenta de várias
cores diferentes. Ela é chamada de Flor
do Sol. Ela tem propriedades mágicas, e
pode até mesmo rejuvenescer alguém
que use suas pétalas em um chá. Porém,
além de ser muito difícil de se encontrar,
a flor é protegida por dríades, devido a
suas poderosas propriedades mágicas.
As savanas podem apresentar as
mesmas gramíneas, mas também possuem
muitas árvores de pequeno porte, usadas
como abrigo do sol pelos animais.
Os campos de Affra possuem maior
predominância de grama, com poucos
arbustos ou árvores.
Sobre as tribos de Affra
As tribos que vivem em Affra são:
os Astecas, os Bongos, os Yraks e os
Hajjas. Todos eles possuem pele morena e
cabelo crespo ou enrolado. Todos eles se
comunicam pelo idioma Wudron, que é
um idioma em comum entre eles, mas não
é o idioma oficial de cada um. Os astecas,
bongos e yraks possuem o Fricc como
idioma em comum. Os hajjas falam Hajji.
Os astecas vivem na floresta de
Hildarion. Vivem em pirâmides ocultas, e
pequenas cidades, onde são protegidos
pelas dríades. Eles sobrevivem através do
cultivo de alimentos, e não caçam animais.
São protetores das florestas do sul de Affra
(Hildarion e Hurak). Os astecas são um
povo recluso que evita contato com outras
civilizações. Sua única cidade conhecida é
Hallamon. Eles são famosos por sua
precisão na previsão do clima, e por suas
leis rigorosas que mantém seus cidadãos
fora da marginalidade. Entre os astecas,
um bandido ou um assassino não é tratado
com piedade.
Tipos de Governo
Cada reino em Nîm assume uma forma
diferente de governo. Os governos de
Affra são Salameshi, a tribo dos bongos,
o império asteca e a tribo reclusa dos
yraks.
Salameshi mantém uma monarquia
regida pelo sultão, que determina as leis
principais do reino.
A tribo dos bongos e dos yraks
formaram uma mistura de meritocracia
com uma gerontocracia. Isso significa
que somente os anciões mais qua-
lificados serão nomeados governantes
em cada uma de suas cidades-estados.
Já império asteca estruturou uma
hierarquia que começa no imperador e
termina no povo agrícola.
Os bongos são uma tribo que vive
espalhada na planície norte de Affra,
cuidando destas terras e cultivando-a. São
um povo receptivo, que sempre aceita feliz
seus visitantes, desde que demonstrem
amizade. Eles vivem de caça, pesca e
44
cultivo. Eles comandam três cidades,
conhecidas como Sontremor, Escandin e
Mant. Cada cidade é comandada por um
líder bongo, que cuida constantemente de
cada cidade. Crimalia é uma cidade de
fronteira, localizada bem próximo as
montanhas Eredran, em que bongos e
centauros administram e fazer a guarda da
fronteira. Suas cidades são autônomas uma
em relação a outra, sendo consideradas
cidades-estados. Portanto, cada líder
bongo tem autonomia para lidar com as
questões de sua própria cidade e região.
Porém, quando algo envolve duas ou mais
cidades, os líderes bongos se reúnem para
debater e decidir qual será a melhor
decisão a ser tomada, visando o bem de
todos.
Os bongos são bastante conhecidos
por um festival anual, que é tradição entre
eles, chamando atenção de apreciadores
por todo o mundo. A festa é um feriado
entre os bongos, chamado de Festival dos
Quatro Ventos, feito sempre no início da
primavera. O objetivo do festival é festejar
e agradecer pelas bençãos da natureza, e
fomentar sua preservação e cuidado,
protegendo-a sempre de forças do caos. No
festival tem música, comida, danças
exclusivas desta data e apresentações em
teatro sobre a Criação de Nîm. Os bongos
são muito conhecidos por sua grande
comunhão e respeito pela natureza, sendo
os humanos mais próximos da Guardião
Nara. Suas cidades são as únicas onde é
possível ver uma dríade caminhando entre
os homens.
Nos pântanos alagados, ao leste de
Affra, vivem os yraks, uma tribo que vive
em cidades suspensas nas grandes árvores
do pântano. Eles são perigosos e protegem
muito bem suas terras. Muitos
exploradores não voltam de lá por se
tornarem prisioneiros por conta da
desconfiança deste povo para com os
outros povos do mundo. Todos os
invasores são levados ao chefe da tribo.
Pouco se sabe sobre eles, mas apa-
rentemente são mestres na sobrevivência,
furtividade e aproveitamento dos bens da
natureza.
A desconfiança dos yraks
Os yraks são famosos por desconfiarem
muito de estrangeiros. Mas o real mo-
tivo dessa desconfiança é desconhecido.
Existem muitas especulações.
Uma das principais ideias é de que
isso veio da Era das Trevas. Durante
esse período, humanos, elfos e anões
que se curvaram à tirania tentaram
dominar os pântanos alagados, ata-
cando-os. Isso fez com que os yraks se
fechassem para o mundo de forma
permanente, já que sua confiança em
seus vizinhos foi duramente partida.
O último reino humano em Affra é
também o mais rico e influente da região.
Salameshi é o reino dos hajjas, mer-
cadores do deserto de Laurelad. Eles são os
donos do deserto, e vivem combatendo a
praga dos goblins do deserto, que os
roubam constantemente. Eles são famosos
por seus tapetes e lâmpadas mágicos. Os
camelos e dromedários vivem em
Salameshi, e são usados pelos hajjas como
meios de transporte pelo deserto. Possuem
como líder um sultão, que decide as leis e
toma as decisões mais importantes do
reino.
Salameshi é um reino muito rico,
que faz fortuna todos os dias de diversas
maneiras. Seus guerreiros são famosos por
vestirem armaduras dos escorpiões de
cobre, monstros exclusivos do deserto.
Essas armaduras exóticas são
comercializadas por um preço elevado
com vários reinos, inclusive orcs.
Escorpiões de Cobre
Estas feras gigantes são as mais famosas
Criaturas do Caos que vivem no deserto.
Eles entraram em Nîm pela Estrada
45
 Escura, e se estabeleceram no deserto.
Em alguns momentos eles podem ser
vistos nas savanas, mas esse fenômeno
é raro. Estes monstros se alimentam de
qualquer carne que for menor que eles,
exceto outros escorpiões – de qualquer
tipo. Eles crescem até atingir o tamanho
de um grande mamute, se tornando cada
vez mais famintos nesse processo. Seu
nome tem a ver com sua aparência – sua
carapaça tem cor de cobre, e possui uma
grossa camada de cobre, o que o torna
imune a ataques elétricos, já que esta
camada absorve qualquer eletricidade
incidente. Felizmente seu veneno não é
tão eficaz, sendo incapaz de matar uma
criatura do tamanho de um ser humano.
Porém, seu veneno pode causar efeitos
como paralisia total ou parcial.
Existem outras cidades em Affra,
que não pertencem a humanos. Os
centauros vigiam as estradas que levam
para o sul. De Crimalia, a estrada vai para
o sul e passa pela floresta Larin. Ao sul de
Larin há Musilux, a primeira cidade de
centauros. Alguns bongos e hajjas são
encontrados por lá. De Musilux, a estrada
vai até Flometan, na entrada da floresta
Hildarion. A estrada corta a floresta e sai
pela savana, até encontrar Meinliny, o
ponto final da estrada.
Eventos importantes em Affra (em ordem
cronológica)
- Festival dos Quatro Ventos (1E100):
Foi Neste ano que os bongos criaram o
festival para celebrar as dádivas da
natureza.
-Descoberta do Reino Escondido (3E51):
Foi neste ano que o jovem príncipe
Hammaj, filho do sultão de Salameshi, que
era conhecido por ser muito travesso e
explorador em sua juventude, encontra o
Reino Escondido. Ele estava em uma
viajem exploratória, quando decidiu se
levantar durante a noite e perseguir um
pequeno pássaro que havia entrado em sua
tenda. Com isso, ele caiu na fenda, onde foi
encontrado por elfos das profundezas e foi
levado ao rei. O rei élfico se afeiçoou ao
jovem príncipe, e o permitiu retornar para
sua casa, sob obediência ao tratado escrito
e proposto pelo próprio príncipe Hammaj.
-A Porta da Riqueza (3E231): O sultão de
Salameshi encontra uma entrada da
Estrada Escura que levava diretamente
para a Caverna dos Tesouros. Esta entrada
permaneceu aberta por apenas uns poucos
meses, mas foi o suficiente para aumentar
consideravelmente as riquezas do reino.
- Grandes Defesas (4E101): Neste ano os
gigantes atacam as cidades dos bongos
para dominá-las. Os bongos contam com
a ajuda dos centauros para defender suas
terras. A partir deste dia os bongos
reforçam suas defesas a oeste.
- Crise dos Dragões (5E98): Dragões
atacam toda a região de Affra. Os bongos
e os centauros defendem suas terras com
exímia coragem, e os hajjas protegem
Salameshi dos dragões, apesar de eles
conseguirem se estabelecer em alguns
lugares do deserto.
46
 Capítulo 18
Agarin
Agarin é onde vivem os elfos da luz e os
elfos escuros. Eles dividem o reino de
forma igual e justa. Durante o dia, a guarda
é feita pelos elfos da luz, e durante a noite,
pelos elfos escuros. Os patronos Guardiões
são Karui e Kage.
Existem dois reis em Agarin, um é
representante dos elfos escuros e o outro é
o representante dos elfos da luz. Na
formação de Agarin, eles foram nomeados
reis de poder igual, e sempre que uma
decisão deve ser tomada, eles consultam
Brasão de Agarin
A hierarquia de Agarin está organizada da
seguinte forma:
O rei e a rainha de Agarin
governam e tomam as decisões que irão
repercutir por toda a nação. Eles também
são chamados de patriarca e matriarca
entre os elfos. Se um deles se casam, seu
cônjuge recebe o título de grão-duque. Eles
um ao outro para tomar a melhor decisão
para o povo. O brasão de Agarin ilustra
isso, a divisão igual de poder entre os dois
tipos de elfos que vivem no reino.
Entre os elfos da luz, estes têm a
tradição de manter um patriarcado, onde
apenas os elfos de gênero masculino
assumem o trono real. Já os elfos escuros,
estes preferiram optar pelo matriarcado,
onde o gênero feminino que assume o
trono real, sempre. Portanto, Agarin
sempre terá um rei e uma rainha.
decidem as leis que devem ser aplicadas
em todo o território Agarino. Eles vivem
na capital, Moriac.
Os duques e marqueses são
aqueles que dirigem as cidades e as regiões
em volta dela. Normalmente eles possuem
o mesmo nível de poder e influência, para
que trabalhem juntos da maneira que
3
melhor beneficiar a província. Enquanto o
duque se encarrega das cidades, os
marqueses se ocupam de proteger as
fronteiras e vistoriar as terras da província.
Logo após temos os príncipes de
Agarin, que são os filhos dos reis. Eles
detêm grande poder e influência no reino,
mas não podem administrar cidades no
lugar dos duques.
Os responsáveis pela fiscalização
das atividades eram os condes, que
contavam com os viscondes para auxiliá-
los. Os generais possuem o mesmo grau na
hierarquia que os condes. Alguns
guerreiros que se mostram valorosos em
combate ganham o título especial
conhecido como campeão.
Abaixo dos generais estão os
capitães, responsáveis por treinar e
fiscalizar as atividades dos cavaleiros e
soldados. Os cavaleiros são uma ordem
especial de soldados de elite, que são
especializados em combates montados e
caçadas perigosas.
Agarin está em constante combate
com Affra por conta dos ataques de
centauros selvagens. Seus soldados são
treinados para protegerem suas fronteiras
sul e norte, já que muitas vezes orcs
aportam pelo Norte, nas praias de Agarin
com o objetivo de tomar novas terras.
Sua economia é baseada na
mineração e extração de metais e gemas,
tais como ferro, bronze, prata, cobre, entre
outros. As principais gemas encontradas
pelos Agarinos são o diamante e a safira,
ambos encontrados em diversas cores nas
minas dos Alpes Agarinos. Eles trocam
seus minerais por remessas de ouro com os
nórdicos, e também por alimento,
provenientes dos elfos das profundezas.
Eles possuem algumas plantações
encontradas perto de Bolfard. Os centros
de suas cidades têm grandes mercados, que
fazem a riqueza de cada cidade.
Sobre a fauna e flora
Agarin é um reino de clima
predominantemente temperado, mas com
seu litoral norte dominado por vegetação
de taiga. Como característica do norte do
Continente – nas regiões de taiga –, é
muito comum encontrar uma espécie de
árvore conhecida como solitária.
A Solitária e o Falcão Prateado
Esta árvore é chamada assim por sempre
ser encontrada sozinha, com nenhuma
outra arvore ou arbusto a um raio de
cinquenta metros de distância dela.
Apesar disso, os elfos se referem a ela
como aldaer. Estas árvores podem
atingir até trinta metros de altura, com
galhos que crescem a partir de três
metros do chão, e se espalham em um
raio de dez metros em torno de seu
tronco. A solitária produz flores
diferentes para cada estação, cada uma
diferenciada por uma cor. Branca para
inverno, amarela para verão, vermelho
para outono e rosa para primavera. Seu
fruto é o guma, uma fruta do muito
parecido com uma maçã, com três
diferenças; o sabor diferente, a cor
amarela, e a propriedade de ser um
ingrediente para antídotos e remédios.
Devido a sua altura, ela também serve
como abrigo para o falcão prateado,
ave exclusiva de Agarin. Ele recebeu
este nome devido às suas penas, que
parecem ser feitas de prata pura. Esta
ave é muito forte e perigosa. O falcão
prateado usa toda a sua força e fúria para
proteger o seu lar, atacando com
eficiência as possíveis ameaças. Os
eruditos dizem que se um falcão
prateado se aproxima de alguém de
forma amistosa, essa pessoa se tornará
abençoada, e somente pessoas de bom
coração vivenciarão isso.
4

Os animais que vivem no norte do
continente e que, portanto, vivem em
Agarin e Nortland são acostumados com
este tipo de clima. Existem, no norte de
Agarin, perto do litoral, ursos solitários,
lobos brancos, esquilos, corujas, lebres,
alces e vacas peludas como animais mais
comuns. Por todo o resto de Agarin pode-
se encontrar gatos selvagens, lobos,
raposas, linces, aves de grande porte, como
gaviões a águias, ursos, esquilos
(praticamente a mesma coisa que no
Norte). Apesar de serem encontrados em
Nortland, ovelhas e javalis não são
encontrados em Agarin.
As águias são as segundas maiores
aves encontradas em Agarin. Porém
pequenas aves podem ser encontradas pelo
reino. Pica paus ao oeste, ou canários ao
leste, mas também muitas outras espécies
de aves diferentes.
Ao Norte, as plantas de Agarin são
compostas praticamente de pinheiros e
abetos (como na floresta Azon, a noroeste
do reino), bem como fungos e liquens que
cobrem as pedras. No resto de Agarin, as
plantas podem apresentar três grandes
grupos de árvores: as decíduas, que
perdem suas durante o inverno, as
coníferas (assim como as da taiga, ao
norte), e as árvores de folhas largas, que
mantém sua folhagem durante o inverno.
As árvores mais comuns são os bordos,
carvalhos, castanheiros, pinheiros e
oliveiras.
Os Lobos das Sombras
As Criaturas do Caos que mais
incomodam Agarin são os lobos das
sombras. Estes lobos, na idade adulta,
atingem o tamanho de homens, e andam
em matilhas de quatro a quinze lobos.
Eles aparecem predominantemente
durante a noite, e sempre atacam grupos
menores que a matilha. São criaturas
ferozes e astutas, e nunca atacam sem ter
um plano de ataque bem elaborado.
Além disso, estes lobos podem falar as
línguas dos mortais, coisa que poucas
Criaturas do Caos podem fazer. Além
disso, estes lobos podem usar as
sombras a seu favor, se escondendo com
mais facilidade no escuro. Elfos
experientes em caçar estes lobos relatam
que para amedrontar, os lobos se
escondem nas sombras, uivam de várias
direções e mantém seus olhos brilhantes
na noite densa.
A geografia do local não é
complicada. A oeste (praticamente no
centro-oeste) pode-se encontrar Cedrafar,
a maior floresta de Agarin, um local muito
perigoso por conter aranhas gigantes e
Arfengs ao sul. Porém muitos animais
podem ser vistos ao norte, como raposas e
alces, pois é a região mais segura da
floresta.
A nordeste se localizam os alpes
agarinos, uma cadeia de montanhas que
desce de norte a sul, se desviando para o
leste e parando no mar. Ela protege Dublin,
uma das primeiras cidades de Agarin, de
possíveis invasões. Atrás dos alpes há o
bosque Dastaur, ao sul de Dublin.
Perto de Dublin nasce o rio Bratva,
que corre para oeste. Antes de chegar nas
montanhas ele se ramifica. Uma de suas
duas ramificações vai para sul por alguns
quilômetros e então muda sua direção para
leste, até chegar ao mar. Na foz deste rio
foi construído um porto chamado de porto
albatroz, porque um albatroz foi era o
animal favorito de seu fundador,
encontrados na península de Dublin,
exclusivamente. Sua outra ramificação
continua seu curso para oeste até as
montanhas, onde entra por uma caverna e
sai do outro lado, atravessando os alpes
agarinos por baixo. Após esta travessia, o
rio toma um desvio para sudoeste, onde se
ramifica mais uma vez. Para a direção sul
5
ele termina no lago Bratva. Para oeste ele
muda seu curso para noroeste até encontrar
o norte de Cedrafar, onde se ramifica pela
última vez. Sua menor ramificação segue
ao norte, onde deságua mais uma vez no
mar, próximo ao porto da raposa. Ele
também continua pela floresta e dá a volta
nela, como uma espécie de fronteira. Esta
é a região mais calma do rio. Quando ele
encontra a parte sul de Cedrafar, ele toma
rumo para o sul até encontrar outra
caverna. Esta caverna é estreita demais
para qualquer explorador, e o fim do rio
Bratva nunca foi encontrado.
O rio Lokse nasce em Nortland,
mas atravessa as Eredran por baixo e entra
em Agarin, rumando em direção leste. Ela
também se ramifica. Uma de suas
ramificações desce na direção sudeste e
desagua no lago Lokse. Já sua outra
ramificação sobe na direção nordeste até
desaguar no rio Bolfin, que nasce nas
Eredran (cadeia de montanhas que faz
fronteira com os países do sul) e segue para
o norte até encontrar o mar. O rio Bolfin
age como divisa entre Agarin e Storin, o
reino dos anões e dos vagarths.
A oeste do reino fica uma floresta
conhecida como Aldarin, conhecida por
conter muitas raposas, além de outros
animais. A nordeste de Akra fica Aragon,
a última das grandes florestas de Agarin.
Existe um pequeno bosque perto
das Eredran, a leste, chamado de Pequeno
Bosque. Ele é assombrado por arfengs,
aranhas e alguns lobos negros, e animais
não são encontrados por lá. Agarin
possuem muitas outras florestas e rios, mas
os principais são os já citados aqui. Perto
dos alpes, a oeste deles, há um pântano
amaldiçoado que não é desbravado por
ninguém. As lendas dizem que o pântano
nasceu do sangue de algum monstro
antigo.
A oeste, a cidade de Oscarat atua
como cidade de fronteira entre Agarin e
Nortland. A sudoeste, Astarad é uma das
duas cidades que cuidam das fronteiras ao
sul de Agarin, se preocupando em
monitorar as invasões e possíveis ataques
vindos de Okrin, um dos dois países que
fazem fronteira com Agarin ao sul. Akra é
a outra cidade de fronteira, que monitora
os viajantes vindos de Affra. A última
cidade de fronteira é Bolfard, que conta
com a embaixada de Storin, com a
presença dos embaixadores de Harmandir
e Bermendir (veja os capítulos XVII e
XIX). Após os Alpes Agarinos, Curufind
é a cidade que administra o pequeno Porto
Albatroz. Dublin age mais como um
marco histórico e centro de estudantes, já
que foi a primeira cidade construída pelos
elfos da luz e elfos escuros, símbolo do
início de sua união. Antes de ser construído
o Porto da Raposa, a cidade de Nortrad já
havia sido construída, e foram os lideres
desta cidade que decidiram construir o
porto que até hoje eles administram. Por
fim, Moriac, a capital do reino, fica no
centro de Agarin. Foi construída ali para
que facilitasse ao máximo a viajem de
elfos até a capital de seu reino.
Eventos importantes em Agarin
(em ordem cronológica)
- Guerra entre Agarin e Nortland
(1E235 a 1E240). Foi causada por um
desentendimento entre os reis de ambos os
reinos. Como os registros dessa época são
muito antigos, poucos são os elfos que se
lembram o que causou a guerra, mas até
hoje é celebrado a união entre os dois
reinos que se tornaram aliados após a
reconciliação.
- Primeira grande invasão de centauros
(4E165). Por ter sido repentina, os
6
centauros selvagens conseguiram
atravessar as montanhas e dominar
algumas vilas e também a cidade de Akra,
que, após a expulsão dos centauros,
tornou-se a base principal dos vigias do
sul. Tendo em vista que seus aliados
econômicos sofreram alguns danos com os
ataques, Nortland reforçou as alianças com
Agarin, comprometendo-se em ajuda-la
em futuros ataques, se estiver ao alcance
dos nórdicos.
-Crise dos Dragões (5E98). Este evento
foi ainda mais repentino que a invasão dos
centauros, pois nenhum elfo esperava um
ataque vindo do céu. Mas a união entre as
duas raças de elfos foi o que salvou o reino
da devastação. Os dragões eram muitos,
mas os elfos eram em números muito
superiores, e foi sua união e números que
garantiu a vitória dos elfos da luz e elfos
escuros.
- Segunda grande invasão de centauros
(5E106). Depois de um acordo com alguns
grupos de goblins das sombras, os
centauros selvagens conseguiram um meio
de atravessar as montanhas por baixo, e
invadir Agarin. Mas eles foram novamente
expulsos, pois seus planos foram
frustrados pelos elfos das profundezas, que
vivem em todo o mundo, e avisaram os reis
de Agarin sobre o perigo iminente.
- Ataque do Necromante (6E1 a 6E9).
Estes foram os oito anos mais sombrios de
Agarin (depois da Era das Trevas é claro).
Um necromante, humano, que foi aprendiz
de bruxas, encontrou um anel de grande
poder, que foi chamado de O Anel Negro.
Então, Baltazar, o Necromante, criou um
exército de mortos e dominou Agarin,
cidade por cidade. Artur, o melhor general
entre os elfos da luz, foi tornado
prisioneiro. Porém, foi o Rei Giliam, dos
elfos da luz, que liderou a resistência
contra Baltazar, mesmo após o reino ter
sido tomado. Seu braço direito era Jason
Dandrac, um elfo escuro que foi adotado
por nórdicos. Jason venceu Baltazar
usando Drakor, o Manto das Sombras (ver
capítulo V). Baltazar não foi morto, mas
banido para dentro do Anel Negro.
- Retorno do Necromante (6E491 a
6E541). Baltazar retorna com ajuda de
Morfeu, e, além do Anel Negro, ele recebe
o Anel das Sombras. A dominação de
Agarin foi violenta novamente, e os elfos
remanescentes tiveram que se abrigar com
os elfos das profundezas e com seus
aliados nórdicos. Desta vez, os reis foram
mortos e sua linhagem quase destruída.
Apenas Maxel, filho de Giliam, sobreviveu
ao ataque, por pura sorte, pois estava
caminhando na floresta, e, dos elfos
escuros, apenas Marien e Alderin
sobreviveram, pois guiaram o povo para
evacuar Moriac. Jason Dandrac foi preso
por Baltazar. Não havia uma resistência
desta vez, e o reino foi completamente
dominado e escravizado. Foi então que
Nortland preparou uma intervenção,
liderada por Cold Chase, campeão imortal
de Nortland. Ele liderou uma jornada
escondida com um pequeno grupo até
Dublin, local onde residia O Rei Pálido,
como era chamado. E lá ele não só
encontrou o Necromante, mas com
Morfeu, o Guardião. E foi ali que Morfeu
proferiu a Sentença do Apocalipse, dita a
ele pelos Lordes do Caos. O desenrolar
desta história e seu final estará na
campanha pronta As Sombras de Agarin.
Árvore Genealógica conhecida dos reis
de Agarin
Aqui estão apresentados as arvores
genealógicas dos reis supremos de Agarin:
Elfos da luz
O primeiro rei famoso foi Golfard
(1E241 a 5E290), casado com Melena
7
(1E141 a 6E298). O primeiro casal de reis
morreu de causas naturais. Eles tiveram
dois filhos, Giliam (2E741 a 6E491), o
primogênito e Gondor (2E841 a 6E1).
Giliam morreu em 6E491, no segundo
ataque de Baltazar, enquanto que Gondor,
seu irmão, morreu em 6E1, protegendo
seus familiares do primeiro ataque de
Baltazar.
Giliam foi o primeiro elfo da luz a
se casar com uma elfa escura. Ele se casou
com Marina, filha de Ganessa. Teve com
ela três filhos: Menel, que nasceu elfo
escuro, nascido em 2E897, mas morreu
enfrentando o Dracolich de Baltazar em
6E491. Miriel foi a segunda filha, nascida
em 2E897. Era gêmea de Menel, mas ela
morreu para uma das criaturas de Baltazar
em 6E3, protegendo alguns de seu povo na
resistência. O mais novo é Maxel, nascido
como elfo da luz, único que sobreviveu,
nascido em 4E441, e foi coroado novo rei
em 6E542, após a derrota de Baltazar. O
rei Maxel viveu até o ano 8E841, quando
faleceu após seu 3002° aniversário.
Elfos escuros
A primeira matriarca registrada dos
elfos escuros é Ganessa. Ela se casou com
Aldaron, e teve quatro filhos, Marina,
Aldaren, Alderin e Marien. Marina se
casou com Giliam, o que a tornou uma grã-
duquesa, então foi Marien quem se tornou
a nova matriarca. Marien teve uma única
filha com Ebel, a qual ela batizou de Liath,
quem se tornou matriarca junto de Maxel.
8
 Capítulo 19
Bermendir
Bermendir é o reino dos anões, dominando
o centro e sul de Storin. De Minas Tromso
até o extremo sul, tudo pertence aos anões.
Eles foram os primeiros a formarem uma
confederação. Suas cidades governam a si
mesmas, mas eles se mantêm unidos
através da Liga de Aço, uma organização
que promove a união entre todas as cidades
dos anões. Os líderes da Liga de Aço
costumam viver na capital de Bermendir,
mas isso pode variar dependendo da era.
Começando com Minas Tromso: é
formada por três montanhas pequenas,
onde os anões descobriram um enorme
depósito de gemas, que eles escavam e
exploram. Próximo a estas minas nasce o
rio Mudron, que escorre para sudoeste até
chegar às montanhas Eredran. A oeste das
minas há a floresta Dastak, grande e pouco
explorada. Há quem diga que nesta floresta
vivem bruxas. Perto do fim do rio Mudron
fica a cidade de Gebras, a cidade que
monitora a fronteira dos anões com Affra.
Alguns minérios extraídos nas minas
Tromso são levados pelo rio até esta
cidade, que serve como centro de comércio
com os países do sul.
Nîmcaran
É em Dastak – em outras florestas
também, mas em Dastak principalmente
– que cresce a nîmcaran, uma pequena
planta composta de folhas vermelhas.
Esta pequena planta, medindo modestos
trinta centímetros de altura, é muito
utilizada pelos alquimistas dos anões,
possuindo propriedades variadas. Suas
aplicações são diversas, que podem ser
desde corantes a remédios. Os anões
costumam cultivar a nîmcaran em suas
cidades, deixando que esta pequena
planta de rápida reprodução cresça livre
nas florestas.
A leste de Bermendir fica o Grande
Anel, uma cadeia de montanhas que se
assemelha a uma ferradura deitada, onde
seu único acesso fácil é por uma estrada a
oeste. na entrada desta cadeia de
montanhas fica o bosque de bétulas, uma
floresta pequena onde os anões costumam
treinar sobrevivência na floresta. Próximo
a este bosque fica Vanberg, a cidade da
vanguarda. Esta cidade é a primeira coisa
que se encontra seguindo a estrada
construída pelos anões. Vanberg cuida da
criação de rinocerontes de ferro.
Rinocerontes de Ferro
Eles são uma raça de rinocerontes que
tem uma camada protetora em sua pele
com aspecto de metal, tão dura quanto
aço. Eles nascem apenas em Storin, e
são usados pelos anões como montarias.
Eles crescem e vivem no vale Rino, no
centro do Grande Anel, e também nos
campos ao sul de Storin.
Estas criaturas são dóceis com outros
animais e com seus criadores, mas são
extremamente violentos com desco-
nhecidos, atacando sem misericórdia ao
menor sinal de ameaça. Rinocerontes de
Ferro vivem em pequenos bandos, com
dez membros em média. Eles se
alimentam de plantas baixas e rasteiras.
A leste do vale Rino encontra-se
Storuman, a capital dos anões, que foi
construída no pé das montanhas, e se
estende por muitos quilômetros de
extensão para dentro, para cima e para
baixo na montanha. É ali que os grandes
reis anões vivem.
9
 Abaixo destas montanhas, ao sul,
corre o rio branco, o rio mais claro
existente em Storin. Suas águas são tão
cristalinas que é possível ver as nereidas
que vivem dentro do rio. Descendo o rio
Branco, encontramos a floresta dos trolls,
onde inúmeros trolls podem ser vistos
durante a noite. Os trolls vivem sozinhos,
e os que são pacíficos cuidam da floresta,
fazendo-a crescer e regando as plantas
existentes por lá. Mas os trolls mais
violentos apenas aguardam algum viajante
desavisado para usá-lo como refeição.
Trolls
Existem dois tipos de trolls. Os
considerados bons e os considerados
maus. Eles existem em quantidades
iguais. Os trolls bons costumam cultivar
cogumelos durante a noite pelas
florestas para seu alimento. Eles evitam
contato com qualquer ser vivo, devido a
sua timidez. Mas os trolls maus gostam
de carne, e costumam fazer armadilhas
para capturar qualquer ser vivo que eles
possam comer. Sua única semelhança é
que ambos se transformam em pedra de
forma permanente se entrarem em
contato com a luz solar.
Estes trolls malignos são Criaturas do
Caos, cópias dos trolls originais, que
assombram o território dos anões,
sempre lhes causando problemas.
O rio Branco deságua ao sul das
montanhas Hadhelm. O fim do rio dá em
Alborg, a única cidade portuária de Storin.
Os anões não se dão bem com o mar.
Nas montanhas Hadhelm foi onde
o povo anão nasceu. E foi também lá onde
veio a ser construída Hastarad, a primeira
cidade dos anões. Ela foi construída na
montanha, e é muito antiga. Lá se encontra
a segunda maior mina dos anões –
perdendo apenas para as minas Tromso.
Esta cidade foi construída com auxílio de
Domhan, o Guardião da terra.
Quanto a vegetação, Bermendir é
composta por plantas de clima temperado,
tais como pinheiros, bétulas, carvalhos,
entre outros. Os animais mais comuns são
raposas, wargs, coelhos, carneiros, alces,
cervos, corvos, tordos, ursos e corujas.
Cabras são encontradas apenas nas
montanhas do norte de Storin. (a geografia
do norte de Storin será descrita no capítulo
XIX, referente ao reino de Harmandir,
pertencente aos vagarths).
Storin também é atacada tanto por
monstros tanto por outras raças. Alguns
trolls ousam se aventurar mais ao norte
para tentar devorar anões. Bruxas são
aparições muito comuns também. Quando
orcs aparecem e montam suas casas em
cavernas escondidas, eles usam wargs
como meio de montaria, para combater o
meio dos anões – os rinocerontes de ferro.
Não são apenas os orcs que causam
problemas aos anões: eles não se dão bem
com quase todos os elfos, e acabam sendo
amigos somente dos elfos das profundezas
e dos elfos da neve, o que não cria relações
muito amigáveis. Acaba que os melhores e
sempre aliados deles são os vagarths.
Os anões possuem como brasão a
representação da cabeça de um rinoceronte
de ferro, sua montaria. Domhan entregou a
eles uma Relíquia Sagrada, a Manopla da
Força, que é sempre mantida com o
Campeão dos anões. Também possuem o
Anel Vermelho, encontrada por Torondar
na Caverna dos Tesouros.
A economia de Bermendir é
baseada na extração de seus minérios e
rochas, que eles também usam para
negociar com outros povos, como
Nortland ou Dumonia, mas principalmente
com os elfos do mar, que possuem muito
interesse pelos trabalhos dos anões. Eles
também plantam, mas sua atividade
agrícola é muito baixa, porém possuem
criações de vacas peludas e carneiros, os
10
quais criam tanto para obterem matérias
primas, como leite e lã, como para obter
alimento.
Cada cidade possui um rei, que
comanda a cidade e toma as decisões mais
importantes. Os reis são os membros
líderes da Liga de Aço.
Os lordes são responsáveis por
diversas funções, tais como vigias de
fronteira, fiscalização de impostos,
administração de riquezas, entre outros
mais. Logo após temos os príncipes anões.
Em alguns casos, o rei pode conceder
algum título de lorde para um príncipe. Os
lordes sempre tomam decisões em
conjunto.
Antes de Torondar, o Poderoso, existiram
dois outros reis de que se tem registro:
Agronir, nascido em 4E230 e falecido em
5E76. Teve um único filho, Bofur, que,
infelizmente, não se casou e nem teve um
herdeiro, deixando o trono sem um rei. Ele
nasceu em 4E431 e faleceu na Crise dos
Dragões, no ano 5E98. Após isso foi
Torondar Firebeard que foi nomeado pelo
povo como rei, que continuou a linhagem
real de Bermendir. Abaixo a linhagem de
Torondar:
Erundur era um cavaleiro no
exército anão, e teve como filhos Orondir
e Arondir. Orondir seguiu a carreira do pai,
enquanto que Arondir decidiu ser artesão
de gemas. Ele foi um dos artesões mais
habilidosos de toda Bermendir, e isso
muito orgulhou Erundur. Arondir teve dois
filhos, Torondar Firebeard e Ulfrick
Firebeard. Ulfrick tinha sangue de
viajante, e logo quando teve idade o
suficiente saiu de Bermendir e foi se
aventurar pelas terras do Continente.
Torondar ainda não tinha descoberto sua
A hierarquia em cada cidade dos
anões é composta da seguinte forma:
Em terceiro lugar encontramos os
generais, que comandam as tropas do rei.
Logo após temos os capitães, que auxiliam
os generais na organização das tropas anãs.
Uma ordem especial foi criada,
comandada por generais especiais
também. Esta é a Ordem dos Cavaleiros
de Rinocerontes, os quais são soldados
treinados para montar rinocerontes de
ferro. O símbolo dessa ordem é a cabeça de
um rinoceronte de perfil.
Por último temos os soldados, que
atuam protegendo a maior parte de
Bermendir.
vocação, portanto fazia um pouco de tudo.
Ele vagava muito pelas cavernas das minas
Tromso, onde encontrou uma passagem
por acidente para a Caverna dos Tesouros.
Foi onde ele encontrou o Anel Vermelho,
que usou para defender Bermendir dos
dragões. Ele teve um filho, chamado
Astrador. Apesar de Torondar ter morrido
em 6E30, Astrador, que já tinha idade para
ser rei pediu mais um tempo para se
preparar, pois ele tinha medo da
responsabilidade. Enquanto Astrador se
preparava, Ulfrick, que já tinha retornado,
foi o regente em seu lugar. Astrador
assumiu o trono com 60 anos anões, e lutou
contra a praga das bruxas no reino. O
próximo a assumir foi Tragondar, o
Pacífico, pois em todos os anos dos anões
jamais se encontrou um anão tão calmo e
pacifista como Tragondar. Seu filho foi
Torundur, aquele quem venceu a Guerra da
Riqueza.
Eventos mais marcantes para os anões:
11
-Crise dos Dragões (5E98): este crise que
atingiu todo o mundo foi mais cruel com
Storin, devido a sua enorme riqueza em
gemas, que atraiu os Dragões. Eles
mataram o rei Bofur, mas foi Torondar
quem liderou a defesa contra os Agentes
do Caos. Com seu Anel Vermelho, que o
dava a força de mil anões, ele podia matar
dragões com suas próprias mãos. Ele
defendeu Bermendir do ataque, e foi
coroado rei pelo povo.
-Guerra Civil (5E178 a 5E198): o rei
Bofur tinha um primo, chamado Valinus,
que alegava merecer o trono por direito.
Ele então conseguiu o apoio de Vanberg e
Gebras, e arquitetou um golpe, tomando o
trono em Storuman. Foi então que a guerra
civil começou, pois o povo em Alborg e
Hastarad ficou descontente com o
ocorrido, pois Torondar merecia o trono
por ter salvo Bermendir dos dragões. E a
guerra pelo trono termina com a vitória de
Torondar e sumiço de Valinus.
-A Batalha do Portão (6E508): Este
evento foi marcado por ter sido uma
batalha para trancar uma das entradas da
Caverna dos Tesouros. Acontece que entre
a entrada e a Caverna, havia a Estrada
Escura (veja capítulo III), por onde
Criaturas do Caos haviam escapado e
montado guarda em nome de Morfeu. A
batalha foi em prol do fechamento da
passagem, que foi um sucesso, e ficou
conhecida como a Batalha do Portão.
-Guerra da Riqueza (6E517 a 6E526):
Soutland, o país dos sulistas no Grande
Continente, estava enriquecendo e queriam
cada vez mais. Eles desejaram os tesouros
dos anões, e tentaram roubá-los. Os anões
mandaram uma carta para o rei de
Soutland, dizendo que os o rei humano
deveria ir pessoalmente pedir desculpas
pelo ocorrido, e que, se isso fosse feito, os
anões perdoariam a tentativa de roubo. Os
sulistas armaram uma emboscada e
tomaram Alborg por inteiro, e então o rei
Torundur declarou guerra com Soutland.
Bermendir saiu vitorioso.
-A Era das Bruxas (5E294 a 6E16): Em
5396 as bruxas se multiplicaram
rapidamente no reino, e começam a
comandar todos os tipos de trolls. Elas
conseguem tomar Hastarad, destroem
Alborg e se espalham na floresta dos trolls.
O sul de Bermendir foi tomado. Mas o rei
Torondar organizou as defesas do reino.
Astrador foi encarregado pelo rei de
reconquistar as terras perdidas para as
bruxas, e, em 5415, sua tarefa havia sido
cumprida
12
 Capítulo 20
Dumonia
Este é o reino dos elfos da neve, falantes
de elve, protegidos do Guardião Kalt.
Dumonia, além de ser o nome do reino, é
também o nome da ilha onde ele está
localizado. Os elfos da neve vivem por lá
desde o início dos tempos. É um local frio,
no ponto mais ao norte do mundo, onde no
verão não neva, mas a temperatura
continua baixa. No outono e primavera, a
camada de neve é fina, mas o inverno de
Dumonia é cruel, e não poupa esforços
para soterrar qualquer coisa em suas
nevascas devastadoras. Por conta disto,
todo o litoral norte de Dumonia é quase
coberto de gelo, estendendo-se por alguns
quilômetros ao norte.
Dumonia possui algumas florestas.
A floresta do centro-norte é chamada de
Beartor, onde são encontrados muitos
ursos polares. Apenas os elfos da neve
conseguem adentrar na floresta sem que
sejam expulsos de imediato pelos ursos. A
leste desta floresta está a praia dos ursos,
local onde os ursos polares quebram o gelo
acima do mar para pescar animais
marinhos que usam em sua dieta.
Ursos Polares
Estes poderosos animais vivem
exclusivamente em Dumonia. Eles
receberam a bênção de Nara, e com isso,
foram capazes de falar. Os ursos polares
possuem seu próprio governo entre eles,
e seus domínios consistem das praias do
norte de Dumonia. Eles são aliados fiéis
dos elfos da neve, e em alguns casos até
deixam ser usados como montarias, em
troca de armaduras para atuarem com
maior segurança nos combates.
Seguindo mais a leste, depois da
praia dos ursos, fica uma floresta menor,
conhecida como Liore. Esta floresta não
costuma ser habitada por ursos, e sim por
outros animais menores. Perto dela corre o
Rio Liore para leste, onde podem ser
encontrados muitos diques de castores
brancos, animal típico e único de
Dumonia.
Ao sul de Liore há o bosque
Dunum, pouco explorado, mas também
inquieto. Ele guarda segredos misteriosos
e assombrações. Ou são apenas fadas e
dríades tentando pregar peças em quem
passe por lá.
Espíritos de Gelo
Estas Criaturas do Caos são como
pequenas nuvens fantasmagóricas, que
atacam suas vítimas com tentativas de
congelá-las. Com um sucesso, os
espíritos de gelo começam a drenar a
energia vital de suas vítimas, até que
elas morram. Os espíritos de gelo podem
ser encontrados por toda Dumonia, e
atacam qualquer ser vivo que possa lhe
fornecer energia, desde uma pequena
lebre, até um grande mamute
enfurecido.
No centro sul de Dumonia está
Sindaris, a primeira floresta a ser
explorada pelos elfos da neve. Alguns
elfos ainda vivem por lá em cabanas, e
recomendam para que visitantes vão
embora, devido aos grandes lobos brancos
encontrados por lá, que são o tipo mais
feroz de lobo existente no mundo – vale
ressaltar que os lobos brancos não são
Criaturas do Caos.
13
 Lobos Brancos de Dumonia
Estes animais são outra das
peculiaridades deste reino. Os lobos
brancos são grandes, maiores que lobos
comuns. Eles costumam viver em
matilhas pequenas, com uma média de
cinco lobos. Os lobos brancos são
amistosos aos ursos polares, que os
ensinaram a reconhecer a atacar as
Criaturas do Caos.
A oeste há a floresta Corini, que é
a única passagem para a Montanha
Oculta. Corini é uma floresta que, com
exceção dos ursos polares, possui todos os
outros animais existentes em Dumonia.
No centro de Dumonia (mais
precisamente no centro-leste) são
encontradas as Montanhas de Prata, onde
o Guardião Krieg montou sua forja, que
usou para criar a Relíquia Sagrada
Excalibur. Nestas montanhas também
ficam os Portões Cinzentos, onde há uma
estrada direta para um dos reinos dos elfos
das profundezas. Destas montanhas nasce
o rio Brav, que corre para sudeste até um
ponto próximo das Montanhas Dunum
(que ficam a oeste do bosque Dunum, e
descem para o sul até um dos litorais),
onde se ramifica. A ramificação que segue
para leste é chamada de Brav do Leste.
Outra ramificação escorre para o sul ao
lado das montanhas Dunum, até que se
desvia para sudoeste até encontrar o mar.
Este é chamado de Brav do Sul.
A oeste de Sindaris, há uma
montanha pequena (as vezes chamado de
Pequeno Monte, mas não é um nome
oficial), por onde nasce o Rio Lu, que
segue na direção sudoeste até o mar.
No oeste de Dumonia, cortando a
ilha de norte a sul, está localizada uma
cordilheira de montanhas muito perigosas,
conhecidas como Montanhas das
Sombras, onde muitos linces das neves são
encontrados. São chamadas assim por
sempre terem nuvens em seus cumes,
diminuindo a luminosidade do local, e por
ser açoitada por chuvas de granizo com
uma frequência considerável
(praticamente uma ou duas vezes na
semana). A leste delas está o Vale Uivante,
um local onde sempre há vento, e ele
produz um silvo que dá a impressão de que
sempre há alguém assoviando por perto.
Do lado oeste das Montanhas das Sombras,
nasce um rio a partir de uma cachoeira,
chamado de Rio Bagon. Ele corre para
oeste até chegar ao mar, passando perto de
Corini.
Perto de Beartor, praticamente em
seus limites, nasce o rio Isaf, que escorre
para oeste, atravessa as Montanhas das
Sombras por baixo, através de uma
caverna larga, e segue rumo até o mar.
Esta é a breve descrição geográfica
da pequena e perigosa Dumonia. Agora
uma breve menção às suas cidades:
Dun Caric, sua capital, fica perto
da margem do Brav do Sul. É uma cidade
grande e fortificada, protegida pela floresta
Sindaris pelo Oeste e pelas montanhas
Dunum ao leste. Possui um porto
fortificado no leito do rio Brav do Sul,
prontos para receber visitantes, que podem
ser tanto hostis ou amigáveis. Dun Caric é
o local onde vive o rei de Dumonia, mas
ele também visita as outras cidades com
frequência para sempre manter o reino em
equilíbrio.
Gwent é a cidade que administra o
porto mais ao norte, o Porto de Gwent.
Gwent cuida dos únicos barcos de pesca
permitidos nos mares de Dumonia, que são
muito rigorosos quanto a isso. Eles
comercializam seus peixes exóticos com
outras nações, como Nortland ou
Bermendir.
Aproximadamente entre a floresta
Liore e o bosque Dunum encontra-se a
14
cidade Lindinis, uma cidade mais simples
do reino, usada como parada de descanso
de muitos viajantes e andarilhos que vem e
vão de Gwent.
Próximo à praia dos ursos fica
Demétia, uma cidade que abriga muitos
ursos polares (os mais inteligentes
aprenderam a falar com os druidas – ou
seja, a maioria). Esta cidade é como uma
espécie de embaixada para os ursos
polares, que podem decidir servir ou não
ao lado dos elfos da neve.
No centro de Dumonia está Silúria,
uma das cidades mais importantes do
reino, quase tão importante quanto sua
capital. Ela é grande, e possui diversos
tipos de serviços e escolas, muitos
estudiosos e historiadores, restaurantes
famosos pelo mundo e teatros fantásticos.
Todo turista tem a Silúria como um de seus
pontos de visitação.
Na foz do rio Lu foi construída a
cidade portuária de Glevum, onde fica o
porto internacional. Quem desejar visitar
Dumonia, recomenda-se parar seu barco
em Glevum, que possui a melhor
segurança marítima do reino.
Próximo a Beartor, a oeste, fica
Arcádia, uma cidade que serve como
ponto de rota entre Silúria e as Montanhas
das Sombras, já que seguir pela estrada do
Vale dos Mamutes não é recomendável,
devido a agressividade destes animais.
A única cidade a oeste das
Montanhas das Sombras é Caer Ambra,
cidade construída após a fundação do
Porto Ocidental. Ela serve como
administração deste porto, que foi usado
como ponto de partida para expedições aos
mares do norte de Nîm (uma destas
expedições encontrou a ilha Otawa). O
porto e a cidade foram construídos muito
antes do ataque dos orcs.
Sobre os animais:
Nos litorais podem ser encontrados
focas, leões marinhos, morsas, pinguins,
albatrozes prateados, e narvais. Este último
dificilmente é visto no litoral, mas existem
histórias de suas aproximações. As praias
chamadas respectivamente de praia das
focas, praia dos ursos e praia dos pinguins
não são locais exclusivos destes animais,
apenas locais onde são encontrados com
maior frequência.
Nos mares ao redor de Dumonia
existem peixes de incontáveis espécies. Ao
Norte existem os tímidos narvais. Mas ao
redor de toda Dumonia existem orcas e
baleias. O peixe mais popular no mar
Báltico (localizado entre Dumonia e o
continente) é o peixe-vidro, chamado
assim por ser transparente. Ele foi
descoberto por sorte, por um elfo do mar
que estava em uma praia no Sul e sentiu
algo esbarrar em sua perna. Ele encontrou
o peixe que tem totó o corpo transparente,
por isso é difícil de vê-lo na água.
Nos rios de Dumonia podem ser
encontrados pelo menos um dique com
castores brancos. O único rio com mais de
um dique é o rio Liore. Os rios, na
primavera e verão, ficam cheios de
salmões do norte, uma espécie de salmão
que vivem na costa oeste de Nortland, mas
põe seus ovos nos rios de Dumonia.
Em Sindaris, o animal mais popular
é o lobo branco, seguido da coruja das
neves. Alguns alces também podem ser
vistos, assim como lebres, coelhos, entre
outros animais.
Nas montanhas das Sombras vivem
bodes e leopardos das neves. Porém,
diferente dos bodes, os leopardos se
espalharam por toda Dumonia. Os
mamutes são vistos em diversos lugares,
mas sua maior concentração fica no Vale
dos Mamutes.
15
 Os tigres das neves são raros, mas tem nome drachelos (pronuncia-se
podem ser encontrados facilmente por drarrelos). Esta árvore foi trazida por
especialistas ou druidas. Kalt direto da Floresta Invernal. Ela
pode sobreviver a mais baixa
As arvores predominantes em temperatura possível, e seu fruto pode
Dumonia são os pinheiros. Outras plantas congelar qualquer um que o consumir,
são musgos, líquens e alguns fungos de forma permanente. Os elfos da neve
(apesar de fungos não serem plantas). A são os únicos capazes de se alimentar de
planta exótica, nascida apenas em drachelos, já que Kalt os abençoou com
Dumonia, é a árvore Hálito Invernal, de esta capacidade.
onde nasce a fruta Dragão do Inverno – Dumonia tem uma forma de
nomes populares entre turistas. governo baseado no feudalismo, com um
rei que governa todo o território do reino,
Thônhim
dividindo o reino em pedaços menores
Thônhim é o nome oficial que os elfos
para que outros lordes administrem essas
da neve deram para a árvore hálito
invernal. Esta árvore se assemelha a um terras. A hierarquia de Dumonia funciona
grande pinheiro, com tronco castanho da seguinte forma:
claro e folhas quase brancas. Seu fruto
O Rei é aquele que está acima de todos, comandando e administrando o reino como
um todo.
Logo após vem a classe dos Lordes, que são os senhores feudais que cuidam das
maiores porções de terras. Os líderes das províncias eram os tairos, que tinham uma
autonomia limitada na tomada de decisões e implementação de novas leis.
Os ministros, terceiros na hierarquia dumoniana cuidavam de atividades
específicas, como saúde, segurança, etc. Haviam dois ministros para cada tipo de
atividade. Junto deles haviam os machis, que atuavam com prefeitos ou delegados.
Haviam três machis para cada cidade ou vila de Dumonia, e eram escolhidos pelos
tairos.
Um jisha é um elfo responsável por cuidar de algum templo ou santuário. Eles
também participam de julgamentos.
Existia um título especial concedido apenas a alguns elfos que mostravam algum
valor significativo. Estes recebiam uma porção de terras e um grupo de vassalos que
fariam sua manutenção. Estes elfos eram chamados de samurais, sendo os mais
perigosos guerreiros do reino. Quase todos eles têm contatos pessoais com os ursos
polares.
Os Cavaleiros de Dumonia possuem dois tipos: os que montam cavalos, que é o
menos comum, e os que montam ursos polares, que é a marca registrada dos elfos da
neve. Mas um elfo da neve apenas se torna cavaleiro de urso polar se sua montaria o
permitir. Ou seja, neste caso, é a montaria que escolhe seu cavaleiro, e não o
contrário. Mas este grupo de guerreiros eram os mais temidos de Nîm, com apenas
os cavaleiros de Storin como competidores a altura.
A última classe de Dumonia são os Soldados, que podem se dividir em diversos
tipos. Podem ser médicos, druidas, construtores, escudeiros, bersekers, lanceiros,
arqueiros, entre outros.

A economia de Dumonia é independente, e sustentar e manter suas riquezas, apesar de

eles não precisam dos outros reinos para se manter comércios. Com Nortland eles

16
negociam peixes, e com Bermendir eles
negociam minérios. Com os elfos das
profundezas, as negociações seguem um
rumo intelectual, já que eles são dois povos
muito amigos. Eles comumente trocam
conhecimentos entre si.
Eventos marcantes na história de
Dumonia:
-O Início da Amizade (1E207): Este ano é
quando os elfos da neve conhecem os elfos
das profundezas que vivem abaixo de
Dumonia. Foi um ano de grande festejo, já
que os dois povos se deram muito bem, o
que ajudou a consolidar sua amizade e
aliança.
-O Anel Branco (5E58): Como todos os
anéis de poder, o Anel Branco não era
menos misterioso, tendo em vista que nem
mesmo os Guardiões conhecem sua
origem. Neste ano, a Guardiã Karui decide
que o Anel Branco deveria permanecer
com os elfos das profundezas de Dumonia,
especificamente os guardiões dos Portões
Cinzentos.
-O Anel Azul (5E85): Mais um anel de
poder foi encontrado, e desta vez Krieg o
encontrou e os entregou aos elfos da neve.
-Crise dos Dragões (5E98): Os elfos da
neve não foram poupados do ataque. Eles
se defenderam bem, usando Inax, o cajado
presenteado por Kalt. Mas só isso não
bastava, tendo em vista que os dragões
vermelhos possuíam vantagem estratégica
contra os elfos da neve. Porém, usando de
artimanhas que apenas elfos das
profundezas conhecem, o povo do fundo
do mundo subiu à superfície para auxiliar
seus mais nobres amigos, e juntos eles
expulsaram a ameaça dos dragões.
-Início das Expedições (5E198): Os elfos
da neve eram curiosos para saber o que
havia nos mares do norte. E como a
temperatura era baixa demais para os elfos
do mar, eles mesmos partiram para a
exploração. Este foi o ano de fundação de
Caer Ambra e do Porto Ocidental.
-Os Primeiros Ataques (5E199): Os orcs
chegam às praias a sudoeste de Dumonia,
e começam a desbravar o local. Eles
atacam algumas fazendas e cabanas,
pilhando o que encontravam. A partir daí
os orcs começam a atacar Dumonia com
maior frequência. Neste ano as expedições
foram canceladas por segurança.
-Domínio Orc (5E203 a 6E101): Os orcs
dominam o oeste de Dumonia, tomando o
Porto Ocidental e Caer Ambra. As
Montanhas das Sombras ajudaram a
dificultar o envio de reforços e ajuda por
parte dos elfos. O território dos orcs se
estendia até estas montanhas, e eles
dominaram suas passagens e cavernas,
com a ajuda de goblins das sombras que
levaram. As terras dominadas foram
chamadas de Terras Perdidas. E, no ano
500, conhecido como libertação orc, os
elfos da neve conseguiram enfim retomar
suas terras, com a ajuda de um pequeno
grupo de orcs cinzentos que não
concordavam com a ideologia de seu povo.
-Retorno das Expedições (6E111): Com o
fim da reforma de Caer Ambra e do Porto
Ocidental, após a derrota dos orcs, os elfos
da neve voltaram a explorar os mares. Eles
descobrem algumas ilhas mais ao norte,
onde apenas existia vida animal.
-O Fim do Mundo (6E377): Depois de
explorar muitos lugares, os elfos da neve
descobrem a Borda do Mundo.
Acidentalmente um dos barcos caiu da
borda, e não se sabe onde ele foi parar.
-Eldar (6E591): Os elfos da neve
descobrem a ilha Otawa, onde eles se
agradam com o local e o clima. Por isso,
decidem colonizar o norte da ilha, onde
17
fundam um novo reino élfico da neve:
Eldar.
-Gigantes em Eldar (7E55): Os gigantes
que dominaram o reino ao sul da ilha
Otawa decidem invadir e conquistar Elder,
porém eles não têm sucesso.
-Ataque Gigante (7E165): os gigantes
tentam invadir Dumonia, com um grande
contingente, mas os elfos das profundezas
sobem à superfície mais uma vez para
ajudar seus amigos elfos da neve, que
expulsam os gigantes.
18
 Capítulo 21
Harmandir
Este reino, localizado no norte de Storin, é
o lar dos vagarths, raça protegida pelo
Guardião Torden. A partir do rio Alabek,
seguindo para o norte, todo o território é o
reino de Harmandir.
A oeste há a fronteira de Storin
com Agarin, monitorada pelos vagarths, e
delimitada pelo rio Bolfin. A leste há a
floresta Alabek, onde os vagarths gostam
de caminhar e treinar seus recrutas. Alabek
possui muitos animais diferentes, dentre
eles, o favorito dos vagarths são os
carneiros selvagens, que vivem na parte
norte da floresta, mais próximo às
montanhas.
Ourobourus
Estes grandes répteis vivem por toda a
região norte de Harmandir. Apesar de
serem répteis, o clima frio de
Harmandir não os incomoda. Eles são
grandes como um rinoceronte de ferro –
muitas vezes são maiores – de
Bermendir, e são tão fortes quanto. Sua
carapaça dura é fortemente revestida de
escamas, fornecendo-lhe muita
proteção. Os ourobourus têm uma dieta
bastante versátil. Se alimentam tanto de
plantas, quanto de outros animais. São
vistos como peregrinos errantes, ou em
duplas e trios. Seu hábito mais peculiar
é o de escalar as montanhas só para
poderem se enrolar e desce-la
novamente. Os dentes e garras afiados
fornecem um perigo extra ao se lidar
com eles, além do tamanho, força e
escamas. Por isso, alguns vagarths os
usam como montaria. É muito comum
encontrar vagarths que cuidam de
ourobourus em fazendas.
As montanhas são simploriamente
chamadas de montanhas Harmandir, pois
são nelas em que todas as cidades do reino
foram construídas, apesar de que várias
vilas e fazendas existam em locais
espalhados pelo reino.
O rio Alabek nasce quase dentro da
floresta Alabek, e corre na direção oeste, e
ganha uma grande cachoeira antes de se
ramificar. Sua ramificação principal
continua ao sul e passa perto de Dastak,
uma floresta que faz parte do território dos
anões, mas o rio some dentro de uma
montanha. Sua outra ramificação recebe
outro nome: rio largo, já que é o rio com
as margens mais distantes uma das outras
em toda Nîm. Suas margens distam de 200
metros uma da outra em sua parte mais
larga, e 125 metros na parte mais estreita.
Ao norte das montanhas
Harmandir existem muitas colinas verdes,
mas que fazem parte de uma região mais
fria, dominado pelo bioma da taiga. O
vento mais frio vem do Norte, e é detido
pelas montanhas. Este fato faz com que o
norte de Harmandir seja potencialmente
mais frio que o sul.
Quase toda a parte norte de Storin
não possui praias. Seus litorais são
compostos de grandes penhascos de até 50
metros acima do mar.
O Planície Azul fica ao norte das
montanhas, e é chamado assim por conta
da primavera, que faz florescer muitas
rosas azuis, de vários tons, e também
algumas árvores dão flores diferentes, mas
azuis. A maioria das plantas deste planalto
19
apresentam algo azul em sua estrutura. Ao
norte do Planalto Azul há mais uma
montanha solitária, sem nome até o
momento.
Bergblume
Esta famosa flor está presente por todas
as montanhas de Harmandir. Seu nome
significa flor da montanha, e ela existe
exclusivamente em lugares muito altos.
Sua cor azul se destaca por entre o verde
da grama, o cinza das rochas e o branco
da neve.
O norte de Harmandir é perigoso,
por conter wargs brancos e dentes de
sabre das neves. O resto da fauna de
Harmandir é semelhante à de Bermendir,
contendo, em Alabek, cervos, alces,
águias, mas o animal mais encontrado é a
raposa. E ao norte, a raposa branca. Os
vagarths mais habilidosos conseguem
treinar as raposas para rastreamento e
patrulhamento das regiões. A região ao
norte das montanhas Harmandir, que é a
maior parte do território vagarth, os
animais mais encontrados por lá são lobos,
ursos, raposas, coelhos, lebres e corujas.
As plantas de Harmandir também
são diferentes, por apresentar um bioma
diferente do clima temperado do sul de
Storin. A flora não é diversificada,
contendo, basicamente, pinheiros e abetos,
além de sua vegetação rasteira.
Sua capital é Belungur, que foi
fundada no alto das montanhas, e se
expandiu por elas, e por dentro delas. É
onde vive o rei vagarth. Fegundur é uma
cidade mais ao sul, e fica no pé das
montanhas. Quando um viajante vem de
Bermendir, a primeira cidade em que
passarão é Fegundur, uma espécie de
controle de fronteira, para saber quantos
vem e vão. Foi construída mais abaixo que
as outras para facilitar o acesso de outros
viajantes.
As cidades que ficam nas pontas
opostas das montanhas são Mostrundur e
Agundur. Mostrundur fica mais ao sul,
próximo a Dastak e da ramificação do rio
Alabek. É uma ótima cidade a ser visitada,
muito receptiva. Agundur é como
Mostrundur, amas servem para vigiar o
fim das cordilheiras das montanhas, mas
Agundur fica muito ao norte, no terreno
mais frio, virada para o lado oposto das
outras cidades (apesar que Belungur
possui uma saída para o lado norte das
montanhas que dá em uma vila).
Quimeras
As quimeras assolam as montanhas de
Harmandir desde a Era das Trevas.
Estas Criaturas do Caos foram criadas
para caçar vagarths. Quimeras adoram
devorá-los, isso quando conseguem.
Depois do fim da Era das Trevas, as
quimeras encontraram grande
dificuldade de conseguir seu principal
alimento, e com isso sua população
diminuiu drasticamente.
Os vagarths são ricos, mas não
tanto quanto os outros reinos, porém
possuem uma economia fortemente
estável. Seu maior tesouro é o Mjolnir,
entregue a eles por Torden, uma poderosa
Relíquia Sagrada.
Sua economia é baseada no cultivo
de alimentos de origem vegetal, como
plantas que crescem em cavernas,
cogumelos comestíveis, e outros alimentos
que vem de fazendas nos terrenos entre
Mostrundur e Fegundur. Eles também
comercializam minérios e conhecimentos
em metalurgia com seus amigos anões.
Muitas vezes, alguns professores de
mineralogia de Harmandir visita
Bermendir, e vice-versa.
Sua organização é uma mistura de
militar e patriarcado. Existe sempre um
patriarca no comando de todo o reino. O
20
título é passado para aquele que o patriarca controlado pelo exercido, que obedece
atual achar mais bem preparado para diretamente às ordens do patriarca.
assumir o poder. Mas ao todo, o poder é
O patriarca vagarth controla tudo, e decide as questões mais importantes. Ele reside
apenas em Belungur.
Abaixo do patriarca há o marechal, aquele que coordena todo o exército de
Harmandir. É ele quem toma as decisões militares, em alguns casos com autorização
do patriarca.
Os terceiros em comando sãos os ministros, com funções semelhantes às dos
ministros dos elfos da neve. Eles representam diferentes setores do reino, todos não-
militares.
Os generais comandam as tropas de uma determinada província, sob organização
geral do marechal.
Um coronel é aquele que administra o exército em uma determinada cidade ou vila
e seus arredores próximos.
Cada sargento administra um número determinado de soldados, o qual eles chamam
de pelotão. Estes respondem diretamente aos coronéis e generais.
Assim como os anões e os elfos da neve, os vagarths possuem uma ordem de
cavaleiros que eles chamam de Ordem dos Ourobourus. Estes cavaleiros são
montadores dos grandes répteis que vivem ao norte de Storin, os quais se chamam
ourobourus (daí o nome da ordem). Somente os melhores entre os melhores são
premiados com um lugar nesta ordem. Os líderes da ordem, chamados de tenentes,
possuem uma patente de mesmo nível que a de sargento, mas com a diferença de
que eles comandam apenas os cavaleiros de ourobourus.
E por fim os soldados, que podem ser de vários pelotões diferentes, com funções
diferentes.

Diferente de muitos outros reinos, os mais poderosas do mundo, ajudou muito

vagarths não possuem uma marinha. Eles
utilizaram as frotas de navios de seus
aliados anões para levarem seus
embaixadores para outros reinos.
Eventos históricos mais marcantes para
Harmandir:
-O Anel Castanho (5E127): Um dos
misteriosos anéis de poder, o Anel
Castanho, foi dado ao rei de Harmandir
pelo Guardião Domhan.
-Crise dos Dragões (5E98): Os dragões se
frustraram ao atacar Harmandir e perceber
que os vagarth possuíam um poder militar
muito grande, grande o suficiente para
mandar as feras reptilianas embora do
reino. E possuir o Mjolnir, uma das armas
no combate aos dragões.
-Conflito Azul (5E253 a 5E258): Um elfo
do mar, filho de um rei das Ilhas
Esmeralda, em sua arrogância, ofende o rei
vagarth, que o prende. Ele envia uma carta
para o rei élfico do mar, para que desculpas
sejam peças, e o erro do jovem mimado
seja reparado. Mas o ego dos elfos era mais
forte, e, para eles, a prisão de seu príncipe
foi um insulto ao povo azul do mar. Então
declararam guerra com Harmandir. No fim
de tudo, os vagarths venceram a guerra, e,
como pedido de desculpas, a exigência do
povo vagarth é que o rei élfico do mar
entregasse sua coroa como tributo, e que o
povo do mar nomeasse um novo rei.

21
-Crise das Bruxas (5E295 a 6E31):
Harmandir começa a sofrer com aparições
de bruxas, que se concentraram na floresta
Alabek e no Planalto Azul. As bruxas em
Harmandir foram mais espertas e
cautelosas que suas primas em Bermendir,
o que explica a demora para expulsá-las.
-Reforçando a Amizade (6E323): Em um
passeio entre os reis de Harmandir e
Bermendir, com finalidade de discutir a
aliança entre os reinos, o rei anão Astrador
é atacado por uma das primeiras banshees,
criação das bruxas, pegando-o de surpresa.
Por pouco os anões perdem seu rei, mas ele
é salvo pelo rei vagarth Magun, que o
estava acompanhando. Este acontecimento
ajuda a reforçar a aliança entre os reinos.
Reis de Harmandir:
O primeiro rei que se tem memória
é Grondon, o Grande. Ele fundou a cidade
de Belungur, capital do reino vagarth. Ele
era um vagarth mais alto que a média, o
que explica seu título. Após ele veio sua
primogênita, Quenn, primeira rainha dos
vagarths. Ela inaugurou a academia geral
de Harmandir, onde todos os vagarths que
decidissem seguir carreira como
estudiosos pudessem se orientar.
Hauron foi um grande rei, apesar de
tímido. Foi conhecido por sua grande
paciência, e por ser um vagarth de poucas
palavras, porém decidido. Seu filho Belgor
foi o seu sucessor, que, quando partiu, deu
lugar à sua filha, Valira, o trono de
Harmandir, tornando-a a segunda vagarth
fêmea a se tornar rainha. (vale acrescentar
que na lei vagarth os sucessores do trono
são os primogênitos, independente de seu
sexo. Por isso, diferente de alguns reinos,
uma fêmea vagarth poderia assumir o trono
sozinha, sem se casa, assim como os
machos de sua raça). Valira foi uma rainha
feroz e destemida, que não tinha medo de
mudanças drásticas. Ela gerou Magun, o
rei que salvou a vida de Astrador.
Sunderved foi o penúltimo rei
registrado, que montou uma força
especializada em caça de dragões, já que
ele temia um novo ataque em massa dos
Agentes do Caos. O último rei do registro
neste livro é Valkar.
22
 Capítulo 22
Ilhas Esmeralda
Este pequeno arquipélago de sete ilhas
tropicais e subtropicais forma o reino das
Ilhas Esmeralda, chamado de Reino
Esmeralda, lar dos elfos do mar. Elas são
chamadas assim por serem ricas em minas
de esmeraldas, que provém a grande
riqueza dos elfos azuis. Apesar de
possuírem outras gemas e minérios, a
esmeralda é sua marca.
As ilhas que compõe o reino estão
dispostas em aproximadamente um
círculo, e, em sentido horário, a partir da
ilha mais ao norte, seus nomes são: Ein,
Zwei, Drei, Vier, Funf, Sechs e Wenn.
Os elfos do mar nasceram
inicialmente na ilha de Ein, nas margens do
Rio Acrok. Ao Norte desta ilha está o
vulcão Edna. Ao seu lado fica a floresta
Huu, que, apesar de pequena, é perigosa
por suas serpentes. Ao sul de Huu nasce o
rio Acrok, que escorre na direção sul até
encontrar o mar. O Oeste desta ilha é
coberto, em maioria, pela floresta Taria,
um pouco menos perigosa, mas lar de
onças de diversos tipos. Agrin sobrevive
pelos alimentos cultivados no leste da ilha,
que também usam para comercializar com
outros reinos.
No local onde os elfos do mar
nasceram foi fundado a cidade Agrin, que,
por ter sido a primeira, tornou-se a capital
do reino, onde as decisões que afetam o
Reino Esmeralda por inteiro são tomadas.
Na foz do rio fica Pagras, a primeira
cidade portuária do reino.
Em Zwei há a maior floresta do
Reino Esmeralda, chamada de floresta
Mag, cobrindo todo o norte da ilha. Nela
vivem gorilas, que podem ser hostis ou
dóceis, dependendo de seu humor e de
como são abordados. Ao Sul desta floresta,
um conjunto de montanhas é localizado
(nenhuma montanha do Reino Esmeralda é
alta o suficiente para ter neve em seu
cume), chamadas de Montanhas Mag, por
falta de criatividade dos elfos. Nelas nasce
o rio Bur escorrendo para o oeste, que, no
meio do caminho, se ramifica uma vez e se
une novamente, formando uma pequena
ilha na ilha. Esta ilha no rio é usada para
plantações, com função de alimentar os
elfos que vivem em Zwei. Depois, ele
ramifica-se novamente, onde logo
encontram o mar. Na sua ramificação mais
ao sul há a cidade de Belize, outra cidade
portuária (basicamente o Reino Esmeralda
é composto de cidades portuárias).
A ilha Drei possui uma única
montanha, perto do centro, um pouco
deslocada para o leste. Ao Norte e ao sul
ela possui florestas, sendo que a única
floresta que recebeu um nome é a floresta
mais ao sul, chamada de floresta Abek.
Nesta floresta é comum encontrar animais
variados de clima tropical, principalmente
aves, como tucanos, araras e papagaios. Do
pé da montanha nasce o rio Crio, chamado
assim por ser o rio mais frio das ilhas
esmeralda. O rio corre na direção oeste até
o mar. Em sua foz foi construída a cidade
Algoran.
O sul da ilha Vier é dominado por
montanhas, onde os elfos da neve se
recusam a aventurar-se, já que eles não
gostam de terrenos altos. No fim delas
23
nasce o rio Donubio, que sobe a ilha para
o norte, passa próximo ao bosque Tur e
chega à cidade Tubra.
Kraken
Além das diversas Criaturas do Caos, na
região das Ilhas Esmeralda, os mares são
assombrados por um poderoso monstro
conhecido como Kraken. Ele tem a
forma de um polvo gigante, que tem o
hábito de afundar embarcações e
devorar marinheiros. Sua presença cria
tempestades marítimas, o que dificulta
seu combate. Os navios quase não
possuem armamento para enfrentá-lo. A
boa notícia é que o Kraken passa a maior
parte da sua vida dormindo nas
profundezas do oceano.
Funf é uma ilha desprovida de
florestas. Possui apenas duas pequenas
montanhas e o rio Elunze, que nasce no
centro-sul e sobe o Norte, até encontrar o
mar. Esta ilha possui as fazendas e
plantações mais importantes do reino,
administradas pela cidade Batu.
Em Sechs fica Naru, cidade
portuária no fim do rio Fuz. Esta cidade
possui uma das melhores frotas armadas da
marinha dos elfos do mar.
Por fim, Wenn possui um vulcão a
oeste, chamado de vulcão Blu, que está em
atividade constante. Próximo a ele nasce o
rio Gurt, que se ramifica duas vezes na
ilha. Entre duas de suas ramificações se
localiza o bosque Blu, rico em cavernas
usadas para mineração. Na segunda
ramificação fica Udun, importante cidade
mineradora do reino, que administra todas
as minas desta ilha.
Os animais destas ilhas são
selvagens e ferozes em sua maioria. Os
As ilhas Esmeralda possuem a política de cidades-estados, que sempre se mantém
aliadas e com leis semelhantes para manterem-se como uma única nação. Cada
cidade-estado possui ancião que a governa. A maioria dos elfos do mar acreditam
fielmente que os mais velhos são sempre os mais qualificados para a liderança.
gorilas, presentes nas florestas Mag e
Abek são grandes e territoriais. Onças e
leopardos são encontrados em todas as
ilhas. Outros animais mais dóceis também
podem ser vistos, como as grandes antas e
capivaras. Se não tomarem cuidado,
jacarés podem lhe atacar nos rios,
principalmente jacarés gigantes. Piranhas
também são comuns pelos rios. Mas o que
encanta os visitantes são os golfinhos e
botos. Os golfinhos são vistos pelo mar no
interior do arquipélago, e os botos são
vistos nos rios Elunze e Fuz, que são os
mais profundos.
O Krokodil e o Grande Albatroz
Os animais mais exóticos das Ilhas
Esmeralda são com certeza o krokodil e
o grande albatroz. O krokodil é uma
espécie de crocodilo gigante que vive
solitário nos rios dessas magníficas
ilhas. Eles apenas se encontram com
outros de sua espécie em épocas de
reprodução. Este implacável caçador
aquático tem cinco vezes o tamanho de
um crocodilo normal, e sua mordida
pode arrebentar uma barra de aço.
Devido a sua lentidão em terra, quando
o krokodil está fora da água ele é
inofensivo, mas dentro da água ele se
torna um predador voraz e implacável.
O grande albatroz é o maior pássaro
de Nîm. Sua envergadura é de quase
cinco metros. Ele pode chegar a altura
de um elfo facilmente. Porém, apesar de
seu imenso tamanho, ele é inofensivo a
qualquer animal que não seja um peixe.
O albatroz é o símbolo dos mercadores
das Ilhas Esmeralda.
A hierarquia funciona da seguinte
forma:
24
 Abaixo do rei vem os Lordes. Alguns são membros do Conselho Verde, cujo
símbolo é uma esmeralda, dedicados a discutir questões políticas. Outros possuem
cargos políticos importantes, ou são administradores vitais.
Os Almirantes das marinhas de cada cidade são os terceiros na hierarquia. Eles
cuidam das frotas dos elfos e fazem as vigias marítimas.
Cada cidade possui um vice-almirante, que comanda de maneira mais geral e ampla
os navios dos elfos do mar.
Cada navio possui um Capitão, que mantém os marinheiros ativos.
Por terra, os Generais cuidam das tropas élficas do mar. O Campeão dos elfos do
mar, portador do Colar dos Oceanos possui o mesmo grau de patente dos generais.
Mas diferente dos generais, o campeão vai e vem de cidade para cidade, sempre
servindo o povo para garantir a segurança.
Em mesmo grau temos os soldados e os marinheiros.

Como os elfos do mar possuem cidades
estado, não é importante destacar uma
árvore genealógica de algum deles, já que
todos são igualmente importantes.
Um aspecto importante deste reino
é que as cidades não são restritas às fozes
dos rios. Elas se estendem por baixo da
água, devido à grande e única capacidade
de respirar embaixo d’agua que pertence
aos elfos do mar. Portanto, eles possuem
pesquisadores e exploradores no fundo do
oceano, onde descobrem mais e mais
minas de esmeraldas.
Eventos marcantes para as Ilhas
Esmeralda
-Colar dos Oceanos (1E230): Aqua, a
Guardiã, cria o Colar dos Oceanos, sua
Relíquia Sagrada, e o dá de presente para
um elfo do mar, que julgou ser de coração
nobre. Sua linhagem foi abençoada com
bravura e bondade, e o portador do Colar
dos Oceanos foi nomeado o Campeão do
Reino Esmeralda.
-A Gema do Céu (4E150): foi neste ano
que os elfos do mar contrataram um anjo
que estava viajando pelo mundo para ir até
a Caverna dos Tesouros buscar uma gema
mágica. Este anjo era Edward Angelo, que
buscou a Gema do Céu, uma joia mágica
que tornou possível o projeto de
construção de Atlântida.
-Fundação de Atlântida (4E160): Durante
vinte anos os elfos concentraram seus
esforços em construir a grande cidade, que
veio a se tornar um dos maiores centros
econômicos e de pesquisa do mundo. Esta
cidade foi construída sobre o mar,
flutuando em sua superfície sem afundar.
Ela era sustentada pela Gema do Céu, que
mantinha a cidade na superfície do mar, e
a impedia de ser balançada por ondas
muito fortes. Muitos seres de diversos
reinos foram conhecer esta cidade que
impressionava a todos, que logo cresceu
rapidamente, fazendo com que Atlântida
se tornasse a cidade mais rica do mundo,
assim como o Reino Esmeralda já havia se
tornado o reino mais rico.
-O Ano Anão (4E400): Neste ano foi
constatado um grande aumento no número
de artesãos anões, todos autônomos, que
migraram para Atlântida. Com suas
habilidades como ferreiros, eles ajudaram
no crescimento econômico do reino.
-O Fim de Atlântida (4E452): Soutland é
um reino ambicioso, e seu rei queria ser o
rei com as maiores riquezas do mundo, e
Atlântida estava no caminho. Ele enviou

25
espiões para Atlântida, e os ordenou que
encontrassem um meio de afundar a
cidade. Seus espiões roubaram a Gema do
Céu, e a cidade ruiu, destruindo-a. Muitos
anões, homens e elfos morreram nesta
tragédia, inclusive elfos do mar, que foram
esmagados por destroços. Os espiões não
foram encontrados, apesar de terem
morrido na tragédia. Uma guerra entre os
elfos do mar e os sulistas só não foi travada
porque o Reino Esmeralda não sabe quem
era o verdadeiro culpado pela tragédia.
-Crise dos Dragões (5E98): O Reino
Esmeralda não foi um alvo vital aos
dragões, por possuírem ilhas tão pequenas.
Mas seus vulcões foram cobiçados pelos
dragões vermelhos. Os elfos do mar, por
não possuírem muita prática em terra,
conseguiram afastar os dragões de suas
cidades, deixando-as ilesas, mas seus dois
vulcões foram tomados e transformados
em lares por dois dragões vermelhos,
respectivamente.
-A Caçada da Gema (6E491) Neste ano o
rei de Belize decide que a gema do céu já
havia ficado tempo demais perdida no
fundo do mar, e dá início a novas
expedições de procura, a fim de utilizarem
novamente seu poder.
-Dave Jones (6E521): Dave Jones, o
primeiro e único dragão metamorfo do
mundo, estava sob a forma de um elfo do
mar desde que a Caçada da Gema foi
anunciada. Ele foi quem encontrou a Gema
do Céu e a levou embora, deixando um
grande mistério nas mãos dos elfos do mar,
que nunca foi solucionado. Quatro anos
depois, ele tornou-se pirata, e usou a Gema
do Céu para construir o Holandês Voador,
seu excepcional navio que pode navegar
rapidamente no mar, e voar no céu como
um pássaro.
-Ataque Gigante: (6E659): Os gigantes
tentam invadir as ilhas esmeralda. Porém,
seus navios são fracos, e o campeão do
Reino os afunda usando o poder do Colar
dos Oceanos.
26
 Capítulo 23
Ilha Otawa
Esta ilha a oeste de Nortland é palco da
mais famosa ditadura imposta por
gigantes. Nela há dois reinos pequenos:
Maldária, que foi fundada por
colonizadores nórdicos e Elder, fundada
por exploradores elfos da neve.
Maldária é um reino nórdico,
independente de Nortland, fundada em
6E596, mesmo ano em que os nórdicos a
descobriram. Todas as cidades foram
construídas e fundadas rapidamente.
Maldária é composta de grandes
planícies, algumas cobertas por árvores,
outras totalmente abertas. Este reino
compõe a maior parte da ilha. Possui minas
em todas as montanhas, todas muito bem
organizadas e com distribuição para as
cidades mais próximas. No centro-norte do
reino, cruzando-o de leste a oeste, ficam as
montanhas Alagor, que possuem duas
minas. A noroeste delas, fica um grande
pântano, onde os nórdicos evitam ir. Perto
deste pântano nasce o rio Senemar, que
corre na direção nordeste, e se ramifica
duas vezes. No fim de uma de suas
ramificações há um porto, que é
propriedade da cidade de Salém, um pouco
ao norte do mesmo.
Na parte mais ao norte do reino há
Gurtar, uma pequena floresta que lembra
os bosques de Nortland. Ao Sul dela, sai
uma trilha que leva diretamente para a
cidade de Angrad. No noroeste do reino,
corre o Rio Grande, o maior rio da Ilha
Otawa, que vem do Norte, a partir do reino
Elder. No Noroeste também há um vale
dos mamutes, cercado de colinas. E a
sudoeste destas colinas fica a cidade de
Huan.
Abaixo das montanhas Alagor,
oeste, fica a floresta de Ramma, de onde
vem o rio Eufrates. A leste desta floresta
há as Montanhas Gêmeas, onde o terreno
entre elas foi usado para construir a cidade
de Haudon. A leste de Haudon há a capital
de Maldária, a cidade de Heizengard.
No sudeste das montanhas Alagor,
bem próximo a elas, fica a Floresta
Escura, uma floresta fechada, onde pouca
luz entra, e, dizem alguns, é amaldiçoada.
Ao norte da Floresta Escura, depois de
atravessar as montanhas, fica a primeira
cidade de Maldária, chamada de Algamir.
Em último, mas não menos
importante, existem mais três cidades em
Maldária. Mostrad fica no canto sudeste
do reino. Alruin fica no canto sul. E
Wester fica no canto sudoeste, depois de
uma cadeia de montanhas.
Elder, um reino dos elfos da neve
ainda ligado a Dumonia, é fechado em
relação aos seus vizinhos do sul, que
costumam ser um tanto problemáticos e
territoriais. As fronteiras do sul de Elder
são delimitadas pelas montanhas
Eldemor, onde fica a cidade Helsik,
encarregada de cuidar da fronteira. No
centro do reino fica uma grande montanha,
chamada de Topain. A sudoeste dela fica
Vilnos, uma cidade que cuida das minas do
oeste.
27
 Belgun e Osto são duas cidades
que fazem a guarda marítima do norte e
oeste do reino, para evitar intrusos
indesejados e manter as águas seguras para
os navios de expedições.
Ao norte do reino fica a floresta
Ankalinor, grande e selvagem, com uns
poucos tigres dentes de sabre das neves.
Ao Sul desta floresta fica a cidade de
Ankara.
As duas primeiras cidades de Elder
são Kiev e Chistin. Chistin foi a primeira
cidade a ser fundada, por isso, é sua
capital, onde mantém os embaixadores e
ministros de Dumonia.
Elder não possui reis, e tem a
mesma hierarquia de Dumonia. As cidades
são administradas por lordes e generais, e
também são muito bem cuidadas, já que
muitas famílias de elfos da neve se
mudaram para lá, aspirando morar em
novos horizontes.
História da Ilha Otawa:
-O Ano de Eldar (6E591): Neste ano os
elfos da neve encontram o Norte desta ilha,
e começam a colonizá-la e explorá-la.
-O Ano de Maldária (6E596): Neste ano
os nórdicos exploradores encontraram o
Sul desta ilha, onde também colonizaram-
na.
-Início da Guerra Civil (6E606): Por conta
do poder mal dividido entre as cidades de
Maldária, o reino acaba entrando em
Guerra Civil, cada cidade desejando o
poder para si.
-Nascimento de Merlim (6E636): Este ano
a família Dandrac ganhou Merlim
Dandrac, que veio a se tornar um famoso
mago pelo mundo, mais forte e sábio que
qualquer outro mago que já nasceu na
família.
-Galahad (6E656): Ano de nascimento de
Galahad, importante general em
Heizengard.
-O Retorno de Baltazar (6E671): O
Necromante que dominou Agarin duas
vezes retorna para tentar a sorte na caótica
Maldária, e rapidamente vira Jarl de
Salém. Seu poder cresce e ele logo domina
todo o norte do reino.
-A Unificação de Maldária (6E686): Artur
Pendragon, um dos poucos elfos da luz que
viajaram com os nórdicos, e o único elfo
da luz general em Maldária, usa a espada
Excalibur para unificar o sul do reino. Ele
enfrenta as forças do norte, comandadas
por Baltazar (o qual já o capturou em seu
primeiro ataque à Agarin), derrotando-o, e
ponto finalmente um ponto final em um
dos maiores vilões do mundo de Nîm. O
anel usado por Baltazar – o Anel Negro –
é perdido na batalha, e não se tem mais
notícias dele.
-Aliança com Valáquia (6E761): Neste
ano algumas famílias de anjos e
licantropos viajam e formam alianças
políticas e embaixadas em Maldária e
Elder. São os primeiros embaixadores e
visitantes de outros reinos, reconhecendo
Maldária como um reino independente.
-A Queda de Artur (6E886): Neste fatídico
ano, dez habilidosos e inteligentes gigantes
encontraram um meio de aprisionar parte
da essência de alguns Guardiões e usar
seus poderes a seu favor. Eles usaram esta
vantagem, mais um exército de orcs e
vampiros para dominar Maldária. Eles
começaram com o Sul, e conquistaram
todo o reino. Artur foi morto pelo rei
gigante, mas sua espada, Excalibur, se
perdeu.
-Invasão em Elder (7E50): Os gigantes de
Maldária tentam invadir Elder, mas os
elfos da neve já estavam preparados para
esta possibilidade, e trancou todas as
28
passagens das montanhas Eldemor. O
Campeão de Dumonia se mudou para
Elder, a fim de manter guarda na fronteira
do reino.
-Bruxas Brancas (7E100): Bruxas
Brancas (que são como druidas) vão para
Maldária em segredo para ajudar na
resistência contra a ditadura imposta pelos
gigantes.
-Encontrado o Anel Negro (6E178): Um
comerciante ambulante, em Maldária,
encontra o Anel Negro de Baltazar, e o
pega, não conhecendo seu valor. Ele
depois viaja para Nortland, onde o
campeão Cold Chase o vê em uma feira, e
compra o anel deste comerciante.
-Início da Decadência (7E400): Quando
Artur foi derrotado, Krieg fez com que
Excalibur não fosse encontrada. Ele lançou
um feitiço na espada, em que somente um
herói de origem humilde e coração
bondoso, com a permissão de Excalibur,
ele poderia retirá-la da pedra. Axel, que
cresceu em um orfanato que também era
uma escola militar, sempre discutia com as
autoridades que seguiam os gigantes. Ele
foi levado para um bosque próximo a este
orfanato, para ser executado, onde ele
encontrou Excalibur e iniciou sua
empreitada contra os gigantes.
29
 Capítulo 24
Nortland
Este reino pertence aos humanos
conhecidos como nórdicos, de aparência
loira e de olhos claros. O idioma de quem
vive aqui é o nord.
Nortland é um lugar frio, sendo o
segundo mais frio do mundo. Suas
florestas são compostas de pinheiros,
carvalhos e coníferas por sua extensão
norte, que apresenta clima de taiga. A parte
sul do reino, bem como a parte mais
extensa do Leste, é formada por florestas
temperadas, possuindo abundantes
carvalhos nas florestas principais, bem
como pinheiros e castanheiros. Os animais
mais comuns em Nortland, apesar de não
serem os únicos, são alces, lobos, ursos,
linces, raposas, lebres, coelhos, corujas e
tigres dentes de sabre por sua extensão
norte. No resto do país pode-se encontrar
quase os mesmos animais, com a adição de
javalis, gatos selvagens e veados. A ponta
sul de Nortland possui uma grande região
de campos, onde os nórdicos cuidam de
criações de bois peludos. Depois da
primeira visita de orcs, os wargs acabaram
se espalhando pelo reino, que de vez em
quando algum homem sem sorte pode
encontrar.
A costa oeste de Nortland é
marcada pelas montanhas Ocidentais, que
cobrem boa parte da costa oeste. Na parte
norte das montanhas, ao seu lado, existem
dois locais importantes. O primeiro é a
Tumba dos Reis, onde os reis mais nobres
e importantes de Nortland são enterrados.
Suas tumbas são guardadas por ferozes
draugrs, que protegem as diversas tumbas
espalhadas por Nortland. Todas as tumbas,
cemitérios e catacumbas em Nortland são
protegidos por draugrs. Mas draugrs
podem sair de seu posto se um túmulo for
profanado, e eles tornam-se seres
sanguinários e errantes em busca de
vingança. Dizem que draugrs vermelhos –
que são imortais – nascem a partir de um
túmulo maculado de um rei. O segundo
local é o Bosque dos Ursos, onde ursos
negros são encontrados. É uma floresta
perigosa demais para ser explorada
sozinho, e é o único lugar em Nortland em
que ursos polares podem ser vistos.
Draugr
Um draugr é um morto-vivo que tem
como única finalidade proteger um
local. Quando algum nórdico é
enterrado em uma tumba, o local se
torna encantado para animar os corpos
mortos dos falecidos. Quando algum
invasor entra na tumba, os draugr
acordam, e impedem que o invasor
permaneça ali ou roube alguma coisa
que foi deixada no local. Apenas amigos
e parentes do falecido conseguem entrar
com segurança.
A ponta noroeste de Nortland não
tem praia, no lugar há um penhasco direto
para o mar. Portanto, a tumba os reis tem
vista direta para o oceano.
Ao lado do Bosque dos Ursos, em
uma pequena montanha, nasce o rio
Tromdhelm, que desce para o sul e depois
de alguns quilômetros muda seu curso para
oeste. Depois, o rio Tromdhelm muda seu
curso para o sul, mas uma parte dele vai
para o norte, chamado de rio Nees, que
segue até a Tumba dos Reis e cai no mar
em uma cachoeira. O rio Tromdhelm segue
30
para o sul por mais alguns quilômetros e
vira para o oeste, onde encontra o mar em
seguida.
No fim das montanhas Ocidentais,
ao sul, há a floresta de magnólia. Nesta
floresta vivem muitas raposas, lobos e
alguns ursos negros, cinzentos e pardos.
Corujas são as aves mais vistas por aqui.
No nordeste de Nortland existem
algumas colinas, de onde nasce o grande
rio Storjon. Ele corre na direção sudoeste,
e, antes de se aproximar de Magnólia, ele
se divide. Sua parte principal vai para sul.
Sua outra parte forma o rio Magno, que
corta a floresta de Magnólia ao meio, na
direção sudoeste, até chegar ao mar. O rio
Storjon desce ao sul e se divide novamente,
para sudeste e sudoeste. Sua ramificação
principal segue para sudoeste, até que
chega ao mar. A outra ramificação,
nomeada de rio Norjor vai na direção
sudeste.
Perto da foz do Storjon, ao sul
deste, há a floresta Belzak, cheia de javalis
selvagens, muito territorialistas, prontos
para atacar invasores.
Tigres Dentes de Sabre
Estes enormes felinos são praticamente
o cartão postal de Nortland. Tigres
dentes de sabre podem ser vistos por
toda Nortland, e eles caçam qualquer
tipo de animal menor para se alimentar.
Seus hábitos são noturnos, e eles são
visto peregrinando sozinhos pelo reino.
Um pouco ao sul da floresta
Magnólia ficam as montanhas Hazak,
onde vivem alguns glifos. A leste da
mesma floresta, está a maior floresta de
Nortland, a floresta Gratador, que fica na
região centro-sul do reino. Esta floresta
abriga todos os tipos de animais, desde
alguns tigres dentes de sabre até ursos e
alces. No centro-norte de Nortland ficam
as Montanhas Astaran, e, no pé delas, ao
leste, nasceu um bosque grande chamado
de Corungar, o bosque das corujas,
chamado assim por conter um grande
número de ninhos de corujas das mais
variadas espécies.
Mamutes
Os mamutes, encontrados em qualquer
lugar aberto de Nortland, são
completamente selvagens e perigosos.
Nenhum nórdico recomenda se
aproximar deles, devido a sua natureza
violenta com seres que não sejam
mamutes. Para tanto, os próprios
mamutes não se aproximam de outras
espécies, esperando que a recíproca
sempre ocorra.
Parte da fronteira com Agarin ao
leste é composta pelas Montanhas
Orientais. Ao este dela nasce o rio Lokse,
rio que desce para a direção sudoeste, se
vira para o leste, entra por baixo das
montanhas e reaparece em Agarin.
Animais das Sombras
Em Nortland existem Criaturas do Caos
que são como versões corrompidas dos
animais da natureza. Assim como em
Agarin, alguns lobos das sombras
podem ser encontrados, mas com menor
frequência. Os sabres sombrios, versões
sombrias dos tigres dentes de sabre e os
mamutes noturnos são exemplos desses
animais sombrios que assolam o reino.
As cidades de Nortland são bem
fortificadas, e possuem soldados muito
bem treinados. Os soldados de Nortland
não são apenas chamados de nórdicos, e
sim de vikings. Os mais habilidosos, fortes
e intimidadores são nomeados bersekers.
Seu Guardião patrono é Krieg.
Na fronteira com Agarin existem
duas cidades de fronteira: Benoic e
Ilchester. Ambas cuidam do tráfego
fronteiriço. Próximo a elas, no litoral norte
há a cidade de Dorset, que mantém
vigilância nos mares do norte.
No noroeste do reino há a cidade de
Worcester, uma das primeiras cidades
31
fundadas no reino. Descendo pela estrada pesca. E, ao sul de Gratador, há Usk, a
sul de Worcester, perto de Gratador, há a capital de Nortland, onde vive o Rei
cidade de Magnis, a cidade onde ficam os Supremo.
melhores magos e druidas de Nortland. É
lá também que fica a melhor universidade
do reino. Nortland é formada por uma confederação,
assim como os anões. Cada cidade tem
Ao sul de Nortland tem três autonomia própria, mas todas elas agem
cidades. Calleva fica ao norte das Hazaks. para o bem comum do reino. Sua
Bodwan fica no litoral sul de Nortland, e hierarquia é simples e é estruturada da
fiscaliza as águas daquela região. Estas seguinte forma:
cidades também administram atividades de
Quem representa a lei suprema em Nortland é o Rei Supremo, que define as leis do
país e cuida dos casos mais importantes do reino. Porém, raramente um rei supremo
é nomeado em Nortland. Pela tradição, um rei supremo só poderá ser coroado em
uma grande vitória em batalha, e se ele for erguido no fim do conflito pelo próprio
povo em seu escudo.
Cada cidade possui um Jarl, que a administra com sua liderança e treinamento para
esta tarefa, realizada em sua juventude. O título de Jarl é passado de pai/mãe para
filho/filha. Além da cidade, o Jarl lidera toda a província correspondente à sua
cidade.
Os Lordes realizam tarefas políticas e administrativa importantes nas cidades. Suas
tarefas eram semelhantes às dos ministros.
Os Generais comandam as tropas de soldados.
Alguns guerreiros especiais, chamados de bersekers, eram os mais temidos de
Nortland. Eles se sobressaiam em habilidades e força, ganhando o respeito dos Jarls,
que lhes dão este título. Eles possuem autonomia total para viverem sus vidas,
ganham uma porção de terra pequena, mas não comandam soldados, a menos que
alguns soldados jurem lealdade a ele. Eles ainda devem responder aos generais,
lordes e Jarls se isso for necessário.
Por fim, os soldados de Nortland.

Nortland consegue se sustentar com reinos que se tornaram aliados após a

plantações de alimentos, e também com
mineração de ouro e ferro, que negocia
com outras nações, como Agarin.
Eventos marcantes em Nortland
- Guerra entre Agarin e Nortland
(1E235 a 1E240). Foi causada por um
desentendimento entre os reis de ambos os
reinos. Como os registros dessa época são
muito antigos, poucos são os elfos que se
lembram o que causou a guerra, mas até
hoje é celebrado a união entre os dois
reconciliação.
-A Aliança (4E166): Após o ataque de
centauros em Agarin, Nortland reforça
suas alianças com Agarin, aproximando
ainda mais os dois reinos.
-Fixação da Casa Dandrac (4E175):
Magnus, o primeiro membro da casa
Dandrac, estava permanentemente manco
por conta de um ferimento. Aos seus 45
anos ele decide fixar residência em
Nortland, onde dá continuidade na
linhagem da maior e mais espalhada
família pelo mundo. (Se prestar atenção, o

32
leitor notará que existem diversos
membros da família Dandrac envolvidos
com diversos eventos pela história).
-Nascem os Heróis (5E48): Neste ano,
nasceu em Storin, no reino de Bermendir,
Ulfrick, irmão mais novo de Torondar.
Quando ele completa 30 anos, em 5180,
ele decide ser um anão explorador, e sua
primeira parada foi decidida
aleatoriamente: Nortland. É neste mesmo
ano que, através de uma porta mágica –
que não era da Estrada Escura – entra para
este mundo o “viajante de mundos e
tempos” Cold Chase, que começa a viver
em Magnis.
-Primeiros Reconhecimentos (5E53):
Cold Chase consegue entrar para o exército
de Nortland, e muda-se para Usk.
-Expansão Dandrac (5E60): Neste ano,
alguns membros da família Dandrac
partem de Nortland, onde essa família
começa a se espalhar pelo mundo.
-Nascimento de Kevin (5E75): Uma parte
da família não partiu de Nortland. Kevin
Dandrac nasce neste ano, um dos mais
famosos membros da família. Ele morre no
ano 5295.
-Crise dos Dragões (5E98): Neste ano os
dragões atacaram Nortland, que mostrou
ser uma das nações mais poderosas no
combate a estas feras. Três heróis,
contrariando as ordens superiores, foram
para a linha de frente da batalha,
protegendo casa região e cidade do reino
contra os dragões. Eles ficaram conhecidos
como A Trindade, e são eles: Cold Chase,
o herói de origem misteriosa; Ulfrick, o
anão viajante, pronto para massacras
répteis alados com seu machado e Kevin
Dandrac, um dos melhores magos do
mundo. Eles juntos expulsaram os dragões.
-Troféus (5E99): Cold Chase é nomeado
campeão do reino de Nortland. Kevin
torna-se o arque mago real. Enquanto a
Ulfrick, ele voltou a sentir seu antigo
anseio por viagens, e partiu de Nortland,
recusando qualquer prêmio que o rei
nórdico ofereceu.
-Herói Adotado (5E233): Em Nortland,
uma família de mercadores elfos escuros
viaja em Nortland, e são atacados em
Nortland. Por sorte, seu filho recém-
nascido é poupado, e logo é encontrado por
uma família de nórdicos, a família
Dandrac, que cuida dele, dando-lhe o nome
de Jason Dandrac. Jason logo cresce, e
anseia por conhecer Agarin, o reino natal
de seus pais biológicos, e parte no início do
ano 5370, aos seus 35 anos.
-Crise das Aranhas (5E291): Aranhas
gigantes, aproximadamente do tamanho de
cachorros já eram conhecidas pelos
nórdicos. Todos sabem que elas foram
criadas por bruxas. Mas neste ano,
algumas aranhas ainda maiores, que
tinham tamanhos variados, desde o porte
de um cavalo ao porte de um mamute, foi
novidade para Nortland. Elas foram
chamadas de Tarântulas Gigantes, já que
se pareciam sempre com tarântulas, e suas
primas menores eram quase sempre
parecidas com viúvas negras. Sua origem é
desconhecida, mas logo alguns nórdicos
encontraram o ninho principal, que
diminuiu drasticamente o número das
tarântulas gigantes.
-General Forasteiro (6E580): Artur
Pendragon, importante general de Agarin,
muda-se para Nortland, a fim de se tornar
um diplomata entre os nórdicos. Ele é bem
aceito em Nortland, sendo querido por
todos (o que explica ele ter sido chamado
para a expedição que descobriu a Ilha
Otawa).
-O Anel Negro (6E178): Cold Chase, de
forma bastante inesperada, encontra um
comerciante em Usk vendendo o Anel
33
Negro de Baltazar, apesar não saber o valor
de sua mercadoria. Cold o compra,
mantendo-o seguro.

34
 Capítulo 25
Okrin
Okrin é a terra dos orcs verdes, orcs
cinzentos e dos gigantes. O norte de Okrin
é dominado por campos, chamados de
Riese. Nestes campos vivem alguns
gigantes, que construíram a cidade de
Grekk, no pé dos pequenos Alpes Qubit.
Do Norte destes campos vem um rio,
chamado de rio Jus, que após passar pelos
alpes, encontra o rio Bric. Este vem das
montanhas Azuq, que se estendem em
uma linha na direção sudoeste. O rio Bric
viaja para oeste até encontrar o mar, onde
os gigantes controlam o porto Meedros.
Ao sul do rio Bric há a Floresta
Velha, um local antigo, com muitos entes,
que protegem a floresta dos gigantes e
orcs. A partir desta floresta, quase toda
Okrin é dominada pelo clima temperado. O
Pântano Negro é o lar dos orcs verdes.
Suas cidades são escondidas, mas uma
delas é conhecida, chamada de Baroc. A
leste deste pântano há uma ilha, chamada
de Ilha Grün, posse mista entre gigantes e
orcs cinzentos, que brigam pelo poder.
O sul de Okrin é dominado pelos
orcs cinzentos. Esta região é chamada por
eles de Grandmill. A fronteira norte com o
resto de Okrin é composta pelas
montanhas Azuq. A fronteira leste com
Affra é composta em parte pelas
montanhas Azuq, e também pela Grande
Fenda, um precipício que não se conhece
profundidade.
Grandmill possui cinco grandes
florestas. Grak é a única afetada por clima
tropical (sendo assim a única floresta
tropical) vinda de Affra. Frey é outra
floresta de Grandmill, situada no Nordeste
desta região. Perto dela nasce o rio Valuc,
que escorre para o sul, e, aproximadamente
no centro de Grandmill, ele se divide,
formando um novo rio. Valuc continua seu
curso para oeste, mas para o sul corre o rio
Glabuc.
Próximo à ramificação do rio Valuc
fica a floresta Bragar, que é a floresta
onde os orcs cinzentos nasceram. Ao sul de
Grandmill existem mais duas grandes
florestas: Hrungar e Surtur. Surtur é a
floresta que, junto das montanhas Surtur,
formam a fronteira sul de Okrin com
Sodarin. Ao norte da floresta Surtur
encontram-se as montanhas Gubric, onde
os orcs as usam para atividade mineradora.
Drosera
Nesta região de Nîm há, em muita
abundância, uma pequena planta
carnívora. Na verdade não tão pequena.
Ela é perigosa, pois pode causar sérios
ferimentos. Ela é grande o suficiente
para conseguir prender a mão de algum
orc, elfo ou humano que toque seu
interior, se fechando e consumindo o
que tiver ficado por dentro. Ela é
considerada uma planta armadilha, pois
espera que sua presa caia em sua
plataforma, para que a consuma. Por
isso, ela é frequentemente vista sendo
usada para fazer uma parte da segurança
de diversas cidades, principalmente
pelos orcs dos pântanos.
As cidades de Grandmill são
poderosas, com muitos soldados e bem
fortificadas. Ao Norte há Lunze, uma das
três cidades portuárias de Okrin. A oeste,
35
na foz do rio Valuc há Kategat, outra
cidade portuária. Perto das montanhas
Azuq temos Aguir, uma cidade construída
como base de viagens para o norte. No
centro de Grandmill, perto de Bragar, está
a capital dos orcs cinzentos, a cidade
Ogûro. E há também Hudin, a cidade mais
ao sul da região, que monta planos de
invasão em Sodarin.
Erimantos
Os erimantos são javalis de Okryn,
muito grandes para javalis comuns. Eles
conseguem chegar a até cinco metros de
altura, com cinco a sete de
comprimento. Sua pele é tão grossa que
parece que está vestindo uma poderosa
armadura. Eles vivem em pequenos
grupos, e encontro com eles podem ser
mortais. Erimantos são usados como
animais de estimação entre os gigantes,
mas somente entre os nobres. Mas esta
prática não é tão comum. O que é
realmente comum é o uso que os orcs
dão a estas feras. São suas montarias,
isso quando conseguem domar um
erimanto. Os guerreiros orcs são
agraciados com recompensas e status
quando conseguem domar um grande
erimanto, entrando para as mais altas
posições das fileiras orcs. Apesar dos
wargs serem seus bons cães de caça, os
erimantos são infinitamente mais
cobiçados.
Os animais mais comumente
encontrados no norte de Okrin são javalis,
bois, tatus, perdizes e cobras. Por todo o
resto de Okrin existem animais diversos,
como cães selvagens, lobos, jaguares
(apenas na floresta Grak), bisões, mas
principalmente wargs.
Aquele que coordena todo o reino de Grandmill é o alto sacerdote. Ele é um
representante dos Lordes do Caos, consultando-os em alguns momentos para a
tomada de decisões do reino.
A flora é composta principalmente
de carvalhos, bétulas, pinheiros e oliveiras.
Mas a floresta Grak é a única diferente.
Insetos gigantes podem ser encontrados
por lá – como por exemplo o besouro de
fogo. Os jaguares são os animais que
dominam esta floresta fechada.
Okrin é mau dividida
politicamente, em relação a seus habitantes
de raças diferentes. Os orcs verdes
dominam o Pântano Negro, e impedem a
passagem de estranhos por lá, dificultando,
mas não impossibilitando a passagem de
orcs cinzentos para o norte. Mas fora seus
irmãos verdes, eles também encaram o
problema dos gigantes, que se acham
superiores às outras raças (apesar de eles
possuírem apenas uma cidade e um porto
com barcos não muito eficientes). Depois
de alguns anos, os orcs cinzentos
conseguiram se espalhar pelos campos do
norte de Okrin, se escondendo por lá e
formando bases avançadas para invadir e
conquistar terras em Nortland e Agarin.
Os orcs verdes não possuem uma
hierarquia bem definida. Eles possuem um
chefe de tribo, que comanda todas as
cidades, administradas pelos suchefes. Sua
característica marcante é de possuírem um
xamã que sempre inspeciona os visitantes
desconhecidos. Eles conhecem bem as
magias da natureza.
Os orcs cinzentos se organizam
através de uma teocracia. Eles são
seguidores fiéis dos Lordes do Caos, e seu
governo é estruturado da seguinte forma:
36
 Abaixo do general estão os sacerdotes, um para cada cidade. Eles lidam com os
assuntos místicos e intelectuais da cidade, e se reúnem sempre duas vezes ao ano
para discutirem o futuro dos orcs.
Os capitães comandam as tropas de cada cidade, incluindo arqueiros, infantaria e
cavalaria.
Cada tropa especializada possui um mestre, que treina e os mantém em ordem.
Os soldados são os últimos, e podem ser especializados em diversas áreas.

Os orcs cinzentos não focam apenas em
militarismo, eles também apreciam o bom
conhecimento da natureza, para manter seu
nível intelectual junto com os níveis
intelectuais de seus oponentes, ou, para os
xamãs e seus seguidores, estudar a
natureza é a missão de vida deles.
Em Grandmill os orcs cinzentos
sobrevivem de caça e plantio de grãos. Sua
economia não tem parceria com outros
reinos, e eles ficam com todo o minério
que encontram em sua região – e são
minérios bastante diversos.
Os gigantes são mais oligárquicos,
e suas cidades são comandadas por um
corpo político denominado de O Conselho,
um grupo de anciões entre eles, nobres de
famílias influentes, que debatem as
questões mais importantes para os
gigantes. Além disso, eles visam lucrar
mais e mais às custas de seus servos e
escravos, que podem ser gigantes
condenados ou escravos de guerra. Seu
sistema funciona principalmente à base da
exploração dos mais vulneráveis.
Os reis gigantes são aqueles que
estão no topo. Eles também lideram suas
próprias tropas, apesar de terem
comandantes para fazer esta tarefa.
Eventos importantes para Okrin
-Um Grande Problema (4E87): Este foi o
primeiro ano em que os gigantes atacaram
os orcs cinzentos oficialmente. Houve
apenas uma batalha, em que os orcs saíram
vitoriosos.
-Nasce um Herói (4E153): O herói Krusk,
um orc cinzento, nasce no sul de
Grandmill. Quando cresce, aos 25 anos, ele
protesta contra as ideias de conquistar
outras terras, já pertencentes a outras raças,
e, por este motivo, é banido de Grandmill.
Ele se muda para Sodarin, e se torna um
dos raros orcs amigos de elfos.
-Ataque ao Pântano (4E269): neste ano,
os orcs cinzentos tentam conquistar o
Pântano Negro, sem sucesso.
-Relíquia Negra (4E350): Morfeu dá aos
orcs cinzentos o Elmo do Limbo, um elmo
que concede para quem usá-lo a habilidade
de projetar ilusões e pesadelos nos
inimigos mesmo acordados. Esta é a
Relíquia Sagrada secreta de Morfeu.
-Missão Esmeralda (5E23): Os orcs
cinzentos simulam um ataque às Ilhas
Esmeralda, apenas como distração para
colocar espiões em algumas das ilhas. Eles
acabam ficando por lá, roubando de alguns
elfos do mar e levando os tesouros obtidos
para Okrin de tempos em tempos.
-O Coliseu (5E67): Neste ano, em
Grandmill, os orcs cinzentos criam um
coliseu onde colocam gladiadores para
lutarem por suas vidas. Todos foram
capturados por orcs em assaltos, ou são

37
orcs que foram condenados ao coliseu por
conta de crimes hediondos.
-Os Gigantes e o Mar (5E75): Os gigantes
tentam criar embarcações, mas são
péssimos na tarefa, e seus barcos nunca
duram muito tempo.
-Crise dos Dragões (5E98): Neste ano os
dragões atacam Okrin. Os gigantes
conseguem proteger suas duas cidades,
mas os campos ao norte de Okrin são
dominados por dragões. O vale entre Okrin
e as montanhas Lyren (de Affra) é
dominado pelos dragões, que passa a ser
como um berçário para estas feras, que
também dominam as montanhas ao redor.
Em Grandmill os orcs cinzentos fazem um
bom trabalho expulsando os dragões. No
Pântano Negro, os orcs verdes também são
bem-sucedidos em proteger suas terras.
-Os Primeiros Ataques (5E199): Os orcs
chegam às praias a sudoeste de Dumonia,
e começam a desbravar o local. Eles
atacam algumas fazendas e cabanas,
pilhando o que encontravam. A partir daí
os orcs começam a atacar Dumonia com
maior frequência.
-Domínio Orc (5E203 a 6E100): Os orcs
dominam o oeste de Dumonia, tomando o
Porto Ocidental e Caer Ambra. As
Montanhas das Sombras ajudaram a
dificultar o envio de reforços e ajuda por
parte dos elfos. O território dos orcs se
estendia até estas montanhas, e eles
dominaram suas passagens e cavernas,
com a ajuda de goblins das sombras que
levaram. As terras dominadas foram
chamadas de Terras Perdidas. E, no ano
5500, conhecido como libertação orc, os
elfos da neve conseguiram enfim retomar
suas terras, com a ajuda de um pequeno
grupo de orcs cinzentos que não
concordavam com a ideologia de seu povo.
Entre eles está Krusk.
-Conquista da Costa Oeste (6E350): Os
orcs cinzentos conseguem dominar a costa
oeste de Sodarin.
-Montanhas Perdidas (6E420): As
montanhas que fazem fronteira ao sul com
Sodarin são dominadas por dragões, e os
orcs perdem os domínios delas.
-Um Novo Império (6E537): Neste ano, se
aproveitando do enfraquecimento de
Soutland por conta da Guerra da Riqueza,
os orcs cinzentos atacam Soutland, e
conseguem dominar a maior parte do
reino, com exceção do nordeste de
Soutland. Este reino se torna parte de
Okrin, sendo chamada posteriormente de
Nova Okrin.
-A Queda de Artur (6E886): Neste fatídico
ano, dez habilidosos e inteligentes gigantes
encontraram um meio de aprisionar parte
da essência de alguns Guardiões e usar
seus poderes a seu favor. Eles usaram esta
vantagem, mais um exército de orcs e
vampiros para dominar Maldária. Eles
começaram com o sul, e conquistaram todo
o reino. Artur foi morto pelo rei gigante,
mas sua espada, Excalibur, se perdeu.
38
 Capítulo 26
Sodarin
Este reino pertence aos elfos da
floresta. Sodarin é um dos reinos mais ao
sul do continente, e é caracterizado por
possuir a maior floresta do mundo. Ao
Norte Sodarin faz fronteira com Okrin
pelas montanhas Surtur e pela floresta
Surtur. A leste faz fronteira com Valáquia,
primeiramente com o rio Idrin, que vem
das montanhas Surtur ao norte e termina no
Lago de Fogo. Este lago é chamado assim
por conter uma grande quantidade de
enxofre por conta do vulcão Mitrin. O
resto da fronteira com Valáquia é
composta pelas montanhas Elinor, que
descem ao sul e depois viram a oeste,
fazendo parte da fronteira de Sodarin com
Soutland ao sul.
Viúvas Negras
Além dos orcs em constante ataque na
fronteira norte de Sodarin, os elfos têm
de lidar com as viúvas negras, uma
Criatura do Caos em forma de aranha
gigante. Elas se reproduzem em
cavernas e se alimentam de animais, de
algumas plantas e de outros seres vivos.
Alguns pontos fechados das florestas
são as casas dessas aranhas, que tecem
suas teias de forma a bloquear ainda
mais a luz do Sol, criando também
alguns túneis para que suas presas
fiquem perdidas.
Dominando boa parte do reino está
a floresta Grimador. Ela está localizada
perto do centro de Sodarin. No centro de
Grimador está uma cidade chamada
Budevan, primeira cidade de Sodarin. A
leste de Grimador corre o rio Adain, que
vem do Norte e corre até encontrar as
montanhas Elinor. Lá ele encontra uma
cachoeira subterrânea e some em um
abismo escuro.
Ao sul de Grimador nasce o rio
Reimev, que corre na direção noroeste até
encontrar seu delta no mar. Perto dele, a
sudoeste do reino, ficam duas florestas:
Taran e Alunze.
Ao norte do reino corre o rio
Mederion. Perto dele estão localizadas a
floresta Melin e a floresta Saeb. A oeste
de Saeb ficam as montanhas Odaniri, lar
de glifos.
O clima de Sodarin é próximo ao
clima temperado, com a única diferença de
que não neva em Sodarin, apesar de ser
relativamente fria. Suas árvores são de
diversos tipos, podendo ser bordos,
carvalhos, castanheiros, pinheiros e
oliveiras, por exemplo. Os animais
encontrados com mais frequência por toda
Sodarin são javalis, gatos selvagens, ursos,
lobos, raposas, aves de grande e pequeno
porte e veados.
A Harpia
Em Sodarin existe uma grande águia
chamada harpia. Ela vive em suas
florestas caçando seu alimento e
enfrentando viúvas negras para limpar
as florestas do mal. As harpias são os
animais de Sodarin mais próximos dos
elfos da floresta.
Entre as florestas Saeb e Melin está
a cidade de Hustak. Esta cidade não é
muito movimentada. No fim do rio
Mederion está a cidade portuária Karloon,
que recebe muitos barcos estrangeiros,
mas dificilmente os elfos da floresta
constroem barcos e os enviam pelo mar. Os
39
portos de Sodarin tem a função de receber
estrangeiros de maneira mais fiscalizada.
O outro porto de Sodarin fica ao sul de
Alunze, chamado de Porto das Aves. A
leste dele está Balen, uma das cidades que
administram os vigias de fronteiras. Balen
é responsável pelas vigias ao sul de
Sodarin.
Sino da Morte
O sino da morte é uma planta venenosa
que existe em toda Sodarin, usada como
alimento por apenas alguns animais.
Porém ela continua sendo venenosa para
a maioria dos seres vivos.
Ao norte de Grimador está Alun.
Ao norte de Sodarin fica Grautar,
localizada na floresta Grautar, que é a
cidade responsável pela vigia da fronteira
norte. Ela recebe ajuda de soldados de
Hustak e Alun. A leste fica Dimev, a
cidade que cuida das diplomacias com os
anjos e bretões em Valáquia.
Mas a capital de Sodarin fica
escondida. Ela está localizada no topo de
uma das montanhas Elinor, construída de
uma maneira que não pode ser vista por
fora. Ela é chamada de Gonfard, e mesmo
entre os elfos da floresta, são poucos os
que sabem como encontrá-la, já que ela
possui uma entrada secreta pelas
montanhas. Além disso, as pessoas de
dentro não tem visão do lado do horizonte,
apenas de picos da montanha. Aqueles que
quiserem encontrar Gonfard deverão
procurar pelos glifos em Odaniri, e provar
que têm o coração puro, ou, no mínimo,
boas intenções. Se os glifos os aprovarem,
eles os levarão até Gonfard, porém
vendados, para que não saibam a
Cada cidade de Sodarin possui um rei élfico, que zela pelo seu povo.
Os elfos contam com ministros para organizar os setores do reino, tais como o setor
de saúde, o setor de educação ou o setor militar.
Os generais são aqueles que comandam as tropas de Sodarin. Eles respondem
diretamente ao ministro da guerra, do setor militar. Os pesquisadores, estudiosos e
localização. Apenas o rei élfico de Gonfard
poderá revelar a localização de Gonfard, e
dizer se os visitantes poderão deixa-la.
Esta cidade foi construída de maneira
escondida para que, mesmo que Sodarin
seja atacada ou dominada, os elfos ainda
tenham um refúgio seguro e protegido.
Gonfard é uma valorosa cidade, e
possui a fama pelo mundo de arrecadar
conhecimento. Ela possui a melhor
universidade do mundo, que compete com
os elfos das profundezas, e é também a
única universidade que possui um curso
feito para estudar e conhecer monstros.
Muitos elfos diferentes partem para
Gonfard a fim de estudar lá.
Os elfos da floresta não montam
grandes exércitos. Ao contrário disso, eles
eliminam os intrusos através de artimanhas
furtivas por entre as árvores. Todos vivem
com a produção de alimentos vegetarianos.
Um elfo da floresta está sempre em
sintonia com as árvores e os animais. As
dríades e os entes são amigos de todos os
elfos da floresta.
Cada cidade de Sodarin é
independente, mas todas agem unidas. A
confederação dos elfos da floresta é
chamada de Ordem da Folha, onde cada
rei de cada cidade de Sodarin faz parte da
ordem. Outros elfos da floresta fazem parte
desta ordem também, mas somente os reis
agem como líderes. A hierarquia de
Sodarin é simples, já que os elfos da
floresta costumam tratar todos como
iguais:
40
 eruditos detém o mesmo grau de poder que um general. Junto destes existem os
magos, feiticeiros e, principalmente, druidas de Sodarin. Frequentemente um
druida recebe o título de arquidruida de Sodarin, estando ao lado do rei, com
mesmo grau de poder que os ministros.
Os soldados são os pilares da hierarquia militar. Mas, junto deles estão os artesãos e
comerciantes, entre outros elfos da floresta que praticam outras atividades.

Sodarin não teve muitos reis. -Muitas Cabeças (5E15): De maneira

Depois da Era das Trevas, Sodarin ficou
muitos anos sem possuir um rei. Mas, no
ano 4E261, o rei Arammis foi coroado, aos
seus 97 anos. Ele viveu até seus 3000 anos,
e foi rei até o ano de 7603.
Eventos marcantes de Sodarin
-Bota do Vento (1E150): Neste ano o
Guardião do ar Luft dá a Bota do Vento
para o rei de Sodarin. Esta bota concede a
habilidade de correr em grandes
velocidades.
misteriosa, as hidras começam a se
reproduzir em Sodarin.
-Perda da Costa Oeste (6E351): Os orcs
cinzentos conseguem dominar a costa
oeste de Sodarin.
-Perda do Norte (6E461): Os orcs
cinzentos dominam o norte de Sodarin.
Eles perdem as cidades de Karloon, Hustak
e Grautar. Perdem também as florestas
Saeb, Melin e Grautar. As montanhas
Odaniri não são atacadas porque os orcs
tem medo dos glifos.

41
 Capítulo 27
Soutland
Este é o lar dos sulistas, e é o reino mais ao
sul do Continente. Os sulistas são mais
egoístas em relação aos outros humanos, e
de tempos em tempos, sempre um dos reis
acaba se tornando um tirano ditador.
Soutland faz fronteira ao norte com
Sodarin e Valáquia. As montanhas Elinor
se encarregam em criar as fronteiras com
Sodarin, enquanto que o rio Bregor é
utilizado como marco de fronteira com
Valáquia.
Soutland possui uma faixa de
campos que vai do noroeste ao sudeste do
reino. Ele começa no Vale das Sombras, e
termina ao sul dos Pântanos
Assombrados. O Vale das Sombras é
pouco explorado, sendo alvo de muitas
histórias e superstições. O Pântano
Assombrado é literalmente assombrado
por fantasmas e aparições desde a Era das
Trevas.
Bruxas
Em Soutland também há bruxas. Não o
tipo que tem um patrono (como em
D&D). Mas sim a raça das bruxas. A
maioria delas são totalmente
inofensivas, todas originárias de
Avalon, o plano das fadas. Mas algumas
tem o azar de cruzar o caminho da
Corruptora, que as transforma em
bruxas malignas, prontas para causar o
caos em qualquer lugar que estejam.
Praticamente todas as bruxas de
Soutland são malignas, mulheres
perversas prontas para salgar os campos,
devorar as crianças e escravizar os
adultos. Elas vivem com mais
frequência nos Pântanos Assombrados e
na Floresta das Trevas, local
rigidamente evitado pelo povo de
Soutland.
O sul e nordeste do reino é
dominado por clima tropical – um pouco
mais frio que o habitual para este tipo de
bioma. A fronteira com Valáquia é
delimitada pelo rio Bregor, mas é
caracterizada por possuir uma savana. O
sudoeste do reino possui uma faixa de
floresta temperada.
A leste pode-se encontrar a floresta
Hubric. Nela, alguns felinos de grande
porte, como onças, podem ser encontrados.
Ao sul de Hubric ficam as montanhas
Alazor.
No centro-leste de Soutland fica
uma cadeia de montanhas que forma um
grande Y, chamadas de montanhas
Downgur. A oeste, ao lado destas
montanhas, fica a Floresta das Trevas,
uma floresta amaldiçoada por bruxas e
outros seres malignos desde a Era das
Trevas. Ao sul das montanhas Downgur
ficam as montanhas Fanatar.
Na parte oeste do reino fica uma
cadeia de montanhas que faz um arco de
norte a sul, conhecida como Muros
Brancos. Os Muros Brancos são apenas
interrompidos por uma floresta chamada
Sildarion. A leste de Sildarion fica outra
floresta, chamada de Lân.
Nos campos de Soutland vivem
muitos cavalos, usados para engordar o
comércio do reino. Bois e touros também
42
são comuns, mas são criados em fazendas.
Na floresta de Hubric e arredores, além das
onças, primatas grandes como
orangotangos e gorilas são comuns, além
de insetos grandes. Agora, na região
coberta pelas florestas das Trevas,
Sildarion e Lân apresentam animais como
raposas, lobos (de espécies menores),
veados e gatos selvagens.
Formigas Gigantes
Elas não são chamadas assim à toa. Elas
existem apenas em Soutland, apesar de
até aqui serem raras. Estas formigas
formam poucas colônias, apesar de
serem muito numerosas. Elas tem, em
média, o tamanho de um cão de porte
médio. E são muito atraídas por metais
brilhantes. Elas, felizmente, são
noturnas, o que ajuda os sulistas a
esconderem seus metais durante a noite.
Uma formiga que nota um metal
brilhando logo chama suas
companheiras. Ela não tenta roubar o
metal se houver resistência, ela levará o
portador junto, que, provavelmente,
servirá de refeição.
A primeira cidade de Soutland foi
Linus, que é sua capital, construída ao sul
das montanhas Downgur. Ao Norte, depois
das montanhas Downgur, fica outra
cidade, conhecida como Schy, que é
encarregada de atividades mineradoras nas
montanhas. A cidade de Nilia se encarrega
de diplomacias com Valáquia, enquanto
Buric recebe embaixadores de Sodarin.
A oeste, depois da floresta
Sildarion, fica a cidade de Dinun. Esta
cidade se encarrega de distribuir peixes
vindos dos Portos Brancos a oeste, e
também o administra de longe – apesar de
os líderes serem negligentes. Ao sul de
Soutland fica o Porto Ébano, que faz o
monitoramento marítimo das águas do sul.
E a leste fica o Porto Hubric, que cuida das
expedições pelo oceano.
A hierarquia de Soutland é um
tanto mais nobre que o normal, mas
baseada no feudalismo.

O rei é o que está acima de todos. Ele decide o que é prioridade para o povo
(normalmente os assuntos que dizem sobre o próprio umbigo). Foram poucos os reis
justos e honestos que viveram em Soutland.
Os duques possuem grandes posses de terras. Eles são generais aposentados, que
serviram ao rei e este os concedeu um título com mais poder. Cada cidade possui um
ou dois duques que a administram, bem como as terras em volta desta cidade.
Os marqueses eram aqueles que tinham como função administrar fronteiras. Eles
também possuíam terras para si próprios, com seus vassalos cuidando delas.
O rei possuía um conde, que atuava como conselheiro do rei. Abaixo do conde, mas
com a mesma “altura” hierárquica estava o visconde, que era seu substituto em
casos de ausência. Além deste, os outros condes do reino atuavam como coletores de
impostos.
Os barões são donos de fazendas e são sempre muito ricos. A maioria se aproveita
do povo mais pobre que vive em suas terras. Um baronete era designado para
administrar suas terras em sua ausência.
Os generais não possuem tanta importância em Soutland, e são consultados apenas
para criar estratégias militares eficientes junto com os Duques.

43
 Os cavaleiros tinham respeito entre todos, apesar de não possuírem nenhum poder e
estar acima apenas dos soldados e camponeses.
Existiram muitos reis de Soutland através
da história. Muitos conspiraram contra
outros reis e roubaram o trono. Houve
muita confusão, traição e intrigas. Os
sulistas são famosos por sua ganância e
vaidade. Soutland foi o único país a apoiar
a Era das Trevas, e, por isso, Soutland foi
favorecida. Mas teve um fim trágico.
Eventos marcantes para Soutland
-O Presente de Ignis (1E210): Neste ano,
apesar de ser algo raro, Soutland tinha um
campeão. Este campeão tinha coração
nobre, e protegia a todos e sempre impedia
que injustiças fossem feitas. A Guardiã do
fogo Ignis deu-lhe de presente sua Relíquia
Sagrada, o Anel do Dragão. Após a morte
do Campeão, o anel ficou com o rei.
-O Fim de Atlântida (4E452): Soutland é
um reino ambicioso, e seu rei queria ser o
rei com as maiores riquezas do mundo, e
Atlântida estava no caminho. Ele enviou
espiões para Atlântida, e os ordenou que
encontrassem um meio de afundar a
cidade. Seus espiões roubaram a Gema do
Céu, e a cidade ruiu, destruindo-a. Muitos
anões, homens e elfos morreram nesta
tragédia, inclusive elfos do mar, que foram
esmagados por destroços. Os espiões não
foram encontrados, apesar de terem
morrido na tragédia. Uma guerra entre os
elfos do mar e os sulistas só não foi travada
porque o Reino Esmeralda não sabe quem
era o verdadeiro culpado pela tragédia.
-Navegações (5E32): O rei de Soutland
envia barcos para o sul e para o leste, a fim
de encontrar terras com tesouros para
enriquecer sua nação.
-Crise dos Dragões (5E98): Neste ano os
dragões atacam Soutland. O reino se une
para se defender. Um dragão faz moradia
nas montanhas Alazor, e outros dois nas
montanhas Fanatar. As cidades foram
salvas, com exceção de Linus, que acaba
sendo destruída no primeiro ataque, e
nunca foi reconstruída. Uma grande ilha a
sudeste de Soutland é dominada e
transformada em um berçário de dragões.
-Colonização (5E129): Partindo do Porto
Hubric, uma frota de navios parte em busca
de novas terras, a fim de dominá-las e
coloniza-las. Não se sabem se eles
encontraram ou se perderam, pois nunca
mais voltaram.
-Sutileza dos Malignos (5E228): Neste
ano atividades de criaturas malignas
começam a acentuar na Floresta das
Trevas. Cresce a lenda de uma bruxa
conhecida como Baba Yaga.
-Nascem Gêmeos Heróis (6E17): Neste
ano nascem os famosos gêmeos caçadores
de bruxas Peter Buckmin e Gwen Buckmin.
-O Início da Caçada (6E32): Explorando
uma caverna em família, que deveria ser
segura, os pais dos irmãos Buckmin são
mortos por uma bruxa. Eles fogem pela
caverna, se perdem e são salvos por elfos
das profundezas, que também eliminam as
bruxas. O pequeno grupo de elfos das
profundezas estava viajando pelas
cavernas abaixo de Soutland, e então
decidem adotar os jovens irmãos. Eles os
levam para o norte através das magnificas
cavernas abissais, conhecidas apenas pelos
elfos das profundezas.
44
-Treinamento Árduo (6E35 a 6E40): Os
elfos das profundezas que vivem abaixo de
Affra recebem uma visita de Cold Chase,
que vagava pela Estrada Escura – por
motivos desconhecidos. Ele conhece os
dois irmãos e decide treiná-los, vendo que
estavam convencidos a voltar para
Soutland e caçar as bruxas da Floresta das
Trevas.
-Caçadores de Bruxas (6E41): Os irmãos
Buckmin voltam para Soutland, onde são
chamados por todos de Caçadores de
Bruxas. Sua popularidade se espalha, o que
facilita o trabalho, já que as outras bruxas
começam a ataca-los com mais frequência.
-Apena Um (6E52): Gwen é morta por
Baba Yaga.
-A Última Caçada (6E63): Peter Buckmin
finalmente encontra Baba Yaga e a mata,
encerrando a existência de bruxas em
Soutland. Peter morre com 71 anos, no ano
5488.
-Guerra da Riqueza (6E517 a 6E526):
Soutland, o país dos sulistas no Grande
Continente, estava enriquecendo e queriam
cada vez mais. Eles desejaram os tesouros
dos anões, e tentaram roubá-los. Os anões
mandaram uma carta para o rei de
Soutland, dizendo que os o rei humano
deveria ir pessoalmente pedir desculpas
pelo ocorrido, e que, se isso fosse feito, os
anões perdoariam a tentativa de roubo. Os
sulistas armaram uma emboscada e
tomaram Alborg por inteiro, e então o rei
Torundur declarou guerra com Soutland.
Bermendir saiu vitorioso.
-Um Novo Império (6E528): Neste ano, se
aproveitando do enfraquecimento de
Soutland por conta da Guerra da Riqueza,
os orcs cinzentos atacam Soutland, e
conseguem dominar a maior parte do
reino, com exceção do nordeste de
Soutland. Este reino se torna parte de
Okrin, sendo chamada posteriormente de
Nova Okrin.
45
 Capítulo 28
Valáquia
Valáquia é o lar dos Bretões. Alguns anos
depois, os anjos vieram do Plano Estelar e
se juntaram a eles.
A oeste, Valáquia faz fronteira com
Sodarin através do rio Idrin e das
montanhas Elinor. Ao Norte, o rio
Senemar marca as fronteiras com Affra, e,
ao sul, a fronteira com Soutland é
delimitada pelo rio Bregor e sua savana
circundante.
Valáquia é um reino dominado por
clima temperado. O vento frio aqui vem do
Leste, e param nas montanhas Miran,
localizadas a oeste de Valáquia. Isso
explica porque não neva em Sodarin.
Ao lado das montanhas Miran está
a floresta Belerin, a única floresta
totalmente segura de monstros em
Valáquia. Ao Sul fica uma floresta
dividida pelo rio Oderin, chamadas de
Birn Norte e Birn Sul. No centro leste fica
a Floresta Negra, com árvores escuras e ar
pesado e nevoento, onde habitam algumas
Criaturas do Caos. A última floresta
importante é Harakar, local onde moram
os vampiros, que são os maiores problemas
de Valáquia.
A oeste de Harakar estão as
montanhas Belzile. Delas nasce o rio
Oder, que corre na direção sudoeste.
Depois de alguns quilômetros ele se
ramifica. Uma de suas partes vai para o sul,
chamado de Oderon. A outra, chamada de
Oderin, toma rumo até a floresta Belerin,
onde sai dela pelo sul. O rio Oderin se
ramifica, indo para o sul, e formando o rio
Bregor, que vai para sudoeste, encontra as
montanhas Elinor e depois forma a
fronteira com Soutland. O rio Oderin viaja
para o sul por algumas milhas até virar para
o leste, onde sua parte mais larga corta a
floresta Brin ao meio. Enfim, os rios
Oderin e Oderon se encontram, e voltam a
formar o rio Oder.
No centro de Valáquia há o Monte
Hotingar, de onde nasce o rio Azov. Este
rio vai para o leste e se ramifica duas vezes.
Na primeira, após passar ao lado da
Floresta Negra, ele gera o rio Sinus, que
vai para o sul, encontrando o mar em um
delta. Mas o Azov continua para o leste.
Suas ramificações possuem o mesmo
nome, Azov. Uma segue para o nordeste
até encontrar o mar, e outra segue para
sudeste, até encontrar o mar também.
Vampiros
Os vampiros nem sempre existiram.
Eles são obra da corruptora, embora isso
só tenha se revelado ao mundo depois da
9° Era. Eles eram pessoas comuns,
bretões, que, durante a Era das Trevas,
foram corrompidos, transformados em
máquinas insaciáveis de matar, prontos
para maquinar planos para conquistar a
tudo e a todos, e sedentos para consumir
a vida de seus semelhantes.
As árvores mais encontradas em
Valáquia são bordos, carvalhos,
castanheiros ou oliveiras. Os animais mais
comuns são: porcos selvagens, javalis,
lobos, raposas, alces, cervos, veados,
águias, falcões, ursos e corujas.
46
 A oeste da Floresta Negra foi da 8° Era, pégasus não foram mais
construída a capital do reino, nomeada de vistos em Valáquia por séculos.
Brest. Ao sul de Belerin está Bradso, a
cidade que cuida das relações com
Junto com a missão de caçar
Sodarin. Nas montanhas Trakar, ao sul do
vampiros está Stuttgard, uma cidade
rio Senemar, está Rostov, a cidade que
localizada ao norte de Harakar. Ao sul de
patrulha a fronteira com Affra. Também
Harakar está Belfast, a única cidade
encarregada de fazer a fronteira com Affra,
portuária de Valáquia. Eles não possuem
está, ao leste das montanhas Belzile, a
muitos navios, mas suas defesas contra
cidade Lenkoran. Mas esta cidade tem
ataques vindos do mar é formidável.
uma segunda função, que é vigiar a floresta
Harakar, e caçar os vampiros. Por fim temos Sheffeld, uma
cidade que fiscaliza a costa leste de
Pégasus Valáquia.
Estes cavalos alados são mais comuns
em Valáquia. Foram trazidos pelos
anjos, no fim da Era das Trevas, A monarquia de Valáquia é
servindo como montaria para muitos
constituída da seguinte forma:
cavaleiro do reino, que se tornaram
implacáveis. Mas, infelizmente, depois
Administrando todo o reino está o rei.
Logo abaixo está o conselheiro do rei. Depois da chegada dos anjos, todos os cargos
de conselheiros foram ocupados por anjos.
Com exceção de Brest, que é onde fica o rei, cada cidade é comandada por um
Duque. Eles atuam como líderes administrativos das cidades.
Os Nobres possuem funções diversas nas cidades. Alguns deles têm apenas nomes,
por serem parentes do rei, conselheiro ou Duques.
Os Generais comandam as tropas de soldados em Valáquia. Cada cidade possui
entre três e cinco generais.
Os Capitães se encarregam de treinar os soldados e cavaleiros.
Os Marqueses são nobres que se submeteram a vigiar as fronteiras com Affra,
Soutland e com Harakar, para garantir a segurança do povo.
A Cavalaria cuida da defesa pesada no reino. Eles são mestres na montaria em
cavalos ou outros animais ou seres mágicos.
Os soldados e os camponeses possuem o mesmo grau na hierarquia.

Os anjos evitam fazer parte das altas
patentes entre os bretões, alegando que
Valáquia é um reino humano, não de anjos.
Apesar disso, alguns anjos ocupam cargos
de Duques, nobres, generais ou até mesmo
capitães.
Eventos marcantes para Valáquia
-Chegada dos Anjos e Criação dos
Licantropos (Era das Trevas): Neste
período os anjos chegaram ao mundo, com
a missão de ajudar os mortais a se
libertarem do tirano que oprimia o mundo.
Eles se estabeleceram em Valáquia, com
os bretões. Os bretões foram quase
exterminados, então os anjos lhes
acenderam a forma animal latente dentro
de alguns deles, dando início à Ordem dos

47
Licantropos, os melhores caçadores de
vampiros em todo o mundo.
-Batalha da Cidade Oculta (4E180): Os
caçadores de vampiros encontram uma
cidade de vampiros, em que eles mantêm
escravos procriados desde a Era das
Trevas, e atacam. Foi uma grande batalha,
e todos os escravos foram libertos.
-Tomada de Harakar (5E18): Os
vampiros tomam a floresta Harakar por
completo, formando um reino por lá. O rei
deles se intitula o Drácula.
-O Anel Amarelo (5E66): Leben escolhe
um anjo em Valáquia e lhe entrega o Anel
Amarelo, um Anel de Poder misterioso,
com origem desconhecida.
-O Príncipe das Trevas (5E85): Entre os
vampiros, um entre eles se destaca, de
nome Vlad Dracul Tepes.
-Drácula II (5E88): Vlad mata o antigo rei
vampiro e se torna o novo rei vampiro,
onde passou a ser chamado de Drácula, o
filho do dragão. Ele é o vampiro mais
poderoso e perigoso da história. Seu
castelo foi construído atrás das Montanhas
Azuis.
-Crise dos Dragões (5E98): Valáquia é o
reino que menos sofreu com esta crise. Os
anjos são os maiores especialistas no
combate com dragões, e eles ficaram na
linha de frente de proteção ao reino contra
estes Agentes do Caos.
-Segunda Crise dos Dragões (6E70): Os
dragões estavam insatisfeitos com sua
derrota para os anjos em Valáquia, e
organizam um novo ataque. Valáquia
vence, mas a cidade de Sheffeld é destruída
permanentemente.
-A Queda de Drácula (8E1000): Drácula,
o rei vampiro, por motivos desconhecidos
por muitos, atacou o reino. Ele liderou um
grande massacre, mas foi impedido por
cinco grandiosos heróis, lembrados por
todos através de gerações: Gowther
Dandrac, Lynae Natur, Ral Grado, Leon
Ângelo e Elrond Dracul Tepes.
48
 Parte IV
Algumas Personalidades Históricas de
Destaque

49
 Algumas personalidades em Nîm tiveram uma participação tão grande
e importante na história, que, sem eles, a história do mundo poderia ter sido
diferente.
Ou, mesmo que suas ações não tenham influenciado o mundo, eles
fizeram sucesso em seu pequeno círculo de influência. Aqui eu relato
brevemente sobre os personagens mais importantes da história de Nîm.

50
 Torondar Firebeard
Torondar Firebeard, filho de Arondir, foi
um anão que viveu em Storin, nascido no
ano 5E28. Seu pai era um artesão de gemas
muito respeitado nas minas Tromso.
Torondar cresceu forte e saudável, sempre
com um sorriso no rosto e um espírito
aventureiro. Ele nasceu na cidade das
minas Tromso, próximo às fronteiras com
Harmandir, e este ambiente favoreceu sua
vontade de se aventurar, sempre
procurando por algo que o desafiasse.
Ele gostava de se aventurar em
cavernas, e foi isso que mudou sua vida.
Em uma de suas andanças, explorando
uma caverna, Torondar chegou em um
túnel muito mais escuro. Como ele estava
armado com seu machado, ele resolveu
continuar para ver onde o túnel levaria. A
caverna era escura, mas sua visão de anão
lhe permitia enxergar um pouco na
escuridão. Ele caminhou, e foi emboscado
por seres desconhecidos por ele. Torondar
os enfrentou e os venceu.
Foi depois de ver que a caverna
começava a apresentar padrões estranhos
que Torondar notou que estava na Estrada
Escura. Mas não se deixou dominar pelo
medo ou desânimo, e continuou sua
jornada. Ele teve a sorte – ou não – de
encontrar a Caverna dos Tesouros. Nesta
caverna ele conheceu Krieg, o Guardião da
guerra. Krieg o ofereceu o Anel Vermelho,
um Anel de Poder que lhe conferiu a força
de mil anões.
Pois bem, Torondar continuou sua
jornada de volta ao seu lar. Mas desta vez,
os perigos se tornaram menos alarmantes,
pois com o Anel Vermelho, qualquer
monstro era tão perigoso para ele quanto
uma pulga.
Ao voltar para Storin, Torondar de
início manteve sua descoberta em segredo,
e voltou a trabalhar em suas gemas que ele
gostava tanto. Mas neste ano, tudo mudou,
pois houve a Crise dos Dragões. Ao ver o
primeiro réptil alado, Torondar não hesitou
em colocar seu anel e defender o seu povo.
Minas Tromso foi o primeiro alvo do
ataque, mas poderiam haver mais.
O anão aventureiro agora tinha se
tornado um guerreiro. Ele derrotou dragão
após dragão, ao lado de seus irmãos anões,
garantindo a segurança do reino. Ele fez
dupla durante a Crise com o Campeão de
Bermendir na época, que possuía a
Manopla da Força. Juntos, eram
imbatíveis, sempre derrubando os maiores
dragões. Os outros guerreiros anões
cuidavam dos dragões menos selvagens e
perigosos. O trabalho de equipe foi
formidável.
Mas uma fatídica tragédia também
ocorreu. O rei de Storin até o presente
momento, Bofur, caiu em batalha contra
um dragão. Após vingar seu rei, o povo
anão nomeou Torondar como herói, e, logo
mais, como rei, vendo que Bofur não
possuía herdeiro.
Os feitos de Torondar não se
limitaram a eliminar dragões.
Um anão insatisfeito, chamado
Valinus, desencadeou uma guerra civil em
Bermendir, com o intuito de tomar o trono
para si. Ele acreditava ser o merecedor do
trono, por ter um distante parentesco com
51
Bofur. Valinus era primo de Bofur. Mas
nas leis dos anões, um primo não tem
direito à coroa, e um anão pode ser
declarado rei pelo povo se ele se mostrar
merecedor.
A rebeldia de Valinus não levou a
lugar nenhum, a não ser à sua própria
ruina. Torondar tomou as rédeas da guerra,
e pessoalmente derrotou as forças de
Valinus, tendo o cuidado de não matar
nenhum anão. Valinus, após derrotado,
enquanto estava sendo levado para uma
prisão, fugiu, e nunca mais foi visto.
Torondar foi um rei bom e
benevolente. Ele acreditava que apenas o
diálogo e a compreensão poderiam levar
Bermendir a um novo progresso. E isso foi
o que mais marcou seu reinado, tendo em
vista que Torondar foi um dos reis mais
piedosos que Storin já viu. Torondar teve
um filho, o qual ele chamou de Astrador.
52
 Cold Chase
Este indivíduo com certeza detém o maior
mistério e a maior história de Nîm. Pois ele
se trata de um Perdido.
Quando a Árvore da Vida morre, o
mundo acaba. Então, uma nova Árvore da
Vida nasce, dando origem a um novo
mundo. Aqueles que nasceram com a
Yggdrasil anterior e não morreram,
tornam-se Perdidos. Significa que sua
folha na Árvore da Vida não morreu, e que
não chegou a hora de sua alma ir ao Mundo
Sombrio ou ao Palácio Eterno. Estes
indivíduos ficam perdidos no tempo, no
Vazio. Quando a próxima Yggdrasil nasce,
eles são levados para o mundo criado por
ela, em qualquer ponto do tempo,
aleatoriamente.
Cold Chase é um deles. Ele nasceu
e vivenciou um Mundo Anterior, conheceu
outros povos e outras culturas. Outros
Guardiões. Mas o que o torna tão diferente
não é o fato de ele ter o conhecimento de
um mundo antes deste, mas sim o fato de
ele ser obrigatoriamente um perdido. Cold
é um ser imortal, de origem desconhecida
– conhecida só por ele é claro. Mas ele se
recusa a revelar – e com poderes
imensuráveis.
Ao que tudo indica, seu mundo não
acabou. Foi destruído. Aqueles com que
Cold se torna amigo, ele menciona a
destruição como algo criado pelos Lordes
do Caos como Cavaleiros do Apocalipse.
Isso é tudo que Cold Chase fornece de
informação sobre sua origem, história, e
sobre os Cavaleiros do Apocalipse. Ao que
todos imaginam, isto está relacionado com
a Sentença do Apocalipse, mencionada por
Morfeu no ano 6E541.
Cold é capaz de manipular magia à
maneira que desejar. Possui força
suficiente para vencer dez homens usando
dez Anéis Vermelhos iguais aos de
Torondar, e é rápido o suficiente para
aparar uma saraivada de flechas em um
instante de segundo, sem se ferir. Sua
resistência física é inimaginável, e Cold
demonstrou isso deixando que um dos
maiores dragões lançasse seu hálito de
fogo diretamente nele. Cold saiu ileso, e
matou o dragão.
Mas além de ser quase tão
poderoso quanto um Guardião, Cold é
bondoso como Leben ou Nara. Ele se
identifica com a natureza, e preza pela vida
e pela liberdade das pessoas. Sempre
calmo e calculista sobre qual atitude
deverá ser a certa a se tomar, Cold mostra
ser um verdadeiro herói para o povo, e isso
garantiu que ele fosse o Campeão de
Nortland. Cold aproveita sua imortalidade
para enfrentar as forças do mal sem medo
de encará-los.
53
 Artur Pendragon
Artur Pendragon, diferente do que
conhecem, não foi um humano, e sim um
elfo da luz nascido em Agarin. Nascido no
ano 5E63 na cidade de Dublin, Artur era
filho de um escrivão da cidade. Ele cresceu
e rapidamente mostrou ser promissor.
Artur recebeu este nome por que era o
nome do melhor amigo de seu pai, que era
nórdico.
Ele foi um bom elfo. Respeitava a
todos e cuidava dos mais fracos. Sempre
demonstrou compaixão e eficiência para
cuidar do povo élfico. Ele punha a vida dos
outros à frente da sua própria.
Lutou bravamente na Crise dos
Dragões, e isso culminou em um merecido
cargo como um dos generais de Dublin,
que ele aceitou no ano 5E108, após se
sentir totalmente pronto. Infelizmente, sua
primeira empreitada como general foi um
fracasso, e ele foi derrotado por Baltazar, o
Necromante, que o fez prisioneiro.
Porém, quanto o Necromante
atacou novamente Agarin, no ano 6E491,
Artur foi mais prudente e conseguiu salvar
alguns elfos da aniquilação, tornando-se
um dos líderes e organizadores da
Resistência. Ele ajudou Cold Chase a
chegar em Baltazar para sua derrotar.
Alguns anos depois, em 6E571,
trinta anos após a segunda derrota de
Baltazar, Artur decide mudar sua carreira
para diplomata, deixando o cargo de
general para elfos que ele julgava serem
mais brilhantes para a tarefa. Então ele
partiu para Nortland, se tornando um
diplomata dos elfos escuros fixo em Usk,
capital dos nórdicos. Artur ganhou a
amizade do rei, e isso lhe garantiu um
convite formal para acompanhar a
expedição de exploração dos nórdicos, que
descobriu o sul da Ilha Otawa.
Ali Artur foi convidado a retomar o
manto de um general, já que o novo
pequeno reino independente de Maldária
entrou em guerra civil pelo poder. Mas
Artur, com toda sua inteligência e
benevolência, foi aos poucos conquistando
o sul do reino de forma pacífica e limpa.
Neste período Artur conheceu
Merlim Dandrac, um influente mago da
família Dandrac. O mago recebeu a missão
de Krieg de encontrar um portador digno
para a Relíquia Sagrada Excalibur. Merlim
julgou que Artur seria o portador correto, e
lhe deu a famosa espada, uma das mais
poderosas Relíquias Sagradas.
Mas ele não contava com uma
coisa: Baltazar. Novamente o Necromante
surgiu para causar mal ao mundo. O
perverso dominou o norte de Maldária, a
partir da cidade de Salém. Artur liderou o
conflito contra Baltazar, que culminou na
Batalha do Monte Badon. Esta foi a última
batalha do Necromante, que finalmente
pereceu nas mãos de Artur Pendragon.
O elfo então foi nomeado pelos
próprios nórdicos como o rei de Maldária
no ano 6E691, ao fim da Batalha do Monte
Badon.
Infortunadamente Artur teve um
fim trágico, como um grande herói de
histórias magnificas, porém tristes.
Quando os déspotas gigantes atacaram
Maldária, Artur foi pego praticamente
desprevenido, já que não imaginava que os
gigantes conseguiram capturar parte da
54
essência dos próprios Guardiões. O Excalibur se perdeu nas florestas de
primeiro e único rei élfico dos homens foi Maldária.
morto em combate, e sua famosa espada

55
 Edward Angelo e Magnus Dandrac
Edward foi um dos maiores exploradores
do mundo. Edward nasceu no ano 4E1, no
porto de Belfast, em Valáquia. Edward era
um anjo, que sempre foi curioso para saber
como era o mundo ao seu redor.
Edward era um anjo divertido, e
gostava de ver o mundo em seu melhor
lado. Lutava com Criaturas do Caos em
qualquer lugar, e não se importava com as
construções dos mortais.
No ano 4E140 Edward decide
viajar o mundo, tendo em vista que ele já
tinha conhecido toda Valáquia. Ele leva
consigo Magnus Dandrac, o primeiro
membro da família Dandrac, que tinha
apenas dez anos na época e era órfão.
Magnus nasceu no ano 4E130, mas
seus pais morreram poucos anos depois,
por conta de um ataque de vampiros. Ele
recebeu este sobrenome de uma vidente ao
nascer, pois ela viu que a linhagem dele
estaria atrelada aos maiores magos do
mundo.
Sua primeira parada foi na savana
ao sul de Valáquia, a qual ele explorou e
estudou com Magnus, que notou seus
talentos para o estudo da magia, tornando-
se um autodidata em magia. Logo mais, ele
foi para Soutland, tornando-se muito
querido pelos camponeses e plebeus de lá.
Edward enfrenta alguns Barões que se
aproveitavam do povo pobre, e os liberta
da opressão.
Logo após de passar um tempo por
ali, Edward parte para as Ilhas Esmeralda,
onde passa a morar ali por quatro anos com
Magnus. Enfim, no ano 4E150 os elfos do
mar pedem a Edward para que ele vá à
Caverna dos Tesouros buscar a Gema do
Céu. Ele e seu companheiro Magnus
viajam pela Estrada Escura e encontram a
gema, levando-a para os elfos do mar, que
a usaram para construir Atlântida.
Depois de conseguir a Gema do
Céu, Edward e Magnus partem para
Sodarin, onde acabam sendo prisioneiros
de orcs cinzentos durante um ano. Eles
conseguem fugir, e conhecem os orcs
verdes dos pântanos de Okrin.
Após saírem de Okrin, a dupla se
aventurou e Affra, conheceram os hajjas,
os centauros sábios e os bongos.
Desbravaram o deserto Laurelad e também
as florestas de Affra. Mas por um incidente
com centauros sábios, os dois caem pela
Fenda Eitelia e encontram-se com elfos das
profundezas. Eles conhecem um grande
reino élfico quase no fundo do mundo, e
passam muito tempo conhecendo as
cavernas de lá.
Depois de muito tempo de
exploração, Edward e Magnus sentem a
falta de ver a luz do Sol, então voltam para
a superfície, chegando à Agarin. Eles
conhecem os elfos do Sol e da Lua,
tornando-se amigos daquele povo. Mas
ouve um infortúnio. Magnus foi um dos
voluntários para monitorar as fronteiras
com Affra, e, infelizmente recebeu um
ferimento que lhe deixou manco,
comprometendo seus movimentos.
Como última viajem, Edward e
Magnus decidem partir para Nortland, e
conhecer os nórdicos juntos. Ali Magnus,
aos seus 45 anos, conhece uma mulher, que
possui sentimentos recíprocos em relação
a ele, e juntos eles formam uma família.
56
Edward, muito feliz por seu amigo, fica
mais um tempo em Nortland com Magnus
antes de partir.
A próxima parada de Edward foi
Dumonia. Com seu bom carisma, ele
conquistou os humores dos elfos da neve,
que sempre foram um tanto frios. Mas
Edward, alguns anos depois, decide que
era a hora de ficar parado por um tempo, e
passa alguns anos vivendo com os elfos
das profundezas de Dumonia.
Muitos anos depois Edward volta a
viajar e chega a Storin, lar dos anões e dos
vagarths. Apesar de não ter feito muitas
amizades com os anões, Edward teve êxito
em ganhar amigos entre os vagarths. Eles
lhes ensinaram seus princípios de
pacifismo.
Após de ter conhecido muitos
lugares do mundo, Edward sente falta de
sua casa e volta para Valáquia. Ele luta
contra os dragões na Crise dos Dragões,
usando Drashik, o escudo que ganhou da
Dama do Medo enquanto estava na Estrada
Escura, uma das Relíquias Sagradas.
Edward parte para o Plano Estelar
alguns anos após a Crise dos Dragões, e é
visto no Plano Mortal novamente apenas
quando fica sabendo da Sentença do
Apocalipse e decide investiga-la.
57
 Ulfrick Firebeard
Ulfrick foi irmão de Torondar. Ele nasceu
em Storin, conheceu o irmão, mas sempre
aspirou a aventuras em lugares
desconhecidos por ele. Por isso, ele partiu
assim que atingiu a maioridade.
Nascido no ano 5E48, filho de
Arondir, Ulfrick era um anão impaciente e
cheio de marra e atitude. Não deixava
nenhum problema para trás, e sempre
buscava o perigo como meio de se
aventurar e realizar grandes feitos.
E isto o tornou um herói. No ano
5E98 ele estava em Nortland, ao lado de
Cold Chase e Kevin Dandrac. Ulfrick lutou
contra os dragões, com mais vigor e
ferocidade que qualquer outro anão
poderia ter. Ele não precisava de um Anel
Vermelho ou de um par de Manoplas da
Força, sua fúria era implacável, e sua
energia praticamente infinita o permitiu
enfrentar diversos dragões, algumas vezes
até mesmo sozinho.
Diferente de Kevin e Cold, que
receberam cargos de Arquimago e
Campeão, respectivamente, Ulfrick, após a
derrota dos dragões, voltou sua face para a
estrada em busca de mais perigos para
enfrentar e monstros para derrotar.
Ele viajou por Nortland e também
por Agarin, enfrentou muitas aranhas,
wargs, lichs a até mesmo um dragão
desgarrado. Mas no fim ele decidiu
retornar para Storin. Queria rever sua
família. Ele voltou para casa aos seus 250
anos, onde reencontrou o irmão Torondar.
Após a morte de Torondar, seu
sobrinho, Astrador, ainda não se sentia
pronto para ser rei. Então, Ulfrick foi o
regente enquanto Astrador se preparava
para tornar-se rei dos anões.
Ulfrick morreu de causas naturais,
aos seus 312 anos.
Créditos do Personagem: Lucas 1
58
 Kevin Dandrac
Kevin foi um dos membros mais
importantes e famosos da família Dandrac.
Nasceu no ano 5E75, em Nortland. Kevin
foi um exímio mago, com grande
conhecimento sobre magia e os Reinos
Místicos.
Kevin era um jovem calmo e
observador, introspectivo e analista,
sempre pronto para algo que possa
acontecer. Em combate, Kevin é leal a seu
cajado. É agressivo lutando, apesar de não
ser uma pessoa violenta. Com suas
amizades e companheiros é bondoso, mas
sério, cético a alguns assuntos e ríspido
com injustiças.
Aos 25 anos, Kevin enfrentou o
maior desafio de sua vida: a Crise dos
Dragões. Antes disso, ele era um mago
subestimado, e ninguém o levava a sério.
O ataque dos dragões lhe serviu como um
meio de mostrar seu valor entre os
nórdicos. Ao lado de Cold Chase e Ulfrick
Firebeard, Kevin se mostrou um jovem
poderoso no combate contra os dragões,
utilizando suas magias mais poderosas
para acabar com o máximo de dragões
possível.
Após ajudar na derrota dos
dragões, Kevin finalmente obteve o
reconhecimento que sempre buscou. O
próprio rei de Nortland o nomeou
Arquimago do reino. Foi o primeiro
Dandrac a obter um cargo de grande
importância em algum governo de Nîm.
Kevin faleceu aos 120 anos. Foi o
humano que ficou mais vivo em toda a
história. Em sua vida, ele prezava o estudo
da magia, chegando a ter diversos pupilos
durante sua carreira como Arquimago.
Créditos do personagem: Júlio
59
 Merlim Dandrac
Merlim nasceu no ano 6E636, em
Nortland. Ele também se tornou um mago,
inspirado por seu parente de longa data,
Kevin Dandrac. Porém, Merlim tinha
muitas diferenças com seu parente do
passado. Merlim era muito mais sério,
apesar de benevolente. Era muito mais
habilidoso nas artes místicas, sendo um
mago muito mais qualificado e poderoso
que qualquer outro membro da Família
Dandrac – apesar que Kevin foi muito mais
famoso que Merlim. Merlim estudava
todos os dias, a todos os momentos, e
anotava tudo o que achava relevante em
seu diário.
Aos 23 anos Merlim viajou para
Maldária, para conhecer o reino
colonizado pelos nórdicos. Ao chegar lá
ele conheceu Krieg, o Guardião da guerra,
que lhe deu uma missão. Ele deveria viajar
para onde desejasse, mas deveria também
conhecer pessoas. Krieg lhe entregou
Excalibur, sua Relíquia Sagrada, e disse
que era missão de Merlim encontrar
alguém digno de possuir a espada. E sua
empreitada começou por lá, até que,
finalmente encontrou o merecedor: Artur
Pendragon.
Merlim não só lhe deu a espada,
como também ficou ao seu lado por todo o
tempo, tornando-se melhor amigo de Artur
e seu mago pessoal. O Dandrac ajudou
Artur a conquistar o reino de Maldária com
as palavras e o com diálogo, e também
lutou ao seu lado contra o Necromante, do
começo ao fim.
Merlim teve uma vida de guerreiro
e estudioso, desvendando alguns mistérios
desconhecidos por outros magos.
Após ajudar Artur com a unificação
de Maldária, Merlim decide viajar para
Dumonia, onde escreve sobre tudo o que
vê por lá. Ao fim de sua vida, com seus 98
anos, Merlim decide voltar para Nortland,
para ser enterrado nas catacumbas de sua
família. Merlim teve sua lápide posta ao
lado da lápide de Kevin. Merlim faleceu
aos 103 anos.
60
 Matthew Belmon e Vincent Belmon
Um pequeno grupo de anjos se muda para
Maldária no ano 6E733. Entre eles está
Míria, uma anja que possui grande poder
de cura entre os anjos. Ela se apaixona por
um lobisomem que vivia em Maldária
chamado Darwin Belmon. Eles se casam e
têm um filho híbrido entre anjos e
licantropos.
Matthew, o primogênito do casal
Belmon, nasceu no ano 6E883. Ele não
nasceu com asas como a mãe, mas puxou
o pai, com habilidades licantropicas.
Apesar disso, herdou a longevidade de sua
mãe, sendo altamente capaz de regenerar-
se de qualquer ferimento em velocidades
alarmantes e também era imune à venenos
e doenças. Matthew cresceu como um bom
garoto até os seus três anos de idade,
quando a catástrofe aconteceu.
No ano 6E886, os gigantes
dominaram Maldária. Seu pai, Darwin, foi
morto, e sua mãe teve as asas cortadas e foi
tomada como escrava. Míria foi abusada
por um vampiro, que a engravidou. Deste
crime nasceu Vincent, que, apesar de tudo,
Míria o aceitou e o amou, sabendo que de
nada tinha culpa o pobre bebê. Porém,
infortunadamente, Míria tentou uma fuga
para poder cuidar de seus dois filhos, mas
foi morta. Matthew, que tinha sete anos na
época, pegou seu irmão de quatro anos e
fugiu para a floresta.
Na Floresta Escura os irmãos
Belmon foram encontrados por uma dríade
chamada Diana, que os adotou e cuidou
deles. Matthew sempre se culpou pela
morte de seus pais durante toda a sua vida.
Vincent possuía habilidades inatas
de vampiro. Assim como Matthew,
Vincent também adquiriu longevidade e
regeneração acelerada. Por ser meio anjo,
Vincent podia ignorar sua vontade de
beber sangue mortal o quanto quisesse, e,
por repúdio aos vampiros, tornou-se
vegetariano, passando longe de carnes.
O pequeno Vincent era um garoto
violento e agressivo, atacando qualquer
um que aparecesse em sua frente e fosse
desconhecido, por conta dos instintos
violentos dos vampiros que nublavam sua
sanidade. Porém seu irmão sempre
conseguia acalmá-lo. Era apenas com
Matthew e com Diana que Vincent se
abria, confiando apenas neles.
Foi no ano 7E20, quando Matthew
tinha vinte e três anos de idade e Vincent
tinha vinte anos de idade que Krieg, o
Guardião, os conheceu e começou a treiná-
los. Outros Guardiões também os
treinaram, vendo que eles fariam parte de
um futuro importante, tanto para Maldária,
quanto para Nîm – talvez a Sentença do
Apocalipse estava conectada a eles. Dama
do Medo, Kage, Karui, Ignis e Torden
também fizeram parte do treinamento mais
intensivo de Matthew e Vincent.
Logo, quando Matthew tinha trinta
anos de idade e Vincent tinha vinte e sete
anos de idade, os Guardiões declararam
que o treinamento havia sido o suficiente,
e que poderiam viajar para qualquer lugar
do mundo e derrotar qualquer inimigo.
Então, os irmãos Belmon ficaram
conhecidos como grandes e perigosos
caçadores de vampiros, totalmente
implacáveis em suas caçadas. Nenhum
vampiro sobreviveu a um embate com os
irmãos Belmon.
61
 Este foi um dos únicos casos em uma parceria, e eles tinham um grande
que uma vampiro e um licantropo fizeram destino a cumprir no mundo.

62
 Gowther Dandrac
Gowther foi um grande mago. Nasceu
em Valáquia, em família nobre. Toda sua
família possuía cargo político de alguma
influência. Mas Gowther ficou com
apenas o nome, e partiu para a escola de
magia de Brest, a capital de Valáquia.
Sua família cultivou através dos séculos
a tradição de ter membros versados na
arte da espada, mas Gowther foi pelo
caminho contrário, deixando muitos de
sua família revoltados com sua decisão.
Mas ele não desistiu.
Anos depois de ter estudado magia, ele
viu um grupo de aventureiros partindo
para uma missão. Ali ele viu sua chance
de mostrar que era tão valoroso quando
um guerreiro. Foi neste dia que ele
conheceu Elrond, Leon e Ral Grado.
Gowther lutou ao lado deles para vencer
as forças de Drácula. Com isso, ele se
provou um grande mago, o que lhe
garantiu a posição de Arquimago de
Valáquia.
Alguns anos depois, suas habilidades
foram requisitadas. Ele, Lynae e mais
alguns companheiros receberam uma
importante missão. Soutland sofria com
a ditadura do rei Valoo. A resistência
pediu socorro a Valáquia, e o rei os
ouviu, enviando seu mago como ajuda
para libertar Soutland da tirania do rei
dragão. E mais uma vez Gowther
mostrou seu valor, conseguindo adentrar
o castelo como se ele estivesse
totalmente vazio, e ajudando seus
companheiros a derrotar Valoo.
Créditos do personagem: Leo
63
 Lynae Natur
Lynae nasceu em Nortland. E cedo,
mostrou suas habilidades como
cartógrafa. Em toda sua terra natal, não
haviam mapas como os seus, tamanha
era a precisão e os detalhes de suas obras.
Vendo seu talento, ela resolveu expandir.
Aproveitando que era adepta de Nara, a
Guardiã da Natureza, pediu auxílio a
Guardiã para viajar por Nîm, criando
mapas de todos os lugares que passou.
Foi assim que, ao chegar em Valáquia,
Lynae logo notou que havia algo de
errado no reino. Ela viu um grupo de
aventureiros em combate com um
vampiro. Ela então resolveu ajuda-los.
Foi assim que conheceu seus futuros
companheiros de aventuras pelos
próximos meses: Elrond, Ral Grado,
Gowther e Leon.
Lynae os acompanhou durante toda a
empreitada contra Drácula, usando suas
habilidades de sobrevivência, seu
carisma, e sua irredutibilidade para
combater as forças do rei vampiro.
Créditos da personagem: Suu
64
 Ral Grado
Em Valáquia, havia um estudioso,
chamado Victor Frankenstein. Ele
conseguiu ajuda, e viajou até a Caverna
dos Tesouros, onde conseguiu um Anel
do Infinito. Com ele, Frankenstein
conseguiu criar sua obra prima: Ral
Grado! Ele era um construto de carne,
uma mistura de órgãos, principalmente
de orc e humano. Ral era forte, robusto,
e, graças à Frankenstein, era inteligente
– o contrário de todos os outros
construtos comuns.
Mas Frankenstein não teve tempo de
notar isso. Ral demorou para aprender a
sequer andar, quanto mais falar e
raciocinar. Para Victor, sua criação era
um fracasso, e o abandonou por um
tempo. Foi quando, em uma
oportunidade. Ral foi embora. Ele já
havia aprendido a fala, e conheceu um
grupo de anões, mercadores que
viajavam pelo mundo. Os anões o
ensinaram a lutar, a criar a manejar suas
próprias armas. Ele vivia bem com seus
irmãos anões.
Mas um dia, isso mudou. Ele ajudou a
proteger uma cidade de um ataque de
vampiros, onde conheceu Leon e Elrond.
Ele os acompanhou, com a certeza de
que aquele não foi nem o primeiro, e nem
seria o último ataque.
Futuramente, Ral Grado foi vítima do
ataque de Drevon, o cavaleiro sem
cabeça, a mando de Frankenstein, que
queria o construto morto. Ral Grado
enfrentou o cavaleiro com toda a sua
força, e o derrotou, com ajuda de Leon, e
Gror, um de seus irmãos anões.
Ral Grado também se sacrificou por
Leon, aquele que era como um mentor
para Ral. Dentro de Ral havia o anel da
vida, em que, em uma viagem perigosa
até a Árvore da Vida, conseguiu retirar o
anel para salvar seu amigo. Mas Ral não
morreu, e se tornou um ser vivo
completo, não sendo mais um construto.
Depois desse dia, Ral Grado foi fiel a
Leon, e Leon foi fiel a Ral Grado.
Créditos do personagem: Lucas 2
65
 Leon Ângelo
Tudo começou no plano estelar com seu
nascimento no começo da segunda era,
logo após disso Leon Ângelo treinava dia
após dia para se tornar um verdadeiro
espadachim, até que um dia na sua
adolescência ele encontra na biblioteca
de sua casa um livro, esse livro falava
sobre a mente e como ela poderia ter um
poder imenso, Leon se interessou sobre
o assunto e começou a estudar mas ele
não esperava que os dragões estavam
indo até O mundo de Nim. Com isso ele
treinou cada dia mais sem parar sem
nenhum descanso, até que no início da
oitava era ele chegou em Nîm, e acabou
conhecendo Vincent e Matthew
Belmont, em pouco tempo eles se
tornaram amigos e Leon continuava seu
treino e cuidava do filho de seu grande
amigo, o nome dele era Trevor, esse
jovem rapaz admirava Leon. Os dias
eram de paz até que o exército de
Valáquia atacou a pequena cabana que
eles moravam, Leon consegui fugir com
Trevor enquanto Vincent e Matthew
distraia o exército, depois desse
acontecimento eles nunca mais se viram.
Leon treinou Trevor até ele alcançar a
maioridade, logo após eles se separaram
para encontrar Vincent e Matthew.
Em Valáquia, Leon conheceu Elrond,
Ral Grado, Lynae e Gowther, com quem
lutaram contra as forças de Drácula.
Logo após a morte do dracula Leon e
Elrond viajam por toda a Nim para
encontrar os anjos e licantropos
remanescentes, depois deles encontrem
boa parte de anjos e licantropos, Leon
decidiu antes de voltar a Valaquia ele
queria visitar O reino de dumonia, com
essa última viagem Leon encontra uma
elfa em especial na qual eles se
apaixonam e ela decidiu ir viver no
santuário com Leon. Anos se passaram e
Leon teve um filho com a elfa da neve, e
essa jovem criança tinha olhos de anjo
mas sua aparência era de um elfo da neve
e Leon deu -lhe o nome Haldir
Créditos do personagem: Lucas 1
66
 Elrond Dracul Tepes
Elrond era ninguém menos que o filho de
Vlad Drácula Tepes, o famoso Drácula.
O rei vampiro havia se casado com Lisa,
uma camponesa de Valáquia, uma
humana. Os dois tiveram um feliz
casamento, e tiveram seu filho. Lisa
escolheu este nome em homenagem a um
antigo amigo, que era um elfo.
Mas a felicidade durou poucos anos. Lisa
morreu, e Drácula enlouqueceu,
lançando uma empreitada contra
Valáquia, para destruir todo o reino.
Elrond não se conformou com isso.
Tentou impedir seu pai, mas levou uma
grande surra. Com isso, ele fugiu. Foi
logo após isso em que Elrond conheceu
seus companheiros, Lynae, Leon, Ral
Grado e Gowther. Elrond foi honesto
com seus amigos, revelando sua
linhagem, e eles o aceitaram.
Foi assim que Elrond começou a caçar as
forças de seu pai, aniquilando todos os
seus generais, um a um. Nenhum ficava
de pé depois de encontra-lo.
Rapidamente Elrond passou a ser
chamado de Alucard, o Anti-Drácula. E
não houveram objeções, foi Elrond que
findou o poder de quase todos os
generais, não havia fuga para eles.
E foi no dia da batalha final, e com
grande pesar que Elrond enfrentou o seu
pai. Alucard não conteve sua fúria,
atacando com tudo o que tinha. Drácula
caiu pelas mãos de Elrond. Mas apesar
de todas a dor que sentiu por ter tirado a
vida de seu pai, Elrond estava tranquilo
sabendo que Valáquia estava segura.
Créditos do personagem: Sérgio
Nota do autor: foi o melhor
personagem da campanha ao meu
ver, insuperável!
67
 Parte V
História de Nîm e Acontecimentos
Importantes

68
 Capítulo 30
História de Nîm e acontecimentos importantes

Aqui eu deixei apenas uma parte da cronologia de Nîm. Algumas eu decidi deixar
em segredo, para gerar mais curiosidade – como a explicação da Sentença do Apocalipse.
Não coloquei eventos demais para que o Dungeon Master que usar este trabalho para criar
sua ambientação de RPG possa ter lacunas para criar seus próprios eventos em Nîm para
suas aventuras e campanhas. Aqueles que criarem aventuras e eventos importantes para
Nîm, deixo meu pedido para que enviem um resumo ou a história que criarem para meu
e-mail – que deixei na introdução desta obra. Assim poderei incluí-la em outras edições
deste livro, se você que me enviar concordar com isso, é claro. Mas eu adoraria saber
como meu livro foi utilizado.
Os anos em Nîm são referidos por um algarismo seguido da letra E, e por fim
seguido por mais um número. O primeiro algarismo se refere ao século que esta data se
refere, o qual é chamado de ERA. O que explica a letra E. Os últimos números se referem
ao ano desta Era. Por exemplo, o ano 5E410 se refere ao ano 410 da 5° Era.
Nîm possui quinze Eras. O inicio ou fim de cada Era é marcado por algum acon-
tecimento que o povo de Nîm acreditou ser importante. Portanto, nenhuma Era tem a
mesma duração. Aqui abaixo está uma tabela que indica a duração, em anos e séculos, de
cada Era. Com esta tabela, dá pra notar que Nîm existe por uma quantidade de anos
equivalentes a 10.000 anos. Ou, alternativamente, 100 séculos.
Duração em... Anos que Nîm
Era
Anos Séculos existe
1° 247 2,47 247
2° 2 000 20 2 247
3° 300 3 2 547
4° 452 4,52 2 999
5° 298 2,98 3 297
6° 886 8,86 4 183
7° 525 5,25 4 708
8° 1 000 10 5 708
9° 431 4,31 6 139
10° 603 6,03 6 742
11° 903 9,03 7 645
12° 580 5,8 8 225
13° 700 7 8 925
14° 535 5,35 9460
15° 540 5,4 10 000

69
O Nascimento de Nîm (0): Nîm nasceu no
ano em que todos se referem como Ano
Zero.
0E: Na Era Zero não haviam calendários
precisos, e foi a Era onde Nîm estava se
formando e se desenvolvendo. Foi a era a
qual os Guardiões e todos os Planos de
Existência surgiram. Também foi a Era em
que os mortais de Nîm ganharam vida,
começaram suas formações de sociedade e
primeiras observações sobre o mundo em
que viviam. Foi no fim desta Era que a
maioria das raças deixou de ser nômade e
construíram suas primeiras cidades.
1E1: Neste ano começou a Primeira Era e
também foram criados os calendários, que
os Guardiões espalharam por entre as raças
para que todos pudessem ter a mesma
contagem do tempo. É neste ano que surge
o mito dos elfos ruivos, uma raça de elfos
que conhece o futuro e vive em uma ilha
localizada na Borda do Mundo, à oeste. Os
Guardiões sempre se recusam a falar sobre
os elfos ruivos, mas as suspeitas de sua
existência são reforçadas por conta da
aparência de Ignis, a Guardiã do Fogo.
1E5: Todas as raças começam a expandir
seus territórios, e rapidamente as raças
começam a se conhecer.
1E36: Todas as fronteiras dos reinos do
Continente são formadas.
1E57: Foi neste ano que Sandman
começou com suas inconstâncias de perso-
nalidade, por conta dos Lordes do Caos,
que o corrompeu. Então, Morfeu, sua
contraparte maligna, abriu portas para a
Estrada Escura em vários lugares de Nîm,
que antes eram fechadas e aleatórias. Com
isso, as Criaturas do Caos puderam entrar
em Nîm com maior facilidade.
1E73: Morfeu cria os Pesadelos de
Sombras, monstros criados a partir dos
sonhos dos mortais.
1E085: Morfeu corrompe Kage, e ambos
se tornam Guardiões do Caos.
1E150: Por ordem dos Lordes da Ordem,
os Guardiões começam a procurar por-
tadores para as Relíquias Sagradas.
1E235: Início da guerra entre Agarin e
Nortland.
1E240: Fim da guerra entre Nortland e
Agarin.
1E247: Fim da Primeira Era.
2E1: Começa a Segunda Era, conhecida
como a Era das Trevas. Neste ano, os
Guardiões Morfeu e Kage, corrompidos
pelos Lordes do Caos, dominam Nîm. Os
únicos que não foram dominados foram os
elfos das profundezas, que se isolaram em
cavernas cada vez mais profundas,
ajudando e salvando sobreviventes de
todas as raças.
2E2000: Fim da Era das Trevas. Os heróis
que lutaram contra os Guardiões possuíam
as Relíquias Sagradas. Kage é levado aos
Lordes da Ordem para que a corrupção que
o tomou fosse dissipada. Por alguns dias, o
mundo ficou inconstante sem as sombras
do Guardião. Mas Kage se regenerou como
um Guardião da Ordem, mas Morfeu
desapareceu e não pôde ser encontrado.
3E1: Início da Terceira Era. Os anjos que
moravam no Plano Estelar decidem fazer
um destacamento para montar base em
Nîm. Os bretões os recepcionam bem, e os
anjos formam sociedades e cidades com
eles. Alguns bretões ganham o poder da
licantropia, e se tornam os maiores
caçadores de vampiros.
3E23: Os elfos das profundezas encon-
tram o Fundo do Mundo, com um grande
buraco que leva ao Vazio, uma dimensão
onde não existe absolutamente nada.
3E57: Os elfos do mar estabelecem suas
frotas marinhas, que imediatamente se
70
tornam as mais poderosas e eficazes de
Nîm.
3E98: Krieg encontra os Dez Anéis de
Poder na Caverna dos Tesouros, e os
deixam por lá espalhados. Sua origem é
misteriosa.
3E124: Morfeu encontra o Anel Púrpura
na Caverna dos Tesouros. Ele também
volta espalhar seus Pesadelos pelo mundo
inteiro.
3E156: O Reino Esmeralda e Sodarin
formam aliança acadêmica, sendo os
primeiros a formarem alunos de
intercâmbio.
3E300: Fim da Terceira Era. Quatro
lápides aparecem em quatro lugares de
Nîm. A primeira aparece em Okrin. A
segunda na fronteira de Nortland com
Agarin. A terceira aparece em Soutland. E
a última em Valáquia. Nesta noite, todos
de Nîm têm o mesmo sonho: eles sonham
com quatro homens montados em cavalos,
e apenas três palavras ficam em suas
cabeças: Cavaleiros do Apocalipse.
4E1: Começa a Quarta Era. Nascimento de
Edward Angelo, no porto de Belfast,
Valáquia.
4E50: Os anões expandem suas minas, e
fundam Minas Tromso, a maior mina do
mundo.
4E130: Nascimento de Magnus Dandrac,
em Belfast, Valáquia.
4E150: Edward e Magnus viajam pela
Estrada Escura, vão à Caverna dos
Tesouros e encontram a Gema do Céu para
os elfos do mar.
4E153: Nasce o herói orc Krusk, em
Okrin.
4E160: Fundação de Atlântida.
4E165: Primeira Grande Invasão de Cen-
tauros em Agarin.
4E175: Magnus se instala em Nortland.
4E180: Ocorre a Batalha da Cidade
Oculta, em Valáquia.
4E350: O auge da riqueza de Atlântida é
atingido. Os orcs cinzentos recebem de
Morfeu o Elmo do Limbo, uma Relíquia
Sagrada chamada de Relíquia Negra,
primeira de possíveis muitas Relíquias
Negras.
4E452: Atlântida afunda no mar. Fim da
Quarta Era.
5E1: Início da Quinta Era.
5E28: Nasce Torondar Firebeard.
5E48: Nasce Ulfrick Firebeard. Cold
Chase entra em Nîm.
5E58: A Família Dandragon se expande
pelo mundo.
5E63: Nasce Artur Pendragon.
5E67: Os orcs cinzentos criam seu famoso
Coliseu.
5E75: Nasce Kevin Dandrac em Usk, ca-
pital de Nortland.
5E80: Torondar encontra o Anel Verme-
lho na Caverna dos Tesouros.
5E90: Vlad se torna famoso com o nome
Drácula, em Valáquia.
5E98: Crise dos Dragões. Este evento
afeta todo o mundo.
5E106: Segunda Grande Invasão de
Centauros em Agarin.
5E178: Começa uma guerra civil em
Bermendir.
5E198: Fim da guerra civil de Bermendir.
Dumonia manda seus primeiros navios
para explorar os mares do norte de Nîm.
5E199: Começam os primeiros ataques
dos orcs cinzentos à Dumonia.
5E203: Os orcs cinzentos dominam o
oeste de Dumonia.
71
5E233: Nasce Jason Dandrac.
5E253: Começa o Conflito Azul, uma
guerra entre vagarths e elfos do mar.
5E258: Os vagarths vencem o Conflito
Azul.
5E291: Crise das Aranhas em Nortland.
5E294: Começa a Era das Bruxas em
Bermendir.
5E295: Começa a Crise das Bruxas em
Harmandir.
5E298: Fim da Quinta Era.
6E1: Início do primeiro reinado do
Necromante em Agarin. Início da Sexta
Era.
6E9: Baltazar é derrotado por Jason
Dandrac.
6E16: Fim da Era das Bruxas em
Bermendir.
6E31: Termina a Crise das Bruxas em
Harmandir.
6E101: Os elfos da neve recuperam as
terras dominadas pelos orcs cinzentos.
6E111: Os elfos da neve voltam a explorar
os mares do norte.
6E351: Os orcs cinzentos dominam a costa
de Sodarin.
6E377: Os elfos da neve descobrem a
Borda do Mundo.
6E461: Os orcs cinzentos dominam o
norte de Sodarin.
6E491: Começa a Caçada da Gema, nas
Ilhas Esmeralda. Começa o segundo
reinado de Baltazar em Agarin.
6E508: Ocorre a Batalha do Portão em
Bermendir.
6E517: Começa a Guerra da Riqueza.
6E521: Dave Jones encontra a Gema do
Céu e a toma para si.
6E526: Fim da Guerra da Riqueza.
6E526: Os orcs cinzentos dominam a
maior parte de Soutland, que foi chamada
de Nova Okrin.
6E541: Fim do segundo (e último) reinado
de Baltazar em Agarin.
6E591: Os elfos da neve descobrem a Ilha
Otawa e fundam Elder.
6E596: Os nórdicos encontram a Ilha
Otawa e fundam Maldária.
6E606: Começa uma guerra civil pelo
poder em Maldária.
6E636: Nasce Merlim Dandrac, em
Nortland.
6E671: Baltazar, o Necromante, vira Jarl
em Salém.
6E686: Artur Pendragon mata Baltazar e
unifica Maldária, se tornando rei de lá.
6E886: A Queda de Artur. Fim da Sexta
Era.
7E1: Início da Sétima Era.
7E380: Nasce Axel em Maldária.
7E400: Axel começa a lutar contra os
gigantes de Maldária.
7E405: Axel vence os gigantes de
Maldária e se torna rei.
7E420: Um Sulista fanático, conhecido
como O Colecionador, começa a caçar as
Relíquias Sagradas por Nîm. A primeira
que ele rouba é Drashik.
7E430: O Colecionador adquire todas as
Relíquias Sagradas, e ele toma como seus
domínios uma ilha a leste de Valáquia. Os
Guardiões escolhem Jake Hellsing, um
Perdido que veio do mesmo mundo que
Cold Chase, para recuperar as Relíquias
Sagradas das mãos do Colecionador. Para
tanto, Jake decide reaver todos os Dez
Anéis de Poder, cuja história e origem ele
conhece tão bem.
72
7E500: Começa a Sentença do Apocalipse,
e o primeiro Cavaleiro do Apocalipse
surge, levantando-se do misterioso túmulo
de Okrin.
7E502: O Segundo Cavaleiro do Apoca-
lipse é despertado na fronteira de Agarin e
Nortland. Agarin e Nortland começam a se
desentender novamente. Okrin domina
toda Sodarin. Os elfos da neve se fecham e
impedem a entrada de qualquer forasteiro.
7E505: Por desobedecer às ordens de
atacar Agarin, Cold é expulso do cargo de
Campeão de Nortland e é exilado do reino.
Agarin e Nortland entram novamente em
guerra.
7E507: O terceiro Cavaleiro do Apocalip-
se é despertado em Soutland. A região é
coberta de peste e pragas. Cold Chase
finalmente encontra Jake Hellsing, e eles
começam a viajar pelo mundo em busca de
pistas entre os Cavaleiros do Apocalipse.
Maldária e Elder entram em guerra.
7E508: Os vagarths e os anões, que nunca
se desentenderam, começam a criar rixas e
fronteiras, além de pequenas guerrilhas em
locais próximos à fronteira de Harmandir e
Bermendir.
7E510: O último Cavaleiro do Apocalipse
é despertado. As tribos de Affra entram em
crises de fome. Os gigantes são pratica-
mente extintos pelos orcs cinzentos. Os
elfos da lua se retiram para as florestas e
cavernas mais escuras de Agarin, e o reino
se torna apenas de elfos do sol. As tensões
entre Agarin e Nortland aumentam. Os
anjos não conseguem convencer os bretões
a desistirem de formarem escravos com os
orcs invasores.
7E515: O mundo está um caos. Guerras,
fome, doenças e morte assolam toda Nîm.
Os dragões retornaram, e dominaram
Soutland, Elder, três das Ilhas Esmeralda e
o norte de Affra. Montanhas não são mais
seguras, pois quase todas possuem um
dragão vermelho. Os desertos estão
lotados de escorpiões de cobre. Os
pântanos estão cada dia mais venenosos. O
único reino íntegro é Dumonia, onde os
elfos da neve aceitaram a migração dos
anjos, que saíram da terra dos agora
intolerantes e tiranos bretões.
7E518: Cold Chase e Jake Hellsing são
aceitos em Dumonia a pedido dos
Guardiões. Eles se reúnem com o rei da
neve, e explicam que seu mundo anterior-
mente foi destruído pelos Cavaleiros do
Apocalipse, e que saberiam como ajudar.
7E525: Os Cavaleiros do Apocalipse são
derrotados pelos quatro Arautos da
Ordem, os únicos guerreiros capazes de
matar um Cavaleiro do Apocalipse.
Material complementar sobre a Sentença
do Apocalipse e do mundo anterior de
Cold ainda está em produção. Fim da
Sétima Era.
8E1: Início da Oitava Era.
8E2: Este ano foram registradas as
principais mudanças causadas pelos Ca-
valeiros do Apocalipse. Os elfos da lua não
vivem mais nas cidades, e ficaram nas
florestas e cavernas permanentemente, se
espalhando aos poucos por toda Nîm em
pequenos grupos. Os maiores grupos se
juntaram aos elfos das profundezas, mas
formaram seus próprios reinos subterrâne-
os. Os anões fizeram as pazes com os
vagarths, mas sua amizade nunca mais
retornou, apesar de ver respeito mútuo.
Eles também criaram rivalidade com os
elfos da luz. Os nórdicos fecharam suas
fronteiras para os elfos, e começaram a
construir novas embarcações, rivalizando
com os elfos do mar. Os elfos do mar, em
maioria, se retiraram para morar nos reinos
submersos junto de tritões, sereias e outras
criaturas aquáticas. O norte de Okrin foi
dominado pelos bongos, e toda a planície
73
abaixo das montanhas Eredran são chama-
das agora de Campos de Ered, sendo consi-
derado oficialmente um reino bongo, se
separando de Affra e de Okrin. Os hajjas
controlam todo o comércio e transporte de
norte ao sul de Affra, e os domínios de
Salameshi se estendem por todo o deserto
e savana da região. Em Sodarin, uma nova
terra de orcs, os elfos da floresta lutam para
reaver seu reino. Apenas Gonfard se man-
tém de pé e sem orcs. Os elfos da floresta
também foram acolhidos pelos bretões,
que passaram a cuidar das florestas de lá.
Os sulistas fizeram um acordo com um
lorde dragão muito ganancioso, chamado
de Voltumn. Em troca de ajuda para reaver
as terras deles, o dragão poderia se tornar
um lorde entre os sulistas, recebendo ouro
e terras. Em Dumonia, os elfos da neve
aceitam a entrada somente de elfos es-
trangeiros, com poucas exceções, tendo em
vista as guerras que ocorreram antes.
Agora os anjos vivem em Dumonia, e
raramente um anjo é visto em Valáquia
novamente. Alguns grupos foram morar no
continente selvagem do Leste, mas a
maioria voltou para o Plano Estelar. Por
conta da nova rixa dos bretões com os
anjos, ser um licantropo agora é considera-
do uma maldição, e eles são caçados ou
expulsos de cada cidade ou vila do reino.
As florestas se tornaram ainda mais
perigosas, e as dríades e os entes dificultam
tanto a entrada quanto a saída de viajantes
nas florestas.
8E5: Voltumn ajuda os sulistas a recon-
quistarem parte do reino, perdendo apenas
as montanhas brancas no Leste. Mas o
dragão dá um golpe neles e se torna o rei
de Soutland. Ele não trás novos dragões,
apenas deseja governar ali. É um rei mau,
mas seu reinado deixa o reino próspero.
8E13:
8E1000: Drácula começa a ameaçar com
ferocidade o reino de Valáquia. Ele
organiza uma tomada e extermínio do
reino com seus generais. Mas ele foi
impedido por cinco heróis, que ficaram
conhecidos na história do reino. Eles são:
Ral Grado, Lynae Natur, Leon Ângelo,
Gowther Dandrac e Elrond Dracul Tepes.
8E1000: Fim da Oitava Era.
9E1: Início da Nona Era.
9E1: Oficialização da Ordem de Ecclésia,
fundada pelos heróis que derrotaram o
Drácula. Esta se tornou uma ordem
importante em Valáquia, que cresceu
muito com o tempo. Se especializaram em
caçar forças remanescente do rei vampiro,
bem como combater outras Criaturas do
Caos.
9E431: Fim da Nona Era.
10E1: Início da Décima Era.
10E603: Fim da Décima Era.
74
75
Parte VI
Apêndices

76
 Apêndice I
Mapas

Aqui eu apresento os mapas de Nîm que imaginei até o momento. Mas

quem sabe no futuro, se este trabalho fizer algum tipo de sucesso, eu não
coloque mais mapas de Nîm. Talvez de cidades, de regiões específicas. Ou
de lugares não mencionados neste livro, pois Nîm é muito maior do que é
descrito nesta obra.

77
78
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86
87
88
 Apêndice II
Árvore Genealógica da Família Dandrac

A Família Dandrac é como um easter egg que eu decidi colocar em

Nîm, apesar de na verdade ser um segredo bem escancarado. Esta família se
expande por toda Nîm, e algumas vezes seus membros são de suma
importância para algum evento.
Quem criou a família Dandrac foi um amigo meu, o Júlio, que estudou
comigo no colégio (Ensino Fundamental e Médio). Quando começamos a
jogar RPG juntos, ele criou um personagem que na época era bastante
irritante pra mim – o Kevin Dandrac. O Júlio sempre se empenhou em
montar uma boa história para seus personagens. Ele inicialmente criou Kevin
como um mago que ele gostava de chamar de elementarista, que ele me
explicou como sendo um mago que que baseava sua magia nos elementos.
Na verdade, na primeira versão o Kevin seria um necromante, mas eu não
permiti pois estragaria minha campanha (eu era o Dungeon Master).
Como parte da história do seu personagem, o Júlio tirou do Livro do
Jogador de Dungeons & Dragons, da quinta edição, o sobrenome
Dundragon, que nós sempre escrevemos Dandragon. Sempre achamos esse
sobrenome muito maneiro. Mas hoje eu o troquei para que eu não tenha
problemas com plágio (espero que eu não tenha esquecido de trocar o nome
de mais nada por aqui).
Pois bem, o tempo passou, e a cada aventura, todo o grupo foi se
afeiçoando aos personagens uns dos outros. Com dois principalmente: Kevin
Dandrac e Ulfrick Firebeard, que antes de chamavam Kevin Dandragon e
Thorin Oakenshield, devido ao gosto por O Hobbit por parte do Lucas, meu
irmão, e criador de Ulfrick. A primeira campanha deles foi sobre a Crise dos
Dragões, na época eu tinha criado apena Nortland, e o mapa era muito
diferente. Mantive Ulfrick na historia que fui desenvolvendo, e lhe dei um
irmão: Torondar.
Mas o que grudou feito chiclete foi o sobrenome Dandragon.
Em praticamente todos os personagens subsequentes do Júlio, ele
colocava o sobrenome Dandragon. TODOS, praticamente. Acredito que
apenas um personagem dele não teve o sobrenome Dandragon nas minhas

89
campanhas. Já tivemos Dandragons guerreiros, magos, patrulheiros, ninjas...
E a marca Dandragon foi crescendo, graças à criatividade do Júlio. A ideia
de sempre fazer o personagem com o mesmo sobrenome foi dele, como meio
de fazer parte do universo de RPG que eu comecei com a criação de
Nortland, lá em 2015 ou 2016. A família foi crescendo, e hoje tem muitos
membros importantes, ou que estão programados para serem personagens
jogáveis nas minhas campanhas.
A questão é, eu já deixo meu agradecimento para meu amigo Júlio por
ter colaborado com a criação desta família tão grande. É claro que outros
amigos meus já criaram personagens que eu os deixei permanentes na
História de Nîm, mas nenhuma criação foi tão grande quanto a da Família
Dandrac, portanto, este apêndice é dedicado à Júlio César Svarcas (espero
ter escrito corretamente o sobrenome).

O primeiro membro da Família Dandrac foi Magnus. Ele foi um mago,

nascido em Valáquia, companheiro de viagens de Edward Angelo. Seu filho
foi Arty, nascido em Nortland (porém bretão como o pai).
Arty teve quatro filhos, que criou a cisão dos Dandrac, espalhando-os
por toda Nîm. O mais velho foi Hupert Dandrac, que era rebelde e logo se
tornou um pirata nos mares próximos às Ilhas Esmeralda. Não se tem
detalhes de seus descendentes, mas sabe-se que depois de trinta e oito
gerações veio K Dandrac. Este Dandrac era famoso por ser o imediato do
navio de Dave Jones, o Holandês Voador. Seu título era Ferroada, por conta
das pequenas zarabatanas que gostava de usar.
O segundo filho de Arty foi William Dandrac. William ouve histórias
do avô, Magnus, sobre os anjos em Valáquia, e logo que atinge a maioridade,
ele viaja para Valáquia, espalhando a família no reino onde ela começou.
Seis gerações depois, nasceu Hour Dandrac, que cresceu e se casou com
Morvena Blitz, da raça dos licantropos. Seu filho, Julian Dandrac, nasceu
com todas as habilidades inatas de um lobisomem, e rapidamente se tornou
um caçador de vampiros profissional em Valáquia.
O terceiro filho era chamado de Bartholomeu Dandrac, que se inspirou
nas histórias do avô sobre suas viagens e se torna um nômade, desbravando
o mundo. Suas gerações se tornaram viajantes pelo Continente, mas eles
eram mais discretos e pouco conhecidos. Dezesseis gerações depois vieram
os pais adotivos de Jason Dandrac, o único elfo escuro da Família Dandrac.

90
Eles tiveram filhos biológicos, que voltaram a viajar pelo mundo. Um deles
acabou em Maldária, gerando Jou Dandrac, um famoso ladrão no reino, que
odiava os gigantes por terem matado seus pais, e fazia de tudo para causar
problemas no governo desses tiranos. Jou Dandrac foi aquele que ajudou
Axel a derrubar a ditadura dos gigantes.
O último filho foi Joseph Dandrac, que decidiu seguir a carreira de
mago do avô. Esta parte da família seguiu toda a linhagem de magos que
ficaram famosos. Doze gerações depois veio Kevin Dandrac, famoso pela
Crise dos Dragões. Trinta e três gerações após Kevin nasceu Merlim, o mago
mais poderoso da Família Dandrac.
De forma resumida e sucinta estão aqui citados os membros mais
importantes da família Dandrac. Eles basicamente se dividiram em quatro
grupos, classificados como piratas nas Ilhas Esmeralda, guerreiros em
Valáquia, viajantes por Nîm e magos em Nortland. Muitas lacunas foram
deixadas para que mais e mais Dandracs pudessem ser criados para diversas
campanhas de RPG.

91
 Apêndice III
Agradecimentos e Referências

Como eu disse na introdução deste livro, eu coloquei diversas

referências no mundo de Nîm. Quero ressaltar que nunca tive que plagiar
nada, apenas tive como objetivo fazer uma sincera homenagem a coisas que
gosto.
Eu também tenho a agradecer a alguns colaboradores deste livro.
Todos eles colaboraram de forma indireta, mas mesmo assim deixarei meus
agradecimentos, pois me ajudaram muito.

Referências:
-No capítulo I eu escrevi sobre a Yggdrasil. Este nome eu retirei da Árvore
da Vida da mitologia nórdica como um pilar central para meu folclore.
-No início, a Yggdrasil era a geradora do mundo, e ela não tinha criador. Mas
depois de um tempo, eu decidi inventar um criador do universo, e daí vem
duas referências em uma: Lordes da Ordem eu retirei de inspiração dos
lordes da ordem da DC Comics, das histórias do Sr. Destino. Três deles eu
retirei da religião Cristã, que possui a Santíssima Trindade; Deus Pai, Deus
Filho e Espírito Santo.
-Eu nunca quis colocar deuses para serem adorados nas minhas histórias. Foi
quando eu estava assistindo A Origem dos Guardiões que eu tive a ideia de
criar seres que cuidam das pessoas, assim como os personagens do filme. O
nome Guardiões é uma homenagem a este filme da DreamWorks que eu
adoro tanto. Mas a ideia ficou melhor e mais madura quando eu li O
Silmarillion, que apresenta os Valar como forças da natureza que moldaram
a Terra-Média, mas não criaram os mortais. Então eu fiz isso, seres que são
forças da natureza que moldaram Nîm para a chegada dos mortais, que foram
criados pelos Lordes da Ordem.
-Inicialmente eu não tinha dado nomes aos Guardiões. Eles eram chamados
de acordo com a área da natureza que dominavam. Por exemplo, o Guardião
da guerra eu chamava simplesmente de Guerra. Mas eu não gostava disso.

92
Foi quando eu estava escrevendo este livro que pensei em dar nomes pra eles
baseados em idiomas. Cada nome de cada Guardião é uma palavra em algum
idioma que representa seu domínio na natureza. Olhe a tabela:

Idioma do
Guardião Domínio Tradução
Nome
Thanatos Morte Grego Morte
Leben Vida, Saúde Alemão Vida
Karui Luz,, Dia e Sol Japonês Luz
Sombras, Noite
Kage Japonês Sombra
e Lua
Terra,
Domhan Montanhas e Irlandês Terra
Cavernas
Mares, Rios e
Aqua Latim Água
Lagos
Luft Ventos, Ar, Céu Alemão Ar
Tempestades,
Torden Caos, Norueguês Tempestade
Relâmpagos
Fogo, Amor,
Ignis Latim Latim
Entropia, Verão
Kalt Frio, Inverno Alemão Alemão
Guerra e
Krieg Alemão Alemão
Conhecimento
Medo e
Dama do Medo Nenhum Nenhum
Coragem
Natureza,
animais
Nara selvagens, Nenhum Nenhum
outono e
primavera

Apenas a Dama do Medo que não recebeu um nome em algum idioma.

Não encontrei nenhum que combinasse. Mas Nara, a Guardião da natureza,
não tem um nome em outro idioma, este nome surgiu na minha cabeça
literalmente do nada quando eu a criei.
-A Caverna dos Tesouros é uma referência a Aladdin, um dos filmes que
mais gostei na minha infância.

93
-A Estrada Escura não tinha nome no começo. Na época eu estava lendo um
livro chamado O Inimigo de Deus, do escritor Bernard Cornwell. O livro é
dividido em partes, e a primeira parte é intitulada A Estrada Escura. Eu achei
que o nome combinava com o ambiente deste Reino Místico, então o
coloquei como referência a um dos livros da trilogia As Crônicas de Artur.
-Os elfos da neve eu coloquei como uma referência ao jogo The Elder Scrolls
V: Skyrim. Nele, você descobre que em Skyrim, em tempos antigos, vivia
uma raça de elfos chamados de elfos da neve, os quais hoje são os famosos
falmers.
-Em As Crônicas de Nárnia: A Cadeira de Prata, os personagens principais
descobrem que podem chegar até o Fundo do Mundo. Este pensamento,
junto com a imagem das ruinas Dwemer de The Elder Scrolls V: Skyrim me
deram a ideia de criar uma civilização que vivesse em cavernas abissais de
Nîm. Pensei por um tempo, e decidi colocar uma espécie de elfos que chamei
de elfos das profundezas.
-Vagarths são seres que me inspirei em um jogo de tabuleiro chamado
Summoner Wars. Nele, há um deck chamado de vagarths da montanha. Mas
ali eles parecem violentos e agressivos, diferente do que montei para Nîm.
Mas a ideia de carneiros selvagens humanoides para mim foi genial, e eu a
expandi para Nîm. Como carneiros selvagens vivem em montanhas (apesar
de não ter certeza), eu coloquei os vagarths morando em montanhas perto
dos anões.
-Quando eu li O Senhor dos Anéis, um dos personagens ao qual eu mais me
afeiçoei foi o ente Barbárvore. Então eu bati o pé e adicionei os entes, que
são presentes em quase todas as florestas de Nîm.
-A primeira aventura de Nîm foi no mapa de Nortland (que era o único mapa
existente de Nîm). Eu o fiz inspirado em vikings e Skyrim, que eu jogava
muito na época. Na primeira campanha, eu simulei o jogo de Skyrim, com a
ideia central de proteger o reino dos dragões. Mas achei legal expandir a
ideia e deixar o evento com mais cara de Nîm, e foi quando eu montei que
os dragões são os Agentes do Caos opostos aos anjos. O que me caiu como
uma luva, já que nunca gostei da ideia de usar demônios nas minhas histórias,
eu os acho sem graça, além de serem muito clichês. Mas dragões são
fenomenais. E foi assim que montei a Crise dos Dragões, um evento que não
só afetou Nortland, mas como também afetou toda Nîm.
-Eu assistia bastante a série Vikings. Lá eles mencionavam muito o lugar
Valáquia. Então, eu dei o nome de Valáquia a ilha onde moravam os anjos –

94
na primeira versão de Nîm, Valáquia era uma ilha onde moravam anjos,
juntamente com os bretões.
-Cada reino deveria ter um problema. Agarin tinha o Necromante. Dumonia
e Sodarin tinham orcs. Mas e Valáquia? Bem, meu amor à série Castlevania
me deu a ideia de colocar vampiros em Valáquia, junto com o Drácula. Os
próprios irmãos Belmon são uma homenagem à Castlevania. Apesar que
nesta série de jogos, a família que caça o Drácula é chamada de Belmont.
Apenas uma letra de diferença. Foi apenas um charme.
-Dumonia é um nome que retirei do livro As Crônicas de Artur, de Bernard
Cornwell. Lá, Dumonia, Silúria, Dun Caric, entre outros, são todos nomes
de lugares que fazem parte do conto do Rei Artur.
-Eu sempre gostei da história do Rei Artur. Então eu o coloquei em Nîm.
Com muitos detalhes diferentes – ele aqui é um elfo! Não só Artur como
coloquei Merlim, Galahad e, futuramente vocês poderão conhecer minha
versão de Lancelot.
-Em Kingdom Hearts II, o personagem que mais me chamou atenção foi
Axel, um sujeito de cabelos vermelhos. Pois bem, dei o nome de Axel a um
personagem.
-As Botas de Pégasus, Relíquia Sagrada de Luft, é uma referência ao jogo
The Legend of Zelda: A Link to the Past, para Super Nintendo, que joguei
bastante. No jogo o protagonista recebe um item de mesmo nome que lhe dá
a capacidade de correr mais rápido.
-A Ocarina de Nara é uma referência a The Legend of Zelda: Ocarina of
Time. No jogo, o protagonista recebe a Ocarina do Tempo, que lhe permite
realizar algumas ações específicas no jogo dependendo da canção que for
tocada no instrumento.
-Eu joguei muito o jogo Darksiders II. Neste jogo, o protagonista é o
cavaleiro do apocalipse da morte, e sua missão é encontrar a Árvore da Vida
e restaurar a existência da humanidade, que foi extinta no jogo anterior. No
decorrer do jogo aparece a Árvore da Morte, presente no mundo dos mortos.
Eu gostei da ideia e aderi a Árvore da Morte a Nîm.
-A ideia de chamar a terra dos mortos me veio quando assisti Thor: o Mundo
Sombrio. O nome Mundo Sombrio me deu o insight que eu precisava para
dar o nome a este lugar.

95
-Umbra é uma referência a um dos planos de existência presente na quinta
edição de Dungeons & Dragons. Em D&D, este plano possui o mesmo
nome.
-Pagras é o nome de uma cidade presente no jogo de celular Kingdom Rush.
-O Coração de Thra é referência à série Cristal Encantado: A Era da
Resistência, onde existe o Cristal da Verdade, que representa a vida do
mundo de Thra naquele universo.

Meu personagem favorito, Cold Chase, foi inventado muitos anos

antes de eu sequer sonhar com Nîm. Eu era adolescente e queria desenhar
um mangá, então criei Cold, um jovem com poderes de gelo. O personagem
evoluiu, e, confesso que se hoje ele tivesse tomado o rumo que pensei
antigamente e eu o tivesse publicado, seria um personagem de mangá que
daria uma surra no Saytama, Naruto, Goku e toda e qualquer prole de mangás
ou quadrinhos que se imaginasse. Bem, ele continua muito apelão, eu
garanto.
O ponto em que quero chegar é que tenho bastante material sobre o
Cold. Sobre sua origem, que deixei misteriosa de propósito para dar uma
curiosidade. Tem um outro mundo inteiro antes de Nîm para se falar, o
mundo de onde Cold veio. Ele é minha criação mais original.

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer à minha melhor amiga, Aline, que me ajudou

e me ajuda muito a desenvolver as histórias de Nîm. Ela é muito criativa, me
dá muitas ideias, e graças a ela eu sei que este mundinho de RPG terá muitas
histórias ainda para serem feitas. Quero ressaltar que todos os nomes de
lugares em Affra foi ela quem criou – tudo o que eu fiz foi criar o nome do
país.
Também quero agradecer meu irmão, Lucas, que sempre colabora com
personagens únicos e diferentes nas campanhas de RPG para que eu possa
acrescentar em Nîm (Ulfrick foi uma criação exclusiva dele). Quero
acrescentar meu amigo de mesa, Lucas – xará do meu irmão – que também
cria personagens icônicos para as campanhas em Nîm.

96
 Apêndice IV
Algumas regras (minhas) para RPG
Aqui irei deixar mencionado as regras
que uso para RPGs passados em Nîm.
São regras que eu particularmente
prefiro usar, mas que qualquer um pode
optar por não usar, ou alterar de alguma
forma. Como eu costumo usar
majoritariamente três sistemas de RPG
para campanhas no cenário de Nîm, eu
vou abordar as regras usadas em cada um
destes sistemas, que são D&D 5E,
Tormenta20 e Dragon Age RPG.
Bom, as mudanças, em termos de
narrativa, são iguais em todos os
sistemas, só mudam um pouco a
mecânica delas, porque cada sistema
muda bastante de um para o outro.
Eu sou o tipo de mestre/jogador que
adora elementos de exploração e
sobrevivência em campanhas de RPG.
Isso deixa o jogo bem mais equilibrado
entre combates-exploração-interação
social, já que normalmente, a exploração
ocorre em dungeons. Mas com as minhas
mudanças, os jogadores passaram a
explorar mais o mapa dos reinos para
sobreviver, pensando mais em seus
recursos naturais. Agora, rações de
viagem não existem mais (mas isso
depende da proposta da campanha, se
exploração e sobrevivência não são
pontos importantes para a campanha,
ignore essas regras). Os jogadores ainda
podem guardar comida (não recomendo
ficar contando os dias para ela estragar,
só de tirar as rações já deixa os jogadores
bastante nervosos, não contar os dias
para o alimento estocado estragar alivia
bastante o nervosismo deles). Podem
caçar algum animal, procurar comida
natural nos ermos, florestas, desertos,
etc. A dificuldade varia com o local e
com o clima. Para cada sistema eu
elaborei uma tabela de recursos
diferentes. Cada jogador pode procurar
um tipo de recurso da tabela a cada hora,
salvo algumas exceções que o mestre
achar pertinentes. Cada jogador escolhe
quantas horas vai gastar na coleta de
recursos e qual tipo de recurso está
procurando. Para cada hora que ele não
encontra nada, o mestre rola um dado de
sorte, com 15% de chance de encontrar
algum recurso aleatório. O mestre pode
rolar 1d100, se ter um número menor ou
igual a 15, o jogador encontra algo
aleatório determinado pelo mestre nos
recursos naturais. Isso pode ser bom,
ruim ou indiferente.
Observação: em Dragon Age RPG nós
rolamos 3d6. Considere que, o jogador
irá encontrar algo aleatório em
momentos que falhar na coleta quando o
mestre rolar 3d6 e obtiver um 6 nos três
dados.
Outro aspecto é o desgaste de
equipamentos. De todas as maneiras,
desenvolvi métodos que fazem os
equipamentos de desgastarem devagar,
mas que já fazem os jogadores se
preocuparem em repará-los.
Sobre estes dois aspectos, lembre-se em
Nîm NÃO existe nenhuma magia que
concerte itens quebrados (como o truque
concertar de D&D) ou que faça surgir
qualquer tipo de água ou alimento (como
97
a magia criar alimentos, também de
D&D). A existência dessas magias faz
ser totalmente inútil a existência dessas
regras para coleta de recursos em Nîm.
Regras para D&D 5E
Tormenta20
Uma coisa que eu particularmente gosto
é que meus jogadores tenham
personagens fortes. Ou que eles sintam
que os personagens são fortes. Para dar
essa sensação, eu alterei um pouco a
forma de gerar atributos, o que os dão
atributos mais altos, e eles podem
investir mais em talentos que eles
queiram, ajudando a customizar melhor
seus personagens.
Ao criarem seus atributos, eles
continuam rolando 4d6 e ficando com os
três resultados mais altos. Mas agora,
toda vez que um dado obtiver os
números 1 ou 2, esse dado será rolado
novamente. Por exemplo, se ao rolar 4d6
os resultados forem 2, 2, 5 e 6, teremos
dois dados com o número dois. Eles dois
serão rolados novamente, até obtivermos
um número diferente de 1 e 2. Supondo
que ao rolar novamente, teremos os
resultados 1 e 4. Temos um dado com o
número 1, e rolamos novamente.
Supondo que o resultado desse ultimo
seja 4, agora obtivemos quatro números
diferentes de 1 e 2, que são 4, 4, 5 e 6,
totalizando um resultado de 15 (somando
os três maiores resultados). Já testei isso
em diversas campanhas, e não interfere
em nada na mecânica e ainda deixa os
jogadores mais confiantes. Eles não
ficam sentindo que o personagem deles é
“um lixo de fraco”.
Observação: também uso esse método de
rolagem de dados para Tormenta20 (o
método de incremento de atributos
desses dois sistemas é simplesmente
PÉSSIMO)
A segunda regra na criação de
e personagens que uso (apenas para D&D
5E), que também não interfere na
mecânica, mas deixa os jogadores bem
animados pra montar seus personagens,
pois ajuda muito na customização deles,
é o mestre conceder um talento para cada
jogador logo no nível 1. Eles mesmos
escolhem o talento. Isso substitui a regra
da multiclasse, que não funciona muito
bem na quinta edição de D&D (alguns
não concordam com isso, mas quando
presenciei um guerreiro/paladino solar
um Tarrasque eu percebi como a
multiclasse deixa o jogo desbalanceado.
E não, ele não estava em níveis épicos).
Existem arquivos que descrevem
atributos raciais para D&D 5E e
Tormenta20. Quem os quiser, apenas me
procure (meu e-mail está no começo
deste PDF, na introdução).
Coleta de Recursos em D&D 5E
Como dito, no geral cada jogador pode
procurar por matérias e recursos por uma
hora (ou seja, uma rolagem de
sobrevivência a cada hora gasta na
coleta). Os personagens podem procurar
por três tipos de recursos diferentes:
animais para caça, minerais e plantas.
Encontrar recursos seguem algumas
regras básicas. É necessário um teste de
Sabedoria (sobrevivência), com CD
variável, dependente do local e condição
climática. Em geral:
-CD em planícies e colinas: 10;
98
-CD em florestas e pântanos: 15;
-CD em montanhas, cavernas e desertos:
20;
As condições climáticas influenciam a
dificuldade nos testes. Seguem a regra
geral:
-chuva leve: aumenta a CD em 3;
-chuva moderada: aumenta a CD em 5;
-chuva forte: aumenta a CD em 10;
-tempestade de areia: aumenta a CD em
10;
-nevasca: aumenta a CD em 10
-neve moderada: aumenta a CD em 5
Em se tratando de alimento, use quilos
genéricos de alimento, não importando o
que foi que os personagens procuraram.
Deixe que eles narrem uma possível
caçada ou coleta de frutas selvagens. Se
eles quiserem procurar por algo muito
específico, aumente a CD em 5. Em geral
eu não me preocupo com o tipo de
recursos, e sim com a quantidade.
Normalmente, cada jogador começa com
10 a 30 kg de alimento. A cada sucesso
na caça de alimentos, eles conseguem
mais 3 kg. Para cada cinco números
acima da CD, eles aumentam a
quantidade de alimentos em 3 kg. Um
crítico (20 no D20) dobra a quantidade
final. Por exemplo, se a CD é 10, e o
jogador rolou um 17, ele conseguiu os
primeiro cinco números acima da CD,
conseguindo 6 kg de alimento. Ou, se, na
mesma CD, for rolado um 20, o jogador
consegue 9 kg de alimento. Se, por
acaso, esse 20 foi um vinte natural, ele
consegue 18 kg ao invés de 9 kg.
Lembrando, um humanoide médio
precisa de 3 kg de alimento por dia.
Divida essa quantidade por 2 para cada
categoria de tamanho menor que essa, e
multiplique essa quantidade por 2 para
cada categoria de tamanho maior que
essa.
Se o recurso procurado for mineral,
apenas determine se ele pode ser
encontrado no local onde os personagens
se encontram, e determine a CD baseada
no local. Novamente, lembre-se de
aumentar a CD em 5 caso os jogadores
estejam procurando um recurso
específico. No caso dos recursos
minerais, eu costumo narrar que eles
levam um dia inteiro de busca para cada
rolagem feita.
Coleta de Recursos em Tormenta20
No geral, eu uso as mesmas regras para
coleta de recursos em Tormenta20, só
altero a CD pra ficar mais de acordo com
o sistema. No geral:
-CD em planícies e colinas: 15;
-CD em florestas e pântanos: 20;
-CD em montanhas, cavernas e desertos:
25;
As condições climáticas influenciam a
dificuldade nos testes. Seguem a regra
geral:
-chuva leve: aumenta a CD em 6;
-chuva moderada: aumenta a CD em 10;
-chuva forte: aumenta a CD em 15;
-tempestade de areia: aumenta a CD em
15;
-nevasca: aumenta a CD em 15;
-neve moderada: aumenta a CD em 10
99
Quebra de itens em D&D 5E
O que desenvolvi por hora é que cada
objeto (normalmente apenas armas e
armaduras) tem pontos de durabilidade
(PD). A quantidade de pontos de
durabilidade de uma arma é igual ao
dobro do deu dado de dano. Por
exemplo, uma espada que causa 1D8 de
dano tem 16 PD. Para não se quebrarem
tão rápido, eu fiz o seguinte: toda vez que
alguém atacar com uma arma e rolar 1 no
D20, a arma perde um ponto de
durabilidade. Isso gera uma preocupação
em cuidar do item, mas não um
desespero por ele quebrar rapidamente.
Uma arma mágica deverá ter o dobro de
pontos de durabilidade em comparação a
uma arma normal. Aquela espada com
16 PD, se fosse mágica, teria 32 PD.
Para recuperar pontos de durabilidade de
uma arma, é necessário pagar para que
alguém faça isso (custa em média metade
do valor normal da arma). Ou então, o
próprio personagem pode reparar a arma.
Para isso, ele precisa de pelo menos meio
quilo de recursos (metal para armas de
metal, madeiras para armas com
madeira, como arcos e bestas, custando
um quarto do valor padrão da arma),
ferramentas apropriadas e pelo menos
metade de um dia de trabalho. Por
padrão, eu uso a CD como 15. A CD é 20
para reparo de armas mágicas.
No caso de armaduras, os pontos de
durabilidade delas é igual a dobro da CA
fornecida por elas (ignore o valor de
destreza que pode ser possivelmente
somado). Por exemplo, o PD de uma
armadura de couro é 22, de uma brunea
é 28 e de uma cota de malha é 32.
Quando alguém lhe ataca e obtém um
acerto crítico, sua armadura perde um
ponto de durabilidade. Para o caso de o
grupo estar enfrentando um conjurador
que só requer testes de resistência por
parte dos personagens, considere que as
armaduras perdem um ponto de
durabilidade toda vez que eles sofrerem
50 pontos de dano ou mais de uma única
vez. Escudos tem pontos de durabilidade
padronizados em 10. Toda vez que
alguém sofre um acerto crítico, ele
escolhe se o objeto que perde o PD é a
armadura ou o escudo. As regras para
reparos são as mesmas que as das armas.
Em Tormenta20 use as mesmas regras.
Regras para Dragon Age RPG
Em Dragon Age costumo usar as
mesmas regras regais, com duas
mudanças. A primeira é a CD:
-CD em planícies e colinas: 10;
-CD em florestas e pântanos: 15;
-CD em montanhas, cavernas e desertos:
20;
As condições climáticas influenciam a
dificuldade nos testes. Seguem a regra
geral:
-chuva leve: aumenta a CD em 1;
-chuva moderada: aumenta a CD em 2;
-chuva forte: aumenta a CD em 3;
-tempestade de areia: aumenta a CD em
3;
-nevasca: aumenta a CD em 3;
-neve moderada: aumenta a CD em 2
Além do mais, um teste bem sucedido
garante comida para uma semana (para
este cenário eu considero melhor que
seja assim, e isso pode ser adotado em
outros se preferir).
100