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Hino Nacional ALCEU DOS SANTOS MAZZIEIRO

Ensino Fundamental
Matemática
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
PAULO ANTÔNIO FONSECA MACHADO
Música: Francisco Manuel da Silva

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heroico o brado retumbante,
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Descobrindo e aplicando a
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,

MATEMA
MATEM ATI
TICA
CA
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

ano
O
9
Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida
Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;

9
Em teu seio, ó Liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
MANUAL DO PROFESSOR

Ó Pátria amada, Ó Pátria amada, O


Idolatrada,
Salve! Salve!
Idolatrada,
Salve! Salve! ano

TICA
CA
Descobrindo e aplicando a

ATI
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
Matemática

MATEMA
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,

MATEM
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula Ensino
A imagem do Cruzeiro resplandece. – Paz no futuro e glória no passado.
Fundamental

Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da justiça a clava forte,


És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada, Terra adorada,


Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil! Brasil!

ISBN 978 85-7319-531-6

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ALCEU DOS SANTOS MAZZIEIRO
PAULO ANTôNIO FONSECA MAChADO

Descobrindo e aplicando a

MATEMATICA
9
manual do proFEssor
O
ano

matemática
Ensino
FundamEntal

1ª edição, Belo Horizonte, 2012

ALCEU DOS SANTOS MAZZIEIRO


• Bacharel, licenciado e especialista em Matemática pela UFMG. Atuou como: chefe dos Departamen-
tos de Matemática do Centro Pedagógico, do Colégio Universitário e do Instituto de Ciências Exatas
da UFMG; coordenador da área de Matemática do Projeto de Inovação Curricular e Capacitação de
Docentes do Ensino Fundamental da Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais;
coordenador da área de Matemática do Projeto de Correção do Fluxo Escolar para o Ensino Funda-
mental da Secretaria Estadual de Ensino do Estado da Bahia; e membro da equipe de consultores do
Projeto de Capacitação de Professores de Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais.

PAULO ANTÔNIO FONSECA MACHADO


• Bacharel e mestre em Matemática pela UFMG, doutor em Matemática pela Unicamp/UFBA. Atualmente
é professor associado do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, do
qual foi chefe em vários mandatos.

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M477d Mazzieiro, Alceu dos Santos
Descobrindo e aplicando a matemática;
9º ano / texto de Alceu dos Santos Mazzieiro e
Paulo Antônio Fonseca Machado;
— Belo Horizonte: Dimensão, 2012.
304 p. il. – (6º ao 9º ano do ensino
fundamental – Matemática)

ISBN - 978 - 85 - 7319 - 502 - 6 (LA)


ISBN - 978 - 85 - 7319 - 531 - 6 (LP)

1.Matemática-ensino fundamental. I.Machado,


Paulo Antônio Fonseca. II.Título. III.Série.

CDU 51(075.2)
Ficha elaborada por Rinaldo de Moura Faria CRB/6 nº 1006

Copyright © 2004 by Alceu dos Santos Mazzieiro


Paulo Antônio Fonseca Machado

Fundadores
Gilberto Gusmão de Andrade
Zélia Almeida

Diretora editorial
Zélia Almeida

Editor
Maurício Bouissou

Editor de arte
Jan Deckers

Coordenadora de produção
Ana Gabriela

Assistente editorial
Rúbia Calais

PRODUÇÃO EDITORIAL

Projeto gráfico/Capa
Reginaldo Almeida

Ilustrações
Júlia Bianchi, Son Salvador e Duke
desenho técnico: Sérgio Pessoa, Tuim,
Nivaldo Marques e Carlos Jorge

PRODUÇÃO GRÁFICA

Editoração eletrônica
Tuim

Pré-impressão
Tuim

Todos os os direitos reservados à


EDITORA DIMENSÃO
Rua Rosinha Sigaud, 201 - Caiçara
Telefax: (31) 3527-8000
30770-560 - Belo Horizonte (MG)
www.editoradimensao.com.br

2012

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Estudante,

Este livro foi elaborado para que você converse bastante na aula de
Matemática. Calma, não estamos dizendo para você perturbar o ambiente.
Nada disso. A conversa a que nos referimos tem a ver com os exercícios
e atividades aqui propostos, que vão estimular você a participar da aula o
tempo todo, sozinho ou em grupo.
De que maneira? Fácil: respondendo perguntas, resolvendo e inventando
problemas ligados ao dia a dia, montando e desmontando objetos, fazendo
contas com a calculadora, interpretando ou fazendo gráficos, desenhando
figuras ou interpretando desenhos de figuras, discutindo como resolver ou
inventar problemas, descobrindo propriedades dos números e das figuras.
Sobretudo, aplicando suas descobertas em problemas da vida prática e em
situações relacionadas com as outras matérias que você estuda.
Você verá como a aula de Matemática se torna agradável com a parti-
cipação de todos.
Uma última recomendação: crie o hábito de, assim que chegar em casa,
fazer os exercícios marcados pelo professor. Principalmente por dois moti-
vos: o primeiro, porque ainda estão em sua memória os assuntos estudados
em aula, e o segundo porque, ao deixar para depois, imprevistos podem
impedi-lo de resolver os exercícios. E esses são muito importantes para o
complemento de sua aprendizagem.

Um abraço,
os autores.

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Como você vai usar o livro
Este livro é formado de nove capítulos e um glossário. Cada um dos
sete primeiros capítulos é dividido em cinco partes, que têm os títulos em
destaque a seguir, bem como seus conteúdos e objetivos descritos.
O capítulo 8 visa uma revisão dos assuntos estudados e o capítulo 9
contém atividades complementares a cada um dos sete primeiros capítulos.
O glossário que se vê após o capítulo 9 permite a você rever os signi-
ficados de termos usados no livro ou conhecer os significados de novos
termos, principalmente ligados ao dia a dia.

TÍTULOS DAS CINCO PARTES DOS SETE PRIMEIROS CAPÍTULOS:

EXPLORANDO O QUE VOCÊ JÁ SABE


Perguntas sobre assuntos que você já sabe e que são importantes para
o estudo que se inicia.

APRENDENDO EM SALA DE AULA


Diversos exercícios e atividades em sala de aula, que você vai fazer so-
zinho ou, na maioria das vezes, em grupo, sempre orientado pelo professor
ou pela professora.

APRENDENDO EM CASA
Exercícios e atividades para você resolver em casa. Nunca deixe de fazê-
-los. Você e seus colegas vão apresentar e discutir as soluções na aula
seguinte.

EXPLORANDO O QUE VOCÊ APRENDEU E APRENDENDO MAIS


Exercícios e atividades propostos no fim de cada capítulo como revisão
e, principalmente, aplicação do que você aprendeu em problemas práticos.

VERIFIQUE SE VOCÊ APRENDEU


Lista de assuntos estudados no capítulo e números dos exercícios cor-
respondentes. Essa lista é muito importante para que você reveja o estudo,
descobrindo se aprendeu todos os assuntos, ou, caso contrário, voltando
aos exercícios correspondentes e estudando-os novamente.

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Aos pais

Não faz muito tempo era bastante comum as pessoas terem aversão a Matemática. Motivo
havia de sobra, basta reparar nas maneiras como se ensinava: exercícios sem qualquer aplicação
prática, relacionados apenas e tão somente com a própria disciplina, davam a sensação de que
havia dois mundos, o da Matemática e aquele em que vivemos.
Felizmente, os estudos sobre Educação Matemática e alguns documentos oficiais, como os
Parâmetros Curriculares Nacionais, estão contribuindo de maneira decisiva para uma nova visão.
É com base principalmente nesses textos e documentos que propomos uma Matemática agra-
dável, participativa e voltada para todos os contextos do nosso dia a dia. Este livro é feito para
que seus filhos sejam preparados para os desafios do mundo atual, no qual, todos sabemos, as
transformações ocorrem de forma cada vez mais veloz. Essas rápidas transformações requerem
de cada um de nós capacidade de decidir sobre situações novas, criatividade, compreensão das
diversas linguagens, além de coragem e competência para o exercício da cidadania.
Para que a aprendizagem de seu filho seja a mais eficiente possível, é necessário que vocês
colaborem acompanhando os estudos dele em casa, discutindo as atividades propostas (nunca
as resolvendo) e participando do projeto pedagógico da Escola.
Por fim, justificamos com um exemplo cotidiano por que Matemática se deve aprender fa-
zendo. Para entender, observe a reação de uma criança bem pequena que “briga” para tomar
a colherzinha da mão de quem a alimenta. Quando consegue, ela começa a levar a colherzinha
ao nariz, à testa, até acertar a boca. E daí em diante não admite mais ser alimentada por outra
pessoa. Ou seja, ela quer “resolver o problema” sozinha.
Esta criança nos ensina, assim, que desde os primeiros meses de idade o ser humano apre-
senta como característica essa vontade, essa necessidade de aprender fazendo, em vez de
esperar que alguém faça por ele.

Um abraço,
os autores.

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SumArio

-
- Os números reais
-

CapItulo 1

Conhecendo um pouco mais sobre números ........................... 11


Calculando com números reais ................................................. 26
Coordenadas e aplicações ....................................................... 33
Verifique se você aprendeu ....................................................... 40

- Matemática financeira
-

CapItulo 2

Porcentagem, principal e taxa ................................................... 43


Aumentos e descontos percentuais – comissões...................... 46
Calculando juros simples e juros compostos............................. 50
Verifique se você aprendeu ....................................................... 60

- Calculando com letras e com números


-

CapItulo 3

Monômios e polinômios ............................................................ 63


Calculando com monômios e polinômios.................................. 76
Produtos notáveis ..................................................................... 82
Usando e deduzindo fórmulas .................................................. 86
Funções, fórmulas, tabelas e gráficos ....................................... 88
As funções e seus gráficos cartesianos .................................... 97
Verifique se você aprendeu ....................................................... 106

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- Equações e sistemas de equações
-
CapItulo 4

Resolvendo equações e problemas .......................................... 109


Resolvendo sistemas de equações e problemas....................... 115
As expressões fatoradas e as equações ................................... 122
Resolvendo equações do segundo grau ................................... 127
Verifique se você aprendeu ....................................................... 136

- Proporcionalidade e trigonometria
-

CapItulo 5

Semelhança – Revendo e ampliando conhecimentos ............... 139


Semelhança e os triângulos retângulos ..................................... 143
As razões trigonométricas......................................................... 147
Verifique se você aprendeu ....................................................... 160

- Descobrindo e explorando
-

CapItulo 6
propriedades das figuras geométricas
Desenhando, descobrindo e usando propriedades
de figuras geométricas.............................................................. 163
Recordando e descobrindo outros fatos sobre polígonos ......... 169
Ângulos na circunferência ......................................................... 173
As circunferências e os polígonos ............................................. 182
Atividades opcionais: Semelhança na circunferência ................. 191
Verifique se você aprendeu ....................................................... 194

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- Estatística, amostras e probabilidades
-
CapItulo 7

Um pouco mais sobre Estatística .............................................. 197


Probabilidades, amostras e Estatística ...................................... 213
Verifique se você aprendeu ....................................................... 218

- Revendo e aprendendo mais


-

CapItulo 8

Calorias, anos-luz e altitudes .................................................... 221


Explorando medidas ................................................................. 223
Áreas, comprimentos e distâncias ............................................ 226
Salada de problemas ................................................................ 228
As razões trigonométricas e as áreas ........................................ 233
Os expoentes fracionários e os radicais .................................... 238
Quocientes e produtos de expressões literais ........................... 243

- Atividades complementares
-

CapItulo 9

Atividades complementares do capítulo 1 ................................. 249


Atividades complementares do capítulo 2 ................................. 253
Atividades complementares do capítulo 3 ................................. 256
Atividades complementares do capítulo 4 ................................. 272
Atividades complementares do capítulo 5 ................................. 278
Atividades complementares do capítulo 6 ................................. 281
Atividades complementares do capítulo 7 ................................. 286
Glossário .................................................................................. 295
Sugestões de leituras e sites para os alunos ............................. 303

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CapItulo 1

-
n ú m e ro s
Os reais
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Professor(a): Neste e em outros capítulos, são exploradas diversas situações para que os alunos “descubram”, a partir de casos particulares, propriedades de
números, de figuras, regras de cálculos etc. É extremamente importante que, após estas “descobertas”, sejam feitas observações afirmando que tais conclusões
são verdadeiras (e, eventualmente, provar estes fatos) para que não fique a falsa ideia de que, a partir de poucos casos particulares, é possível generalizar. Sempre
que possível, use expressões algébricas para expressar tais generalizações, bem como algumas regularidades relacionadas com sequências númericas.

Ao lado, explicita-
mos os objetivos gerais Neste capítulo, você vai aprender como:
do capítulo. Sugerimos
um breve comentário
sobre os mesmos, uti-
lizando as ilustrações
da página. • Identificar números naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Obser vação im- • Identificar números reais como racionais ou irracionais.
portante: Sempre que
possível, em todas as • Representar números racionais como dízimas periódicas.
seções deste e outros
capítulos proponha • Escrever dízimas periódicas como frações.
atividades coletivas
aos alunos, explorando
• Representar números reais na reta numerada.
situações-problema
que propiciem diversos
• Interpretar expoentes negativos e seu uso particular nas potências de base 10.
procedimentos como
analisar, interpretar,
• Simplificar escrita de números usando produtos por potências de dez.
discutir, argumentar,
formular hipóteses,
• Calcular raízes quadradas aproximadas de números reais.
planejar estratégias
de resolução, apli-
• Resolver problemas relacionados com os conceitos de porcentagem, principal e taxa.
car as estratégias na
resolução, explicitar
• Resolver problemas relacionados com juros simples e juros compostos.
verbalmente a estraté-
gia utilizada, verificar
• Resolver problemas de proporcionalidade inversa e proporcionalidade composta.
e validar resultados.
Explorar também o
• Calcular ou simplificar radicais usando fatoração.
uso de exemplos, con- • Localizar pontos no plano cartesiano usando pares ordenados de números reais:
traexemplos, desco-
bertas de diferenças, suas coordenadas.
descobertas de seme-
lhanças. • Identificar: eixos cartesianos, plano cartesiano, quadrantes, abscissas e ordenadas.
Ao início de cada
seção, esclareça as • Construir figuras simétricas no plano cartesiano.
principais razões de
se estudarem os temas • Identificar figuras simétricas no plano cartesiano.
das mesmas.
• Construir polígonos no plano cartesiano, dadas as coordenadas de seus vértices.

–2 –1 0 +1 +2 +3

(a) (b) (c) (d) (e) (f)

–1 0 +1

(g) –0,7 (h) (i) +0,3 (j) (l)

y
y y
Q (–1,3)
A’ (–3,4) A (3,4)
2º quadrante 1º quadrante
R (3,2)
P (–2,1)

x
P’ (–2,–1)
x 0 x
R’ (3,–2)
Q’ (–1,–3)
B (–4,–2) B’ (4,–2) 3º quadrante 4º quadrante

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Recado ao(à) professor(a):

Conhecendo um pouco mais sobre números Aproveitamos este espaço para


comunicação direta entre nós. Nele,
fazemos diversas observações e
sugestões.

Explorando o que você já sabe


Todas as atividades que iniciam
os estudos dos temas têm, como
título, “Explorando o que você já
sabe” e devem ser respondidas
• Quais são os números naturais entre 18 e 25? oralmente pelos alunos. Quando
• Quais são os números inteiros negativos entre –9 e –1? julgar necessário, explore mais as
situações com outras perguntas.
• Quais são os números inteiros positivos entre +4 e +11? Procure verificar se todos os alu-
nos compreendem os significados
• Toda fração representa número natural? dos termos nelas usados.
• Se uma fração representa o número natural 3, o que se pode dizer do numerador e Sempre que possível, crie
situações semelhantes no quadro
do denominador dela? e explore-as.

Aprendendo em sala de aula


ATIVIDADES ORAIS
• 19, 20, 21, 22, 23, 24.
• –8, –7, –6, –5, –4, –3, –2.
Neste ano, vamos retornar a vários conceitos já estudados, com uma • +5, +6, +7, +8, +9, +10.
abordagem um pouco mais precisa. Inicialmente, recordaremos fatos
• Não.
• O numerador é o triplo do
sobre conjuntos, lembrando que, no nível da Matemática que estudamos denominador.
aqui, os conjuntos têm como elementos, principalmente, números ou Peça a um aluno que leia cada
figuras geométricas. item com marcadores e, após cada
um, dê e peça exemplos de: con-
junto união, conjunto interseção,
Você já sabe que:
subconjunto, números racionais na
forma de fração, na forma decimal
✓ Dados um elemento a e um conjunto C, ou a pertence a C, ou a não pertence a C, finita ou periódica, simplificação
e se representam esses fatos assim, respectivamente: a  C ou a  C. de frações e frações irredutíveis.
Explore também os exemplos
✓ {a, b, c, d} se lê: conjunto cujos elementos são: a, b, c, d. dos dois significados diferentes
do “ou”.
✓ Se um elemento x pertence a, pelo menos, um de dois conjuntos A ou B, dizemos 1º.) Na linguagem corrente, se o
que ele pertence ao conjunto união de A e B, representado por A  B, que se lê professor diz: “amanhã, tragam
um jornal ou uma revista”, está
A união B. dando uma opção para que cada
um traga ou um jornal, ou uma
✓ Se um elemento pertence simultaneamente a dois conjuntos A e B, dizemos que revista. Este “ou” é chamado
ele pertence ao conjunto interseção de A e B, representado por A  B, que se lê de “ou exclusivo”: deve ser
entendido como “ou... ou”, não
A interseção B. obrigando às duas condições
✓ Se todo elemento que pertence a um conjunto X pertence também a outro conjunto serem satisfeitas ao mesmo
tempo.
Y, dizemos que X é subconjunto de Y e escrevemos: XY 2º.) Na linguagem matemática,
se dizemos: “conjunto união de
✓ 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,... representam os números naturais. dois conjuntos A e B é o conjun-
to cujos elementos pertencem a
✓ As frações cujos termos são números naturais representam números racionais A ou a B”, devemos entender
que, se um elemento pertence a
(lembre-se de que denominador não pode ser o zero). um único dos dois conjuntos ou
se pertence a ambos, pertence
✓ Entre todas as frações que representam um mesmo número racional, existe sempre também ao conjunto união dos
uma cujos termos são primos entre si, chamada fração irredutível. dois. Este “ou” é chamado “ou
inclusivo” e tem o significado
✓ Os números racionais também são representados por expressões decimais finitas ou de “ou” e de “e” ao mesmo
periódicas. tempo. Se necessário, explore
mais exemplos.
✓ Na prática, medir é verificar, fixada uma grandeza como unidade, quantas vezes ela,
ou parte dela, está contida em outra grandeza de mesma espécie.
✓ Contar objetos de uma coleção é fazer corresponder a cada um dos objetos, suces-
sivamente, um único dos números naturais 1, 2, 3, 4,... até que, completada a cor-
respondência, se diz que a quantidade de objetos da coleção é expressa pelo último
número natural utilizado na correspondência.
11

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Professor(a): para a se-
quência das atividades das
Uma noção intuitiva do que são números pode ser expressa assim: nú-
aulas, recomendamos criar meros representam resultados de contagens ou de medidas. São usados
o hábito de ler as sugestões
que faço, antes de explorar
para avaliar diferentes quantidades ou qualidades de uma grandeza.
os exercícios cujos números
das respostas são colocados
posteriormente a essas su- Exemplificando:
a) Ao contar os elementos de A = {a, b, c, d}, encontramos o número natural 4.
gestões, porque a maior parte
delas ou reforça atividades
anteriores, ou, principalmen-
te, prepara os alunos para as Representamos o conjunto dos números naturais assim:
atividades seguintes.
Explore no quadro situa-
ções de medidas de segmen-
tos e como interpretá-las.
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, … }
Não se esqueça das divisões
dos segmentos unitários em
10 partes iguais, que per- b) Ao medir segmentos usando um segmento dado como unidade de medida, é pos-
mitem obter medidas deci- 3
mais. Use réguas graduadas
sível obter como medida números racionais como 5; 7; 13; 2,5; 4 . Veja que os
4
para facilitar as subdivisões. três primeiros números são números naturais, que também podem ser associados a
Explore, também, usando
5 7
material concreto, medidas números racionais através das relações=
5 =,7 , etc.
de áreas (por exemplo, de 1 1
cartões, com um cartão uni-
dade), medidas de volumes Resolvendo exercícios:
etc.

Lembre aos alunos que 1. No quadro a seguir, você vê vários conjuntos de números naturais:
este livro é não consumível.
Portanto, não devem escrever
ou desenhar nas páginas dele,
nem recortar qualquer figura. A = { números naturais pares } E = {2n, n  , n ≠ 0}

1. a) A) 0, 2, 4, 6, 8; B = { números naturais ímpares } F = {múltiplos de 5}


B) 1, 3, 5, 7, 9;
D) 2, 3, 5, 7, 11;
E) 2, 4, 8, 16, 32; C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7 } G = {divisores de 15}
F) 0, 5, 10, 15, 20;
b) 1, 3, 5, 15;
c) 1º.) N; D = {números primos}
2º.) A;
3º.) B;
4º.) N;
d)1º.) {0, 2, 4, 6}
Use os conjuntos do quadro acima e escreva em seu caderno:
2º.) {múltiplos de 10}
3º.) {2} a) Os cinco primeiros números dos conjuntos A, B, D, E, F.
b) Todos os números do conjunto G.
4º.) D
2. a) 38;

c) O conjunto união de cada um dos pares de conjuntos a seguir:


b) 22;
c) 18 + 1 + 1 + 1 + 1 = 22
(ou 18 + 4 = 22);
d) n + 1; 1º.) A e B; 2º.) A e E; 3º.) B e G; 4º.) N e F.
e) Adição; 4 × 6;
f) 4 < 7 porque 7 = 4 + 3;
g) Porque 14 = 9 + 5.
d) O conjunto interseção de cada um dos pares de conjuntos a seguir:
1º.) A e C; 2º.) A e F; 3º.) A e D; 4º.) B e D.

Recorde: se a e b repre-
sentam números, a × b, (a)(b) 2. Responda ou faça o que se pede:
a) O professor afirmou que o sucessor de 4 é 5, o sucessor de 5 é 6, o sucessor de 6 é
e a ∙ b representam o produto
desses números.
7, e continuou... Qual número ele deve ter afirmado ser o sucessor de 37?
b) Qual número natural é o sucessor do sucessor do sucessor do sucessor de 18?
c) Você conhece algum modo de responder à pergunta do item (b) fazendo uma ope-
ração? Qual seria ela?
12

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d) Se n representa um número natural, como você representa o sucessor de n? 3. a) 4 < 11 e 7 < 11;
b) A soma de dois números

e) Observe a expressão 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4. Qual o nome da operação que ela repre-


naturais diferentes de zero
é maior que qualquer um
senta e como se representa esta expressão de outro modo, usando outra operação? deles.
4. a < c.
f) 7 é o sucessor do sucessor do sucessor de 4. Por isto se diz que 4 é menor que 7 Se julgar conveniente, explore,
e se escreve: 4 < 7. Copie e complete em seu caderno: 4 < 7 porque 7 = 4 +...?... dada uma implicação “P => Q”,

g) Por que 9 é menor que 14?


como obter: sua recíproca (“Q
=> P”), sua contrária (“não P =>
não Q”) e sua contrarrecíproca
(“não Q => não P”), destacando o
fato de que uma implicação e sua
3. As frases “Se P, então Q” ou “P implica Q” significam a mesma coisa, contrarrecíproca têm o mesmo

e são chamadas de implicações. Em lógica matemática são expressas


“valor verdade” (ou ambas são V
ou ambas são F). Estes e outros
simbolicamente assim: “P  Q”. conceitos de lógica foram apre-
sentados no volume do oitavo ano,
a) Copie em seu caderno a implicação a seguir e substitua o sinal de interrogação pelo nas páginas 234 a 237. Site sobre
lógica (muito prático):
sinal < ou > para obter uma implicação verdadeira: h t t p : / / w w w. i m e . u s p .
br/~glaucio/textos/LogicaInic.
pdf.
4 + 7 = 11  4 ...?... 11 e 7 ...?... 11
5. a) V;
b) Escreva uma frase que traduza a relação entre dois números naturais diferentes de b) F; contraexemplos: qualquer
diferença entre naturais cujo
zero e a soma desses números. minuendo seja menor que o
subtraendo;

4. Considere três números naturais representados por a, b e c, tais que


c) V;
d) V.
a < b e b < c. O que você conclui sobre a e c?
Promova uma discussão sobre
a frase relacionada com a inter-
5. Classifique como verdadeira ou falsa cada frase a seguir: pretação de medidas fracionárias
do texto. Sugestões (usando o
a) A soma ou o produto de dois números naturais é um número natural. quadro): a) Explore medidas com
denominadores 2, 4, 8 etc., usan-

b) A diferença de dois números naturais é um número natural.


do tiras de papel como unidade de
medida e dobrando-as ao meio,

c) Dados dois números naturais a e b, ou a < b ou a = b ou a > b.


depois novamente etc., obtendo
partes fracionárias: metades,

d) Dados três números naturais a, b e n, sendo n diferente de zero, se a < b, então


quartas partes etc. b) Explore
medidas decimais usando régua
graduada.
a + n < b + n e a.n < b.n
Recorde, usando a tabela desta
página, como representar as medi-
Medidas, números racionais e os segmentos comensuráveis das ou valores da segunda coluna
usando números negativos, e, da
quarta coluna, usando números
Dizer que a medida de um segmento em relação a um segmento uni- positivos.

dade é 2,5 significa que o comprimento do segmento medido equivale Explique ainda aos alunos
a duas vezes o comprimento do segmento unidade, mais a metade que o nome “comensurável”
quer dizer, na verdade, que os
1
deste (lembre que 0,5 = ).
dois segmentos – o que vai ser
medido, e o que serve como
2 unidade, podem ser subdivididos
3 19
Pense! Como interpretar medidas como 4 ou, também, ?
em segmentos menores de mesmo
tamanho. Por exemplo, no caso do
4 4 primeiro exemplo citado, em que

Tanto para os segmentos dos exemplos anteriores, quanto para todos


um segmento é 2,5 vezes maior
que o escolhido como unitário,
os casos em que é possível obter como medida números racionais, di- podemos tomar um terceiro seg-

zemos que o segmento unitário e o segmento medido são segmentos


mento v que seja a metade do
unitário (ou seja, que mede ½),
comensuráveis.

13

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e vemos então que o segmento
unitário mede 2, e o outro seg-
mento mede 5, em relação a v.
Se, dados dois segmentos a e b, Grandezas no dia a dia e os novos números: os números inteiros
não existir nenhum segmento v
tal que as medidas de a e b sejam
números naturais em relação a
v, então dizemos que estes seg- Veja como diversas do dia a dia, envolvendo atividades com grandezas
mentos são “incomensuráveis”.
Por exemplo: um segmento que
que variam em dois sentidos opostos, que você já teve oportunidade
mede √2 e outro que mede 1 são explorar, inspiraram a descoberta de novos números.
incomensuráveis. Voltaremos a
este assunto mais adiante. Para
aprofundar o assunto sugerimos Vamos resumir algumas delas na tabela a seguir:
ao professor o artigo “Grandezas
incomensuráveis e números irra-
cionais” na Revista do Professor
de Matemática 5, e os sites http:// 7 metros abaixo 104 metros cima
Altitudes Ao nível do mar
do nível do mar do nível do mar
www.ime.usp.br/~pleite/pub/
artigos/avila/rpm7.pdf e http://
143.54.226.61/ ~vclotilde/publi-
cacoes/GRÁFICA-IRRACIO-
Débitos: Nem débito nem Créditos
NAIS.pdf
Valores
Verifique se os alunos recor- monetários 15 reais crédito 32 reais
dam o conceito de semirretas
opostas. Sugestão: no quadro,
desenhe uma reta e 4 pontos A, 19 km depois
Marcos de 18 km antes do Ponto de encontro
do ponto de
B, C, D, nesta ordem, e explore:
semirretas de origem B (uma estradas ponto de encontro de duas vias (km 0)
que passa por A e outra por C e encontro
D; semirretas de origem C etc.).

Observação importante: neste 13 graus abaixo 32 graus acima


Temperaturas 0 grau
de zero grau de zero grau
e em outros capítulos exploramos
situações para que os alunos
“descubram”, a partir de casos
particulares, propriedades de
números, de figuras, regras de
cálculos etc. Em algumas delas,
deixamos clara a validade do fato
Na primeira reta da ilustração a seguir, você vê os números naturais
explorado, seja demons-trando, que podem ser utilizados para representar partes inteiras das grandezas
seja afirmando que é possível
demonstrar, seja utilizando uma
correspondentes aos valores vistos na última coluna da tabela anterior.
ilustração de um professor afir-
mando, ou, até mesmo, dizendo: Na segunda reta, você vê pontos que correspondem aos novos núme-
“os matemáticos provam que...”.
Quando não o fazemos, é
ros descobertos que representam os valores inteiros da segunda coluna
extremamente importante que, da tabela. Eles foram obtidos usando o mesmo segmento unidade da
após estas “descobertas”, sejam
feitas observações afirmando que
primeira figura, a partir do zero, na semirreta oposta à da primeira figura.
tais conclusões são verdadeiras Note que os números naturais passam a ter um sinal + antecedendo
(e, eventualmente, provar estes
fatos) para que não fique a falsa
suas escritas, sendo também chamados de números inteiros positivos;
ideia de que, a partir de poucos os novos números, antecedidos do sinal –, são chamados de números
casos particulares, é possível
generalizar.
inteiros negativos.

Segmento unitário
Recomende ou explore a lei-
tura de:
“A invenção dos números” – 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 …
(p. 35-46)
Oscar Guelli.
Coleção Contando a História
da Matemática
Editora Ática.
Segmento unitário

–6 –5 –4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6

14

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 14 10/05/13 19:34


6. a)Verdadeiro porque o zero é
natural e inteiro, e os outros
números naturais correspon-
O número correspondente a cada ponto denomina-se abscissa do ponto dem aos inteiros positivos
(1 e +1, 2 e +2 etc.);
e representa medida, em relação ao segmento unitário escolhido, do b) Falso. Contraexemplo: –8
segmento com extremos na origem e no ponto, antecedida de sinal + é número inteiro e não é
número natural.
ou –, de acordo com a semirreta à qual o ponto pertence a que contém c) V;
o segmento unitário ou a semirreta oposta a esta. A abscissa também d) V;
e) V;
é chamada de coordenada do ponto. f) V;
g) V.
Os números inteiros negativos, o zero e os números inteiros positivos Se julgar ao alcance dos alunos,
formam o conjunto dos números inteiros que se representa assim: demonstre a proposição do item
(e) do exercício 6 e proponha
que um aluno demonstre, no
 = {...–6; –5; –4; –3; –2; –1; 0; +1; +2; +3; +4; +5; +6;...} quadro, o item (d), ajudado pe-
los demais. Comece explorando
as representações de naturais
pares e ímpares nas formas 2n e
Aplicando o que você aprendeu 2n + 1, respectivamente, sendo n
um natural qualquer. Use o fato de
6. Verdadeiro ou falso: que (2n + 1)2 = (2n + 1)(2n + 1),
e a distributividade para concluir:
a) Todo número natural é um número inteiro. Justifique. (2n + 1)2 = 4n2 + 4n+1 = 2(2n2 + 2n) +1.
Explore o fechamento da multiplica-

b) Todo número inteiro é um número natural. Justifique.


ção e da adição para concluir que este
segundo membro representa número

c) O conjunto dos números naturais é um subconjunto do conjunto dos números inteiros.


natural ímpar.
Comente que negar as proposições

d) Se um número é par, seu quadrado é par.


(f) e (g) é contradizer as duas proposi-
ções anteriores que demonstrou; logo,
a contradição leva a concluir que (f) e
e) Se um número é ímpar, seu quadrado é ímpar. (g) são verdadeiras.
Professor: Esclareça que um
f) Se o quadrado de um número é par, esse número é par. contraexemplo de uma afirmação
é um exemplo que a contradiz, le-

g) Se o quadrado de um número é ímpar, esse número é ímpar.


vando à conclusão de que ela é uma
afirmação falsa. Exemplifique: para
verificar que o item (b) do exercício
6 é falso, basta exibir um inteiro
7. Considere os seguintes conjuntos: negativo como contraexemplo, ou
seja, um exemplo de que esta afir-
mação é falsa.

A = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12,... }, C = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13,... } 7. a) A, B, D;


b) A, B, C, D;
c) Números pares e números
B = { –4, –3, –2, –1, 0 } D = { +1, +2, +3, +4 } ímpares, respectivamente;
d) Respostas variadas;
e) C e D são conjuntos finitos; A

a) Quais deles são subconjuntos do conjunto dos números naturais? e B são conjuntos infinitos.
Observação: No item 7 (e),
b) Quais deles são subconjuntos do conjunto dos números inteiros? exploramos uma ideia intuitiva
de conjuntos finitos e conjuntos
c) Como se chamam os elementos dos conjuntos A e B? infinitos. Explore os dois fatos
recíprocos: (a) a cada número

d) Represente um conjunto que seja subconjunto do conjunto A.


natural n corresponde um número
par 2n; (b) a cada número par 2n

e) Quais desses 4 conjuntos são conjuntos finitos? Quais são conjuntos infinitos?
corresponde um número natural n.
Por isso dizemos que o conjunto
dos números naturais é infinito.
Diga que, em geral, se diz: “Um
conjunto é infinito se pode ser
8. Diga como você representaria usando decimais: 8. a) –7,3 m; estabelecida correspondência
entre todos os elementos dele e os
a) 7,3 metros abaixo do nível do mar.
b) –18,25 km;
c) –13,7 graus. elementos de um subconjunto tam-
bém dele, sendo ambos diferentes,
b) 18,25 km antes do ponto de encontro das duas estradas. de modo que a cada elemento do
conjunto corresponda exatamente
c) 13,7 graus abaixo de zero grau. um elemento do subconjunto e
vice-versa” (correspondência

15
biunívoca).

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 15 10/05/13 19:34


9.a) Três partes;
b) Cinco;
c) 5/3;
d) YZ; a abscissa do ponto Z; 9. Observe as retas numeradas a seguir. Responda ou faça o que se pede:
e) 1/3, 7/3, –3 e –4/3;
f) À direita, porque:
–4 = –12/3<–11/3; P Z N Q R M Y S T V W X
g) Para que cada uma destas
partes meça 0,1;
h) l: –0,9; m: –0,1 n: 1,1; 8 7 5 4 2 1 1 2 4 5 7 8
i) Em cem partes iguais, cada
–3 – – –2 – – –1 – – 0 1 2 3
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
uma medindo 0,01.

Recorde os conceitos de dízi- –1 0 1


1 mas periódicas, suas notações,
a maneira de classificá-las ou
n identificá-las como dízimas sim-
(l) – 0,3 m 0,2 (j) 0,9 n
ples ou compostas.

Esclareça que 5,343434 é um Em relação à primeira reta:


decimal finito e pode ser con-
siderado como dízima periódica
de período zero: 5,343434000...
a) Em quantas partes iguais está dividido o segmento unitário YV?
Também os números –13 e 18,
por exemplo, podem ser con-
b) Quantas dessas partes o segmento YW contém?
siderados como as dízimas:
–13,000... e 18,000, respecti-
c) A abscissa do ponto W representa a medida do segmento YW em relação ao segmento
vamente. unitário. Qual é essa medida?

d) – 7 é a medida de um segmento em relação ao segmento unitário, antecedida do


No exercício 10, dividimos
500 centésimos por 4 porque sa-
bíamos antecipadamente que irí- 3
amos obter um quociente exato. sinal –.
Que segmento é esse? Como se chama esse número?
Esclareça, com exemplos, que
na prática, procede-se assim: ao
executar o algoritmo da divisão,
e) Alguns pontos são identificados pelas letras S, X, P e Q.
escreve-se o dividendo afastado Quais são as abscissas dos pontos identificados pelas letras S, X, P e Q?
da barra vertical que antecede

f) O ponto de abscissa – 11 deve ser marcado à direita ou à esquerda do ponto de


o divisor para que seja possível
acrescentar zeros aos restos não
nulos que surgirem. 3
abscissa –4? Justifique.
Se o dividendo não é múltiplo
do divisor, acrescenta-se um zero
à direita do mesmo, escreve-se Em relação à segunda reta:
g) Com qual objetivo se dividiu o segmento unitário neste número de partes iguais?
uma vírgula após o quociente en-
contrado e divide-se o novo resto
(acrescido do zero) pelo divisor;
o quociente assim obtido é escrito
como algarismo dos décimos do
h) Alguns pontos têm suas abscissas representadas por letras; quais são essas abscissas?
quociente. Se não obtivermos
o novo resto como zero, acres-
i) Se você tivesse que marcar nessa reta o ponto de abscissa –0,32, em quantas partes
centamos à direita do mesmo iguais iria dividir o segmento unitário?
um zero e dividimos o número
obtido novamente pelo divisor,
e assim sucessivamente, obten-
10. Você se lembra? Uma fração representa o quociente do numerador pelo
do algarismos dos centésimos, denominador. Estes quocientes também podem ser expressos como
milésimos etc., até se obter um
resto zero, ou que se configure o
decimais finitos ou periódicos.
aparecimento de um quociente na
5
forma de dízima periódica.
Por exemplo, a fração representa o quociente de 5 por 4.
4
5,00 4
Veja como obter o decimal correspondente a essa
fração. Como uma unidade tem 100 centésimos, 10 1,25
5 unidades têm 500 centésimos. Logo, dividir 5 por 20
4 é equivalente a dividir 500 centésimos por 4. 0

16

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Agora, calcule os decimais finitos correspondentes a cada fração a
seguir, acrescentando ao dividendo, em cada caso, tantos algarismos
zero quantos forem necessários, até obter resto zero.
10. a) –2,2;
a) – b) c) –
11 124 15 b) 7,75;
5 16 8 c) –1,875.

14 41
11. Se você calcular os decimais correspondentes às frações e ,
11. a) O primeiro é chamado de
dízima periódica simples,
11 90 e o segundo, composta;
verá que, por mais que acrescente zeros na parte decimal, ao continuar b) 1º.) 27; 2º.) 5;

sucessivamente a divisão, nunca surgirá um resto nulo, e você obterá


c) O primeiro 1,27 (com um
traço horizontal sobre o
os decimais periódicos a seguir: período 27), e o segundo,
0,45 (com um pequeno
ponto sobre o algarismo
5);
d) 1ª.) 3,621621...;
2ª.) 2,345;
14 41
= 1, 27272727272727... = 0, 455555555555...
3ª.) 0,142857...

11 90

a) Qual dos dois decimais é chamado de dízima periódica simples e qual é chamado
dízima periódica composta?
b) Qual grupo de algarismos é chamado de período da dízima nos dois casos?
c) Como se representa cada uma dessas dízimas escrevendo apenas uma vez o
período?
d) Verifique que as frações a seguir correspondem a decimais periódicos, calculando-os:

1ª.) 134 2ª.) 129 3ª.) 1


37 55 7

Aprendendo mais fatos sobre as dízimas

Observe a fração e a dízima correspondente a seguir:

1/19 = 0,05263157894736842105263157894736842105...

Você deve estar se perguntando: será que existem divisões nas quais,
por mais que eu continue o procedimento, não vou saber quando co-
meça a repetição do período?

A resposta a esta pergunta é “não”, em toda divisão é possível saber


quando o período se repete, e é muito fácil entender a razão.

17

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Explique aos alunos que no Como você sabe, em uma divisão, o resto não pode ser maior que o
cálculo de expansões decimais
de frações, nem sempre todos divisor.
os restos possíveis aparecem.
No caso da fração 1/7, como
citado, aparecem todos os restos Veja que, no item (d) do exercício 11, ao calcular a dízima correspondente
1
não nulos, mas no caso de 1/3
= 0,333..., só aparece o resto 1.
à fração , dividindo 1 por 7, você obteve, pela ordem, os restos 3,
Outro exemplo: no cálculo de
7
2, 6, 4, 5, 1, quando então surgiu o primeiro algarismo da repetição do
1/13 = 0,07692307... aparecem
os restos 9, 12, 3, 4, 1.

Explore o exemplo da expan- período. O único resto possível, sem repetir os já obtidos, seria o zero,
são de 1/19 em decimal dado
5
nesta página. Separe os alunos e a fração seria equivalente a um decimal finito, como a fração , cujo
em grupos e peça que cada um 4
decimal correspondente é finito (1,25), mas que pode ser visto como
calcule esta divisão passo a
passo, anotando atentamente os
restos. Depois devem comparar dízima de período zero: (1,250000...) . Veja, então, que no caso de de-
cimais não finitos o maior número de restos diferentes possíveis é, no
seus resultados e corrigir eventu-
ais erros, e responder à seguinte
pergunta: de todos os restos máximo, igual ao antecessor do denominador. Se este fato acontece,
obrigatoriamente o novo resto será igual a um que já tenha aparecido
possíveis numa divisão por 19,
qual o único que não aparece
nesta conta? R: 10. no algoritmo da divisão, e aí começará a aparecer a repetição que ca-
racteriza o período.
Exiba para os alunos várias
frações irredutíveis, com de- Agora, veja como, dada uma dízima, obter a fração correspondente,
chamada fração geratriz da dízima:
nominadores contendo fatores
diferentes de 2 e 5. Eles devem
observar que elas correspondem
a dízimas periódicas:
Exemplos:
9/11 = 0,818181…,
Leia primeiro esta coluna Depois, leia esta coluna
17/15 = 1,1333…,
13/6 = 2,1666…, etc.
Explore, agora, frações irre-
Dízima periódica simples 1,272727... Dízima periódica composta 1,455555...
dutíveis cujos denominadores só
contenham fatores 2 ou 5. Elas Seja x a fração
Logo, x =1,4555...
correspondem a decimais exatos.
geratriz
Exemplos:
11/4 = 2,75; 7/20 = 0,35.
Seja x a fração
a Logo, x = 1,2727... a Calcule 10x 10x = 14,555...
Lembre-se da observação geratriz
da página 14 relacionada com
generalizações.
Vamos multiplicar por 100 para
Observe que assim você obteve uma
deslocar a vírgula para imediatamente
dízima simples. Agora é fazer como na
após o primeiro grupo de algarismos
coluna da esquerda.
que formam o período.
Verifique se os alunos sabem a
razão de se afirmar que a fração
131/90 da segunda coluna da
Calculando
tabela desta página é irredutível. b Calculando 100x 100x = 127,2727... b 100x = 145,555...
(10)(10)x = 100x

100x – x = 9x 100x – 10x = 90x


c Subtraindo b – a c Subtraindo b – a
99x = 127 – 1 = 126 90x = 145 – 14 = 131

126 14 131
d Logo x= = d Logo x=
99 11 90

A fração obtida é irredutível: 131 e 90


Dividimos 126 e 99 pelo m.d.c. = 9
são números primos entre si.

18

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Para o caso dos decimais finitos, é melhor interpretá-los na forma de Comente que as razões em
frações decimais, como, por exemplo: geometria são coisas conhecidas
há milhares de anos, mas que o
125 5
conceito de número racional é
, 25
1= = (simplificamos, dividindo 125 e 100 pelo m.d.c. deles: 25) uma ideia mais recente, elabo-
100 4 rada por volta do século XIII, e
que permitiu, resolver equações
como 7x = 3 na forma algébrica
Veja, no quadro a seguir, em maiores detalhes, o conceito de número feita hoje em dia. Em particular,
racional. os gregos resolviam equações
deste tipo pensando que x era algo
equivalente ao comprimento de
Frações positivas ou negativas e os decimais a elas equivalentes, finitos um segmento. Tal como resolver
3x = 21 é encontrar o número cujo
ou periódicos, representam números racionais. produto por 3 é 21, resolver 7x = 3
é procurar o número cujo produto
Reciprocamente, os números racionais são representados por frações por 7 é 3, que, usando números
positivas ou negativas, ou pelos decimais finitos ou periódicos equi- racionais, se faz assim: 3/7 x 7
= 3, donde a raiz de 7x = 3 é 3/7.
valentes a elas.
O conjunto dos números racionais é representado pelo símbolo: .

12. a)233/99;
Aplicando o que você aprendeu b) –31/9;
c) 11333/3 300 (simplificada);
d) –15 227/4 950;
12. Calcule as geratrizes das seguintes dízimas: e) 2 513/333;
f) 5377/660.

a) 2,35353535... d) –3,07616161... Obs.: use divisibilidade para

b) –3,44444... e) 7,546
simplificar. Por exemplo,
na (f), divisibilidade por 3

c) 3,4342424242... f) 8,1469
e por 5.
13. a) 4,75 expressão decimal
finita;
b) 1,5454... dízima periódica
simples;
13. Calcule as expressões decimais correspondentes às frações dadas e c) –1,6428571428571... dí-
zima periódica composta.
classifique como finitas ou dízimas (simples ou compostas):
Escreva no quadro as frases: (a)
a) b) c) – 14
19 17 23 “Dado um número racional, den-
4 11 tre todas as frações que o repre-
sentam existe sempre uma fração
a/b irredutível”; (b) “Uma fração
Os segmentos incomensuráveis e os números irracionais é irredutível se seus termos são
números primos entre si”. Explore
frações como 468/ 832 e peça que
Você já viu o que são segmentos comensuráveis. Mas o que prova- calculem a fração irredutível a ela

velmente você ainda não sabe é que existem segmentos que não são
equivalente (verifique se sabem
simplificar ou por cancelamento,
comensuráveis. ou pelo m.d.c. dos termos).

Vamos provar, por exemplo, que a hipotenusa de um triângulo retângulo


isósceles e um dos catetos não são segmentos comensuráveis, isto é, a
medida da hipotenusa considerando o cateto como unidade de medida
não é um número racional.

Pelo teorema de Pitágoras, se os catetos de um triângulo retângulo


isósceles têm medida 1, sua hipotenusa mede 2.

Vamos supor que esta medida seja um número racional, isto é, que seja
a
possível escrever: 2 = sendo a e b números inteiros primos entre si.
b 19

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Você vai ver que esta hipótese vai nos conduzir a um absurdo. De fato,
da igualdade anterior, resultam as seguintes implicações:

a
=2 = b 2 a  2b 2 = a 2  a 2 é par  a é par, ou seja,
b
a = 2m, m natural.

Se a = 2m, a2 = 4m2  2b2 = 4m2  b2 = 2m2  b2 é par  b é par

Observe que as frases em destaque azul nos levam a uma contradição:


Proponha a atividade a
seguir, que visa a explorar sendo a e b números inteiros primos entre si, não podem ser ambos
situação semelhante à da números pares.
indução matemática:
Imagine peças de dominó
dispostas em pé, em linha
reta. Agora, considere que
Esta contradição é consequência de se ter feito a hipótese de que 2
foi afirmado que: seria um número racional, porque, a partir dela, todas as implicações
1º) alguém derrubou uma
peça em direção a outra e
seguintes são verdadeiras.
esta caiu;
2º.) sempre que uma peça Este fato nos permite dizer que a hipotenusa do triângulo isósceles e
derruba a seguinte, esta tam-
bém derruba a seguinte a
seus catetos não são segmentos comensuráveis, e por isso diz-se que
ela. Diga se você pode ou
não tirar conclusão sobre o
são segmentos incomensuráveis. E, como 2 não pode ser escrito
que ocorrerá com as demais.
Justifique. na forma de fração de termos inteiros, diz-se que 2 é um número
R) Sim: a partir da pri- irracional.
meira peça derrubada, todas
as demais cairão. De fato, a
1ª informação diz que uma O que se viu até aqui pode ser estabelecido com raciocínio bem se-
melhante, para provar que números da forma n , sendo n um número
determinada peça derrubou
a seguinte. Já a 2ª informa-
ção garante que a seguinte natural que não seja quadrado perfeito, por exemplo 3, 5, 7, 8 etc., são
números irracionais.
derrubará a seguinte, esta a
seguinte, esta a seguinte etc.
Chame a atenção para um
fato prático: para a brincadei- O que se disse até agora não deve levar você a pensar que números
ra funcionar a distância entre
as peças deve ser adequada, irracionais são somente os que têm a forma n sendo n um dos núme-
ros naturais citados. Para dar exemplos de decimais que representam
isto é, não pode ser maior
do que o comprimento das
peças, senão a peça anterior números irracionais, basta criar leis de formação para a parte decimal
que mostrem, claramente, que são decimais infinitos e não periódicos.
não derrubará a seguinte.
Este fato é que garante a
continuidade do processo –
Veja alguns:
daí a importância da segunda
informação.

Professor(a): Explore
mais a atividade anterior,
propondo aos alunos a cria-
1º.) 0,01001000100001... (a quantidade de zeros aumenta gradati-
ção de duas outras situações: vamente)
uma que garanta que as peças
vão cair continuamente, e
outra na qual este fato não
2º.) 0,151617181920... (na sequência, viriam 212223242526 etc.)
3º.) 0,41442444144442... (a quantidade de algarismos 4 aumenta
ocorra.

gradativamente e os algarismos 1 e 2 alternam sucessiva-


mente)

Observe que, de propósito, os exemplos mostram irracionais entre zero e 1.

20

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Veja que, com criatividade, é possível exibir uma infinidade de exem- 1.) Desenvolva no quadro, usando
o Teorema de Pitágoras, o
plos com leis de formação diferentes, de números irracionais somente cálculo das hipotenusas.
entre o zero e o 1. Esta é uma observação simples com a intenção de 2.) Explore, no quadro, atividades
que esclareçam o texto ao
despertar em você uma possível resposta à pergunta: quantos números lado:
irracionais existem? a) Desenhe uma ou mais retas, se
necessário, contendo números
inteiros positivos e números
Lembramos finalmente que, em anos anteriores você usou, para calcular inteiros negativos, como se
comprimento de circunferências e áreas de círculos, valores aproxi- vê na página 14.
b) Identifique o ponto origem
mados de um dos mais importantes números irracionais: o número π. (O), de abscissa zero e o ponto
Observamos ainda que os matemáticos provam que π é, de fato, um P de abscissa 1, e convencione
que o segmento cujos extre-
número irracional. mos são estes dois pontos
é a unidade de medida de
Observe a figura a seguir. Nela você vê um triângulo retângulo isósce- comprimento.
c) Peça que alunos leiam o último

les de catetos de medida 1; logo, sua hipotenusa mede 2 . Com um


parágrafo da página e depois
localizem as posições (exatas
ou aproximadas) de pontos
compasso, marcou-se na reta o ponto Q, cuja medida é o irracional A, B, C, D etc., extremos de
segmentos de origem O, cujas
2 ; portanto, a abscissa do ponto Q é este irracional. Um segundo tri- medidas sejam racionais ou
irracionais dados, positivos ou
ângulo tem catetos de medidas 2 e 1; logo, sua hipotenusa mede 3 . negativos como, por exemplo,
2,5, –3/2, irracionais na forma
Com um compasso marcou-se o ponto de abscissa 3 . Prosseguindo de raiz quadrada (de 2, 5
etc.).
o processo, obtêm-se os pontos de abscissas 2 e 5.
Explore, no quadro, usando
Evidentemente é possível continuar indefinidamente este processo, ob- régua e compasso, a construção
da figura relacionada com o texto,
tendo números naturais (3, 4, 5,... etc.) e pontos de abscissas irracionais para que os alunos comprovem
a existência, na reta numerada,
n ,n = 7, 8, 10 etc. (n não sendo quadrado perfeito). de pontos que correspondem a
números irracionais. Justifique,
usando o Teorema de Pitágoras,
nos sucessivos triângulos retân-
gulos, o valor de cada abscissa
que se vê na figura.

1 2

0 1 2 3 2 5

O P Q
Sejam, em uma reta, um ponto O, origem de duas semirretas opos-
tas da reta, e OP um segmento contido em uma dessas semirretas.
Convencionemos que OP seja a unidade de medida de comprimento.
Consideremos, agora, um ponto X qualquer da reta. Se X coincidir com
o ponto O, sua abscissa é 0 (zero), e se coincidir com P sua abscissa é
1. Excluídas estas duas hipóteses, podemos ter:
a) OX e OP são comensuráveis; ou seja, a medida de OX em relação a OP é um número
racional.
b) OX e OP são incomensuráveis; ou seja, a medida de OX em relação a OP é um número
irracional.
21

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Em ambos os casos, dizemos que a abscissa de X é a medida de OX
se X pertencer à semirreta OP, e a medida de OX antecedida do sinal
“–” (sinal de menos) se X pertencer à semirreta oposta à semirreta OP.

A reta OP chama-se reta real, e o conjunto cujos elementos são as


abscissas de todos os seus pontos chama-se conjunto dos números
reais, que se representa por .

negativos positivos

x2 0 1 x1

O P
14. a) Sim. Se a medida do
segmento OX com o
segmento unitário for
um número natural: e O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos números
x pertencer à semirreta racionais com o conjunto de todos os números irracionais, ou
OP.
b) Sim, nas mesmas seja, seus elementos são números racionais ou irracionais.
condições anteriores,
sendo a abscissa po- A cada ponto da reta real corresponde um único número real
chamado abscissa do ponto, e a cada número real corresponde
sitiva se X pertencer à
semirreta que contém
o segmento unitário, e um único ponto da reta real.
negativa, se pertencer
à semirreta oposta à
semirreta citada;
c) É que OX e o segmento Aplicando o que você aprendeu
unitário sejam segmen-
tos comensuráveis;
d) É que OX e o segmento
unitário sejam segmen-
14. Considere a origem O e um ponto X da reta real e responda:
tos incomensuráveis.
15. a) Falso. Contraexemplo: a) A abscissa de X pode ser um número natural? Justifique.
b) A abscissa de X pode ser um número inteiro? Justifique.
3/5 e 0,76 são números
racionais que não são

c) Qual a condição para que a abscissa de X seja um número racional?


inteiros;
b) V;
c) V;
d) V. d) Qual a condição para que a abscissa de X seja um número irracional?
Obs.: Este capítulo contém
muitas das propostas
contidas nos textos:
1.) A Matemática do En- 15. Verdadeiro ou falso: (nos casos falsos, dê contraexemplo)
a) Todo número racional é número inteiro.
sino Médio –
Volume 1 – Coleção do
Professor de Matemáti-
ca da SBM, de autoria b) Todo número inteiro é número racional.
de Elon Lages Lima e
outros.
2.) Conceitos Fundamen-
c) Se um decimal não é finito nem periódico, então representa um número irracional.
d) N é subconjunto de  e  é subconjunto de .
tais da Matemática –
Bento de Jesus Caraça
– Livraria Sá da Costa

16.
Editora.
Dê exemplos de:
a) Um número inteiro que não seja número natural.
16. Respostas variadas; por
exemplo:

b) Um racional positivo e outro negativo, ambos na forma de fração.


a) –32;
b) +12/17 e – 8/31;
c) 0,32 e –1,25;
d) 3/4 e –3/4. c) Um racional positivo e outro negativo, ambos na forma decimal.
d) Números racionais opostos.
22

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Como calcular com números reais na forma decimal?

Você deve estar se perguntando: muito bem, já entendi a diferença entre


números racionais e números irracionais representados por decimais.
Mas, como efetuar cálculos com esses números com tantas ordens
decimais?

Para entender o que você verá a seguir, é preciso lembrar que os nú-
meros são, no dia a dia, associados a medidas. E como você sabe, as
medidas, por mais preciso que seja o instrumento de medida, com raras
exceções, têm suas representações decimais com duas as três ordens
decimais.

Este fato justifica que, dado um decimal que representa um racional ou


um irracional, possamos usar valores aproximados dele.

Veja, então, exemplos de como obter valores aproximados do número


irracional N = 3,73747576... e do número racional M = 9, 38 .

Números reais dados N = 3,73747576... M = 9,38

Valor aproximado a menos de uma


3 9
unidade, por falta:

Valor aproximado a menos de um


3,7 9,3
décimo, por falta:

Valor aproximado a menos de um


3,73 9,38
centésimo, por falta:
17. a) 5 e 3;
b) 5,4 e 3,2;
c) 5,47 e 3,26.

17. Agora é com você: 18. a) 7;


b) 8,6;
Escreva os valores aproximados, por falta, dos números P = 5, 47 e c) 8,73.

Q = 3,262728...:
a) A menos de uma unidade.
b) A menos de um décimo.
c) A menos de um centésimo.
18. Calcule a soma P + Q com as seguintes aproximações, por falta:
a) A menos de uma unidade.
b) A menos de um décimo.
c) A menos de um centésimo.
23

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Aprendendo em casa
Ao verificar os exercícios
do “Aprendendo em casa”,
solicite, sempre que julgar
necessário, as justificativas 19. Délio disse que 5,343434... ou 5,34 representam uma dízima de período
para as respostas, bem como 34, mas 5,343434 não. Justifique por que Délio tem razão.
desenhos representativos das
situações descritas.

19. Porque 5,343434 não


20. Escreva como decimais as frações a seguir:
contém reticências ou

a) b) c) d)
traços indicativos de 7 13 121 55
períodos.
4 4 16 20
Pergunte: Como represen-

21.
tar 5,343434 como dízima?
Em cada caso, dê dois exemplos de:
20. a) 1,75;
b) 3,25;
c) 7,5625;
a) Números inteiros que não são números naturais.
b) Números inteiros que são números naturais.
d) 2,75.

21. Respostas variadas. c) Números racionais na forma de fração que não sejam equivalentes a números inteiros.

22. a) F porque frases do tipo


d) Números racionais na forma de fração que sejam equivalentes a números inteiros.
P e Q somente são
verdadeiras se P e Q
forem verdadeiras;
22. Verdadeiro ou falso? Justifique.
a) Todo número natural é número inteiro e todo número inteiro é natural.
b V porque para que
frases do tipo P ou

b) Todo número natural é número inteiro ou todo número inteiro é natural.


Q sejam verdadeiras
basta que uma das
duas componentes seja
verdadeira;
c) V porque, sendo núme-
c) Se um número é natural, então não é irracional.
d) Se um número é irracional, então não é natural.
ro natural, é número
racional;
d) V porque se é irra-
cional não é racional,
e número natural é 23. Classifique cada número a seguir como natural, inteiro, racional ou ir-
racional. racional:

23. a) Racional; a) 3,27 d) –5 g) 16


b) Natural, inteiro e racio-
nal;
c) Racional;
b) 2 e) – 2
c) 1,234 f)
d) Inteiro e racional;
e) Irracional; 2
f) Irracional;
g) Natural, inteiro e racio-
nal (é igual a 4). 24. Observe as retas numeradas a seguir e escreva os números reais que
devem substituir corretamente cada letra:
24. a) –9/4;
b) –6/4;
c) –2/4;
d) +2/4; –2 –1 0 +1 +2 +3
e) +7/4;
f) +10/4; (a) (b) 4 (c) 0 (d) 5 (e) (f)
g) –0,9; – +
h) –0,5; 4 4 4
i) –0,2;
j) +0,5;
l) +0,8. –1 0 +1
(g) – 0,7 (h) (i) + 0,3 (j) (l)

24

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25. Um pouco de Geografia.
25. C  B; C  P
B  A;
C  A;
Dados os conjuntos: P  A; P B

Conjunto C dos habitantes de Curitiba, 26. a) A é subconjunto de B;


b) B = {1,2,3,4,5,6};
Conjunto B dos habitantes do Brasil, c) Desenho do aluno com
ovais representando,
Conjunto P dos habitantes do Paraná, de dentro para fora: N,
e depois Z.
Conjunto A dos habitantes da América do Sul, 27. a) Desenho do aluno com
ovais representando,
escreva todos os pares possíveis de conjuntos em que um é subconjunto de dentro para fora: N,
do outro usando as letras que representam os conjuntos dados.
Z, Q e R.
b) Desenho do aluno com
12 em N, –5 dentro

26.
de Z e fora de N, 0,3,
Observe o diagrama a seguir e resolva ou responda: 0,333... e 4,3 dentro
de Q e fora de Z e
0010010001... dentro
de R e fora de Q.

Aproveite a oportunidade
para explorar interdiscipli-
1
naridade, dando exemplos
de conjuntos e subconjuntos
2 utilizando-se da Geografia
4 (capitais como parte de todas
3 as cidades do Brasil, estados
6 de regiões como subconjuntos
de todos os estados do Brasil
5 etc); de Português (vogais
ou consoantes como parte
do alfabeto); de História; de
B Ciências etc.
A

a) Qual dos dois conjuntos (A ou B) é subconjunto do outro?


b) O conjunto A pode ser representado assim: A = { 2; 3; 6 }. Represente agora de
maneira análoga o conjunto B.
c) Faça um desenho como o anterior representando os conjuntos N dos números natu-
rais e  dos números inteiros. Identifique os dois com etiquetas como no desenho
anterior.

27. Faça o que se pede:


a) Faça um desenho usando quatro ovais para representar os conjuntos N dos números
naturais,  dos números inteiros,  dos números racionais e  dos números reais,
relacionando-os entre si. Identifique cada um deles com uma etiqueta.
b) No desenho que você fez, escreva no espaço correto cada um dos seguintes números:
1) 12 4) 0,333...
2) –5 5) 4/3
3) 0,3 6) 0,010010001...

25

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ATIVIDADES ORAIS
Calculando com números reais
Explorando o que você já sabe
• É igual a 1.
• Base: 2/5 e expoente: 5.
• 0,01.
• Porque 62 = 36.
• Porque 23 = 8. 4 3
• 3 e 4. • Qual é o produto de duas frações inversas como e ?
• Verdadeiro. 3 4
• b0 = 1 (b � o)
5
2
• a1 = a. • Na expressão  5  , qual número é a base e qual é o expoente?
1
• Qual é o número decimal equivalente à fração ?
• Por que a raiz quadrada de 36 é 6? 100
A atividade a seguir é
mais um exemplo da utiliza-
ção de regularidades para a
• Por que a raiz cúbica de 8 é 2?
“descoberta” de novos fatos • (3,5)2 está entre o quadrado de dois números naturais. Quais são eles?
matemáticos.
( )
m
• V ou F: a n = a n . m (a, n e m, positivos).
Faça desenhos para ajudar
a compreensão da tabela do
exercício 28: um retângulo de
• Se b é um número racional diferente de zero, qual o valor de b0?
comprimento suficiente para • Se a é um número racional, qual o valor de a1?
ser dividido inicialmente ao

Aprendendo em casa Sim. E você verá


meio (metade de l = 1/2),
depois em quatro partes (me-
tade de 1/2 = 1/4 ), e assim como é fácil calcular os seus
sucessivamente. “ valores, acompanhando os
Professor, exercícios e letras a
existem potências seguir.
com expoentes

Son Salvador
negativos?

Potências
24 23 22 21 20 2–1 2–2 2–3
de dois
1 1 1
Valores 16 8 4 2 1
2 4 8
Anterior 1 1 1 1 1
8 = 16: 2 4 = 8: 2 2 = 4: 2 1 = 2: 2 = 1: 2 = :2 = :2
dividido por 2 2 4 2 8 4
28. a) 8, 2 e 1, respectiva-
mente;
b) A metade;
c) 2–4 = 1/16; 2–5 = 1/32;
28. Observe a tabela e responda:
d) 2–4 = 1/16 = (1/2)4;
2–5 = 1/32 = (1/2)5; a) Qual é a metade de 16? E de 4? E de 2?
b) Na segunda linha, cada número é qual fração do anterior?
2–6 = 1/64 = (1/2)6;
e) Verdadeiro.

f) Ve r d a d e i r o , p o i s c) Observando a tabela, copie e complete: 2–4 =...?... ; 2–5 = ...? ... .


d) Em seu caderno, complete com mais três igualdades a sequência de cálculos:
an × a–m = an × (1/a)m
= (an/am)
1 2 3
Faça notar que cada nú- 1 1 1 1 1 1
mero da segunda linha é a 2 –1 = =   ; 2 –2 =   =   ; 2 –3 =   =  
metade do anterior. Esta é a 2 2 4 2 8  2 
razão de completar, após o
1, com as frações 1/2, 1/4 e 2–4 = ...?... ; 2–5 = ...?... ; 2–6 = ...?... n
1
e) Verdadeiro ou falso: Sendo a um número natural diferente de zero, a
1/8 (metades de 1, 1/2 e 1/4,
respectivamente). –n
=  .
a
f) Verdadeiro ou falso: Sendo a um número natural não nulo, an × a–m = an–m.
26

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Você já viu que, se o produto de duas frações é igual a 1, elas se cha-
Antes de resolver o exercí-
cio 29, recorde o conceito de
mam frações inversas. números opostos. O oposto
de +7 é –7, o oposto de –5
3 4 3 4 12 1
Por exemplo, e são frações inversas porque × =
é +5 etc.
= = 1.
4 3 4 3 12 1
Agora, veja que este é um fato particular do que se afirma a seguir:

Dois números reais são números inversos se e somente se o seu


produto for 1.

Observe os exemplos:
a) 23 e 2–3 são números inversos porque 23× 2–3 = 23–3 = 20 = 1.
−1 −1 0
 3  3  3  3  3
b) e
 4   4 
são números inversos porque   ×   =   = 1. 29. a) 2 2 × 2 – 2 = 2 2 – 2 = 2 0 = 1
4 4 4 e 2 2 ×2 –2 = 4×1/4 =
4/4 = 1;
2 −2 2 −2 0
b) Todas são verdadei-

c)
 3  3  3  3  3 ras;
 4  e  4  são números inversos porque  4  ×  4  =   = 1. c) Elas são frações inver-
    4 sas;
d) Supor que zero tem in-
Veja agora as observações relacionadas com esses exemplos: verso é admitir a exis-
tência de um número
3
1 1
a) Como 23 e 2–3 são números inversos e 23 = 8, concluímos que 2 −3 =
que, multiplicado por
= . zero, tenha como pro-
8  2  duto o número 1, o
−1
 3  3 que é absurdo porque
b) Como 3 e 4 são frações inversas e também  4  e  4  são inversas, o produto de qualquer
número real por zero é
4 3
−1 zero;
 
concluímos que 3 = 4 .
e) O inverso de um nú-
 4  3
mero real r diferente
de zero se representa
−2
por r–1 porque:
2 −2

c) Como
2 2
 3  3  3 9  3 16  4  r × r–1 = r0 = 1.
são inversas e , concluímos que .
 4  e  4   4  = 16  4  = 9 =  3 

29. Resolva:
a) Verifique que 2–2 e 22 são números inversos. Justifique.
b) Diga se verdadeiras ou falsas as afirmações: Destaque para os alunos o
2 3 −3 3 caso particular de inversos de
1ª.) 2 –2 =   = 2ª.) 2 –3 =   = 3ª.)
1 1 1 1  3 2 números inteiros. Para isso,
2 4 2 8  2  =  3  . por exemplo, use o argumento
de que 3 = 3/1; logo, o inverso

c) As bases das potências da 3ª afirmação do item (b) têm uma relação. Qual é ela?
de 3 é 1/3.
Faça notar que:
d) O número zero não tem inverso. Justifique. 3/1 x 1/3 = 3/3 = 1.

e) Se r representa um número real diferente de zero, como representar seu inverso? Ao responder, o professor
está validando a regra descri-
Justifique. ta pelo aluno.
Perfeito!
Professor, veja É exatamente
se a regra que vou descrever é isso o que se Em casa, os alunos devem

correta:Para calcular uma potência de deve fazer. anotar, no caderno, o diálogo


desta página.
expoente negativo: a) Invertemos a
base. b) Trocamos o expoente
pelo oposto.c) Calculamos a
potência obtida.
27

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30. a) 125/8;
b) 16/9; 30. Observe como usar a regra confirmada pelo professor, para calcular
potências de expoente negativo:
c) 1/10;
d) 1/1000.

−2 2 −2 2
2  3  9  3  5   25 
 3  =  2  =  4   5  =  3  =  9 

Calcule as seguintes potências usando a mesma regra:


−3 −2
2  3
a)  5  b)  4  c) 10–1 d) 10–3
31. n algarismos.

Os exercícios que seguem 31. Nos itens (c) e (d) do exercício anterior, você calculou 10–1 e 10–3 e con-
visam a preparar os alunos cluiu que:
para a “notação científica”.
1 1
10 − 1 = = 0,1 e que 10 − 3 = = 0, 001.
10 1000
Agora, copie a frase a seguir em seu caderno e discuta com seus co-
legas como se deve completá-la.
Se a letra n representa um número natural, 10–n é uma fração de numera-
dor 1 e o denominador é uma potência de dez que tem ...?... algarismos
zero.

Você sabe também que:

a 4 × 0,1 = 0,4 c 57 × 0,1 = 5,7 e 57 × 0,001 = 0,057


b 134 × 0,1 = 13,4 d 4 × 0,001 = 0,004 f 134 × 0,001 = 0,134

Portanto,

a 4 × 10–1 = 4 × 0,1 = 0,4 d 4 × 10–3 = 4 × 0,001 = 0,004


b 134 × 10–1= 134 × 0,1 = 13,4 e 57 × 10–3 = 57 × 0,001 = 0,057
c 57 × 10–1 = 57 × 0,1 = 5,7 f 134 × 10–3 = 134 × 0,001 = 0,134

32. a) 1,3; 32. Agora, copie em seu caderno e complete:


? ? ? d) 13 × 10 = ?
b) 0,13;
c) 0,013;
d) 0,0013;
a) 13 × 10–1 = b) 13 × 10–2 = c) 13 × 10–3 = –4

e) 13,4;
f) 1,34; e) 134 × 10–1 =? f) 134 × 10–2 =? g) 134 × 10–3 = ? h) 134 × 10 = ? –4
g) 0,134;
h) 0,0134.
33. Observe:
33. n ordens. (A) 13,4 x 10–1 = 1,34 (C) 1345,7 x 10–3 = 1,3457
(B) 134,5 x 10–2 = 1,345 (D) 134 x 10–4 = 0,0134

Copie em seu caderno e complete: Multiplicar um número por 10–n é


deslocar a vírgula do número ...?... ordens decimais para a esquerda.
28

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 28 10/05/13 19:34


Observe: No exercício 34 os alunos
são solicitados a trabalhar
a) 145,34 = 1,4534 x 102 c) 12 000 000 = 1,2 x 107 aplicações da “notação cien-
tífica”. Sugira que façam

b) 12345 = 1,2345 x 104 d) 0,000356 = 3,56 x 10–4


uma pesquisa sobre este
tema.

34. a) 1,2569 x 103;


34. Agora, escreva em seu caderno os números a seguir como produto de b) 1,2569 x 104;

um decimal com um algarismo na parte inteira, multiplicado por uma


c) 2,5 x 108;
d) 3,7 x 10–4.
potência de dez:
a) 1256,9 b)12 569 c) 250 000 000 d) 0,00037

Você se lembra?
A raiz quadrada de um número é representada pelo símbolo
Assim, 36 se lê: raiz quadrada de 36.

35. Observe a tabela e responda:

Número natural 64 25 49 100 81


35. a) Raiz quadrada de 64;
É o número 8;
b) Quatro.
Raiz quadrada do número 8 5 7 10 9

a) Como se chama o número cujo quadrado é 64? Qual é ele?


b) Qual é a raiz quadrada de 16?

36. Copie e complete em seu caderno:


?
36. a) 6;
a) 36 = b) 4 = ? c) 9= ? b) 2;
c) 3.

37. Use as letras N e R para descrever o que é a raiz quadrada ( R ) de um


número natural N que é um quadrado perfeito. Começamos para você: A
raiz quadrada de um número natural N que é um quadrado perfeito é...
?
37. A raiz quadrada de um
número natural N que é
um quadrado perfeito, é
Até aqui, você calculou raízes quadradas de números naturais que outro número natural R
são quadrados de outros. Mas diversos números naturais não são
tal que R2 = N.

quadrados de outros números naturais. Como calcular essas raízes


quadradas? É o que você verá a seguir.

Você tem duas possibilidades: uma, se tiver à mão uma calculadora, e


outra, se não tiver uma calculadora ou não for permitido usá-la, como,
por exemplo, em diversas provas de concursos.

Vamos, inicialmente, dar um exemplo de como calcular 6 sem calcu-


ladora.
29

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 29 10/05/13 19:34


Observe que esse cálculo equivale a procurar um número cujo quadrado
seja 6. Observe também que, como 4 < 6 < 9, a raiz quadrada de 6 deve
ser um número entre a raiz quadrada de 4 (que é 2) e a raiz quadrada 9
(que é 3). Portanto, a raiz quadrada de 6 é um decimal entre 2 e 3, ou
seja, tem na parte inteira o algarismo 2 e, nas ordens decimais, alguns
algarismos.
Veja, no quadro a seguir, como podemos encontrar um valor aproximado
de 6 por tentativas. Chamemos de x esse valor procurado.
Comecemos as tentativas pelo valor x = 2,6. Temos:

Tentativas Valor de x x2 Comentário

1a tentativa 2,6 (2,6)(2,6) = 6,76 6,76 > 6 (2,6 é muito)


2a tentativa 2,5 (2,5)(2,5) = 6,25 6,26 > 6 (2,5 é muito)
3a tentativa 2,4 (2,4)(2,4) = 5,76 5,76 < 6 (2,4 é pouco)

Pelo quadro você observa que 6 é um decimal entre 2,4 e 2,5. Você
pode então dizer que 2,4 é um valor aproximado para a raiz quadrada
de 6 “por falta”, e que 2,5 é um valor aproximado da raiz quadrada de
6 “por excesso”. Em geral, é costume dar o valor aproximado por falta.
Assim, podemos concluir:

A raiz quadrada aproximada de 6 a menos de um décimo, por falta,


Explique aos alunos que
o estudo das raízes quadra-
é 2,4. E podemos escrever:
das tem vários objetivos, 6 ≅ 2, 4
dentre os quais possibilitar
calcular medidas de lados
de quadrados conhecidas as (lê-se: raiz quadrada de 6 é aproximadamente igual a 2,4).
áreas destes, bem como na
resolução de equações do
segundo grau que vão ser
estudadas neste ano. Se você quiser, pode calcular a raiz quadrada de 6 a menos de um cen-
Visite ou recomende o
site
tésimo, isto é, com duas ordens decimais. Basta agora fazer tentativas
http://amp746.wordpress. dando valores a x desde 2,41 até 2,49. É recomendável começar por
com/2008/03/02/matemati-
ca-raiz-quadrada-nos-tem-
2,45 e ir aumentando, caso os quadrados de x permaneçam menores
pos-de-cristo/. que 6, ou ir diminuindo, caso os quadrados de x permaneçam maiores
que 6.
38. Observe o quadro a seguir e escreva os valores que substituem corre-
38. a) a = 6,0025;
b) 6,0025 > 6 (2,455 é
muito) c = 5,9535;
c) 5,9536 < 6 (2,44 é
tamente cada letra:
pouco).
Tentativas Valor de x x2 Comentário

1a tentativa 2,45 (2,45)(2,45) = a b


2a tentativa 2,44 (2,44)(2,44) = c d

39. Com
39. 2,44.
base nos resultados obtidos no quadro anterior, qual é o valor
aproximado de 6 a menos de um centésimo por falta?
30

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 30 10/05/13 19:34


40. Escreva usando símbolos: a raiz quadrada de 6 é aproximadamente 40. 6 ≅ 2, 44

igual a 2,44.

O cálculo da raiz quadrada de um número usando a calculadora é


extremamente simples: basta digitar o número e o símbolo da raiz
Em casa, os alunos devem
anotar, no caderno, os qua-
quadrada ( )
, que imediatamente surgirá uma aproximação do
valor no visor, de acordo com a quantidade de casas decimais que
dros em destaque do exer-
cício 40 (os dois quadros).

a calculadora é capaz de manipular.


Use sua calculadora e:
Digite 6
Digite
Observe no visor: 2,4494897
Logo, você pode afirmar que:
A raiz quadrada de 6 a menos de um décimo, por falta, é 2,4.
A raiz quadrada de 6 a menos de um centésimo, por falta, é 2,44.
A raiz quadrada de 6 a menos de um milésimo, por falta, é 2,449,
...e assim por diante.

Uma última observação sobre raízes quadradas. Se você tiver que calcular raízes quadradas
Anteceda o exercício 42
de decimais por tentativas, deve seguir o processo anterior. Por exemplo, para calcular com estimativas feitas pelos
14, 27 , comece observando que, como 9 < 14,27 < 16, a raiz quadrada de 14,27 deve alunos, perguntando quanto
à parte inteira de: a) raízes
ser um decimal entre 3 (que é raiz quadrada de 9) e 4 (que é raiz quadrada de 16). Portanto, quadradas de números entre
comece tentando 3,5. zero e 1 (decimais de parte
inteira zero); b) raízes qua-
dradas de números entre 1 e 4
41. Faça as tentativas sugeridas e escreva suas conclusões. (decimais de parte inteira 1);

a) Use a calculadora e verifique que


c) raízes quadradas de núme-
14, 27  3,7775653. ros entre 4 e 9 (parte inteira
2). Peça que justifiquem as

Escreva os valores aproximados, por falta, de 14, 27 :


respostas.

b) A menos de um décimo.
42. a) 0,75;
b) 0,94;
41. a) Verificação do aluno;
c) A menos de um centésimo.
c) 0,36;
b) 3,7;
d) 1,04;
d) A menos de um milésimo.
c) 3,77;
e) 0,67;
d) 3,777;
f) 0,4;
e) A menos de um décimo de milésimo.
e) 3,7775.
g) 0,3;
h) 0,1.

42. Divida o numerador pelo denominador e calcule as raízes quadradas 43. (f) 4/10, (g) 3/10, (h)
1/10.
aproximadas ou exatas das seguintes frações, usando a calculadora: O objetivo do exercício 44
é que os alunos “descubram”

a) c) e) g)
4 2 5 9 que, para números positivos,

7 15 11 100
.

b) d) f) h)
8 13 16 1 Explore mais exemplos
9 12 100 100 com esta característica.

43. Transforme os resultados dos itens (f), (g) e (h) anteriores em frações.
31

Mat9Cap1_NOVA2012.indd 31 10/05/13 19:34


44. a) 4/10;
b) 3/10; 44. Usando os resultados anteriores, copie e escreva em seu caderno as
raízes quadradas a seguir na forma de fração. Depois, discuta com
c) 1/10.
Possível resposta:
Concluímos que, se a e b são seus colegas se descobriram algum fato interessante. Caso afirmativo,
descreva que conclusões foram tiradas.
números positivos,
a a
= .

?
b
? ?
b
Comente com a turma que a) 16
= b) 9
= c) 1
=
o procedimento descrito na 100 100 100
resposta 44 é válido, em geral,
sistematizando a regra corres-

Aprendendo em casa
pondente. Veja a observação da
página 14.

No capítulo 8, ao estudarem
os expoentes fracionários, esta
conclusão será justificada. Aqui, 45. Observe a tabela:
abordamos apenas o caso de nu-
meradores e denominadores que
são quadrados perfeitos.
Potências de três 34 33 32 31 30 3–1 2–2 2–3
Explore atividades análogas
às anteriores para produtos.
Assim:
1 1 1
a) Dadas as raízes Valores 81 27 9 3 1
, proponha que 3 9 27
os alunos calculem os produtos
e depois, usando a calculadora,
calculem as raízes quadradas.
Depois, em cada caso, que calcu-
lem as raízes quadradas de cada
Responda:
fator, multipliquem os resultados
e comparem com as raízes qua- a) Qual é a terça parte de 81? E de 27? E de 9?
b) Na segunda linha, cada número é igual ao anterior, dividido por quanto?
dradas dos produtos.
b) Em seguida, descrevam
com suas palavras o que ob-
servaram.
c) Qual é a terça parte de 1 ? 45. a) 27, 9, 3, respectivamente;
Também aqui o objetivo é, para
3 b) Dividido por três;

d) Qual é a terça parte de 1 ?


c) 1/9;
positivos: . d) 1/27.
Faça breve abordagem oral 9

46. Copie e complete:


sobre as atividades do “Apren-
dendo em casa” para verificar
se os alunos estão aptos a re-
solvê-las. −2 2 −2 2
2 5  3 8
a)   =   = ? b)   =   = ? 46. a) 25/4;
b) 64/9.
47. a) 2,5; 5 2 8  3
b) 0,25;
c) 0,025;
d) 0,0025;
e) 25,3;
47. Copie em seu caderno e complete:
f) 2,53;
g) 0,253; a) 25 × 10–1 = ? d) 25 × 10–4 = ? g) 253 × 10–3 = ?
b) 25 × 10–2 = ? e) 253 × 10–1 h) 253 × 10–4 =
h) 0,0253.
48. a) 3,5698 x 102; = ? ?
b) 2,3687 x 104;
c) 3,2 x 1010;
d) 4,5 x 10–4;
c) 25 × 10–3 = ? f) 253 × 10–2 = ?

48. Escreva os números a seguir como produto de um decimal com um


e) 7 x 10–6.

algarismo na parte inteira multiplicado por uma potência de dez:


a) 356,98 c) 32 000 000 000 e) 0,000007
b) 23 687 d) 0,00045

32

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49. Verificação do aluno
49. Use a calculadora e verifique que 17, 48  4,1809089. a) 4,1;
b) 4,18;
Use este resultado e escreva os valores aproximados, por falta, c) 4,180;
d) 4,1809.
de 17, 48 :
a) A menos de um décimo. 50. a) 1,36;
b) 0,66;
b) A menos de um centésimo. c) 0,73;
d) 0,76;

c) A menos de um milésimo.
e) 0,67;
f) 0,6;

d) A menos de um décimo de milésimo.


g) 0,9.

50. Calcule os valores decimais ou exatos das frações a seguir. Depois, cal-
cule suas raízes quadradas exatas ou aproximadas, por falta, conforme
Recorde o conceito de
cada caso: semirretas opostas (desenhe
três pontos colineares A, B, C

a) c) e) g)
13 8 5 81 com B entre A e C e pergunte
o nome da semirreta oposta à
7 15 11 100 semirreta BC).

b) d) f)
Recorde o conceito de co-
4 7 36 ordenada (ou abscissa) de um
9 12 100 ponto na reta numerada.

Coordenadas e aplicações
Explorando o que você já sabe
Observe a reta numerada:
C O P

–8 0 1 2

1 7

2 4 ATIVIDADES ORAIS

• OC e OP.
Responda ou faça o que se pede: • 0, 1 e 2.
• O ponto C. A abscissa é – 8.
• Dê o nome de duas semirretas opostas de origem O. • Zero.
• OP.
• Três coordenadas correspondem a números naturais. Quais são eles? • 4/4 e 8/4.
• 8/4 – 7/4.
• Qual é o ponto cuja abscissa é um número inteiro negativo? Qual é essa abscissa? • 7/4 – 4/4.
• Qual é a abscissa da origem O? • Ao ponto de abscissa 2.

• Em qual das semirretas se localizam os pontos de abscissas positivas: OP ou OC?


• Quais são as expressões dos números l e 2 como frações de denominador 4?
7 4 8 7
• Quem é menor: – ou – ?
4 4 4 4
• Qual dessas duas diferenças corresponde à distância entre P e o ponto de abscissa 1?
• A outra dessas duas diferenças corresponde à distância entre P e qual ponto da reta
numerada?

33

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Comente com os alunos
que as atividades a seguir são Aprendendo em sala de aula
muito semelhantes ao jogo
muito conhecido por eles,
chamado de “batalha naval”.
Caso alguns não conheçam,
Você já sabe que para dar a localização de um ponto numa reta, escolhi-
peça aos que conhecem que das a origem e a orientação, basta um número real. Sabe, também, que
usem o quadro para explicar
como é este interessante
esse número chama-se coordenada ou abscissa do ponto. Mas, como
jogo. proceder se você quiser representar a posição de um ponto no plano?
A resposta a essa pergunta é o que você verá nas próximas atividades.

51.Observe os dois nomes a seguir: 51. Não. José Maria é nome de


Comente com os alunos homem e Maria José é nome
que, tal como neste exercí- José Maria Maria José de mulher.
cio, em Matemática existem
diversas situações em que a
ordem dos termos é impor- Eles podem representar a mesma pessoa? Justifique sua resposta.
tante. Cite alguns exemplos,
como: (a) Diferença entre
dois números: a diferença
entre 8 e 3, nesta ordem, é 5,
52. Imagine que você está em uma esquina e recebe, de duas pessoas, as
enquanto a diferença entre seguintes informações:
3 e 8, nesta ordem, é –5. (b)
Calcular o quadrado da soma • Para chegar à esquina que você quer, basta seguir para a direita 5 quadras e, depois,
é diferente de calcular a soma virar à esquerda, caminhando 2 quadras.
dos quadrados. E outros.
• Para chegar à esquina que você quer, basta seguir para a direita 2 quadras e, depois,
virar à esquerda, caminhando 5 quadras.
Para ajudar seu raciocínio, observe a figura e imagine que, quando recebeu
as informações, você estava na origem das semirretas. Nestas condições,
Desenhe, no quadro, ape-
nas o primeiro quadrante,
como na figura ao lado, e as expressões “andar para a direita”
e “andar para a esquerda” devem ser
explore os conceitos de par
ordenado, abscissa, orde-
nada e origem através de entendidas como andar no sentido 8
da semirreta horizontal e da semir-
exercícios para os alunos
resolverem. 7
reta vertical, respectivamente. 6

a) Seguindo a primeira informação, em


5 P (2,5)
52. a) Q;
b) P. 4
qual ponto você chegaria: P ou Q?
3

b) E seguindo a segunda informação? 2 Q (5,2)

Observe: ao lado de P, se vê escrito


1

(2,5) e, ao lado de Q, se vê escrito (5, 2). 0 1 2 3 4 5 6 7 8


origem

• Dizemos que 2 é a abscissa de


P e 5 a ordenada de P
• Dizemos que 5 é a abscissa de Q e 2 é a ordenada de Q
Como se vê a ordem na qual os números são escritos é importante.
Por esse motivo, dizemos que (2, 5) e (5, 2) são “pares ordenados” de
números reais.
Escrevemos: (2, 5) e lemos: “par ordenado dois, cinco”.
(5, 2) e lemos: “par ordenado cinco, dois”.
Dizemos que: (2, 5) representa as coordenadas de P.
(5, 2) representa as coordenadas de Q.

34

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53. A seguir, observe a figura e a convenção relacionada com ela. Desenhe, no quadro, um
sistema de coordenadas
cartesianas como na figura

(A) Pontos do eixo dos x têm abscissas positivas se situados à direita


do exercício 53. Proponha
exercícios semelhantes para
da origem, e negativas se situados à esquerda. os alunos resolverem.

(B) Pontos do eixo dos y têm ordenadas positivas se situados acima Explore situações relacio-
nadas com pontos sobre os
da origem, e negativas se situados abaixo. eixos coordenados para que
os alunos notem que, neste
caso, uma das coordenadas é
zero. Em particular, explore
y eixo dos y (ou eixo das ordenadas) as coordenadas da origem.
E A B

53. C (2; 2);


C D D (4; 2);
E (–4; 4);
F (–3; – 4);
H G (3; – 3);
eixo dos x (ou eixo das abscissas) H (3; 0);
X I (0; – 2).
I origem
G
F

Considerando que os lados dos pequenos quadradinhos medem 1, pela


convenção, temos para alguns dos pontos as seguintes coordenadas:
A = (2,5), B = (4,5).
Agora escreva, em seu caderno, as coordenadas de todos os outros
pontos desde o ponto C até o ponto I.
54. a)4º quadrante;
54. Os eixos coordenados formam quatro ângulos retos que limitam regiões b) 2º quadrante;
c) 1º quadrante;
do plano chamadas de “quadrantes”. Veja, na figura, a identificação de d) 3º quadrante;
cada um dos quadrantes: e) eixo das ordenadas;
f) eixo das abscissas.

y Diga a qual quadrante pertence Peça a um aluno que de-


senhe no quadro um sistema
um ponto de coordenadas (x, y), cartesiano e, nele, marque
se: o ponto P de coordenadas
(2, 5). Depois, que use esta
a) x é positivo e y é negativo. representação para ler o texto
do alto da página 35, identi-
2º quadrante 1º quadrante
b) x é negativo e y é positivo. ficando todos os elementos

c) x e y são positivos.
nele citados.

d) x e y são negativos.
Professor(a): com base
em diversos exercícios deste
x capítulo, proponha situações-
0
Diga a qual eixo coordenado per- problema contextualizadas,
relacionadas com outros
tence um ponto de coordenadas blocos de conteúdo, bem
3º quadrante 4º quadrante (x, y), se: como as diversas áreas do
conhecimento humano. Para
e) x é igual a zero e y é diferente de zero. isto, veja as diversas suges-
tões no item 7.1 do Manual
f) x é diferente de zero e y é igual a zero. do Professor contidas nas
páginas 22 a 28.

35

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Sugira pesquisas sobre
algum ou alguns desses fatos Se o par ordenado (2, 5) contém as coordenadas de um ponto P, pode-
(para apresentação em próxi- mos resumir:
mas aulas):
a) Quem foi René Descar-
tes?
b) Quais os principais • 2 é a abscissa ou primeira • 5 é a ordenada ou segunda
trabalhos de Descartes coordenada do ponto P; coordenada do ponto P;
(2, 5)
na Matemática?
c) O que é a Geometria • A abscissa é medida no • A ordenada é medida no
Analítica? eixo horizontal; eixo vertical;
• Dá a distância de P ao eixo • Dá a distância de P ao eixo
Esclareça que, para faci-
litar a compreensão, utiliza- vertical. horizontal.
mos números inteiros como
coordenadas dos pontos.
Entretanto, é necessário en-
tender que:
• A reta horizontal é chamada de eixo das abscissas ou eixo dos x.
a) A cada ponto do plano
cartesiano corresponde • A reta vertical é chamada de eixo das ordenadas ou eixo dos y.
um único par ordenado
(x, y) cujas coorde- • Os dois eixos formam o que se chama um sistema de coordenadas cartesianas.
nadas são números
reais. • O ponto de interseção dos eixos chama-se “origem” do sistema de coordenadas.
b) A cada par ordenado
(x, y) cujas coorde- • Os números x e y do par ordenado (x, y), que dá a posição de um ponto P no plano,
nadas são números chamam-se coordenadas do ponto P.
reais corresponde um
único ponto no plano
cartesiano. Dado um sistema de coordenadas, tem-se que:
Se julgar necessário, reve- A cada ponto do plano corresponde um único par ordenado de números reais.
ja os conceitos de simetria e A cada par ordenado de números reais corresponde um único ponto do plano.
eixo de simetria, estudados
nos anos anteriores.

55. a) B e B’ são simétricos


em relação ao eixo
55. Observe as figuras I e II a seguir:
dos y porque estão na
mesma perpendicular
ao eixo e estão a uma
(I) y ( II ) y
Q (–1, 3)
mesma distância deste
A’ (–3, 4) A (3, 4)
eixo; (outra resposta
possível; C e B). R (3, 2)
b) B e A’ não estão em C C’ P (–2, 1)
uma mesma perpen-
dicular ao eixo dos x P’ (–2, –1) x
bem como não equi- O x
distam de tal eixo;
c) São, porque têm três R’ (3, –2)
pares de lados simétri- B B’ Q’ (–1, –3)
cos em relação a este
eixo (os extremos des-
ses pares de lados são
simétricos em relação
ao eixo dos x).
Na figura (I), os pontos A e A’ são simétricos em relação ao eixo dos y
porque estão na mesma perpendicular ao eixo das ordenadas e suas
distâncias ao eixo são iguais.
a) Identifique outro par de pontos simétricos da figura I, diga em relação a qual eixo
esses pontos são simétricos e por que são simétricos.
b) Escreva razões para justificar por que os pontos B e A’ não são simétricos em relação
ao eixo dos x.
c) Os dois triângulos da figura II são simétricos em relação ao eixo dos x? Por quê?

36

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56. a) (2, 7);
56. Considere que os dois triângulos da figura a seguir são simétricos em b) (–8, 3);
relação ao eixo dos y:
c) É o par ordenado
(5, –8) porque C’, sen-
do do quarto quadran-
te, tem que ter abscissa
y
positiva e ordenada
A A’ negativa;
d) (–5, –8).
B B’

O x

Faça breve abordagem


C C’
oral sobre as atividades do
“aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão

a) Se as coordenadas de A são (–2, 7), quais são as coordenadas de A’?


aptos a resolvê-las.

b) Se as coordenadas de B’ são (8, 3), quais são as coordenadas de B?


c) Qual dos pares a seguir pode conter coordenadas de C’: (–5; 8) ou (5, –8)? Justifique
sua resposta.
d) Agora, com base no item anterior, dê as coordenadas de C.

Aprendendo em casa
Recorde o conceito de
ponto médio M de um seg-
57. Observe a figura abaixo e escreva as coordenadas dos pontos A, B, U, mento AB: M deve pertencer

V, X, Y, Z, W, S, T.
ao segmento AB e satisfazer
à condição AM = MB.
y

57. A (0, –3);


s u B (3, –3);
t U (5,4);
V (4,0);
X (–2,0);
w Y (–3, –2);
X v Z (– 3, –3);
O x W (0,1);
S (–3,3);
T(2,3).
y
A B
z

58. Para cada item a seguir desenhe, em um papel quadriculado, dois eixos
58. a) Trapézio isósceles;
b) Losango;
coordenados como na figura anterior, e faça o que se pede. c) É o ponto médio das
duas diagonais.

a) Marque os pontos A = (3, 4), B = (–3, 4), C = (–5, –3), D = ( 5, –3). Agora, desenhe
o quadrilátero ABCD. Como se chama o quadrilátero que você desenhou?
b) Marque os pontos X = (5, 0), Y = (0, 3), Z = (–5, 0) e W = (0, –3). Agora, desenhe
o quadrilátero XYZW. Como se chama o quadrilátero que você desenhou?
c) Pinte as duas diagonais do quadrilátero XYZW de cores diferentes. O que se pode
dizer da origem do sistema de coordenadas em relação a essas diagonais?
37

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Explorando o que você aprendeu
Logo após o texto que contém e aprendendo mais
a definição da raiz quadrada,
explore atividades como as pro-
postas a seguir, para que os alunos Você já sabe que:
“descubram” o processo de sim-
plificar raiz quadrada dividindo
expoentes pares por 2:
a) 4 = 2 porque 22 = 4; b) 9 = 3 porque 32 = 9.

De modo equivalente, podemos dizer:


a) a raiz quadrada de 16,
considerando 16 como

a) b)
quadrado de 4;
b) fatorar 16 para que os alu- 22 = 2 32 = 3
nos verifiquem que a raiz
quadrada de 16 é igual à Em geral, se representarmos um número real positivo pela letra a,
raiz quadrada de 24, que é
igual a 22 ;
c) atividades análogas às
temos: a2 = a
anteriores com 64 como
quadrado de 8 ou quadrado Você já sabe que, sendo a e b números reais positivos, tem-se:
de 23;
d) idem, com 81 = 92 = 34. ab = a × b

Como 8 = 23 = 22 × 2, temos: 8 = 23 = 22 × 2 = 22 × 2 = 2 2.

Também, 72 = 8 × 9 = 23 × 32 = 22 × 2 × 32 = 2 × 3 2 = 6 2 .

Este processo chama-se


“simplificação de radicais”.
Em geral, se os radicandos são
números compostos, procedemos
como se vê descrito
no quadro.

Se achar adequado, defina e


dê exemplos: Para simplificar um radical contendo o símbolo de raiz quadrada:
(a) Valor absoluto:
|a| = a se a ≥ 0 e |a| = –a
a < 0, (a e );
• Fatora-se o radicando.
(b) Raiz quadradda:
a2 = |a|, a ≥ 0, a  .
• Dividem-se os expoentes pares por dois, extraindo os fatores correspondentes
do radical.
Em casa, os alunos devem
anotar, no caderno, o quadro em • Se os expoentes forem ímpares, escrevem-se os fatores correspondentes como
destaque ao lado. produtos de dois fatores, um contendo o maior par contido no expoente ímpar
obtido e outro com expoente l.
Comente com a turma que o
procedimento descrito no quadro • Extraem-se os fatores de expoente par dos radicais, dividindo os expoentes por
em destaque se restringe, no mo- dois, e conservam-se no radical os de expoente l.
mento, a números naturais que
possam ser fatorados completa-
mente, bem como a monômios.
• Efetuam-se os produtos indicados.

38

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59. a) 2 2;
Veja mais alguns exemplos: (considere a, b e x números reais não ne- b) 2 5;
gativos) c) 2 6;
d) 4 3;
e) x2y3;

(A) 300 = 22 × 3 × 52 = 22 × 52 × 3 = 2 × 5 3 = 10 3 ;
f) 3 3;
g) 3 5;
h) 6 2.

( B) 80 = 24 × 5 = 24 × 5 = 22 × 5 = 4 5 ;
Recorde que em x.x, o
ponto representa multipli-
cação.

(C) 1 260 = 22 × 32 × 5 x 7 = 22 × 32 × 5 × 7 = 2 × 3 × 35 = 6 35 ; Recorde que em (ab)(a2c)


os parênteses representam
a multiplicação dos dois
(D) 84x 4 = 22 × 3 × 7x 4 = 22 × x 4 × 3 × 7 = 2x 2 21; monômios.

60. Os números 3/4,  9 e 1,25.

(E ) 32 a b =
5 3
2 a b =
5 5 3
2 × 2 a ab b = 2 a b 2 ab = 4 a b 2 ab .
4 4 2 2 2 2
Recomende ou explore a
leitura de:
“Frações e números de-
cimais”
59. Simplifique os radicais a seguir: (considere x e y positivos) Coleção Pra que serve a
Matemática?
Imenes – Jakubo – Lellis
a) 8 c) 24 e) x 4y 6 g) 45 Atual Editora

b) d) 48 f) h)
Ao término do estudo do
20 27 72 capítulo, reveja com os alunos,
a seu critério, o significado de
alguns dos termos destacados
60. O conjunto dos números reais positivos é representado por +*. Quais na cor azul no capítulo.
Ao elaborar questões de
números reais a seguir pertencem a esse conjunto? verificação da aprendiza-
gem, um bom recurso é uti-
lizar problemas semelhantes
a) – b) c) 1,25 d) 0 e)
1 3
9 aos explorados no capítulo
8 4 trocando algum dado pela
incógnita e vice-versa (e
respectivos valores).
Exemplificando: Situação-

Você sabia? problema explorado: Luciana


quer comprar um celular mas
possui apenas ¾ do preço:
R$ 321,00. Qual o preço do
O número π é um dos mais famosos números irracionais. É celular? Situação-problema
de verificação: Luciana quer
definido como a razão do comprimento de uma circunferência comprar um celular que custa
por seu diâmetro. R$ 640,00, mas possui apenas
¾ desse valor. Quanto Luciana
O grande matemático grego precisa ter a mais para comprar
o celular? Observe que existem,
Arquimedes (287-212 a.C.) pelo menos, duas maneiras de
calculou uma das primeiras resolver este problema.
Outra sugestão: Usar re-
d c aproximações racionais cíprocas de situações dadas.
π= de π : Exemplificando: Dadas as
0 d
π  22 .
medidas dos lados de um
quadrado, pedir para calcular
7 a medida do lado do hexágo-
no regular que tem o mesmo
c perímetro do quadrado. Veri-
ficação: Dadas as medidas dos
lados de um hexágono regular,
pedir para calcular as medidas
dos lados de um quadrado que
tem o mesmo perímetro do
hexágono.

39

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? Verifique se você aprendeu
Se ainda tem dúvidas sobre Reveja os exercícios
Como reconhecer números naturais como inteiros, inteiros
1 a 7, 21 a 23.
como racionais e racionais como reais.
Como usar a calculadora para obter o decimal equivalente a
10, 11, 13.
uma fração.

Como identificar frações cujas expressões em decimais sejam


finitas ou periódicas, e como reconhecer períodos de dízimas 10, 11, 13, 19, 20.
periódicas.

Como transformar dízimas em frações. 12.

Como identificar decimais como números racionais ou núme-


9, 14 a 16.
ros irracionais, positivos ou negativos.
Como usar o conceito de subconjuntos para representar os
26 e 27.
diagramas dos conjuntos N, ,  e .
Como dar valores aproximados de racionais ou de irracionais a
17, 18, 20.
menos de um décimo, um centésimo, um milésimo etc.

Como representar frações ou decimais na reta numerada. 8 e 24.

Como calcular potências de expoentes negativos. 28 a 30, 45, 46.

Como usar potências de dez com expoentes negativos para


31 a 34, 47, 48.
representar decimais.

Como calcular raízes quadradas aproximadas por tentativas


ou usando a calculadora. (Aproximações a menos de um 35 a 44, 49, 50.
décimo, um centésimo, um milésimo etc.)

Como localizar pontos no plano cartesiano usando pares


51 e 52.
ordenados de números reais: suas coordenadas.
Como identificar: eixos cartesianos, plano cartesiano, qua-
51 a 54, 57.
drantes, abscissas e ordenadas.
Como construir ou identificar figuras simétricas no plano
55 e 56.
cartesiano.
Como construir polígonos no plano cartesiano, dadas as
58.
coordenadas de seus vértices.

Como simplificar radicais usando a fatoração. 59.

Como representar o conjunto dos números reais positivos e


identificar se números reais dados pertencem ou não a esse 60.
conjunto.

40

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CapItulo 2

-
M ate m á t i c a
financeira
Maria Adelaide Silva | Dreamstime.com

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Ao lado, explicita-
mos os objetivos gerais
do capítulo. Sugerimos Neste capítulo, você vai aprender como:
um breve comentário
sobre os mesmos, uti-
lizando as ilustrações
da página.
• Resolver problemas relacionados com os conceitos de porcentagem, principal e
Leia o último texto
taxa.
da página 10 (Obser-
vação importante).
• Resolver problemas relacionados com juros simples e juros compostos.
Professor(a): Neste • Resolver problemas de cálculos de aumentos percentuais.
e em outros capítu-
los, são exploradas • Resolver problemas de cálculos de descontos percentuais.
diversas situações
para que os alunos • Resolver problemas de cálculos de comissões.
“descubram”, a par-
tir de casos particu-
lares, propriedades de
números, de figuras, Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
reg ras de cálculos
etc. É extremamente
reais de aumento aumento aumento de calcular
importante que, após
estas “descobertas”, 120 18%
sejam feitas obser-
vações afirmando que 70 50%
tais conclusões são
verdadeiras (e, even- 160 25%
tualmente, provar estes
fatos) para que não
fique a falsa ideia de
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
que, a partir de poucos
casos particulares, é reais de desconto desconto desconto de calcular
possível generalizar.
Sempre que possível, 90 18%
use expressões algé-
bricas para expressar 80 50%
tais generalizações,
bem como de algumas 60 25%
regularidades relacio-
nadas com sequências
númericas. Júlia Bianchi, 2006

Capital emprestado: R$ 600,00. C= ?


Taxa mensal de juros simples: 2% a.m. i = 3% = ?

Tempo de empréstimo: 7 meses. t =?

Cálculo dos juros a cada mês: C.i = ?

Cálculo dos juros após 7 meses: j = C.i.t =?

Cálculo do montante após 7 meses: M = C + C.i.t = ?

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Porcentagem, principal e taxa
Professor(a): para a sequên-
-cia das atividades das aulas,
recomendamos criar o hábito
de ler as sugestões que faço,
antes de explorar os exercícios

Explorando o que você já sabe


cujos números das respostas
são colocados posteriormente a
essas sugestões, porque a maior
parte delas ou reforça atividades
anteriores, ou, principalmente,
• Diga como se lê: 32%. prepara os alunos para as ativi-
dades seguintes
• Qual é a fração de denominador 100, equivalente a 12%? Releia: na página 10, “Obser-
vação importante” e, na página
• 15% e 0,15 representam uma mesma fração. Qual? 11, Recado ao(à) professor(a):

• A fração 43 representa quantos por cento?


“Aproveitamos (...) e explore-
as”.
100
ATIVIDADES ORAIS

• Trinta e dois por cento.

Aprendendo em sala de aula • 12/100.


• 15/100.
• 43%.

Você vai fazer alguns exercícios de “aquecimento”. Para isso, vamos As diversas operações relacio-
relembrar três conceitos e três fórmulas que já conhecemos: nadas com os assuntos abordados
a seguir envolvem cálculos que,
de preferência, devem ser efetu-
ados usando calculadoras. Duas
razões justificam esta sugestão:
1a) É importante que os alunos,
a partir deste ano, adquiram
completo domínio do uso da
calculadora (evidentemente fa-
zendo uma avaliação prévia do
resultado a obter). 2a) O evidente
ganho de tempo, principalmente
porque a maior parte das opera-
ções propostas envolve cálculos
com decimais.
Júlia Bianchi, 2006

1. a) Porcentagem: 840, principal


1 200, taxa 70%;
b) Porcentagem: 47,60, princi-
pal 680, taxa 7%.

Antes do exercício 2, recorde:


Na informação: 12% = 12/100 = 0,12. Logo, 12%
de 350 = 0,12 x 350 = 42.
“Em cada 20 jogos disputados, o time A ganhou do time B 16 jogos, ou
seja, 80% dos jogos disputados”, Recorde, também, dividindo,
que 42/350 = 0,12 = 0,12% e
✓ o total de jogos (20) é o principal: (C)
16/80 = 0,2 = 0,20 = 20%.

2. a) R$ 72,00;
✓ 80% é a taxa: (i) b) 12 gramas;
c) 12 metros.
✓ o número de jogos ganhos (16) é a porcentagem: (P)
Pergunte: É possível que a
1. Destaque a porcentagem, o principal e a taxa em:
porcentagem seja maior que o
principal? Caso afirmativo, o

a) 840 kg são 70% de 1 200 kg.


que dizer da taxa? R) Sim. Neste
caso, a taxa é maior que 100%.

b) Calculando‑se 7% de R$ 680,00, encontra‑se R$ 47,60.


Dê um exemplo de um acréscimo
maior que 100% (de preferência,
use interdisciplinaridade – su-
2. Dada a taxa e o principal, calcule as porcentagens nos seguintes casos: gestão: fenômenos biológicos x
crescimento populacional).

a) 12% de R$ 600,00. b) 15% de 80 gramas. c) 25% de 48 metros.


43

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Explore o exercício 3: o 3. Ao ser negociada a compra de um apartamento, ficou combinado que
“sinal” é a porcentagem cal- o comprador daria ao vendedor 5% do valor do imóvel como sinal, até
culada à taxa de 5% sobre o
capital de R$ 84 000,00. que fossem providenciados os documentos nos cartórios. Se o aparta-
mento custava R$ 84 000,00, de quanto foi esse sinal?
3. R$ 4 200,00.

Faça um breve comentário


sobre o que seja “sinal” de
compra, bem como as provi-
dências mínimas necessárias
na aquisição de um imóvel:
“contrato de compra e ven-
da”, “escritura”, “registros” e
as taxas necessárias a serem
pagas: ITBI, taxas de cartó-
rios, financiamentos, comis-
sões de corretores etc.

4. Multiplico a taxa (escrita

Júlia Bianchi, 2006


na forma decimal) pelo
principal.

No 5(a), 16 = (x%) (80) 


x = 16/80 = 0,20 = 20%, (b)
e (c), análogos.
4. Dada a taxa e o principal, que conta você faz para calcular a porcentagem?
5. a) 20%;
b) 30%;
c) 25%.
5. Dada a porcentagem e o principal, calcule a taxa em cada caso:
a) 16 alunos são quantos por cento de 80 alunos?
b) 54 jogos são quantos por cento de 180 jogos?
6. 3%.

c) 30 m2 são quantos por cento de 120 m2?


7. Divido a porcentagem pelo
principal e escrevo os cen-
tésimos obtidos como “por
cento”.
6. Por um apartamento que custa R$ 80 000,00, Lúcio pagou em janeiro
Em 8 (a), faça 387 = 0,45x deste ano R$ 2 400,00 de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Qual foi a taxa cobrada pela Prefeitura?
 x = 387/0,45, (b) e (c)
análogos.

8. a) R$ 860,00;
b) 480;
7. Dada a porcentagem e o principal, que conta você faz para calcular a taxa?
c) 584 kg. 8. Dada a porcentagem e a taxa, calcule o principal em cada caso a seguir:
9. R$ 18 000,00.
a) R$ 387,00 são 45% de qual valor?
Sugira pesquisas sobre b) 72 são 15% de que número?
c) 146 kg são 25% de quantos kg?
as diversas modalidades de
seguros existentes. Explore
também guias de IPTU e o
significado de seus dados.
9. Celso pagou R$ 1 080,00 por um ano de seguro total de um automóvel.
10. Divido a porcentagem Se a seguradora cobra 6% do valor do veículo, qual é o valor do auto-
pela taxa, escrita na for-
ma de decimal.
móvel de Celso?
Caso julgue necessário,
proponha mais atividades
como as propostas nos exer-
Júlia Bianchi, 2006

cícios 2, 5 e 8.

10. Dada a porcentagem e a taxa, que conta você faz para calcular o principal?
44

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Resolvendo os exercícios 4, 7 e 10 anteriores, você usou frases da Por questão de econo-
mia de espaço, muitas das
linguagem comum para dizer como calcular cada um dos valores: por- respostas inseridas nas mar-
gens são breves. Entretanto,
centagem, taxa ou o principal quando se conhece o valor dos outros é necessário criar nos alu-
dois. Observe que, se chamamos a porcentagem de P, a taxa de i e o nos o hábito de enunciar as
respostas coerentes com as
capital de C, no cálculo da porcentagem correspondente à taxa de 12% perguntas o mais completas
possível. Exemplo: Quan-
de um capital de R$ 600,00, o que fizemos foi: P = 0,12 × 600 = 72, ou to Jorge pagou pela bola?
seja, em linguagem corrente: porcentagem = taxa vezes capital e, em R) Jorge pagou ou R$.... pela
bola (e não, simplesmente,
linguagem matemática: R$....).

P = i.C Deixe claro para os alunos


P P que as fórmulas para calcular
Desta fórmula, deduzimos facilmente duas outras:
=i =eC , que porcentagem, taxa e principal
C i não são de uso obrigatório.
Apenas resumem em lin-
correspondem ao que você já expressou em linguagem comum: guagem matemática o que,
enunciaram em linguagem
 para calcular a taxa, divido a porcentagem pelo capital comum.
Confirme, entretanto, que
tais fórmulas são verdadei-
 para calcular o capital, divido a porcentagem pela taxa ras, para que não fiquem com
a falsa ideia de deduções a
Observe que, nos cálculos, a taxa é expressa na forma decimal. partir de casos particulares.

Faça breve abordagem


oral sobre as atividades do

Aprendendo em casa “Aprendendo em casa” para


verificar se os alunos estão
aptos a resolvê-las.

11.
11. a) Porcentagem: 1080;
Destaque a porcentagem, o principal e a taxa em cada item abaixo: principal: 1 800;

a) 1 080 kg são 60% de 1 800 kg.


taxa: 60%;
b) Porcentagem: 108,00;
principal: 900; taxa:
b) Calculando-se 12% de R$ 900,00, encontra-se R$ 108,00. 12%.

12. a) R$ 120,00;
12. Dada a taxa e o principal, calcule as porcentagens nos seguintes casos: b) 21,6 gramas;
c) 84 metros.
a) 15% de R$ 800,00.
b) 18% de 120 gramas.
c) 35% de 240 metros.
13. Ao ser negociada a compra de um apartamento, ficou combinado que
13. R$ 4 160,00.
o comprador daria 4% de sinal ao vendedor, até que fossem provi-
denciados os documentos nos cartórios. Se o apartamento custava 14. a) 30%;
b) 25%;
R$ 104 000,00, de quanto foi esse sinal? c) 20%.

14. Conhecendo a porcentagem e o principal, calcule a taxa, em cada caso:

a) 27 alunos são quantos por cento de 90 alunos?


b) 60 jogos são quantos por cento de 240 jogos?
c) 36 m2 são quantos por cento de 180 m2?

45

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15. 3%.
15. Por um apartamento que custa R$ 108 000,00, Lúcio pagou em janeiro
R$ 3 240,00 de IPTU. Qual foi a taxa cobrada pela Prefeitura?
16. a) R$ 920,00;
b) 6 500;
16. Dada a porcentagem e a taxa, calcule o principal em cada caso a seguir:
c) 624 kg.
a) R$ 322,00 são 35% de qual valor?
17. R$ 23 000,00. b) 1 170 são 18% de qual número?
c) 156 kg são 25% de quantos kg?
17. Celso pagou R$ 920,00 por um ano de seguro total de um automóvel. Se
a seguradora cobra 4% do valor do veículo, qual é o valor do automóvel
de Celso?

18. 5%.
18. Lucas pagou R$ 1 200,00 pelo seguro total de seu automóvel, que custa
R$ 24 000,00. Qual foi a taxa cobrada pela seguradora?

19. R$ 442,00.
19. Geraldo gasta 34% de sua renda mensal de R$ 1 300,00 com aluguel e
alimentação. Calcule quantos reais Geraldo gasta com esses dois itens
de despesas.

Aumentos e descontos percentuais - comissões


Explorando o que você já sabe
ATIVIDADES ORAIS • Cláudia pagou, em atraso, R$ 54,85 por uma conta de água cujo valor original era
• Pagou com aumento.
R$ 53,60. Pagou com aumento ou com desconto?
• Pagou com desconto.
• Aumento. • Dario aproveitou uma liquidação e pagou R$ 32,00 por uma camisa que custava
• Significa que, a cada 100 R$ 36,00. Pagou com aumento ou com desconto?
reais do preço do apartamento
vendido, o corretor recebe 3 • Acréscimo é sinônimo de aumento ou de desconto?
reais como pagamento por
seu trabalho.
Pergunte aos alunos:
• Um corretor recebe, como comissão, 3% do valor de venda de cada apartamento
a) Se o corretor recebe 3 reais que vende. O que significa isso?
a cada 100, quanto receberá
a cada 10 000 reais?
R) 3 x 100 = 300.
b) Quanto o corretor recebe
ao vender um apartamen-
to de 50 000 reais?
R.) 5 x 300 = 1 500 reais.
Júlia Bianchi, 2006

Você vai resolver, passo a passo, o problema a seguir:


46

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20. a) 3/100; 0,03;
20. Um bebedouro e purificador de água custava R$ 200,00 e teve acrés- b) 3 centésimos de 200;
cimo de 3% no preço. Qual é o novo preço do bebedouro?
c) Por 100; por 3;
d) 200 : 100 = 2; 2 x 3 = 6;
e) 6 + 200 = 206;
RESOLVENDO PASSO A PASSO: f) O novo preço do bebe-
douro;

a) Qual é a fração e qual é o decimal que representam 3%?


g) O novo preço do bebe-
douro é R$ 206,00.

b) Se 3% representam 3/100, calcular 3% de 200 equivale a calcular quantos centésimos


de 200?
c) Para o cálculo do item (b) usando a taxa na forma de fração, por quanto se divide
200? Por quanto se multiplica depois o quociente obtido?
d) Faça os cálculos citados no item (c). Peça aos alunos que calcu-
lem novamente o acréscimo

e) Some 3% de 200 com 200. Quanto você encontrou para a soma?


usando a taxa como número
decimal.

f) O que significa o resultado obtido no item (e)?


g) Escreva a resposta ao problema.
Lembre aos alunos a pro-
priedade distributiva, através
de exemplos como:

21.
1o) (7 + 2) x 9 =
Multiplique 200 por 1,03 e compare com a resposta (e) do exercício 7x9+2x9=
anterior. Os resultados obtidos foram iguais ou diferentes? 21. Iguais. 63 + 18 = 81.
2o) 7 x 9 + 2 x 9 =

22. Observe a tabela a seguir:


(7 + 2) x 9 = 81.
3º) 80 + 0,15 x 80 =
1 x 80 + 0,15 x 80 =
(1 + 0,15) x 80 =
Calculando aumentos 1,15 x 80.
4º) 200 + 200 x 0,03 =
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma 200 x 1 + 200 x 0,03 =
reais de aumento aumento aumento de calcular 200 ( 1 + 0,03) =
200 x 1,03.
200 3% 200 × 0,03 = 6 200 + 6 = 206 200 × 1,03 = 206

60 15% 60 × 0,15 = 9 60 + 9 = 69 60 × 1,15 = 69

80 50% 80 × 0,50 = 40 80 + 40 = 120 80 × 1,50 = 120

120 25% 120 × 0,25 = 30 120 + 30 = 150 120 × 1,25 = 150

A segunda forma de calcular é mais rápida e muito fácil de entender.

Veja, como exemplo, o segundo cálculo da tabela anterior.

Observe que tivemos que somar 60 com 15% de 60, ou seja:

60 + 60 × 0,15 = 60 (1 + 0,15) = 60 × 1,15

Muito simples, não?

Agora, calcule os seguintes aumentos: (usando a calculadora, se quiser)


a) 15% de 80, calculando o aumento e somando com 80 para obter o novo valor após
o aumento. 22. a) 0,15 x 80 + 80 = 92;

b) 15% de 80, obtendo de uma única vez o novo valor após o aumento.
b) 1,15 x 80 = 92.

47

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23. Copie a tabela abaixo em seu caderno e calcule os aumentos de dois modos,
como no exercício anterior.
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
23. reais de aumento aumento aumento de calcular
120 + 21,6 = 141,6 120 x 1,18 = 141,6

160 x 1,25 = 200


Outra forma de

120 18%
70 x 1,5 = 105
calcular

70 50%
160 25%

24. Observe a tabela a seguir:


160 + 40 = 200
Valor após

70 + 35 = 105
aumento

Calculando descontos
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
reais de desconto desconto desconto de calcular
120 x 0,18 = 21,6

160 x 0,25 = 40
70 x 0,50 = 35
do aumento
Cálculo

80 15% 80 × 0,15 = 12 80 – 12 = 68 80 × 0,85 = 68


60 50% 60 × 0,50 = 30 60 – 30 = 30 60 × 0,50 = 30
120 25% 120 × 0,25 = 30 120 – 30 = 90 120 × 0,75 = 90
Valor em Porcentagem
de aumento

18%
50%
25%

Veja por que o segundo modo de calcular é equivalente ao primeiro. Por exemplo, no
primeiro cálculo da tabela, para saber o desconto de 15% de 80, devemos subtrair de 80
seus 15%, ou seja:
reais

120

160
70

80 – 0,15 × 80 = 80 (1 – 0,15) = 80 × 0,85 = 68


24. a) 60 – 0,15 x 60 = 51;
b) 60 x 0,85 = 51.

Agora, calcule os seguintes descontos: (usando a calculadora, se quiser)


25.
a) 15% de 60, calculando o desconto e subtraindo de 60 para obter o novo valor após
Outra forma de

90 x 0,82 = 73,8

o desconto.
80 x 0,50 = 40
60 x 0,75 = 45
calcular

b) 15% de 60, obtendo de uma única vez o novo valor após o desconto.
25. Copie a tabela abaixo em seu caderno e calcule os descontos de dois mo-
dos, como no exercício anterior.
90 – 16,2 = 73,8
do desconto
Valor após

80 – 40 = 40
60 –15 = 45

Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma


reais de desconto desconto desconto de calcular

90 18%
90 x 0,18 = 16,2

80 50%
80 x 0,50 = 40
60 x 0,25 = 15
Cálculo do
desconto

60 25%

Muitos profissionais que atuam vendendo os mais variados artigos


Valor em Porcentagem
de desconto

recebem uma porcentagem do preço do artigo que venderam como


18%
50%
25%

pagamento dos serviços prestados.

Este pagamento é chamado de “comissão”. Portanto, calcular comis-


reais

sões é equivalente a calcular porcentagens. Veja algumas atividades


90
80
60

relacionadas com esses cálculos.


48

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 48 10/05/13 20:09


Faça breve abordagem
26. Um corretor de imóveis vendeu um apartamento por R$ 60 000,00, oral sobre as atividades do
recebendo 3% de comissão. Calcule quantos reais o corretor recebeu
“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão
de comissão nesse negócio. aptos para resolvê-las.

26. R$1 800,00.

27. a) 1 680;
b) 31 000,00.
28.

140 x 1,20 = 168

240 x 1,25 = 300


Outra forma de

90 x 1,5 = 135
calcular
Júlia Bianchi, 2006

140 + 28 = 168

240 + 60 = 300
Valor após

90 + 45 = 135
aumento
27. Maurício trabalha em uma loja de tecidos e recebe 4% de comissão

140 x 0,20 = 28

240 x 0,25 = 60
90 x 0,50 = 45
do aumento
pelas vendas que efetua. Sabe-se que:

Cálculo
a) Em janeiro, ele vendeu, ao todo, R$ 42 000,00 de tecidos. Quanto ele recebeu por
essas vendas?
b) Em fevereiro, ele recebeu R$ 1 240,00 por todas as vendas que efetuou. Quanto ele

Valor em Porcentagem
de aumento
20%
50%
25%
vendeu em todo o mês de fevereiro?

Aprendendo em casa

reais
140

240
90
28. Copie a tabela, em seu caderno, e calcule os aumentos de dois modos 29.

diferentes:

120 x 0,85 = 102

248 x 0,75 = 186


Outra forma de

180 x 0,50 = 90
calcular
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
reais de aumento aumento aumento de calcular

140 20%
120 – 18 = 102

248 – 62 = 186
180 – 90 = 90
Valor após
desconto

90 50%

240 25%
120 x 0,15 = 18
180 x 0,50 = 90
248 x 0,25 = 62

29. Copie a tabela, em seu caderno, e calcule os descontos de dois modos


do desconto
Cálculo

diferentes:
Valor em Porcentagem Cálculo do Valor após Outra forma
reais de desconto desconto desconto de calcular
Valor em Porcentagem
de desconto
15%
50%
25%

120 15%

180 50%
reais
120
180
248

248 25%

49

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 49 10/05/13 20:09


ATIVIDADES ORAIS

• 103 reais. Calculando juros simples e juros compostos


• 309 reais.
• 1 210 reais.
No caso da terceira per-
gunta, faça com que os alu- Explorando o que você já sabe
nos observem que, ao final
do primeiro mês, o preço
passou para 1 100 reais e,
portanto, para calcular o • Se você tomar emprestado 100 reais com o trato de pagar ao fim do mês o que
valor ao final do segundo recebeu, mais 3%, quanto terá que pagar ao todo?
mês, devemos somar 1100
com 10% de 1100, ou seja,
1100 + 110 =1210 reais.
• E se a quantia emprestada for de 300 reais?

Esta é uma primeira abor-


• Suponha que durante 2 meses uma mercadoria que custava 1 000 reais sofreu, a cada
dagem sobre “juros com- mês, 10% de aumento. Qual é o preço dessa mercadoria ao fim dos dois meses?
postos”, conceito de enorme
importância no dia a dia.

Júlia Bianchi, 2006


Observe os dados da tabela a seguir onde, na primeira coluna, você vê
as partes de um problema seguidas de duas colunas, nas quais os sig-
nificados de diversos termos e seus símbolos são esclarecidos:

João emprestou R$ 100,00 Capital emprestado:


A c
para Pedro. R$ 100,00.

B Durante um ano. Tempo de empréstimo: t

Ao fim desse tempo, Pedro


Juros: porcentagem do capital
devolveu para João os R$
tomado como empréstimo, a
C 100,00 e mais R$ 14,00 j
ser paga a quem emprestou ao
como recompensa pelo
final do tempo de empréstimo.
empréstimo.

Quanto João recebeu ao


D Montante = Capital + Juros. M=C+j
todo ao final do empréstimo?

Qual foi a taxa de A taxa é representada por


E i
empréstimo? quantos por cento 14 é de 100.

50

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 50 10/05/13 20:09


30. Responda, observando a segunda e terceira colunas da tabela da
página 50:
a) Como se chama a quantia emprestada e qual é a letra que a representa?
b) Qual é a letra que representa o tempo de empréstimo?
c) Quem empresta, ao receber a devolução do capital emprestado, recebe também uma
recompensa financeira pelo empréstimo. Como se chama essa recompensa e qual
30. a) Capital (C);
é a letra que a representa? b) t;

d) Como se calcula o “montante”?


c) Juros (j);
d) Somando Capital +

e) Calcule quantos por cento 14 é de 100.


Juros;
e) 14%.

31. Observe a tabela:

Paula emprestou R$ 300,00 para Capital emprestado:


A c
Dalmo.

B Durante um ano. Tempo de empréstimo: t

Juros: porcentagem do
Ao fim desse tempo, Dalmo
capital tomado como
devolveu para Paula os R$ 300,00
C empréstimo, a ser paga a j
e mais R$ 45,00 como recompensa
quem emprestou ao final
pelo empréstimo.
do tempo de empréstimo.

Quanto Paula recebeu ao todo ao


D Montante: Capital + Juros. M=C+j
final do empréstimo? 31. a) R$ 300,00;
b) 1 ano;
A taxa é representada por c) R$ 45,00;
E Qual foi a taxa de empréstimo? quantos por cento 45 é de i d) R$ 345,00;
e) 15%.
300. (45/300 = 0,15 = 15%)

Responda:
a) Qual foi o capital emprestado? d) Qual o valor do montante?
b) Qual foi o tempo de empréstimo? e) Qual foi a taxa de empréstimo?
c) Qual o valor dos juros pagos?

Paguei 45 reais
pelo empréstimo de 300 reais. Logo,
paguei 15 reais a cada
Son Salvador

100 reais que tomei de empréstimo.


Acho que paguei
15% de juros!

51

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 51 10/05/13 20:09


32. Observe esta nova tabela:
Laura emprestou R$ 400,00 para
A Capital emprestado: c
Marta.

B Durante um mês. Tempo de empréstimo: t

Juros: porcentagem do
Ao fim desse tempo, Marta
capital tomado como
devolveu para Laura os R$ 400,00
C empréstimo, a ser paga a j
e mais certa importância como
quem emprestou ao final
recompensa pelo empréstimo.
do tempo de empréstimo.

A taxa de empréstimo foi de 2% ao


D Taxa de empréstimo: i
mês.

Quando Laura recebeu ao todo ao


E Montante: Capital + Juros. M=C+j
final do emprêstimo?
32. a) R$ 400,00;
b) 1 mês;
c) R$ 8,00; Responda:
a) Qual o valor do capital emprestado?
d) R$ 408,00.

b) Durante quanto tempo durou o empréstimo?


c) Calcule os juros pagos por Marta pelo empréstimo.
d) Calcule o montante recebido por Laura, ao final do empréstimo.

Uma taxa de 2%
significa que, a cada 100 reais que
tomo emprestado, pago 2 reais de

Son Salvador
juros. Logo, como tomei 400 reais
emprestado, devo pagar 8 reais
de juros.

Os cálculos ao lado são


válidos porque, nos exer-
cícios correspondentes, os Observe que o montante equivale a um acréscimo percentual ao capital
emprestado. Portanto, se estivermos interessados em calcular o mon-
tempos de empréstimo foram
de 1 ano, 1 ano e 1 mês, res-
pectivamente. Para tempos tante diretamente, sem ter que calcular os juros e somar com o capital,
podemos usar o mesmo recurso já visto para calcular aumentos.
de empréstimos maiores
(como 2, 3 etc. anos ou me-
ses) veremos que os cálculos
são diferentes. Assim, teríamos:
No primeiro caso (exercício 30) M = 100 x 1,14 = 114.
No segundo caso (exercício 31) M = 300 x 1,15 = 345.
No terceiro caso (exercício 32) M = 400 x 1,02 = 408.
52

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 52 10/05/13 20:09


Até aqui, podemos resumir o que você viu assim:

Termo Símbolo Significado

Capital C Quantia ou valor emprestado.

Tempo t Tempo de empréstimo.

Valor a ser somado ao capital, indicado sob a


Juros j
forma de porcentagem do capital.
“Por cento”, que permite calcular os juros. A
Taxa i
taxa pode ser anual ou mensal.

Montante M Soma dos juros com o capital.

Observe que só vimos situações em que o tempo de empréstimo foi


ou de um ano, ou de um mês. Nas duas primeiras situações, dizemos
que as taxas de juros foram anuais e escrevemos:

14% a.a. (lê-se 14 por cento ao ano).


15% a.a. (lê-se quinze por cento ao ano).

Na terceira situação, dizemos que a taxa de juros foi mensal e escre-


vemos:

2% a.m. (lê-se dois por cento ao mês).

Agora, você verá situações diferentes, através de exemplos, que permitirão


distinguir os conceitos de “juros simples” e de “juros compostos”.

PRIMEIRO EXEMPLO:
(EMPRÉstIMOs A JuROs sIMPLEs)

Capital emprestado: R$ 800,00 C = 800

Taxa mensal de juros simples: 3% a.m. i = 3% = 0,03

Tempo de empréstimo: 2 meses. t=2

Cálculo dos juros a cada mês: C.i = 800 × 0,03 = 24

Cálculo dos juros após 2 meses: j = C.i.t = 800 × 0,03 × 2 = 48

M = C + C.i.t = C(1 + it)


Cálculo do montante após 2 meses:
800 + 800 × 0,03 × 2 = 800 + 48 = 848

53

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33. Copie a tabela a seguir em seu caderno e complete-a, como no exemplo
anterior:

33. Capital emprestado: R$ 600,00 C= ?


Taxa mensal de juros simples: 2% a.m. i = 2% = ?
M = C + Cit = 600 + 600 x 0,02 x 7 =

Tempo de empréstimo: 7 meses. t= ?


j = C.i.t = 600 x 0,02 x 7 = 84

Cálculo dos juros a cada mês: C.i = ?


C.i = 600 x 0,02 = 12

= 600 + 84 = 684

j = C.i.t = ?
i = 2% = 0,02

Cálculo dos juros após 7 meses:


C = 600

Cálculo do montante após 7 meses: M = C + C.i.t = ?


t=7
Taxa mensal de juros simples: 2% a.m.

SEGUNDO EXEMPLO:
Cálculo do montante após 7 meses:

(EMPRÉSTIMOS A JUROS COMPOSTOS)


Cálculo dos juros após 7 meses:
Tempo de empréstimo: 7 meses
Capital emprestado: R$ 600,00

Cálculo dos juros a cada mês:

Agora, veja como calcular o montante do empréstimo de R$ 800,00 a


juros compostos, à taxa de 3% ao mês, durante dois meses.
Acompanhe os cálculos:
Juros ao final do primeiro mês de empréstimo: 3% de 800 reais.
Cálculos: 800 x 0,03 = 24.
Deduza, a partir da última Montante ao final do primeiro mês: 824 reais.
linha da tabela do exercício
33, outra expressão para o
montante: M = C(1 + it), e
No segundo mês considera-se emprestado não mais 800 reais, mas sim
proponha aos alunos que a 824 reais, ou seja, o montante obtido ao final do primeiro mês.
apliquem usando os dados
do mesmo exercício. Juros do empréstimo de 824 reais a 3% ao mês.
Cálculos: 824 x 0,03 = 24,72.
Montante ao final do segundo mês de empréstimo:
800 + 24 + 24,72 = 848,72.

TERCEIRO EXEMPLO:
(COMPARANDO OS DOIS TIPOS DE EMPRÉSTIMOS)
Na prática, os empréstimos não são feitos a juros simples, e é fácil
entender a razão.
Imagine que você tenha emprestado 100 reais a 10%, durante 2 meses.
Como você já sabe, 10% de 100 reais são 10 reais. Portanto, em 2
meses você receberia 20 reais de juros.
No empréstimo a juros simples, ao final de 2 meses você receberia um
montante de 120 reais.

54

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 54 10/05/13 20:09


Agora, imagine que você emprestou para uma pessoa 100 reais a 10%
durante 1 mês. Logo, receberia, ao fim do mês, 110 reais.
Então, você passaria a ter não mais 100 reais para emprestar, mas sim
110 reais.
Emprestando este montante novamente a 10% durante um mês, você
receberia um montante de 121 reais (porque 10% de 110 reais são
11 reais, que, somados aos 110 anteriores, resultam em 121 reais).
Logo, se a cada mês ao capital emprestado se somam os juros rendi-
dos, o montante final será maior do que o montante correspondente
a juros simples. Este tipo de juros é chamado de “juros compostos”.
Note a diferença: empréstimos a juros simples não consideram o fato
de que, ao final do primeiro mês, existe não mais a importância inicial
emprestada, mas sim a soma dela com os juros correspondentes. O
mesmo ocorre com os meses seguintes.
Já no caso de juros compostos, que são os aplicados na prática, sempre
se levam em consideração os diversos montantes sucessivos.
Assim, tem-se um capital
inicial que, emprestado, gera Veja no
ao final de certo período quadro a seguir como a
(1 mês, 1 ano etc.) um deter- dívida cresce muito

Son Salvador
mais a juros compostos:
minado montante M1.
Aplicado M1, obtém-se novo
montante M2, e assim suces-
sivamente.
Comente com os alunos
TOTAL ACUMULADO DA DÍVIDA o grande perigo dos em-
préstimos a taxas elevadas
Diferença ao de juros compostos. Obser-
Valor emprestado: Após Após Após Após Após Após
fim de ve que um empréstimo de
R$ 10 000,00 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 10 000 reais, à taxa de
6 meses 10% ao mês, gera uma dí-
4% ao mês, vida ao fim de 6 meses de
10 400,00 10 800,00 11 200,00 11 600,00 12 000,00 12 400,00 R$ 17 715,60. Note que
a juros simples existem operações de crédito
253,19
4% ao mês, em certos estabelecimentos
10 400,00 10 816,00 11 248,64 11 698,59 12 166,53 12 653,19 bancários que cobram juros
a juros compostos mais altos que 10%, ao mês,
5% ao mês, como saldos em cheque es-
10 500,00 11 000,00 11 500,00 12 000,00 12 500,00 13 000,00 pecial e dívidas em cartões
a juros simples
400,95 de crédito.
5% ao mês,
10 500,00 11 025,00 11 576,25 12 155,06 12 762,81 13 400,95
a juros compostos
10% ao mês,
11 000,00 12 000,00 13 000,00 14 000,00 15 000,00 16 000,00
a juros simples
1 715,61
10% ao mês,
11 000,00 12 100,00 13 310,00 14 641,00 16 105,10 17 715,61
a juros compostos

55

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34. a) 3 600 x 0,05 + 3 600 =
3 780;
EXEMPLO DE CÁLCULO DE JUROS COMPOSTOS
b) 3 600 x 1,05 = 3 780;
c) 3 780 x 0,05 + 3 780 = Calcular o montante do empréstimo de 3 600 reais a juros compostos
3 969;
d) 3 780 x 1,05 = 3 969;
de 5% ao mês, ao final de três meses.
e) 3 969 x 0,05 + 3 969 =
4 167,45; Cálculo de juros compostos
f) 3 969 x 1,05 = 4 167,45;
g) Para calcular o mon- Valores em reais
tante do empréstimo
de certo capital, mul- Valor emprestado 3 600
tiplicamos este por
(1,05)(1,05)(1,05), ou Montante ao final do primeiro mês 3 600 × 1,05 = 3 780
seja, por (1,05)3;
h) (20 000)(1,04)4. Montante ao final do segundo mês 3 780 × 1,05 = 3 969
Montante ao final do terceiro mês 3 969 × 1,05 = 4 167,45
Recorde como calcular
potências usando calcula-
dora. Exemplificando: em
alguns modelos mais comuns
(1,04)4 se calcula digitando 34. Confira as contas do exemplo:
1,04, e, em seguida ×, e
depois três vezes o sinal = .
a) Para calcular o montante ao final do primeiro mês, calcule 5% de 3 600 e some com
Em outros modelos deve-se 3 600.
seguir outros procedimentos,
que podem ser encontrados b) Agora, calcule direto: multiplique 3 600 por 1,05.
nos respectivos manuais, ou
por inspeção do teclado da
c) Para calcular o montante ao final do segundo mês, calcule 5% de 3 780 e some com
calculadora. 3 780.
Portanto, para os cálculos
d) Agora, calcule direto: multiplique 3 780 por 1,05.
do item (h) do exercício e) Para calcular o montante ao final do terceiro mês, calcule 5% de 3 969 e some com
34, proceda como acima e
multiplique o resultado por 3 969.
20 000, obtendo como pro-
f) Agora, calcule direto: multiplique 3 969 por 1,05.
g) Multiplique: (3 600) (1,05) (1,05) (1,05) e descreva com suas palavras como é pos-
duto 23 397,17.

Em casa, os alunos devem


anotar, no caderno, o primei-
sível calcular, de maneira rápida, o montante de um empréstimo de certo capital à
ro quadro em destaque, desta taxa de 5% de juros compostos, durante 3 meses.
h) Que conta você faria para calcular o montante de um empréstimo de 20 000 reais à
página.

taxa de 4% de juros compostos durante 4 meses?

35. Agora é com você. Copie a tabela, em seu caderno, e complete-a se-
guindo as orientações:
Valores em reais

Calcular o montante do empréstimo de 4 800 reais a juros compostos


5 556,60
4 800
5 040
5 292

de 5% ao mês, ao final de três meses.


CáLCULO DE JUROS COMPOSTOS

Cálculo de juros compostos

Valores em reais
Valor emprestado
Montante ao final do primeiro mês
Montante ao final do segundo mês
Montante ao final do terceiro mês

Montante ao final do primeiro mês


Montante ao final do segundo mês
Valor emprestado

Montante ao final do terceiro mês

a) Para calcular o montante ao final do primeiro mês, calcule 5% de 4 800 e some com
4 800.
56

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 56 10/05/13 20:09


b) Agora, calcule direto: multiplique 4 800 por 1,05. 35. a) 5 040;
b) 5 040;

c) Para calcular o montante ao final do segundo mês, calcule 5% de 5 040 e some com
c) 5 292;
d) 5 292;
5 040. e) 5 556,60;

d) Agora, calcule direto: multiplique 5 040 por 1,05.


f) 5 556,60;
g) São iguais.
Comente com os alunos, de-
e) Para calcular o montante ao final do terceiro mês, calcule 5% de 5 292 e some com pois da resposta (g), que o mon-
tante é o produto do capital em-
5 292. prestado por uma potência, cuja

f) Agora, calcule direto: multiplique 5 292 por 1,05.


base é igual à soma de l com o
decimal correspondente à taxa, e

g) Multiplique: 4 800 (1,05) (1,05) (1,05) e compare o resultado com o último montante
cujo expoente é igual ao número
de meses de empréstimo.
obtido na tabela. São valores iguais ou diferentes? Depois, comente que este
procedimento se generaliza
pelo que afirma a professora da
No exercício 35, para calcular o montante da aplicação do capital de ilustração.
R$ 4 800,00 a juros compostos à taxa de 5% ao mês, durante 3 meses, Veja a observação da página
14.
concluímos que os cálculos efetuados equivalem à expressão:
Em casa, os alunos devem
M = 4 800(1+ 0,05)3 anotar, no caderno, o quadro em
destaque.

36. a) 9 358,86;
Os b) 37 044;
matemáticos c) 17 665,29;
provam que: d) 5 092,32.

37. a) 9 358,86 – 9 280,00 =

Son Salvador
78,86;
b) Juros compostos.

Após abordar o exercício 37,


Para calcular o montante M da aplicação de um capital C a juros compostos à taxa proponha pesquisas sobre alguns
de i% ao mês, durante n meses, tem-se a fórmula: desses fatos (para apresentação em
próximas aulas):
a) o custo dos serviços ban-
M = C (1+ i)n cários no Brasil (se pos-
sível, comparar com o

36. Use a fórmula anterior para calcular os montantes das aplicações rela- mesmo custo em outros
países);
cionadas na tabela a seguir: (escreva os decimais resultantes até a casa b) o custo médio de financia-

dos centésimos)
mentos do comércio;
c) a remuneração da caderne-
ta de poupança;
Empréstimos a juros compostos d) o custo de empréstimos
do sistema financeiro da
Capital habitação;
emprestado em Taxa mensal Total de meses Montante e) o risco de endividamento
reais ao usar cheques especiais,
cartões de crédito, em-
A 8 000 4% 4 a préstimos e financiamen-
tos para o consumo.
B 32 000 5% 3 b
Para demonstrar para os alu-
C 16 000 2% 5 c nos o absurdo de juros com-
postos a taxas elevadas, calcule
D 4 800 3% 2 d usando uma taxa de 10% ao
mês, ao fim de um ano, o quan-
to o montante representa do

37. Resolva o item (a) e responda ao item (b):


capital inicial: M = C(1,10)12 =
C × 3,138428, ou seja, um em-

a) Calcule a diferença entre os montantes de empréstimos de 8 000 reais a 4% durante


préstimo de 10 mil reais re-
sultará, à referida taxa, ao fim
4 meses, a juros compostos e a juros simples. de um ano, um montante de
R$ 31 284,28 aproximadamente.
b) O que é mais vantajoso: emprestar a juros simples ou a juros compostos?

57

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Aprendendo em casa

38. Observe a tabela:


Dalmo emprestou R$ 500,00 para Capital emprestado:
A c
Paula.
B Durante um ano, a juros simples Tempo de empréstimo: t

Juros: porcentagem do
Ao fim desse tempo, Paula
capital tomado como
devolveu para Dalmo os R$ 500,00
C empréstimo, a ser paga a j
Faça breve abordagem e mais R$ 90,00 como recompensa
quem emprestou ao final
oral sobre as atividades do pelo empréstimo.
“Aprendendo em casa” para do tempo de empréstimo.
verificar se os alunos estão
aptos a resolvê-las.
Quanto Dalmo recebeu ao todo ao
D Montante Capital + Juros. M=C+j
Sugira o uso da calcu- final do empréstimo?
ladoras
A taxa é representada por
E Qual foi a taxa de empréstimo? quantos por cento 90 é de i
38. a) R$ 500,00; 500.
b) Um ano;
c) R$ 90,00;
d) R$ 590,00; Responda:
a) Qual foi o capital emprestado? d) Qual o valor do montante?
e) 18%.

b) Qual foi o tempo de empréstimo? e) Qual foi a taxa de empréstimo?


c) Qual o valor dos juros pagos?

39. Observe esta nova tabela:


Laura emprestou R$ 600,00 para
A Capital emprestado: c
Marta.
B Durante um mês, a juros simples. Tempo de empréstimo: t

Juros: porcentagem do
Ao fim desse tempo, Marta
capital tomado como
devolveu para Laura os R$ 400,00
C empréstimo, a ser paga a j
e mais certa importância como
quem emprestou ao final
recompensa pelo empréstimo.
do tempo de empréstimo.

A taxa de empréstimo foi de 3% ao


D Taxa de empréstimo: M=C+j
mês.
Quanto Laura recebeu ao todo ao
39. a) R$ 600,00;
E Montante Capital + Juros. i
b) Um mês; final do empréstimo?
c) R$ 18,00;
d) R$ 618,00.
Responda:
a) Qual o valor do capital emprestado?
b) Durante quanto tempo durou o empréstimo?
c) Calcule os juros pagos por Marta pelo empréstimo.
d) Calcule o montante recebido por Laura ao final do empréstimo.
58

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40. Use a fórmula:
M = C (1 + i)n

para calcular os montantes das aplicações relacionadas na tabela a


40. a) 46 794,34;
b) 41 674,50;
seguir: (escreva os decimais resultantes até a casa dos centésimos) c) 19 873,45;
d) 8 911,56.

Empréstimos a juros compostos


Capital
emprestado em Taxa mensal Total de meses Montante
reais

A 40 000 4% 4 a

B 36 000 5% 3 b

C 18 000 2% 5 c

D 8 400 3% 2 d

Explorando o que você aprendeu


e aprendendo mais

Nos próximos quatro exercícios, use uma única operação para calcular
as respostas:

41. Uma geladeira está na oferta por R$ 680,00. Calcule seu novo preço se
ela tiver um aumento de 7%. 41. R$ 727,60.
(680 x 1,07).
Júlia Bianchi, 2006

42. Numa turma de 40 alunos, faltaram 9. Qual é a porcentagem de ausência? 42. 22,5%
(9 : 40).

43. Numa caixa com 40 maçãs, 8 estavam estragadas. Qual é a porcenta- 43. 20%
gem de maçãs estragadas? (8 : 40).

44. Gerson gasta 28% do seu salário com o aluguel, que é de R$ 252,00. 44. R$ 900,00
(252 : 0,28).
Qual é o salário de Gerson?
59

Mat9Cap2_NOVA2012_copy.indd 59 10/05/13 20:09


45. a) R$ 612,00;
b) R$ 630,36; 45. Joaquim aplicou 600 reais, tendo recebido 2% de juros ao final de
1 mês. Depois, reaplicou o montante a 3% durante o segundo mês. Calcule
c) R$ 612,00;
d) R$ 630,36.
o montante recebido por Joaquim ao final das duas aplicações.
46. 5% de 600 reais são a) Calcule 2% de 600 e some com 600 para saber o montante ao final do primeiro mês.
30 reais. A melhor opção
é aplicar 600 reais a 2% b) Calcule 3% desse montante e some com o mesmo para obter o montante final re-
durante um mês e rea-
plicar o montante a 3% cebido por Joaquim.
durante um mês.
Vamos refazer as contas de outra maneira:
c) Multiplique 600 por 1,02 e compare com a resposta (a) anterior.
47. Pelo anúncio, paga-
-se, no ato da compra,

d) Multiplique 612 por 1,03 e compare com a resposta (b) anterior.


R$ 100,00. Logo, a loja
está financiando apenas
os R$ 100,00 restantes.
Calculando 4% deste
valor financiado, o com- 46. Calcule 5% de 600 reais e compare com a resposta ao problema anterior.
prador deveria pagar, ao Agora, responda: O que é melhor? Aplicar 600 reais a 2% durante um
mês e reaplicar o montante a 3% durante um mês, ou aplicar 600 reais
final do mês, R$ 104,00,
e não os R$ 108,00 do
anúncio. a 5% durante um mês?
Na verdade, a loja está
cobrando 8% de juros (o
dobro do anunciado). 47. Veja o anúncio de uma loja, retirado de uma página de jornal:
Chame a atenção dos alu-
nos para dois aspectos: o
primeiro, que este fato ocorre
constantemente e o público
desavisado não percebe. O

Júlia Bianchi, 2006


segundo, que o PROCON
é um órgão de defesa do
consumidor.

48. Juros:
R$ 324,40
(640,00 – 10 200 x 0,035). Um comprador denunciou essa loja ao PROCON dizendo que ela está
Taxa de juros:
3,85%
fazendo propaganda enganosa. Explique por quê.
(324,40/8 400).
48. Durante 30 dias, Mário aplicou R$ 10 200,00 em um fundo de investi-
mentos, a 3,5% ao mês, e emprestou R$ 8 400,00. Ao fim desses 30
dias, as duas aplicações renderam, juntas, R$ 680,40. Calcule os juros
e a taxa do empréstimo.
Ao término do estudo

?
do capítulo, reveja com os
alunos, a seu critério, o signi-
ficado de alguns dos termos
destacados na cor azul no
Verifique se você aprendeu
capítulo.
Releia o texto da página Se ainda tem dúvidas sobre Reveja os exercícios
38: “Ao elaborar questões [...]
hexágono”. Como calcular porcentagens, principal e taxa. 1 a 19, 26, 27, 42, 43, 44.

Como calcular aumentos ou descontos percentuais. 20 a 25, 28, 29, 41.

Como resolver problemas relacionados com comissões. 26, 27.

Como resolver problemas de juros simples. 30 a 33, 38, 39, 45, 47, 48.

Como resolver problemas de juros compostos. 33 a 36, 40.

Como comparar juros simples e juros compostos. 37, 46.

60

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CapItulo 3

-
l a n d o c o m
Calcu
letras e m e ro s
co m n ú
om
me.c
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artists
Mad

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 61 10/05/13 19:44


Ao lado, explicita-
mos os objetivos gerais Neste capítulo, você vai aprender como:
do capítulo. Sugerimos
um breve comentário
sobre os mesmos, uti-
• Classificar expressões como monômios ou polinômios.
lizando as ilustrações
da página.
• Identificar os fatores numéricos (coeficientes) e os literais de um monômio.
• Calcular somas, diferenças, produtos, quocientes ou potências de monômios con-
Professor(a): Neste
e em outros capítu-
tendo os mais diferentes tipos de coeficientes: naturais, inteiros ou racionais.
los, são exploradas
diversas situações
• Escrever monômios na “forma reduzida”.
para que os alunos • Identificar se monômios dados são ou não semelhantes.
“descubram”, a par-
tir de casos particu- • Calcular “somas algébricas” usando a redução de termos semelhantes.
lares, propriedades de
números, de figuras, • Calcular produtos de monômios por polinômios.
regras de cálculos
etc. É extremamente • Calcular somas, diferenças, produtos, quocientes ou potências de polinômios
importante que, após envolvendo os mais diferentes tipos de coeficientes: naturais, inteiros, racionais ou
estas “descobertas”, reais.
sejam feitas obser-
vações afirmando que • Relacionar operações com monômios ou polinômios com cálculos de perímetros,
tais conclusões são
verdadeiras (e, even- áreas ou volumes de figuras que tenham suas dimensões representadas por letras.
tualmente, provar estes
fatos) para que não
• Simplificar frações algébricas usando o m.d.c. dos termos.
fique a falsa ideia de • Classificar polinômios pelo número de termos ou pelo grau.
que, a partir de poucos
casos particulares, é • Obter a “forma reduzida” de um polinômio usando a redução de termos semelhantes.
possível generalizar.
Sempre que possível, • Ordenar e completar polinômios com uma variável.
use expressões algé-
bricas para expressar • Utilizar regras práticas para multiplicar binômios que têm um termo comum.
tais generalizações,
bem como de algumas
• Utilizar regras práticas para calcular: o quadrado da soma ou da diferença de duas
regularidades relacio- expressões, o produto da soma pela diferença de duas expressões ou o produto de
nadas com sequências dois binômios que têm um termo comum.
númericas.
• Deduzir fórmulas de perímetros, áreas e volumes, dadas as dimensões das figuras
correspondentes em função de uma única variável.
• Resolver problemas que requeiram o uso e interpretação de fórmulas ou tabelas.
• Representar, por meio de fórmulas, valores de grandezas dados em tabelas.
• Reconhecer se uma correspondência entre dois conjuntos é ou não função e, no
caso afirmativo, identificar o “domínio” da função.
• Expressar perímetros, áreas e volumes como função de uma variável.
• Usar as notações y = f(x), F(x) para funções e identificar pares (x, f(x)) que per-
tençam aos gráficos.
• Representar funções por seus gráficos, seus diagramas ou suas tabelas.
• Interpretar dados relacionados com fatos do dia a dia, registrados através de gráfi-
cos de funções.

x 3

A2 A4
6a3b
3

2a x x2 3x
x+3

4x2y 2ab2

A1 A3
x

6xy 8a3 12a3b

2 2x 6
x 2
x+2

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monômios e polinômios Releia, na página 10, “Ob-
servação importante” e, na
página 11, Recado ao(à)
professor(a): “Aproveitamos
[...] e explore-as”.

Explorando o que você já sabe Releia a observação do


último texto da margem da
página 30: “com base [...]
22 a 28.

Classifique os números a seguir como naturais, inteiros, racionais ou Leia, na página 10, o pri-
irracionais: meiro texto: “Professor(a):
Neste e em outros capítu-

• (a) (b) –13 (c) 5,010203... (d) 4, 07 (e) 1 914


los...”.
0,3
Leia também o segundo
texto na margem da página
Considere as cinco expressões a seguir: 11: “Todas as atividades [...]
e explore-as”.
4x3y4 –4ab3 –a7b3 45 0
Comente: Em todas as
expressões deste capítulo, as
• Na expressão 4x3y4, quais operações você identifica? O que as letras representam? letras representam números
reais. Nas expressões nas
• Qual é o fator numérico de cada uma delas? quais elas são bases de potên-
cias de expoente zero, como
• Quais são os fatores literais (letras) de cada uma das cinco expressões? a 0, b 0 etc., considere que
representam números reais
• Qual é o expoente do fator a na segunda expressão? diferentes de zero. Outras
• Se o fator numérico não é escrito, a qual número ele equivale? restrições serão esclarecidas
ao se explorarem as ativi-
• Você pode dizer que 45 = 45a0b0? Por quê? dades.

• Você pode dizer que 0 = 0x3y? Por quê? ATIVIDADES ORAIS

• (a) racional, (b) inteiro e


racional, (c) irracional,

Aprendendo em sala de aula


(d) racional, (e) natural,
inteiro e racional;
• 4x3y4 representa o produto:
4 vezes o cubo de x vezes a
quarta potência de y, onde
1. As cinco expressões anteriores: 4x3y4, –4ab3, –a7b3, 45 e 0 são exem- x e y representam números
reais;
plos de monômios. Observe no quadro a seguir mais exemplos de • 4, –4, –1, 45 e zero;
monômios: • x e y; a e b; a e b; não
existem; não existem;
• 1;
• Sim, porque, sendo a e b
Monômio: 3x2y3 –3/4 x3y3 0,3a2b 2 x3 21 x 0 –x3 diferentes de zero, a0 e b0
são iguais a 1;
• Sim, porque, se um fator é
Fator numérico: 3 (–3/4) 0,3 2 21 1 0 –1 zero, o produto é zero.

1. a) 1;
b) Sim, porque x0 = 1 (des-
Fatores literais: x, y x, y a, b x x x de que x seja diferente
de zero);
c) Sim, 0c4d6 = 0 porque se,
em uma multiplicação,
Nos monômios, as letras representam, em geral, números reais. um dos fatores for zero,

a) Qual é o expoente do fator b do terceiro monômio?


o produto é zero;
d) V.

b) O monômio 21 pode ser pensado como 21x0? Por quê?


c) O monômio 0 pode ser pensado como 0c4d6? Por quê?
d) V ou F: qualquer número real é considerado um monômio porque pode ser interpre-
tado como um produto dele por fatores literais com expoente zero.
63

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 63 10/05/13 19:44


Esclareça que os temas
que serão estudados neste
Como se viu, nos monômios destacamos:
capítulo, descritos na página
60, fazem parte de um dos 1 3
ab c
blocos de conteúdo da Ma- 3x2 y 4 – 0,2 n
temática: a Álgebra. Diga
que se usa a Álgebra para
expressar, de forma sintética,
fatos da Matemática e de ou-
tras áreas do conhecimento, fator numérico fatores
literais fator numérico fatores
literais fator numérico fatores
literais
com o objetivo de simplificar

O fator numérico chama-se “coeficiente” e a parte que contém letras


os cálculos indispensáveis
na resolução de problemas.
Em particular, são de grande forma a parte literal do monômio.
utilidade as equações, os
sistemas de equações, as
fórmulas e as funções.
Visite ou recomende o Parte literal
site 3 x y3
http://k1200.vilabol.uol.
com.br/f isica/formf isica. Coeficiente
html

Explore o primeiro quadro


da página para que os alunos
observem que o coeficiente 2. Copie a tabela abaixo em seu caderno e complete-a:
de um monômio pode ser
qualquer número real.

Monômios Coeficiente Parte literal


2.
Monô- Coefi- Parte –5a2b
mios ciente literal
–5a2b –5 a2b x2y
x2y 1 x2y
0,2n3
0,2n3 0,2 n3
a 1 a a
–xy2 –1 xy2
–xy2
4,3x2y2 4,3 x2y2
4,3x2y2

3. Multiplicação e potência-
ção.
3. Os monômios apresentam apenas duas operações entre números e
letras que representam números. Quais são elas?
4. a) Sim;

4.
b) Coeficiente;
c) Parte literal. Clara disse que um monômio é um produto de um número real por
potências de letras que representam números reais.
a) Você concorda com Clara?
5. Respostas variadas.
Exemplos:

b) Se você concorda, diga como se chama o número real que aparece como fator no
a) 2b2c3;
b) –3x;
c) yz2; monômio.
c) Qual o nome do grupo de letras dos monômios?
d) –ab2c3;
e) (–3/4)ab;

5.
f ) 2,3x3y4;
g) (4,32)bc. Dê um exemplo para cada um dos tipos de monômios a seguir:
a) Tendo como coeficiente um número natural e duas letras na parte literal.
b) Tendo como coeficiente um número inteiro negativo e uma letra na parte literal.
c) Tendo como coeficiente o número 1.
d) Tendo como coeficiente o número –1.
e) Tendo como coeficiente uma fração negativa.
f) Tendo como coeficiente um número decimal positivo.
g) Tendo como coeficiente uma dízima periódica.
64

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6. A multiplicação de monômios se faz do mesmo modo que a multiplica- Recorde que em x . x o
ponto representa multipli-
ção de números ou de potências de mesma base. Veja: cação.

◆ 3 × 3 = 32 x. x = x2 No terceiro exemplo,
simplificamos o coeficien-
◆ (5 )(5 ) = 5
3 2 5
( –2 a ) (4 a ) = (–2). (4). a . a = –8a
3 2 3 2 5
te:
2/12 = 1/6.
1 2 2  1 2 1 3
 4 x  ⋅  3 x  = 4 ⋅ 3 ⋅ x ⋅ x = 6 x
2
◆ (82)(8) = 83 Recorde que em (ab) (a2c)
os parênteses representam
multiplicação.
Escreva em seu caderno os resultados dos produtos a seguir, simplifi-
cando os coeficientes e multiplicando potências de mesma base, quando
possível.
a (–b). (2b3) = e (3a)(–2b) =
1 3 4 6. a) –2b4;
b (0,2 z3). (–3 z2) = f a . a= b) –0,6z5;
4 9 c) a7;

a3 . a4 =
d) 1/9y3;
c g (0,1x)(0,23 x3) = e) –6ab;
f) 1/9a4;
 1  2 2  1 5 12 g) 0,023x4;
d  − 2 y   − 9 y  = h
8
a ⋅ a=
9 h) a6/6.

Lembre novamente que


7. Observe as figuras a seguir. Nelas, as letras representam as medidas  é um número irracional
e que, nos cálculos, usamos
dos segmentos. valores aproximados dele
(em geral, o valor 3,14).

7. a)bh/2;
h b) r2;
h r c) 2r2
w d) l wh.
l
b 8. a)1/2;
b) ;
c) 2;
Usando essas letras, escreva os monômios correspondentes: d) 1.

a) À área do triângulo. c) Ao comprimento da circunferência. Esclareça que, em diversas


aplicações, em um primeiro
b) À área do círculo. d) Ao volume do paralelepípedo. momento, somos solicitados
a multiplicar monômios,

8. Para cada monômio dos itens de (a) até (d) do exercício anterior, iden-
obtendo produtos do tipo
5ab3.4a3b2, e que estes pro-
tifique o coeficiente. dutos podem ser escritos na
forma de um monômio que
Observe os monômios a seguir: tenha um único coeficiente
numérico e, para cada letra,
uma única potência da qual
3x3y3. 5y6 2ab. 4a3c ela seja base.
Como obter tais monô-
mios, chamados “monômios
Eles podem ser escritos, respectivamente, como “monômios reduzidos” reduzidos”, é o que se vê

assim:
nos exemplos após o exer-
cício 8.

15x3y9 8a4bc
Note que:
Para obtermos monômios reduzidos, multiplicamos todos os fatores numéricos,
substituindo-os por um único: o produto deles. Do mesmo modo, na parte literal, escrevemos
cada letra como produto de potências de mesma base, aparecendo, cada uma delas, uma
única vez no monômio reduzido.

65

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9. a) 12a4b3;
b) –8x4y4. 9. Escreva os monômios reduzidos correspondentes a:
Explore: a) 3ab3 . 4 a3 b) –2x3y . 4xy3
1. Cálculo com expressões
contendo adições e subtrações
entre números. Exemplos:
Observe os cálculos a seguir:
1º) 4 + 7 – 11– 6 – 8 + 1 – 9 + 5 =
(4 + 7 + 1 + 5) + ( –11 – 6 – 8 – 9) =
+17 – 34 = –17
8a + 9a = 17a 15b –7b = 8b –4c – 9c = –13 c
2º) Expressões com frações e
com decimais como no 1º.
exemplo.
Embora no segundo e terceiro cálculos apareçam sinais “menos”, você
2. Como somar alguns mo- deve entender essas três expressões como “somas”. Assim:
nômios semelhantes, Exempli-
ficando:
a) 3m + 4m – 2m = (+8a) + (+9a) = +17a (+15b) + (–7b) = +8b (–4c) + (–9c) = –13c
(3 + 4 – 2)m = 5m
b) 3ab –5ab + ab =
(3 – 5 + 1)ab = –ab Por este motivo, todas três são chamadas “somas algébricas”.
Comente:

10.
a)Expressões contendo apenas
operações com números cha- Calcule as seguintes somas algébricas:
a) 7n + 13n d) –8x – 9x g) 2x + 3y – 8x – 11y + x – y
mam-se expressões numéri-
cas.

b) –5p + 9p e) 7n – 7n h) 4m2p + 6m2p


b) Expressões contendo opera-
ções com números e letras
representando números são
chamadas expressões algébri- c) 9k – 4k f) 2a – 3b + 4a – b – 3a + 2b
cas. 10. a) 20n; b) 4p; c) 5k; d) –17x; e) 0; f) 2a + 4a – 3a –3b –b +2b = 3a – 2b; g) 2x – 8x + x + 3y – 11y – y = –5x – 9y; h) 10m2p.
c) Em uma expressão algébrica,
as letras podem ser substituí-
11. Calcule as áreas dos polígonos a seguir, escrevendo-as na forma de
das por qualquer número real; monômios reduzidos: 11. a) 24x y ; b) 8a b ; c) 18a b.
3 2 4 2 4

por este motivo, chamam-se


variáveis destas expressões.
d) Substituir as variáveis das
6a3b
expressões algébricas por nú-
meros, e efetuar os cálculos,
2a
chama-se “calcular o valor 4x2y 2ab2
numérico da expressão”. Use,
como exemplo, as expressões
6xy
L = 2x – 4 e Q = x2 – 4 para 8a3 12a3b
calcular o valor numérico
das mesmas. Em L, dê a x
os valores –1, –0, 5, 0, 0, 5,
1, 3/2, 2, 5/2. 3 e 4 e, em Q,
valores inteiros de –5 e 5.
12. Observe as expressões algébricas a seguir e responda ou faça o que
e) Em uma expressão algébri- se pede:
ca, letras diferentes repre-
sentam em geral números
diferentes. Por este motivo, A 2n + 4p + 5n – 2p B 2x – 4y + 5x + 2y
é possível calcular 2n + 3n =
(2 + 3)n = 5n, mas não é
possível representar, como
um único monômio, a soma
a) Qual das expressões tem a variável x na parte literal: A ou B?
2n + 3p. b) Qual das expressões tem a variável p na parte literal: A ou B?
c) Calcule a soma algébrica das parcelas que contêm a variável n.
f) Eventualmente, ao calcular va-
lores numéricos de expressões
12.a) B;
d) Calcule a soma algébrica das parcelas que contêm a variável p.
com mais de uma variável, é
b) A;
possível substituí-las por um
c) 7n;
e) Escreva a expressão A com duas parcelas.
mesmo número real. Exem-
d) 2p;
plo: Na expressão P = 3x + 2y,
e) A = 7n + 2p;
f) Qual o coeficiente de n nessa expressão?
o valor numérico para x = 4 e
f) 7;
y = 4 é P = 20. Mas também
g) 2;
g) Qual o coeficiente de p nessa expressão?
é possível calcular P, para
h) 7x
x = 2 e y = 5, obtendo
i) –2y;
h) Calcule a soma algébrica das parcelas que contêm a variável x.
P = 16.
j) B = 7x – 2y

i) Calcule a soma algébrica das parcelas que contêm a variável y.


j) Escreva a expressão B com duas parcelas.
66

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13. Monômios reduzidos que só diferem pelos coeficientes chamam-se
“monômios semelhantes”. Por exemplo, na tabela abaixo, 6x2y e x2y são
monômios semelhantes. Escreva em seu caderno os pares de números
e letras da tabela abaixo que correspondem a monômios semelhantes.
1ª coluna 2ª coluna

1 6x2y a 4xy2
2 4abc b 3xy2z
3 ax3 c 6a2t
4 xy2z d –2abc
5 –10 e 5a3x
6 –3xy2 f 8
7 5a2t g –x2y
8 –4y2z2 h 2y2z2
9 3ab2 i –7ax3
10 2a3x j –2ab2

14. As expressões algébricas a seguir chamam-se polinômios. Algumas par- 13. (2, d); (3, i); (4, b);
(5, f); (6, a); (7, c);
celas desses polinômios são monômios semelhantes. Calcule as somas (8, h); (9, j); (10, e).
algébricas de todas essas parcelas escrevendo cada polinômio com o
menor número possível de parcelas. 14. a) 8 x2 – 11xy;

a) 3x2 – 4xy – 8y2 + 5x2 – 7xy + 8y2. e) 7a – 3b + 8a –2b + 6.


b) –4a + 2b;
c) –3 + 2 x2y + 4y;
d) 5a2b + ab2;
b) 4a – 3ab + 7b – 8a – 5b + 3ab. f) 3x2 – 6y2 – 3x2 + 6y2 + x – y. e) 15a – 5b + 6;
f) x – y.
c) 2 – 3x2y + 7y –5 + 5x2y – 3y. g) 5xy.
d) 3a2b – 5ab2 + 2a2b + 6ab2.
Observe que, no item (g), um monômio é caracterizado também como 15. a) O primeiro e o terceiro
polinômios: a variável
polinômio. é x.
b) 1º polinômio:
As parcelas dos polinômios chamam-se também “termos do polinômio”. –1 – 3x2 – 2x.
Por esta razão, os cálculos que você fez no exercício 14 chamam-se 2º polinômio:
2y – 2y2 + 3.
“redução de termos semelhantes”. 3º polinômio:

15.
–0,7x + 1,8x2;
Observe os polinômios a seguir e resolva os itens (a), (b) e (c): c) Valores numéricos:

1º.) –3 + 4x2 – 3x + 2 – 7x2 + x


para x = 0, V = 0, para
x = 1, V = 1,1, para

2º.) 7y – 9y2 + 3 – 5y + 7y2


x = –1, V = 2,5, para
x = 10, V = 173.

3º.) 0,3x + 0,5x2 – x + 1,3 x2


a) Dois desses polinômios contêm a mesma variável. Qual é ela?
b) Reduza os termos semelhantes dos três polinômios.
c) Calcule o valor numérico do terceiro polinômio substituindo x sucessivamente por
0, 1, –1 e 10.
67

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16. a) 8x2 + 11xy – 16y2;
b) 12a + 6ab + 2b 16. Reduza os termos semelhantes dos polinômios a seguir:
a) 3x2 + 4xy – 8y2 + 5x2 + 7xy – 8y2 = ? d) 3a2b + 5ab2 + 2a2b + 6ab2 = ?
c) 7 + 2x2y + 10y;
d) 5a2b + 11ab2;
e) 15a – b + 6;

b) 4a + 3ab + 7b + 8a – 5b +3ab = ? e) 7a – 3b + 8a + 2b + 6 = ?
f) 6x2 + 12y2 + x – y.

c) 2 – 3x2y + 7y + 5 + 5x2y + 3y =
? f) 3x2 + 6y2 + 3x2 + 6y2 + x – y = ?
Observe outros exemplos de redução de termos semelhantes:

4 (n + 4) – 2 (n + 7) – 13 = 4n + 16 – 2n – 14 – 13 =
= 4n – 2n + 16 – 14 – 13 = 2n – 11

5 (n2 – 3n + 1) – 3 (n2 – 7n – 5) = 5n2 – 15n + 5 – 3n2 + 21n + 15 =


= 5n2 – 3n2 – 15n + 21n + 5 + 15 = 2n2 + 6n + 20

Professor, se os
coeficientes são frações ou É muito fácil.
decimais, como faço Veja exemplos
para reduzir termos no quadro:
semelhantes?

Son Salvador
Son Salvador

Coeficientes fracionários Coeficientes decimais

5 7 2
a – b + 2a + b = 1,25x2 – 3,5x + 0,32x2 + 2,1x =
8 12 3

15 14 48 16b = 1,25x2 + 0,32x2 – 3,5x + 2,1x =


= a– b+ a+ =
24 24 24 24

63a 2 b
= + = 1,57x2 – 1,4x
24 24

Novamente aqui convém


destacar para os alunos que
a escolha do m.m.c. dos
No exemplo dos coeficientes fracionários:
denominadores no caso de
coeficientes fracionários não Calcula-se o m.m.c. dos denominadores 8, 12 e 3, que é 24.
é obrigatória; qualquer múlti-
plo do m.m.c. também é váli- Substituem-se os coeficientes fracionários iniciais por frações equiva-
lentes de denominador 24.
do. Apenas o uso do m.m.c.
propicia utilizar números de
valores menores.
Calcula-se a soma algébrica dos termos semelhantes.
No exemplo dos coeficientes decimais:
Agrupamos os termos semelhantes.
Calculamos as somas algébricas deles.
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17. a) –5a/6 + 9b/6;
17. Reduza os termos semelhantes de cada expressão a seguir: b) 11x/3 – 13y/15;
c) 5x/2 + 1/2;
d) 5x/6 – 11/6;
a) 1 a + 5 b – 7 a + 2 b = c) x + 1 + 2 x = e)
2 x 2 y 2 x – 3y
– – = e) 8x/15 – 3y/15.
3 6 6 3 2 3 5 15
Recorde:
a(b+c) = ab + ac

b) 2 x – 4 y + 3x – y = d) x – 3 + x – 1 =
e também
(x + y).z = xz + yz
3 5 15 2 3

18. Observe, com atenção, os cálculos a seguir:

2a2 (4a3 + 3b) = (2a2) (4a3) + (2a2) (3b) = 8a5 + 6a2b

 2  2 

2
5
( ) ( ) 2
( )
x x 2 + 5y 3 =  – x  ⋅ x 2 –  x  ⋅ 5y 3 = – x 3 – 2xy 3
 5  5  5

No primeiro exemplo, o fator externo 2a2 foi multiplicado pelas parcelas


4a3 e 3b.
2
No segundo exemplo, o fator externo – x foi multiplicado pelas par-
celas x2 e 5y3. 5

Agora, copie cada expressão da tabela abaixo em seu caderno e calcule


os produtos:

a 2a (a + b) = ? f 4y (t3 – t2) = ? 18. a) 2a2 + 2ab;


b) –1/4x2 – x3;
c) t5 + 2t3;
d) 0,5a2b + 0,5b3;
1 1  2 2
b − x  x + 2x 2  =
2 2  ? g
3
x y ( x 2 − 3y 2 ) = ? e) 3a2x – 3a2y;
f) 4yt3 – 4yt2;
g) 2/3x4y – 2x2y3;
h) 1,6x4 – 0,6x5;
i) 3ax2 – 3ay2;
c t2 (t3 + 2t) = ? h 0,2x3 (8x – 3x2) = ? j) 10x2 – 15xy.

d 0,5b (a2 + b2) = ? i 3a (x2 – y2) = ? 19. a) am + bm + an + bn;


b) am + an + bm + bn;
c) x2 + xy + xy + y2;
e 3a2 (x – y) = ? j 5x (2x – 3y) = ? d) x2 + xy + xy + y2.

19. Copie em seu caderno e complete:


?
a) (a + b)(m + n) = (a + b).m + (a + b)n =......
?
b) (a + b)(m + n) = a(m + n) + b(m + n) =......
?
c) (x + y)(x + y) = (x + y).x + (x + y).y =......
?
d) (x + y)(x + y) = x(x + y) + y(x + y) = …...
69

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20. a) 1a figura = 9ab
2a figura = 17,4x2y 20. Nos polígonos das figuras a seguir, as medidas dos lados estão repre-
sentadas por monômios.
3a figura = 15xy;
b) 2,6ab. 1,9ab;
c) 4,94a2b2.
2xy
3,6xy 3,6xy
1,9ab 3,8x2y 4,6x2y
2,1xy 2,1xy
2,6ab 9x2y 1,6xy

a) Expresse os perímetros dos polígonos como monômios.


b) Expresse a área do retângulo como o produto de dois monômios.
c) Expresse a área do retângulo como um monômio reduzido.
21. a) (5x + 2)(4x – 1) e
6y(5y + 3);
b) 84 e 552
21. Desenhe dois retângulos e represente as medidas da base e da altura
c) Porque as medidas da do primeiro por 5x + 2 e 4x – 1, respectivamente, e do segundo por 6y
base e da altura teriam
que ser iguais, ou seja,
e 5y + 3, respectivamente.
a) Escreva as áreas dos dois retângulos como produto dessas dimensões.
5x + 2 = 4x – 1. Resol-
vendo essa equação,

b) Se x = 2 e y = 4, qual o valor numérico dessas duas áreas?


obtemos x = –3, o que
daria para medida do

c) Justifique por que o primeiro retângulo não pode ser um quadrado.


lado do quadrado um
valor negativo: –13.
Como se sabe, medi-
das de segmentos são
números reais positi-
d) Mario disse que o segundo retângulo pode ser um quadrado. Verifique se ele tem
vos. razão e justifique sua resposta.
e) Represente o perímetro de cada um desses retângulos como polinômios.
d) Igualando as medidas
da base e da altura,

f) Se x = 3 e y = 5, qual o valor numérico desses dois perímetros?


teremos 6y = 5y + 3.
Resolvendo, encontra-
se y = 3, o que dá para
as medidas dos lados o
valor 18.
e) 18x + 2 e 22y + 6.
f) 56 e 116. 22. Nas expressões a seguir, reduza os termos semelhantes. Quando necessário
faça, inicialmente, as multiplicações indicadas por parênteses.
22. a) a + 4a – 4a;
3 2

b) 9x2 – 27x + 35; a) 4a2 – 2a + a (a2 – 2) = ? d) 5x – y + 3x – 5y + x = ?


c) – 6x – 22; 6 2 4 3 3
d) (23x – 26y)/12;

b) 2x (x –3) + 7 (x2 – 3x + 5) = ? e) a + 2 b – a – b – a – 2 b = ?
e) (– 2a + 15b)/12;
f) (2a + 4b)/3.
4 12 3
Recorde como calcular o

c) 4 (x + 1) – 2x – 2 – 8(x + 3) = ? f) a + b – a + b = ?
m.d.c de monômios: a) fato-
ram-se os coeficientes b) o
m.d.c é o produto dos fatores 3 3
comuns (numéricos ou lite-
rais), cada um com o menor Algumas vezes, ao reduzirmos termos semelhantes de expressões que
expoente dentre os expoentes
obtidos. Exemplifique:
contêm coeficientes fracionários, obtemos coeficientes que podem ser
simplificados, dividindo seus termos pelo m.d.c. deles.
Como 18 = 2 × 3 2 e
12x 2
Por exemplo, pode ser simplificado dividindo os termos pelo
24 = 3 × 23, o m.d.c de 18x3y2
e 24xy4 é 2 × 3xy2 = 6xy2.
18
m.d.c. deles, que é 6.
12x 2 2x 2
Portanto, = .
18 3
70

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Antes do exercício 23,
23. Simplifique cada expressão a seguir, dividindo seus termos pelo m.d.c. recorde como calcular o
deles:
m.d.c. usando a regra dos
expoentes.
Exemplo: m.d.c. de 15x3y5
a) b) 24a b4
15x 3y 5 4 3
e 25x4y2 é 5x3y2.
Logo, 15x3y5 : 5x3y2 = 3y2
25x 4y 2 32 ab e 25x4y2 : 5x3y2 = 5x.

Ao reduzir os termos semelhantes do polinômio 23. a) 3y3/5x;


14x3 – 2x2 + 4x – 5x3 + 7x2 – 8x, Cláudio obteve o polinômio:
b) 3a3/4b.

9x3 + 5x2 – 4x. 24. a) 7n + 2p;


b) 7x + 2y;
O professor disse que esse polinômio obtido por Cláudio é um polinômio c) 9a2 – 2ab + 4b2;
d) 8x2 – 11xy;
reduzido. e) 1,57x2 – 1,4x.

Tal fato particular pode ser generalizado com a afirmação: “Ao reduzir os 25. a) 3;
termos semelhantes de um polinômio, dizemos que o polinômio obtido b) Trinômio;
c) 2;
é um polinômio reduzido”. d) Binômio;
e) 4;
24. Reduza os termos semelhantes dos polinômios a seguir, para obter f) Polinômio de 4 ter-
mos.
polinômios reduzidos:
a) 2n + 4p + 5n – 2p d) 3x2 – 4xy – 8y2 + 5x2 – 7xy + 8y2
b) 2x + 4y + 5x – 2y e) 1,25x2 – 3,5x + 0,32x2 + 2,1x
26. a) Binômios;
b) Trinômios.

c) 2a2 + 3ab – 4b2 – 5ab + 8b2 + 7a2 27. a) Não: todos são poli-
nômios com uma única
25. Observe a tabela e escreva, em seu caderno, o que substitui correta- variável;
b) Não, porque, ao redu-
mente cada letra: zir termos semelhantes,
substituímos todos os
Polinômios reduzidos Número de termos Nome termos semelhantes por
um único que é a soma
3x3 – 4x2 + 5x três Trinômio algébrica deles.
4x + 5 dois Binômio
9y3 + 5y + 3y2 + 5 4 Polinômio de 4 termos
Comente: O estudo de
5z – 4z2 + 7 a b polinômios com mais de uma
5y – 3y2 c d variável é mais complexo e
de pouca utilidade nas aplica-
4,3x + 2x – 7x – 11
4 3 e f ções futuras da Matemática,
no ensino médio. O mesmo
não acontece nos cursos

26. Ainda com base na tabela do exercício 25, responda: superiores que dependem da
Matemática, nos quais se faz
a) Como se chamam os polinômios que têm dois termos? o estudo dos polinômios com
diversas variáveis.
b) E os polinômios que têm três termos? Sugira aos alunos que

27. Observe os polinômios reduzidos da tabela do exercício 25 e responda:


façam uma pesquisa sobre os
principais cursos superiores

a) Algum deles tem mais de uma variável?


que dependem dos conheci-
mentos mais detalhados da

b) Em algum deles existem duas ou mais parcelas nas quais a variável tem expoentes
Matemática.

iguais? Justifique.
Até aqui você aprendeu fatos sobre polinômios com uma ou mais
variáveis. Agora, vamos dedicar maior atenção aos polinômios com
apenas uma variável, porque o estudo deles é, no momento, mais
significativo devido às importantes aplicações que você ainda verá
neste livro.
71

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28. a) –3x3 + 0x2 + x + 0;
b) 5 x 4 + 0x3 – 3x2 + 0x + 0;
c) 2 x 4 + 3x3 + 0x2 – 5x + 0.
28. Observe a tabela contendo polinômios na variável “x” e escreva, em seu
caderno, o que substitui corretamente cada letra:
29. a) V;
b) V;
c) V. Polinômio reduzido Polinômio ordenado e completo
Proponha a alunos que escre-
vam, no quadro, 4 polinômios 2 + 3x3 3x3 + 0x2 + 0x + 2
com uma variável, reduzidos e
não completos, para que outros
alunos os ordenem e completem. 2x4 – 5x 2x4 + 0x3 + 0x2 – 5x + 0
Mantenha o que se escreveu
no quadro, para outra atividade
logo após o exercício 30. Comen- x – 3x3 a
te que o fato de dizer que o item
(b) do exercício 29 é verdadeiro
não significa que polinômios 5x4 – 3x2 b
que têm seus termos escritos em
ordem crescente dos expoentes
das variáveis não possam ser 3x3 – 5x + 2x4 c
chamados de polinômios orde-
nados. Apenas por questões de
aplicações futuras (como adição

29. Com base na tabela do exercício 28, discuta com seus colegas e deci-
e subtração de polinômios), é
preferível ordenar polinômios
como mencionado no item (b)
citado.
da se verdadeiras ou falsas as afirmações sobre polinômios com uma
variável:
a) Um polinômio completo na variável “x” tem todos os termos, desde o de maior
expoente de “x” até o expoente zero.
30. a) 5; b) Se um polinômio tem seus termos escritos na ordem decrescente dos expoentes da
b) Polinômio do quinto grau; variável, ele se chama polinômio ordenado.
c) 4;
d) Polinômio do 4o grau; c) Um polinômio é uma soma algébrica de monômios.
e) 4;
f) Polinômio do 4o grau. 30. Observe a tabela contendo polinômios na variável “x” e escreva, em seu
caderno, o que substitui corretamente cada letra:
Após o exercício 30, proponha
aos alunos que digam o grau de
cada polinômio ordenado e com- Polinômio Maior expoente de
Nome
pleto que foi escrito no quadro na reduzido variável
atividade anterior.
2 + 3x3 3 Polinômio do terceiro grau

2x4 – 4x 4 Polinômio do quarto grau

x – 3x5 a b

5x4 – 3x2 c d
31. Respostas variáveis.
Exemplos:
a) 2x3 + 3x2 – 4x + 1; 3x3 – 5x + 2x4 e f
b) –5x3 + 2x;
c) 3x2 – 4x + 9;

31.
d) x3 + 0x2 + 0x + 2.
Dê um exemplo de polinômio com uma variável que seja:
a) Do terceiro grau e completo.
b) Do terceiro grau com apenas dois termos.
c) Do segundo grau e completo.
d) Do terceiro grau, completo e ordenado.
72

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Comente que o que se afirma
no primeiro retângulo se deve ao
fato de que tais polinômios são a

32. O que você faz para decidir qual é o grau de um polinômio com uma base do estudo de funções polino-
miais que eles vão estudar no ca-
variável? pítulo 4, e que essas funções têm
várias aplicações importantes.

Neste livro vocês estudarão com mais detalhes dois tipos de polinô- 32. Verifico o maior expoente da
variável. A ele corresponde o
mios, os binômios do primeiro grau e os trinômios do segundo grau grau do polinômio.
com uma única variável. Comente que o que se afirma
no primeiro retângulo se deve
Por exemplo, 3x – 9 é um binômio do primeiro grau e ao fato de que tais polinômios
são a base do estudo de funções
2x2 – 5x + 4 é um trinômio do segundo grau. polinomiais que eles estudarão
no capítulo 4, e que essas funções

33. Dentre os polinômios com uma variável, a seguir, identifique os do pri- têm várias aplicações importan-
tes.Comente ainda que o estudo
meiro grau e os do segundo grau: dos binômios do primeiro grau e
dos trinômios de segundo grau é
a) 3x3 + 4x c) 9 – 4x e) 14x importante no momento, porque
a grande maioria dos fatos ma-

b) 4 + 2x2 – 7x d) 8x – 3x2 f) 76x2 – 14


temáticos e dos fenômenos de
outras ciências que se estudam
no ensino médio são ligados a
correspondências entre grandezas
34. Reescreva os polinômios do segundo grau identificados no exercício que dependem destes polinômios.

anterior, de modo ordenado e completo. 33. a) 3º grau;


b) 2o grau;

35. Reescreva os polinômios do primeiro grau identificados no exercício


c) 1o grau;
d) 2o grau;
anterior, de modo ordenado e completo. e) 1o grau;
f) 2o grau;

36. Observe os polinômios a seguir, nos quais a, b e c representam números 34. b) 2x2 – 7x + 4;
d) –3x2 + 8x + 0;
reais: f) 76x2 + 0x – 14.

35. c) –4x + 9;
(A) ax + b (B) ax2 + bx + c e) 14x + 0.

Responda:
36. a) O coeficiente a não pode
ser zero, porque, para ser

a) Se, em (A), o binômio ax + b é do primeiro grau, o coeficiente a pode ser zero? E


do 1°grau, o termo em x do
polinômio deve aparecer
o coeficiente b? Justifique suas respostas. com coeficiente não nulo;
o coeficiente b pode ser
b) Se, em (B), o trinômio ax2 + bx + c é do segundo grau, qual o único dos três coefi- zero desde que a não seja.
b) a, porque o único termo
cientes que não pode ser zero? Justifique sua resposta. que, obrigatoriamente, deve
ter coeficiente diferente de

37. Escreva exemplos de: zero é o termo em x2.

a) Um binômio do primeiro grau na variável y.


37. Respostas variadas.
Exemplo:

b) Um trinômio do segundo grau na variável z.


a) 3y + 4;
b) –z2 – 4z + 5.

Explique que o que se chama


Neste livro vocês estudarão com mais detalhes dois tipos de polinômios: os binômios “termo independente” de um
do primeiro grau e os trinômios do segundo grau com uma única variável. polinômio geral é o termo cons-
tituído apenas de um número,
Em geral, representamos um binômio do primeiro grau com uma variável assim: ax + b independente da variável, como
onde a e b representam números reais, sendo a ≠ 0, e b o termo independente (assim observado no quadro. Faça obser-
varem que o grau desses termos é
chamado porque não depende de x). zero porque, por exemplo, o núme-
Analogamente, representamos um trinômio do segundo grau com uma variável assim: ro 7 pode ser pensado como 7x0, se
o polinômio é na variável x, ou 7y0
ax2 + bx + c se o polinômio é na variável y etc.
onde a, b e c representam números reais, sendo a ≠ 0, e c o termo independente.

73

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Explique para os alunos
que, na tabela, 3x e –5x 38. Na tabela a seguir, você vê vários binômios do primeiro grau e trinômios
estão caracterizados como do segundo grau, completos ou não. Copie a tabela em seu caderno
e, para cada um deles, dê o valor dos coeficientes a, b ou c, conforme
binômios do primeiro grau
porque podem ser entendi-
dos como 3x + 0 e –5x + 0, a notação introduzida no quadro da página anterior:
respectivamente. De modo
análogo, são caracterizados
como trinômios do 2º grau: Binômios do primeiro grau Trinômios do segundo grau
–9 + 7x2 (= 7x2 + 0x – 9), ax + b (a  0) ax2 + bx + c (a  0)
–5x – 3x2 (= –3x2 – 5x + 0) etc.
3x – 4 a = ? b = ? –2x2 + 4x – 11 a = ? b = ? c = ?
a = ? b = ?
38.
7 – 5x –9 + 7x2 a = ? b = ? c = ?
4x + 5 a = ? b = ? 2x2 – 4x + 11 a = ? b = ? c = ?
b = 4 c = –11

b = 0 c = –11
b = 0 c = –9
b = –4 c = 11
b = –5 c = 0

b=p c=k
b = –4 c = 9
b=0 c=0
b=4 c=0

–7 + 5x a = ? b = ? –5x – 3x2 a = ? b = ? c = ?
Trinômios

3x a = ? b = ? –2x2 – 11 a = ? b = ? c = ?
–5x a = ? b = ? nx2 + px + k a = ? b = ? c = ?
a = –19
a=–2
a = –2

a = –3
a = –2

a = –2
a=7
a=2

a=n

9x – 14 a = ? b = ? –2x2 – 4x + 9 a = ? b = ? c = ?
? ? a = ? b = ? c = ?
b = –14
b = –4

b = –7

a = –3 b = –4
a = –5 b = –7

–3x – 4 a = b = –19x2
Binômios

a = –5 b = 7
b=5

b=0
a = –5 b = 0

–7 – 5x a = ? b = ? –2x2 + 4x a = ? b = ? c = ?
a=3

a=4
a=5
a=3

a=9

39. Observe a tabela a seguir e, em cada caso, faça a correspondência da


letra da primeira coluna com o número da segunda coluna:

a (x + 2)2 1 Trinômio completo do segundo grau, não ordenado.

b 3x – 5 2 Quadrado da diferença de dois números.

39. (a, 5); (b, 7); (c, 8); (d, 2);


c (x + 3) (x + 7) 3 Produto da soma pela diferença de dois números.
(e, 1); (f, 6); (g, 3); (h, 4).
d (x – 3)2 4 Trinômio incompleto do segundo grau.

e 3 – 4x + 7x2 5 Quadrado da soma de dois números.

f 2x2 + 4x 6 Trinômio do segundo grau, sem o termo independente.

g (x + 5) (x – 5) 7 Binômio completo do primeiro grau.


40. a) Termo comum: x;
b) Termo comum: y; h 5x2 8 Produto de dois binômios do primeiro grau.
c) Termo comum: 2x;
d) Termo comum: –w;
e) Não possui termo inde-

40. Dizemos que (x + 3) (x + 7) é um produto de dois binômios (do primeiro


pendente em comum.
f) Não possui termo inde-
pendente em comum.
grau) que têm um termo não independente em comum: o termo “x”. O
3 e o 7 são os termos independentes.
Em cada caso a seguir, indique quais são os produtos de binômios com
um termo não independente em comum, e destaque esse termo:

a) (x + 10) (x – 12) c) (2x + 4) (2x – 3) e) (2x – 1) (z + 1)


b) (y – 2) (y + 5) d) (4 – w) (7 – w) f) ( –x + 3) (x + 3)
74

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41.
41. a) S = –2, P = –120;
Calcule a soma S e o produto P dos termos independentes dos fatores b) S = 3, P = –10;
dos produtos de cada item que você indicou no exercício anterior, como c) S = 1, P = –12;
d) S = 13, P = 21.
solicitado.

Aprendendo em casa Faça breve abordagem


oral sobre as atividades do

42. Observe o triângulo a seguir:


“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão
aptos a resolvê-las.
Multiplicando e
reduzindo o produto

Son Salvador
(3x3y3)(2xy2),
3xy obtenho 6x4y5. 42. a) 6x2y;
b) 3xy;
c) (3xy) (3x2y);
d) 9x3y2.
6x2y

Faça observar que, no item


(c), dividimos o monômio
6x 2y por 2 para aplicar a
Em relação ao triângulo, responda ou faça o que se pede: fórmula da área: metade do

a) Qual é o monômio que representa a medida da base?


produto da base pela altura.

b) Qual é o monômio que representa a medida da altura?


c) Expresse a área como produto de dois monômios.
d) Expresse a área como um monômio reduzido. 43. a) 8x2 – 3xy + 16y2;
b) 12a + 6ab + 2b;

43. Reduza os termos semelhantes e escreva o polinômio reduzido corres- c) 10y + 8x2y + 7;
d) a2b + 11ab2;
pondente: e) –a + 5b + 6;
f) 6x2 + x + y.
a) 3x2 + 4xy + 8y2 + 5x2 – 7xy + 8y2 44. a) 7y + 3;
b) 4a + 3ab + 7b + 8a – 5b + 3ab b) 15x + 3;
c) 7y + 2.
c) 2 + 3x2y + 7y + 5 + 5x2y + 3y
d) 3a2b + 5ab2 – 2a2b + 6ab2
e) 7a + 3b – 8a + 2b + 6
f) 3x2 + 6y2 + 3x2 – 6y2 + x + y

44. Escreva os perímetros das figuras a seguir como polinômios reduzidos:


x
A) B) 2

3y – 2 y 3
5x

3y + 5
4x
y–5
C)
y+2 2y + 4

3y + 1
75

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45. a) a5 + 2a3;
45. Calcule e simplifique, quando possível:
( ) ( )( )
b) 3/x2;
c) a8/2;
a) a2 (a3 + 2a) c) 2a3× a e) − t − t 2
d) –1/4x2;
5 1 1

d) ( )
e) (1/4)t3; 4 2 2
f) (8a – 3b)/15;

b) 15x2 : 5x4 f) 2 a – 2 b – 2 a − 3b
3
2x
Reforce a informação do −
texto, dizendo para os alunos 8x 5 3 5 15
que –a se deve ser lido como
“oposto de a”. É importante
chamar a atenção para um erro
frequentemente cometido pelos
Na reta
alunos, quando escrevem –x numerada a seguir,
pensando estar representan- você vê vários
do um número negativo. Para
convencê-los, acrescente, aos pares de números
exemplos já dados, outros como: opostos.
se a = –79, –a é o oposto, ou seja,
–a = – (–79) = +79 (portanto,

Son Salvador
um positivo). Complete a infor-
mação, dizendo que as formas
corretas de representar com
letras um número negativo e um
positivo são, respectivamente,
por exemplo, x < 0 e x > 0.
Explore mais alguns exercí-
cios de subtração de monômios.

Se julgar oportuno, use o


conceito de oposto de um nú-
mero para definir “valor abso-
luto de um número real”(veja
observação na margem da
página 38).
Inicialmente, convencione
que, dado um número real x, a
Na reta acima estão indicados vários pares de números opostos. Por
notação |x| se lê: valor absoluto exemplo, –4 e +4 são dois destes números opostos.
de x. Depois, defina: |x| = x se
x>0e A notação –a representa: “oposto de a”.
|x| = –x, se x < 0.
Exemplifique: Assim, se a = –7, –a = –(–7) = +7, e se a = +12, –a = –(+12) = –12.
|3,4| = 3,4 (porque 3,4 > 0)
e |–2,2| = –(–2,2) = 2,2 Também, se a = 3x, –a = –(–3x) = +3x, e
(porque –2,2 < 0). Da definição,
|0|= 0. se a = 6x – 1, –a = –(6x – 1) = –6x + 1
Faça notar que, da definição,
resulta que o valor absoluto de
qualquer número real diferente
Como você já sabe, (–5) – (–7) = (–5) + (+7) = +2, ou seja, subtrair é somar
de zero é positivo. ao minuendo o oposto do subtraendo. Este fato também se aplica ao
Uma vez definido o valor
absoluto, é possível introduzir
cálculo com monômios. Veja:
uma outra forma de se des-
crever a raiz quadrada de um (–4x) – (–7x) = (–4x) + (+7x) = +3x
número, como já observado na
página 38, assim:

Calculando com monômios e polinômios


√(x2 ) = |x|
Logo, a raiz quadrada de x2
é x, se x >0; e a raiz quadrada
de x2 é –x, se x < 0.
Observe que esta forma de
descrever a raiz quadrada deixa
claro que a mesma, quando
Explorando o que você já sabe
existe, é sempre positiva.

ATIVIDADES ORAIS
• Qual é o oposto de –7? E o oposto de +13?
• +7; –13;
• +9x; –15x;
• Qual é o oposto de –9x? E de +15x?
• –2x2 + 3x – 4;
• V.
• Qual é o oposto de (2x2 – 3x + 4 )?
• V ou F: para subtrair monômios, basta somar ao primeiro o oposto do segundo.
76

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Aprendendo em sala de aula

Veja no quadro a seguir como somar ou subtrair polinômios:


Na parte A, como somar: (–2x2 + 3x + 5) + (–7 + 3x + 2x2) + (–5x2 + 9)
Na parte B, como subtrair: (3x2 + 6 – 5x) – (2x – 3x2 + 1)

A B

– 2x2 + 3x + 5 3x2 – 5x + 6
+ 2x2 + 3x – 7 3x2 – 2x – 1
– 5x2 + 0x + 9 6x2 – 7x + 5
– 5x2 + 6x + 7

Observe:

Em (A), ordenamos e completamos os polinômios escrevendo-os uns


sobre os outros, ficando os termos semelhantes alinhados em uma
mesma vertical, e calculamos cada soma algébrica desses termos se-
melhantes.

Em (B), ordenamos e completamos os polinômios escrevendo o primeiro


sobre o oposto do segundo, ficando os termos semelhantes alinhados
em uma mesma vertical, e calculamos a soma algébrica desses termos Explore mais adições e
semelhantes. subtrações, utilizando poli-
nômios de graus diferentes
46. O professor da turma K deu, como exercício, as quatro adições de po- para que os alunos perce-
bam que os termos de mais
linômios que você vê no quadro. Resolva-as em seu caderno: alto grau ficam sem termos
semelhantes sob ou sobre si
no algoritmo.

1. (m 2
+ m + 1) + (2m – 1) + (3m2 – 4m + 2) + 4m
46. 1) 4m2 + 3m + 2;
2) 8a2 + 2a – 2;

2. (3a 2
+ 2a + 1) + (4 – a + a2 ) + (a – 7 + 4a2 )
3) 14x2 + 8x – 7;
4) 4a2 + 2ab + 2b2 + 4a.

3. (4x 2
– 2) + (2x – 2x2 – 8) + (3 + 5x2 + 6x) + 7x2

4. (–3a 2
+ 4ab + 6b2) + (–2ab + 7a2 – 4b2 + 4a)

77

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47. 1) 3x – 7y;
2) –3x2 – 6x + 15; 47. Como os alunos acertaram todas as adições, o professor da turma K
deu como exercício as subtrações do quadro, lembrando-os de que, em
3) 10xy – 6x2 – 10y2;
4) 2x2 + 10x + 3.
cada caso, devem somar ao primeiro polinômio o oposto do segundo.

Lembre que o cálculo do


produto 3x(x + 4) após o Calcule as diferenças entre os seguintes polinômios:
quadro desta página é uma
aplicação da propriedade
(distributiva): 1. 5x – 3y e 2x + 4y
a(b + c) = ab + ac.
Comente que a área
do retângulo da primeira
2. 3x2 – 2x + 8 e 4x – 7 + 6x2

3.
ilustração é exatamente
igual ao produto calculado 3xy – x2 – 7y2 e 5x2 – 7xy + 3y2
(altura × base).
4. 7x + 5x2 – 15 e 3x2 – 3x – 18

Você já sabe calcular o produto 3x(x + 4) assim:

3x(x + 4) = (3x)(x) + (3x)(4) = 3x2 + 12x

Agora, veja como associar esse x x2 4x


produto ao cálculo da área do re-
tângulo ao lado, cujas dimensões 4x
x x2 3x
são: base x + 4 e altura 3x.
A área desse retângulo é dada x x2 4x
por 3x(x + 4), ou seja, o produto
calculado anteriormente. x
4

Agora, observe que o retângulo foi decomposto em dois outros:


um amarelo, de base x e altura 3x, cuja área é (3x)x = 3x2, e
outro azul, de base 4 e altura 3x, cuja área é (4)(3x) = 12x.
Logo, a área do retângulo é a soma das áreas desses dois retângulos,
ou seja:

A2 A4
3x(x + 4) = 3x2 + 12x
3
x+3

Observe agora a figura de outro


retângulo, decomposto em um A1 A3
x

quadrado A1 e três retângulos A2,


A3, A4. Com base nela, resolva os x 2
três exercícios a seguir: x+2

48. (x + 2) (x + 3).
48. Qual é o produto que representa a área do retângulo?
78

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50. a) (x + 2) (x + 3);
b) x2 + 3x + 2x + 6.

49. Escreva o monômio ou o binômio que representa: 49. a) x + 2; Proponha, no quadro, como
b) x + 3; calcular (x+3)(x+2) usando a
a) A medida da base do retângulo. d) A área do retângulo A2. c) x2; propriedade distributiva (sem

b) A medida da altura do retângulo. e) A área do retângulo A3.


d) 3x; citar o nome) para que os alunos
e) 2x; se convençam, usando outros

c) A área do quadrado A1. f) A área do retângulo A4. f) 6. recursos, da validade do resultado


do exercício 50. Proponha que
completem os dois desenvolvi-
50. Escreva a área do retângulo maior de duas maneiras diferentes: mentos:

a) Como produto de dois binômios que têm um termo de primeiro grau em comum.
1º (x + 3)(x + 2) =
(x + 3) . x + (x + 3) . 2 =....
b) Como soma da área do quadrado de lado x com as áreas dos três outros retângulos. 2º (x + 3)(x + 2) =
x(x + 2) + 3(x + 2) =....

Já que as expressões obtidas como respostas, no exercício 50, repre- Proponha, no quadro, ati-
sentam a mesma área (do retângulo maior), podemos escrever: vidades análogas às sugeri-
das anteriormente, usando fi-
guras agora com os produtos
(x + 2)(x + 3) = x2 + 3x + 2x + 6 = x2 + 5x + 6 (x + 4)(x + 3) e (x + 5)(x + 6).
Faça o mesmo com o produto

51.
(x + a)(x + b), com desenvolvi-
Observe outra representação do produto (x + 2)(x + 3) na qual são vistos, mento diferente do usado no texto
na figura, os valores das áreas das quatro partes: do aluno. Assim: (x + a)(x + b) =
(x + a) . x + (x + a) . b =.....
Represente geometricamente
x 3
(x + 3)(x + 2) = x2 + 3x + 2x + 6 = o produto (x + a)(x + b) como
no exercício 51, obtendo um
= x2 + 5x + 6 retângulo de dimensões x + a e
x + b, decomposto em um qua-
drado de área x2, um retângulo de
Represente usando áreas e calcule os x x2 3x área ax, outro da área bx e outro
da área ab.
produtos de binômios que têm um termo Desenhe no quadro a represen-
de primeiro grau em comum a seguir: tação do produto (x + a)(x + b),

a) (x + 4)(x + 3) b) (x + 5)(x + 6)
como na ilustração do exercí-
2 2x 6 cio 51, e interprete a área do
a) x2 + 4x + 3x + 12 = x2 + 7x + 12; b) x2 + 5x + 6x + 30 = x2 + 11x + 30. retângulo maior como soma de
três áreas:
Observe como multiplicar (x + a)(x + b): x2 + (a + b) x + ab.

(x + a)(x + b) = x(x + b) + a(x + b) = x . x + x . b + a . x + ab = Em casa, os alunos devem


anotar, no caderno, os quadros
x2 + (a + b)x + ab em destaque do exercício 51
(dois últimos da página).
Representando a + b por S (inicial de soma) e ab por P (inicial de pro- Explique que o produto
duto), temos: (x – 3)(x – 4) pode ser visto como
[x +(–3)][x+(–4)], justificando

(x + a)(x + b) = x2 + Sx + P
dizer que a = –3 e b = –4. Peça
que escrevam como neste exemplo
o produto (x + 5)(x – 2) como
Podemos descrever essa fórmula em linguagem corrente, assim: produto de somas de duas par-
celas, identificando assim qual o
O produto de dois binômios de primeiro grau na mesma variável que têm um termo valor e sinal de a e qual o valor e
sinal de b.
de primeiro grau em comum é igual ao quadrado do termo comum, mais o produto da soma Comente: Como se viu com
dos respectivos termos independentes pelo termo comum, mais o produto dos respectivos os sinais de a e b, ao escrever
termos independentes. (x + a)(x + b) = x2 + Sx + P, onde S =
a + b e P = ab, não se deve entender
Veja no quadro a seguir alguns exemplos do uso dessa fórmula.
que S e P sejam positivos. Exempli-
ficando: Em (x + 3)(x – 4), temos
a = 3 (positivo), b = –4 (negativo),
a + b = S = –1 (negativo) e P = –12
(x + a)(x + b) = x2 + Sx + P (negativo). Explore outros exemplos,
como (x – 3)(x – 4), (x + 5)(x – 2). Por
(A) Em (x + 4)(x + 7)  S = 4 + 7 = 11 e P = 4 x 7 = 28; último, esclareça que o uso
logo, (x + 4)(x + 7) = x2 + 11x + 28. da fórmula não é obrigató-
rio, tendo em vista ser possí-
(B) Em (x + 5)(x – 4)  S = 5 – 4 = 1 e P = (5)(–4) = –20; vel também efetuar o produto
(x + a)(x + b) como nos diversos
logo, (x + 5)(x – 4) = x2 + x – 20. cálculos já feitos anteriormente.

79

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52. a) x2 + 5x + 4;
b) x2 + x – 6; 52. Calcule usando a fórmula (x + a)(x + b) = x2 + Sx + P:
a) (x + 1)(x + 4) f)
c) x2 – 16;
d) x2 + 4x – 5; (x – 3)2 = (x – 3)(x – 3)
b) (x – 2)(x + 3) g)
e) x2 + 4x + 4;
f) x2 – 6x + 9; (x + 5)2
c) (x + 4)(x – 4) h)
g) x2 + 10x + 25;
h) x2 – 10x + 25; (x – 5)2
d) (x + 5)(x – 1) i)
i) x2 – 36.
(x + 6)(x – 6)
e) (x + 2)2 = (x + 2)(x + 2)
53. ...o quadrado de 5.

53. Observe o item (g) do exercício anterior e, em seguida, copie e com-


plete esta frase em seu caderno: O quadrado da soma x + 5 é igual ao
54. ...o quadrado de 5. quadrado de x, mais duas vezes o produto de x por 5, mais... ?
54. Observe o item (h) do exercício 52 e, em seguida, copie e complete
esta frase em seu caderno: O quadrado da diferença x – 5 é igual ao
55. ...o quadrado de 6. quadrado de x, menos duas vezes o produto de x por 5, mais... ?
Faça breve abordagem
55. Observe o item (i) do exercício 52 e em seguida copie e complete esta
oral sobre as atividades do frase em seu caderno: O produto da soma x + 6 pela diferença x – 6 é
“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão
igual ao quadrado de x, menos... ?
aptos a resolvê-las.

Aprendendo em casa

56. Respostas variadas. 56. Escreva um exemplo para cada um dos tipos de monômios a seguir:
a) Tendo como coeficiente um número natural e duas letras na parte literal.
Exemplos:
a) 2a3b;
b) –7x;
c) ab3; b) Tendo como coeficiente um número inteiro negativo e uma letra na parte literal.
d) –x3; c) Tendo como coeficiente o número 1.
d) Tendo como coeficiente o número –1.
e) –3x/4;
f) 7,5 ab2c;

e) Tendo como coeficiente uma fração negativa.


g) 4,32x.

f) Tendo como coeficiente um número decimal positivo.


g) Tendo como coeficiente uma dízima periódica.
57. Desenhe ou resolva:
a) Um triângulo cuja base mede x e cuja altura mede y.
57. (a) e (b) Atividades do b) Um retângulo cuja base mede b e cuja altura mede h.
c) Chame as áreas dos dois triângulos desenhados nos itens (a) e (b) de ST e SR, res-
alunos.
c) S1 = (xy)/2,
S2 = b. h. pectivamente, e escreva as fórmulas dessas áreas usando as letras que representam
suas medidas.

58. Desenhe:
58. Atividade do aluno. a) Um triângulo cuja base meça 3xy2 e a altura, 2x3y.
b) Um retângulo cuja base meça 3x e a altura, x + 4.
59. Atividade do aluno.
c) ST = 3x4y3,
59. Represente as áreas do triângulo e do retângulo do exercício 58 por ST e
SR = 3x(x + 4). SR, respectivamente, e escreva suas fórmulas, usando as expressões que
representam suas medidas.
80

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60. Respostas variadas.
60. Escreva um termo semelhante ao monômio 3x3y que tenha como coe- Exemplos:
ficiente: a) 6x3y;
b) 0,4x3y;
a) Um número natural. d) Uma dízima periódica. c) (2x3y)/5;

d) 0,07x3y;
b) Um número na forma decimal. e) Um número irracional. e) 0,1001001...x3y.

c) Uma fração.
61. Observe o polinômio a seguir e responda ou faça o que se pede:
2x2 + 5xy – 9y2 + 3x2 – 11xy – 12y2 61. a) 3x2;
b) 5x2;
a) Qual o termo semelhante ao termo 2x2? c) – 11xy;
d) – 6xy;

b) Calcule a soma algébrica desses termos.


e) – 12y2;
f) – 21y2;

c) Qual o termo semelhante ao termo 5xy?


g) 5x2 – 6xy – 21y2.

d) Calcule a soma algébrica desses termos.


e) Qual o termo semelhante ao termo –9y2?
f) Calcule a soma algébrica desses termos.
g) Escreva o polinômio dado como um polinômio reduzido. 62. a)17x2 – 22xy + 12y2;
b) – 10a + 2b;

62.Escreva os polinômios a seguir em sua forma reduzida: c) 4y + 2x2y – 3;


d) 21a2b + ab2;
a) 2x2 – 5xy – 6y2 + 15x2 – 17xy + 18y2 = ? e) 16a – 25b + 16;
f) 6x2 + x – y.
b) 8a – 13ab + 17b – 18 a – 15b + 13ab = ?
c) 12 – 13x2y + 17y – 15 + 15x2y – 13y = ?
d) 9a2b – 15ab2 + 12a2b + 16ab2 = ?
e) 8a – 13b + 8a – 12b + 16 = ? 63. • 2x – 5;
• 6a2 – 4a – 3;
f) 9x2 – 16y2 – 3x2 + 16y2 + x – y = ? • 5x + 2a – 43c – 37.

63.Calcule as somas dos polinômios do quadro:

• (x2 – x – 2) + (2x – 7x2 + 4) + (6x2 + x – 7)


• (2 – a2 + 2a) + (–5 + 2a2 – 3a) + (5a2 – 3a)

• 3(x – 3 – 5c) + 2(x – a – 4c) + 4(a – 5c – 7) 64. • – 2r – 8s;


• 4x2 + 5x – 3;
• 4a2 – 10d + 20;
64.Calcule as diferenças dos polinômios do quadro: • 0;
• – 3x2 – 3x + 14.

(5r – 3s) – (7r + 5s)


(11x2 + 5x) – (7x2 + 3)
(3a2 – 5d + 17) – (– a2 + 5d – 3)
(3z2 + 5z – 4) – (3z2 + 5z – 4)
(4x + 11) – (3x2 + 7x – 3)

81

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65. a) x2 + 47x + 90;
b) x2 + 2x – 8; 65. Calcule os produtos abaixo:
c) x2 – 7x + 12;
d) x2 + 2x – 3; a) (x + 2)(x + 45)
e) x2 + 6x + 9;
f) x2 + 8x + 16; b) (x – 2)(x + 4)
g) x2 – 6x + 9;
h) x2 – 81. c) (x – 3)( x – 4)
Comente com os alunos
d) (x + 3)( x – 1)
que os cálculos do exercício
65 podem ser feitos tanto
e) (x + 3)2 = (x + 3)(x + 3)
utilizando-se a fórmula apre-
sentada na página 79 quanto
f) (x + 4)2
usando a distributividade.
Leve os alunosa perceberem g) (x – 3)2
h) (x + 9)(x – 9)
que o uso da fórmula não é
obrigatório: apenas permite
eventualmente obter os re-
sultados mais rapidamente.
66. Observe o item (f) anterior, copie e complete a frase em seu caderno:
o quadrado da soma x + 4 é igual ao quadrado de x, mais duas vezes
o produto de x por 4, mais... ?
66. O quadrado de 4. 67. Observe o item (g) anterior, copie e complete a frase em seu caderno:
o quadrado da diferença x – 3 é igual ao quadrado de x, menos duas
vezes o produto de x por 3, mais... ?
67. O quadrado de 3. 68. Observe o item (h) anterior, copie e complete a frase em seu caderno:
o produto da soma x + 9 pela diferença x – 9 é igual ao quadrado de x,
menos... ?
68. O quadrado de 9.
Produtos notáveis

Explorando o que você já sabe

Observe as expressões a seguir:


a) (x + 7)(x – 7)
b) (y – 2)2
ATIVIDADES ORAIS

• (c)
c) (z + 5)2
• (d)
• (a)
d) (w + 9)(w + 6)
• (b)
Diga qual delas corresponde a cada uma das frases a seguir:
• Quadrado da soma de duas expressões.
• Produto de dois binômios que têm um termo comum.
• Produto da soma pela diferença de duas expressões.
• Quadrado da diferença de duas expressões.

82

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 82 10/05/13 19:44


Aprendendo em sala de aula
Complete o texto que
justifica o nome “produtos
notáveis”, dizendo que, em
particular, neste capítulo
serão estudados três destes
produtos, que permitem com-
Você viu como multiplicar binômios do primeiro grau usando a fórmula: preender temas que serão es-
tudados a seguir: a fatoração

(x + a)(x + b) = x2 + Sx + P
algébrica, a simplificação de
frações algébricas e a resolu-
ção de equações produto.
onde S é a soma dos termos não comuns: S = a + b e Por exemplo, ao fatorar o
primeiro membro da equação
P é o produto dos termos não comuns: P = ab. x2 + 2x – 15 = 0, obtém-se
(x – 3)(x + 5) = 0, cujas raízes
Alguns produtos obtidos por meio dessa fórmula são muito importan- são 3 e –5 (que anulam o
primeiro e o segundo fatores,
tes para aplicações futuras. Por isso, se chamam “produtos notáveis”. respectivamente).
Vamos passar a destacar alguns deles a seguir: Antes de resolver o exer-
cício 69, explore no quadro
a representação geométrica
QuAdrAdo dA somA de duAs expressões de (x + a)2, lembrando que
este quadrado equivale a
(x + a)(x + a) e procedendo
Vamos usar a fórmula (x + a)(x + b) = x2 + Sx + P para calcular (x + a)2, como no exercício 51, ob-
isto é, o quadrado da soma x + a. tendo um quadrado de lados
x + a, decomposto em um

Como (x + a)2 = (x + a)(x + a), temos:


quadrado de área x 2, dois
retângulos de área ax, e um
quadrado de área a2.
S = a + a = 2a e P = a . a = a2

Logo, (x + a)2 = x2 + 2ax + a2


Em linguagem corrente, podemos dizer:

O quadrado da soma de duas expressões é igual ao quadrado da primeira, mais duas


vezes o produto da segunda pela primeira, mais o quadrado da segunda.

69. Observe como usar o que concluímos acima: 69. As respostas estão no
próprio livro do aluno.
(A) (x + 4)2 = x2 + 2(4) (x) + (4)2 = x2 + 8x + 16
Chame a atenção dos alu-
(B) (y + 6)2 = y2 + 2(6) (y) + (6)2 = y2 + 12y + 36 nos que para desenvolver o
produto (x+a)2 não é neces-
(C) (3x + 5)2 = (3x)2 + 2(5) (3x) + (5)2 = 9x2 + 30x + 25 sário utilizar a fórmula dada;
pode-se também fazer a con-
ta através da distributividade
Agora, calcule os quadrados das somas das expressões do quadro a
seguir e confira suas respostas:

Exercícios: 1. (y + 4)2 Respostas: 1. y2 + 8y + 16


2. (2a + 3)2 2. 4 a2 + 12a + 9
3. (z + 17)2 3. z2 + 34z + 289
4. (xy + 14)2 4. x2y2 + 28xy + 196
5. (7xy + 4z)2 5. 49x2y2 + 56xyz + 16z2
6. (y3 + 15)2 6. y6 + 30y3 + 225
7. (3ax3 + 7b3y)2 7. 9 a2x6 + 42ab3x3y + 49b6y2

83

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Antes de resolver o exer-
cício 70, explore no quadro
a representação geométrica QuAdrAdo dA diferençA de duAs expressões
de (x – a)2, lembrando que
este quadrado equivale a
(x – a)(x – a). Represente
Vamos usar a fórmula (x + a)(x + b) = x2 + Sx + P para calcular (x – a)2,
este quadrado de lados x – a. isto é, o quadrado da diferença x – a.
Depois, prolongue a base
e a altura de um segmento Como (x – a)2 = (x – a)(x – a), temos:
de comprimento a, obtendo
novo quadrado de lados x.
Decomponha este quadrado S = (–a) + (–a) = –2a e P = (–a)(–a) = a2
no quadrado original, mais
outro de área a2 e dois retân-
gulos de área a(x – a).
Logo, (x – a)2 = x2 – 2ax + a2
Expresse a área do qua-
drado original (x – a)2 como
Em linguagem corrente, podemos dizer:
diferença da área do quadra-
do de lado x (x2), e as áreas O quadrado da diferença de duas expressões é igual ao quadrado da primeira, menos
dos dois retângulos de áreas
a(x – a). duas vezes o produto da segunda pela primeira, mais o quadrado da segunda.
Assim: (x – a)2 =
x2 – a(x – a) – a(x – a) – a2.
Desenvolvendo os cálculos
do segundo membro, temos:
70. Observe como usar o que concluímos acima:
(x – a)2 = x2 – 2ax + a2. (A) (x – 4)2 = x2 – 2(4) (x) + (4)2 = x2 – 8x + 16

70. As respostas estão no


(B) (y – 6)2 = y2 – 2(6) (y) + (6)2 = y2 – 12y + 36
próprio livro do aluno.
(C) (3x – 5)2 = (3x)2 – 2(5) (3x) + (5)2 = 9x2 – 30x + 25

Agora, calcule os quadrados das diferenças das expressões do quadro


a seguir e confira suas respostas:

Exercícios: 1. (x – 7)2 Respostas: 1. x2 – 14x + 49


2. (x – 13)2 2. x2 – 26x + 169
3. (z – 14)2 3. z2 – 28z + 196
4. (t2 – 15)2 4. t4 – 30t2 + 225
5. (ax – 2by)2 5. a2x2 – 4abxy + 4b2y2
6. (3x2 – 2by)2 6. 9x4 – 12bx2y + 4b2y2

produto dA somA pelA diferençA de duAs expressões


Vamos usar a fórmula (x + a)(x + b) = x2 + Sx + P para calcular
(x + a) (x – a), isto é, o produto da soma pela diferença de dois números.
Temos:
Em casa, os alunos de- S = (+a) + (–a) = 0 e P = (–a) (–a) = –a2
vem anotar, no caderno, os
quadros em destaque nos
textos antes dos exercícios Logo, (x – a)2 = x2 + 0x – a2, ou seja, (x + a)(x – a) = x2 – a2
69, 70, 71.
Em linguagem corrente, podemos dizer:

O produto da soma pela diferença de duas expressões é igual ao quadrado da primeira


expressão, menos o quadrado da segunda.

84

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71. As respostas estão no
71. Observe como calcular produtos de somas pelas diferenças de duas próprio livro do alunos.
expressões usando (x + a)(x – a) = x2 – a2:
(A) (x + 6)(x – 6) = x2 – 62 = x2 – 36 Faça breve abordagem
oral sobre as atividades do
(B) (y + 4)(y – 4) = y – 4 = y – 16
2 2 2
“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão
(C) (3x + 2)(3x – 2) = (3x)2 – (2)2 = 9x2 – 4 aptos a resolvê-las.

Agora, calcule os produtos das somas pelas diferenças das expressões


do quadro a seguir e confira suas respostas:

Exercícios: Respostas:
1. (a + b) (a – b) 1. a2 – b2
2. (a2 + 3) (a2 – 3) 2. a4 – 9
3. (xy + 4ab) (xy – 4ab) 3. x2y2 – 16a2b2
4. (m2n2 + 19pq) (m2n2 – 19pq) 4. m4n4 – 361p2q2
5. (x + y) (x – y) 5. x2 – y2
6. (b3 + 6) (b3 – 6) 6. b6 – 36
7. (41 + 33x2y2) (41 – 33x2y2) 7. 1 681 – 1 089x4y4

Aprendendo em casa
72. 1) x4 – 2x2 + 1.
2) x2 + x + 0,25.
72. Use o produto notável conveniente para calcular os produtos do quadro 3) u2 – 5u + 6,25.
4) 25z2 – 12z + 1,44.
a seguir: 5) 0,25u2 – 0,4u + 0,16.
6)0,01x2 + 0,04x + 0,04.
7) y2 – 7y + 12,25.
8) z2 – 3z + 2,25.
1. (x2 – 1)2 =? 12. (b – 1,5)2 = ? 9) 4u2 – 4uy + y2.
10) y2 + 13y + 42,25.
2. (x + 0,5) = ?
2
13. (2x – 0,75)2 = ? 11) 4a2 – a + 0,0625.
12) b2 – 3b + 2,25.
3. (u – 2,5) = ?
2
14. (x + 2)(x – 2) = ? 13) 4x2 – 3x + 0,5625.
14) x2 – 4.
15) u2 – 25.
4. (5z – 1,2) = ?
2
15. (u + 5)(u – 5) = ? 16) z2 – 81.
17) 1 – 9u2.
5. (0,5u – 0,4)2 = ? 16. (z – 9)(z + 9) = ? 18) 16a2 – 1.
19) 49x2 – 1.
6. (0,1x + 0,2)2 = ? 17. (1 + 3u)(1 – 3u) = ? 20) x4 – 25.
21) a4 – 121.
7. (y – 3,5) = ?
2
18. (4a – 1)(4a + 1) = ?
8. (z – 1,5)2 = ? 19. (7x – 1)(7x + 1) = ?
9. (2u – y)2 = ? 20. (x – 5)(x + 5) = ?
2 2

10. (y + 6,5)2 = ? 21. (a + 11)(a – 11) = ?


2 2

11. (2a – 0,25)2 =?

85

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 85 10/05/13 19:44


Usando e deduzindo fórmulas
ATIVIDADES ORAIS
• Cálculo da área de um retângulo
de base b e altura h.
• Cálculo do volume de um cubo
de aresta a.
• Cálculo da área de um quadrado
de lado l.
Explorando o que você já sabe
• Cálculo do volume de um paralelepí-
pedo retângulo de dimensões a, b, c.
• Cálculo do comprimento de uma Descreva quais os cálculos de certos valores ou quantidades em Geo-
metria que são associados, em geral, com as seguintes fórmulas:
circunferência de raio r.
Caso seja possível, utilize re-
cursos de informática. Os temas • A = b. h A fórmula
abordados neste capítulo, a partir
desta seção, oferecem ótima oportu-
nidade de usar planilhas eletrônicas
• V = a3 da água é
H2O.
na edição de fórmulas, bem como na
elaboração de tabelas ou gráficos.
• A = l2
Explore as atividades orais como • V = a. b. c
primeira incursão, neste capítulo, à
noção de função, sem se preocupar • C = 2 R
com formalizações. Exemplifican-
do: a) Considerando que V = a3
representa o volume V de um cubo

Son Salvador
de aresta de medida a, responda:

Aprendendo em sala de aula


1º ) A variável a pode ser subs-
tituída por um número negativo?
Justifique.
2º) Sem calcular, responda: se
substituirmos a, pelo decimal 3,43,
quantos valores encontraremos para
V: um ou mais de um? 73. Em um retângulo, o lado maior é o triplo do lado menor, mais 1.
a) Represente a medida do lado menor pela variável x e escreva a fórmula do perímetro
3º) V ou F: a cada valor positivo
que dermos à medida a da aresta
corresponderá um único valor para P desse retângulo na forma de um polinômio reduzido.
o volume V do cubo.
Caso julgue oportuno, explore
atividades semelhantes com as
b) Escreva a fórmula da área A desse retângulo, na forma de um polinômio reduzido.
fórmulas da área do quadrado e do
comprimento da circunferência. c) Calcule P e A para x = 4. 73. a) P = 8x + 2;

d) Calcule P e A para x = 0,5.


É importante que os alunos b) A = x(3x + 1) = 3x2 + x;
percebam, nestes casos, a possi- c) P = 34 A = 52;

e) Qual deve ser a medida do lado menor para P = 10,8?


bilidade de atribuir às variáveis d) P = 6 A = 1,25;
qualquer valor real positivo. e) 8x + 2 = 10,8 => x = 1,1.
Explore o exercício 73 no qua-

74. Uma empresa cobra pelo transporte de encomendas entre as cidades


dro, solicitando que alunos façam
o desenho correspondente. Explo-
re mais perguntas, como:
a) Os valores do perímetro e
do Rio de Janeiro e São Paulo fretes segundo a tabela abaixo
da área dependem dos valores de
qual variável?
b) Substituindo a variável por
Peso em kg Preço por kg em R$
valores cada vez maiores, o que
acontece com os perímetros e áreas Até 20 kg 0,30
correspondentes?
Explore outras situações rela- Para cada kg excedente a 20 kg 0,40
cionadas com o item (e), para que
os alunos resolvam as equações Valores entre quantidades inteiras de kg pagam proporcionalmente ao excesso em
correspondentes.
O exercício 74 possibilita falar gramas. Ex.: 15,4 kg paga 15,4 × 0,30 reais = R$ 4,62
novamente em análise dimensional.

a) Quanto se pagou pelo transporte de um pacote que pesou 15 kg?


(Real/kg) xkg = Real).

b) Outro pacote pesou 19 kg. Quanto se pagou pelo seu transporte?


74. a) R$ 4,50; b) R$ 5,70;
c) R$ 3,20 pelo excesso,

c) Cada quilograma acima de 20 kg custa mais caro. Se uma encomenda pesa 28 kg,
R$ 9,20 pelos 28 kg;
d) R$ 4,28 pelo excesso e
R$ 10,28 pela carga total. quanto se pagará pelo excesso? E quanto se pagará pelos 28 kg?
d) Se a encomenda pesa 30,7 kg, quanto se pagará pelo excesso? E qual o valor total
Explore mais situações como a
do item (d) do exercício 74.

86 do frete correspondente a esta encomenda?

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 86 10/05/13 19:44


75.
Leia a observação na
No caso do exercício anterior, para se calcular o valor do frete de uma margem da página 43: “Por
encomenda um funcionário pesa a mesma e informa ao encarregado do questão [...] simplesmente:
R$...”.
cálculo o valor x do peso, em quilogramas. O encarregado do cálculo,
por sua vez, usa as seguintes regras para encontrar o valor do frete:
Antes de resolver o exercí-
cio 75, dê exemplos particu-
lares do uso das duas regras:
1a) Para o peso de x kg se x  20 1ª) Se x = 4 kg, o valor
a ser pago é 0,30 x 4 = 1,20;
R$ 0,30 por quilograma. 2ª) Se x = 22 kg, o valor
a ser pago é 0,30 x 20 +

2a) Para o peso de x kg se x > 20


(22 – 20) x 0,40.

75. a) R$ 0,30;
R$ 0,30 por kg até 20 kg e R$ 0,40 por quilograma excedente a 20 kg. b) R$ 0,30x;
c) R$ 6,00;
Responda: d) R$ 0,40(x – 20);
e) V;
a) Se a encomenda pesa x kg, e x é menor ou, no máximo, igual a 20 kg, qual é o valor do f)P = 0,30 x 20 + 8 x 0,40;
P = 6,00 + 3,20
frete, por quilograma? P = 9,20;

b) Nesse caso, qual é o monômio que representa o valor a ser pago?


g) P = 0,30x se x  20
e P = 0,30 . 20 +
c) Se o consumidor envia x kg e x é maior que 20, de quanto será esse valor cor- 0,40(x – 20) se x > 20
(x em kg e P em reais).
respondente aos 20 primeiros quilogramas?
d) E de quanto será o valor correspondente ao que passar de 20 kg:
Explore o exercício 76
perguntando:
Se a altura da caixa é re-
0,40 x ou 0,40(x – 20)? presentada por x – 3, x pode
e) V ou F: Se x > 20, o valor P a ser pago tem duas parcelas e é dado pela fórmula: ser qualquer número real
positivo? O objetivo dessa
P = 0,30 × 20 + 0,40(x – 20). pergunta é fazer com que os

f) Aplique a fórmula que você deduziu para calcular o frete correspondente a 28 kg.
alunos notem que x deve ter
valores positivos maiores que

g) Discuta com seus colegas para descobrir a fórmula do valor a ser pago pelo frete,
3, pois, caso contrário, x – 3 é
zero (se x = 3) ou negativo se
aplicável a qualquer valor de x. x < 3, o que, pela natureza do
problema, não é possível pois
x – 3 representa a medida da
76. Deduza uma fórmula para calcular a quantidade S de papelão, em cm2, altura da caixa. A mesma

usada para fazer uma caixa sem tampa em forma de bloco retangular
restrição prevalece para o
exercício 77.
cujas medidas de comprimento, largura e altura são, respectivamente, Explore: nos exercícios 78
e 79, pela natureza do pro-
x, x e x – 3, em centímetros. blema, a variável C somente
admite assumir valores de-
Para isso, inicialmente: cimais positivos com duas

a) Desenhe a caixa. b) Escreva as três medidas no desenho da caixa.


ordens decimais, por repre-
sentar valores monetários.

76. S = 5x2 – 12x.


77. Deduza, também, uma fórmula para o volume V da caixa do exercício S é dada pela soma:
anterior. 4x(x – 3) + x2 =
4x2 – 12x + x2 =
5x2 – 12x.
78. O dono de uma papelaria calcula o preço V de venda de cada tipo de 77.V = x3 – 3x2.
caderno acrescentando, ao preço de custo (C), 10% de seu valor, mais V é dado pelo produto:
R$ 0,20 de imposto. Ele escreveu a fórmula na tabela de preços de venda: x2(x – 3) = x3 – 3x2.

V = C + 0,10 C + 0,20. 78. a) R$ 6,80;


b) R$ 7,90;
Calcule os preços de venda dos cadernos cujos preços de custo foram: c)R$ 9,00.

a) R$ 6,00 b) R$ 7,00 c) R$ 8,00 79. V= C + 0,10C + 0,20 =


= C(1 + 0,10) + 0,20;
V = 1,10C + 0,20.
79. Para ganhar tempo ao fazer as contas usando os dados do exercício
anterior, um dos vendedores usa a fórmula V = 1,10 C + 0,20. Repita os
cálculos que ele fez para chegar a essa fórmula. 87

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 87 10/05/13 19:44


Aprendendo em casa
Faça breve abordagem oral so-
bre as atividades do “Aprenden-
do em casa” para verificar se os
alunos estão aptos a resolvê-las.
80. a) n 3 4 7 10
3n + 1 10 13 22 31
80. Complete as tabelas abaixo em seu caderno:
b) n –3 –2 0 3 a)
2n – 4 –10 –8 –4 2
n 3 4 7 10
Explore a expressão 4/n–2
perguntando se existe algum 3n + 1
valor numérico que não possa

b)
substituir n, e por qual motivo.
Objetivo: lembrar aos alunos
que denominador não pode ser
zero. Logo, n não pode assumir n –3 –2 0 3
o valor 2.
Em todas as situações-pro-
blema envolvendo fórmulas ou 2n – 4
funções, é importante explorar
a natureza de cada número nelas
envolvido (se natural, inteiro,
racional, irracional), bem como
a qual ou quais intervalos nu-
81. Um técnico em TV cobra R$ 15,00 para visitar o cliente e mais R$ 10,00
méricos devem pertencer (o que por hora de trabalho.
a) Se o trabalho demorar 4 horas, quanto ele vai cobrar?
é comum denominar “domínio
de validade” da situação pro-
blema).

81. a) R$ 55,00;
b) E se o trabalho demorar x horas?
82. O salário de João é calculado na base de R$ 12,00 por dia trabalhado.
b) 10x + 15.

O problema 81 oferece no-


vamente uma oportunidade de a) Escreva, com suas palavras, o que deve ser feito para calcular o salário de João numa
se mencionar a “análise dimen-
sional”. semana.
b) Escreva uma fórmula que calcule o salário S de João para um número y qualquer
O produto (Reais/hora) x horas
resulta em Reais.
de dias trabalhados.
82. a) Multiplicar 12 pelo núme-
ro de dias que ele trabalha
por semana;
b) S = 12y.
Funções, fórmulas, tabelas e gráficos
Explorando o que você já sabe
ATIVIDADES ORAIS

• Não. Porque a um pai podem


corresponder vários filhos.
• Sim. Porque a cada marido
corresponde uma única espo- Em diversas atividades do dia a dia, estabelecemos correspondências
sa.
• Não. Porque a cada chefe entre os elementos de dois conjuntos.
Nas correspondências a seguir, identifique aquelas caracterizadas pelo
podem corresponder diversas
pessoas.
• Não. Porque uma letra pode ser fato de que, a cada elemento do primeiro conjunto, corresponde um
único elemento do segundo conjunto:
inicial de diversas palavras.
• Sim. Porque cada palavra tem
uma única inicial.

Comente: As diversas aplica-


• ...é pai de... (entre o conjunto de pais e o de filhos).
ções que você verá nesta seção,
bem como outras que serão sim-
• ...é marido de... (em um conjunto de brasileiros casados).
plesmente citadas, o convencerão
da grande importância do estudo • ...é chefe de... (no conjunto de pessoas de uma firma).
de funções.
• ...é inicial da palavra... (no conjunto de palavras).
• ...tem por inicial a letra... (entre o conjunto de palavras e o de letras).
88

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Aprendendo em sala de aula Comente que, no caso
d o exe m p l o , c o m o e m
P(x) = 8x + 4, x deve ser
positivo (por ser medida
de segmento), os valores
No retângulo da figura a seguir, usamos a variável x para representar a de P(x) são maiores que 4.
medida da altura, e o binômio 3x + 2 para representar a medida da base. Convença-os dando a x valo-
res positivos e bem pequenos
como 0,001, 0,00001 etc.,
para que verifiquem que a
3x + 2 primeira parcela 8x se torna
tão próxima de zero quanto
mais próximo de zero for o
valor atribuído a x; logo, a
x x soma 8x + 4 assume valores
próximos de 4, maiores que
4. Logo, o conjunto-imagem
é o conjunto dos números
3x + 2 reais maiores que 4.
Diga aos alunos para, em
casa, anotarem o quadro em
destaque da página.
Dê mais exemplos do uso
Se representarmos o perímetro do retângulo acima por P(x) (que se lê das notações do tipo P(x)
P de x) e fizermos os cálculos necessários para o cálculo desse perí- (P de x). Sugestão: nas ex-
pressões do exercício 73,
metro, concluiremos que: escrever P(x) = 8x + 2,
A(x) = 3x2 + x; no exercício
P(x) = 8x + 4 79, escrever:
V(c) = 1,10C + 0,20 etc.
Observe também que,
Se substituirmos a variável x por valores numéricos na expressão do quando nos referimos a uma
perímetro, a cada valor dado a x encontraremos um único valor corres- função simplesmente pela lei
dela, estamos cometendo um
pondente para o perímetro. abuso de linguagem, pois,
pela definição, para existir
Para indicar a substituição de x por 2 e 5 na expressão acima, escre- uma função são necessá-
vemos e calculamos: rios dois conjuntos e a lei
que satisfaça as condições
da definição. Finalmente,
P(2) = 8 × 2 + 4 => P(2) = 16 + 4 => P(2) = 20 diga que, dada uma fun-
ção expressa por uma lei
P(5) = 8 × 5 + 4 => P(5) = 40 + 4 => P(5) = 44 y = f(x), se diz que x é a va-
riável independente da fun-
ção (porque é possível dar a x
qualquer valor do domínio),

É claro, então, que


enquanto que y (ou f(x)) é
a variável dependente (pois
seus valores dependem dos

P(2,5) = 8 × 2,5 + 4 => P(2,5) = 20 + 4 => P(2,5) = 24


valores dados a x).

Observe, agora, que a expressão P(x) = 8x + 4 satisfaz ao que se afirma


a seguir, desde que x seja positivo:

Dados dois conjuntos A e B, uma função de A em B é uma regra que associa a


cada elemento de A um único elemento de B.
Ao conjunto A, dá-se o nome de “domínio da função”, e ao conjunto B, o nome
de “contradomínio da função”.
Designando a função por f, escrevemos: f : A  B (que se lê f de A em B), sig-
nificando que, a cada elemento x do domínio A, corresponde um único elemento
y = f(x) de B, chamado de imagem de x pela função f, ou também valor da função
f no ponto x. O conjunto que contém todas as imagens dos elementos do domínio
chama-se “conjunto imagem da função”.

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Note que, no exemplo do retângulo, na página anterior, a correspondência
entre o conjunto de valores possíveis a se dar a x (medida da altura) e o
conjunto de valores do perímetro P(x) é uma função, pois a cada valor
positivo dado a x corresponde um único valor para o perímetro P(x).
E, como x representa medida de segmento, é possível dar a x qualquer
valor decimal positivo, o que nos leva a concluir que o domínio dessa
função é o conjunto dos números reais positivos. Como vimos, a lei de
correspondência é P(x) = 8x + 4.
O conceito de função é muito importante não apenas em Matemática,
mas também nas mais variadas áreas do conhecimento humano, como
você verá em diversas atividades nas próximas páginas.
Note que, nas páginas anteriores, já exploramos diversas atividades com
leis de funções, como, por exemplo, a cada valor da aresta corresponde
um único valor do volume do cubo, a cada valor do raio da circunferência
corresponde um único comprimento dela, e outras correspondências como:
peso de uma encomenda e o valor do frete para seu transporte, preço de
custo de caderno e o preço de venda, número de dias trabalhados e salário.
83. a) Não;
b) Não;
Nessas atividades, não é difícil identificar os dois conjuntos entre os quais
c) Sim; se está estabelecendo a correspondência entre seus elementos.
d) Sim, porque a cada
país só corresponde
uma única capital. 83. Observe a tabela de países e respectivas capitais abaixo:
Explore mais o exercício 83:
a) pergunte qual o domí-
nio função;
b) pergunte: se apenas PAÍS CAPITAL
na segunda coluna
houvesse mais nomes, Brasil Brasília
como, por exemplo,
Assunção, a corres-
pondência deixaria de Venezuela Caracas
ser função? (objetivo:
os alunos devem en- Argentina Buenos Aires
tender que, no segun-
do conjunto, podem
existir elementos que Peru Lima
não correspondem a
elementos do domí- Itália Roma
nio);
c) pergunte: se apenas
na primeira coluna França Paris
houvesse mais nomes,
como, por exemplo,

Responda:
Alemanha, a corres-
pondência deixaria de

a) Existe algum país desta tabela que tenha mais de uma capital?
ser função?

b) Existe país da primeira coluna cuja capital não esteja na segunda coluna?
Como faremos a seguir,
explore também correspon-

c) A cada país da tabela corresponde uma única capital?


dências que sejam exem-
plos e contraexemplos de

d) Nesta tabela, a correspondência entre o conjunto de países e o conjunto de capitais


funções.

é uma função? Justifique sua resposta.


84. Seis – Brasil, Venezuela,
Argentina, Peru, Itália,
França.
84. No exercício anterior, quantos elementos existem no domínio da função?
Quais são eles?
90

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85. a) Sim. Por exemplo:
85. O professor disse para 3 alunos desenharem, no quadro, retângulos 1º) base 40 cm e altura
com a mesma área: 400 centímetros quadrados. 10 cm;
2º) base 50 cm e altura
8 cm;
Discuta com seus colegas e responda: b) Não, porque a cada

a) Imagine que um deles tenha desenhado um retângulo de base 25 cm e altura 16 cm.


área dada correspon-
dem vários retângu-
los.
É possível que os outros tenham desenhado retângulos com medidas diferentes Esclareça aos alunos a
dessas? Neste caso, tente descobrir duas outras soluções. razão dos termos “vários

b) A correspondência entre um conjunto de valores que representam áreas de retângulos


retângulos” na resposta (b)
anterior. É necessário que
e o conjunto de retângulos que têm tais valores como áreas é função? Justifique sua compreendam que as medidas
das bases e das alturas podem
resposta. ser quaisquer números reais

86. Veja as duas tabelas de funções a seguir. Nelas, a primeira linha con-
positivos. Exemplif ique:
(32 cm; 12,5 cm), (62,5 cm;
tendo valores de x representa o domínio das funções. 6,4 cm) etc.

86. a) 1 a tabela y = 0,3x;


2a tabela y = 2x + 1;
x 40 50 60 70 80 90 x 2 3 4 5 6 7 b) A primeira tabela. A
taxa é de 30% porque
0,3 = 0,30 = 30/100 =
y 12 15 18 21 24 27 y 5 7 9 11 13 15 30%;
c) x = 0 e x = 1, respecti-
vamente.
Peça aos alunos que tragam
As leis de correspondência relacionadas com as funções estão entre as nas próximas aulas recortes
seguintes: dos mais variados tipos de
gráficos que encontrem em
jornais, revistas ou quaisquer
y = x + 3, y = 3x – 1, y = 10/3, y = 2x + 1, y = 2,5 x, y = 0,3x. outros recursos disponíveis.
Peça que procurem gráficos
que representem variações de

a) Identifique, para cada tabela, a lei de correspondência correta.


grandezas como consumos
de água, álcool, gasolina, gás,

b) A lei correspondente a uma das tabelas pode ser expressa por uma fórmula que
óleo etc., bem como espaços
percorridos, velocidades
permite calcular porcentagens de números dados. Qual é ela e qual a taxa corres- desenvolvidas, pressão, vo-
lume, temperatura, umidade
pondente? Justifique. do ar, índices de poluição.

c) Para obter os números ímpares 1 e 3, que valor você deve atribuir a x na lei de cor- 87. a) 3 : 15 = 4 : 20 e
respondência da segunda tabela? 3 : 3k = 4 : 4k;
b) Marília descobriu que,
87. Observe novamente outras tabelas, nas quais a primeira linha contendo em ambas as tabelas,
as sequências de va-
valores de x representa o domínio das funções correspondentes. lores de x e de y são
diretamente propor-
cionais.
y = 5x y = kx (k  0 e constante)
Comente com os alunos:
vocês já viram anteriormente
x 3 4 7 3,2 12 1 x 3 4 7 3,2 12 1 como definir quando duas
grandezas são diretamente
proporcionais; agora, com
y 15 20 35 16 60 5 y 3k 4k 7k 3,2k 12k k base no exercício 88 é possí-
vel dar outra definição: dize-
mos que duas grandezas são

a) Observando os produtos cruzados 3 × 20 e 15 × 4, bem como 3 × 4k e 3k × 4, o que


diretamente proporcionais
se a cada valor x da primeira
grandeza corresponder um
você conclui sobre as razões 3 : 15 e 4 : 20? E sobre as razões 3 : 3k e 4 : 4k? valor y da segunda, satisfa-
b) Calculando na primeira e na segunda tabela os sucessivos produtos cruzados pos- zendo a lei y = kx (k  0 e
constante).
síveis, Marília concluiu um fato interessante sobre a sequência de valores de x e a
sequência dos valores correspondentes de y. Escreva em seu caderno o que você
acha que Marília descobriu.
91

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88.a) A mola aumentou 4 cm no
comprimento, ou seja, 0,04 m.
Substituindo x por 0,04 e F(x)
88. Uma proporcionalidade interessante:
por 1, na lei F(x) = kx, temos:
1 = 0,04k => k = 1/0,04 =>
k = 25 kg/m;
b) Como existe uma proporcio- Em 1660 um cientista inglês, Robert Hooke, descobriu que, uma vez
nalidade direta, se com 1 kg
a mola aumentou 4 cm, com suspensa, uma mola de comprimento Co, até certos limites, aumenta seu
2,5 kg a mola aumentará
2,5 × 4 = 10 cm. Logo, o com- comprimento de um valor x proporcionalmente ao peso nela suspenso ou
primento total da mola será
a soma do seu comprimento à força (F) nela exercida. Dentre diversas aplicações desta descoberta, a
original (14 cm) com a quanti-
dade que ela aumentou: 10 cm. mais simples você deve conhecer: as balanças de molas.
Outra forma de calcular é
utilizando a função F(x) =
25x (usando a constante K Agora, resolva as questões a seguir, usando o que já conhece: propor-
calculada no item a), subs-
tituindo 2,5 = F(x) = 25x cionalidades diretas são expressas por funções cujas leis são do tipo
e calculando x. Resposta: o
comprimento da mola passará F(x) = kx (k constante e diferente de zero).
a ser de 24 cm.
89. a) Depois de 2 minutos, percorre
6 cm e, depois de 3 minutos,
percorre 9 cm; Uma mola com 14 cm de comprimento, já suspensa, aumenta seu
comprimento, até ficar em repouso, para 18 cm, quando penduramos
b) Sim, porque a cada minuto ela
percorre 3 cm;
c) 3 centímetros por minuto
(3 cm/min);
em sua extremidade um objeto cujo peso é 1 kg. Use a expressão F(x)
d) Na fórmula d = 3t o coeficiente = Kx e resolva:
3 do t representa a velocidade
da lesma em centímetros por
minuto.
a) Calcule o valor da constante K em kg/m.
Explore no quadro, utilizan- b) Calcule o comprimento da mola quando sustentar, em equilíbrio, objeto que pesa 2,5 kg.
do desenhos representativos da
situação:
A posição de um objeto é 89. A distância d, em centímetros, percorrida por uma lesma em função
do tempo t, em minutos, é dada pela fórmula: d = 3t.
dada por uma fórmula do tipo
d = 45t + 13, t > 0.

a) Pela fórmula, depois de 1 minuto a lesma percorre 3 cm. Quantos centímetros ela
a) Se t = 0, d = 13. Interpretação:
o objeto encontra-se a 13 uni-
dades de distância da origem
das posições.
percorre depois de 2 minutos? E depois de 3 minutos?
b) Com base nos resultados anteriores, é possível concluir que a velocidade da lesma
b) Se t = 1, d = 45 + 13,
se t = 2, d = 2 x 45 + 13
etc. Logo, o objeto se move é constante? Justifique.
com velocidade constante
dada pelo coeficiente 45 da
fórmula. c) Se você respondeu afirmativamente à pergunta (b), qual o valor da velocidade?
Explore o exercício 90 no quadro,
sugerindo que os alunos façam um d) Na fórmula, qual o termo que representa a velocidade?
desenho representativo da situação,
inserindo dados como posição inicial
dos automóveis 5 km e 30 km (sob elas 90. Dois automóveis A e B estão estacionados em uma rodovia nos qui-
a indicação t = 0) e setas indicativas
das velocidades sobrepostas com tais
lômetros 0 e 25, respectivamente. Suponha que os automóveis, com
valores: 80 km/h e 60 km/h velocidades constantes, partam no mesmo instante e no mesmo sentido
90. a) Depois de 1 hora e 15 minutos, e tenham os espaços percorridos dados pelas seguintes leis: y = 80t e
no quilômetro 100 da estrada.
Como vão estar no mesmo pon- y = 60t + 25, respectivamente (t medido em horas, a partir do instante inicial
to da estrada, devemos igualar as
leis dos espaços percorridos, ob-
t = 0, e y medido em quilômetros, a partir do quilômetro zero da estrada).
tendo a equação 80t = 60t + 25,
cuja raiz (simplificada) é 5/4.
a) Depois de quanto tempo os automóveis estarão no mesmo ponto da estrada, e em
Esta raiz corresponde ao tem- qual quilômetro? Justifique como efetuou os cálculos.
b) Depois de 2 horas de percurso, sem parar, qual a distância entre os dois automóveis?
po no qual estarão no mesmo
ponto: 5/4 de hora, ou seja,
1 hora e 15 minutos. Calcu- Justifique.
lando o valor de y para o valor
t = 5/4, em qualquer uma das
leis, obtemos y = 100.
c) O que representam, nas leis das duas funções, as constantes 80 e 60?
b) 15 quilômetros. Calculando y para t = 2, obtemos os espaços percorridos pelos dois automóveis a partir do instante inicial: 160 km e
92 145 km. Logo, a distância entre eles é de 15 km;
c) 80 e 60 representam as velocidades constantes dos dois automóveis em quilômetros por hora.

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Antes do exercício 91, explore
91. O lucro unitário na venda de certo artigo é dado pela função: valores de x que satisfazem a
L(x) = –3(x – 6)(x – 30), 6 < x < 30, onde x representa, em reais, o preço condição 6 < x < 30.

de venda, e L(x), o lucro, também em reais. 91. a) Calculando L(10) e L(26),

a) Comprove que, vendendo o artigo por 10 reais ou por 26 reais, o lucro unitário é o
encontra-se para o lucro o
mesmo valor: R$ 240,00;
b) Existem: os preços de
mesmo. R$ 6,00 e R$ 30,00. Obser-
b) Existem preços de venda que não produzem lucro nem prejuízo? Se existem, quais ve que os valores x = 6 e x = 30
anulam, respectivamente,
são eles e por quê? o primeiro e o segundo pa-

c) Compare os valores dos lucros para x = 17, x = 18 e x = 19. O que você concluiu?
rênteses da expressão:
L(x) = –3(x – 6)(x – 3).
c) L(17) = L(19) =
92. Observe as duas tabelas a seguir. Na primeira, registramos conversões R$ 429,00 e L(18) = 432,00.
Comente: é possível pro-
de metro para os múltiplos ou divisores do metro e, na segunda, de metro var que o lucro de R$ 432,00
quadrado para múltiplos ou divisores do metro quadrado. Complete, em cor respondente ao valor
x = 18 é, dentre todos os possíveis
seu caderno, os símbolos que devem substituir corretamente as letras. lucros, o maior deles.
Vamos provar este fato depois
de explorar o exercício 129.
f( t ) = t × (1 m) f( t ) = t × (1 m 2 )
92. a) km;
b) mm;
t 1 10 0,1 1 000 0,001 0,01 t 100 0,01 0,0001 10000 c) cm;
d) hm2;
e) km2;
f(t) m dam dm a b c g( t) m2 d e f f) dm2.

Domínio = {1; 10; 0,1; 1 000; 0,001; 0,01} Domínio = {100; 0,01; 0,0001; 1 000}

93. Considere o conjunto {0; 1; 2; 3; 4} como domínio das funções cujas leis

I(2) = 5; I(3) = 7; I(4) = 9; A(0) = 0; A(1) = 1; A(2) = 4; A(3) = 9; A(4) = 16; C(0) = 0;

b) Números naturais pares, números naturais ímpares, quadrados perfeitos e cubos de números

Q(8;12)= 2/3; Q(–6;+18) = –1/3; Q(3,2; 0,5) = 6,4; Q(0,4;10) = 0,04; Q(8,1;0,3) = 27; Q(3/4;
são dadas a seguir: P(n) = 2n, I(n) = 2n + 1, A(n) = n2, C(n) = n3.

D(0,4;10) = – 9,6; D(8,1;0,3)= 7,8; D(3/4; 7/8) = 1/8; P(8;12) = 96; P(–6; + 18) = –108;
a) Calcule, para cada uma delas, os valores correspondentes a estes cinco elementos

94. S(8;12) = 20; S(-6;+18) = 12; S(3,2; 0,5) = 3,7; S(0,4;10) = 10,4; S(8,1;0,3) = 8,4;
do domínio.
b) Considere agora, como domínio de funções com as mesmas leis, o conjunto dos

P(3,2; 0,5) = 1,6; P(0,4;10) = 4; P(8,1;0,3) = 2,43; P(3/4; 7/8) = 21/32;


S(3/4; 7/8) = 13/8; D(8;12) = -4; D(-6;+18) = – 24; D(3,2; 0,5) = 2,7;
93. a) P(0) = 0; P(1) = 2; P(2) = 4; P(3) = 6; P(4) = 8; I(0) = 1; I(1) = 3;
números naturais. O que você observa em relação ao conjunto imagem de cada uma
delas neste caso?

94. Vamos definir uma função que associa, a pares ordenados de números
reais dados, a soma desses números. Assim:
S(a,b) = a + b, sendo a e b números reais.
C(1) = 1; C(2) = 8; C(3) = 27; C(4) = 64.

Exemplos: S(3; 7) = 3 + 7 = 10 S(–9; 6) = (–9) + (+6) – 3


Do mesmo modo, é possível definir funções que associam, a cada par
ordenado de números reais dados, sua diferença (na ordem dada), seu
naturais, respectivamente;

produto, seu quociente (na ordem dada): D(a,b) = a – b; P(a, b) = a × b;


Q(a,b) = a/b, respectivamente.
Aplique as leis dessas quatro funções aos pares ordenados (a,b) cons-
7/8) = 6/7.

tantes da tabela a seguir:

(8;12) (–6;+18) (3,2;0,5) (0,4;10) (8,1;0,3) (3/4;7/8)

a b c d e f

93

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95. a) f(n) = 1 + 3n;
b) 1 + 3n = 46 => n = 15; 95.Observe a sequência de figuras formadas de quadrados. Em cada uma
delas foram utilizados segmentos para formar cada quadrado da sequên-
logo é a figura 15.

Observe que, quando dize- cia. Para a figura l, temos a correspondência 1 => 1 + 3 × 1 = 4 segmentos
mos, a figura n e depois es-
crevemos (n =1, 2, 3,...), isto utilizados. Para a figura 2 tem-se a correspondência 2 => 1 + 3 × 2 = 7.
equivale a dizer: correspon-
dência entre cada figura n Obs.: lados comuns a dois quadrados são contados uma única vez.
e... (ou seja, correspondência
do conjunto de figuras para
o conjunto de números de
segmentos).

1 2 3 4

a) Discuta com seus colegas para descobrir a lei da função que estabelece a correspon-
dência entre a figura n e o número de segmentos f(n) utilizados para formar cada
quadrado dessa figura (n = 1, 2, 3, 4,...).
b) Qual a figura para a qual são utilizados 46 segmentos para formar todos os seus
quadrados?
96. a) 800; 96.Agora você vai trabalhar com estimativas. Veja a lei para estimativas de
b) 700;
c) 600.
somas de pares ordenados de números reais dados:
F(a + b) = estimativa de a + b.
Observe a tabela de pares de parcelas e escreva em seu caderno os
valores que devem substituir corretamente as letras da segunda linha
da tabela.

Soma dada 714 + 213 592 + 163 422 + 213 480 + 110

F(a + b) 900 a b c

97. a) E; 97. Neste exercício você vai imaginar rotações do hexágono regular da
b) A; figura, em torno do ponto O, no sentido anti-horário, para estabelecer
correspondências entre seus vértices, usando a função cuja lei é definida
c) C;
d) F;
e) D. assim:
R(v, n) = v1
Professor(a), relembre aos
alunos o que se quer dizer, no
exercício 96, com a palavra onde v1 é o vértice correspondente à posição que ocupará o vértice
“estimativa”: substituir os
valores de a e b pelo número
v, girando o hexágono em torno do ponto O, n graus, no sentido anti-
de ordem decimal exata mais -horário.
próximo.
Agora, escreva em seu caderno o que deve E D
substituir as interrogações em cada item a seguir,
como no exemplo:
R(F, 60º) = A
F C
a) R(B, 180º) = ? d) R(F, 360º) = ? O

b) R(C, 240º) = ? e) R(C, 420º) = ?


c) R(D, 300º) = ? A B

94

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98. Observe as duas tabelas a seguir:
98. a) m = 14,4;
n = 18;
p = 70;
q= 300;
y = 0,36 x y = 2x r = 45;
s = 220;
t=¼;
x 40 50 p q 125 s x –2 –1 0 1 2 3 u = ½;
v = 1;
x = 2;
y m n 25,2 108 r 79,2 y t u v x y z y = 4;
z = 8.
b) V;
c) Basta fazer 2x = 1024 e

a) Escreva em seu caderno os valores que devem substituir corretamente as letras nas
fatorar 1024:
2x = 210  x = 10
duas tabelas, usando as leis de correspondência nelas registradas.
b) V ou F: a lei de correspondência da primeira tabela pode ser interpretada como
y igual a 36% de x.
c) Se, na segunda tabela, y = 1024, descreva como calcular o valor de x correspon- Explore novamente o con-
ceito de figuras planas equiva-
dente. lentes (figuras que têm a mesma

99. Considere as funções que associam a cada par ordenado de números área) perguntando aos alunos se,
na ilustração do exercício 100,
naturais dados o seu máximo divisor comum e o mínimo múltiplo co- existem figuras equivalentes; em

mum, respectivamente:
caso afirmativo, quais são e por
que são equivalentes.

M(x,y) = m.d.c. de x e y m(x,y) = m.m.c. de x e y

Para cada par ordenado de números da tabela a seguir, use as leis dessas
funções e escreva em seu caderno o que deve substituir corretamente
cada letra: 99. a) 6;
b) 1;
c) 6;
(x,y) (12,18) (5,7) (6,18) (8,9) (1,13) (18,27) d) 1;
e) 1;
f) 9;
g) 36;
M(x,y) a b c d e f h) 35;
i) 18;
j) 72;
k) 13.;
m(x,y) g h i j k l l) 54.

100. Considere a função S que associa cada figura X do quadro abaixo à sua
área, considerando cada pequeno quadrado como unidade de área.
100. a) 9;
b) 7;
S(X) = área da figura X c) 9;
Escreva em seu caderno o que subs- d) 9;
titui corretamente cada interrogação e) 6;
A f) 3.
B C dos itens a seguir:

a) S(A) =? d) S(D) =?
D E F
b) S(B) =? e) S(E) = ?
c) S(C) =? f)S(F) = ?

95

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 95 10/05/13 19:44


101. a = 4, b = 5, c = 100,
d = 2000, e = 90 101. Na tabela a seguir, você vê valores correspondentes de duas grandezas
Comente que da igualdade inversamente proporcionais, dadas pela lei xy = 60. Escreva em seu ca-
xy = 60 conclui-se que x  0 derno os valores que devem substituir corretamente as letras da tabela.
e y  0.

Faça breve abordagem oral so-


xy = 60 ou y = 60/x
bre as atividades do “Aprendendo
em casa” para verificar se os alunos
estão aptos a resolvê-las. 2 15 b 0,6 d 2/3

102. 1o retângulo  30 a 12 c 0,03 e


P(y) = 6y + 6;
A(y) = 2y2 + 3y.
2o retângulo 

Aprendendo em casa
P(z) = 8z + 2;
A(z) = 3z2 + z.

103. a) P(5) = 36 e A(5)= 65;


P(6) = 50 e A(6) = 114;

102.Observe os retângulos a seguir e escreva os perímetros e as áreas deles,


b) 6y + 6 = 72 => y = 11;
8z + 2 = 102 => z = 100/8
=> z = 25/2 => z = 12,5 em função das variáveis usadas para representar suas medidas:
104.
b) São diretamente proporcio-
x 3 4 7 3,5 12 0,3
y 24 32 56 28 96 2,4
1
y 3k 4k 0,5k0,01k 3k/2 k
y = kx (k  0 e constante)

y z
4 0,5 0,01 3/2

2y + 3 3z + 1

103. Use as expressões da área e do perímetro dos dois retângulos do exercício


y = 8x

nais.
3

anterior, para:
x
a)

105. a) Sim, porque a cada nome a) Calcular seus valores para y = 5 e z = 6.


b) Calcular y e z se seus perímetros medem, respectivamente, 72 e 102.
corresponde uma única
inicial;
b) Não, porque a cada letra
do conjunto corresponde
mais de um nome, do qual
104. Observe as tabelas a seguir:
ela é inicial.
Recomende ou explore a leitura
de: “Álgebra”
y = 8x y = kx (k  0 e constante)
Coleção Pra que serve a Ma-
temática? x 3 4 7 3,5 12 0,3 x 3 4 0,5 0,01 3/2 1
Imenes – Jakubo – Lellis.
Atual Editora. y ? ? ? ? ? ? y ? ? ? ? ? ?

a) Copie as duas tabelas em seu caderno e escreva o que substitui corretamente cada
sinal de interrogação.
b) O que você pode dizer das sequências de valores de x e de y em cada caso?
105. Observe os seguintes nomes de pessoas:
Antonio, Augusto, Antenor, Bernardo, Benedito, Márcia, Marta, Manoel.
Agora responda:
a) A correspondência entre esses nomes e suas iniciais é uma função? Justifique.
b) A correspondência “é inicial de” entre o conjunto de letras {A, B, M} e o conjunto
que contém esses nomes é uma função? Justifique.
96

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 96 10/05/13 19:44


As funções e seus gráficos cartesianos
Explorando o que você já sabe

Considere a expressão y = 3x + 1, na qual x representa números reais.


Diga os valores de y correspondentes a:
Significa que,
• x = 3 se x representa qualquer
• x = 10 número real, y é a soma
• x = 0,1 do triplo desse número
com 1.
• x = 2,5 ATIVIDADES ORAIS

Son Salvador
O que • 10
• 31
significa • 1,3
a expressão • 8,5
y = 3x + 1?
Antes de explorar o texto
que antecede o exercício 106,

Aprendendo em sala de aula


utilize alguns dos gráficos que
foram solicitados aos alunos (ver
página 89), para mostrar a grande
importância dos gráficos no dia a

No capítulo 1 você aprendeu duas importantes atividades: a primeira,


dia (não somente os de funções).
No caso de gráficos de funções,
como representar pares ordenados de números reais por pontos no explore os conceitos de abscissas,
ordenadas e coordenadas dos
plano cartesiano, e a segunda, dados pontos no plano cartesiano, como pontos, bem como os domínios
identificar pares ordenados de números reais correspondentes a esses das mesmas. Se julgar conveni-
ente, explore crescimento, de-
pontos. Nessas atividades, você aprendeu o que são abscissas, ordena- crescimento, máximos e mínimos

das e coordenadas dos pontos, bem como o fato de que a cada ponto
de maneira intuitiva.

do plano cartesiano corresponde um único par ordenado de números


Proponha pesquisas sobre
reais, e reciprocamente. a utilização dos gráficos de
sismógrafos e dos eletrocar-
Agora, você vai utilizar esses conhecimentos para aplicá-los em diversas diogramas. Dois sites sobre

outras atividades. Veja a primeira delas no exercício a seguir.


os temas:

106. Em exercícios anteriores, você identificou leis de correspondência rela-


http://ciencia.hsw.uol.com.
br/questao142.htm” e “http://
cionadas com tabelas de funções. Observe a tabela abaixo e responda www.centrodeestudos.org.
br/pdfs/ecg.pdf
aos itens que se seguem.
106. a) Porque a cada valor
x 0 1 2 3 4 5 6 7 de x corresponde um
único valore de y.
b) y = 7 – x; bastou
y 7 6 5 4 3 2 1 0 observar que todos
os pares de valores
correspondentes de
Domínio = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7} x e y são tais que
x + y = 7; logo,
a) Por que a correspondência entre os valores de x e de y é uma função? y = 7 – x.
c) (3; 4), (4;3); (5;2),

b) Discuta com seus colegas e descubra uma lei para esta função. Justifique sua res-
(6;1), (7;0).

posta.
c) Complete em seu caderno a relação de pares ordenados correspondentes a esta
função: (0;7), (1;6), (2;5),...?...
97

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 97 10/05/13 19:44


No exercício anterior, você viu que, através de uma tabela, é possível
representar uma função identificando seu domínio, a lei de correspon-
dência, e consequentemente relacionar todos os pares ordenados
correspondentes à função. Agora, veja outro modo de representar a
mesma função: pelo seu gráfico cartesiano.

y
Considere os pares ordena-
dos (x,y) de números, tais que
7
y = 7 – x, para todos os valores de x
6
pertencentes ao domínio da função
5
do exercício 106 da página anterior.
4
Representando no plano cartesiano
3
todos os pontos correspondentes a
2
esses pares ordenados, você obtém
1
o gráfico cartesiano da função.
0
Note que este gráfico é formado de 7 0 1 2 3 4 5 6 7 X
pontos isolados porque os valores de Domínio = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7}
x são os números naturais de 0 a 7.

107. a) Porque a cada valor de 107. Observe a tabela a seguir:


x corresponde um único
valor y;
b) y = 2x + 1;
c) Gráfico do aluno. Conten- x 2 3 4 5 6 7
do seis pontos isolados.

y 5 7 9 11 13 15

Professor(a): Recomenda- Domínio = {2; 3; 4; 5; 6; 7}


-se explorar as atividades desta

a) Por que a correspondência entre os valores de x e de y é uma função?


seção no quadro, acrescentando
outras semelhantes quando julgar

b) Discuta com seus colegas e descubra uma lei para esta função.
necessário.

c) Faça o gráfico cartesiano desta função. Use papel quadriculado.


Você já sabe que a cada número real corresponde um único ponto na
reta numerada e reciprocamente. Isto significa que, por exemplo, se
formos representar na reta numerada o conjunto de todos os números
reais x tais que –4  x  6, vamos obter um segmento de reta cujos
extremos são os pontos de abscissas –4 e 6, respectivamente.

Conjuntos de números reais como estes denominam-se “intervalos


numéricos reais”, ou simplesmente intervalos numéricos. Veja alguns
exemplos:

O conjunto dos números reais x, tais que –2 , x < 2, é formado por


todos os números reais que correspondem aos pontos do segmento
cujos extremos têm abscissas –2 e 2, excluindo-se o primeiro extremo,
que não pertence ao conjunto. Sua representação na reta é a segunda
das quatro que você vê na ilustração a seguir.
98

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 98 10/05/13 19:44


Os extremos dos intervalos podem
ou não pertencer aos intervalos. Por 1º
–2 2
isto, eles recebem denominações di-
ferentes. 2º
–2 2
Por exemplo:

1º) Intervalo fechado 3º –2 2


–2  x  2.
2º) Intervalo aberto à esquerda 4º –2 2

–2 < x < 2.
3º) Intervalo aberto à direita
Ao lado, as denominações dos quatro
–2 < x < 2.
intervalos.
4º) Intervalo aberto
–2 < x < 2.

108.Responda ou faça o que se pede: 108. a) –2 < x < 2 e


–2 < x < 2;

a) Escreva as duplas desigualdades correspondentes ao terceiro e quarto intervalos


Respostas variadas
para os itens b e c.
representados na ilustração anterior. Por exemplo:
b) 1,99, 0,85, 0,01;
b) Escreva 3 decimais positivos com duas ordens decimais que pertençam ao terceiro c) –1,99, –0,95, –0,01,
–1,02.
intervalo.
109. a) –3 < x  6; na reta,
c) Escreva 4 decimais negativos com duas ordens decimais que pertençam ao quarto como o segundo in-
tervalo da ilustração
intervalo. com extremos –3 e 6;

109. Escreva, usando dupla desigualdade, e represente na reta numerada:


b) 3  x  9; na reta,
como o primeiro in-
tervalo da ilustração
a) Um intervalo, aberto à esquerda, de extremos –3 e 6; com extremos 3 e 9;
c) –10 < x < –4; na reta,

b) Um intervalo fechado de extremos 3 e 9;


como o quarto inter-
valo da ilustração com

c) Um intervalo aberto de extremos –10 e –4.


extremos –10 e – 4.

110. Representações dos

110. Para uma boa precisão, use régua graduada e represente na reta nu- alunos.
a) Intervalo aberto à
merada os intervalos correspondentes às desigualdades a seguir. Depois esquerda;
b) Intervalo fechado;
classifique-os como no quadro do início da página. c) Intervalo aberto à

a) –4 < x  –1 c) –1,5  x < 3,5


direita;
d) Intervalo aberto.

b) 1,5  x  3,5 d) –2,5 < x < 3 111. a) Números reais nega-


tivos;

111. Observe agora algumas desigualdades um pouco diferentes e respon-


b) Números reais posi-
tivos;
da ao que se pergunta sobre elas. Considere que, em todos os itens, x c) Semieixo positivo das
abscissas.
representa números reais.
a) Se x < 0, x representa infinitos números reais. Quais são eles? Represente, na reta, as
semirretas correspondentes
b) Se x > 0, x representa infinitos números reais. Quais são eles? aos itens (a), (b) e (c) do
exercício 111. Nos casos a

c) Se x  0, como se chama a parte da reta cujos pontos têm como abscissas todos os
e b a origem não pertence às
semirretas.
possíveis valores de x?
99

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 99 10/05/13 19:44


Obs.: pelo aspecto delicado
do tema, preferimos usar uma
linguagem mais simples ao nos
referimos ao fato de que o grá-
fico é uma linha que se traça
Você viu que o gráfico da função y = 7 – x cujo domínio é o conjunto
sem saltos. D = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7 } é formado apenas de 7 pontos isolados.
Comente: prova-se que toda
função dada por uma igualdade Se o domínio de uma função é um intervalo de números reais ou o pró-
da forma y = ax + b, sendo a e b
constantes reais, tem por gráfico
prio conjunto dos números reais, existe uma diferença muito grande
uma reta (se o domínio é o con- entre o gráfico dessa função e gráficos de funções cujas domínios são
junto dos números reais), ou uma
parte da reta (se o domínio é um
subconjuntos de  ou Z.
intervalo).
Comente também: como bas- y
tam dois pontos para determinar Um exemplo da diferença men- 10

cionada você vê no gráf ico ao


9
uma reta, para obter o gráfico 8

visto na ilustração, basta calcular lado. Ele é o gráf ico da função


7
6
y para x = – 4 e x = 6, obtendo
y = 2x – 2, cujo domínio é o intervalo
5

y = –10 e y = 10, respectivamen- 4


3
te, obtendo os pares ordenados –4  x  6. Observe que existem infini- 2

(–4, –10) e (6,10), coordena- 1

tos números reais entre –4 e 6. A cada um 0


das dos extremos do segmento
x
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8
-1

gráfico da função, pois neste desses possíveis valores de x, a equação -2


-3
caso o domínio é o intervalo y = 2x – 2 faz corresponder um único -4

fechado visto em destaque ver- -5

melho no plano cartesiano da valor para y, obtendo-se, portanto, -6


-7
ilustração. Desenhe no quadro infinitos pares ordenados que represen- -8

um quadriculado representando -9

um plano cartesiano como o que


tados por pontos no plano cartesiano -10

formam uma linha que se traça sem


se vê antecedendo o exercício 112
O domínio da função está destacado pelo
(10 linhas e 10 colunas) e pro- saltos, ou seja, um segmento de reta. segmento vermelho contido no eixo dos x.
ponha que façam os gráficos das
funções y = 2x – 2, y = –2x + 4,
ambas passando pelos pontos de
abscissas 0 e 2, e das funções Funções f: A  B, sendo A e B subconjuntos do conjunto dos números
y = 4x, y = 3x + 2, passando
pelos pontos de abscissas –1 e 0.
reais, são chamadas funções reais de uma variável real. Em particular,
Depois, confiram o que obtiveram vamos apresentar, a seguir, duas delas, que têm como domínio o conjun-
com a ilustração que antecede o
exercício 112.
to dos números reais, cujo estudo é muito importante pelas aplicações
Cite (e dê exemplos) de casos de tais funções em diversas áreas do conhecimento.
particulares da função afim: fun-
ção identidade [f(x) = x] e função
constante [f(x) = c, c número Elas são chamadas função afim e função quadrática.
real)]. Chame atenção para o fato
de que quando a=0, na função Veja como são definidas:
af im f(x) = ax+b, então esta
função é constante, ou seja, uma
função constante (assim como Toda função f tal que, para todo número real x, faz corresponder um
a função identidade) são casos número real f(x) = ax + b, sendo a e b constantes reais, chama-se
particulares de funções afins.
Mostre como obter as inter- função afim.
seções dos quatro gráficos da
ilustração da página 99 com os
eixos coordenados. Por exemplo,
Se b = 0, a função chama-se, em particular, função linear: f(x) = ax,
para y = 3x + 2: x  R
a) Faça x = 0, obtendo a inter-

Toda função f tal que, para todo número real x, faz corresponder
seção com OY: (0; 2)
b) Faça y = 0, obtendo a inter-
seção com OX: (–2/3; 0) um número real f(x) = ax2 + bx + c, sendo a, b e c constantes reais,
e a  0, chama-se função quadrática.
a) x = 0 ⇒ y = 2;
b) y = 0 ⇒ x = – 2/3.
Comente: a parábola é uma
curva cujos pontos equidistam Os matemáticos provam que, no plano cartesiano:
de um ponto F e uma reta d,

a) O gráfico de uma função afim é uma reta não vertical.


chamados foco e diretriz da pa-
rábola, respectivamente. Você terá
oportunidade de estudá-la com
mais detalhes no ensino médio.
Nas páginas seguintes você terá b) Toda reta não vertical é gráfico de uma função afim.
c) O gráfico de uma função quadrática é uma curva chamada parábola.
oportunidade de ver diversas pa-
rábolas como gráficos de funções
quadráticas.

100

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Veja, a seguir, exemplos de funções afim, seus gráficos e aplicações. Diga para os alunos que a
parábola, bem como a superfície
Lembre-se de que tais funções têm como domínio e contradomínio o parabólica (que se obtém girando
a parábola em torno de seu eixo
conjunto dos números reais; portanto, na ilustração se vê, apenas, partes de simetria), tem propriedades
dos gráficos. que permitem utilizá-la nos faróis
de automóveis para que os raios
luminosos saiam em um feixe
Gráficos de funções afim y = ax + b paralelo, nas antenas parabólicas
de recepção de sinais de televisão,
nos radares. A própria parábola é
Função y = 2x – 2 y = 4x y = 3x + 2 y = –2x + 4 útil na interpretação das trajetórias
y
descritas nos lançamentos de pro-
Cor do jéteis e em diversas outras aplica-
Azul Verde Vermelho Preto
gráfico ções da Física e outras disciplinas.
Se possível, use material concreto
(0; 2)
(2; 2) Coeficiente e exiba para os alunos a parábola
angular do 2 4 3 –2 como a curva que se obtém seccio-
2 gráfico: a nando uma superfície cônica por
(– , 0 ) um plano contendo o diâmetro da
3
o x Coeficiente base e paralelo à geratriz. Sugiro
linear do –2 0 2 4 improvisar, confeccionando uma
superfície cônica de papelão e
gráfico: b cortando-a convenientemente de
modo a mostrar que a curva cor-
Zeros da
função 1 0 –2/3 2 respondente ao corte tem a forma
de um pequeno trecho de parábola.
Outra sugestão é propor que usem
uma mangueira d’água e lancem
Unidade de medida: lado de cada quadrinho. um jato para cima, formando
Zeros de uma função f de A em B são os valores x do um ângulo de aproximadamente
domínio A, tais que f(x) = 0. São as abscissas dos pontos 45 graus com a horizontal, e
observem a trajetória descrita
de interseção do gráfico de f com o eixo das abscissas.
Na tabela ao lado, as colunas têm as cores dos pela água.
gráficos das funções afim correspondentes Comente: muitas vezes, em
abuso de linguagem, nos referimos
a funções reais de variável real,
citando apenas a lei da mesma.
Com base nos gráficos, na tabela e em observações adicionais, você Neste caso, você deve entender
que o domínio da função é o mais
vai desenvolver diversas atividades nos exercícios que seguem. amplo subconjunto possível do

112.Cada um dos quatro gráficos das funções da tabela intercepta o eixo


conjunto dos números reais.

das ordenadas em um único ponto. Por exemplo, citando: seja a função


y = x –3 , o domínio dela deve ser
a) O que se observa com relação às abscissas desses pontos? Justifique e escreva as entendido como o conjunto dos nú-
meros reais x tais que x > 3 porque,
ordenadas desses pontos. por definição de raiz quadrada, o

b) Sem observar o gráfico, usando as leis das funções, como você obteria tais ordenadas?
radicando não pode ser negativo.

c) Na tabela, esses valores das ordenadas constam de uma das linhas da tabela. Que
112. a) São iguais a zero porque
todo ponto do eixo das
nome cada um deles recebe? ordenadas tem abscissa
zero. As ordenadas são,
d) Se uma função tem como lei y = –2x + 3, qual o coeficiente linear do seu gráfico pela ordem das colunas da
tabela:
e qual a interpretação geométrica que se dá a ele? –2, 0, 2 e 4;

113.Os pontos (0,–2), (1,0) e (2,2) (em destaque vermelho) pertencem ao


b) Calculando nas leis, o va-
lor de y correspondente a
gráfico (azul) da função y = 2x – 2. Observe agora que, aumentando x = 0;
c) Coeficiente linear;
x de 0 para 1 e de 1 para 2, os aumentos correspondentes das orde- d) +3 e representa a ordenada
nadas são: de –2 para 0 e de 0 para 2, ou seja, para cada aumento de do ponto no qual o gráfico
da função intercepta o eixo
uma unidade em x, corresponde um aumento de 2 unidades em y. das ordenadas.

Dizemos, então, que a taxa de variação desta função é 2. 113. A taxa de variação da fun-
ção y = 4x é 4. (Para um
Use os pontos (–1; –4) e (1;4) do gráfico (verde) da função y = 4x para aumento de 2 unidades em x,
corresponde um aumento de
descobrir a sua taxa de variação. 8 unidades em y.

101

Mat9Cap3_NOVA2012.indd 101 10/05/13 19:44


Veja novamente os gráficos das funções afim:

Gráficos de funções afim y = ax + b


Função y = 2x – 2 y = 4x y = 3x + 2 y = –2x + 4
y
Cor do Azul Verde Vermelho Preto
gráfico
(0; 2)
(2; 2) Coeficiente
angular do 2 4 3 –2
2 gráfico: a
(– , 0 )
3
o x Coeficiente
linear do –2 0 2 4
gráfico: b
Zeros da
função 1 0 –2/3 2

Unidade de medida: lado de cada quadrinho. Zeros de uma função f de A em B são os valores x do
domínio A, tais que f(x) = 0. São as abscissas dos pontos
de interseção do gráfico de f com o eixo das abscissas.
Na tabela ao lado, as colunas têm as cores dos
gráficos das funções afim correspondentes
114. a) Coeficientes angula-
res dos gráficos;
b) Seu coeficiente an-
114.Responda:
a) Na tabela, as taxas de variação recebem outro nome. Qual é esse nome?
gular é 5 e significa
que, a cada aumento

b) Se uma função tem como lei y = 5x – 8, qual o coeficiente angular do gráfico da


de 1 unidade nos va-
lores de x os valores
correspondentes de
y aumentam 5 uni-
função e qual a interpretação que se dá a ele?
dades;
c) Corresponde a um
c) No gráfico da função y = –2x + 4, a cada aumento de uma unidade nos valores de
decréscimo; x corresponde um aumento ou um decréscimo de 2 unidades nos valores de y?
d) Dizemos que a função y = 2x – 2 é uma função crescente e que a função y = –2x + 4
d) São funções crescen-
tes.
(y = 4 x e y = 3x + 2) é uma função decrescente. O que se diz das duas outras funções?
115. a) Porque todos os pon- 115.Faça o gráfico representado por uma linha horizontal que corta o eixo
das ordenadas no ponto (0, 2). A função correspondente a este gráfico
tos do gráf ico da
função têm a mesma
ordenada: –2; chama-se “função constante”.
a) Discuta com seus colegas e escreva por que se diz que a lei desta função é y = –2.
b) Sim; considerando
a reta vertical que

b) Marcelino disse que, no plano cartesiano, a igualdade x = 4 representa uma reta


intercepta o eixo das
abscissas no ponto
(4,0), todo ponto dela vertical. Você concorda com ele? Justifique.
tem abscissa x = 4;
c) Sim; considerando
a reta vertical que
116. Use todos os dados possíveis contidos nos gráficos ou na tabela, para
intercepta o eixo das completar no caderno:
a) Dados dois coeficientes angulares positivos, quanto maior o coeficiente, maior o
abscissas no ponto
(4,0), todo ponto dela
tem abscissa x = 4. ângulo que o gráfico faz com uma semirreta de sentido positivo do eixo...?...
116. a) Das abscissas; b) Coeficientes angulares negativos significam que a acréscimos nas abscissas corres-
b) Decréscimos;
pondem a...?... nas ordenadas correspondentes.
c) Coeficientes angulares positivos significam que, quanto maior a abscissa,...?... a
c) Maior;
d) Menor a ordenada
correspondente.
ordenada correspondente.
d) Coeficientes angulares negativos significam que, quanto maior a abscissa,...?... a...
102

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117. a) Respostas na tabela ao lado
117. Na tabela você vê o que significa “zero de uma função”. Em particular, o dos gráficos.
zero da função y = 2x – 2 é o valor de x tal que y = 0, ou seja, devemos
b) V;
c) Quando existem, são os
ter: 2x – 2 = 0 => x = 1. pontos nos quais o gráfico
da função intercepta o eixo
a) Use as leis das outras três funções para calcular seus zeros. das abscissas;
d) Verdadeiro. Se a lei da função

b) V ou F: para calcular o(s) zero(s) de uma função y = f(x) resolvo a equação f(x) = 0.
é y = k, sendo k diferente de
zero, seu gráfico é uma pa-
As raízes (quando existirem) são os zeros da função. ralela ao eixo das abscissas;
logo, não o intercepta, ou
c) Interprete geometricamente o significado do(s) zero(s) de uma função. seja, esta função não tem ze-
ros. Mas a função constante

d) V ou F: uma função constante não tem zeros ou tem infinitos zeros. Justifique.
y = 0 tem infinitos zeros por
ser, o seu gráfico, o eixo das
abscissas.

118.Use a lei das funções y = 4x e y = 2x – 2 e verifique que o ponto que Para confirmar o que se diz
no enunciado do exercício 118
pertence aos gráficos das duas é o ponto (–1, –4). existem dois recursos: o pri-

a) Pode existir outro ponto que pertence aos dois gráficos? Justifique.
meiro, observando os gráficos
(azul e verde) se verifica o que
se afirma; o segundo fazendo
b) Resolva o sistema formado pelas equações y = 4x e y = 2x – 2. Qual a interpretação x = –1 nas duas leis e concluin-
do que o valor correspondente
geométrica que se dá para o par ordenado de valores encontrados? de y em ambas é –4.

c) Sem resolver o sistema formado pelas equações y = 2x – 2 e y = –2x + 4, diga por


a) Não, porque, se os gráficos
tivessem outro ponto em
que se encontrará y = 1 ao resolvê-lo. comum, se restringiriam a
uma mesma reta, o que é
d) Usando o valor y = 1, como você encontraria o valor de x da raiz do sistema anterior? impossível porque existem
pontos que pertencem a
O que este valor representa? uma delas e não pertencem
à outra (e reciprocamente);
119.Observe novamente o gráfico da função y = 2x – 2 e responda: b) Obtém o par (x, y) =
(–1, –4); logo, a raiz do sis-
a) Qual a abscissa do ponto de interseção do gráfico com o eixo das abscissas? tema é dada pelas coordena-
das do ponto de interseção

b) Observe o ponto do gráfico situado no primeiro quadrante e destacado com a cor


dos gráficos das funções
cujas leis são as equações
vermelha. A ordenada dele é positiva ou negativa? A abscissa dele é menor ou maior do sistema;
c) Porque vê-se que os grá-
que 1? ficos das funções corres-
c) Se um ponto do gráfico tem ordenada y positiva, o que se pode dizer da abscissa x pondentes se interceptam
no ponto de ordenada 1;
dele: x > 1 ou x < 1? d) A abscissa do ponto de
interseção dos gráf icos
d) Considerando que y = 2x – 2, qual é a condição para x correspondente à inequação (3/2 ou 1,5)
119. a) x = 1;
2x – 2 > 0 : x < 1 ou x > 1? E para a inequação 2x – 2 < 0? b) positiva; maior que 1;
c) x > 1;
120.Descreva, observando o gráfico de uma função linear y = ax + b de d) x > 1; x < 1.
120. a) x > x0;
coeficiente angular positivo cujo zero seja x0, qual parte do gráfico b) x < x0;
corresponde: c) x < x0 e x > x0, respectiva-
mente.
a) À inequação ax + b > 0? Professor(a): explore com di-
versos outros gráficos todas as
b) À inequação ax + b < 0? atividades desta seção.

c) Responda às mesmas perguntas anteriores se o coeficiente angular é negativo


121. a) 3x + 2 > 0 se x > –2/3;
b) 3x + 2 < 0 se x < –2/3;
c) –2x + 4 > 0 se x < –2;
121.Com base em suas conclusões, observe a tabela e os gráficos das fun- d) –x + 4 < 0 se x > 4.

ções y = 3x + 2 e y = 2x + 4 e resolva as inequações a seguir:

a) 3x + 2 > 0 b) 3x + 2 < 0
c) –2x +4 > 0 d) – x + 4 < 0
103

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122. a) A frase se justifica por dois
motivos: primeiro, por sim-
ples observação dos gráficos
citados se vê que o eixo dos y é Funções, funções quadráticas, seus gráficos e aplicações.
eixo de simetria das parábolas
correspondentes aos mesmos.
Segundo porque, usando o Gráficos de funções quadráticas y = ax2 + bx + c
que se diz na ilustração, as
equações dos eixos de simetria Função e Zeros das
são retas verticais de equações 3ª 2ª 4 Cor do gráfico
a b c funções
x = –b/2a e, como as fun-
ções têm todas o coeficiente y = –4 x2 – 16 x –12 –4 –16 –12 (–3,0) e (–1,0)
b = 0, as equações dos eixos
de simetria se reduzem todas y = x2 + 2 1 0 2 Não existem
à equação x = 0, ou seja, o eixo
das ordenadas; y = x2 1 0 0 (0,0)
b) x = – (–16)/(2)(–4), ou seja,
x = –2; e x = –4/(2)(–1), ou y = x – 4
2
1 0 –4 (–2,0) e (2,0)
seja, x = 2.
Professor(a): chame a atenção y = – x2 –1 0 0 (0,0)
dos alunos para o primeiro cálculo do x
item (b) anterior: temos um sinal – da y = – x2 + 4x –1 4 0 (0,0) e (4,0)
expressão x = –b/2a e depois um sinal –
do b: (b = –16) no numerador; como no Zeros de uma função f de A em B são os valores
denominador também o a tem sinal –, x do domínio A, tais que f(x) = 0.
(a = –4), resultam, na divisão, três sinais
–, o que dará o quociente negativo x = –2. Observe que todos os gráficos das funções
123. a) Tabelas dos alunos centradas quadráticas têm um eixo de simetria vertical.
nas abscissas dos eixos de 1ª Prova-se que as abscissas de todos os pontos
5ª 6ª
simetria x = –1, x = 2 e x = 3;
desses eixos de simetria são dadas pela expressão
b) Para obter as coordenadas
b , ou seja, eles são retas verticais de
dos vértices basta calcular as Os gráficos da 1ª, 5ª e 6ª funções que têm x=–
coordenadas dos pontos de in-
coeficientes a negativos são côncavos para baixo, 2 a
terseção dos eixos de simetria b
com os gráficos; as abscissas e os demais, côncavos para cima. equações x = –
2a
já estão calculadas no item
(a), basta agora substituir seus
valores nas leis das funções,
obtendo y = –9, y = 1 e y = –2. 122. O eixo de simetria dos gráficos correspondentes à 2ª, 3ª, 4ª e 5ª funções
c) 1ª) raízes x = 2 e x = acima é a reta vertical x = 0 (eixo dos y).
a) Justifique a frase anterior.
–4; 2ª) raízes x = 1 e x =
3; a terceira função não

b) Use a observação contida na ilustração anterior e calcule as equações das retas


possui raízes reais, e sua
interseção com o eixo das
ordenadas é quando x=0, verticais que são os eixos de simetria dos gráficos das funções y = –4x2 – 16x – 12
donde é o ponto (0,–11).
124.Se o coeficiente a da função e y = –x2 + 4x. (Respectivamente, 1ª e 6ª função.)
y = ax2 + bx + c for positivo,
seu gráfico é côncavo para cima 123. Observe, na tabela, como calcular pontos do gráfico da função
y = –x2 + 4x.
(“boca para cima”) e, se for nega-
tivo, seu gráfico é côncavo para
baixo (“boca para baixo”).
125. y = x2 + 2, y = x2 e y = x2 – 4 x –1 0 1 2 3 4 5
são decrescentes para x < 0 e
crescentes para x > 0; y –5 0 3 4 3 0 –5
y = –x2 é crescente para x < o e
decrescente para x > 0; Note que colocar a abscissa do eixo de simetria como elemento central
y = –x2 + 4x é crescente para
x < 2 e decrescente para x >2. da tabela é fundamental, por dois motivos: primeiro porque, calculando
valores anteriores e posteriores a essa abscissa, encontraremos pontos
das duas partes do gráfico: a crescente e a decrescente; e segundo
porque basta calcular os valores anteriores que, por simetria, os pos-
teriores se repetem equidistantes da ordenada do eixo de simetria.
a) Faça as tabelas das funções quadráticas a seguir e esboce seus gráficos:
1ª.) y = x2 + 2x – 8 2ª.) y = –x2 + 4x – 3 3ª.) –x2 + 6x – 11
b) O vértice de uma parábola é o ponto do gráfico cuja ordenada é a mesma do eixo de
simetria. Dê as coordenadas dos vértices dos gráficos das funções do item anterior.
c) Dê os zeros das duas primeiras funções e o ponto de interseção do gráfico da terceira
104 com o eixo das ordenadas.

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126. O gráfico de y = x2 –4 (verde)
tem pontos de ordenadas
positivas para x < –2 ou

124. Escreva uma frase que relacione os sinais dos coeficientes do termo
x > 2 e negativas para
–2 < x < 2, enquanto que
em x2 das funções quadráticas (em geral denotado por a) com a con- o gráfico de y = x2 + 2
(azul) tem todos os seus
cavidade dos gráficos correspondentes. pontos com ordenadas
positivas.
125. Observando o gráfico, de 6ª função (y = –x2 + 4x), dizemos que ele é cres- 127. y = x2 é positivo para todo
x  0 e y = –x2 é negativo
cente para x < 2 e decrescente para x > 2. Agora, determine as condições para todo x  0.
de crescimento ou decrescimento para as outras funções da tabela. y = –x2 + 4x < 0 para x <
0 ou x > 4 e y = –x2 + 4x

126.Observando os gráficos das funções y = x2 – 4 e y = x2 + 2 (4ª e 2ª), con- > 0 para 0 < x < 4.

clui-se, para a primeira, que x2 – 4 > 0 se x < –2 ou x > 2, e que x2 – 4 < 0 se


128. a) A = 10x – x 2 ; o do-
–2 < x < 2; e para a segunda que x2 + 4 > 0 qualquer que seja o valor mínio é o conjunto dos
de x. Justifique estes resultados. números reais x tais que
0 < x < 10 porque a

127. Resolva as inequações correspondentes a y > 0 e y < 0 para todas as base mede 10 – x > 0 ⇒
x < 10. Como a altu-
outras funções da tabela. ra mede x, devemos ter
x > 0 logo, 0 < x < 10.
128. Considere um retângulo cuja base mede 10 – x e cuja altura mede x. b) tabela:

a) Escreva a fórmula para a área A(x) deste retângulo, e escreva seu domínio. Justifique

9
a resposta.

16
8
b) Calcule os valores da área A(x) para valores naturais de x de 1 a 9 e escreva-os em

c) os valores crescem; os valores decrescem


21
7
uma tabela.

24
c) O que acontece aos valores da área do retângulo, quando a medida de sua altura

25
5
varia de 1 a 5? E quando varia de 5 a 9?
d) É possível imaginar, pela tabela, qual é o maior valor para a área desse retângulo?

24
4

d) Sim; parece ser 25.


21
3
Explorando o que você aprendeu

16
2
1

9
e aprendendo mais

A(x)
x
129. O arco de parábola abaixo é o gráfico da função A(x) = 10x – x2, que re- Comente que os eixos de si-
metria das parábolas de equações
presenta a área do retângulo do exercício 128 em função de x. Você viu y = ax2 + bx + c podem ter suas

que o domínio dessa função é o conjunto dos números reais x tais que
equações dadas como x= –b/2a
ou, também, pela abscissa x do
0 < x < 10. ponto médio do segmento cujos
extremos são os zeros desta fun-
Você sabe também que o eixo de simetria do gráfico é a reta vertical ção. Exemplifique: no exercício

de equação x = 5, que intercepta o gráfico no ponto (5, 25), chamado


129 o eixo de simetria é dado
pela equação x = 5. (5,0) é ponto
vértice da parábola. médio do segmento de extremos
(0,0) e (10,0).
a) Como a função é crescente para x < 5 e decrescente para x > 5, o que se pode dizer de A(5)? 129. a) A(5) = 25 é o maior valor

b) Nesse caso, quais as dimen-


que a área pode ter;
b) Base e altura iguais a
sões do retângulo e que nome vértice 5; logo, trata-se de um
30
quadrado.
particular ele tem?
25
Retome o exercício 91 (página
20 91). Como os zeros da função
L são (6,0) e (30,0), o eixo de
15 simetria tem equação x = 18, que
é a abscissa do ponto máximo da
10 função L.
5

–1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 105

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? Verifique se você aprendeu
Uma demonstração de que a
função
A(x) = 10x – x2, que expressa a
área do retângulo do exercício 122,
é máxima para x = 5 no domínio 0
< x < 10, é: Se ainda tem dúvidas sobre Reveja os exercícios
a) A (5) = 50 – 25 = 25;
b) A (5 + x) = 10(5 + x) – (x + 5)2 = Conceito de monômios e polinômios, fatores numéricos,
= 50 + 10x – 25 – 10x – x2 = fatores literais, coeficientes, somas, diferenças, produ- 1 a 5, 8, 9, 12 a 17, 22, 23, 43, 60,
= 25 – x2. tos, quocientes, potências, monômios reduzidos, redu- 61, 62.
Logo, seja: ção de termos semelhantes, monômios semelhantes.
x > 0 ou x < 0, A (x + 5) é menor
que 25, por ser a diferença entre Como expressar perímetros ou áreas usando monômios 7, 11, 20, 21, 42, 44, 48, 49, 50, 51,
25 e x2. ou polinômios. 57, 58.
Como calcular somas, diferenças, produtos, quocientes
6, 10, 18, 19, 45, 46, 47, 63, 64, 65.
Ao término do estudo do capí- ou potências de monômios ou polinômios.
tulo, reveja com os alunos, a seu
critério, o significado de alguns Como classificar polinômios pelo grau e pelo número de
dos termos destacados na cor azul termos, redução de termos, e como obter polinômios 24 a 33, 38, 39.
no capítulo. reduzidos.
Releia o texto da página 34: “Ao
elaborar questões [...] hexágono”. Como ordenar, reduzir ou completar polinômios. 28, 29, 34, 35, 38, 39.
o de uma função, gráfico de uma
função.
Como identificar coeficientes de monômios ou de termos
15, 27, 28, 29, 30, 36, 38, 56.
Se julgar oportuno, prove que o de polinômios. Como identificar variáveis.
gráfico da função afim y = ax + b
é uma reta. Como interpretar, em linguagem comum, expressões
Desenhe no quadro um plano com monômio, polinômios, produtos e potências dessas 39, 40, 41, 53, 54, 55, 66, 67, 68.
cartesiano. expressões.
Use a lei da função e marque os
pontos (0, b) e (1, a + b) que per- Como utilizar regras práticas para calcular: o quadrado
tencem ao gráfico. (Por comodida- da soma ou da diferença de duas expressões, o produto
51, 52, 69, 70, 71, 72.
de, use o primeiro quadrante.) da soma pela diferença de duas expressões ou o produto
Desenhe o triângulo retângulo de dois binômios que têm um termo comum.
cujos vértices são esses pontos e
o ponto (1,b).
Como deduzir fórmulas de perímetros, áreas e volumes
Use novamente a lei da função
dadas as dimensões das figuras correspondentes em
e marque um ponto genérico 59, 73 a 79, 81, 82, 102, 103.
(x, ax + b). função de uma única variável, bem como fórmulas que
Desenhe o triângulo retângulo estabeleçam correspondências entre duas grandezas.
cujos vértices são: (0, b), (x, b) e
(x, ax + b).
Como reconhecer se uma correspondência entre dois 80, 83, 84, 85, 86, 87, 93, 94, 96, 98,
Indique nos triângulos retân- conjuntos é ou não função e, no caso afirmativo, iden- 99, 101, 104, 105, 106.
gulos (do menor para o maior) as tificar o “domínio” da função.
medidas dos catetos horizontais Como expressar diversas relações físicas, geométricas,
88, 89, 90, 91, 97.
(1 e x) e dos catetos verticais
econômicas, utilizando funções em uma ou mais variáveis.
(a e ax).
Verifique que os dois triângulos Como usar as notações y = f(x), F(x) para funções e 86, 87, 88, 89, 90, 96, 97, 98, 99, 100,
retângulos obtidos são semelhantes identificar pares (x, f(x)) que pertençam aos gráficos. 101, 102, 104, 105, 122, 123.
pelo caso LAL (têm dois ângulos
congruentes – ângulos retos –, e as Como representar funções por seus gráficos, seus
razões entre os catetos correspon- diagramas ou suas tabelas, bem como identificar seus 83, 86, 87, 92, 94, 106, 107, 115.
dentes são iguais: ax/a = x/1). domínios.
Logo, os ângulos formados pelas
Como representar duplas desigualdades usando seg-
hipotenusas dos dois triângulos 108, 109, 110, 111.
retângulos com a paralela ao eixo mentos da reta real.
das abscissas que passa pelo ponto Identificar e reconhecer propriedades de funções afim e
112, 113, 122, 129.
(0,b) são iguais, o que compro- funções quadráticas, assim como seus gráficos.
va que qualquer ponto genérico
(x, ax + b) pertence à mesma reta Identificar taxas de variação, coeficientes angulares,
determinada pelos pontos (0, b), coeficientes lineares, funções crescentes, funções de- 114, 115, 116, 117, 118, 129.
(1,a + b). crescentes, funções constantes.
Resolver inequações graficamente através da interpre-
119, 120, 121.
tação de gráficos de funções.
Identificar funções quadráticas, seus gráficos, seu zeros,
suas regiões de crescimento ou decrescimento, seus 123, 124, 125, 126, 129.
máximos ou seus mínimos.

106 Resolver graficamente inequações do segundo grau. 127, 128.

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CapItulo 4

-
Equações esistemas de
equações

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Ao lado, explicita-
mos os objetivos gerais Neste capítulo, você vai rever ou aprender como:
do capítulo. Sugerimos
um breve comentário
sobre os mesmos, uti-
lizando as ilustrações
da página.
• Resolver problemas usando equações do primeiro grau com uma variável.
• Inventar problemas relacionados com equações do primeiro grau.
Professor(a): Neste
e em outros capítu- • Interpretar como “equacionar” problemas dados.
los, são exploradas
diversas situações • Resolver equações, reduzindo-as à forma ax = b.
para que os alunos
“descubram”, a par-
• Verificar se números dados são ou não raízes de equações dadas.
tir de casos particu-
lares, propriedades de
• Verificar se pares ordenados de números são raízes de equações do primeiro
números, de figuras, grau com duas incógnitas.
reg ras de cálculos
etc. É extremamente • Resolver sistemas de equações do primeiro grau usando o método de substituição.
importante que, após
estas “descobertas”,
• Resolver problemas usando sistemas de equações do primeiro grau.
sejam feitas obser-
vações afirmando que
• Inventar sistemas de equações de primeiro grau que tenham como raiz um par
tais conclusões são ordenado de números dados.
verdadeiras (e, even-
tualmente, provar estes • Classificar, pelo grau, polinômios com uma variável.
fatos) para que não
fique a falsa ideia de
• Identificar, dentre diversas equações dadas, as do primeiro grau e as do segun-
que, a partir de poucos do grau.
casos particulares, é
possível generalizar. • Resolver equações fatoradas da forma a(x – r)(x – s) = 0.
Sempre que possível,
use expressões algé- • Verificar se números dados são raízes de equações do segundo grau dadas.
bricas para expressar
tais generalizações,
• Escrever equações do segundo grau na forma ax2 + bc + c = 0 e identificar seus
bem como de algumas coeficientes a, b e c.
regularidades relacio-
nadas com sequências • Resolver equações incompletas do segundo grau, sem uso de fórmulas.
númericas.
• Resolver equações completas ou incompletas do segundo grau, usando fórmulas.
• Interpretar o conceito de raiz quadrada.
• Usar o discriminante de uma equação do segundo grau ( = b2 – 4ac) para deci-
dir, discutir a natureza e a existência das raízes.
Júlia Bianchi, 2006

Júlia Bianchi, 2006


Júlia Bianchi, 2006

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resolvendo equações e problemas
Explorando o que você já sabe

• Como se chamam as igualdades ao lado? a) x + 3 = 7


• Na igualdade (c), substituindo x por 5, obteremos: 4 x 5 = 20. b) x – 5 = 2
c) 4x = 20
Que nome recebe o número 5 em relação a essa igualdade?
• Qual é a raiz da equação (b)? ATIVIDADES ORAIS
d)
x
• Qual das equações ao lado é relacionada com a frase “a terça =2 • Equações;
3
parte de um número é igual a dois”? • Raiz;

• Diga uma frase relacionada com a equação (a). e) –3x = + 15 • Sete;


• A equação (d);
• Que conta se faz para calcular a raiz da equação (e)? • A soma de um número
com três é igual a sete;
• Divide-se 15 por –3.

Aprendendo em sala de aula Comente:


a) O que são números
opostos;
9 e –9, –13 e –13 etc.
b) Em 9 x, 9 e x são fatores
Relembrando o fundamental: e, em 27/3, 3 é divisor.
Se julgar necessário, re-
Resolver uma equação é substituí-la por equações equivalentes mais veja:

simples até se obter uma equação cujas raízes são evidentes.


a) Cálculo do m.m.c.;
b) Produto de fração por
número inteiro.
Para transpor uma parcela de um membro para outro em uma Ex.: 8 x (3/4) = (8 x 3)/4;
c) Simplificação de fra-
equação, basta trocá-la pela parcela oposta. ções:
8 (x + 20)/8 = 1. (x + 20);
x + 9 = 20 ⇒ x = 20 – 9 ⇒ x = 11 d) Propriedade distributi-
va.
Ex.: 4 (x + 4) = 4 x + 16)
Para transpor um fator de um membro para outro em uma equação,
basta transformá-lo em divisor. Neste capítulo, por diver-
sas vezes, iremos citar equa-
ções equivalentes ou sistemas
27 ⇒
⇒ x de equações equivalentes no
=9x 27
= x=3 sentido de terem as mesmas
9 raízes. Implicitamente este
Para eliminar denominadores de equações, basta multiplicar os dois fato deve f icar entendido
que estamos com um mesmo
membros da equação pelo m.m.c. dos denominadores. “conjunto universo” para as
mesmas, ou seja, estamos

Multiplicando os dois membros da equação por 8,


considerando que as possí-
3x x + 20
= veis raízes pertencem a um
4 8 que é o m.m.c. dos denominadores 4 e 8, temos: mesmo conjunto numérico.
Optamos por este procedi-
mento porque achamos um

( ) ( )
pouco sofisticado entrar em
3x x + 20 8( 3x ) 8( x + 20 ) maiores detalhes com alunos
8 =8 ⇒ = ⇒ desta faixa etária.
8 8 4 8 Se julgar necessário, re-
corde o conceito de raiz de
uma equação.
⇒ 2(3x) = 1(x + 20) ⇒ 6x = x + 20 ⇒

6x – x = 20 ⇒ 5x = 20 ⇒ x = 4

109

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Leia a observação na
margem da página 43: “Por Resolvendo problemas e equações:
questão [...] (simplesmente:

1.
R$...)”.
Uma máquina trabalhou durante 20 dias, para asfaltar um trecho de uma
1. a) 20x; rodovia, cobrindo a mesma quantidade de quilômetros diariamente. Se
b) x + 3;
c) 16 (x + 3); tivesse coberto mais 3 km por dia, teria gasto 16 dias para asfaltar o
d) O primeiro membro mesmo trecho. Quantos quilômetros tem o trecho asfaltado?
representa a quilome-

a) Se chamarmos de x a quilometragem diária asfaltada durante os vinte dias, qual é


tragem total asfaltada
ao fim de 20 dias, asfal-
tando x quilômetros por a expressão que representa a quilometragem total asfaltada?
dia. O segundo mem-
bro representa a mesma
quilometragem total b) Qual é a expressão que representa a quilometragem diária necessária para que a
asfaltada, se asfaltasse máquina gastasse 16 dias?
x + 3 quilômetros por
dia, durante 16 dias;
e) x = 12;
c) Qual é a expressão que representa a quilometragem total, se a máquina asfaltasse
f) A quilometragem as- 3 km a mais por dia?

d) Em relação ao problema, o que representa a equação 20x = 16(x + 3)?


faltada por dia em 20
dias;
g) 240 km.

2. Tarefa do aluno.
e) Resolva a equação do item (d).
f) Em relação ao problema, o que significa a raiz dessa equação?
Exemplo: Uma máquina
trabalhou durante 7 dias para

g) Escreva a resposta ao problema.


extrair certa tonelagem de
minério, extraindo, a cada
dia, a mesma tonelagem. Se

2. Invente um problema cuja equação seja: 7x = 5(x + 6).


tivesse retirado 6 toneladas
a mais por dia, teria gasto
5 dias para retirar a mesma
tonelagem total. Qual é esta
tonelagem total?
3. Dois atletas correrão uma mesma distância em uma pista oval. O que
R) 105 toneladas. vai correr pela raia mais interna dará 8 voltas, e mais 9 quilômetros,
3. a) 8x + 9;
para completar a distância. O que vai correr pela raia mais externa, que
b) x + 1; mede 1 km a mais que a interna, precisará dar 7 voltas, e correr mais 8
c) 7 (x +1) + 8;
d) 8x + 9 = 7(x + 1) + 8;
quilômetros. Qual é a distância total percorrida pelos atletas?
e) x = 6;
f) Cada atleta vai correr 57
km.

Júlia Bianchi, 2006

a) Se chamarmos de x o total de quilômetros que mede a raia interna, qual é a expressão


que representa o espaço a ser percorrido pelo atleta que a utilizará?
b) Como representar, usando a variável x, a medida da raia externa em quilômetros?
c) E como representar o espaço a ser percorrido pelo atleta que vai correr nela?
d) A distância a ser percorrida pelos dois atletas é a mesma. Use as expressões obtidas
nos itens a e c para escrever uma equação que represente esse fato.
e) Resolva a equação obtida no item d.
f) Escreva a resposta ao problema.

110

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4. Invente um problema cuja equação seja: 9x + 14 = 7(x + 1) + 21.
4. Tarefa do aluno.
R) x = 7.

5. Discuta com seus colegas e escreva uma frase que responda à seguinte
5. Possível resposta: porque
elas são muito úteis para
pergunta: por que é importante saber resolver equações? resolver problemas.

Nos exercícios anteriores, você viu que, usando os dados do problema


(o que se conhece) e representando a incógnita por uma letra (em geral,
x, y, z), é possível obter uma equação que represente, em linguagem
matemática, aquilo que o problema expressa em linguagem corrente.

O processo de encontrar a equação correspondente a cada pro-


blema dado chama-se “equacionamento do problema”.
6. É a descrição, sob a forma
de equação, de um proble-
6. O que é “equacionar” um problema? ma expresso em linguagem
corrente.

7. Resolva as seguintes equações: 7. a) x = 3;

a) 10x + 4 = 8(x + l) + 2 c) 12 – 3(2x + 5) = 1 + 4 (x + 4)


b) x = 5;
c) x = –2;
b) 3 + 4(2 – x) = 1 – 2x d) 7 – 22(3x – 5) = 2 + 3(4x – 7) d) x = 68/39.

Lembre-se de sempre
8. As equações 3x = 18 e x = 6 são equivalentes. Por quê? solicitar que os alunos ve-
rifiquem, usando os valo-
res encontrados ao resolver
9. O que são equações equivalentes? equações, se eles efetivamen-
te são as raízes das mesmas,
substituindo tais valores nas
10. Resolva, “de cabeça”: x + 20 = 50. equações dadas. Assim, em
7a, devem obter 30 +4 =
8(3+1) + 2, conf irmando
11. Se você multiplicar os dois membros da equação x + 20 = 50 por cinco, que 3 é raiz da equação
desse item.
vai obter essa nova equação: 5(x + 20) = 5 x 50. Sem resolvê-la, diga
qual é a sua raiz.
8. Porque elas têm a mesma
raiz.
12. Descreva o que acontece quando multiplicamos os dois membros de
9. São equações que têm as
uma equação por um mesmo número diferente de zero. mesmas raízes.

10. x = 30.

11. A raiz é 30.


1 1
3
( 2 x − 4) − (8 x + 5) = 7
2 12. Obtemos uma equação
equivalente à primeira.

O objetivo de colocar uma


equação como a que se vê em
destaque no quadro verde, ao
lado, é mostrar para os alunos
Professor, como que é possível resolver equa-
Son Salvador

faço para resolver equações ções por mais complexas


como a do quadro? que possam parecer. Não se
trata aqui de questionar se
existem situações do dia a dia
Son Salvador

que nos levem a tal equação,


mas sim dotar os alunos de
conhecimentos necessários
É fácil! Vamos apenas à resolução de equações e
recordar duas propriedades que problemas que as gerem.
ajudarão na compreensão de como
resolver esse tipo de equações.
111

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 111 10/05/13 19:50


Explore situações análogas
às dos dois primeiros quadros
Você já sabe que:
da página usando números para
facilitar sua compreensão. a(b + c) = ab + ac
Recorde a multiplicação de
frações por números naturais,
bem como a simplificação de 1 1 1 a b a+b
frações. Em particular, simplifi- e que × (a + b ) = × a + × b = + =
que 65/20. 3 3 3 3 3 3
13. Tarefa do aluno.
Veja como usar essas propriedades para resolver a equação do quadro da
página 109:
14. a) x = 10;
b) x = –28/9;
c) x = 10;
d) x = 9/2;
1 1 2x − 4 8 x + 5
e) x = –13;
f) x = –2.
3
( 2x − 4) − (8 x + 5) = 7
2

3

2
=7
A verificação das raízes das
equações do exercício 14 trans-
forma-se em bons cálculos de Agora, multiplicamos os dois membros pelo m.m.c. de 3 e 2, que é 6:
expressões com inteiros ou com

( )
frações.
Lembre-se sempre de utilizar 2x − 4 8 x + 5 6 ( 2x − 4 ) 6 ( 8 x + 5)
recursos gráficos para facilitar 6 − = 6 ×7 ⇒ − = 6 ×7
a elaboração de estratégias de 3 2 3 2
resolução dos diversos problemas,
bem como é mais conveniente
(não obrigatório) representar 6 6
pela incógnita o valor da menor Como
= 2= e 3 , resulta: 2(2x – 4) – 3(8x + 5) = 42.
quantidade conhecida. Exem- 3 2
plificando: No problema 15 (a),
sugerimos escrever no quadro:
M (de matriz), F1 (de primeira 13. O restante da conta é com você. Termine o cálculo e verifique que a raiz é:
filial) e F2 (de segunda filial).
Perguntando aos alunos qual
delas enviou menor quantidade, 65 13
chega-se à conclusão que foi a − =−
F2; logo, ao lado de F2, escreva: 20 4
F2 => x; depois, pela or-
dem, explorando o enuncia- 14. Resolva:
do, é possível chegar a F1 =>
x + 225 e M => 3(x + 225), e,
a) d)
finalmente, à equação: x 3x 4 x 5x x
x +(x + 225) + 3(x + 225) = 15 975. + = 11 – = 2+
2 5 3 9 3
É recomendável recordar como
calcular acréscimos ou decrésci-
x +1 x – 2
b) x + 2 = e)
x 1
mos percentuais antes de explorar – =
o exercício 15(b). 4 3 4 5
15. a) 2a filial: 3 015;
x+2 x−2
c) f)
1ª filial: 3 240. =8 – 2 3
(1 – x) + x = (x + 2)
b) Parte inicial x; 3 2 3 5
x + 0,4x = x – 0,3x +
42 000 
0,7x = 42 000,
x = R$ 60 000, 15. Resolva, usando equações, os seguintes problemas:

a) A matriz e duas filiais de determinada loja enviaram, no mês de dezembro, um total


R) R$ 60 000.

de 15 975 correspondências. A matriz enviou o triplo de correspondências enviadas


pela primeira filial, e esta, 225 a mais que a segunda filial. Calcule o total de cor-
respondências enviadas pelas duas filiais.

b) Certa importância foi dividida em partes iguais entre dois irmãos. Após algum
tempo, o primeiro aumentou o valor inicial de sua parte em 40%, e o segundo dimi-
nuiu o seu valor em 30%. Nessas condições, a diferença entre eles passou a ser de
R$ 42 000,00. Calcule a importância inicial de cada irmão.

112

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c) O comprimento de um quadro retangular é o triplo de sua largura. O perímetro desse c) x + 3x + x + 3x = 96
 x = 12  2x = 24.
quadro é de 96 cm. Calcule a diferença entre o comprimento e a largura do quadro, R) 24 cm.
d) 1o x, 2o 2x, 3o 3x – 5
nessa ordem.
 x + 2x + (3x – 5) = 43
 x = 8.
R) 19 cm.
e) P = x, A = 3x – 10,
x + (3x – 10) = 2 006
 x = 504.
R) 998 cartas.
f) A = x, B = 3x,

Júlia Bianchi, 2006


C = 3x – 19 
7x – 19 = 282  x = 43.
R) R$ 86,00.
g) De dez = x,
de cinco = 65 – x
 10x + (65 – x) . 5 = 550
d) O perímetro de um triângulo é 43 cm. Ordenamos os seus lados de forma que a
 x = 45,
R) 25 notas.
medida do segundo lado é o dobro da do primeiro, e o terceiro mede 5 cm a menos h) P = x, A = 2x – 6
do que o triplo da medida do primeiro. Calcule quanto mede o lado maior desse  3x – 6 = 2 064
 x = 690.
triângulo. R) 684.
e) Numa segunda-feira, o número de cartas entregues por Antônio correspondeu ao
triplo das que Pedro distribuiu, menos 10 cartas. Os dois juntos entregaram 2 006 16. a) x – 2x/7 = 70 
cartas. Calcule a diferença entre o número de cartas que cada um entregou nessa 5x/7 = 70  x = 98.
R) R$ 98,00.
segunda-feira. b) x – x/4 – 21 = 2x/5
f) Antônio, Beatriz e Cláudio possuem, juntos, R$ 282,00. Cláudio tem R$ 19,00 a  x = 60.
R) R$ 60,00.
menos que Beatriz, e esta, o triplo do que tem Antônio. Calcule quanto Beatriz tem c) x + (x + x/7) = 9 000
a mais que Antônio.  x = 4 200.

g) Numa caixa registradora, existem 65 notas: umas de R$ 10,00 e outras de R$ 5,00,


R) 600 metros.
d) C = x, B = x + 3,50,
A = x + 3,50 + 2,80
num valor total de R$ 550,00. Calcule a diferença entre os números de notas de cada x + (x + 3,50) =
valor. (x + 3,50 + 2,80) + 104,62 x

h) Em um dia, Pedro e André efetuaram a leitura de 2 064 hidrômetros. André leu o


= 107,42.
R) R$ 332,06.
dobro do número de hidrômetros que Pedro, menos 6. Calcule a diferença entre o e) salg = x, sand = 5x,
r = x + 0,30 
número de hidrômetros que cada um dos dois conseguiu ler. 7x + 0,30 = 3,80 
x = 0,50.
16. Resolva, usando equações com coeficientes fracionários ou decimais: R) R$ 1,70.
Algumas sugestões usando
a) Lúcia gastou 2/7 do que possuía e ainda ficou com R$ 70,00. Quanto Lúcia possuía? aritmética:
a) 7/7 – 2/7 = 5/7 equivalem
b) Vander gastou 1/4 do que possuía e, em seguida, mais R$ 21,00, ficando ainda com a 70,00. Logo, 1/7 equivale
a 14,00 e 7/7 equivalem a
2/5 do que tinha. Quanto Vander possuía inicialmente? 98,00.

c) Um carteiro andou, certo dia, um total de 9 000 metros. Na parte da manhã, ele
R) R$ 98,00.
b) 1/4 e 2/5 equivalem a 5/20 e
caminhou 1/7 a mais que na parte da tarde. Calcule a diferença entre as distân cias 8/20, respectivamente. Logo,
21 reais equivalem a 7/20,
por ele percorridas nos dois períodos, nesse dia. 1/20 equivale a 3 reais e
d) Antônio tem R$ 2,80 a mais que Belizário, e este, R$ 3,50 a mais que Cláudio. 20/20 equivalem a 60 reais.
R) R$ 60,00.
Belizário e Cláudio têm, juntos, R$ 104,62 a mais que Antônio. Quanto possuem
os três juntos?
e) Um refrigerante, um sanduíche
e um salgadinho custam, juntos,
R$ 3,80. O refrigerante custa
R$ 0,30 a mais que o salgadinho, e
Júlia Bianchi, 2006

este, a quinta parte do preço do sandu-


íche. Calcule a diferença entre o preço
do sanduíche e o do refrigerante.
113

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 113 10/05/13 19:50


Aprendendo em casa
Faça breve abordagem
oral sobre as atividades do
“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão
aptos a resolvê-las. Recorde 3 é raiz da equação 5x + 4 = 19 porque, substituindo a incógnita
x por 3 na equação, tem-se: 5 × 3 + 4 = 19.
17. a) Sim;
b) Sim; 17. Em cada caso de a até h da tabela a seguir, verifique se o número dado
é raiz da equação correspondente:
c) Sim;
d) Sim;
e) Não;
f) Sim;
g) Não; Número Equação
h) Não.

a 2 3x – 2 = 4

b 0 x2 = 3x

c 3 x2 – 3x = 0
18. a) x = 7/9;
2 x2 – 5x + 6
b) x = 15/2;
d
c) x = –4/5;
d) x = –23/21;
e) x = –12. e –1 x2 – 2x = – 1

f –3 (x + 4)(x + 3) = 0
19. a) R$ 4 100,00;
b) A ficou com 800; g 0 (x + 4)(x – 1) = 0
B ficou com 400;
c) Um custou R$ 45,00 e h 1 3x + 8 = 2x – 3
o outro, R$ 72,00;
d) 30 canetas.

Sugestões:
(Comece sempre pelo me- 18. Resolva as seguintes equações em seu caderno:
nor valor)
a) 3x –1 = (5 – 3x) d) 4 (x + 2) = 1 (1 – 9x )
a) Seja x o quanto Fátima 1
possui... 2 3
b) Seja x a quantidade de

b) x – 2 = x – 1 e)
cartas de A... 1 1
c) Seja x o menor dos (6 + 2x) = (3x + 12)
preços... 3 5 3 4
d) Seja x a quantidade
de canetas da primeira
gaveta...
c) 2 x – x = 5x + 1
3 4 6 3

19. Resolva, usando equações:


a) Lúcia, Cláudia e Fátima têm, juntas, R$ 11 000,00. Lúcia tem o triplo de Cláudia,
e esta, R$ 500,00 a mais que Fátima. Calcule quanto Cláudia e Fátima têm juntas.
b) Dois carteiros, A e B, tinham 1 200 cartas para distribuir. Como o roteiro de B estava
situado mais longe e incluía mais ladeiras que o de A, os dois dividiram as cartas
entre si de modo que B ficou com a metade da quantidade de A. Calcule o número
de cartas que ficaram com A.
c) Paula pagou por dois objetos um total de R$ 117,00. Um deles custou R$ 27,00 a
mais que o outro. Calcule os preços dos dois objetos, em reais.
d) Ao fazer um levantamento do estoque de canetas da agência em que trabalha, An-
dreia encontrou um total de 108 unidades, distribuídas em três gavetas distintas. A
segunda gaveta continha 12 canetas a mais que a primeira, e a terceira, o dobro das
encontradas na segunda. Calcule o número de canetas encontradas na segunda gaveta.

114

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20. a) F á b i o d e v i a R $
20. Resolva, usando equações com coeficientes fracionários ou decimais: 360,00 e pagou R$
240,00;
a) Fábio pagou 2/3 de sua dívida e ainda ficou devendo R$ 120,00. Quanto Fábio devia b) Vestido = R$ 70,00;
blusa = 32,00.
e quanto já pagou? Inicialmente ela pos-

b) Adriana gastou 5/8 do que tinha na compra de um vestido e 2/7 na compra de uma suía: R$ 112,00.

blusa, ficando ainda com R$ 10,00. Quanto custou cada objeto que Adriana comprou,
e quanto ela possuía inicialmente?

Resolvendo sistemas de equações e problemas


Explorando o que você já sabe
Recorde: dada uma equa-
ção como x – y = 4, os pares
Observe os pares ordenados de números a seguir e diga quais deles ordenados (7;3), (10; 6) e
diversos outros são soluções
são raízes da equação x + y = 10: da mesma (pois 7 – 3 = 4 . 10
– 6 = 4 etc.)
• (2,8)
• (8,2)
• (4,6) ATIVIDADES ORAIS

• (3,7; 6,3) Todos os cinco pares orde-


nados são raízes da equação
• (–2; 12) x + y = 10;

Qual o único dos pares anteriores que é também raiz da equação x – y = 6?


Apenas o par (8,2).

No texto ao lado, mencio-


namos o fato de que os alunos

Aprendendo em sala de aula


já estudaram como resolver
sistemas de equações usando
o método de adição ( 8º. ano,
capítulo 3). Se julgar conve-
Você já sabe resolver sistemas de equações usando o método de adição. niente, recorde como resolver

Agora, você vai aprender um outro método que é muito útil, principal-
alguns sistemas usando o
método de adição. Este fato
mente quando um dos quatro coeficientes das incógnitas for 1. Ele se propiciará aos alunos a esco-

chama “método de substituição”.


lha do método que mais lhes
convier ao resolver sistemas.
Em particular, os sistemas do
No sistema a seguir, o coeficiente da incógnita x da segunda equação é 1. exercício 37, página 119, são

{ {
ótimas opções para comparar
2x + 4y = 18
as resoluções pelos dois
2x + 4y = 18
Podemos reescrever: métodos.
x−y=3 x=y+3 Lembre-se também, tal
como se fez para equações,
de recomendar que os alu-
nos usem a substituição dos
Logo, como x = y + 3, podemos substituir o “x” da primeira equação pares ordenados encontrados
assim: ao resolver sistemas, nas
equações, para conf irmar
2(y + 3) + 4y = 18. se, efetivamente, são raízes
do sistema. Em particular,
destacar o fato de que um
Resolvendo essa equação, temos: par ordenado pode satisfazer
uma das equações sem que
2y + 6 + 4y = 18  2y + 4y = 18 – 6  6y = 12  y = 2. satisfaça a outra (no caso de
sistemas de 2 equações).

Como x = y + 3, e y = 2, resulta: x = 2 + 3  x = 5.
Logo, a solução do sistema é x = 5 e y = 2.
115

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Explore, após a observação:
Explicite para x:
a) x + 2y = 15;
{
Vamos “verificar” o sistema: x − y + 3
2x + 4y = 18

b) x – 3y = 4;
c) 2x + 4y = 7. Isto é, vamos comprovar que as raízes encontradas estão corretas.
Explicite para y:
Para tanto, basta substituir os valores encontrados 5 e 2, para x e y,
respectivamente, nas equações do sistema.

{
d) x + 2y = 15;
e) x – 3y = 4;
2 (5) + 4 ( 2) = 18 Verdadeiro (porque 10 + 8 = 18).
f) 2x + 4y = 7. Assim:
Respostas:
5 – 2= 3 Verdadeiro.
a) x = 15 – 2y;
b) x = 4 + 3y; Observação:
c) x = (7 – 4y)/2;
d) y = (15 – x)/2;
e) y = (x – 4)/3; A passagem x – y = 3  x = y + 3 chama-se “explicitar” a equação
f) y = (7 – 2x)/4.
x – y = 3 para x. Observe que ela equivale a “isolar” a parcela em x no
primeiro membro, passando as demais para o segundo membro. Isto
favorece substituir o valor encontrado para x na outra equação, obtendo
assim uma equação em uma só incógnita.
21. Leia o problema e responda às perguntas relacionadas com ele.

Júlia Bianchi, 2006


Márcia comprou duas toalhas iguais e quatro caixas de leite de mesma
capacidade, pagando pela compra 18 reais. Cada toalha custou 3 reais
21. a) Duas toalhas e quatro
caixas de leite;
b) 18 reais; a mais que cada caixa de leite. Calcule o preço de uma dessas toalhas
e o preço de uma caixa de leite.
c) 3 reais;
d) O preço de cada toalha
e de cada caixa de lei-
te;
a) Quais artigos Márcia comprou e qual foi a quantidade de cada um?
e) Duas. b) Quanto Márcia pagou, ao todo, por essa compra?
c) Quantos reais a mais custa cada toalha em relação à caixa de leite?
d) O que se quer saber no problema?
e) Quantas incógnitas tem esse problema: uma ou duas?
22. Agora, vamos equacionar o problema anterior. Responda ou faça o que
se pede:
a) Se chamarmos de x o preço de cada toalha, que expressão representa o preço pago
22. a) 2x; por todas elas?
b) 4y;
c) 2x + 4y = 18; b) Se chamarmos de y o preço de cada caixa de leite, que expressão representa o preço
d) x – y = 3. das caixas compradas?
c) Usando as variáveis x e y, que equação representa a despesa total que Márcia teve
nessa compra?
d) Usando as variáveis x e y, qual das duas equações representa que cada toalha custa
3 reais a mais que cada caixa de leite: x – y = 3 ou y – x = 3?

116

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 116 10/05/13 19:50


23. Cada toalha custou 5
23. Observe que, ao equacionar o problema 21, obtivemos duas equações reais e cada caixa de leite
que formam o sistema:
custou 2 reais.

{ 2 x + 4 y = 18
x– y=3

Você viu que, ao resolver esse sistema na página anterior, obtivemos 24. a) x = 71 – y;
x = 5 e y = 2. Use essas raízes para escrever a resposta do problema.
b) 5 (71 – y) + 10y = 600;
c) y = 49;
d) x = 22;
24. Observe o sistema:
{
f) Tarefa do aluno.

5 x + 10 y = 600
Comente que a raiz do
x + y = 71 sistema do exercício 24 é
(22; 49), isto é, este “par orde-
a) Explicite a segunda equação para x. nado” significa que x = 22 e

b) Substitua o valor encontrado para x na primeira equação.


y = 49.

c) Resolva a equação na variável y que você obteve.


d) Você deve ter achado y = 49. Substitua esse valor na equação do item (a) e resolva
a equação na variável x resultante.
e) Você deve ter achado x = 22.
f) Verifique que os valores encontrados para x e y satisfazem às duas equações do sis-
tema, isto é, substitua-os nas duas equações e verifique que obterá duas igualdades
numéricas.

25. Paulo retirou R$ 600,00 em um caixa eletrônico. Ao conferir, observou ter


25. a) 5x;
b) 10y;
recebido notas de R$ 5,00 e R$ 10,00 em um total de 71 notas. Quantas c) 5x + 10y = 600;
d) x + y = 71.
notas de cada valor Paulo recebeu?

a) Chame de x o total de notas de 5 reais re-


cebidas por Paulo. Qual é a expressão que
representa a quantidade de reais recebida
em notas de 5 reais?
b) Chame de y o total de notas de 10 reais
recebidas por Paulo. Qual é a expressão
que representa a quantidade de reais re-
cebida em notas de 10 reais?
c) Qual é a equação contendo as variáveis x
Júlia Bianchi, 2006

e y que representa os 600 reais recebidos?


d) Qual é a equação contendo as variáveis x
e y que representa o total de notas rece-
bidas?

26. Ao resolver o problema anterior, você encontrou duas equações que 26. Paulo recebeu 22 notas de

formam o sistema:
R$ 5,00 e 49 notas de R$

{
10,00.
5 x + 10 y = 600
x + y = 71

Você já resolveu esse sistema e encontrou x = 22 e y = 49. Use esse


resultado para escrever a resposta ao problema anterior.
117

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 117 10/05/13 19:50


Professor, o
método de substituição Não. Ele
só serve quando um dos pode ser usado
coeficientes é 1? sempre. No caso de
coeficiente 1, a resolução
fica mais fácil, mas veja
um exemplo no qual
nenhum coeficiente

or
Son Salvad
é igual a 1:

Resolver o sistema
{ 2x + 3y = 7
3x + 2y = 8
pelo método de substituição.
7 − 3y
Explicitando a primeira equação para x, temos: 2x = 7 – 3y ⇒ x = .
2
Substituindo esse valor de x na segunda equação, temos:

3
( 7 − 3y
2 )
+ 2y = 8 
21− 9y
2
+ 2y = 8

Multiplicando os dois membros por 2:

–5
21 – 9y + 4y = 16 –9y + 4y = 16 – 21  –5y = –5  y = y = 1
–5

Substituindo esse valor na segunda equação, resulta:

6
3x + 2 (1) = 8  3x + 2 = 8  3x = 8 – 2  3x = 6  x = x=2
3

Concluímos que a solução do sistema é (2;1).

27. Possível resposta: porque 27. Discuta com seus colegas e escreva uma frase que responda à seguinte
pergunta: por que é importante saber resolver sistemas de equações?
elas são muito úteis para
resolver problemas com
mais de uma incógnita.

28. a) 2x + 3y = 7;
28. Márcia comprou 2 pacotes de biscoito e 3 caixas de leite pagando
b) 3x + 2y = 8; 7 reais pela compra. Se tivesse comprado 3 pacotes de biscoito e duas
{
c) 2x + 3y = 7; caixas de leite, teria pago 8 reais. Qual foi o preço de um pacote de
3x + 2y = 8.
d) 1 pacote de biscoito biscoito e uma caixa de leite que Márcia comprou?
custa R$ 2,00 e 1 caixa
de leite custa R$ 1,00. Represente por x o preço do pacote de biscoito e por y o preço da caixa
de leite.
a) Qual é a equação que representa a compra de Márcia que ficou em 7 reais?
b) Qual é a equação que representa a compra de Márcia que ficaria em 8 reais?
c) Qual é o sistema de equações formado pelas equações dos itens (a) e (b)?
d) Esse sistema já foi resolvido no exemplo anterior. Use as raízes dele para escrever
a resposta ao problema.
118

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 118 10/05/13 19:50


Professor, os Não! Eles podem ser
coeficientes das equações frações, decimais,
de um sistema são sempre irracionais, enfim, qualquer
números inteiros? tipo de número real.

Son Salvador
Veja exemplos de sistemas cujas equações têm coeficientes que são
frações ou decimais:
1º EXEMPLO:

{
x+y x − 4y
−2=
(A) 3 2
x+y=3
x+y x − 4y
Multiplicando os dois membros da equação −2= por 6
(m.m.c. dos denominadores 2 e 3), temos: 3 2

6( x + y ) 6( x − 4 y )  2(x + y) – 12 = 3(x – 4y) 


− 6×2 =
3 2
2x + 2y – 12 = 3x – 12y  2x – 3x + 2y + 12y = 12  –x + 14y = 12.
Logo, o sistema pode ser reescrito assim:

{ −x + 14 y = 12
x+y=3
Resolvendo esse sistema, obtêm-se as raízes x = 2 e y = 1.
2º EXEMPLO:

(B)
{ 0, 2x + 0, 3y = 0,7
0,03x + 0,02y = 0,08

Multiplicando os dois membros da primeira equação por 10 e os dois


membros da segunda equação por 100, teremos o novo sistema equi-
valente:

{ 2x + 3y = 7
3x + 2y = 8

Resolvendo-o, encontram-se as raízes x = 2 e y = 1.


119

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 119 10/05/13 19:50


{ {
29. Resolva os sistemas a seguir e confira as respostas
29. As respostas encontram-
-se no livro do aluno.

{
1 3 3x 5y
y = x −2 + =8
1º) 2 2 4º) 4 2 7º) 0,3x + 0,4y = 1,1
1 1 y 3x 0,5x + 0,2y = 0,9

{
x+ y = = −5

{ {
2 2 2 2

1 1 7x 5y 3x − 6 5y − 4 5y
x − y = −1 – = – 12 +3− =
2º) 3 3 5º) 8º) 10
2 4 2 2
1 y 3x y − x x 7x − 5y

{ {
y+ x=0 = +4 + − = y − 2x
2 4 2 4 8 3
x y x +1 y
+ = 10 − = −1
3º) x 6º) y 3x + 1
2 3 3 4
y
+ = 10 − =0
3 2 3 4
Respostas:

30. Geraldo possui: 1º) (1, –1) 3º) (12, 12) 5º) (–2, 4) 7º) (1, 2)
2º) (–2, 1) 4º) (4, 2) 6º) (5, 12) 8º)(2, 1)
R$ 10 000,00;
Haroldo possui:
R$ 6 000,00.

30. Resolva, usando sistemas de duas equações:


Geraldo e Haroldo têm, juntos, R$ 16 000,00. Geraldo tem R$ 4 000,00 a mais que
Haroldo.
Quanto possui cada um deles?

Você deve estar pensando: como será que se inventa um sistema


de equações?

Observe, a seguir, como é simples inventar um desses sistemas:


Inicialmente, inventamos o primeiro membro de duas equações quais-
quer com duas incógnitas. Por exemplo:
Primeira: 3x – 2y =
Segunda: 4x + y =

Depois, escolhemos as raízes que queremos que elas tenham. Por


exemplo, x = 1 e y = 2.
Então, devemos ter como segundo membro da primeira equação
3 (1) – 2 (2) = 3 – 4 = –1
E, como segundo membro da segunda equação,
4 (1) + 2(1) = 4 + 2 = 6

{
Logo, devemos escrever o sistema: 3x − 2y = −1
4x + y = 6
120

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 120 10/05/13 19:50


31.
31. Verificação do aluno.
Agora, resolva o sistema inventado e verifique que as raízes são as que
escolhemos.
32. 3x – 2y = 1
4x + y = 16 {
33. Respostas variadas.

32. Quais devem ser os números do segundo membro das duas equações 34. Respostas variadas.

a seguir para que a solução do sistema seja x = 3 e y = 4?


35. Respostas variadas.

{
Invente um problema re-
lacionado com o sistema do
3x – 2y = ? exercício 37 (c).
Faça breve abordagem oral
4x + y = ? sobre as atividades do “Apren-

33. Invente um sistema cujas raízes sejam x = 4 e y = 5.


dendo em casa” para verificar
se os alunos estão aptos a
resolvê-las.
Sugestões sobre como re-
34. Invente um sistema cujas raízes sejam x = –2 e y = –4. solver, usando aritmética, os
exercícios 36 (a), (b) e (c).
36. a) Dando 100 notas de 10
35. Invente um sistema cujas raízes sejam x = 0,5 e y = 1,5. reais, resultaria um total
de 1 000,00. Cada vez
que troco duas notas
de 10 reais por 2 de
5 reais, a importância
se reduz em 10 reais.

Aprendendo em casa
Como tenho que reduzir
300 reais para chegar

RESOLVENDO (A), (B) E (C) USANDO ARITIMÉTICA


aos 700 reais desejados,
devo fazer 300 : 10 = 30
36. Resolva, usando sistemas de equações: substituições, ou seja,
devo pagar com 60 notas

a) Um cliente apresentou um cheque de R$ 700,00 ao caixa do banco e pediu que ele


de 5 reais (300 reais),
mais 40 notas de 10 reais
fosse pago em notas de R$ 5,00 e R$ 10,00, num total de 100 notas. Se você traba- (400 reais);
b) Basta observar que as
lhasse no caixa, quantas notas de cada valor daria ao cliente? diferenças dos dois to-
tais pagos é exatamen-
b) Maura comprou um pote de margarina e um creme dental e pagou pela compra te o preço de um pote
de margarina. Logo,
R$ 2,58. Marta comprou, na mesma loja, dois potes de margarina e um creme dental 3,86 – 2,58 = 1,28. Por-
e pagou R$ 3,86. Se os artigos comprados foram de mesma marca e mesma capa- tanto, o preço do creme
cidade, calcule o preço de cada um. dental é 2,58 – 1,28 =
1,30;

c) Laura foi à cantina e pagou R$ 1,10 por 3 pastéis e um copo de leite. Mariza pagou
c ) Por 6 pastéis e 2 copos
de leite, ela pagaria 2,20.
R$ 1,00 por 2 pastéis e dois copos de leite. Qual é o preço do pastel? E do copo de Como pagou 1,00 por
2 pastéis e 2 copos de
leite? leite, a diferença de 1,20

d) Fernanda comprou na can-


corresponde ao preço de
4 pastéis e, portanto,
cada um deles custa 0,30.
tina 2 salgados e um picolé O copo de leite custa
e pagou R$ 1,80. Nei com- 1,10 – 3(0,30) = 0,20.
Júlia Bianchi, 2006

prou 4 salgados e 4 picolés 36. a) 60 notas de R$ 5,00 e 40


notas de R$ 10,00;
e pagou R$ 5,20. Qual é o b) O preço da margarina
preço do salgado? E do pico- é R$ 1,28 e o preço do
RESPOSTAS

lé? creme dental é R$ 1,30;


c) O preço do pastel é

37. Resolva os sistemas:


R$ 0,30; o preço do leite
é R$ 0,20;
d) O preço do salgado é

{ { {
R$ 0,50; o preço do
a) c) e)
7a + 4b = 7 5x + 2y = 22 3x – 2y = 10 picolé é R$ 0,80.
2a + 4b = 2 2x + 3y = 11 5x + 4y = 2 37. a) a = 1; b = 0;
b) x = 1; y = –2;

{ {
c) x = 4; y = 1;
b) d)
10x + 2y = 6 2x + y = 1 d) x = 3; y = –5;
e) x = 2; y = –2.
–5x + 2y = –9 3x – 4y = 29

121

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 121 10/05/13 19:50


As expressões fatoradas e as equações
Explorando o que você já sabe

Observe os polinômios da coluna à direita: a) 2 + 3x3


• Por que o polinômio da letra (b) é do quinto grau? b) 2x5 – 5x + 4x3
c) x – 3x3
ATIVIDADES ORAIS
Dê as letras correspondentes aos polinômios: d) 5x4 – 3x2
• Porque o maior expoente • Do primeiro grau. e) 3x3 –5x + 2x4
de variável x é 5.
• Do segundo grau. f) 3x2 –5x + 4
g)
• (h) e (i).
• (f) e (g). x2 + 4x
• Do terceiro grau.
h)
• (a) e (c).
• (d) e (e). 9 – 7x
• Do quarto grau.
i) 13 + 5x

Aprendendo em sala de aula

Você sabe como reconhecer o grau de polinômio com uma variável.


Também as equações com uma variável são classificadas pelo grau.
Em particular, você já resolveu diversas equações do primeiro grau.
As equações do primeiro grau são equações que podem ser colocadas
na forma:

ax = b

O coeficiente a representa qualquer número real diferente de zero e o


coeficiente b representa qualquer número real.
Veja alguns exemplos de equações do primeiro grau:
Esclareça:
1) No segundo exemplo (x

1o) 4x + 4 – x = 19 – 5x  4x – x + 5x = 19 – 4  8x = 15
= 16), o coeficiente de x é 1;
2) No quinto exemplo, se
multiplicarmos os dois mem-
bros da equação –3x = –12 2o) 4 – 3x – 2 +x = 18 – 3x  – 3x + x + 3x = 18 – 4 + 2  x = 16
por –1, obteremos a equação
equivalente 3x = 12;
3) Em todas as situações,
3o) 7x = 14
de ax = b obtém-se x = b/a.
Use essa observação para 4o) 8x – 9 = 0  8x = 9
5o) – 3x + 12 = 0  –3x = –12
pedir as raízes das equações
dadas (simplificadas, se for
o caso).
38. Escreva cada uma das equações a seguir, na forma ax = b:
38. a) 18x = 27; a) 5x – 3 + 6x = 21 – 7x + 3
b) 12x = 24.
b) 5 + 7x – 3 = 21 – 5x + 5

122

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 122 10/05/13 19:50


39. a) x = 27/18 x = 3/2;
39. Resolva as duas equações do primeiro grau do exercício anterior. b) x = 24/12 x = 2.

40. Dê exemplos de equação da forma ax = b, tais que os coeficientes a e 40. Tarefa do aluno.
b satisfaçam às seguintes condições:
a) a é positivo e b é positivo.
b) a é positivo e b é negativo.
c) a é negativo e b é negativo. 41. Tarefa do aluno.
d) a é negativo e b é positivo.
42. a) V;
41. Resolva as quatro equações que você inventou no exercício anterior. b) V;
c) V;

42. V ou F:
d) F.

a) Resolvendo a equação ax = b, obtemos: x =


b Explore, perguntando se é
(a ≠ 0). verdadeiro ou falso:
a
b) Se a e b são positivos, a raiz da equação ax = b é positiva. a) Se o produto de dois
números é zero, pelo
c) Se a e b são negativos, a raiz da equação ax = b é positiva. menos um deles é zero;
b) Se em uma multiplica-

d) Se a e b têm sinais opostos (um é positivo e outro é negativo), a raiz da equação


ção um dos fatores é
zero, o produto é zero.
ax = b é positiva.
43. a) 0;

43. Observe os seguintes produtos de binômios do primeiro grau: b) 0;


c) 0;
d) 0;
(A) (x – 3) (x – 4) e) 0;
f) 0.
(B) (x – 5) (x + 6) Peça que justifiquem por
(C) (x + 2) (x + 6)
que todos os produtos são
iguais a zero.
Escreva o produto:
a) Substitua x por 3 em (A) e calcule o produto. (x – 4) (x – 8) = 0 e pergunte
qual é a conclusão correta:
b) Substitua x por 4 em (A) e calcule o produto. 1a) x = 4 e x = 8;
c) Substitua x por 5 em (B) e calcule o produto. 2a) x = 4 ou x = 8.

d) Substitua x por –6 em (B) e calcule o produto. Justifique que a correta é


a 2a porque x não pode repre-
e) Substitua x por –2 em (C) e calcule o produto. sentar, simultaneamente, os
números 4 e 8 (o e significa
f) Substitua x por –6 em (C) e calcule o produto. simultaneidade, isto é, ao
mesmo tempo).

44. Use os resultados obtidos no exercício anterior e diga quais são as duas 44. a) 3 e 4;
raízes de cada uma das seguintes equações: b) 5 e –6;

a) (x – 3) (x – 4) = 0 b) (x – 5) (x + 6) = 0 c) (x + 2) (x + 6) = 0
c) –2 e –6.

45. a) 3, 4 e 5;
45. Observe a equação: b) São os números que
tornam o primeiro
membro da equação
(x – 3) (x – 4) (x – 5) = 0 igual a zero.

a) Use o que você já observou nos exercícios anteriores e diga quais são as raízes da
equação.
b) Justifique sua resposta ao item (a).

123

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Você já usou a fórmula:

(x + a) (x + b) = x2 + Sx + P, onde S = a + b e P = a.b.

para calcular os produtos:

(x + 4) (x + 7) e (x + 5) (x – 4)

Em (x + 4) (x + 7) S = 4 + 7 = 11 e P = 4 x 7 = 28.
Logo, (x + 4) (x + 7) = x2 + 11x + 28.
Em (x + 5) (x – 4) S = 5 – 4 = 1 e P = (5) (– 4) = –20.
Logo, (x + 5) (x – 4) = x2 + x – 20.
46. Tarefa do aluno.
46. Usando a fórmula (x + a) (x + b) = x2 + Sx + P, calcule S e P em cada
Esclareça que, no quadro caso para verificar que:
a) (x – 3) (x – 4) = x2 – 7x + 12
do exercício 47, usamos x1 e
x2 para representar as duas

b) (x – 5) (x + 6) = x2 + x – 30
raízes exatamente porque são
números diferentes (3 e 4) e,

c) (x + 2) (x + 6) = x2 + 8x + 12
portanto, não poderiam ser
representados simplesmente
pela letra x usando, entre
eles, o conectivo “e”.

47. a) x1 = 3; x2 = 4;
47. Você já sabe que:
b) x1 = 5; x2 = –6;
c) x1 = –2; x2 = –6. As raízes das equações são, respectivamente

(x – 3) (x – 4) = 0 x1 = 3 e x2 = 4

(x – 5) (x + 6) = 0 x1 = 5 e x2 = –6

(x + 2) (x + 6) = 0 x1 = – 2 e x2 = –6

Agora use os resultados do exercício 46 e escreva, em seu caderno,


quais são as raízes das equações:
a) x2 – 7x + 12 = 0
b) x2 + x – 30 = 0
Destaque para os alunos a c) x2 + 8x + 12 = 0
razão pela qual o coeficiente
a da equação As equações:
ax2 + bx + c = 0
não pode ser zero: este fato x2 – 7x + 12 = 0, x2 + x – 30 = 0 e x2 + 8x + 12 = 0
anularia o termo ax2 e faria
com que a equação não mais chamam-se equações do segundo grau.
fosse de segundo grau. No
Se depois de reduzirmos os termos semelhantes de uma equação
exercício 49, ele concluirá
que os demais coef icien-
tes b e c podem ou não se ela puder ser escrita na forma:
anular separada ou simulta-
neamente. ax2 + bx + c = 0

sendo a, b, c, números reais e a diferente de zero, dizemos que


ela é uma equação do segundo grau.

124

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 124 10/05/13 19:50


48. Os números dados na primeira coluna da tabela a seguir são raízes das
equações do segundo grau vistas à direita deles. Verifique este fato,
48. Tarefa do aluno.

substituindo-os nas equações correspondentes: 49. a) –2x2 + 4x – 11 = 0


a = –2
Números Equações b=4
c = –11;
b) 7x2 + 0x – 9 = 0
2e3 x2 – 5x + 6 = 0 a=7
b=0
–1 e –5 x2 + 6x + 5 = 0 c = –9;
c) 2x2 – 4x + 11 = 0
1 a=2
– e2 2x2 – 3x – 2 = 0 b = –4
2 c = 11;
d) –3x2 – 5x + 0 = 0
a = –3
49. Em cada equação a seguir, ordene e complete o polinômio do primeiro b = –5
c = 0;
membro e depois identifique os coeficientes a, b e c, escrevendo as e) –2x2 + 0x – 11 = 0
respostas em seu caderno: a = –2
b=0
c = –11;
f) nx2 + px + k = 0
Equações do segundo grau: ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0) a=n
b=p
c=k
A –2x2 + 4x – 11 = 0 a=? b= ? c= ? g) –2x2 – 4x + 9 = 0
a = –2
b = –4
B –9 + 7x2 = 0 a=? b= ? c= ? c = 9;
h) –19x2 + 0x + 0 = 0
a = –19
C 2x2 – 4x + 11 = 0 a= ? b= ? c= ? b=0
c = 0;
i) –2x2 + 4x + 0 = 0

? ? ?
a = –2
D –5x – 3x2 = 0 a= b= c= b=4
c = 0;
j) x2 – 3x + 8 = 0
E –2x2 – 11 = 0 a= ? b= ? c= ? a = 1
b = –3
c = 8;
F nx2 + px + k = 0 a= ? b= ? c= ? k) 3x2 – 1/2x + 6 = 0
a = 3
b = –1/2
G –2x2 – 4x + 9 = 0 a= ? b= ? c= ? c = 6;
l) 8,3x2 – 0,4x + 31,2 = 0
a = 8,3

? ? ?
b = –0,4
H –19x2 = 0 a= b= c= c = 31,2;
m) 1/2x2 – 3/4x + 4 = 0
a = 1/2
I –2x2 + 4x = 0 a= ? b= ? c= ? b = –3/4
c = 4.

J x2 – 3x + 8 = 0 a= ? b= ? c= ?
1
K 3x 2 –
2
x + 6= 0 a= ? b= ? c= ?
L 8,3x2 – 0,4x + 31,2 = 0 a= ? b= ? c= ?
1 2 3
M
2
x − x+4=0
4
a= ? b= ? c= ?
125

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 125 10/05/13 19:50


Você viu que resolver uma equação do segundo grau, quando ela está
fatorada, é fácil.
Por exemplo, como as equações
x2 – 7x + 12 = 0 e x2 + x – 30 = 0
foram dadas inicialmente fatoradas, (x – 3) (x – 4) = 0 e (x – 5) (x + 6) = 0,
respectivamente, bastou verificar os valores que anulam seus fatores: 3 e 4
para a primeira equação e 5 e –6 para a segunda equação, encontrando
assim as raízes delas.
Agora, você verá como proceder para resolver uma equação dada na

forma ax2 + bx + c = 0, sem estar fatorada.


Existem dois processos de resolução que você passará a aprender nas
próximas atividades em sala de aula.
Faça breve abordagem
oral sobre as atividades do
“Aprendendo em casa” para
Antes, porém, faça as atividades propostas para casa a seguir.
verificar se os alunos estão
aptos a resolvê-las.

Aprendendo em casa

50. a) 16x = 53; 50. Escreva cada uma das equações a seguir na forma ax = b:
a) 8x – 4 + 5x = 19 – 3x + 30
b) 12x = 19.

b) 15 + 9x – 7 = 18 – 3x + 9
51. a) x = 53/16;
b) x = 19/12.
51. Resolva as duas equações do primeiro grau do exercício anterior:

52. a) 0; 52. Observe os seguintes produtos de binômios do primeiro grau:


(A) (x – 5) (x – 6)
b) 0;
c) 0;
d) 0;
e) 0;
f) 0.
(B) (x – 3) (x + 4)
(C) (x + 2) (x – 9)
a) Substitua x por 5 em (A) e calcule o produto.
b) Substitua x por 6 em (A) e calcule o produto.
c) Substitua x por 3 em (B) e calcule o produto.
d) Substitua x por –4 em (B) e calcule o produto.
e) Substitua x por –2 em (C) e calcule o produto.
f) Substitua x por +9 em (C) e calcule o produto.
53. (A) 5 e 6; (B) 3 e – 4; (C)
–2 e +9. 53. Use os resultados obtidos no exercício anterior e diga quais são as duas
raízes de cada uma das seguintes equações:
(A) (x – 5) (x – 6) = 0
(B) (x – 3) (x + 4) = 0
(C) (x + 2) (x – 9) = 0
126

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54. Observe a equação:
(x – 4) (x – 6) (x + 8) = 0
a) Use o que você já observou nos exercícios anteriores e diga quais são as raízes da 54. a) 4, 6, –8;
equação. b)Porque 4, 6 e –8 são os

b) Justifique sua resposta ao item (a).


únicos números que
anulam o 1º membro.

55. Usando a fórmula (x + a) (x + b) = x2 + Sx + P calcule S e P para verificar


que: 55. Tarefa do aluno.

a) (x – 5) (x – 6) = x2 – 11x + 30
b) (x – 3) (x + 4) = x2 + x – 12 Professor(a): Na margem

c) (x + 2) (x – 9) = x2 – 7x – 18
da página 123 já fizemos
uma observação que julga-
mos conveniente repetir aqui.

56. No exercício 53 você concluiu que: Observe que nas equações do


exercício 56, existem dois va-

(A) As raízes da equação (x – 5) (x – 6) = 0 são: x1 = 5 e x2 = 6


lores distintos para x que são
raízes. Para exibi-las, temos

(B) As raízes da equação (x – 3) (x + 4) = 0 são: x1 = 3 e x2 = –4


duas opções. Por exemplo,
no caso A ou escrevemos
x = 5, ou x = 6 (“ou” porque
(C) As raízes da equação (x + 2) (x – 9) = 0 são: x1 = –2 e x2 = 9 x não pode, simultaneamente
ser 5 e 6), ou escrevemos
x1 = 5 e x2 = 6, usando índices
Use estes resultados e diga quais as raízes das equações a seguir. significando que são valores
não simultâneos de x.
Justifique suas respostas.

(A) x2 – 11x + 30 = 0 (B) x2 + x – 12 = 0 (C) x2 – 7x – 18 = 0


56. Raízes:
A) x1 = 5; x2 = 6;
B) x1 = 3; x2 = –4;

Resolvendo equações do segundo grau


C) x1 = –2; x2 = 9.

Justificativa: pelo exer-


cício 55, as equações dadas
são equivalentes às equações

Explorando o que você já sabe do exercício 53. Logo, têm as


mesmas raízes.

Observe cada equação do segundo grau a seguir e diga quais são os


seus coeficientes a, b e c:, quando colocadas na forma ax2 + bx + c = 0

• –3x2 + 7x – 18 = 0
• –8 + 5x2 = 0
ATIVIDADES ORAIS
• 7x2 – 9x + 1 = 0
• a = –3; b = 7; c = –18.
• –8x – 9x2 = 0 • a = 5; b = 0; c = –8.
• a = 7; b = –9; c = 1.
• tx2 + rx + s = 0 • a = –9; b = –8; c = 0.
• a = t; b = r; c = s.
• –8x2 – 9x + 10 = 0 • a = –8; b = –9; c = 10.
Son Salvador

• a = –3; b – 0; c = 0.
• –3x2 = 0 • a = –8; b = 7; c = 0.

• –8x2 + 7x = 0

127

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Aprendendo em sala de aula

Você já sabe que, se um produto de dois números é zero, pelo menos


um deles deve ser igual a zero. Em linguagem matemática, este fato se
representa assim:
Se a . b = 0, então a = 0 ou b = 0.
Por exemplo,
se 4(x – 3) = 0, como 4  0, concluímos que x – 3 = 0, ou seja, x = 3.
Se 3x(x – 5) = 0, concluímos que ou 3x = 0, ou x – 5 = 0, o que nos dá
duas raízes:

x1 = 0 e x2 = 5

Se 9x2 = 0, como 9x2 = 9x . x, concluímos que existem duas raízes iguais:


x1 = 0 e x2 = 0.

57. Complete, em seu caderno, o que deve substituir corretamente as letras


da tabela a seguir:

57. a) x – 7 = 0 ou x – 4 = 0;
b) x1 = 7 e x2 = 4; Se soubermos podemos concluir ou seja, teremos as
c) x + 3 = 0 ou x – 3 = 0; que que duas raízes
d) x1 = –3 e x2 = 3;
e) 2x = 0 ou x – 10 = 0;
f) x1 = 0 e x2 = 10;
(x – 2) (x – 3) = 0 x – 2 = 0 ou x – 3 = 0 x 1 = 2 e x2 = 3
g) x = 0 ou x = 0;
h) x1 = 0 e x2 = 0.

(x – 5) (x + 3) = 0 x – 5 = 0 ou x + 3 = 0 x1 = 5 e x2 = – 3
Recomende ou explore a
leitura de:
“Equação do segundo
7x (x – 4) = 0 7x = 0 ou x – 4 = 0 x1 = 0 e x2 = 4
grau”
Coleção Pra que serve a
Matemática?
Imenes – Jakubo – Lellis. 5x2 = 0 x = 0 ou x = 0 x 1 = 0 e x2 = 0
Atual Editora

(x – 7) (x – 4) = 0 a b

(x + 3) (x – 3) = 0 c d

2x(x – 10) = 0 e f

0,35x2 = 0 g h

128

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RESOLVENDO EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU USANDO
FATORAÇÃO
Você já sabe que: Reveja com os alunos o
cálculo do m.d.c. de expres-
1o) A equação 3x(x – 4) = 0 tem as raízes x1 = 0 e x2 = 4. sões numéricas e expressões
literais.
2o) Podemos escrever: 3x(x – 4) = (3x) (x) – (3x) (4) = 3x2 – 12 x. Sugestões: dados
a = 23 x 32 x 5,
b = 22 x 33,
Logo, se você souber a “passagem inversa” que transforma c = 24 x 3 x 5, calcule o
3x 2 – 12x no produto 3x(x – 4), será fácil resolver a equação incompleta m.d.c. de a e b, a e c, b e
c, usando a regra dos expo-
3x2 – 12 x = 0. entes: produto dos fatores
comuns, cada um com seu
Ela será equivalente à equação 3x(x – 4) = 0 e, portanto, suas raízes serão menor expoente.
Idem,
a = 4x3 y2x5,
x1 = 0 e x2 = 4 b = 8x2 y3,
c = 12x4 y3 z5:
fatore 4, 8 e 12 e calcu-
Essa “passagem inversa” chama-se “fatoração”. le o m.d.c. de a e b, a e
c, b e c, usando a regra dos
Existem diversos tipos de fatoração. Em particular, o que estamos abor- expoentes.

dando chama-se “colocar o fator comum em evidência”.


Vejamos como obter a igualdade 3x2 – 12x = 3x(x – 4).
Em casa, os alunos de-
Se calcularmos o m.d.c. de 3x2 e 12x, encontraremos 3x. Este é o fator vem anotar, no caderno, a

que deve ser colocado em evidência.


tabela em destaque, no fim
da página.

Para “descobrir” o outro fator (x – 4), basta dividir sucessivamente


3x2 e –12x por 3x.
Assim:

(3x2) : (3x) = x e (–12x) : (3x) = –4

Finalmente, escrevemos a igualdade:

3x2 – 12 x = 3x(x – 4)

Resumindo, temos:
Equação dada 3x2 – 12x = 0

Colocando o fator comum 3x em evidência.


3x(x – 4) = 0
(3x é o m.d.c. de 3x2 e 12x)
3x = 0
Se o produto é zero, então um dos fatores é zero. ou
x – 4 =0
Resolvendo a equação 3x = 0. 3x = 0  x = 0
Resolvendo a equação x – 4 = 0. x–4=0x=4
As raízes de 3x2 – 12 = 0 são x1 = 0 e x2 = 4.

129

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 129 10/05/13 19:50


Fatorações:
58. Resolva as seguintes equações incompletas do segundo grau, calcu-
lando o m.d.c. dos seus termos e o colocando como fator comum em
58. a) 4x(x – 4) = 0;
b) 3x(x – 9) = 0;
c) x(x – 16) = 0; evidência:
d) 5x(x – 3) = 0.

As raízes em cada caso são:


a) 4x2 – 16x = 0 c) x2 – 16x = 0
a) x1 = 0 e x2 = 4;
b) x1 = 0 e x2 = 9; b) 3x2 – 27x = 0 d) 5x2 – 15x = 0
c) x1 = 0 e x2 = 16;
d) x1 = 0 e x2 = 3.
59. Resolva as seguintes equações do primeiro grau:
a) 2x – 3 = 0 c) 9x – 1 = 0 e) 3x – 8 = 0
59. a) 3/2;
b) –3/5;

b) 5x + 3 = 0 d) 3x – 1 = 0
c) 1/9;
d) 1/3;
e) 8/3.

60) Fatorações: 60. Agora, use o método do fator em evidência e os resultados anteriores
(a) 6x(2x – 3) = 0;
(b) 5x(5x + 3) = 0;
para encontrar as raízes das seguintes equações do segundo grau:
a) 12x2 – 18x = 0 c) 27x2 – 3x = 0 e) 9x2 – x = 0
(c) 3x(9x – 1) = 0;
(d) 7x(3x – 1) = 0;

b) 25x2 + 15x = 0 d) 21x2 – 7x = 0 f) 3x2 – 8x = 0


(e) x(9x – 1) = 0;
(f) x(3x – 8) = 0.
Raízes:
Você já sabe como calcular o produto da soma pela diferença de dois
a) x1 = 0 e x2 = 3/2;
b) x1 = 0 e x2 = –3/5;
c) x1 = 0 e x2 = 1/9; números.
d) x1 = 0 e x2 = 1/3; (x + 6) (x – 6) = x2 – 62 = x2 – 36
e) x1 = 0 e x2 = 1/9; Vamos relembrar al-
(y + 4) (y – 4) = y2 – 42 = y2 – 16
guns desses produtos:
f) x1 = 0 e x2 = 8/3.

Explore mais exemplos de equa-


(3x + 2) (3x – 2) = (3x)2 – (2)2 = 9x2 – 4
ções como as do exercício 61, do
tipo x2 = a, a positivo (não sendo
quadrado perfeito).
Observe, então, que para x2 – 36 = 0
É conveniente mostrar aos fatorar o primeiro membro y2 – 16 = 0
alunos que existem equações do
das equações ao lado:
segundo grau que não possuem 9x2 – 4 = 0
raízes. Sugiro explorar equações
do tipo (x – b)2 + c = 0, sendo
b um número real qualquer e devemos procurar dois números ou monômios tais que o primeiro seja o
c um positivo. Como o menor
valor de (x – b)2 é zero, quando
quadrado do primeiro termo, e o segundo, o quadrado do segundo termo.
x = b, a soma desta parcela com Depois, escrever o produto da soma desses números ou monômios pela
um positivo é um positivo, ou diferença deles.
seja, o primeiro membro não
se anula para nenhum valor de Como 36 é o quadrado de 6 e 16 é o quadrado de 4, as duas primei-
x. Logo, a equação não possui
raízes. Faça isto como valores par- ras equações são facilmente fatoráveis e, portanto, é fácil encontrar
ticulares como sugiro: a equação suas raízes.
x2 – 6x +10 = 0 não tem raízes
porque equivale a (x – 3)2 + 1= 0
que é sempre maior que ou igual
x2 – 36 = 0  (x + 6) (x – 6) = 0  x + 6 = 0 ou x – 6 = 0  x1 = –6 e x2 = +6
a l. Como não existem valores de
x que a anulem, ela não tem raízes. y2 – 16 = 0  (y + 4) (y – 4) = 0  y + 4 = 0 ou y – 4 = 0  y1 = –4 e y2 = 4
61. a) (x + 9) (x – 9) = 0; Para a terceira equação, observe que 9x2 é o quadrado de 3x, e 4 é
x1 = –9;
x2 = 9. o quadrado de 2.
Portanto, podemos calcular:
b) (y + 7) (y – 7) = 0;
y1 = –7;
y2 = 7.
c) (2x + 5) (2x – 5) = 0; 9x2 – 4 = 0  (3x + 2) (3x – 2) = 0  3x + 2 = 0 ou 3x – 2 = 0 
x1 = –5/2;
2
x2 = 5/2. x1 = – e x2 = + 2
3 3
61. Fatore o primeiro membro de cada equação e calcule suas raízes:
130 a) x2 – 81 = 0 b) y2 – 49 = 0 c) 4x2 – 25 = 0

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 130 10/05/13 19:50


RESOLVENDO EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
USANDO FÓRMULAS

Você verá, a seguir, como é fácil resolver equações do segundo grau Se julgar conveniente, retome
os exemplos de equações im-
usando fórmulas. Para isto, basta que você saiba identificar quais possíveis e equações com raízes
os números que representam os coeficientes a, b e c da equação iguais, relacionando tais fatos
com o fato de ser o radicando
ax2 + bx + c = 0 e calcular raízes quadradas, seja por tentativas, seja (discriminante) negativo ou zero,
usando calculadora, seja por simplificação de radicais. respectivamente. Estas atividades
devem ser exercidas no quadro
(por alunos) e conduzidas com
Veja, a seguir, um exemplo de como resolver uma equação do segundo perguntas pertinentes.
grau usando fórmulas. Observação: como se sabe,
por definição, a raiz quadrada
Veja, também, como verificar se as raízes encontradas estão corretas, de um número positivo R é outro
isto é, se não houve engano ao serem efetuados os cálculos. positivo r tal que r2 = R. Este fato
é esclarecido no texto do exercício
66, página 123. O uso de uma fór-
Para resolver a equação: ax2 + bx + c = 0 , a ≠ 0 mula única para expressar as duas
raízes da equação do segundo
grau vem de longa data, induzin-
usamos as fórmulas ao do à falsa conclusão de que, por
lado, cuja dedução pode x1 =
–b – b 2 – 4ac
e x2 =
–b + b 2 – 4ac exemplo, a raiz quadrada de 16 é
+4 ou –4. Esta é a razão pela qual
ser vista na página 246. 2a 2a apresentamos duas expressões
para as possíveis raízes distintas
Exemplo: de uma equação do segundo grau.

Para resolver a equação: x2 – 8x +12 = 0 No exemplo, destaque os cál-


culos:
(–8)2 = + 64 = 64 e
Identificamos inicialmente os coeficientes a, b e c: –(–8) = + 8 = 8.

a=1; b = −8 ; c = 12 Observe novamente: ou res-


pondemos x1 = 2 e x2 = 6, ou
respondemos x = 2 ou x = 6
Calculamos o radicando b2 – 4ac

b2 – 4ac = (− 8)2 – (4 x 1 x 12) = 64 – 48 =16

b2 – 4ac = 16
Substituímos nas
fórmulas que nos –b – b 2 – 4ac –(–8) – 16 8 – 4
x1 = e x2 = = =2
dão as raízes x1 e 2a 2×1 2
x2 e efetuamos os
–b + b 2 − 4ax –(–8) + 16 8 + 4
cálculos: x2 = = = =6
2a 2×1 2

Para termos certeza das respostas, substituímos os valores 2 e 6 na


expressão do primeiro membro da equação dada para verificar se ambos
anulam esta expressão.

Para x1 = 2, temos: 22 – 8 . 2 + 12 = 4 – 16 + 12 = 16 –16 = 0


Para x2 = 6, temos: 62 – 8 . 6 + 12 = 36 – 48 + 12 = 48 – 48 =0
Finalmente, podemos responder: x1 = 2 e x2 = 6 são as raízes da equa-
ção dada.
131

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62. a) x1 = 2; x2 = 5;
b) x1 = 3; x2 = 2;
Agora, você vai utilizar as fórmulas, tal como no exemplo dado, para
c) x1 = –3; x2 = –1; resolver os exercícios que seguem. Em resumo, você viu que:
d) x1 = 1; x2 = –2.

As raízes da equação ax2 + bx + c = 0 , a ≠ 0 são calculadas usando


63. a) 1a) x2 – 3x = 0;
as fórmulas:
x (x – 3) = 0.
2a) 10x2 + 5x = 0. – b + b 2 – 4ac –b – b 2 – 4ac
5x(2x + 1) = 0.
x1 = e x2 =
b) 1a) x1 = 0 e x2 = 3;
2a 2a
2a) x1 = 0 e x2 = –1/2.
c) 1a) x1 = 0 e x2 = 3;
2a) x1 = 0 e x2 = –1/2. Observação: O radicando b2 – 4ac é chamado de discriminan-
Se necessário, recorde os
te da equação e é representado pela letra grega
conceitos de números racio-
nais e números irracionais.
 (lê-se “delta”). Assim, temos:  = b2 – 4ac.
Recorde, também, como é
possível obter aproximações
racionais de números irracio-
nais por falta e por excesso.
Esclareça que, ao dizer 62.Resolva as equações a seguir usando as fórmulas acima. Antes de
que as raízes de x2 – 3 = 0 escrever as respostas, faça as verificações necessárias.
são x1 = 3 x2 = – 3, estamos
exibindo as raízes exatas
da equação. Já no caso de
a) x2 – 7x +10 = 0 b) x2 – 5x + 6 = 0 c) x2 + 4x + 3 = 0 d) x2 + x – 2 = 0
decimais aproximados, o
próprio nome diz que as
raízes são “aproximadas”.
63.Observe as equações incompletas a seguir:
Entretanto, como se sabe,
1 2 a) Multiplique os dois membros da primeira por 3
1ª) x –x=0
neste caso, bem como nas
raízes quadradas de 2, é bom e os da segunda por 2.
3
que os alunos conheçam tais
valores aproximados porque b) Resolva as duas equações que você obteve após
5
serão úteis em aplicações na 2ª) 5x2 + x = 0 as multiplicações sugeridas pelo método da fa-
trigonometria. Nos demais, 2 toração do fator em evidência.
c) Resolva as duas equações pelas fórmulas.
dê-se preferência a respostas
com radicais.

Ao resolver a equação x2 – 81 = 0, você encontrou para raízes


x1 = 9 e x2 = –9.
Observe que isto equivale a dizer que x1 = 81 = 9 e x2 = – 81 = – 9 .
Do mesmo modo, ao resolver y2 – 49 = 0, você encontrou para raízes
x1 = 7 e x2 = –7, ou seja, x1 = 49 = 7 e x 2 = – 49 = –7 .

É claro então que, resolvendo a equação x2 – 3 = 0, encontraremos como


raízes
= x1 3 e x 2 – 3 . Mas, como você já sabe,
= 3 é um núme-
ro irracional. Então, temos duas opções: ou dizemos que as
raízes são
= x1 3 e x 2 – 3 , ou usamos valores decimais
=
6
, 200

aproximados delas. A calculadora de um computador dá para


Duke

3 o seguinte valor: 1,7320508075688772935274463415058...


Usando-o, é possível, por exemplo, dizer que as raízes da equação
x2 – 3 = 0 com aproximação por falta, a menos de um centésimo, são
x1 = 1,73 e x2 = –1, 73.
132

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Recorde como simplificar
64.Para resolver as equações deste exercício usando fórmulas, você poderá radicais. Em particular, sim-
usar os valores aproximados dados a seguir. Se necessário, simplifique
plifique as raízes quadradas
de 12 e de 8 expressando-as
os radicais antes de usar os valores aproximados. como 2 vezes a raiz de 3 e
2 vezes a raiz de 2, respec-
Valores aproximados: tivamente.


64. a) x1 = 3 + 2  4,41 e x
2 ≅ 1, 41 e ,
3 ≅ 173 
= 3 – 2  1,59;
2

b) x1 = 2 +  3  3,73 e
Calcule as raízes das equações a seguir, com aproximação de centési- 
x2 = 2 – 3  0,27;
c) x1 = (4 + 2)/2  2,71 e
mos: x2 = (4 – 2)/2  1,29.

a) x2 – 6x + 7 = 0 b) x2 – 4x + 1 = 0 c) 2 x2 – 8x + 7 = 0
65. Calcule:
a) (–2)2 c) (–5)2 65. a) 4;
b) 4;
b) (+2)2 d) (+5)2 c) 25;
d) 25.

66. Lucas disse que o quadrado de zero é zero e o quadrado de qualquer 66. Sim.
(a) 0º = 0.
número diferente de zero é positivo. Você concorda com ele? Justifique (b) O produto de dois
sua resposta. positivos é positivo, bem
como o produto de dois
Você já sabe que o símbolo representa a raiz quadrada. negativos.
Logo, sendo x2 = x . x,
Mas um fato importante que você deve saber é que ele representa temos que
x2 > 0 se x  0.
sempre um número positivo ou o zero. Nunca um negativo.
Os matemáticos definem assim:
Professor(a), chame a
atenção dos alunos para o
“A raiz quadrada de um número positivo R é outro número positivo r tal que
fato de que nem sempre as
r 2 = R. Em particular, a raiz quadrada de zero é zero”. equações do segundo grau
possuem raízes que são nú-
meros reais, como ilustrado
Simbolicamente, sendo R e r positivos, na atividade 67. Diga-lhes
que estas equações possuem

R = r se e somente se r 2 = R. Em particular, 0 = 0.
solução em outro conjunto
numérico onde são admitidas
raízes de números negativos,
Assim, por exemplo, temos: chamado de conjunto dos
números complexos, e que
este novo conjunto será visto
=81 9,=
100 10 etc. no ensino médio.

Se quisermos representar o número negativo cujo quadrado é 81, de-


vemos escrever:

− 81 = − 9
67. Porque, sendo o discri-
minante negativo, não há
Do mesmo modo, o número negativo cujo quadrado é 100 é represen- como obter sua raiz qua-
tado assim: drada como um número
real.
− 100 = −10

67. Diga por que as equações a seguir não têm raízes reais:
a) x2 – 6x + 11 = 0 b) x2 + 8x + 20 = 0

133

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68. As duas equações não
têm raízes.
68. Calcule o discriminante  = b2 – 4ac nas duas equações a seguir e diga
qual delas não tem raízes reais:
a) x2 + 4x + 6 = 0 b) x2 + 10x + 30 = 0
69. a) x1 = 8 e x2 = 8;
b) x1 = –7 e x2 = –7.
69. Resolva as equações a seguir:
70. São iguais. a) x2 – 16x + 64 = 0 b) x2 + 14x + 49 = 0
70. As raízes das duas equações anteriores têm uma particularidade. Qual?
71. a) São iguais;
b) São diferentes;
71. O que se pode dizer das raízes de uma equação do segundo grau se:
c) Não existem raízes reais. a) Seu discriminante for igual a zero? ( = b2 – 4ac = 0)
Peça aos alunos que jus- b) Seu discriminante for positivo? ( = b2 – 4ac > 0)
tif iquem as respostas do
exercício 71. c) Seu discriminante for negativo? ( = b2 – 4ac < 0)

72. a) Não tem raízes re- 72. Calcule os discriminantes e diga se cada equação a seguir tem ou não
ais;
b) Não tem raízes re-
raízes reais. No caso afirmativo, diga se as raízes são iguais ou diferen-
ais; tes:
a) x2 – 6x + 10 = 0 c) x2 – 8x + 12 = 0
c) Tem duas raízes distin-
tas;
d) Não tem raízes reais.
b) x2 + 12x + 40 = 0 d) x2 – 0,4x + 0,16 = 0
Peça aos alunos que justi-
fiquem as respostas. 73. O retângulo da figura representa uma quadra de esportes cuja área mede
480 m2.
Seu comprimento (em metros) é quatro
metros maior que o triplo de sua largura.
73. 12 m e 40 m. x

Calcule as dimensões desta quadra.


3x + 4

74. Antônio tinha um terreno quadrado, como o que se vê representado na


figura abaixo à esquerda.

74. a) 86 m;
b) 324 m2;
c) R$ 24 840,00.

x+4

x+3

Ele o trocou por outro terreno retangular cuja largura é 3 metros maior
que a do terreno quadrado e cujo comprimento é 4 metros maior. Sa-
bendo que o terreno retangular tem 462 metros quadrados, faça o que
se pede a seguir.
a) Calcule o perímetro do terreno retangular.
b) Calcule a área do terreno quadrado.
c) Se o metro quadrado dos dois terrenos custa R$ 180,00, calcule quanto Antônio teve
que pagar ao trocar os terrenos.
134

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 134 10/05/13 19:50


O exercício 75 gera a equação
(x + 4) (x + 2) = 168, ou seja,
x2 + 6x – 160 = 0, cujas raízes são

75.
10 e –16. Observe com os alunos
A figura ao lado representa um grande painel que a raiz –16 não satisfaz o pro-
2x 8
formado de um quadrado e três retângulos de

2
blema porque, pela natureza do
mesmo, x é positivo (pois x é me-
cores diferentes. As dimensões do painel, em dida do lado da parte quadrada).
+
metros, estão representadas na figura pelas 75. a) 100 m2;
expressões x + 4 e x + 2. x2 4x

x
b) 52 m.

a) Se a área total do painel mede 168 m2, calcule a 76. a) a = 0;


área do quadrado que o compõe. b) b = 0;

b) Calcule o perímetro do painel.


c) a = 0 ou b = 0;
x + 4 d) x = 0 ou x + 4 = 0;
e) x + 6 = 0 ou x – 5 = 0;

Aprendendo em casa
f) x = 0 ou x + 4 = 0;
g) x – 6 = 0 ou x + 8 = 0;
h) x – 9 = 0 ou x – 2 = 0;
i) x + 1 = 0 ou x – 1 = 0;

76. Escreva o que se pode concluir, sabendo-se que:


j) x + 1 = 0 ou x + 1 = 0.

a) 3a = 0 e) i) (x + 1) (x – 1) = 0
77. a) 5x2 – 11x + 2 = 0
(x + 6) (x – 5) = 0 x1 = 2 e x2 = 1/5;
b) 2b = 0 f) x (x + 4) = 0 j) (x + 1) (x + 1) = 0 b) 3x2 – 7x + 2 = 0
x1 = 2 e x2 = 1/3;
c) a . b = 0 g) (x – 6) (x + 8) = 0 c) 2x2 – 7x – 4 = 0

d) x(x + 4) = 0 h)
x1 = 4 e x2 = –1/2;
(x – 9) (x – 2) = 0 d) 4x2 – 16x + 13 = 0
x1 = (4 + 3)/2  2,866 e x2 =
77. Coloque cada equação a seguir na forma ax2 + bx + c = 0 e, depois, (4 – 3)/2  1,134;

resolva cada uma delas:


e) x2 + 10x + 29 = 0
não tem raízes reais;
a) 5x2 – 11x –3 = –5 d) 4x2 – 16x + 10 = –3 g) 8x2 – 10x = 3x2 + 5x

f) 5x2 – 18 = 0

x1 = 3 10/2  1,897 e x =
2
–3 10/2  –1,897;
b) 3x2 + 7x + 2 = 14x e) x2 + 10x + 20 = –9 h)
x2 + 2
=3 g) 5x2 – 15x = 0
9 x1 = 0 e x2 = 3;

h) x2 – 25 = 0

c) –5x2 – 7x – 4 = –7x2 f)
x 2 + 1 3x 2 + 1 7 
x1 = 5 e x = –5.
+ = 2

3 6 2 78. 9 km2 e 16 km2.

Explorando o que você aprendeu Do sistema:


x + y = 7 e x2 + y2 = 25
e aprendendo mais resulta uma equação do 2º grau
com raízes 3 e 4 que resolvem
o problema.

Resolva os seguintes problemas usando equações do segundo grau: 79. 7 cm e 10 cm.

78. A soma dos perímetros de dois terrenos quadrados mede 28 km e a


Pela natureza do problema,
a raiz –10 não o satisfaz, pois
soma de suas áreas, 25 km2. Calcule as áreas desses dois terrenos. estamos procurando uma medida
de comprimento.
79. Um cartão retangular tem uma área de 70 cm2. Calcule suas dimensões 80. Perímetro: 80 metros; área:
sabendo que o comprimento é 3 cm maior que a largura. 400 metros quadrados.

80. Um terreno de forma quadrada foi trocado por outro de forma retangular. Pela natureza do problema, a
A largura e o comprimento do terreno retangular são, respectivamente, 4
raiz –22 da equação não o satisfaz
porque a incógnita é a medida do
metros maiores e 2 metros menores que as dimensões correspondentes lado do terreno, devendo, portan-
do terreno quadrado. Sabendo que a área do terreno retangular mede
to, ser expressa por um número
positivo.
432 metros quadrados, calcule o perímetro e a área do terreno quadrado.
81. 10 lados.
Use o fato de que 1764 = 42 .
O problema 81 gera a equa-
81. Pode-se mostrar que número de diagonais de um polígono convexo ção n(n – 3) = 70, ou seja,
n2 – 3n –70 = 0, cujas raízes são 10
n (n − 3 ) e –7. Pela natureza do problema,
de n lados é dado pela fórmula d = . Sabendo disto, calcule a raiz –7 não o satisfaz, pois n
2 representa número de lados de
quantos lados tem um polígono convexo que tem 35 diagonais?
135
um polígono.

Mat9Cap4_NOVA2012.indd 135 10/05/13 19:50


? Verifique se você aprendeu
Se ainda tem dúvidas sobre Reveja os exercícios
Como resolver problemas usando equações do primeiro
1, 3, 15, 16, 19, 20.
grau com uma variável.
REVISÃO – Ao término
do estudo do capítulo, reveja Como inventar problemas relacionados com equações
2, 4.
com os alunos, a seu critério, do primeiro grau dadas.
o significado de alguns dos
termos destacados na cor
Como interpretar e como “equacionar” problemas
azul no capítulo. 6.
Releia o texto da página dados.
34: “Ao elaborar questões (...) 7. 10, 11, 12, 13, 14, 18, 38, 39, 40,
Como resolver equações reduzindo-as à forma ax = b.
hexágono”. 41, 50, 51.
Como identificar equações equivalentes. 8, 9.
Recomende ou explore a
leitura de:
Como verificar se números dados são ou não raízes de
“História da equação do 17.
segundo grau”.
equações dadas.
Oscar Guelli
Contando a história da Como verificar se pares ordenados de números são raí- Atividades da seção “Explorando o que
Matemática zes de equações do primeiro grau com duas incógnitas. você já sabe, página 113.
Editora Ática.
Como resolver sistemas de equações do primeiro grau
24, 29, 31, 37.
usando o método de substituição.

Como resolver problemas usando sistemas de equações


21, 22, 23, 25, 26, 28, 30, 36.
do primeiro grau.

Como inventar sistemas de equações de primeiro grau


que tenham como raiz um par ordenado de números 32, 33, 34, 35.
dados.

Como resolver equações fatoradas da forma a (x – r)


43, 44, 45, 47, 52, 53, 54, 56, 57, 76.
(x – s) = 0.

Como verificar se números dados são raízes de equa-


17, 45, 48.
ções dadas.

Como escrever equações do segundo grau na forma


49.
ax2 + bc + c = 0 e identificar seus coeficientes a, b e c.

Como resolver equações incompletas do segundo grau,


58, 59, 60, 61, 63.
sem uso de fórmulas.

Como resolver equações completas ou incompletas do


62, 64, 69, 77.
segundo grau, usando fórmulas.

Como interpretar o conceito de raiz quadrada. 65, 66.

Como usar o discriminante de uma equação do segundo


grau ( = b2 – 4ac) para decidir, discutir a natureza e a 67, 68, 71, 72.
existência das raízes.

Como resolver problemas usando equações do segundo


73, 74, 75, 78, 79, 80, 81.
grau.

136

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CapItulo 5

-
c i o n al i d a d e
Propor o m et r i a
e tr i g o n

Aleksandr Ugorenkov | Dreamstime.com

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Ao lado, explicita-
mos os objetivos gerais
do capítulo. Sugerimos
Neste capítulo, você vai aprender como:
um breve comentário
sobre os mesmos, uti-
lizando as ilustrações
da página.
• Reconhecer se polígonos dados são ou não semelhantes.
Professor(a): Neste
e em outros capítu-
• Estabelecer a proporcionalidade entre os pares de lados correspondentes de po-
los, são exploradas lígonos semelhantes e calcular a razão de semelhança.
diversas situações
para que os alunos • Desenhar polígonos semelhantes que satisfaçam uma razão de semelhança dada.
“descubram”, a par-
tir de casos particu-
• Estabelecer a proporcionalidade entre pares de segmentos determinados sobre
lares, propriedades de retas secantes por paralelas que as interceptem.
números, de figuras,
regras de cálculos • Resolver problemas envolvendo o conceito e o cálculo da média geométrica de
etc. É extremamente números positivos.
importante que, após
estas “descobertas”, • Identificar projeções de pontos ou segmentos sobre retas.
sejam feitas obser-
vações afirmando que • Identificar triângulos semelhantes, determinados pela altura relativa à hipotenusa
tais conclusões são
verdadeiras (e, even-
de um triângulo retângulo.
tualmente, provar estes
fatos) para que não
• Interpretar, em linguagem corrente e em linguagem matemática, as relações
fique a falsa ideia de métricas nos triângulos retângulos.
que, a partir de poucos
casos particulares, é • Resolver problemas envolvendo relações métricas nos triângulos retângulos.
possível generalizar.
Sempre que possível,
• Calcular o seno, o cosseno e a tangente de ângulos agudos de triângulos retângu-
use expressões algé- los dadas as medidas dos catetos ou da hipotenusa.
bricas para expressar
tais generalizações, • Calcular lados ou ângulos de triângulos retângulos usando as razões trigonomé-
bem como de algumas tricas constantes de uma tabela.
regularidades relacio-
nadas com sequências • Demonstrar as relações métricas nos triângulos retângulos.
númericas.

B F
Releia: na página A C D
10, “Observação im- Reta A1F1
portante”.
A1 B1 C1 D1 E1 F1
Professor(a): antes
de iniciar os estudos E
do capítulo 5, sugeri-
C
mos que sejam revisa-
das as atividades rela- A
cionadas com radicais D
no capítulo 1, em par-
E
ticular as apresentadas c b
na página 38 e 39. h
Se achar conveniente,
pode-se ainda explorar B B n m C
o tema “Os Expoentes H
Fracionários e os Ra- AE / / BD a
dicais” do capítulo 8,
nas páginas 238 a 242. A

A

5280
h

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 138 10/05/13 19:52


Releia, na página 11, Re-
cado ao(à) professor(a):

Semelhança - revendo e ampliando conhecimentos


“Aproveitamos [...] e explore-
-as”.

Observação importante para


os alunos: as medidas anotadas

Explorando o que você já sabe nas ilustrações ou descritas nos


exercícios são relacionadas com
os objetos que elas representam e
não com as próprias ilustrações.
Responda: ATIVIDADES ORAIS
2 3 2 27
• Como se verifica que as razões 12 e 10 são iguais, e as razões e também? • Comprova-se a igualdade das
18 15 2 3 2 primeiras razões pelo produto
• O que se pode dizer sobre os ângulos de dois triângulos semelhantes? cruzado: 12 x 15 = 18 x 10.A
segunda razão pode ser com-
• O que se pode dizer dos pares de lados correspondentes de dois triângulos seme- provada simplificando-se o
lhantes? radical √27 = 3√3 e aplicando
12 produto cruzado.
• Como obter a fração irredutível equivalente à fração • Os pares de ângulos corres-
18 pondentes têm medidas iguais.
• Formam três razões iguais.

Aprendendo em sala de aula


• Dividindo o numerador e o de-
nominador pelo máximo divisor
comum deles.

Recomende ou explore a
Você sabe que dois polígonos que têm o mesmo número de lados são leitura de:
semelhantes se existe uma correspondência entre seus lados e seus “Descobrindo o Teorema de
Pitágoras”
ângulos tal que todos os ângulos correspondentes são congruentes e Luiz Márcio Imenes
todos os lados correspondentes são proporcionais, isto é, as razões Coleção “Vivendo a Mate-
mática”
entre os lados correspondentes são iguais entre si. Editora Scipione

A este valor igual dessas razões dá-se o nome de razão de semelhança Esclareça que, quando nos
entre os polígonos.
referimos a uma correspondência
ABC e EFD entre dois triângu-

Por exemplo, na figura abaixo a correspondência entre os triângulos


los, estamos convencionando
que ao vértice A corresponde o
ABC e EFD, nesta ordem, é uma semelhança vértice E, ao vértice B corres-
ponde o vértice F e ao vértice
C corresponde o vértice D. Isto
significa que, para verificar se
B E
são ou não semelhantes estes
6 cm
triângulos, nesta correspon-
D dência, é necessário verificar
6 cm 8 cm 9 cm se os pares de ângulos que têm
os vértices correspondentes são
12 cm congruentes e os pares de lados
que têm os extremos correspon-
A 4 cm C F dentes formam três razões iguais,
observada a ordem (lados do

1. Responda ou faça o que se pede em relação aos dois triângulos:


primeiro triângulo sobre lados
do segundo triângulo).

a) Verifique que as medidas dos seguintes pares de ângulos são iguais: A e E, 1. a) Tarefa do aluno;
B e F, C e D. b) 4/6 = 6/9 porque

b) Use a propriedade do produto cruzado e verifique que as razões entre os pares


4 x 9 = 6 x 6;
4/6 = 8/12 porque
de lados a seguir são todas iguais: 4 x 12 = 6 x 8;
6/9 = 8/12 porque
8 x 9 = 6 x12;
AB e EF, AC e ED, BC e FD c) Porque todos os seus ân-
gulos correspondentes são

c) Por que os triângulos ABC e EFD são semelhantes?


iguais entre si e as razões
entre seus lados correspon-
d) Simplifique as três razões obtidas no item (b), e escreva a razão de semelhança entre dentes também.
d) A razão é 2/3.
os triângulos ABC e EFD, nesta ordem.

139

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 139 10/05/13 19:52


Considerações análogas
para o fato de dizer que o
Na figura abaixo a correspondência entre os retângulos ABCD e PQRS,
retângulo ABCD está em nesta ordem, é uma semelhança.
correspondência com o re-
tângulo PQRS.

2. a) Porque os quatro ângu- Q R


los de qualquer retângu-
lo medem 90º;
b) 1 : 2. B C

3. Tarefa do aluno.

4. 4 : 3. P A D S

Destaque para os alunos


que a razão de semelhança

2. Responda ou faça o que se pede em relação aos dois retângulos ABCD


é estabelecida na ordem em
que os polígonos são citados:
do primeiro para o segundo.
e PQRS.
5. a) Representa que os ângu-
los de marcas iguais têm
a) Por que os pares de ângulos correspondentes destes retângulos são congruentes?
medidas iguais;
b) Sim, porque, se dois
b) Calcule a razão de semelhança entre estes dois retângulos.
3.
pares de ângulos cor-
respondentes de dois Desenhe em um papel quadriculado:
a) Dois triângulos retângulos semelhantes XYZ e MNP cuja razão de semelhança nesta
triângulos têm medidas
iguais, então os tercei-
ros ângulos dos dois ordem seja 3 : 4 (três para quatro).
triângulos também têm
medidas iguais, pois a b) Dois quadrados cuja razão de semelhança seja de 4 : 5 (quatro para cinco).
soma dos ângulos in-

4.
ternos de um triângulo
é 180º; No item 3 (a) anterior, qual a razão de semelhança entre os triângulos
c) 36/27; 20 8/30 2 ; 28/27;
d) Tarefa do aluno (cálculo
MNP e XYZ, nesta ordem?
dos três produtos cruza-
dos). São iguais; 5. Observe os triângulos a seguir:
e) 4/3;
f) Sim, porque a cor-
respondência ABC e
A1B1C1 é tal que os ân- B1
gulos correspondentes
têm medidas iguais e
B 27 21
os pares de lados cor-
respondentes formam
razões iguais. A razão A1 C1
de semelhança é 4 : 3. 36 28 30 2
Comente que, tal como na
congruência, existem casos de
semelhança entre triângulos, A C
isto é, satisfeitas algumas con- 20 8
dições de proporcionalidade
entre pares de lados ou congru-

a) O que representam as marcas iguais nos ângulos dos triângulos?


ências de ângulos, é possível
afirmar que os triângulos são

b) Você pode afirmar que os ângulos C e C1 têm medidas iguais? Justifique sua resposta.
semelhantes. Estes casos são
dados por sigla. Em particu-

c) Calcule as razões entre os seguintes pares de lados: AB e A1B1, AC e A1C1,


lar, o enunciado no exercício
6 é o caso AA de semelhança
de triângulos (AA significa BC e B1C1.
ângulo-ângulo).
d) Verifique se estes pares de razões são iguais entre si.
e) Simplifique cada uma dessas razões.
f) É possível afirmar que os triângulos da figura são semelhantes? Caso afirmativo,
justifique sua resposta e a razão de semelhança.

140

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Releia a observação do
6. Você já sabe que, se dois triângulos têm dois pares de ângulos corres- último texto da margem da
pondentes congruentes, então são semelhantes.
página 34: “Com base [...]
22, 23 e 24”.

6. a) Triângulos CBD e CAE;

Na figura ao lado, os
b) O ângulo C é comum e os
C
ângulos B e A têm medi-
segmentos AE e BD são das iguais (bem como os

paralelos. D ângulos D e E).


Se julgar conveniente,
E
a) Identif ique os pares de recorde as propriedades dos
ângulos de lados paralelos
triângulos semelhantes da e de mesmo sentido como
figura. B BDC e AEC.

b) Justifique por que eles são AE / / BD Em cada uma das quatro


situações do exercício 7,
semelhantes. A desenhe os pares de triân-
gulos.

7. Desenhe dois triângulos semelhantes ABC e EDF, nesta ordem, e escreva,


em seu caderno, o que deve substituir corretamente, em cada caso, as
letras da tabela a seguir:
Lados Medidas
7. a = 5;
12 b = 45/7;
BC 10 6 6 d c = 16/3;
5 d = 945/13,  72,69.

18
AC 12 8 3 8,4
7
8. a) BD/BA = 4/6 = 2/3,
BC/BE = 2/3;
DF a 6 4 2 4,5 b) Sim;
c) São opostos pelo vérti-
EF 6 b c 5,2 ce;
d) Sim, porque têm dois
C pares de lados propor-

8. Você
cionais e os ângulos entre
já sabe que se eles congruentes. A razão
dois triângulos têm dois B
de semelhança é 2 : 3.

pares de lados pro- A D Use o item (d) para cha-


porcionais e os pares mar a atenção dos alunos
para a importância da ordem
de ângulos entre eles na qual se pede a razão de
congruentes, então são semelhanças.

semelhantes. E
Este é o caso LAL de se-
melhança de triângulos.
Observe os triângulos ABE e DBC da figura acima. Neles os lados AB Observe que as unidades

e BD estão divididos em 6 e 4 segmentos de mesma medida, respec-


de medidas dos segmentos
AD e CE são diferentes. Ex-
tivamente. Analogamente, os lados BE e BC estão divididos em 3 e 2 plore este fato para concluir

segmentos de mesma medida.


que as razões entre grandezas
de mesma espécie indepen-
dem das unidades de medidas
Com base nessas informações, responda ou faça o que se pede: utilizadas.

a) Calcule as razões entre os lados BD e BA, bem como entre os lados BC e BE.
Sugestão: se dividirmos
cada pequeno segmento en-

b) Verifique se essas razões são iguais.


tre C e E por seus pontos
médios, a razão CB para

c) Por que os ângulos ABE e DBC são congruentes?


BE continuará a mesma, ou
seja, 2 : 3.

d) Os triângulos DBC e ABE são semelhantes? Justifique sua resposta. Caso afirmativo,
escreva a razão de semelhança, nesta ordem.
141

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No exercício 9, cita-se o
caso LLL de semelhança de 9. Você já sabe que, se dois triângulos têm os três pares de lados corres-
pondentes proporcionais, então são triângulos semelhantes.
triângulos.
Calcule 5/7,5 = 50/75

Na figura abaixo, dois triângulos são semelhantes ao triângulo ABC.


= 2/3.

9. a) DHX e QZE;
b) ABC ~ DHX; a) Identifique os dois triângulos semelhantes ao triângulo ABC.
2 : 3 ABC ~ QZE; 15/56;
c) Ângulos B e H, A e D, b) Escreva, para cada caso, as razões de semelhança.
C e X. Ângulos A e Q,
B e Z, C e E.
c) Escreva, para cada caso, os pares de ângulos congruentes.
Os exercícios anteriores
visaram aplicar os três casos A Q 15 2
de semelhança de triângulos 5 T F
4
dados pelas siglas AA, LLL C
B 6 7,5
e LAL. Entretanto, como se 56/3 224/15
X 8 5
sabe, na maioria das vezes D 7 3
o que se usa na prática é o
caso AA. 6 9 Y
E Z
H 112/5
10. a) São semelhantes por-
que têm os três pares
de lados proporcio-
nais.
b) A e D, B e E, C e F. 10. Sabe-se que dois triângulos ABC e DEF são tais que AB = 4, AC = 7,
Caso julgue conveniente, BC = 10, DE = 12, DF = 21 e EF = 30.
explore o fato de que, se a
razão de semelhança entre
a) Esses dois triângulos são semelhantes? Justifique.
dois triângulos é de 1 : 1, eles
são congruentes.
b) Quais são os pares de ângulos congruentes desses triângulos?
Faça breve abordagem
oral sobre as atividades do
“Aprendendo em casa” para
verificar se os alunos estão Aprendendo em casa
aptos a resolvê-las.

11.
11. ABC e AB1C1 são seme-
lhantes, porque satisfa- Na figura, a reta a é paralela à base BC do triângulo e o corta dos dois
zem o caso AA de seme- lados nos pontos B1 e C1. Identifique dois triângulos semelhantes na
lhança de triângulos: o
ângulo  é comum aos figura. Justifique por que eles são semelhantes.
dois, e os ângulos x e y
são congruentes.
A
Os ângulos x e y são con-
gruentes porque são ângulos
agudos que têm os lados
x a
paralelos. B1 C1

12. a) 1 : 2, 1 : 2; z
b) Sim;
c) Sim; y
d) São semelhantes, pois
B C
satisfazem o caso LAL
de semelhança de tri-
ângulos, pois têm dois
pares de lados cor-
respondentes propor-
12. Use seu esquadro 30-60-90 e a régua graduada para desenhar dois
cionais e os ângulos, triângulos BDF e GJL, tais que as medidas dos ângulos D e J sejam
compreendidos entre iguais a 60o, BD = 5 cm, DF = 3 cm, GJ = 10 cm, JL = 6 cm.
eles, congruentes.
a) Calcule as razões entre os pares de lados correspondentes BD e GJ, DF e JL, nesta
ordem.
b) Verifique se a razão entre os lados BF e GL é a mesma obtida no item (a).
c) Verifique se os pares de ângulos correspondentes são congruentes.
d) O que se pode dizer dos triângulos BDF e GJL? Por quê?
142

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 142 10/05/13 19:52


13. Observe que estamos afir-
13. Observe os quatro pares de triângulos semelhantes a seguir: mando que os triângulos
são semelhantes.
Responda ou faça o que se pede: a) 3 : 8;
a)
A’
b)
A
b) 2 : 1;
a) Em (a), qual a razão de semelhança entre A
c) 4 : 9;
d) 7 : 5.
o menor e o maior triângulo? A’

b) Em (b), qual a razão de semelhança entre B


B’ C’ C B’ B C C’
A
d)
o maior e o menor triângulo? A

c) Em (c), qual a razão de semelhança entre c)


o menor e o maior triângulo?
C
d) Em (d), qual a razão de semelhança entre
A’ B
B C A’

o maior e o menor triângulo?


B’ C’
B’ C’

Semelhança e os triângulos retângulos


O Teorema de Pitágoras

Explorando o que você já sabe


ATIVIDADES ORAIS

* Sete.
* Porque 42 = 16.
Responda: * Oito.
* O número a.
• Qual é a raiz quadrada de 49?
• Por que 4 é a raiz quadrada de 16?
• Qual é a raiz quadrada de 82?
Em casa, os alunos devem
• Se a representa um número positivo, qual é a raiz quadrada de a2? anotar, no caderno, texto da
seção “Aprendendo em sala
de aula” desta página.

Aprendendo em sala de aula Diga para os alunos que a


média geométrica tem aplica-
ções importantes, como: jus-
tificativa de algumas relações
“Média geométrica” (ou média proporcional) entre dois números po- métricas nos triângulos e na
resolução de problemas de
a m
sitivos a e b é um terceiro número positivo m tal que .
construções geométricas.
= Recomendo aos professo-
m b res a leitura do artigo “Raízes
quadradas de frações”, publi-
cado na Revista do Professor
Observe que, usando o produto cruzado, obteremos: de Matemática, volume 31.

m2 = ab

ou, como a e b são positivos,

m = ab
Qualquer uma das três igualdades é válida para definir “média geo-
métrica”.
143

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 143 10/05/13 19:52


14. Calcule a média geométrica dos seguintes pares de números:
14. a) 6; a) 4 e 9 c) 8 e 25 e) 49 e 0,0001
b) 16 e 25 d) 27 e 16 f) 0,0625 e 1,44
b) 20;
c)  2 3 X 5 2 = 2 x 5  2 =
102;
Se necessário, simplifique o radicando usando fatoração.
d)33 x 24 = 3 x 32 x 24 =
= 3 x 223 = 123;
e) 72 x 10 –4 = 7 x 10–2= 0,07;
15. Se h, m, n, a, b, c representam números positivos, responda ou calcule:
f) 54 x 10 –4 x 1,22 = a) O que significa dizer que h2 = mn?
b) Escreva uma proporção equivalente à igualdade anterior.
= 52 x 10–2 x 1,2 =
= 0,25 x 1,2 = 0,3.

c) O que significa dizer que b2 = am?


d) Escreva uma proporção equivalente à igualdade anterior.
15. a) h é a média geométrica e) O que significa dizer que c2 = an?
f) Escreva uma proporção equivalente à igualdade anterior.
entre m e n;
b) h/m = n/h;
c) b é a média geométrica
entre a e m; Para obtermos a projeção de um ponto B sobre uma reta A1F1,
traçamos uma reta que passa por B e é perpendicular à reta A1F1.
d) b/a = m/b;
e) c é a média geométrica
entre a e n;
f) c/a = n/c. O ponto de interseção dessas duas retas, B1, é a projeção do ponto
B sobre a reta A1F1.
16. C1, D1, E1 e F1 respectivamen-
te. A projeção do segmento AB sobre a reta A1F1 é o segmento A1 B1,
17. C1D1 e E1F1, respectivamente. onde A1 é a projeção de A sobre a reta A1F1.
Caso julgue necessário, re-
lembre o conceito de altura de B F
um triângulo relativa a um de A C D
seus lados.
Reta A1F1
18. a) AH;
b) AB e AC;
A1 B1 C1 D1 E1 F1
c) c. AB é oposto ao ângulo
C;
E
d) b. AC é oposto ao ângulo
B;
e) h;
16. Na figura acima as linhas tracejadas perpendiculares à reta A1F1. Diga
f) a; a hipotenusa BC é opos- quais são as projeções dos pontos C, D, E e F sobre a reta A1F1.
ta ao ângulo reto A;
g) BH representa a projeção
e sua medida é n;
17. Diga quais são os segmentos projeções dos segmentos CD e EF sobre
h) HC representa a projeção a reta A1F1.
e sua medida é m.
Demonstraremos, após o exer-
cício 44 deste capítulo (nas 18. Na figura, o triângulo ABC é triângulo retângulo, e a altura relativa à hipo-
Atividades opcionais), que estes tenusa BC o decompõe em dois outros triângulos retângulos ABH e ACH.
a) Qual é o segmento que representa a altura
três triângulos retângulos são
semelhantes, o que nos permitirá
demonstrar todas as relações mé-
tricas que passaremos a utilizar,
relativa à hipotenusa BC?
b) Quais são os catetos do triângulo ABC?
A
inicialmente, sem demonstrar.

c
As letras minúsculas a, b, c, h etc. h
b

representam as medidas dos segmen- n m


tos aos quais elas estão adjacentes. B
a H
C

Responda:
c) Qual é a medida do cateto AB? AB é oposto a qual ângulo agudo do triângulo ABC?
d) Qual é a medida do cateto AC? AC é oposto a qual ângulo agudo do triângulo ABC?
e)Qual é a medida da altura relativa à hipotenusa?
144

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 144 10/05/13 19:52


f)Qual é a medida da hipotenusa? BC é oposta a qual ângulo do triângulo ABC? Em cada caso da tabela do
exercício 19, de (1) até (6),
g) Qual segmento representa a projeção do cateto AB sobre a hipotenusa? peça aos alunos que identi-
fiquem triângulos retângulos
Qual é a medida dessa projeção? que contêm as medidas dos
h) Qual segmento representa a projeção do cateto AC sobre a hipotenusa? segmentos citados nos dois
membros da igualdade. Por
Qual é a medida dessa projeção? exemplo, em (1), os seg-

As igualdades listadas na tabela abaixo, todas verdadeiras, são as


mentos de medidas b, c e a
pertencem ao triângulo ABC
relações métricas do triângulo retângulo, e você vai demonstrá-las em e o de medida h pertence ao

exercícios futuros, contidos nas páginas 157 e 158.


triângulo ABH (ou ao triân-
gulo ACH).
Por exemplo, a igualdade
É conveniente que você copie a figura e as igualdades em uma ficha- b2 = am é relacionada com os
-resumo para usá-la nos diversos exercícios que seguem. Você deve triângulos ACH e BCA (b é
hipotenusa do 1º e cateto do
trazê-la nas próximas aulas. 2º; a é hipotenusa do 2º e m
é cateto do 1º).
Explore também, em cada
um desses casos, a razão pela
qual os pares de triângulos
A b2 = am são semelhantes, bem como
c2 = an a identificação dos pares de
c b lados correspondentes.
h h2 = mn
bc = ah
n m C
B a2 = b2 + c2
H
a
n+m=a
19. (a, 3);
(b, 5);

19.
(c, 1);
Na tabela a seguir você vê duas colunas. Escreva em seu caderno os (d, 2);
pares ordenados de correspondências entre as duas: (e, 6);
(f, 4).

Linguagem Observação importante:


Linguagem corrente
matemática algumas vezes, em um “abu-
so de linguagem”, é comum
citar segmentos, no sentido
A medida b do cateto é média geométrica de medida dos mesmos, com
bc = ah
a entre a medida m de sua projeção sobre a 1 o objetivo de tornar menos
hipotenusa e a medida a da hipotenusa. sofisticados os enunciados.
Por exemplo, ao enunciar
o Teorema de Pitágoras, é
A medida h da altura relativa à hipotenusa é comum dizer: “o quadrado
c2 = an
b média geométrica entre as medidas m e n das 2 da hipotenusa é igual à soma
projeções dos catetos sobre hipotenusa dos quadrados dos catetos”.
Além do abuso de linguagem
citado, é claro que, ao falar
O produto das medidas dos catetos é igual ao em hipotenusa e catetos,
b2 = am
c produto da medida da hipotenusa pela medida 3 somente é possível entender
da altura relativa à hipotenusa. que se trata de triângulo
retângulo.
Explique estes fatos para
A medida c do cateto é média geométrica os alunos.
d entre a medida n de sua projeção sobre a 4 m + n = a
hipotenusa e a medida a da hipotenusa.

O quadrado da medida a da hipotenusa é igual


e à soma dos quadrados das medidas b e c dos 5 h2 = mn
catetos.

A soma das medidas n e m das projeções dos


f catetos sobre a hipotenusa é igual à medida a 6 a2 = b2 + c2
da hipotenusa.

145

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 145 10/05/13 19:52


Sugira pesquisa sobre Pi-
tágoras (para apresentação
em próximas aulas).
20. a) Desenho do aluno; 20. A igualdade a2 = b2 + c2 é a expressão matemática do famoso TEOREMA
b) Temos: 32 + 42 = 9 + 16
= 25 = 52;
DE PITÁGORAS e se escreve em linguagem corrente assim:
c) 8 cm.
“Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é
21. a)a = 13 e) a = 16 igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos”.
b = 2√13 ≅ 7,21 c = 4√7 ≅ 10,58
c = 3√13 ≅ 10,82
h=6
h = 3√7 ≅ 7,94
n=7
a) Desenhe, usando uma régua graduada, um triângulo retângulo cujos catetos meçam
b)a = 949/18 ≅ 52,72 f)Existem duas soluções: 3 cm e 4 cm, respectivamente. Comprove, medindo, que sua hipotenusa mede 5 cm.
b) Calcule o quadrado de 3, 4 e 5 e comprove que tais medidas satisfazem o Teorema
b = √949 ≅ 30,81 b = 3√13 ≅ 10,82
c = 25√949/18 ≅ 00,0 c = 2√13 ≅ 7,21
n = 625/18 ≅ 34,72 m=9 de Pitágoras.
c) Os catetos de um triângulo retângulo medem 4,8 cm e 6,4 cm. Use o Teorema de
c)m = 9 n = 4 ou
b = 6√3 ≅ 10,39 b = 2√13 ≅ 7,21
c=6 c = 3√13 ≅ 10,82
h = 3√3 ≅ 5,19 m=4 Pitágoras e calcule a medida da hipotenusa.
d)c = 10√5 ≅ 22,36 n=9
b = 5√5 ≅ 11,18
a = 25
21. Resolva os problemas a seguir para o triângulo retângulo ABC ilustrado,
m=5 usando as relações convenientes da ficha-resumo:
Em casa, os alunos devem
a) Se n = 9, m = 4, calcule a, b, c, h. A
anotar, no caderno, o texto e b) Se h = 25, m = 18, calcule a, b, c, n.
c) Se a = 12, n = 3, calcule m, b, c, h.
o quadro em destaque, rela-
cionado com o Teorema de c b
h
d) Se h = 10, n = 20, calcule c, b, a, m.
Pitágoras. Devem, também,
junto a esta anotação, dese-
n m
e) Se m = 9, b = 12, calcule a, c, h, n.
nhar um triângulo retângulo B C
H
ABC de hipotenusa BC e a
escrever, junto aos seus la-
dos AB, AC e BC, as letras
f) Se a = 13, h = 6 calcule b, c, m, n.
indicativas de suas medidas:
respectivamente c, b e a. 22. Raimundo precisa fazer um telhado com duas partes: uma AB, com
inclinação de 60o, e outra AC, com inclinação de 30o.
Comente com eles que
tais letras correspondem às
letras maiúsculas dos ângulos
opostos a tais lados. Ele quer saber o comprimento da A
Comente com os alunos peça de madeira vertical AD, sa-
que, se os ângulos agudos
B e C medem 60 e 30 graus, bendo que as distâncias BD e DC
respectivamente, então o ân- medem 4 m e 12 m, respectivamen- x
gulo A é reto e valem as pro-
priedades da ficha-resumo. te. Ajude o Raimundo no cálculo da
medida x.
B 4 D 12 C
22. x = 4  3.

Aprendendo em casa
23. a) a = 28 e) a = 3√3 ≅ 5,19
b = 14 h = √6 ≅ 2,45
c = 14√3 ≅ 24,25 m = √3 ≅ 1,7323. Use as relações da sua ficha-resumo para calcular o que se pede:
h = 7√3 ≅ 12,12. n = 2√3 ≅ 3,47.
b) b = 6 f) a = 30
c = 9√10 ≅ 28,46
a) Se m = 7, n = 21, calcule a, b, c, h.
b) Se a = 12 e m = 3, calcule b, c, h, n.
c = 6√3 ≅ 10,39
h = 3√3 ≅ 5,19 m=3 A
c) Se a = 10 e b = 8, calcule c, h, m, n.
n = 9. n = 27.
c) c = 6 g) a = 25
h = 48/10 = 4,8 c = 20
d) Se a = 12 e h = 4 2 , calcule b, c, m, n.
m = 64/10 ≅ 6,4 h = 12 c b
n = 36/10 ≅ 3,6. n = 16. h

e) Se b = 3 e c = 3 2 , calcule a, h, m, n.
d) b = 4√6 ≅ 9,79 h) a = 27
c = 4√3 ≅ 6,90 c = 18√2 ≅ 25,46 B n m C
m=8 h = 6√2 ≅ 8,49 H
f) Se b = 3 10 e h = 9, calcule a, c, m, n.
n = 4 ou m = 3. a
b = 4√3 ≅ 6,93 i) a = 5√2 ≅ 7,07
c = 4√6 ≅ 9,79 b = √30 ≅ 5,48 g) Se b = 15 e m = 9, calcule a, c, h, n.
h) Se b = 9 e n = 24, calcule a, c, h, m.
m=4 n = 2√5 ≅ 4,48.
Para resolver a letra (f), sugira aos alunos
n = 8.
começarem calculando m e n com o sistema
i) Se h = 2 3 e m = 3 2 , calcule a, b, c, n. m+n=13 e m.n=36.

146

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ATIVIDADES ORAIS

As razões trigonométricas • Ângulos retos.


• Porque, em todo triângulo, ao
maior ângulo se opõe o maior
lado. Logo, a hipotenusa (que

Explorando o que você já sabe


se opõe ao ângulo reto) é maior
que qualquer dos catetos (que
se opõem a ângulos agudos).
• São complementares (a soma
de suas medidas é 90 graus).
Responda: • O quadrado da hipotenusa é
igual à soma dos quadrados dos
• Como se chamam os ângulos formados por uma reta vertical com outra reta horizontal? catetos.

• Por que os catetos de um triângulo retângulo são menores que a hipotenusa? No enunciado que antecede
a ilustração, af irmamos que
• O que se pode dizer dos ângulos agudos de um triângulo retângulo: são comple- os triângulos são semelhantes.
mentares ou suplementares? Peça aos alunos que justifiquem
este fato.
• Qual é a relação entre as medidas dos catetos e da hipotenusa que é estabelecida Esclareça para os alunos que o
fato de a razão entre as medidas
pelo Teorema de Pitágoras? BC e AC ser igual a ½, no caso
explorado no exemplo, nada tem
a ver com a coincidência da razão
das medidas dos ângulos agudos
Aprendendo em sala de aula do triângulo ser também ½, para
que não fique a ideia de que isto
é uma regularidade. Mostre para
eles o exercício 32 A da página
Na figura abaixo, você vê um automóvel subindo uma rampa com uma 149, no qual a razão entre as
inclinação de 30 graus. medidas dos ângulos agudos é
4 : 5 (em decimal, 0,8), sem que
Nos anos anteriores, você viu que, se os ângulos agudos de um triângulo
a razão entre cateto oposto e a
hipotenusa seja a mesma: ela é
retângulo medem 30º e 60º, a medida do cateto oposto ao ângulo de 16,07/25 (em decimal, aproxima-
damente 0,64).
30º é a metade da medida da hipotenusa, ou seja, a razão entre o cateto
oposto ao ângulo de 30 graus e a hipotenusa é igual a 1 : 2 (ou 0,5). Para facilitar a compreensão do
item (a) do exercício 24, desenhe
Como todos os triângulos retângulos da figura são semelhantes, pode-
no quadro uma circunferência de
centro A e o diâmetro horizontal
mos escrever a proporcionalidade entre seus catetos opostos ao ângulo da mesma. À direita de A, dese-
nhe, pela ordem, pontos B1, B2,
de 30 graus e as respectivas hipotenusas: B3, sobre o raio e os segmentos
verticais B1C1, B2C2, B3C3 com
os extremos C1, C2 e C3 na cir-
C2 cunferência, e os raios AC1 AC2 e
C1 AC3 formando, assim, três triân-
gulos retângulos. Este desenho
permitirá concluir que, quanto
C maior a inclinação, maiores os
BC B1C1 B2 C 2 1 catetos verticais, ficando fixas
60º = = = ...= as hipotenusas por serem raios da
30º
AC AC1 AC2 2 circunferência. Logo, consideran-
A do os catetos verticais, as razões
30º B B1 B2
60º cateto : hipotenusa crescem com
as inclinações.
D
24. a) Maior;
b) Menor;
24. Discuta com seus colegas e tire conclusões sobre o que se pergunta, c) Depende;
d) Não. Porque, sendo o cateto
justificando suas respostas: menor que a hipotenusa, o

a) Se o ângulo de inclinação for maior que 30 graus, as razões anteriores são maiores
quociente do cateto pela
hipotenusa é sempre menor
que 1 (toda fração na qual
o numerador é menor que o
ou menores que 1 ? denominador, é menor que
2 1). (Se necessário, exem-
b) E se o ângulo de inclinação for menor que 30 graus? plifique numericamente ou
com desenhos.)
c) O valor dessas razões depende ou não do ângulo de inclinação?
d) O valor dessas razões pode ser maior que 1? Justifique sua resposta.
147

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 147 10/05/13 19:52


25. a) 6 mm;
25. Na figura ao lado, os ângulos congruen-
B D
b) 20 mm.
C
tes dos triângulos retângulos medem
30 graus.
a) Se AC mede 12 mm, quanto mede BC?
A
b) Se DE mede 10 mm, quanto mede AD?
E

26. a) 5 mm;
b) AB = 5 3 ≅ 8,660 mm;
c) 16 mm;
d) AE = 8 3 ≅ 13.86 mm. 26. Resolva, ainda com base na figura do exercício 25:
(Use calculadora, para encontrar valores aproximados, se necessário.)
a) Se AC mede 10 mm, calcule BC.
b) Agora, use o Teorema de Pitágoras e calcule AB.
c) Se DE mede 8 mm, calcule AD.
d) Agora, use o Teorema de Pitágoras e calcule AE.
Observe os triângulos retângulos a seguir:

C3
C2

C1

A B B1 B2 B3

Como todos eles têm um ângulo reto e o ângulo A em comum, são


triângulos semelhantes.

Logo, temos as seguintes proporções:

BC B1C1 B2 C 2 BnCn
= = = ...= = ...=
AC AC1 AC2 ACn

27. V ou F:
27. a) V;
b) V;
a) As razões anteriores são todas entre catetos opostos ao ângulo A e as respectivas
c) V. hipotenusas.
b) Se dois triângulos retângulos têm dois ângulos agudos congruentes, as razões entre
os catetos opostos a estes ângulos e as respectivas hipotenusas são iguais.
c) Quanto maior for o ângulo A, maior será o valor das razões.

Todas as razões anteriores têm o mesmo valor. Este valor é


chamado de seno do ângulo A e se representa assim:
sen A (lê-se: seno de A).

148

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 148 10/05/13 19:52


Como os triângulos anteriores são semelhantes, também são iguais as
razões entre os catetos adjacentes ao ângulo A e as respectivas hipo-
tenusas:
C3
C2

C1

A B B1 B2 B3

AB AB1 AB2 ABn


= = = ...= = ...= Em casa, os alunos devem
AC AC1 AC2 ACn anotar, no caderno, o quadro
em destaque no fim da pági-
na, o texto que sucede a ele,
Todas as razões anteriores têm o mesmo valor. Este valor é chamado juntamente com a figura do
de cosseno do ângulo A e se representa assim: triângulo retângulo ABC.
Depois, devem fazer o mes-

cos A (lê-se: cosseno de A)


mo em um cartão, como uma
ficha-resumo para ser utiliza-
da em casa e, principalmente,
Também são iguais as razões entre os catetos opostos ao ângulo A e na sala de aula.
os catetos adjacentes: Promova atividades como
as que sugerimos a seguir:
BC B1C1 B2 C 2 BnCn usando transferidor, compas-
= = = ...= = ...= so e régua graduada (utilizan-
AB AB1 AB2 ABn do, preferencialmente, papel
quadriculado), desenhar tri-
ângulos retângulos, medir
O valor comum das razões anteriores é chamado de tangente do os lados e calcular as razões
entre eles, obtendo, assim,
ângulo A e se representa assim: valores aproximados do seno,
cosseno e tangente dos ângu-
tg A (lê-se: tangente de A) los agudos correspondentes.
Explorando tais situações,
argumentar por que senos e
Podemos, então, definir: cossenos de ângulos agudos
variam entre zero e um. Ex-
plorar situações nas quais a
medida de hipotenusa é um
◆ Seno de um ângulo agudo de um triângulo retângulo é a razão para que os alunos percebam
entre o cateto oposto ao ângulo e a hipotenusa. a vantagem desse fato: elimi-
na o cálculo das razões, pois

◆ Cosseno de um ângulo agudo de um triângulo retângulo é a razão


seno e cosseno passam a ser
imediatamente as medidas
entre o cateto adjacente ao ângulo e a hipotenusa. dos catetos.

◆ Tangente de um ângulo agudo de um triângulo retângulo é a razão


entre o cateto oposto ao ângulo e o cateto adjacente.

Na figura ao lado:
C

BC AB BC
=
sen  = cos  tg  =
AC AC AB A B

149

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Professor(a): usamos al-
ternativamente indicar um V
Resolva os três
ângulo A assim: Â ou sim- S
plesmente assim: A, desde M
K
que o contexto deixe claro exercícios a se- E
G

guir, com base na


que se trata de mencionar
o ângulo. Q
figura ao lado: F H L P T W
Verif ique se os alunos
usam o Teorema de Pitágoras
para os cálculos sugeridos no 28. Na figura acima, considerando a medida do lado de cada quadradinho
exercício 28. Gradativamen-
te, convença-os de que as res- como unidade de medida, e que os triângulos são triângulos retângulos,
postas devem ser dadas como calcule:
a) QE b) QG c) QM d) QS e) QV
raízes quadradas (como se
vê na segunda resposta de
cada item do exercício 28).

29. Calcule o valor das razões a seguir:


Explique que tais raízes re-
presentam o valor exato do
número real correspondente,
enquanto as respostas em de-

a) =
cimais são, exceto no caso de EF GH KL MP ST VW
raízes exatas, aproximações = = = =
do número real obtido como QE QG QK QM QS QV
resposta. Lembre-se de que,
b) = = = =
futuramente, eles trabalharão QF QH QL QP QT QW
com valores de algumas
=
QE QG QK QM QS QV
razões trigonométricas de

c) = = = =
arcos notáveis (30º, 45º,
EF GH KL MP ST VW
60º) expressos em termos =
de razões contendo radicais. QF QH QL QP QT QW
28. Respostas em decimais
aproximados e como ra-
30. Use os resultados do exercício anterior para dar o valor do seno, do
dicais. cosseno e da tangente do ângulo Q.
a) 4,12, (17);
b) 8,25, (68); 31. Observe os dois triângulos abaixo e calcule:
a) sen A c) tg A e) cos B
c) 12,37, (153);
d) 16,49, (272);
e) 20,61, (425). b) cos A d) sen B f) tg B
29. a) 17/17  0,24;
b) 417/ 17  0,97; Y 10 T
c) 0,1/4 = 0,25. B

13
5 8
30. sen Q  0,24, 6
cos Q  0,97,
tg Q = 0,25.
A
X 12 W
31. a) 5/13 (ou aproximada-
mente 0,38);
b) 12/13 (ou aproximada- Observe novamente as definições de seno, cosseno e tangente:
mente 0,92);
c) 5/12 (ou aproximada- C
mente 0,42); BC AB BC
d) 4/5 (ou 0,8); =
sen  = cos  tg  =
e) 3/5 (ou 0,6); AC AC AB
f) 4/3 (ou aproximada- A B
mente 1,33).

Observando o triângulo ABC, é fácil concluir que:


Comente que os valores
de seno, cosseno e tangente
podem também ser obtidos
diretamente em algumas cal-
◆ Como os catetos são menores que a hipotenusa, as razões entre as
culadoras, especialmente as medidas dos catetos e a hipotenusa são números positivos menores
cientificas.
que 1; logo, o seno e o cosseno têm seus valores dados por decimais
entre zero e 1.
◆ Quanto maior o ângulo, maior o seno e menor o cosseno dele.
150

Mat9Cap5_NOVA2012.indd 150 10/05/13 19:53


Usando novamente o de-
senho da circunferência e as
definições de seno, cosseno
◆ Se a medida do ângulo A for 45 graus, o triângulo ABC é triângulo e tangente, explore situações
retângulo isósceles, ou seja, seus catetos são congruentes. Isto que convençam os alunos das
conclusões citadas ao final
significa que tg 45o = 1. da página 148 e início da
página 149.
◆ Se o ângulo A for menor que 45 graus, a tangente é um decimal entre
zero e 1.
◆ Se o ângulo A for maior que 45 graus, sua tangente do mesmo é um
decimal maior que 1, podendo ter valores tanto maiores quanto maior
for o ângulo.
Os matemáticos já calcularam vários tipos de tabelas de valores para
seno, cosseno e tangente de ângulos agudos. Na página 159, você vê
uma destas tabelas, com aproximação decimal de 4 casas. Ela será útil
para resolver diversos exercícios que seguem.
Aqui, um pequeno trecho da tabela:

TABELA DAS RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS DE 1º a 89º

Ângulo Seno Cosseno Tangente Ângulo Seno Cosseno Tangente


1º 0,0175 0,9998 0,0175 46º 0,7193 0,6947 1,0355
2º 0,0349 0,9994 0,0349 47º 0,7314 0,6820 1,0724
3º 0,0523 0,9986 0,0524 48º 0,7431 0,6691 1,1106
4º 0,0698 0,9976 0,0699 49º 0,7547 0,6561 1,1504
5º 0,0872 0,9962 0,0875 50º 0,7660 0,6428 1,1918
6º 0,1045 0,9945 0,1051 51º 0,7771 0,6293 1,2349
7º 0,1219 0,9925 0,1228 52º 0,7880 0,6157 1,2799
8º 0,1392 0,9903 0,1405 53º 0,7986 0,6018 1,3270
9º 0,1564 0,9877 0,1584 54º 0,8090 0,5878 1,3764
10º 0,1736 0,9848 0,1763 55º 0,8192 0,5736 1,4281

Observe alguns exemplos do uso da tabela:


a) sen 4o = 0,0689 d) Se sen x = 0,7431 então x = 48o 32. a) 16,07;

b) cos 4o = 0,9976 e) se tg y = 0,1228, então y = 7o


b) 47,67.

c) tg 50o = 1,1918
a) x = 25 sen 40º
x = 25 x 0,6428
x = 16,07;

32. Use
b) 40/y = tg 40º
a tabela de razões trigonométricas da página 159 e calcule as 40 = y tg 40º
medidas x e y aproximadas dos catetos dos triângulos retângulos das 40 = y • 0,8391
y = 40/0,8391
figuras (A) e (B), a seguir: y = 47,67.

A B

25 x 40

40º 40º
y
151

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33. a) 0,3846;
b) 22º e 23º. 33. Observe o triângulo retângulo a seguir:
Caso julgue conveniente,
faça uma interpolação. Como
sen 22o = 0,3746 e sen 23o =
0,3907, considere a diferença
entre tais valores (0,0161) e
a diferença entre 0,3846 e
0,3746 = 0,01, e calcule a 13
razão 0,01/0,0161 (aproxi- 5
madamente, 0,62). Finalmen-
te, calcule esta razão de 60
minutos (37,2 minutos). Daí
termos, aproximadamente, o ?
A
valor de 22o 37’ 12” para o
ângulo A (pois 0,2 do minuto
equivale a 12 segundos).

a) Calcule sen A com 4 ordens decimais.


Esta interpolação é uma
técnica para encontrar um

b) A medida do ângulo A em graus está compreendida entre dois valores inteiros. Use
valor aproximado para o
ângulo utilizando-se tabe-
las como a da página 157.
A técnica funciona porque
a tabela e diga quais são estes valores.
apesar correspondência entre
ângulos e senos dos mesmos 34. Observe a figura e responda ou faça o que se pede:
não ser exatamente uma
proporcionalidade direta,
para intervalos pequenos
(de um grau, como no caso
da tabela) é quase uma. Com
o advento das calculadoras
9,08
eletrônicas científicas este
tipo de cálculo não se usa
mais, mas é importante que
os alunos tenham noção de
como se pode fazer. 32º
34. a) Cosseno, pois cosseno x
de um ângulo é o quo-
ciente da medida do

a) Para calcular a medida x, qual das razões trigonométricas usamos: seno, cosseno ou
cateto adjacente a esse
ângulo pela medida da
hipotenusa;
b) 7,70.
tangente? Justifique a resposta.
cos 32º = x/9,08
0,8480 = x/9,08
b) Calcule x com duas ordens decimais, usando a tabela.
x = 9,08 • 0,8480
x = 7,70. 35. Observe a figura e responda ou faça o que se pede:
B

9
35. a) Tangente, pois a tan-
gente de um ângulo é
o quociente da medida
do cateto oposto pela 41
medida do cateto ad-
jacente a esse ângulo;

a) Para calcular a medida do ângulo B, qual razão trigonométrica se usa:


b) 41/9  4,55;
c) Aproximadamente 77º.
seno, cosseno ou tangente? Justifique sua resposta.
b) Calcule a razão trigonométrica do ângulo B que você identificou no item (a).
c) Use a tabela e escreva o valor aproximado de B, em graus.

152

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36. 276,14m.
36. Na figura, você vê um automóvel subindo um trecho de estrada cuja h = 5 280 x sen 3º
inclinação é de 3 graus:
h = 5 280 x 0,0523
h = 276,14 metros.

A

5280
h

37. Aproximadamente 51º.


Ao alcançar o ponto A, o automóvel terá percorrido 5 280 metros. Quan- tgz = 30/24 = 5/4 = 1,25

tos metros o automóvel terá subido, aproximadamente, na vertical?

37. Em determinada hora do dia, o Sol


projeta uma sombra de um mastro
de bandeira no solo. O mastro mede
30 metros de altura, e a sombra, 24
metros. Calcule, aproximadamente, o
38. a) d = 6,009;
b) y = 769,43 e
ângulo Z que o raio solar faz com o ní- r = 809,06;
30
vel do terreno, neste exato momento.
c) f = 21,45;
Z d) c = 0,94.
24
Cálculos:
(a) d = 10tg 31º,
38. Nas figuras a seguir, você vê medidas de lados ou de ângulos represen- (b) 250 = r cos 72º
tadas por letras. Em cada caso, use a razão trigonométrica conveniente
r = 250/cos72º = 809,06
y = r sen 72º
para calcular seus valores aproximados, escrevendo as respostas em y = (809,06) (0,9511)
seu caderno.
y = 769,43.

b)

r y
a)
31º
10

72º
10 250

c)
y =...
d) r =...

1
f
2
25º

28º
c

153

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39. d = 34,79;
b = 1 360,93; 39. Em cada caso, calcule aproximadamente os valores representados por
letras:
f = 5,04.

(10 + d)/12 = tg 75 o

(10 + d)/12 = 3,7321


10 + d = 12 x 3,7321
10 + d = 44,79
d = 34,79. 2 f
d 38º
5,5/(2 + f) = tg 38 o 75º
5,5/(2 + f) = 0,7813
2 + f = 5,5/0,7813 = 7,04 b 5,5
12
f = 5,04.
10
30º
2357

40. a) tg â = 1,25, â  51º, tg


= 0,75

40. Faça os cálculos indicados nas figuras e escreva as respostas em seu


37º, 14º;
b) z = 132,7.
Caso julgue oportuno, caderno.
explore ainda atividades
que envolvam os cálculos
sugeridos pelas atividades
a seguir: Distância de um 50
navio à costa. Distância entre A
dois pontos, a partir de um
terceiro não colinear com
ambos (por exemplo, um
topógrafo em uma praia,
calculando a distância entre
duas ilhas). Largura de um 30
rio, a partir de um ponto tg â = ?
em uma das margens (por â≅?
exemplo, um engenheiro que tgˆb = ?
vai construir uma ponte). De-
terminação do raio da Terra
ˆb ≅ ?
x
(feita pelos gregos há mais xˆ = â – bˆ ≅ ?
de 2000 anos). Distância da
Terra à Lua (cálculos feitos b
pelos astrônomos). Altura a
de um ponto a partir de um
ponto no plano da base. Para 40
tais atividades, pesquise em
enciclopédias, livros ou re-
vistas científicas, bem como
na internet.
B

z =... ?

53º

100

154

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Aprendendo em casa

41. Em cada caso, na figura abaixo, calcule o valor aproximado ou exato


representado pelas letras e escreva a resposta em seu caderno.
Faça breve abordagem
oral sobre as atividades do
“Aprendendo em casa” para
a) c) verificar se os alunos estão

b)
aptos a resolvê-las.
a 100
500
b
41. a) 1 300;
75º ? b) 482,95;
c
1200 500 80 c) cos = 0,8  37º;
a =... ? b =... ? d) x= 157;
cos cˆ =... ? e) b = 1 624,5.
cˆ ≅...
d) e)
?
63º
80 b
18º
x 5000

Explorando o que você aprendeu


e aprendendo mais

Você já sabe que, se três ou mais retas paralelas são cortadas por duas
transversais, então os segmentos determinados pelas paralelas sobre
uma transversal são proporcionais aos segmentos correspondentes da
segunda transversal.

Em linguagem matemática,
tem-se:

A A1
a
AB A 1B1 AB BC
B D B1 = = ,
b BC B1C1 A 1B1 B1C1
C C1
c

r s

Usando propriedades de proporções, já provamos também as seguintes


relações:

AB A 1B1 AB AC BC B1C1 BC AC
= = , = = ,
AC A 1C1 A 1B1 A 1C1 AC A 1C1 B1C1 A 1C1

155

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42. a = 5;
b = 54/5 = 10,8; 42. Use as propriedades convenientes e calcule os valores aproximados ou
exatos de a, b e c nas figuras a seguir:
c = 15/11;

3/a = 4,5/7,5;
5/9 = 6/b;
3/11 = c/5.

4,5 3 4 b 3 c

7,5 a 5 5 11
6

43. x = 54/7  7,71, y = 91/8


= 11,375,
z = 44/9  4,89.
43.