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Faculdade de Ciências da Saúde de Campos Gerais

Enfermagem Bacharelado
Disciplina: Seminários e Pesquisas 1
Prof.Ms.Débora Cristina Modesto Barbosa
Equipe: Ana Paula Oliveira, Deivison, Gleison Vagner, Marina Marques, Mateus Silvestre
Moreira, Micaele Pereira Machado, Rodrigo Gomes Morais, Rosângela Alves Bernardes,
Rosiane Cabral, Rosilene Vítor, Selma.

1. Método Indutivo de Pesquisa

Método científico consiste em um conjunto de atividades sistemáticas e racionais que


permitem descobrir e validar conhecimentos científicos. Os conhecimentos tornam-se válidos
e verdadeiros orientando o cientista. Reflexão: “não há ciência sem o emprego de métodos
científicos na atividade de pesquisa”. Os principais métodos de pesquisa científica são: o
método indutivo,o método dedutivo o método hipotético-dedutivo,o método dialético e o
método indutivo.

1.1 O Método indutivo

- Parte de observações particulares constatadas em grande quantidade para inferir e definir


uma verdade geral, provável, não contida nas observações iniciais;
-Processo mental que, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
*Indução: operação mental que consiste em partir dos fatos e/ou dados para chegar a
conclusões gerais, isto é, partir de casos particulares para concluir sobre leis gerais.
-Argumento indutivo baseia-se em premissas;
-Premissas verdadeiras tornam-se conclusões prováveis;
-Dados particulares (suficientemente constatados), passam pela inferência tornando verdade
geral ou universal.
*Premissa: Princípio que serva de base para a elaboração de um raciocínio para se chegar a
uma conclusão.
*Inferência: Operação lógica pela qual se extrai uma conclusão a partir de dados que se
dispõem considerados verdadeiros.
Exemplo 1: O corvo 1 é negro,o corvo 2 é negro,.o corvo 3 é negro.o corvo n é negro.Então
todo corvo é negro.
Exemplo 2: Cobre conduz energia, o zinco conduz energia, o cobalto conduz energia. Ora,
cobre, zinco e cobalto são metais. Logo, (todo) metal conduz energia.
A indução é um método válido porém não é infalível.Ex.: por muito tempo pensou-se que a
ordem de peixes celacantos estava extintos, porque elas eram conhecidas apenas por fósséis
de 200 milhoões de anos. Entretanto em 1938, na costa da África do Sul, um celacanto foi
pescado, o que demonstrou que a indução feita pelos paleontólogos estava errada. Assim, para
descartar uma indução basta que um fato a contradiga.

1.2 Princípio do determinismo

O método indutivo baseia-se na constância das leis da natureza (princípio do


determinismo), onde pressupõem-se que observações repetitivas de fenômenos no passados
geram a expectativa de regularidade deste fenômeno no futuro.

1.3 Principais características do método indutivo

-As conclusões do método indutivo são mais amplas do que as premissas e observações nas
quais se baseiam;
-A análise de indícios de observações percebidas permite identificar uma realidade geral não
percebida que pode ser verdadeira ou não;
-O processo analítico passa do específico para o geral (Ex.: indivíduos – espécies, fatos –
leis);
-A descoberta de uma relação constante entre duas propriedades ou dois fenômenos acarreta
na definição de uma relação essencial e geral entre as propriedades ou fenômenos estudados;
-As conclusões anunciadas a partir do método indutivo tem carater provável e não
definitivo.Exemplo: se os corvos 1 ao N são negros, então todo pássaro corvo é negro,
provavelmente. Isto não quer dizer que não existam pássaros corvos brancos.

1.4 Fases do método indutivo


1ª fase: Realiza-se observação de fenômenos e/ou identidades e suas relações de casualidade.
Exemplo: Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais.
2ª fase: Nessa fase ocorre a categorização e descoberta de relações casuais entre os fenômenos
e/ou entidades estudadas. Exemplo: Verifico a relação entre ser homem e ser mortal: O
homem Pedro é mortal, o homem José é mortal, o homem João é mortal.
3ªfase: Estabelecimento da generalização das relações evidenciadas na segunda etapa.
Exemplo: generalizo dizendo que todos os homens são mortais.

1.5 Formas de indução

-Indução completa (formal): Método indutivo que estabelece relações entre fenômenos ou
entidades gerando conhecimento do domínio comum (não gera novo conhecimento).
Exemplo: segunda, terça... E domingo tem 24h; Segunda, terça... E domingo compõem a
semana; Logo, todo dia da semana tem 24 h.
-Indução incompleta (científico):Consiste no método indutivo que estabelece relações
generalizadas com base na observação de fenômenos ou entidades gerando conhecimento
inédito.Exemplo:os planetas do sistema solar não possuem brilho;Logo, todos os planetas não
tem brilho próprio.

1.6 Tamanho da amostra

-Amostra insuficiente:Ocorre quando o universo amostral é insuficiente para prover suporte


as generalizações definidas.Exemplo:pesquisa de QI em 10 alunos de Fortaleza revelam que
estes índices variavam de 80 a 100, contudo esta amostra não é suficiente para afirmar por
indução que todos os alunos de Fortaleza tem QI elevado.
-Amostra tendenciosa:Consiste em amostra de tamanho representativas, mas que não
abrangem todos os seguimentos da população pesquisada tendenciando os
resultados.Exemplo:pesquisas eleitorais que apontam a vitória de um canditato X, mas os
resultados demonstram a vitória do candidato Y.

1.7 Crítica ao método indutivo:


Qual a justificativa para as inferências indutivas?Qual a justificativa para a crença de que o
futuro será como o passado?Alguns (observados, analisados, examinados) ;todos (não-
observados, inobserváveis)

1.8 Comparação entre método dedutivo e indutivo

No método dedutivo:
-Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira.
-Toda a informação ou conteúdo factual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente,
nas premissas.
Já no método indutivo:
-Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não
necessariamente verdadeira.
-A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas.Os
argumentos indutivos aumentam o conteúdo das premissas, com sacrifício da precisão, ao
passo que os argumentos dedutivos sacrificam a ampliação do conteúdo para atingir a
“certeza”.
-A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, isto é, a cadeia de raciocínios
estabelece a conexão ascendente, ou seja, do particular para o geral. Neste caso, as
constatações particulares é que levam às leis gerais.

De certa forma, o método indutivo confunde-se com o experimental, que compreende as


seguintes etapas:
Observação - estudo das manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas. A
observação científica, obviamente, difere da observação comum, por ser rigorosa, precisa,
metódica e voltada para a explicação dos fatos. A observação científica, freqüentemente,
necessita de instrumentos que a tornam mais objetiva, mais rigorosa e quantificam o que está
sendo observado.
Hipótese - ou explicação provisória do fenômeno a ser estudado. A hipótese propõe uma
solução para o problema, que a investigação confirmará como verdadeira ou não. Por esse
motivo, a qualidade principal da hipótese é ser passível de verificação.
Experimentação - observação provocada com o fim de controle da hipótese. Enquanto na
observação os fenômenos são estudados como se apresentam, na experimentação os
fenômenos são estudados nas condições determinadas pelo experimentador. A importância da
experimentação está no fato de proporcionar condições privilegiadas de observação, podendo-
se repetir os fenômenos, variar as situações da experiência, tornar mais lentos os fenômenos
muito rápidos etc. Quando a experimentação não confirma a hipótese formulada, a pesquisa
científica deve recomeçar, na busca da confirmação de outra hipótese.
Comparação - classificação, análise e crítica dos dados recolhidos.
Abstração - verificação dos pontos de acordo e de desacordo dos dados recolhidos.
Generalização - consiste em estender a outros casos semelhantes um conceito obtido nos
fenômenos observados.

Referências bibliográficas:

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico:


Elaboração de trabalhos na graduação. 7.ed.São Paulo: Atlas,2005.

CRUZ,Carla; RIBEIRO,Uirá. Metodologia Cíentifica:Teoria e Prática.2ed.Rio de


Janeiro:Axcel BooK.

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