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Teoria da Proteção Integral comparada com a da situação irregular (teoria adotada pelo
ECA)
Diz o art. 1º do ECA “Essa lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente”.
A lei nº. 8.069/90 revolucionou o Direito Infanto-Juvenil, inovando e adotando a doutrina da
proteção integral. Essa nova visão é baseada nos direitos próprios e especiais das crianças e
adolescentes que, na condição peculiar de pessoas em desenvolvimento, necessita de proteção
diferenciada, especializada e integral.
É integral, primeiro, porque assim dispõe a CF em seu art. 227, quando determina e assegura os
direitos fundamentais de todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de qualquer tipo,
segundo, porque se contrapõe a Teoria do Direito Tutelar do Menor, adotada pelo Código de
Menores (lei nº. 6.697/79), que considerava as crianças e os adolescentes como objetos de
medidas judiciais, quando caracterizava a situação irregular, disciplinada no art. 2º da antiga lei.
O código revogado não passava de um Código Penal do Menor, disfarçado em sistema tutelar;
suas medidas não passavam de verdadeiras sanções, ou seja, penais, disfarçadas em medidas
de proteção. Não mencionava nenhum direito, a não ser aqueles sobre assistência religiosa; não
trazia nenhuma medida de apoio à família; tratava da situação irregular da criança e do jovem,
que na verdade, eram seres privados de seus direitos.
Na verdade, em situação irregular estão à FAMÍLIA, que não tem estrutura e que abandona a
criança; os pais, que descumpre os deveres do poder familiar. O ESTADO, que não cumpre as
suas políticas sociais básicas; nunca a criança ou o jovem.
A TEORIA ADOTADA PELO ECA, baseada na total proteção dos direitos infanto-juvenis, tem seu
alicerce jurídico e social na convenção internacional sobre os direitos da criança, acolhida pela
Assembléia Geral das Nações Unidas, no dia 20/11/1989. O Brasil adotou o texto, em sua
totalidade, pelo decreto 99.710/90, ratificado pelo Congresso Nacional, via decreto legislativo nº.
28 de 14/09/90.
Definição legal de Criança e de Adolescente (art. 2º ECA)
O art. 2º do ECA vem distinguir o atendimento sócio-educativo, pela definição dos conceitos de
criança e de adolescente. A separação está fundada tão somente no aspecto da idade, não
levando em consideração o psicológico e o social.
Para a norma, CRIANÇA é a pessoa que tem 12 anos de idade incompletos; ADOLESCENTE
dos 12 aos 18 anos de idade.
Vários autores, entre eles Albergaria e Nogueira, fazem restrições à colocação do limite de 12
anos para o início da adolescência, pelo fato de a distinção pretendida pelo legislador não
coincidir com a evolução biológica de uma fase para outra. Essa distinção é importante porque “a
infância é o período decisivo em que se desenvolve a pessoa humana. A socialização que se
inicia na infância prossegue na adolescência para a aquisição da consciência moral”.
(Albergaria).
Em 02-02-11 (Cathedral)
1. Marcos históricos
2. Maioridade Penal
2.1 Redução da maioridade penal
3. Maioridade Civil
3.1 Emancipação
1. MARCOS HISTÓRICOS
1974 – Código de Menores – Convenção Internacional dos Direitos da Criança
1990 – ECA
2009 – Lei 12.010 – Lei Nacional de Adoção
Pátrio Poder – Pátrio Dever
- Maioridade Penal – capacidade de responder penalmente por seus atos (18 anos) – Previsto:
art. 104, ECA; art. 27, CP; art. 228, CF/88
- Maioridade Civil – Aquisição de capacidade de praticar os atos da vida civil (18 anos) –
Previsto: art. 5º, CC.
- Casamento
- Colação de grau em nível superior
- Exercício de cargo efetivo
Emancipação (16 a 18 anos) - Estabelecimento comercial/ civil
- Relação de emprego
- Concessão dos pais
- Sentença Judicial
Em 09-02-11
- Restituir a coisa
Art. 116, ECA - Ressarcir o dano
- Compensar o prejuízo
- Solidária (um ou outro)
Responsabilidade
- Subsidiária (1º e depois 2º)
.
Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais no tocante a pessoa e aos
bens dos filhos menores.
- irrenunciável
Características - indelegável
- imprescritível
Perda do poder familiar é uma sanção em regra permanente e abrange todos os filhos e constitui
uma espécie de extinção.
Perda: castigo indireto, abandono, ato contrário a moral e costumes, reincidir nas causas de
suspensão.
Art. 1.638 CC: Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I – castigar imoderadamente o filho;
II – deixar o filho em abandono;
III – praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV – incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
Suspensão do poder familiar é uma sanção que priva o genitor ou responsável do exercício do
poder familiar.
É uma ação temporária e pode se referir a determinado filho.
Suspensão: abuso de poder, falta dos deveres, dilapidação dos bens, condenação por sentença
irrecorrível por crime cuja pena exceda 2 anos.
Art. 1.637 CC: Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles
inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o
Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus
haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe
condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de
prisão.
Em 16-02-11
TIPOS DE RESPONSABILIDADE
Em 23-02-11
1. Condutas previstas no Código Penal que trazem a criança e o adolescente como vítimas
1.1 Infanticídio – art. 123, CP.
Nem a lei nem a doutrina dar um prazo para o estado puerperal. Quem comprova o estado
puerperal é a medicina, concedendo um prazo de razoabilidade.
Infanticídio (é um homicídio privilegiado) - (Esse título que nomeia o crime é denominado de “nomen juris”)
Art. 123, CP - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Puerpério – é o período durante o qual se desenrola todas as manifestações involutivas e de
recuperação da genitália materna havidas após o parto.
1.2 Abandono de incapazes – art. 133, CP: quando o pai ou responsável abandona o incapaz em
situação na qual ele não pode se defender dos ricos.
Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
Quem pode responder pelo crime de Abandono de incapazes? Todos aqueles que têm sob o
seu cuidado, sua guarda ou vigilância um incapaz.
O incapaz está previsto no art. 3º e 4º, do CC.
Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
O crime de abandono pode acarretar na perda do poder familiar.
Quem pode cometer o crime de maus tratos? Qualquer pessoa que tenha:
- autoridade
Maus tratos - guarda
- vigilância
- excessivo
Sujeitando a trabalho:
- inadequado
- correção
Abusando dos meios de:
- disciplina
Maus-tratos (vai para o juizado especial criminal, que poderá converter a pena em multa)
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou
cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando
de meios de correção ou disciplina:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14
(catorze) anos
Usando: - violência
Tortura
- grave ameaça
Que cause:
- físico
Provoca sofrimento
- mental
- aberto
Reclusão (juiz arbitra fiança) - semi-aberto
- fechado
ESTUPRO
EMANCIPAÇÃO
Fundamentos:
Art. xx, CF: xxx
Art. 5º, CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Art. 104, ECA: São penalmente inimputáveis os menores de 18 (dezoito) anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei.
Parágrafo único - Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.
Art. 148, parágrafo único, e, ECA: conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os
pais
PODER FAMILIAR
Regra: irrenunciável, indelegável e imprescritível.
Exceção: quando o menor é entregue a adoção, perde-se o poder familiar.
PRESCRIÇÃO
- Quem tem menos de 21 anos, a prescrição conta pela metade.
Menor de 21 anos = comete crime = prescrição 10 anos depois.
Maior de 21 anos = comete crime = prescrição 20 anos depois.
- De acordo com o ECA o crime hediondo cometido por menor prescreve.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Fundamento:
Art. 116, ECA: Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá
determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por
outra forma, compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único - Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra
adequada.
A conduta culposa só pode ser punida se tiver escrita na lei.
Em 30-03-11
1) FAMÍLIA NATURAL
- É formada somente pelos pais, descendentes, e filhos adotivos.
Art. 25, ECA: Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes.
A FAMILIA NATURAL é formada somente pelos pais, descendentes, e filhos adotivos.
3) FAMÍLIA SUBSTITUTA
- Onde rege o princípio do interesse do menor.
- Tem caráter subsidiário.
1) guarda
- Esse tipo de família se vale de três institutos: 2) tutela
3) adoção
Obs.: Os filhos não reconhecidos legalmente não fazem parte de nenhum tipo de família.
Art. 28. ECA: A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional,
respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua
opinião devidamente considerada.
§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência.
§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a
fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a
comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.
§ 5º A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e
acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.
§ 6º Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo,
é ainda obrigatório:
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como
suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
Constituição Federal;
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia;
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de
crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá
acompanhar o caso.
4) GUARDA
- Quem tem a guarda tem a obrigação de assistência material, moral e educacional.
- A guarda é tratada no ECA.
- Não exclui o poder familiar.
- A GUARDA pode ser:
a) provisória: quando for concedida em laminar em processo de adoção, tutela, e guarda
definitiva.
b) definitiva: após julgamento de mérito.
Art. 33 a 35, ECA:
Art. 33 - A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
§ 1° - A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
§ 2° - Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações
peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a
prática de atos determinados.
§ 3° - A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito,
inclusive previdenciários.
§ 4º Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não
impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento,
sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.
§ 1º A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
Art. 35 - A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
Público.
OBS.: Ascendentes e irmãos não podem adotar, mas somente ter a guarda do adotado.
- É uma modalidade de colocação em família substituta.
- A guarda recorrente de disputa entre pais é regida pela lei 6.515/1977 ⇒ Lei que regula a
dissolução conjugal.
MODALIDADES DE GUARDA:
a) Para regularizar a situação de fato:
Ex.: tio que cria sobrinho.
b) liminar
c) Para atender situação de falta eventual dos pais.
EFEITOS DA GUARDA:
a) O menor figura como dependente.
b) O menor não é equiparado a filho.
c) A guarda não afasta o direito de visitação e dever de alimentar dos pais, pois não extingue o
pátrio poder.
Exceção: Guarda deferida por liminar em processo de adoção.
Art. 33, §4º, ECA: Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente,
ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente
a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que
serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.
5) TUTELA
- A tutela é regulamentada pelo Código Civil.
Fundamento:
a) Art. 36, ECA: A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.
b) Art. 1.728 a 1.766, CC.
5.1) Conceito de tutela: É medida de colocação em família substituta que pressupõe a morte
dos pais, declaração de ausência, suspensão ou perda do poder familiar.
- A tutela exclui o poder familiar, ao contrário da guarda.
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR
Art. 1.631, CC: Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou
arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que
lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.
PERDA DO PODER FAMILIAR
Art. 1.638, CC: Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
A TUTELA pode ser de três tipos:
a) tutela testamentária
Art. 1.729, CC: O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único - A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.
b) tutela legítima – realizada por ascendentes e parentes consangüíneos afins (referem-se aos
parentes do cônjuge) até o terceiro grau.
Art. 1.731, CC: Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor,
por esta ordem:
I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;
II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais
velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em
benefício do menor.
b) tutela dativa – É definida pelo juiz.
Art. 1.732, CC: O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.
OBS.: Em regra, quem foi escolhido (na tutela dativa) para ser tutor pelo juiz não pode se
escusar.
Quem pode se escusar de ser tutor?
Art. 1.736, CC: Podem escusar-se da tutela:
I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV - os impossibilitados por enfermidade;
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;
VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII - militares em serviço.
Art. 1.737, CC: Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar
parente idôneo, consangüíneo ou afim, em condições de exercê-la.
Em 30-03-11 – (reposição de aula)
6) ADOÇÃO
- A partir de 2009, passou a ser regida pelo ECA, conforme os arts. 39 a 52, da Lei 12.010/2009.
- A adoção irrevogável, e não pode ser feita por procuração.
§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos
de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25
desta Lei.
ADOÇÃO INTERNACIONAL
- É regulada pela Convenção de Haia, que foi ratificada pelo Brasil em 1999.
- Tem caráter subsidiário, pois primeiro se prioriza o interesse de adotar das famílias brasileiras,
e somente depois a vez é cedida para estrangeiros.
Exceção: Quando há o princípio do superior interesse do menor.
Ex.: Uma família brasileira queria adotar somente um dos três irmãos, mas a família estrangeira
queria adotar os três. Nesse caso, a preferência é da família estrangeira, pois leva-se em
consideração que os laços fraternos devem permanecer juntos, e há o princípio do superior
interesse do menor.
- Pode a adoção ser feita por família brasileiras que morem no estrangeiro.
- Também é obrigatório o estágio de convivência ⇒ por tempo indeterminado ou critério do juiz.
Salvo na adoção por estrangeiros, em que o estágio de convivência é no mínimo de 30 dias no
território nacional.
MATÉRIA DA 2ª PROVA
Em 13-04-2011
1) Menor em confronto com a lei
- O menor é inimputável.
- Não comete crime, mas ato infracional.
Art. 103, ECA: Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção
penal.
Crime
Conduta descrita como
Contravenção (Decreto-lei 3.688/41
Art. 100, ECA: Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas,
preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
MEDIDAS
Medidas protetivas Medidas socioeducativas
DESTINATÁRIO Crianças e adolescentes Adolescentes
CABIMENTO Situação de risco (art. 98, ECA) Prática de ato infracional (art. 98, III, ECA)
ROL Exemplificativo “numerus Taxativas “numerus clausus”
apertus”
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
- Advertência = admoestação verbal
- Obrigação de reparar o dano (art. 116, ECA)
Art. 116, ECA: Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for
o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o
prejuízo da vítima.
Parágrafo único - Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada.
- máximo de 6 meses
assistenciais
- Entidades hospitalares
Escolares
- Estabelecimento congeneses
- Jornada máxima de 8 h por semana
Comunitários
- Programas
Governamentais
- LIBERDADE ASSISTIDA
Art. 118, ECA: A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais
adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
- Mínimo de 6 meses
- prorrogada
- Pode ser - revogada
- substituída por outra a qualquer tempo.
Telefones:
- Julio 9902-1182/8127-0950
- Bonfim 8117-4418/9128-6165 (esposa)