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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

CAMPUS GARANHUNS
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

REGIVÂNIO DIAS SILVA

ANÁLISE DA COBERTURA VEGETAL NA SERRA DAS ANTAS NO MUNICÍPIO


DE ÁGUAS BELAS - PE

GARANHUNS - PE

2018
REGIVÂNIO DIAS SILVA

ANÁLISE DA COBERTURA VEGETAL NA SERRA DAS ANTAS NO MUNICÍPIO


DE ÁGUAS BELAS - PE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade de Pernambuco /Campus Garanhuns
como requisito para a obtenção do título de
Licenciado em Geografia.

Orientador: Dr. Daniel Dantas Moreira

GARANHUNS - PE

2018
III

REGIVÂNIO DIAS SILVA

ANÁLISE DA COBERTURA VEGETAL NA SERRA DAS ANTAS NO MUNICÍPIO


DE ÁGUAS BELAS - PE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade de Pernambuco / Campus
Garanhuns como requisito para a obtenção do
título de Licenciado em Geografia.

Aprovado em: ____/____/____

Banca Examinadora

Prof. (a) Dr. Daniel Dantas Moreira


Orientadora

Examinador (a) Interno

Examinador (a) Externo

GARANHUNS – PE
2018
IV

Aos meus pais, Vera Lúcia Dias e Reginaldo


Lopes, pela minha existência e principalmente
a minha mãe, por toda paciência dedicação e
carinho por mim e meus irmãos, que nunca nos
deixou abater e nem desistir dos nossos
sonhos, sempre apoiando e incentivando
mesmo nos grandes tropeços e fracassos que
a vida nos proporciona, sempre nos guiando
por um bom caminho, para ti que é uma grande
guerreira e por todos os sacrifícios que
enfrentou para manter nossa família sempre
unida.
Aos meus tios e tias, pelos os puxões de orelha
e essa intensa marcação e cobrança, que foi
primordial.
V

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pelo a dádiva da vida, anjos e santos pela imensa


intercessão sempre iluminando a cada amanhecer, essa tão curta e intensa jornada
chamada vida.
Ao professor Dr. Daniel Dantas pela dedicação paciência e compreensão durante
toda a orientação e por compartilhar um pouco do seu tempo e conhecimento
durante toda essa jornada.
Aos meus queridos e eternos amigos, Amanda Alves, David Ramon, João Marcone,
Leonardo Pimentel, Phelipe Cavalcante, Severino Oliveira e Solange Gonzaga que
estiveram juntos nessa longa caminhada.
Ao professor Msc. Samuel Othon, pela dedicação paciência e disponibilidade para
com todos. A todos os professores pelos seus conselhos, coordenadores de
trabalho, patrões que sempre mim motivam, aos amigos que adquiri durante todo
esse percurso que de forma direta ou indireta contribuíram para a realização desse
trabalho de conclusão de curso.
VI

Feliz aquele que transferi o que sabe e aprende


o que ensina.
Cora Carolina.
VII

RESUMO

A presente pesquisa intitulada “Análise da cobertura vegetal na Serra das


Antas no município de Águas Belas - PE” tem como finalidade realizar um estudo
sobre os impactos causados pela ação antrópica ao longo dos anos, bem como o
uso e ocupação do solo da área em questão, buscando analisar por meio de viés
geográfico, os danos e impactos causados pelos proprietários à cobertura vegetal
daquela localidade. Dessa maneira a pesquisa esta fundamentada em alguns
autores que trabalham esse tema como, Amador, Ab’Saber ,Oliveira, Santos, Silva,
Sobrinho, Redin, Porto e outros . Os procedimentos que compõem a metodologia
empregada, esta dividida em uma sequencia de etapas, oferecendo alicerce para a
análise dos resultados, onde foram realizadas pesquisas bibliográficas, com a
análise de artigos, dissertações e livros sobre a temática, etapa de campo onde foi
feito a coleta de imagens para fundamentar melhor a pesquisa, também foi utilizado
o Arcgis, o Google Earth versão pro para geração de mapas e após essas etapas os
dados coletados foram analisados, com o intuito de identificar possíveis impactos
ambientais e tentar propor soluções para sua melhoria. Diante dos resultados
obtidos nessa pesquisa, recomenda-se um melhor acompanhamento por parte da
Secretaria de Meio Ambiente municipal da cidade de Águas Belas, para que eles
possam realizar um trabalho preventivo de conscientização dos proprietários
daquela área, sobre os malefícios e benefícios que esse tipo de pratica de
(queimadas, extração de madeira, retirada de toda a cobertura vegetal) ocasiona ao
ambiente, procurando melhores alternativas que façam com que a vegetação
daquela determinada área não seja tão devastada como vendo sendo nos últimos
anos.

Palavras-Chave: Ação Antrópica, cobertura vegetal, uso e ocupação do solo,


degradação ambiental.
VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de localização do Município de Águas Belas –


PE...............................................................................................................................24
Figura 2: Perfil esquemático dos brejos de altitude no Nordeste do
Brasil...........................................................................................................................25
Figura 3: Distribuição atitudinal da vegetação remanescente (polígonos verdes) da
Floresta Atlântica costeira e dos brejos de altitude em Pernambuco........................26
Figura 4: Localização geográfica da serra das antas, município de Águas Belas –
PE...............................................................................................................................28
Figura 5: Derrubada de arvores para plantio de pastagem Serra das Antas, Águas
Belas - PE...................................................................................................................30
Figuras 6 e 7: imagem do ano de 1969 e 2017 da Serra das Antas, Águas Belas –
PE...............................................................................................................................37
Figura 8: Degradação da paisagem...........................................................................38
Figuras 9 e 10: Serra das Antas, ano de 2012 e 2016
respectivamente.........................................................................................................39
IX

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Riqueza de espécies de bromeliácea nos brejos de altitude de


Pernambuco por municípios e remanescentes visitados, número de unidades de
conservação (UC`s) e níveis de amostragem (NA). SA – Áreas com amostragem
suficiente, MA – Áreas minimamente amostradas, IA – Áreas insuficientemente
amostradas.......................................................................................................................27
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS............................................................................................ IIIV


LISTA DE TABELAS........................................................................................... IX
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 11

1 - USO E A OCUPAÇÃO DO SOLO, A COBERTURA VEGETAL E SUA


DEGRADAÇÃO ATRAVÉS DA AÇÃO ANTRÓPICA......................................... 14
1.1 A utilização de tecnologias para mapeamento da degradação
ambiental............................................................................................................. 17

2 - CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO.......................................... 20


2.1 Breve contextualização do município de Águas Belas, de distrito á
cidade ................................................................................................................. 21
2.2 Caracterização do objeto de estudo........................................................... 24

3 - METODOLOGIA............................................................................................. 34
3.1. Nível Exploratório........................................................................................ 34
3.2. Nível Descritivo e Explicativo.................................................................... 34

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 37
4.1. Degradação da Paisagem........................................................................... 38

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 40

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 41
11

INTRODUÇÃO

A falta de planejamento e consequente destruição dos recursos naturais,


particularmente das florestas, caracterizam o processo de ocupação do Brasil. Ao
longo da história do País, a cobertura florestal nativa, representada pelos diferentes
biomas, foi sendo fragmentada, cedendo espaço para as culturas agrícolas, as
pastagens e as construções das cidades (MARTINS, 2001).
As técnicas de Sensoriamento Remoto permitem o estudo da evolução
ambiental de uma região, através de análises multitemporais, estabelecendo
comparações de uma mesma paisagem entre dois ou mais períodos, podendo desta
forma, auxiliar no monitoramento ambiental da região (Oliveira, 2014). As técnicas
do Sensoriamento Remoto possibilitam o monitoramento de uso de cobertura do
solo, visando preservar a biodiversidade e o meio ambiente (Grigio, 2003).
A realização de estudos das áreas de cobertura vegetal é importante para
analisar o uso e ocupação do solo e fornecer elementos para o planejamento de uso
ambiental e administração dos recursos naturais, visando avaliar e monitorar a
preservação de áreas de vegetação, bem como a melhor qualidade de vida da
população (Oliveira, 2014, apud Toebe, 2012).
É evidente a importância da preservação da cobertura vegetal na Serra das
Antas, por se tratar de uma área verde, entretanto, existe a ocorrência de problemas
ambientais gerados pelo mal-uso do solo pelos proprietários dessas terras, que
através da ação antrópica vem degradando esse ambiente ao longo dos anos,
sendo de suma importância à conscientização dos proprietários por parte da
Secretaria de Meio Ambiente municipal sobre os riscos e danos causados pelas
praticas errôneas que ali vem ocorrendo ao longo de anos.
Contudo há uma necessidade de realizar uma análise dessas atividades
extrativistas, causada pela ação antrópica, gerando perda da biodiversidade local,
sabendo que é uma área diferenciada conhecida como “brejo de altitude” com
temperaturas menos elevadas, precipitação, fauna e flora diferenciada do clima
circundante o semiárido.
Essa pesquisa tem como objetivo fazer uma analise da cobertura vegetal na
Serra das Antas no município de Aguas Belas – PE, avaliar o uso e ocupação do
solo, bem como o estado em que se encontra a degradação da cobertura vegetal
12

daquele espaço e tentar identificar o que levou o homem a exploração da área em


estudo.
Serão abordadas discussões envolvendo o tema da cobertura vegetal, uso e
ocupação do solo, a degradação através da ação antrópica e a utilização de
tecnologias para mapeamento da degradação ambiental, fundamentando assim o
tema proposto no trabalho e seu método.
No capitulo seguinte será realizado uma caracterização do objeto de estudo,
trazendo o histórico do município em que está inserido, para então apresentar o
objeto e sua localização. No terceiro capitulo, serão definidos os procedimentos
metodológicos em que o estudo foi pautado, situando todos os processos realizados.
E por fim, o penúltimo capítulo irá deter a analise e resultados encontrados a
cerca da pesquisa até então apresentada, e em seu ultimo capitulo serão
apresentadas as considerações finais do trabalho de pesquisa.
13

CAPÍTULO I

USO E A OCUPAÇÃO DO SOLO, A


COBERTURA VEGETAL E SUA
DEGRADAÇÃO ATRAVÉS DA AÇÃO
ANTRÓPICA.
14

CAPÍTULO I

1. USO E A OCUPAÇÃO DO SOLO, A COBERTURA VEGETAL E SUA


DEGRADAÇÃO ATRAVÉS DA AÇÃO ANTRÓPICA.

Neste capítulo serão abordados o uso e ocupação do solo, a ação antrópica


sobre essa área, bem como sua cobertura vegetal que sofre com todos esses
processos. Buscarei trazer à tona os principais autores que falam dos temas que
foram elencados, farei uma discussão sobre suas principais ideias em cada tópico
debatido neste capítulo.
Falar sobre o uso e a ocupação de terras é um tema básico para o
planejamento ambiental porque retrata as atividades humanas que podem significar
pressão e impacto sobre os elementos naturais. É desta forma, uma ponte essencial
para a análise de fontes de poluição e um elo importante para a ligação entre as
informações dos meios biofísico e socioeconômico (Santos, 2004).
Para avaliar o padrão de ocupação em uma determinada área é necessário
entender que a paisagem registrada atualmente nem sempre se manteve da mesma
forma, e possivelmente irá se alterar futuramente, o que é reflexo de influências
naturais e antrópicas, (Silva, 2017 apud Ferreira et. al., 2016).
De acordo com Brito (2005) o mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal
de uma dada região é de extrema importância para a compreensão da organização
do espaço e das mudanças ocorridas, uma vez que o meio ambiente está em
constante transformação devido ao aumento das atividades antrópicas.
Segundo Araújo (2017) apud Santos (2008) discutem a paisagem como tudo
que a nossa visão consegue abarcar, sendo constituídas de volumes, cores,
movimentos, odores. De acordo com Souza (2015) o conceito de paisagem tem
tradicionalmente um escopo mais específico ligado ao espaço onde a nossa vista
abarca. Numa discursão desse conceito a partir de autores tradicionais Souza
(2015) aponta como uma das virtualidades da paisagem é a capacidade de ser
integradora das relações sociedade e natureza. Segundo Freire (2007) a análise da
paisagem tem o objetivo de demonstrar a configuração físico-ambiental da região
A exploração predatória dos recursos naturais que ocorrem no agreste
pernambucano causa a devastação do bioma. Isso acontece devido ao resultado de
15

um processo histórico de uso e ocupação dessa região, o que causa desgastes que
são ocasionados pela ação humana, o que contribui para que os remanescentes
florestais sejam destruídos.
De acordo com Jesus (2010) apud Rosa (1992) a expressão “uso da terra”
pode ser entendida como a forma pela qual o espaço está sendo ocupado pelo
homem, sendo assim, é importante considerar a forma que este espaço está sendo
ocupado, ou seja, se é explorado de forma organizada e produtiva, conforme cada
região.
Essas alterações podem provocar um impacto direto nas características
fitofisiográficas da região, que por sua vez “interferem na atividade e estrutura do
ecossistema e colocando em risco a oferta de serviços ecológicos, que são de suma
importância não apenas em regiões remotas, mas também para a agricultura
praticada na zona rural em torno de grandes centros urbanos”, (Silva, 2017 apud
Cândido, 2013).
Ainda de acordo com Jesus, 2007 apud Alves, 2004:
a expressão “uso e cobertura do solo” é um conceito híbrido, formado por
três conceitos: uso, cobertura e solo. O primeiro termo diz respeito ao que o
homem constrói ou insere sobre a superfície ou como maneja o solo como
agricultura, pastagens, cidades, entre outros. O segundo se refere aos
atributos físicos da superfície terrestre como florestas, campos, desertos.
Por ultimo o solo é a camada superficial da crosta terrestre oriundo da
decomposição da rocha-matriz, sob influência do clima e de processos
físicos, químicos e biológicos, no qual os vegetais se desenvolvem, (Jesus,
2007, p.4).

Como já é sabido por todos sobre a importância que a vegetação possui na


conservação dos solos, pois, é ela que auxilia na sua fertilidade, também evita a sua
erosão em alta escala e equilibra os ecossistemas. Porém, as atividades humanas
acirradas pelo aumento de consumo e pela necessidade de ganhar fronteiras
naturais provocam sérios desequilíbrios no meio ambiente.
É o caso na área em estudo, onde são derrubadas árvores de porte grande,
que são utilizadas para a construção civil, e após esse desmatamento o local é
utilizado para o plantio de pasto para o gado e o cultivo da agricultura, a lenha das
árvores derrubadas é aproveitada para consumo, dela também fazem carvão
vegetal. Segundo sobrinho, 2006:
O impacto do antropismo através da presença do homem como povoador e
como predador tendeu, ao longo do tempo, a provocar desequilíbrios
ambientais cuja maior ou menor intensidade é distinta nas diversas
unidades geossistêmicas. É fato reconhecido que o homem, ao povoar o
espaço, busca retirar o máximo dos recursos naturais disponíveis. Para
16

isso, utiliza técnicas muitas vezes inapropriadas e dependentes do nível


cultural e de desenvolvimento, contribui para acelerar ou reativar processos
de degradação cujos efeitos se fazem sentir a curto, médio ou longo prazo,
(Sobrinho, 2006, p. 18).

E esse impacto gerado pelo homem na vegetação local, ao povoar


determinada área, quando passa a utilizar seus recursos e manipulá-los, sobre isso
Leite (2002) argumenta que, “a manipulação da vegetação consiste em toda e
qualquer modificação induzida pelo homem na cobertura florística de uma área,
visando adequá-la aos objetivos da exploração desejada, seja ela agrícola ou
pastoril”. Nesse sentido, Sobrinho destaca que:
Há a considerar que os efeitos das atividades antrópicas vão tendendo a
impactar direta ou indiretamente os recursos naturais renováveis. Esses
impactos podem ser constatados através da degradação da biodiversidade;
da diminuição da disponibilidade de recursos hídricos superficiais e
subterrâneos; do assoreamento dos vales e reservatórios as custas de
horizontes superficiais dos solos que são removidos; da ablação e do
empobrecimento químico dos solos em face da pressão provocada pela
agricultura de subsistência praticadas com técnicas muito rudimentares
sempre dependentes da incorporação de novas terras manter o sistema
produtivo, (Sobrinho, 2006, p. 35).

Entretanto, a ação antrópica é sem dúvida uma causa preocupante para o


processo de degradação ambiental, pois, o crescimento populacional e a
consequente demanda de alimentos e energia, aliada a pobreza e a falta de
conhecimento dos agricultores nordestinos, contribuem para a exploração dos
recursos naturais acima da capacidade de suporte, o que resulta em problemas
ambientais, na degradação dos solos e na diminuição da biodiversidade local.
Por sua vez, Para Jesus (2010) apud Rosa (2003), é necessário que o
acompanhamento e distribuição espacial do uso e ocupação do solo sejam
analisados constantemente para auxiliar nos estudos de desenvolvimento de
determinada região. Por isso, as imagens de satélite analisadas de forma temporal,
contribuem de forma significativa para o acompanhamento das transformações
causadas pelo homem no espaço.
Desse modo Em termos de cobertura vegetal e uso da terra, os sensores
orbitais dos satélites de mapeamento da superfície terrestre desempenham um
papel fundamental no levantamento de dados, fornecendo informações atualizadas
da região. Assim, torna-se possível a realização de acompanhamentos e análises
que guiarão programas de monitoramento e planejamento ambiental mais adequado
para cada situação estudada (Silva, 2017, apud Almeida et al., 2008).
17

1.1. A utilização de tecnologias para mapeamento da degradação ambiental.

Segundo Andrade (1998), a análise temporal da dinâmica da paisagem


natural e antrópica, em tempo hábil, somente se tornou possível a partir do momento
em que imagens de satélites foram integradas às metodologias, permitindo uma
avaliação mais coesa do nível de desenvolvimento da região estudada.
É necessário a utilização das técnicas de sensoriamento remoto em trabalhos
ambientais sobre cobertura vegetal, principalmente quando a temática é degradação
ambiental, isso porque com a utilização dessas técnicas é possível realizar uma
abordagem espaço temporal na área estudada.
De acordo com Francisco (2010) na utilização de um SIG é possível coletar,
checar, integrar e analisar dados e informações relacionadas à superfície da Terra.
Esses dados podem ser oriundos de diferentes fontes, tais como: imagens de
satélite, cartas topográficas, cartas de solo e vegetação, hidrografia, dados de
censo, etc.
Cada uma destas fontes com seus diferentes atributos são armazenados em
um banco de dados, utilizado para gerenciar de maneira estruturada esta grande
quantidade de informações. Os dados devem estar todos no mesmo referencial
geográfico, para possibilitar a manipulação, a comparação e a análise (Francisco
2010 apud Santos & Silva, 2004).
Entre as principais geotecnologias utilizadas nas pesquisas ambientais,
destacam-se o sensoriamento remoto e os Sistemas de Informações Geográficas-
SIG. Lang (2009) designa SIG e sensoriamento remoto como as “mais importantes
ferramentas holísticas” para a análise, para o planejamento e para a gestão da
paisagem.
De acordo com Brito (2005) Apud Assad e Sano (1998):

O monitoramento da paisagem de uma dada região é fator primordial no


planejamento racional de utilização da terra, face principalmente a velo- cidade
de ocupação do espaço físico e ao pouco conhecimento dos recursos
naturais nela existente. Diante desse quadro, oz produtos de
sensoriamento remoto orbital tem sido importante não só na aquisição
primária de informações como no inventario e gerenciamento da paisagem
agroflorestal em países de dimensões continentais, como o Brasil.

Ainda segundo Brito (2005) ao longo das últimas décadas os dados de


Sensoriamento remoto têm sido utilizados para o mapeamento do Uso do Solo e
18

Cobertura Vegetal Natural de forma eficiente. Além disso, tem se multiplicado os


softwares para processamento digital de imagens, facilitando assim, o uso das
imagens de satélite.
Nesse sentido, de acordo com Rosa (2003), os sistemas de sensoriamento
remoto hoje disponíveis, permitem a aquisição de dados de forma global, confiável,
rápida e repetitiva, sendo estes dados de grande importância para o levantamento,
mapeamento e utilização das informações de uso e ocupação do solo de uma dada
região.
O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a técnica capaz de
obter dados sem que o mesmo esteja em contato com o alvo, através da Radiação
eletromagnética (REM) refletida pelas componentes da superfície, onde são
captadas pelos sensores orbitais, possibilitando por meio do comprimento das ondas
identificar cada objeto e o seu nível de reflectância (Fitz, 2013).
De acordo com Alexandre et. al. (2016) apud Trincart, (1977), pode-se
detectar os níveis de mudança da cobertura vegetal através de métodos e técnicas,
utilizando os Índices de Vegetação de duas ou mais datas. Um dos Índices mais
usados e que proporciona um melhor resultado é o NDVI (Normalized Difference
Vegetation Index), que se utiliza dos níveis de reflectância das folhas verdes sadias
a partir do comprimento de cada onda do espectro eletromagnético refletido,
permitindo identificar cada porção de determinado comprimento de onda (Ponzoni
et. al. 2012).
O melhor meio de se fazer um estudo de uma área de tamanha proporção é o
Sensoriamento Remoto (SR) em conjunto com um Sistema de Informação
Geográfica (SIG), utilizando-se do Geoprocessamento para incumbir tudo em uma
base de dados sólida e versátil. Neste estudo foi decidido trabalhar com cenas do
sensor orbital Landsat 5, pois o mesmo ficou um grande período em orbita,
permitindo a captura de dados com grande intervalo de tempo, porém foram coletas
imagens para este estudo apenas entre os meses de setembro a fevereiro, o que
corresponde a época mais seca do ano, afim de que se obtenha um melhor
resultado na classificação (Rosa, 2009).
O Sensoriamento Remoto pode ser definido como a técnica capaz de obter
dados sem que o mesmo esteja em contato com o alvo, através da Radiação
eletromagnética refletida pelas componentes da superfície, onde são captadas pelos
19

sensores orbitais, possibilitando por meio do comprimento das ondas identificar cada
objeto e o seu nível de reflectância (Fitz, 2013).
20

CAPÍTULO II

CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE
ESTUDO
21

2.1. Breve contextualização do município de Aguas Belas, de distrito á cidade.

Aspecto histórico

Segundo a tradição local, a região onde se situa a cidade de Águas Belas era
primitivamente habitada pelos Tupiniquins, posteriormente expulsos pelos Carnijós
(os Fulni-ô), após violenta luta. O aldeamento passou a ser conhecido pelo nome de
“Aldeia da Alagoa da Serra do Comunati”, devido a uma grande lagoa ali existente.
No ano de 1700, mais ou menos, apareceu na região um homem branco – João
Rodrigues Cardoso – o qual, metendo-se no aldeamento, deu início à catequese dos
índios, arriscando a própria vida. A partir daí a povoação foi crescendo
progressivamente, com os parentes de João Rodrigues e mais outras pessoas que
ali foram morar.
Como os índios se tornaram muito rebeldes, foi designado um representante do
governo como diretor do aldeamento, o Sr. Lourenço Bezerra Cavalcanti, que
conseguiu impor obediência aos índios, tranquilizando os habitantes do povoado. Foi
esse cidadão que mudou a denominação original para Povoação de Ipanema, em
virtude da proximidade do rio de mesmo nome, que banha suas terras. A freguesia,
sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição do povoado de Ipanema, foi
criada por Alvará de 26 de janeiro de 1766, que também criou o distrito, subordinado
a Buíque. O primeiro vigário foi o padre José Lopes da Cunha.
Existe uma versão segundo a qual o topônimo Águas Belas deve-se à
sugestão do ouvidor Jacobina (Antônio Ferreira de Araújo Jacobina), o qual,
andando em correição, ao chegar a esse lugar ficou surpreso por ali ter encontrado
água potável e cristalina, que era difícil naquela região. A ele é atribuída a seguinte
declaração: “Águas belas as desta povoação a que chamam de Ipanema, quando
lhe deviam chamar, antes, Águas Belas. Por que não lhe chamam assim, Águas
Belas? Ponham-lhe este nome”.
E foi adotada a nova denominação, sugerida pelo ouvidor. No entanto,
segundo o historiador Pereira da Costa, a origem do topônimo é outra: quando os
índios Carnijós se fixaram nessa terra fizeram seus “alojamentos fortemente
construídos de palmas de Ouricuri, em uma bela e vasta planície, de uma verdura
22

exuberante e permanente, bom clima, e de abundantes e excelentes águas, claras e


límpidas...” daí surgindo a denominação de Águas Belas.
Em 20 de maio de 1833, através de Resolução do Conselho do Governo de
Pernambuco, que criou nove comarcas na província, a freguesia de Águas Belas
passou a pertencer ao termo da vila de Garanhuns, situação que se estendeu até
sua incorporação ao termo de Buíque pela Lei Provincial n° 337, de 12 de maio de
1854. A povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 997, de 13 de
junho de 1871, mesma lei que criou o município de Águas Belas, desmembrado de
Buíque, formado apenas pelo distrito sede. A Câmara Municipal foi instalada no dia
15 de junho de 1872. O município foi anexado à comarca de Bom Conselho pela Lei
Provincial n° 1.057, de 07 de junho de 1872.
A comarca de Águas Belas, com sede na vila de mesmo nome, e com os
mesmos limites do termo, foi criada pela Lei Provincial n° 1.899, de 12 de maio de
1869. (Na publicação “Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios de
Pernambuco” afirma-se que a comarca foi criada pela Lei Provincial nº 1.399, com
data de 12 de maio de 1879). Foi classificada comarca de 1ª entrância pelo Decreto
n° 8.192, de 09 de junho de 1881, e seu primeiro juiz de Direito foi Carolino de Lima
Santos.
O município de Águas Belas foi constituído no dia 16 de janeiro de 1893,
adquirindo autonomia legislativa, com base na Constituição Estadual e no art. 2° das
disposições gerais da Lei Estadual n° 52 (Lei Orgânica dos Municípios), de 03 de
agosto de 1892, promulgada durante o governo de Alexandre José Barbosa Lima.
Por força dessa lei o município foi dividido em dois distritos: 1° - a vila de Águas
Belas; 2° - a povoação de Pau-Ferro (atual município de Itaíba). O primeiro prefeito
republicano foi o tenente-coronel Benigno Rodrigues Lins de Albuquerque.
A sede municipal adquiriu foros de cidade pela Lei Estadual n° 665, de 24 de
maio de 1904, e a povoação de Pau–Ferro tornou-se distrito através da Lei
Municipal nº 54, de 23 de novembro de 1905. Em 1909 o município já se encontrava
dividido em três distritos: Águas Belas, Mocambo e Pau–Ferro, assim permanecendo
na divisão administrativa referente ao ano de 1911. O distrito de Pau-Ferro passou a
denominar-se Itaíba pelo Decreto-lei Estadual nº 92, de 31 de março de 1938, e o de
Mocambo teve a denominação mudada para Iati pelo Decreto-lei Estadual nº 235, de
09 de dezembro do mesmo ano. Pelo Decreto-lei Estadual nº 503, de 19 de junho de
23

1940, foram modificados os limites entre os municípios de Águas Belas e Bom


Conselho.
No quadro fixado para vigorar no período 1939-1943, o município aparece com
três distritos: Águas Belas, Iati (ex - Mocambo) e Itaíba (ex-Pau-Ferro). Em virtude
do Decreto-lei Estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, que estabeleceu a
divisão territorial vigente no quinquênio 1944-1948, o município permanece formado
pelos distritos de Águas Belas, Iati e Itaíba, situação confirmada pela Lei Estadual nº
1.819, de 30 de dezembro de 1953. O distrito de Itaíba foi desmembrado de Águas
Belas, tornando-se município, pela Lei Estadual nº 3.340, de 31 de dezembro de
1958, o mesmo acontecendo com o distrito de Iati, desmembrado de Águas Belas
para tornar-se município pela Lei Estadual n° 4.995, de 20 de dezembro de 1963.
Na divisão territorial de 31 de dezembro de 1963 o município aparece formado
apenas pelo distrito sede. A Lei Municipal n° 677, de 26 de maio de 1991, criou mais
um distrito em Águas Belas, o de Curral Novo. Em divisão territorial de 1º de junho
de 1995, o município aparece constituído por dois distritos: Águas Belas e Curral
Novo, assim permanecendo em divisão territorial de 2005.
Aspectos geográficos
Considerado um município de pequeno porte II, se encontra inserido no
semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005, esta
delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco
de seca., e sua principal atividade econômica esta voltada para agricultura, porem,
igual a outros municípios do agreste pernambucano, vem sendo castigado pelas
secas severas dos últimos anos, o que fez com que estava atividade declinasse com
o passar do tempo, resultado disso é a constante migração dos seus habitantes para
os grandes centros urbanos em busca de emprego e melhores condições de vida,
este é um fenômeno comum, e ocorre na maioria das cidades circunvizinhas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
sobre trabalho e rendimento, o salário médio mensal dos trabalhadores formais no
ano de 2016 era de 1,8 salários mínimos, enquanto que a população que se
encontrava ocupada do município era de 1.829 pessoas o que nesse mesmo ano
correspondia a 4,3% em relação à população total do município.
24

2.2. Caracterização do objeto de estudo


O presente estudo foi desenvolvido no município de Aguas Belas -
Pernambuco que se localiza na Microrregião de Garanhuns e na Mesorregião do
Agreste Pernambucano. Com uma área de 885,989 km² e com uma população
estimada em 43.195 hab. (IBGE, 2018).

Figura 1: Mapa de localização do Município de Águas Belas - PE

Fonte: Silva, 2018

A serra das Antas localiza – se, em um brejo de altitude que pode ser
caracterizado como região isolada e considerada como um oásis de vegetação
úmida em meio à vegetação caducifólica da caatinga circundante, do mesmo
município. Segundo Porto et. al. (2004).
São definidas como “brejo de altitude” ou “mata serrana” as áreas de
exceção úmidas, isoladas, nas zonas semi-áridas do agreste e do sertão
nordestinos. Estes espaços apresentam características peculiares, tais
como: altitudes em geral superiores a 600 m; clima úmido ou subúmido,
com precipitação anual entre 900 _ 1300 mm; solos profundos, argilosos,
com elevado teor de água disponível, onde dominam os tipos podzólicos
vermelho amarelos eutróficos e distróficos e os latossolos vermelho-
amarelos húmicos e amarelos, ambos distróficos. A vegetação natural
destas localidades é a floresta perenifólia ou subperenifólia, que recobre os
25

topos e as vertentes de serras que, por sua vez, são circundadas por
vegetação xerófila de caatinga, nas altitudes inferiores (Porto et. al. 2004, p.
293 apud Andrade-lima 1960; Andrade& Lins 1964; Lins 1982).

“Parte da floresta Atlântica nordestina é composta pelos brejos de altitude:


“ilhas” de floresta úmida estabelecidas na região semi-árida, sendo cercadas por
uma vegetação de caatinga” Porto et. al. (2004) apud Andrade-Lima (1982). Os
brejos são “áreas de exceção” dentro do domínio do nordeste semi-árido (Porto et.
al. (2004) apud Lins 1989). A existência dessas ilhas de floresta em uma região
onde a precipitação média anual varia entre 240 - 900 mm (Porto et. al. (2004) apud
IBGE 1985 e Lins 1989).
Contudo está associada à ocorrência de planaltos e chapadas entre 500 -
1.100 m altitude (e.g., Borborema, Chapada do Araripe, Chapada de Ibiapaba), onde
as chuvas orográficas garantem níveis de precipitação superiores a 1.200 mm/ano
(Porto et. al. 2004 apud Andrade-Lima 1960, 1961) (Figuras 2 e 3). Quando
comparados às regiões semi-áridas, os brejos possuem condições privilegiadas
quanto à umidade do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal (Porto et. al.
2004 apud Andrade-Lima 1966).

Figura 2: Perfil esquemático dos brejos de altitude no Nordeste do Brasil

Fonte: Adaptado de Maio & Fevereiro 1982


26

Figura 3: Distribuição atitudinal da vegetação remanescente (polígonos verdes) da Floresta Atlântica


costeira e dos brejos de altitude em Pernambuco.

Fonte: SOS Mata Atlântica, 1993


Ainda de acordo com Porto et. al. (2004), “as condições privilegiadas dos
brejos de altitude têm atraído pecuaristas e agricultores, que, através da criação de
gado e do desenvolvimento de lavouras permanentes, como as de banana, café e
citros, secundadas por lavouras temporárias (...)”, que o caso das hortaliças,
mandioca, milho e feijão, que constituem a base da estrutura sócio-econômica desse
setor da floresta Atlântica.
Dessa forma, Porto et. al. (2004) apud Andrade-Lima (1982), considera os
brejos como “refúgios atuais” para espécies de floresta Atlântica nordestina dentro
dos domínios da caatinga. Os brejos também abrigam plantas com distribuição
amazônica (e.g., Apeiba tibourbou Aubl.) e algumas espécies típicas das florestas
serranas do sul e sudeste do Brasil (e.g., Phytolacca dioica L.).
Em relação a essa riqueza de espécies que se encontram nesses brejos de
altitudes no estado de Pernambuco, veremos a seguir na tabela 1, a riqueza de
espécies de Bromeliaceae elencadas por municípios.
27
28

As paisagens de exceção constituem fatos isolados, de diferentes aspectos


físicos e ecológicos inseridos no corpo geral das paisagens habituais. Mais que isso
são referências para o homem desde a pré-história. Enfatiza-se que as paisagens de
exceção serviram de referência para os nossos antepassados, e por isso devem ser
bem conservados e protegidos. Tendo uma localização, quase sempre, muito
distanciada entre si, os sítios de paisagens bizarras em um país de tamanho gigante
raramente podem ser conhecidos ou estudados em sua totalidade (Ab’Saber, 2003,
p. 149).
Esse é o caso da serra das Antas localizada no município de Águas Belas é
um caso isolado, pois, encontra-se em uma área de difícil acesso o que prejudica o
estudo de sua paisagem diferenciada desde seu relevo, clima, vegetação, altitude,
fauna e flora, distintas de seus arredores com seu panorama semiárido.
O objeto de estudo compreende a uma área de preservação equivalente á
cento e dezessete (117) hectares, compreendida entre as coordenadas geográficas
de latitude 9º 02’ e 0’S e longitude 36º 58 e 37º 10’w. Gr.; com altitudes que variam
de quatrocentos (400) a quase mil (1.000) metros, o relevo forte ondulado, com
partes suaves e ondulado no topo da serra. Situa – se ao norte e nordeste da
cidade de Águas Belas, no Estado de Pernambuco (Águas Belas, 2013).
Figura 4: Localização geográfica da serra das antas, município de Águas Belas - PE

Fonte: Google Earth, 2018.


29

Um maciço elevado com cerca de 400 a quase 1000 metros de altitude


voltada para ventos úmidos e vinda do leste para sudeste, em meio a uma paisagem
sertaneja, que possui em seu horizonte primário, florestas tropicais de cimeira,
encostas e pés de serra, confrontando-se com os grandes espaços dominados por
ecossistemas da caatinga. Ou seja, é uma ilha de umidade, de reduto de floresta
tropical e um refúgio da ação antrópica para atividades agrarias.
Conforme Ab’Saber (2003). Em forma de brejos nas microrregiões úmidas e
florestadas com solos de boa fertilidade natural, porém frágeis, conforme a posição
na topografia e perante usos predatórios e processos erosivos ativados por ações
antrópicas rotineiras. Segundo o autor, isso relata muito bem o que vem ocorrendo
na Serra das Antas. Coimbra ressalta que:
A erosão antrópica acompanha a atividade agrícola desde os primórdios da
civilização, sem, no entanto, comprometer ou causar sérios danos ao meio
ambiente. Porém, com o advento da revolução industrial e a necessidade de
mais alimentos, devido a consequente exploração populacional, essa
situação foi alterada e hoje, a ação humana nos solos é muito intensa e
provoca grandes alterações no meio ambiente. Os resultados, em diferentes
regiões do globo, não são nada animadores. Com a velocidade com que
essas alterações estão ocorrendo, a sobrevivência de muitos povos está
ameaçada, principalmente a dos mais pobres e com poucos recursos. Para
garantir o crescente consumo de alimentos são abertas novas áreas de
plantio ou são transferidas para outros locais. O manejo inadequado dos
terrenos e o cultivo sem cuidado desgastam e degradam profundamente o
solo, não permitindo que ele se recupere, tornando-o, assim, estéril
(Coimbra, 2002, p.37).

Dessa maneira, o ser humano, ao degradar determinado local, por meio da


queimada para o cultivo de pastagem, não retira somente o seu necessário, mas
também toda a cobertura vegetal, contribuindo para que essa área escolhida seja
erodida com mais facilidade, acabando assim com todos os nutrientes do solo
tornando aquele ambiente estéreo.
A temperatura e intensidade da queima, que dependem do clima da região e
época do ano em que ocorrem, bem como a natureza química da vegetação
queimada, alteram a composição química do produto formado (Redin et. al., 2011
apud Potes et al., 2010). A temperatura no interior do solo não se eleva. Na figura 5
podemos notar a derrubada de arvores para queima e preparação do terro para
cultivo de pastagem.
30

Figura 5: Derrubada de arvores para plantio de pastagem Serra das Antas, Águas Belas - PE

Fonte: Silva, 2018

A ação do fogo provoca uma série de modificações físicas do solo, e que,


dependendo das condições do fogo, a queimada pode também refletir em muitas
consequências negativas (Redin et. al., 2011 apud Galang et al., 2010). Por
exemplo, o fogo expõe as superfícies minerais e pode aumentar a erosão do solo
(Redin et. al., 2011 apud Cromack et al., 2000) e a manutenção da cobertura vegetal
em sistema agroflorestal tradicional, sem o uso do fogo, controla a erosão e mantém
os nutrientes no solo, melhorando a sustentabilidade do sistema (Redin et. al., 2011
apud Pomianoski et al., 2006).
É sabido por todos da importância da vegetação na conservação dos solos,
pois, é ela que auxilia na fertilidade, e evita a erosão em alta escala e equilibra os
ecossistemas, porém, as atividades humanas acirradas pelo aumento de consumo e
pela necessidade de ganhar fronteiras naturais provocam sérios desequilíbrios no
meio ambiente.
É o caso na área em estudo onde, são derrubadas grandes arvores, para
utilizarem sua madeira na construção civil, e esse espaço acaba dando lugar a uma
31

nova pastagem, novos campos de agricultura, também ocorre o a derrubada para o


consumo da lenha e do carvão vegetal. Em relação isso Sobrinho ressalta que:
O impacto do antropismo através da presença do homem como povoador e
como predador tendeu, ao longo do tempo, a provocar desequilíbrios
ambientais cuja maior ou menor intensidade é distinta nas diversas
unidades geossistêmicas. É fato reconhecido que o homem, ao povoar o
espaço, busca retirar o máximo dos recursos naturais disponíveis. Para
isso, utiliza técnicas muitas vezes inapropriadas e dependentes do nível
cultural e de desenvolvimento, contribui para acelerar ou reativar processos
de degradação cujos efeitos se fazem sentir a curto, médio ou longo prazo.
(Sobrinho, 2006, p. 18).

Ainda Segundo Sobrinho (2006). Observa-se via, de regra, que não há


compatibilidade entre o uso e ocupação da terra com regime pluviométrico regional e
nem com as condições de solos e da biodiversidade. Tem-se buscado muito mais
adaptar o ambiente as necessidades do homem do que o contrário.
Um desses casos acontece na Serra das Antas que é uma pequena área
comparada a outras localizadas no Sertão adentro em que as condições de solo e
topografia são favoráveis, também dispersos e em proporção pequena é o setor de
terra que tem condições climáticas e de solos promissores, mas onde o grau de
acidentamento do relevo é muito forte, isso por conta do relevo ondulado. De acordo
com Sobrinho:
Há a considerar que os efeitos das atividades antrópicas vão tendendo a
impactar direta ou indiretamente os recursos naturais renováveis. Esses
impactos podem ser constatados através da degradação da biodiversidade;
da diminuição da disponibilidade de recursos hídricos superficiais e
subterrâneos; do assoreamento dos vales e reservatórios as custas de
horizontes superficiais dos solos que são removidos; da ablação e do
empobrecimento químico dos solos em face da pressão provocada pela
agricultura de subsistência praticadas com técnicas muito rudimentares
sempre dependentes da incorporação de novas terras manter o sistema
produtivo, (Sobrinho, 2006, p. 35).

Outra tendência da degradação da serra e o extrativismo vegetal


indiscriminado. Na área de estudo em questão encontra-se uma grande quantidade
de espécies de arvores que são utilizadas para extração de óleo, bem como sua
própria casca é utilizada para confecção de remédios caseiros, são exemplos dessa
arvores o ypê, paud’alho, carnaúba, aroeira, umburana, juazeiro dentre outras
espécies que compõem a vegetação local.
Outras espécies de arvores consideradas “lenhosas”, que são abundantes na
vegetação local, estão sendo derrubadas com a finalidade de utilização de sua
madeira para que seja utilizada para fins diversos, tais como: a construção civil,
32

construção de cercas, mourões. A extração dessa lenha é destinada para fins


variados que vão desde o consumo doméstico até o uso em olarias.
Essa manipulação da vegetação consiste em toda e qualquer modificação
induzida pelo homem na cobertura florística de uma área, visando adequá-las aos
objetivos da exploração desejada, seja ela agrícola, pastoril, ou madeireira.
(Sobrinho, 2006).
A ciclagem de nutrientes no ambiente agroflorestais está entre estes
dois extremos; mais nutrientes são reutilizados pelas plantas
(comparado com os sistemas agrícolas) antes de serem perdidos do
sistema. A principal diferença entre os ambientes agroflorestais e
outros de uso da terra está na transferência ou ciclagem de nutrientes
dentro do sistema, de um componente para outro, e a possibilidade
de manejar seus componentes para facilitar o aumento das taxas de
ciclagem, sem afetar a produtividade total do sistema, (Sobrinho,
2006, p. 36).

Para minimizar esses danos à vegetação local, tem se buscado uma


agricultura sustentável, fundamentada em tecnologias não agressivas ao meio
ambiente, apontando assim para o desenvolvimento de sistemas de produção
agroflorestais como á alternativa mais adequada.
Segundo Sobrinho (2006) estes sistemas apresentam três componentes, que
podem ser manejados pelo homem: componente florestal (arbusto/árvore);
componente agrícola (cultura agrícola e forrageira) e componente animal, cada um
deles requerendo cuidados e manejo específico.
Entretanto, a ação antrópica é sem dúvida uma causa alarmente para o
processo de degradação ambiental da região, pois, o crescimento populacional e
consequente à demanda de alimentos e energia, aliada a pobreza e a falta de
cultura dos agricultores nordestinos contribuem para a exploração dos recursos
naturais acima da sua capacitação de suporte, resultando, entre outros problemas
ambientais, na degradação do solo e na diminuição da biodiversidade local.

.
33

CAPÍTULO III

METODOLOGIA
34

3. METODOLOGIA

Neste capítulo serão informados os métodos e as técnicas utilizados para o


desenvolvimento do trabalho, demostrando os procedimentos metodológicos para
obtenção de resultados a serem analisados. Visando uma maior clareza, dos
procedimentos que compõem a metodologia empregada, foram divididos em etapas
de forma sequencial, oferecendo suporte para uma análise dos resultados da
pesquisa. Desta forma, as etapas realizadas foram as seguintes:

3.1. Nível Exploratório


A primeira etapa do trabalho consiste no levantamento e aquisição de
materiais bibliográficos, referentes à área de estudo, que possibilitou o
embasamento teórico para a fomentação da pesquisa, além da obtenção de dados
como fotografias, informações e outros que contribuíram de forma direta à
elaboração do trabalho.
Foram consultados artigos, monografias, livros, dissertações, dentre outros
materiais, para dar suporte teórico à pesquisa e empregar os dados obtidos para
elaboração do banco de dados geográfico e na caracterização da área de estudo.
Desta forma, as informações acerca da Serra das Antas, foram
armazenadas em ambiente computacional, e servirão posteriormente para a
fomentação de outros trabalhos, além de tudo aquilo que foi obtido.
É importante salientar que visando obter um conhecimento coeso e profundo
acerca do assunto aqui abordado, todo o material bibliográfico foi consultado
diversas vezes durante o processo de elaboração da pesquisa.

3.2. Nível Descritivo e Explicativo


Na segunda etapa foi realizado estudo, analise do registro e a interpretação
dos fatos. Dessa forma foram observados, analisados e registrados os fenômenos
que ocorrem no objeto de estudo, nesse tipo de pesquisa não pode haver
interferência do pesquisador, que de acordo com Perovano (2014):
O processo descritivo visa à identificação, registro e análise
das características, fatores ou variáveis que se relacionam com
o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser
entendida como um estudo de caso onde, após a coleta de
35

dados, é realizada uma análise das relações entre as variáveis


para uma posterior determinação do efeitos resultantes (...)

Já o nível explicativo tem o objetivo de registra fatos, analisa-os, interpreta-os


e identifica suas causas. “Essa prática visa ampliar generalizações, definir leis mais
amplas, estruturar e definir modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão
mais unitária do universo ou âmbito produtivo em geral e gerar hipóteses ou ideias
por força de dedução lógica”, (Lakatos e Marconi, 2011).
Dessa maneira a pesquisa explicativa exige maior investimento em síntese,
teorização e reflexão a partir do objeto de estudo. Visando identificar os fatores que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos ou variáveis que afetam o processo e
explica o porquê das coisas.
Foi criado um banco de dados com o registro fotográfico do objeto de estudo,
imagens de satélite, e fotos salvas no Google Earth, e mediante a percepção
durante o levantamento dessas informações e através desta compreensão de tudo
que ali ocorre tentar perceber e analisar a cobertura vegetal daquele determinado
local.
Durante a pesquisa foram utilizados equipamentos tecnológicos, que serviram
como suporte para sua realização, câmera fotográfica para registrar imagens e
vídeos, Google Earth Pro versão 7.3.0, ARCGIS 10.3, desenvolvido pela ESRI
(Environmental Systems Research Institute) para criação de mapas de localização e
o Microsoft Word para edição de texto.
36

CAPÍTULO IV

RESULTADOS E DISCUSSÃO
37

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fazer um gerenciamento adequado que vise à redução dos impactos


ambientais causados na Serra das Antas pela ação antrópica, deve fundamentar-se
na compreensão das atividades que ali ocorrem durante anos. A cobertura vegetal
tem sofrido com o processo de transformação ao longo do tempo. A primeira analise
espaço temporal no objeto de estudo, foi realizada através de imagens adquiridas
através dos Google Earth, 01 (uma) do ano de 1969 e a outra do ano de 2017, como
mostra as (figuras 6 e 7) a seguir:
Figuras 6 e 7: imagem do ano de 1969 e 2017 da Serra das Antas, Águas Belas - PE

Fonte: Google Earth, 2018


38

Ao analisarmos as (figuras 6 e 7), fica perceptível o processo de degradação


ambiental que a cobertura vegetal sofreu ao longo dos anos, com uma diminuição
drástica em sua quantidade de vegetação, esse fato ocorreu por causa da ação
antrópica, Segundo Fortes et. al. (2015) apud Júnior (2012) a degradação ambiental,
cada vez mais presente nos dias atuais, leva-nos a procurar formas, possíveis
soluções que faça diminuir ou tentar estabilizar estes processos degradatórios, que
causa uma série de danos muitas das vezes irreparáveis ao meio ambiente, devido
à ação antrópica, e a exploração de forma erronia dos recursos naturais.
De acordo com Lins em 1989, já advertia que de forma mais sistemática, os
brejos vinham sendo convertidos em lavouras de café, banana e culturas de
subsistência, como milho, feijão e mandioca, desde o século XIX. Tais atividades
vinham representando perda e fragmentação de habitats, extração seletiva de
plantas.
4.1. Degradação da Paisagem

A exploração de recursos naturais desencadeia uma séria de mudanças na


paisagem, e uma respectiva mudança do relevo (Figuras 8), tornando o lugar
diferente do antecedente, pois, á uma retirada e alteração da cobertura vegetal
presente no lugar. Essa degradação é muito significativa e perceptível no ambiente,
e esses fatores podem ocasionar a degradação da paisagem, pela formação de
depressões e irregularidades na superfície plana do solo.
Figura 8: Degradação da paisagem

Fonte: Silva, 2018


39

As queimadas são associadas ao desmatamento para plantio de pastagem


que servirá de alimento para o rebanho, ocorrem em áreas que foram desmatadas, e
é caracterizada como queimadas agrícolas, o impacto ambiental das queimadas é
preocupante, uma vez que essa pratica afeta a fertilidade dos solos, a destruição da
biodiversidade e a fragilização do ecossistema (figuras 9 e 10) são do mesmo local,
dos anos de 2012 e 2016 respectivamente.
Figuras 9 e 10: Serra das Antas, ano de 2012 e 2016 respectivamente.

Fonte: Silva, 2018

Sobre essa pratica de acordo com Ritter et. al. (2016) apud Gonçalves (2012):
Na agricultura o fogo ainda é utilizado por ser um método simples e barato.
No entanto, a utilização do mesmo como ferramenta agrícola gera diversos
impactos ao ambiente, dentre eles, o principal é a perda da biodiversidade.
Vários motivos levam a degradação ambiental, sendo os principais os
cortes, incêndios e atividades agropastoris. Os desmatamentos e as
queimadas são duas das maiores questões ambientais enfrentadas pelo
Brasil atualmente. Embora distintas, são práticas tradicionalmente
associadas, pois em sequência à derrubada da vegetação, quase sempre
há a queima do material vegetal (Ritter et. al., 2016 apud Gonçalves et. al.,
2012).

A utilização da queimada pode diminuir a capacidade que o solo possui de


infiltração das águas da chuva, Ritter et. al. (2016) apud Gonçalves (2012), explica
que isso “faz com que o mesmo perca suas características e dificulte o processo de
porosidade e penetrabilidade da água, aumentando o índice de erosões. Quando
esse solo é exposto à fatores como radiação diurna e noturna”. Podendo também
acarretar no maior aquecimento do solo durante o dia e a noite um rápido
esfriamento, com isso aumentando os graus de variações térmicas.
40

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização dessa pesquisa permitiu um melhor entendimento sobre a


problemática, onde foi possível identificar que o processo de cobertura vegetal
sofreu uma grande diminuição em sua quantidade ao longo dos anos, fato esse que
ocorreu devido aos efeitos provocados pela ação antrópica sobre esse determinado
espaço. O trabalho de campo possibilitou uma melhor percepção da degradação
ambiental do lugar, demonstrando efeitos negativos do seu ponto de vista ambiental.
Sobre essa questão da percepção, Dias et. al. (2016) apud Barros, (2012)
aponta sobre a percepção ambiental, como sendo:
[...] as diferentes maneiras sensitivas que os seres humanos captam,
percebem e se sensibilizam pelas realidades, ocorrências, manifestações,
fatos, fenômenos, processos ou mecanismos ambientais observados “in
loco”. Realça-se a importância da percepção ambiental principalmente por
ser a mesma, considerada a precursora do processo que desperta a
conscientização do indivíduo em relação às realidades ambientais
observadas (Barros, 2012, p. 219).

Ainda sobre esse mesmo contexto de reflexão da percepção ambiental


Amador, (2013, p.30) salienta que “Em geografia importa tanto a percepção como a
cognição. Mas, pode-se dizer que a cognição fundamenta toda a pesquisa
geográfica a partir da percepção que cada um de nós constrói da realidade e a meta
que perseguimos atingir”.
Durante o trabalho foi possível analisar, o desmatamento realizado pelos
proprietários, e depois a realização de queimadas para o plantio de pastagem, que
servira para alimentação do gado, esse tipo de pratica faz com que os solos percam
sua cobertura vegetal e posteriormente no período chuvoso, isso dificultará a
infiltração da água naquele solo, e com o escoamento superficial dessa água,
levando consigo os nutrientes daquele solo, uma vez que a falta de vegetação que
ajudava na infiltração inexiste naquele local.
Contudo, Diante dos resultados obtidos nesta pesquisa, recomenda-se que a
Secretaria de Meio Ambiente municipal da cidade de Águas Belas, possa realizar um
trabalho preventivo de conscientização dos proprietários daquela área, sobre os
malefícios e benefícios que esse tipo de pratica de (queimadas, extração de
madeira, retirada de toda a cobertura vegetal) ocasiona ao ambiente, procurando
melhores alternativas que façam com que a vegetação daquela determinada área
não seja tão devastada como vendo sendo nos últimos anos.
41

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