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Cidadania e Profissionalidade 5
Conteúdos programáticos
Ética e moral
Nesse sentido:
Pergunta-se:
Não será a criança concebida para salvar a irmã usada aqui como
simples meio e não como fim absoluto?
Uma vez que o indivíduo vive sempre inserido numa sociedade, a qual se
rege por códigos de conduta institucionalizados que servem de padrão ou
medida de avaliação das acções praticadas pelos diversos membros, a
intenção ética confronta-se necessariamente com o contexto moral
próprio dessa cultura.
Sintetizando:
Além disso, podem existir certas normas sociais que será sensato
questionar, sobretudo se puserem em causa a dignidade da pessoa
humana.
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A Moral
Moral e ética
Por tópicos:
Por tópicos:
- A moral tem um carácter:
o Prático imediato
o Restrito
o Histórico
o Relativo
- A ética:
o Reflexão filosófica sobre a moral
o Procura justificar a moral
o O seu objecto é o que guia a acção
o O objectivo é guiar e orientar racionalmente a vida humana
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3. A ética aplicada
Cada vez é mais necessária uma ética aplicada, uma ética que
coexista com o quotidiano das pessoas. Esta ética deve ser
específica, dividida em ramos, para melhorar analisar cada
situação, sendo um bom exemplo disso os códigos éticos para
as diferentes profissões. Isto acontece porque as pessoas têm
que entender que as suas acções têm consequências não só
para si mas também para os outros, e que estas não podem ser
encaradas só de um ponto de vista.
O Dilema de Henrique
“Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro. Um medicamento descoberto
recentemente por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A descoberta desse
medicamento tinha custado muito dinheiro ao farmacêutico, que agora pedia dez vezes mais por
uma pequena porção desse remédio. Henrique (Heinz), o marido da mulher que estava a morrer,
foi ter com as pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem dinheiro e, assim, poder comprar
o medicamento. Apenas conseguiu juntar metade do dinheiro pedido pelo farmacêutico . Foi, ter,
então, com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para lhe vender o
medicamento mais barato. O farmacêutico respondeu que não, que tinha descoberto o
medicamento e que queria ganhar o dinheiro com a sua descoberta. O Henrique, que tinha feito
tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e estava a pensar assaltar
a farmácia e roubar o medicamento para a sua mulher", L. Köhlberg, Tradução de O.M.
Lourenço.
2.Moral e Ética. Embora estes dois conceitos andem associados, em termos filosóficos,
tem sido feita a seguinte distinção.
-Ética. Trata-se de uma disciplina normativa que tem como objectivo estabelecer os
princípios, regras e valores que devem regular a acção humana, tendo em vista a sua
harmonia. Num grande número de filosofias estes princípios, regras e valores aspiram a
afirmarem-se como "imperativos" da consciência como valor universal. A ética
preocupa-se não como os homens são, mas como devem ser. Em qualquer caso o
homem é entendido como a autoridade última das suas decisões.
- Moral. Trata-se do conjunto de valores que uma dada sociedade ao longo dos tempos
foi formando e que os indivíduos tendem a sentir como uma obrigação que lhes é
exterior.
Esta distinção está longe de ser consensual. Para alguns filósofos trata-se apenas de
dois aspectos de uma só coisa. A ética é a teoria e a moral é a sua realização prática.
3.Nós e os Outros.
Um acto moral pressupõe um sujeito dotado de uma consciência moral, isto é, uma
pessoa cuja consciência é capaz de distinguir o bem do mal, de orientar os seus actos e
julgá-los segundo o seu valor.
5.1.Origem
A consciência moral é inata ou adquirida? Esta questão tem dividido os filósofos ao
longos dos tempos.
Até ao século XVIII predominaram as teorias morais que defendem que esta
consciência é inata, sendo portanto anterior a qualquer experiência.
Na época contemporânea, predominam as teorias que afirmam que a mesma adquirida
em sociedade na nossa relação com os outros. Estas teorias foram defendidas por
pensadores tão diversos como K.Marx, F.Engels, F. Nietzsche, E. Durkheim ou S.
Freud.
Jean Piaget
2ª. Etapa: Moral da Solidariedade entre iguais (entre os 7 e os 11 anos): O respeito unilateral
é substituído pelo mútuo e a noção de igualdade entre todos. As normas aplicam-se de uma forma
rígida.
L. Köhlberg
Os valores
Moisés
Faz parte integrante do ser humano a tendência para preferir uns objectos
em detrimento de outros. A existência humana insere-se num campo de
possibilidades e escolhas a que os desejos atribuem maior ou menor
preferência, ou aos quais o espírito confere mais ou menos sentido.
Escolher uma possibilidade em detrimento de outras é atribuir uma
ordem de preferência às coisas. Por exemplo, escolher participar numa
angariação de fundos em favor das vítimas do maremoto asiático
significa que estamos a atribuir uma grande importância à solidariedade,
isto é, que a nossa acção está a ser orientada pelo valor da solidariedade.
Os valores fornecem a justificação para as nossas acções.
Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão,
cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade
que têm os valores de se subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que
outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.
Exemplo: A maioria da população mundial continua a sofrer graves carências alimentares. Todos
os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Portanto, é natural que na hierarquia dos
seus valores destas pessoas a satisfação das necessidades biológicas surja em primeiro lugar.
Os valores permanecem de época para época e de cultura para cultura. No entanto, estão
sempre sujeitos à mudança, variam no espaço e no tempo.
A partir desta tendência para a mudança podemos concluir que os valores são
estritamente relativos a cada cultura e não existe a possibilidade de acordos
universalmente válidos? Não. Se todos os valores fossem válidos não poderíamos
condenar a escravatura, a tortura ou a pena de morte. Se todos os valores fossem
válidos, com que critérios poderíamos dizer que um par de botas vulgar teria mais valor
do que a Gioconda de Leonardo da Vinci? Ou ainda, com que legitimidades poderiam a
NATO ou a ONU interferir na guerra do Kosovo? De facto, há valores mais válidos e
amplos do que outros. Há valores que resistem à variedade de culturas e ao próprio
tempo.
Ao analisarmos a Declaração universal dos Direitos do Homem, podemos verificar que
há critérios valorativos intersubjectivos fundamentados na realização e integridade da
pessoa humana.
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Ética e Deontologia
“Jonh Q.”
Tópicos de análise:
1 – Deontologia e ética
Tendo em conta o que foi dito anteriormente, deontologia seria o tratado
do dever, ou o conjunto de deveres, princípios regras ou normas
adoptados com um fim determinado – regular ou orientar determinado
grupo de indivíduos no âmbito de uma actividade laboral, para o
exercício de uma profissão.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 1.º
(Deontologia Médica)
Artigo 2.º
(Âmbito)
2. O disposto no número anterior não é prejudicado pelo facto de, num caso concreto,
em face da legislação em vigor, não ser possível a sua aplicação ou sancionada a sua
violação.
Artigo 4.º
Artigo 7.º
da Solidariedade
(Situação de urgência)
ÉTICA
EMPRESARIAL
DEONTOL
ÉTICA MORAL COSTUMES DIREITO
OGIA
Influencia
ATITUDE DA ATITUDE DOS
DIRECÇÃO GERAL COLABORADORES
ELABORAÇÃO DO
DOCUMENTO DE ÉTICA
ELABORAÇÃO
DA DIFUSÃO
FORMALIZAÇÃO
A difusão do documento:
Um documento de Ética:
CONFLITOS
INTERPESSOAIS
CONFLITOS CONFLITOS
CONFLITOS
INTRAORGA INTERORGANIZA
NA ÉTICA
NIZACIONAIS CIONAIS
CONFLITOS
EXTRAORGA
NIZACIONAIS
ÉTICA E CULTURA
Moderadores individuais
-força do ego
-lugar de controlo
Moderadores situacionais
-contexto de trabalho
-cultura organizacional
-características do trabalho
-política formal da organização
- necessidade financeira pessoal
O indivíduo acaba por ser mais influenciado pelos comportamentos dos indivíduos que
os rodeiam, do que pelas suas próprias necessidades financeiras.
Clima ético da sociedade
Clima ético dos negócios
Clima ético na indústria
Clima ético da empresa
Superiores
Indivíduo Colegas
Políticas e
Práticas
A solução não é
aceitável
A solução é
aceitável
Não concretizar a
solução
Concretizar a
solução
Identificar uma
Fonte: Mercier, S., “A Ética nas Empresas”, pág. 32 nova solução
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ÉTICA E RESPONSABILIDADE
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CONTRIBUIÇÕES(servindo as
necessidades da organização)
-competências O
I -saber R
N -lealdade
G
-criatividade
D A
-esforço
I -tempo N
V I
Í RETRIBUIÇÕES(servindo as necessidades Z
D do indivíduo) A
U Ç
-estatuto social
O Ã
-elogios
-carreira O
-segurança
-salário
-benefícios