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Cidadania e Profissionalidade 5

Deontologia e Princípios éticos

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Conteúdos programáticos

Princípios fundamentais da ética;


Códigos de ética e padrões
deontológicos;
Ética e desenvolvimento
institucional;
Comunidade Global;

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Ética e moral

“Os especialistas de filosofia moral não se


entendem quanto à repartição do sentido entre os
termos moral e ética. A etimologia é a este
propósito inútil, na medida em que um dos termos
vem do latim e outro do grego e os dois se referem,
de uma maneira ou de outra, ao domínio comum
dos costumes.”
Paul Ricoeur, Un Siécle de Philosophie,
Gallimard/ Centre Pompidou
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O texto indica-nos que a etimologia dos termos moral e


ética não é suficiente para clarificar as diferenças que
existem entre eles.

Moral provém do latim mores, ou seja, hábitos,


costumes.

Ética provém do grego ethos, isto é, costume, maneira


de proceder.

A moral distingue-se da ética como uma realidade se


distingue do pensamento que sobre ela se exerce.

Numa primeira aproximação, podemos dizer que a ética


é uma reflexão sobre a moral.
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A moral é um conjunto de princípios, normas, juízos e


valores de carácter prescritivo que, vigentes numa dada
sociedade, são interiorizados pelos seus membros, antes de
qualquer reflexão sobre o seu significado e a sua importância.

A ética será a reflexão sobre essa esfera da conduta


humana, tendo por finalidade encontrar o agir bem, a vida
orientada pelo bem.

Reflectindo sobre a conduta e o comportamento dos seres


humanos, sob o prisma da bondade e da maldade, da justiça e
da injustiça, a ética propõe-se encontrar o sentido moral da
vida, com vista à sua realização.

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Existe, por conseguinte, um primado da ética sobre a moral.


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A lei moral, a norma, será apenas um meio para alcançar a verdadeira


finalidade, isto é, uma vida moralmente realizada.

A disciplina que reflecte sobre essa finalidade é, obviamente, a ética.

Cabe à ética estudar os comportamentos e os diversos códigos morais:

Analisando os problemas morais;

Proporcionando princípios e critérios que justifiquem estas ou aquelas


normas.

Nesse sentido:

•A moral é objecto da ética ao nível da fundamentação, proporcionando à


ética um conjunto de códigos e normas sobre as quais ela reflecte.
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Sendo uma reflexão teórica sobre a moral, a ética fornece a justificação


e a validação da moral, influenciando assim os comportamentos e as
atitudes.

Ela analisa a natureza, a função e o valor dos juízos morais, ajudando-


nos a fazer avaliações morais mais ponderadas, quer quanto ao
comportamento alheio e ao papel das instituições, quer, sobretudo,
quanto ao nosso comportamento e às nossas decisões.

“ O filósofo não cria a moral, reflecte sobre a que já existe, critica-a,


depura-a e sistematiza-a, mas não a inventa. O que faz é: (1) analisar a
linguagem da moral(…); (2) mostrar o carácter moral do homem
individualmente e em comunidade; e (3) rever filosoficamente a moral
histórica já criada e, especialmente, os problemas da actualidade.”
J.L.Aranguren, Propuestas Morales, Terramar

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Esta tarefa do filósofo revela-nos a importância da ética na


nossa vida.

Ela ajuda-nos a fazer avaliações morais mais justas, a


fundamentar racionalmente as nossas decisões, a
conhecermo-nos melhor e a aperfeiçoarmo-nos,
possibilitando-nos um maior discernimento em matéria de
moral individual e no âmbito da moral pública.

Em especial, recorremos à reflexão ética quando se nos


deparam dilemas morais. Trata-se de situações de conflito
de valores, decorrente da circunstância de esses valores se
revestirem de extrema importância.

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Um exemplo simples permite perceber este problema:

Suponhamos que um amigo meu cometeu um roubo. Se me


inquirirem quanto ao crime, devo denunciar o meu amigo ou não?

A verdade e a amizade são os dois valores que aqui estão em conflito.

Existem inúmeras situações na nossa vida que nos colocam perante


estes conflitos.

A eutanásia, o aborto, a fecundação in vitro, a poluição ambiental,


etc., representam outras tantas situações que nos colocam perante a
necessidade da reflexão ética, sublinhando a sua importância, não só
na esfera íntima como também no domínio público.

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Vejamos mais este dilema:

“Os pais de uma menina que padece de uma enfermidade


mortal (leucemia crónica da medula óssea) queriam a todo o
custo salvá-la da morte e estavam dispostos a oferecer-se,
eles próprios, como doadores para o transplante de medula
de que a filha necessitava para continuar a viver. O médico
informou-os de que isso não seria possível e que só o
transplante de medula de um irmão poderia resolver o
problema. Então, os pais tomaram a seguinte decisão:
conceber outro filho para poder salvar a irmã de uma morte
certa.”
In J. Neves Vicente, Razão e Diálogo, Porto Editora

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Pergunta-se:

Será correcto conceber uma criança para salvar a vida de outra


pessoa?

Não será a criança concebida para salvar a irmã usada aqui como
simples meio e não como fim absoluto?

Que razões podem ser invocadas a favor e contra a decisão dos


pais da menina?

Que pensará, quando crescer, a criança concebida unicamente


para salvar a vida da irmã?

Não estaremos perante uma violação dos direitos dessa criança?


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Este dilema coloca-nos perante a exigência


da reflexão ética, mas também perante a
consciência das dificuldades em fundamentar
uma moral definitiva e válida para todos.

Ainda assim, só uma postura esclarecida e


dialógica permitirá, senão resolver, pelo
menos obter um consenso mínimo quanto a
essas questões.

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Intenção ética e norma moral

Sendo objecto de estudo teórico por parte da ética,


as normas morais servem de guias de acção,
embora não sejam absolutas e estejam sempre
sujeitas a posterior revisão.

Se as normas conduzem a impasses práticos, então


é preciso recorrer à intenção ética para as aplicar
ou, até, reformular.

Mas qual a diferença entre intenção e norma?


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“ As minhas intenções são inclinações conscientemente aceites e


assumidas por mim. (…)
A intenção é sempre intenção de realizar algo, é sempre activa, implica
uma certa tensão tendo em vista a realização de uma acção (…).
Quando tencionamos realizar algo, pomo-nos numa certa tensão para
executar o que tencionamos.”
J. Mosterín, Racionalidad y Accíon, Alianza Editorial

Se a intenção é conscientemente aceite e assumida por mim, então isso


significa que ela é o fundamento interior da acção. Mas nem toda a
intenção pode ser satisfeita; ela confronta-se com os costumes e com as
normas exteriores, nem sempre coincidentes com a interioridade.

Assim, a intenção é avaliada pela norma. A norma será o padrão de


medida, servindo de modelo de comportamento a nível social.

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Uma vez que o indivíduo vive sempre inserido numa sociedade, a qual se
rege por códigos de conduta institucionalizados que servem de padrão ou
medida de avaliação das acções praticadas pelos diversos membros, a
intenção ética confronta-se necessariamente com o contexto moral
próprio dessa cultura.

Assim, enquanto a intenção representa o lado pessoal e íntimo da acção,


as normas são institucionalizadas, supra pessoais, encontrando-se fora
do indivíduo, embora este as interiorize.

Enquanto a intenção é da responsabilidade do sujeito da acção,


remetendo para a sua autonomia, a norma impõe-se a partir do exterior,
remetendo para a heteronomia.

Enquanto a intenção é conscientemente assumida, as normas integram-


se em códigos, servindo de modelos de avaliação das acções e tendo
subjacentes a si um conjunto de valores socialmente legitimados.
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Sintetizando:

As normas obrigam porque expressam valores em que a sociedade


acredita e o indivíduo também, desde que já tenha passado pelo
processo de socialização e integrado esses valores.

É, por isso que, em parte, as alternativas morais individuais já se


encontram canonizadas, havendo uma coincidência dos códigos
externos com a nossa autodeterminação.

Nem todas as normas são universais.

Os dilemas morais servem de exemplo disso mesmo.

Além disso, podem existir certas normas sociais que será sensato
questionar, sobretudo se puserem em causa a dignidade da pessoa
humana.
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A Moral

Afinal o que é a moral?

A moral é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou


região, é importante porque há muitas pessoas que desrespeitam as
leis e são de um instinto mal.
A Moral é importante por que não temos piloto automático e nossa
sociedade é muito cruel. A moral é um conjunto de conduta, A
moral é o ” TU DEVES”.
A Moral e a ética são temporais, ou seja, ao longo do tempo se vai
modificando, evoluindo, por que estão abertos a novos conceitos e
críticas.
A moral não pensa na Liberdade e na dignidade do indivíduo, e a
ética tem como ponto de partida esses dois valores.
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Moral e ética

1. O que são normas morais?

Por tópicos:

- As normas morais são regras de convivência social;


- As normas morais obedecem sempre a três princípios:
•Auto-obrigação,
•Universalidade,
•Incondicionalidade;

- São sempre importantes, mesmo que não efectivamente


cumpridas. EFA-NS– Técnico de Turismo Ambiental e Rural
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2. Qual a diferença entre a moral e a ética?

Por tópicos:
- A moral tem um carácter:
o Prático imediato
o Restrito
o Histórico
o Relativo

- A ética:
o Reflexão filosófica sobre a moral
o Procura justificar a moral
o O seu objecto é o que guia a acção
o O objectivo é guiar e orientar racionalmente a vida humana
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3. A ética aplicada

Cada vez é mais necessária uma ética aplicada, uma ética que
coexista com o quotidiano das pessoas. Esta ética deve ser
específica, dividida em ramos, para melhorar analisar cada
situação, sendo um bom exemplo disso os códigos éticos para
as diferentes profissões. Isto acontece porque as pessoas têm
que entender que as suas acções têm consequências não só
para si mas também para os outros, e que estas não podem ser
encaradas só de um ponto de vista.

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Síntese Ministério do Trabalho e


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1.Experiência Moral. Quotidianamente somos confrontados com situações em que


temos que decidir sobre coisas que interferem na liberdade de outros. A simples
coexistência coloca a questão da necessidade de cumprir normas. É por isso que nas
nossas decisões temos em conta valores, princípios, normas ou regras de conduta que
impomos a nós mesmos, mas também esperamos que os outros as sigam ou pelo menos
as aceitem. Se os outros manifestam um comportamento diverso daquele que à luz
destes ideais julgamos que deveriam ter, afirmamos que não agiram correctamente, não
têm valores, princípios ou mesmo "moral".
Há situações-limite em que revelamos profundas dúvidas sobre a opção mais correcta
que devemos tomar. Estão neste caso as situações que envolvem dilemas de difícil
resolução, como a droga, o aborto, a clonagem, eutanásia, o roubo ou a fecundação in
vitro.

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O Dilema de Henrique

“Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro. Um medicamento descoberto
recentemente por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A descoberta desse
medicamento tinha custado muito dinheiro ao farmacêutico, que agora pedia dez vezes mais por
uma pequena porção desse remédio. Henrique (Heinz), o marido da mulher que estava a morrer,
foi ter com as pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem dinheiro e, assim, poder comprar
o medicamento. Apenas conseguiu juntar metade do dinheiro pedido pelo farmacêutico . Foi, ter,
então, com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para lhe vender o
medicamento mais barato. O farmacêutico respondeu que não, que tinha descoberto o
medicamento e que queria ganhar o dinheiro com a sua descoberta. O Henrique, que tinha feito
tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e estava a pensar assaltar
a farmácia e roubar o medicamento para a sua mulher", L. Köhlberg, Tradução de O.M.
Lourenço.

Deve ou não o Henrique assaltar a farmácia e roubar o medicamento? Justifique a resposta.

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2.Moral e Ética. Embora estes dois conceitos andem associados, em termos filosóficos,
tem sido feita a seguinte distinção.

-Ética. Trata-se de uma disciplina normativa que tem como objectivo estabelecer os
princípios, regras e valores que devem regular a acção humana, tendo em vista a sua
harmonia. Num grande número de filosofias estes princípios, regras e valores aspiram a
afirmarem-se como "imperativos" da consciência como valor universal. A ética
preocupa-se não como os homens são, mas como devem ser. Em qualquer caso o
homem é entendido como a autoridade última das suas decisões.

- Moral. Trata-se do conjunto de valores que uma dada sociedade ao longo dos tempos
foi formando e que os indivíduos tendem a sentir como uma obrigação que lhes é
exterior.
Esta distinção está longe de ser consensual. Para alguns filósofos trata-se apenas de
dois aspectos de uma só coisa. A ética é a teoria e a moral é a sua realização prática.

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3.Nós e os Outros.

O homem vive em sociedade. Viver é, não apenas estar no mundo,


mas relacionar-se com outros, conviver. A multiplicidade destas
relações (de coexistência, de convivência, de colaboração, de
conflito, de confronto, etc), permanentemente faz emergir a
necessidade de se estabelecerem e acatarem normas, padrões e
valores que possibilitem harmonizar acções muito distintas.
O Outro foi durante muito tempo entendido como o "próximo",
aquele sobre o qual recaíam as nossas acções. Hoje o Outro é
também a própria Humanidade, dadas as consequências globais que
as nossas acções quotidianas podem assumir.

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4. A Liberdade e Responsabilidade como fundamento da


moralidade.

A maioria das teorias éticas pressupõem que todos nós, enquanto


agentes morais:
a) Temos liberdade de escolha das nossas acções. Liberdade implica não
apenas sabermos distinguir o bem do mal, o justo do injusto, mas
sobretudo de agir em função de valores que nós próprios escolhemos.
Não há comportamento moral sem certa liberdade.
b) Somos responsáveis pelas nossas decisões, e portanto pelas
consequências das mesmas. A responsabilidade implica, em sentido
global, sermos responsáveis por nós próprios, mas também pelas outras
pessoas.

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5. A Consciência Moral. Origem e Desenvolvimento.

Um acto moral pressupõe um sujeito dotado de uma consciência moral, isto é, uma
pessoa cuja consciência é capaz de distinguir o bem do mal, de orientar os seus actos e
julgá-los segundo o seu valor.

5.1.Origem
A consciência moral é inata ou adquirida? Esta questão tem dividido os filósofos ao
longos dos tempos.
Até ao século XVIII predominaram as teorias morais que defendem que esta
consciência é inata, sendo portanto anterior a qualquer experiência.
Na época contemporânea, predominam as teorias que afirmam que a mesma adquirida
em sociedade na nossa relação com os outros. Estas teorias foram defendidas por
pensadores tão diversos como K.Marx, F.Engels, F. Nietzsche, E. Durkheim ou S.
Freud.

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5.2.Formação e Desenvolvimento GOVERNO DA REPUBLICA


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A formação e desenvolvimento da consciência moral, foi objecto no século XX, de importantes


estudos, nomeadamente por Jean Piaget e Lawrence Kohlberg.

Jean Piaget

A moralidade desenvolve-se paralelamente à inteligência, e há um progresso que vai da


heteronomia à autonomia moral.

1ª.Etapa: Moral de Obrigação-heteronomia (entre os 2 e os 6 anos): a criança vive numa


atitude unilateral de respeito absoluto com os mais velhos. As normas são totalmente exteriores à
criança.

2ª. Etapa: Moral da Solidariedade entre iguais (entre os 7 e os 11 anos): O respeito unilateral
é substituído pelo mútuo e a noção de igualdade entre todos. As normas aplicam-se de uma forma
rígida.

3ª. Etapa: Moral de equidade-autonomia (a partir dos 12 anos): aparece o altruísmo, o


interesse pelo outro e a compaixão. A moral torna-se autónoma. O respeito pelas normas
colectivas faz-se de um modo pessoal.
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L. Köhlberg

A consciência moral forma-se através de sucessivas


adaptações do conhecimento às fases da aprendizagem
social. Este filósofo e psicólogo identificou três níveis de
desenvolvimento moral, sendo cada um deles caracterizado
pelas considerações que o sujeito faz sobre questões no âmbito
da justiça, tais como: a) a igualdade em termos de direitos e
deveres e a extensão dos mesmos; b) a relatividade ou
universalidade da justiça; c) as atenuantes ou agravantes em
relação na concretização destes direitos e deveres; etc.
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Níveis de Desenvolvimento Moral

Nível Pré-convencional (pré-moral): As normas sobre o que é bom ou


mau são respeitadas atendendo às suas consequências (prémio ou castigo)
e ao poder físico dos que as estabelecem.

Nível Convencional: Vive-se identificado com um grupo e procura-se


cumprir bem o próprio papel, respondendo às expectativas dos outros,
mantendo a ordem estabelecida (a ordem convencional).

Nível Pós-convencional (autónomo ou de princípios): Há um esforço


para definir valores e princípios de validade universal, isto é, acima das
convenções sociais e das pessoas que são autoridade nos grupos. O valor
moral reside na conformidade com esses princípios, direitos e deveres que
podem ser universais.
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6.Princípios e Dever Moral

A consciência moral implica que o homem ultrapasse uma dimensão


meramente egoísta na sua conduta. O Outro deve ser tido sempre em
conta na sua acção moral. Os princípios morais são normas que orientam
e fundamentam a sua conduta, pois são assumidos como os mais
adequados para a harmonia global e a felicidade individual.
Exemplo de um princípio moral: "Não faças aos outros aquilo que não
queres que te façam a ti".
Uma vez definidos livremente estes princípios, por respeito e coerência
com os mesmos, certos actos passam a ser assumidos como obrigações
interiores, isto é, como deveres morais. Se não os fizermos sentimos que
estamos a trair as nossas convicções, aquilo em que acreditamos.
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Os valores

“Nem só de pão vive o homem”

Moisés

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Os valores regem a acção humana

Faz parte integrante do ser humano a tendência para preferir uns objectos
em detrimento de outros. A existência humana insere-se num campo de
possibilidades e escolhas a que os desejos atribuem maior ou menor
preferência, ou aos quais o espírito confere mais ou menos sentido.
Escolher uma possibilidade em detrimento de outras é atribuir uma
ordem de preferência às coisas. Por exemplo, escolher participar numa
angariação de fundos em favor das vítimas do maremoto asiático
significa que estamos a atribuir uma grande importância à solidariedade,
isto é, que a nossa acção está a ser orientada pelo valor da solidariedade.
Os valores fornecem a justificação para as nossas acções.

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Juízos de valor/ juízos de facto

Estes juízos de valor, que inevitavelmente formulamos na vida


quotidiana, distinguem-se dos juízos de facto. Os juízos de facto são
descritivos e são verdadeiros ou falsos em função da realidade,
independentemente do que as pessoas pensam. Os factos são
comprováveis e susceptíveis de um consenso universal. Por seu turno, os
juízos de valor nem sempre são independentes das crenças ou gostos de
quem os formula. Essa formulação pode ainda revestir um carácter
parcialmente normativo quando contém de um modo tácito uma
indicação de como devemos avaliar as coisas.
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Hierarquização dos Valores

Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão,
cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade
que têm os valores de se subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que
outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.
Exemplo: A maioria da população mundial continua a sofrer graves carências alimentares. Todos
os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Portanto, é natural que na hierarquia dos
seus valores destas pessoas a satisfação das necessidades biológicas surja em primeiro lugar.

Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e


opomos a verdade à mentira, a justiça à injustiça, o bem ao mal, a beleza à fealdade, a
generosidade ao egoísmo. A palavra valor costuma apenas ser aplicada num sentido positivo.
Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de estima positiva ou negativamente.
Valor é tanto o bem, como o mal, o justo como o injusto.

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Argumentação contra o relativismo dos valores:

Os valores permanecem de época para época e de cultura para cultura. No entanto, estão
sempre sujeitos à mudança, variam no espaço e no tempo.
A partir desta tendência para a mudança podemos concluir que os valores são
estritamente relativos a cada cultura e não existe a possibilidade de acordos
universalmente válidos? Não. Se todos os valores fossem válidos não poderíamos
condenar a escravatura, a tortura ou a pena de morte. Se todos os valores fossem
válidos, com que critérios poderíamos dizer que um par de botas vulgar teria mais valor
do que a Gioconda de Leonardo da Vinci? Ou ainda, com que legitimidades poderiam a
NATO ou a ONU interferir na guerra do Kosovo? De facto, há valores mais válidos e
amplos do que outros. Há valores que resistem à variedade de culturas e ao próprio
tempo.
Ao analisarmos a Declaração universal dos Direitos do Homem, podemos verificar que
há critérios valorativos intersubjectivos fundamentados na realização e integridade da
pessoa humana.
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da Solidariedade Europeu

2. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela ONU, em


1948, consagrou no plano mundial um conjunto de valores essenciais que servem
simultaneamente de ideal à acção humana e de critério para definir o
enquadramento legal dentro do qual os Estados podem legislar, julgar e
actuar. Estes valores são assumidos como universais, fruto de um acordo
intersubjectivo. Neste sentido, apesar da diversidade das culturas e das sociedades,
esta diversidade não pode ir contra estes valores. A Declaração serve não apenas
para julgar as acções humanas, mas também para avaliar e julgar a acção dos
diferentes Estados em relação aos seus cidadãos, configurando também um modelo
de uma sociedade global, livre e democrática. Entre os valores da Declaração
destacamos os seguintes: – a Pessoa como um valor em si, a Dignidade Humana, a
Liberdade, a Igualdade, e a Fraternidade.

Actividade: Com recurso aos meios disponíveis (Internet, Livros, Revistas)


elabore uma lista com os principais Direitos do Homem.

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2. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela ONU, em


1948, consagrou no plano mundial um conjunto de valores essenciais que servem
simultaneamente de ideal à acção humana e de critério para definir o
enquadramento legal dentro do qual os Estados podem legislar, julgar e
actuar. Estes valores são assumidos como universais, fruto de um acordo
intersubjectivo. Neste sentido, apesar da diversidade das culturas e das sociedades,
esta diversidade não pode ir contra estes valores. A Declaração serve não apenas
para julgar as acções humanas, mas também para avaliar e julgar a acção dos
diferentes Estados em relação aos seus cidadãos, configurando também um modelo
de uma sociedade global, livre e democrática. Entre os valores da Declaração
destacamos os seguintes: – a Pessoa como um valor em si, a Dignidade Humana, a
Liberdade, a Igualdade, e a Fraternidade.

Actividade: Com recurso aos meios disponíveis (Internet, Livros, Revistas)


elabore uma lista com os principais Direitos do Homem.

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Códigos de ética e padrões deontológicos

Ética e Deontologia

DR2 - Adoptar normas deontológicas e


profissionais como valores de referência não
transaccionáveis em contextos profissionais

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“Jonh Q.”

Tópicos de análise:

1. O lucro será a motivação exclusiva das empresas?


2. O impacto das decisões pessoais na vida dos outros.
3. O peso da opinião pública e a sua manipulação.
4. A procura do êxito profissional a qualquer preço.
5. Saber rectificar uma decisão.
6. A capacidade e necessidade de diálogo.

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A Ética é, então, o domínio da filosofia que tem por objectivo


o juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o
comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos
constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege
o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral
dignificante.

Os códigos de ética são dificilmente separáveis da


deontologia profissional, pelo que não é pouco frequente os
termos ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.

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O termo deontologia surge das palavras gregas “déon,


déontos” que significa dever e “logos” que se traduz por
discurso ou estudo. Sendo assim, a deontologia seria o estudo
do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas
adoptadas por um determinado grupo profissional. A
deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao
exercício da uma profissão.
Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta
codificação da responsabilidade de associações ou ordens
profissionais.

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Nos casos de dilemas éticos, anteriormente expostos, podemos pensar no


papel que poderiam ter os códigos deontológicos das profissões de
farmacêutico e de polícia. Poderiam ajudar, certamente, a colaborar na
decisão de cada um dos profissionais envolvidos e a avaliar os seus
comportamentos.

Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes


declarações universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético
expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada
país e de cada grupo profissional.

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Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo


princípios e procedimentos explícitos, para os infractores do
mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e
vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora.

Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma


garantia de conformidade com os Direitos Humanos, estes podem,
por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma
determinada área ou grupo de questões, relativas a toda a
sociedade, por um conjunto de profissionais.

Baseado e adaptado de:


http://www.psicologia.com.pt/profissional/etica/
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1 – Deontologia e ética
Tendo em conta o que foi dito anteriormente, deontologia seria o tratado
do dever, ou o conjunto de deveres, princípios regras ou normas
adoptados com um fim determinado – regular ou orientar determinado
grupo de indivíduos no âmbito de uma actividade laboral, para o
exercício de uma profissão.

A par desta ideia de tratado, associado à regulamentação de uma


profissão estava implícito uma certa ética, aquilo a que posteriormente
viria a ser entendido como a ciência do comportamento moral dos
homens em sociedade.

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A Ética, igualmente com raízes na civilização grega, é uma palavra proveniente de


ethos, que, em grego, significa modo de ser.

Na convicção de que a ética é a teoria, ou ciência do comportamento moral do


homem em sociedade, como tem vindo a ser entendido por alguns filósofos, não
poderíamos reduzi-la a um conjunto de normas e prescrições que de certo modo
pudessem influir ou condicionar essa mesma vivência.

No entanto a aceitarmos que a ética, caracterizada como um conjunto de regras a


orientar o relacionamento humano no seio de uma determinada comunidade social,
poderíamos admitir a conceptualização de uma ética deontológica, uma ética voltada
para a orientação de uma actividade profissional.

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Por fim, em última análise, diríamos que Ética e Deontologia


são da mesma essência, na medida em que, de forma mais
abrangente a ética elabora os princípios morais, subjacentes a
todo o comportamento humano em sociedade, enquanto a
Deontologia, num círculo mais restrito, seria a dimensão ética
de uma profissão ou de uma actividade profissional.

Tomemos como exemplo o Código Deontológico dos


Profissionais de Saúde, encontram citados abaixo alguns
desses itens:

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TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I

PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 1.º
(Deontologia Médica)

A Deontologia Médica é o conjunto de regras de natureza ética que, com carácter de


permanência e a necessária adequação histórica na sua formulação, o médico deve
observar e em que se deve inspirar no exercício da sua actividade profissional,
traduzindo assim a evolução do pensamento médico ao longo da história e tem a sua
primeira formulação no código hipocrático.

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Artigo 2.º

(Âmbito)

1. As disposições reguladoras da Deontologia Médica são aplicáveis a todos os


médicos no exercício da sua profissão, independentemente do regime em que esta
seja exercida.

2. O disposto no número anterior não é prejudicado pelo facto de, num caso concreto,
em face da legislação em vigor, não ser possível a sua aplicação ou sancionada a sua
violação.

3. Nas circunstâncias do número anterior, as disposições deste Código mantêm-se com


carácter indicativo ético, podendo ser alegadas designadamente para efeito de objecção
de consciência.

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Artigo 4.º

(Competência exclusiva da Ordem dos Médicos)

1. O reconhecimento da responsabilidade dos médicos emergente de infracções à


Deontologia Médica é uma competência disciplinar exclusiva da Ordem.

2. Quando as violações à Deontologia Médica se verifiquem em relação a médicos que


exerçam a sua profissão vinculados a entidades públicas, cooperativas sociais ou
privadas devem estas entidades limitar-se a comunicar à Ordem as presumíveis
infracções.

3. Se a factualidade das infracções deontológicas e técnicas preencher também os


pressupostos de uma infracção disciplinar incluída na competência legal daquelas
entidades, as respectivas competências devem ser exercidas separadamente.

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Europeu

Artigo 7.º
da Solidariedade

(Situação de urgência)

O médico deve, em qualquer lugar ou


circunstância, prestar tratamento de urgência a
pessoas que se encontrem em perigo imediato,
independentemente da sua função específica ou
da sua formação especializada.
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Artigo 20.º Ministério do Trabalho e


da Solidariedade
Fundo Social
Europeu

(Colaboração com os meios de comunicação social)

1. Sem prejuízo das normas respeitantes ao segredo profissional, o


médico poderá divulgar informação de carácter clínico relevante para
o público, que deve ser feita de forma cientificamente correcta,
facilmente perceptível, contextualizada com as indicações clínicas,
resultados obtidos e alternativas.

2. O médico não deve fomentar notícias referentes à sua pessoa que


possam, de alguma forma, consubstanciar publicidade à sua actividade
profissional.

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ÉTICA
EMPRESARIAL

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da Solidariedade Europeu

Existe uma recente relação de parceria entre dois


domínios aparentemente incompatíveis: o do Lucro e o da
educação das vontades, a Ética.

A ideia é demonstrar que a Ética nem sempre deve ser


entendida como ameaça ou obstáculo, mas como uma
alavanca para o sucesso das empresas.

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MODOS DE REGULAÇÃO DOS


COMPORTAMENTOS

DEONTOL
ÉTICA MORAL COSTUMES DIREITO
OGIA

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MODOS DE REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO

Ética - regulação dos comportamentos que provêm do indivíduo.

Moral – é um conjunto de regras, valores e proibições, vindas do exterior do


homem.

Costumes - são formas de pensar e de viver no seio de um grupo. Regem-se


por regras informais e não escritas.

Direito - tal como a Ética, tem um carácter obrigatório e normativo, sendo


regulador das relações humanas.

Deontologia - manifesta-se num dever de um grupo cumprir regras


estabelecidas num código.
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COMO INTEGRAR A ÉTICA NA EMPRESA


influência do dirigente sobre o comportamento dos seus colaboradores.

Influencia
ATITUDE DA ATITUDE DOS
DIRECÇÃO GERAL COLABORADORES

A direcção geral, tem o poder de formular a política


ética.

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O processo de formalização da ética


A empresa que deseja formalizar a sua ética deve optar por duas
lógicas principais:

-uma lógica de natureza coerciva, cujo principal objectivo é


assegurar o máximo respeito pelas regras emitidas pela empresa;

-uma lógica de natureza cultural, cujo principal objectivo é fazer


com que os colaboradores adiram as valores ou às finalidades da
empresa.

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Existem duas etapas na elaboração do documento de ética:

ELABORAÇÃO DO
DOCUMENTO DE ÉTICA

ELABORAÇÃO
DA DIFUSÃO
FORMALIZAÇÃO

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Na elaboração da formalização da ética o dirigente da empresa, escolhe um


responsável, que se rodeia por pessoas do departamento de recursos humanos e
da direcção jurídica.

A difusão do documento:

-Consiste na entrega do documento aos quadros principais da empresa, que serão


encarregues de o fazer circular a todos os seus colaboradores;

-Pode ser acompanhada por uma carta do presidente da empresa;

-Pode passar por um processo de sensibilização, através de reuniões de


informação;

-Em certas empresas, é anexada ao contrato de trabalho.


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Vantagens da Formalização Ministério do Trabalho e


da Solidariedade
Fundo Social
Europeu

Um documento de Ética:

-Constitui um guia duradouro para os membros da organização;

-Melhora a reputação da empresa;

-Melhora os resultados das empresas, o comportamento dos trabalhadores, o seu


orgulho e lealdade;

-Permite criar um clima de trabalho de integridade e de excelência;

-Permite ir além da lei e antecipar a intervenção dos poderes políticos em matéria


de regulamentação;

-Ajuda a integrar ou a transferir culturas de firmas adquiridas ou absorvidas;

-Ajuda a proteger os dirigentes dos seus subordinados e inversamente.

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Os quatro tipos de conflitos na ética abrangidos pela formalização são:

CONFLITOS
INTERPESSOAIS

CONFLITOS CONFLITOS
CONFLITOS
INTRAORGA INTERORGANIZA
NA ÉTICA
NIZACIONAIS CIONAIS

CONFLITOS
EXTRAORGA
NIZACIONAIS

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ÉTICA E CULTURA

A influência da Cultura da empresa sobre a componente ética. A


Cultura satisfaz várias funções na empresa:
-É um mecanismo de controlo que permite orientar e ajustar as
posturas e comportamentos dos empregados;
-Delimita as fronteiras da empresa ;-Permite transmitir uma certa
semelhança aos seus membros..Os comportamentos não éticos das
organizações levaram ao desenvolvimento de vários modelos de
comportamentos éticos, tendo em conta variáveis pessoais e
situacionais.

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Moderadores individuais
-força do ego
-lugar de controlo

Dilema ético Comportamento


Estádio de desenvolvimento moral
ético ou não ético

Moderadores situacionais
-contexto de trabalho
-cultura organizacional
-características do trabalho
-política formal da organização
- necessidade financeira pessoal

Fonte: Mercier, S., “A Ética nas Empresas”, pág. 30

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O indivíduo acaba por ser mais influenciado pelos comportamentos dos indivíduos que
os rodeiam, do que pelas suas próprias necessidades financeiras.
Clima ético da sociedade
Clima ético dos negócios
Clima ético na indústria
Clima ético da empresa
Superiores
Indivíduo Colegas

Políticas e
Práticas

Fonte: Mercier, S., “A Ética nas Empresas”, pág. 31


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As etapas da tomada de decisão ética passam por:
Identificar a acção, a
decisão que deseja tomar

Articular todas as dimensões


desta acção ou decisão

Abordagem clássica Abordagem filosófica Testes éticos

A solução não é
aceitável
A solução é
aceitável
Não concretizar a
solução
Concretizar a
solução
Identificar uma
Fonte: Mercier, S., “A Ética nas Empresas”, pág. 32 nova solução
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ÉTICA E RESPONSABILIDADE

A Responsabilidade suscita uma obrigação fundamental, sem


reciprocidade para com o outro.
Existem dois extremos de Responsabilidade Social na óptica
empresarial, um deles com uma visão estritamente económica, cujo
objectivo é apenas o enriquecimento dos seus accionista. Por outro
lado existe a Teoria das Partes Interessadas que defende que a
maximização dos lucros vai conduzir ao bem-estar social geral.
Ao assumir as suas Responsabilidades Sociais, uma empresa, por um
lado, reconhece as necessidades e as prioridades dos intervenientes da
sociedade, e por outro lado avalia as consequências das suas acções
sobre o plano social, tendo por objectivo o bem-estar geral.

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A Ética como clarificação do Contrato


Psicológico
O Contrato Psicológico apresenta uma panóplia
de expectativas recíprocas não escritas entre um
colaborador e a organização.

O esclarecimento deste contrato, que é realizado a


longo prazo, contribui para a estabilidade da
empresa.
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CONTRIBUIÇÕES(servindo as
necessidades da organização)
-competências O
I -saber R
N -lealdade
G
-criatividade
D A
-esforço
I -tempo N
V I
Í RETRIBUIÇÕES(servindo as necessidades Z
D do indivíduo) A
U Ç
-estatuto social
O Ã
-elogios
-carreira O
-segurança
-salário
-benefícios

Fonte: Mercier, S., “A Ética nas Empresas”, pág. 50


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