Você está na página 1de 1

Carta aberta aos vereadores da Câmara Municipal de Osasco sobre o perigo

da reabertura do comércio
Ainda que os números de óbitos e infectados não tenham parado de aumentar, no dia 15
de junho foi aprovado a reabertura do comércio no município de Osasco.
As exigências para o comércio eram: A redução da capacidade total para 20%, oferecer
álcool em gel aos clientes, proteção aos funcionários, exigir o uso de máscaras e ter 10
m2 para cada cliente. Porém, a realidade é diferente especialmente no quesito
distanciamento. A maioria das lojas são pequenas com corredores menores ainda
causando aglomerações, mas o mais preocupante é a falta de fiscalização, que é um
artigo de luxo em Osasco não visto nem antes da pandemia e muito menos durante.
Um dos argumentos para a reabertura é a situação preocupante dos comerciantes
principalmente os microempreendedores e autônomos. Para muitos desses, que já
declararam ou estão próximos a declarar a falência pela falta de venda ou pela venda de
menos que a metade não conseguindo cobrir nem o salário dos funcionários. A falta de
venda se dá por dois fatores ambos influenciados pela crise: o medo do vírus e o
desemprego. Esses dois fatores foram ignorados pelos governantes do país, postura que
enfatiza a vulnerabilidade das pessoas mais carentes. Em vista que milhões de
brasileiros estão vivendo em condições miseráveis pelo despreparo dos nossos
governantes e mais expostos a doença.
Acreditamos que a crise econômica que estamos vivendo é extremamente relevante e
deve ser tratada seriamente, porém essa crise na economia já estava explícita. A
pandemia de coronavírus foi o estopim para a situação que nos encontramos.
Providências logo no início do ano quando já sabíamos da tal doença, como fechar as
fronteiras, preparo na saúde com mais leitos de UTI e o uso dos hospitais de campanha
ou até decretar o chamado lockdown, conteriam a disseminação da doença para agora
não estarmos com a disseminação desenfreada. E para as famílias de baixa renda e
comerciantes pequenos auxílios no mínimo com dois salários mínimos.
Sobre o número de mortes, percebemos que ao longo deste período os números estavam
aumentando e estávamos em uma fase difícil. Mas, com a abertura parcial do comércio
as pessoas começaram a formar fila em lojas, ou multidões em calçadões. ajudando com
que o vírus se espalhar e os casos só aumentarem mais rápido. Gerando, o aumento de
pessoas procurando leitos de UTI em hospitais públicos ou particulares.
Em vista dessa falta de responsabilidade por parte dos governantes e dos próprios
consumidos é um fato que esta atitude não é segura a partir do momento em que a
expectativa pela diminuição dos casos não ocorre.
O que queremos nesta carta aberta é a compreensão e que alguma providência descente
seja aplicada, dando atenção aos mais prejudicados. Obrigada.
Julia Maria G. Prascidelli e João Victor A. Franco, alunos do 9º ano, Escola Ateneu.

Você também pode gostar