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Disponibilização: terça-feira, 23 de outubro de 2018 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo São Paulo, Ano XII - Edição 2685 6

DICOGE 2
COMUNICADO CONJUNTO Nº 1948/2018
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA E COORDENADORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE SÃO PAULO

(Autos nº 2018/152633 – DICOGE 2)


DESTINATÁRIOS: Juízes com competência criminal, violência doméstica, infância e juventude

REPUBLICADO PARA RETIFICAR INCORREÇÃO

CONSIDERANDO a recente vigência da Lei nº 13.431/2017 que dispõe sobre escuta especializada e depoimento especial e o teor do
protocolo CIJ nº 00066030/11 (DJE 30/5/2011),
CONSIDERANDO o estágio inicial de capacitação de Juízes e profissionais da área técnica incumbidos da realização das oitivas,
CONSIDERANDO que, em algumas comarcas, polícia e serviços de saúde e de assistência social ainda não estão suficientemente
capacitados para realizar escuta especializada,
CONSIDERANDO, por fim, a possibilidade de dar divulgação aos avanços decorrentes do aprimoramento da técnica de depoimento e da
crescente especialização dos profissionais nele envolvidos,

A CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA e a COORDENADORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


ESTADO DE SÃO PAULO

RECOMENDAM:

I. A capacitação das equipes técnicas que atuam no Poder Judiciário do Estado de São Paulo deve se dar no âmbito do Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo;

II. A entrevista prévia é ato integrante do protocolo de depoimento especial (CIJ nº 00066030/11) adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo.

III. A escuta especializada NÃO é atribuição das equipes técnicas do Poder Judiciário, formada por psicólogos e assistentes sociais, e, por
isso, deve ficar a cargo exclusivo dos órgãos de assistência social, assistência à saúde ou polícia e seus respectivos técnicos. Também não
compete às equipes técnicas do Poder Judiciário (psicólogos e assistentes sociais) participar de avaliação interdisciplinar no bojo de inquérito
policial.

IV. A atuação da rede de apoio não é uniforme nas várias Comarcas, Circunscrições e Regiões Administrativas do Estado, razão pela qual a
mobilização dos vários órgãos que a integram deve ser feita segundo nível de atendimento possível, municipal, regional ou estadual.

V. Apenas uma escuta especializada deve ser feita na fase inicial pela rede de apoio (delegacia, assistência social e saúde) e apenas um
depoimento especial na fase judicial.

VI. Produção antecipada de provas:


a. será necessariamente realizada:
- em todos os casos de violência sexual, independentemente da idade da criança ou do adolescente,
- em todos os casos em que a criança envolvida tiver idade inferior a 7 (sete) anos, independentemente da natureza do delito (art. 11, § 1º, da
Lei nº 13.431/2017),
- em caso de violência que não a sexual, em que a vítima ou a testemunha tenham idade superior a 7 (sete) anos (art. 21, VI, Lei nº
13.431/2017);
b. O depoimento de criança ou de adolescente deve ser tomado, tanto quanto possível, apenas uma vez na produção antecipada;
c. Na fase de inquérito policial, quando suficiente a delimitação dos fatos, a oitiva da criança/do adolescente deve ser evitada;
d. na fase inicial, tão logo os fatos sejam revelados, a família deve ser encaminhada a atendimento de assistência social e de assistência à
saúde.

VII. DEPOIMENTO ESPECIAL – DINÂMICA:


a. a designação de audiência para tomada de depoimento especial deve ser precedida de prazo para que as partes formulem quesitos
referentes à avaliação técnica da criança ou do adolescente (não se trata de perguntas ou questões a serem dirigidas à criança);

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
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b. a designação de audiência para tomada de depoimento especial será feita em harmonia com a pauta dos profissionais da equipe técnica,
com antecedência suficiente para aproximação da equipe técnica com a criança/o adolescente e sua família, desde logo liberado acesso aos autos
para consulta pelos técnicos;
c. o depoimento especial deve seguir os protocolos científicos (art. 12, Lei nº 13.341/2017):
- entrevistas preliminares de avaliação da família e da criança/do adolescente a cargo dos profissionais da equipe técnica;
- fase de rapport (estabelecimento de vínculo entre o técnico e a criança/o adolescente)
- no dia marcado para o depoimento:
> abrir oportunidade para que criança/adolescente conheça a sala de audiência e as pessoas que assistirão o depoimento;
> o depoimento deve ser feito segundo a técnica de relato livre;
> perguntas de esclarecimento feitas pelo técnico;
> intervalo, durante o qual o magistrado colhe perguntas das partes, avalia-as sob o aspecto jurídico e psicossocial em colaboração com a
equipe técnica e as repassa, em bloco, para serem formuladas livremente pelo técnico;
> fechamento;
> abertura de prazo para apresentação do laudo final pela equipe técnica.
d. recusa da criança/do adolescente em depor ou posicionamento da equipe técnica no sentido da incapacidade da criança/do adolescente
de prestar depoimento são ocorrências que devem ser consideradas pelo magistrado, de forma fundamentada.

DICOGE 5.1

COMUNICADO CG Nº 1918/2018
PATERNIDADE RESPONSÁVEL - 2018

A Corregedoria Geral da Justiça ALERTA aos MM. Juízes Corregedores Permanentes dos Oficiais de Registro Civil das
Pessoas Naturais do Estado de São Paulo e aos MM. Juízes das Varas da Infância e da Juventude da Capital, responsáveis pelos
trabalhos referentes ao Projeto Paternidade Responsável que, a partir de 25/10/2018 deverão dar início aos procedimentos
correspondentes, com término impreterivelmente até 31/03/2019, conforme estabelecido no Parecer Normativo aprovado nos
autos do Processo CG nº 2006/2387, disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico dos dias 18, 19 e 23/09/2008 e novamente
nos dias 23, 25 e 30/09, 06 e 08/10/2009. Para melhor clareza, observe-se que os trabalhos programados se restringirão aos
alunos novos, matriculados para início das aulas neste ano de 2018. A Corregedoria Geral da Justiça INFORMA, ainda, que a
apresentação dos dados será feita por meio de planilha, disponível através do SISTEMA MOVJUD, a ser preenchida com os
resultados obtidos e encaminhada no mês de abril/2019, observando que o preenchimento é obrigatório e se dará de forma
individual por cada unidade judicial, bem como que não serão aceitos relatórios enviados por qualquer outro meio, físico ou
eletrônico, os quais serão devolvidos ao remetente, sem análise ou contabilização das informações.

Subseção III: Julgamentos Administrativos do Órgão Especial

SEMA 1.2

SEMA 1.1.1

Nº 224.237/2017 – O Excelentíssimo Senhor Desembargador FERRAZ DE ARRUDA, no uso de suas atribuições legais, em
18/10/2018, exarou o seguinte despacho: “Vistos. Fls. 435: Atenda-se. Designo o dia 12 de novembro p.f., às 10:30 horas, para
interrogatório do Magistrado (...) a se realizar na sala 403, 4° andar, do Palácio da Justiça.”
ADVOGADOS: Marco Antônio Parisi Lauria, OAB/SP n° 185.030 e Alexandre Shammass Neto, OAB/SP n° 93.379.

SEMA 1.1.3

PAUTA PARA A SESSÃO ADMINISTRATIVA DO ÓRGÃO ESPECIAL DE 24/10/2018, às 13h30min


(Palácio da Justiça - Praça da Sé, s/nº, 5º andar, sala 501)

NOTA: Eventuais processos adiados serão incluídos na pauta da sessão subsequente, independentemente de nova
intimação.

Processos Novos

Nº 04/2018 – EXPEDIENTE de interesse do Doutor LUIS EDUARDO MEDEIROS GRISOLIA, Juiz de Direito.

Nº 52.660/2013 e outros – PROPOSTA DE ESCALA DE PLANTÃO JUDICIÁRIO de 2º Grau das Seções de Direito Privado,
Público e Criminal para o mês de novembro de 2018, nos termos do Art. 26, II, h, do Regimento Interno.

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º

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