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CARTILHA DO PROCESSO

DISCIPLINAR

TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB/RS

GESTÃO 2016/2018
TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB/RS Diretoria da OAB/RS - GESTÃO 2019/2021

RICARDO FERREIRA BREIER - OAB/RS 30.165 - Presidente

JORGE LUIZ DIAS FARA – OAB/RS 18.212 - Vice-Presidente

REGINA ADYLLES ENDLER GUIMARÃES – OAB/RS 7.781– Secretário-


Geral

FABIANA AZEVEDO DA CUNHA BARTH – OAB/RS 43.546– Secretária-


Geral Adjunta

ANDRÉ LUIS SONNTAG- OAB/RS 36.620 – Tesoureiro

CARTILHA DO PROCESSO DISCIPLINAR


FORMAÇÃO DO TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA - GESTÃO
2019/2021

Diretoria do TED/RS

Cons. CÉSAR SOUZA - OAB/RS 12.967 - Presidente

3ª edição Cons. GABRIEL LOPES MOREIRA - OAB/RS 57.313 - Vice-Presidente

Porto Alegre LUCIANA FIORIN – OAB/RS 116.646 – Coordenadora

Outubro/2019

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A VALORIZAÇÃO DA ADVOCACIA Em nossa gestão, os investimentos no TED são
constantes. Investimentos em tecnologia, em novos colaboradores e
numa sinalização para que os processos, protocolados na secretaria,
sejam devidamente analisados.
Ricardo Breier
Presidente da OAB/RS Recebemos cobranças necessárias e justas dos
colegas, para que o tribunal atue na defesa dos bons profissionais da
advocacia, que são absoluta maioria em nosso Estado. Nesse sentido,
A diretoria, à frente da OAB/RS no triênio a formatação da Cartilha do Processo Administrativo Disciplinar
2016-2018, lançou o inédito Plano de Valorização da Advocacia. Dos (PAD) é mais uma salutar ferramenta, para que as nossas subseções
21 itens apresentados, os de números 6 e 7 merecem um destaque consigam atender de forma legal e adequada, para que as denúncias
nesta apresentação: sejam devidamente apuradas. Temos um histórico de problemas na
origem dos processos, o que acaba prejudicando as análises e, por
6 - BLITZ PELA ÉTICA - A OAB/RS promoverá vezes, temos arquivamento ou prescrição em razão destes lapsos.
blitzes em escritórios que realizam publicidade irregular. No local,
haverá a advertência da Ordem para o tema e a interdição de ações A cartilha, agora apresentada, possibilitará que
fora do Código de Ética. a caminhada de um processo junto ao TED tenha seu rito protegido,
para que os julgamentos possam ocorrer, focando a natureza da
7 - COMBATE AO EXERCÍCIO ILEGAL DA denúncia, sem a necessidade do desgaste de analisar se os
ADVOCACIA - A OAB/RS ingressará com notícia-crime contra a prática procedimentos foram dentro das regras.
ilegal da advocacia.
É fundamental que as subseções, através de
Estes são indicativos claros de como a Ordem suas diretorias, estudem este tema e o repassem aos colegas, para
gaúcha zela e está cada vez mais vigilante com as questões éticas que que todos tenham ciência e conhecimento do transcorrer do
envolvem a nossa entidade. Embora ainda seja utópico termos um Processo Administrativo Disciplinar. Este é um esforço coletivo, no
Tribunal de Ética e Disciplina (TED), sem processos a serem sentido de compartilhar estas informações e, ao mesmo tempo,
analisados, a nossa caminhada é no sentido de mostrarmos à sublinhar o quanto a OAB/RS busca a transparência em seus atos.
sociedade gaúcha a seriedade com que a OAB/RS trata de denúncias
envolvendo advogados.
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O período em que nossa gestão está atuando, A CARTILHA DO PROCESSO DISCIPLINAR
2016-2018, mostra que o Brasil, antes de uma crise econômica, vive
uma crise moral, ética e de princípios. Temos lideranças da Nação
insistindo em desvios de conduta e patrocinando a corrupção. A
César Souza
OAB/RS, que já tem um compromisso histórico com a cidadania e Conselheiro da OAB/RS e Presidente do Tribunal de Ética e
com as posturas que a colocam como uma das entidades de maior Disciplina
credibilidade no país, tem de redobrar esforços, para que o pilar da
ética seja ainda mais reforçado e reconhecido pela sociedade. Mais
do que uma missão, é uma questão basilar da Ordem dos Advogado
No ano de 2007, o Grupo OAB+ ao ser vitorioso
do Brasil.
na eleição do final do ano anterior, assumiu a direção da Seccional
Em nome do presidente do TED, o competente da OAB/RS e só então tomou conhecimento da efetiva situação da
advogado César Souza, agradeço o empenho de todos que tornaram nossa entidade.
realidade a Cartilha do Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A
O Tribunal de Ética e Disciplina não escapava
OAB/RS reconhece a dedicação da equipe envolvida na execução
da regra geral, a desorganização era completa e não se tinha
desta tarefa.
conhecimento dos processos em julgamento, das prescrições, dos
efetivos processos em carga, dos autos extraviados, etc.

Os Presidentes que se sucederam operaram a


enorme tarefa de reorganizar o nosso Tribunal. Quando eleito o
Publicado em abril/2018. Presidente Ricardo Breier, indicou meu nome para o referendo do
Conselho pleno, dizendo-me que a ética e o efetivo funcionamento
do TED seriam prioridades. Segundo o Presidente, a sociedade não
admite e os advogados corretos não merecem que profissionais
irresponsáveis manchem o nome de uma profissão tão importante.

Cientes dessa missão, assumimos eu, meu


vice, Dr. André Araujo, e meu coordenador do processo disciplinar,

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Dr. Gabriel Lopes Moreira, com o firme propósito de atender ao é mais uma ferramenta à disposição e, até o final da gestão, é
chamado do Presidente Breier, mas, como advogados que somos, intenção colocar em vigor o processo eletrônico e o regimento
sem descurar da ampla defesa dos processados. Entendemos que o interno.
processo é meio de defesa e que ele serve como espécie de
desagravo para aquele injustamente acusado. Não que antes tenha
sido diferente, mas na nossa gestão temos o máximo cuidado para
que os Julgadores tenham a consciência tranquila que os
eventualmente condenados, o foram porque efetivamente se Publicado em abril/2018.
desviaram das boas condutas.

E para alcançarmos esse desiderato, essa


diretoria conta com o incansável trabalho dos funcionários do nosso
cartório, composto por pessoas altamente qualificadas e
comprometidas com o trabalho célere, transparente e eficiente, o
que vem evitando nulidades e prescrição. Esse trabalho é liderado
pela competentíssima Coordenadora Luciana Fiorin, cujo esforço
tem apresentado os atuais resultados.

Este Presidente e o Vice-Presidente têm


apresentado palestras aos Julgadores, Instrutores, Defensores
Dativos e Conselheiros Subseccionais, por todo o Estado, no sentido
de qualificar o Processo Administrativo.

Esta Cartilha que ora é apresentada, busca


mais qualificação sempre no sentido de acelerar o andamento do
processo, evitar nulidades e prescrição.

Embora hoje o Tribunal de Ética e Disciplina


seja composto por pessoas de reconhecida qualificação, esta cartilha

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CARTILHA DO PROCESSO ÉTICO DISCIPLINAR E SEUS PRINCÍPIOS Logo, estamos afirmando que os princípios constitucionais
FUNDAMENTAIS regentes da administração pública são autoaplicáveis aos dirigentes
da Ordem e aos atores do processo, bem como os princípios e
PROCEDIMENTOS DE INSTRUÇÃO DO PROCESSO ÉTICO DISCIPLINAR
garantias constitucionais do processo, como forma de garantia da
DA OAB participação democrática e de legitimação das decisões e resultados
dos processos.
André Andrade de Araujo
Por estes aspectos não é demasiado lembrar aqui as garantias
Conselheiro da OAB/RS Vice-Presidente do Tribunal de Ética e
Disciplina - GESTÃO 2016/2018 e princípios aplicáveis ao processo ético-disciplinar da OAB, que são:

Contraditório e Ampla Defesa, previsto no artigo 5º, LV da


De acordo com o Código de Ética e Disciplina e o Estatuto da CF.
OAB há previsão da maioria dos procedimentos a serem adotados
pelos órgãos de instrução (Conselhos Subseccionais e Tribunal de Certamente são as garantias máximas a serem defendidas em
Ética), sendo que nas hipóteses em que a previsão normativa faltar qualquer processo, seja judicial ou administrativo. Sem o direito ao
deve-se buscar a técnica de solução processual prevista no Código de contraditório e a ampla defesa não há que se falar em devido
Processo Penal, nos termos previstos no artigo 68 da lei 8.906/94 processo legal. O direito ao contraditório efetivo e à ampla defesa,
(Estatuto da Advocacia e da OAB). são pilares da democracia inafastáveis em qualquer processo e em
qualquer esfera. Portanto, trata-se de princípios supremos de
Entretanto, antes de apresentarmos de forma esquematizada aplicação compulsória aos processos ético-disciplinares da OAB.
o procedimento de instrução do processo ético-disciplinar da OAB, é
importante referir que assim como qualquer outro procedimento Fundamentação das Decisões, previsto no artigo 93, X da CF.
administrativo, o processo ético-disciplinar obrigatoriamente está
Trata-se de garantia necessária a efetivar o estado de direito
submetido aos ditames constitucionais tal qual qualquer outro
e cumprir com o devido processo legal. A decisão fundamentada
processo que tramite via uma instituição que presta serviço de
significa uma decisão motivada. A decisão motivada é a decisão
natureza pública e com resultado de repercussão jurídica
justificada com elementos de fato e de direito coerentes entre si. A
independente na relação profissional dos cidadãos.
decisão que não observa estes parâmetros não atinge a obrigação
constitucional da fundamentação das decisões e a conduz a sua
nulidade.
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Publicidade dos Atos, previsto no artigo 5º, LX e art. 93, IX da a atual interpretação do STJ ao sigilo imposto pelo parágrafo 2º do
CF, bem como a Limitação às partes e procuradores, prevista no artigo 72 do Estatuto do OAB (Lei 8.906/94).
artigo 72, §2º da Lei 8.906/94.
Devido Processo Legal, previsto no artigo 5º, LIV da CF.
A publicidade dos atos processuais, na expressão de J.
É o princípio constitucional processual mais elementar e
Bentham “é a alma da justiça”1, pois é princípio imanente ao devido
garantidor do cumprimento do efetivo espírito do estado de direito
processo legal e inseparável do regime democrático do Estado
democrático, pois assegura a todos o direito a um processo que
Constitucional. Sem a publicidade dos atos, a confiabilidade em um
cumpra efetivamente todos os procedimentos previstos em lei, bem
sistema efetivo de justiça é insustentável. Entretanto, a publicidade
como todas as garantias processuais constitucionais.
dos atos processuais é limitada pela lei nos casos dos processos
ético-disciplinares da OAB que tramitam sob sigilo até o seu trânsito Se no processo administrativo disciplinar da OAB não forem
em julgado, podendo ter acesso ao seu conteúdo apenas as partes observadas as regras existentes (Estatuto da OAB, Código de Ética da
envolvidas, seus procuradores e as autoridades que atuam no OAB, Regulamento Geral da OAB, Provimentos do CFOAB) e as
processo. garantias constitucionais, o processo será nulo. Portanto, a sua
observância é de relevância ímpar, pois a ele se conectam todos os
A limitação de acesso é constitucionalmente adequada e
demais princípios e garantias processuais constitucionais.
deve ser observada quando prevista, sob pena de mácula insolúvel à
regularidade da tramitação processual. A quebra do sigilo pode Direito à produção da prova, decorrente do devido processo
redundar em uma influência indevida e por consequência levar à legal, art. 5º, LIV da CF.
anulação do processo administrativo disciplinar.
Inerente ao devido processo legal e ao direito ao
A OAB não está obrigada a satisfazer a curiosidade de contraditório e à ampla defesa, é um dos pontos indispensáveis o
integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público ou de agentes direito à produção da prova e o consequente direito ao contraditório
policiais, podendo ter seu sigilo quebrado apenas por determinação sobre as provas, da mesma forma que se tem como princípio a
judicial em decisão fundamentada, impassível em casos que vedação das provas ilícitas (artigo 5, LVI da CF) não apenas no âmbito
autoridades estranhas ao processo disciplinar busquem fazer uma
espécie de controle externo dos tramites processuais da OAB. Esta é

1
Bentham, Jeremy. Tratado de las pruebas judiciales, p. 114.
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do processo judicial, mas também no âmbito do processo A previsão constitucional preceitua que "ninguém será
administrativo disciplinar. considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória".
Isso não significa que o direito à produção da prova não tenha
limites, nos casos de decisão justificada sobre a sua impertinência ou Isso significa dizer que somente após um processo cuja
até mesmo por abuso processual da parte requerente é possível a decisão condenatória não mais caiba recurso e que se afirme
sua limitação. Por certo que a regra é o direito à ampla produção indiscutivelmente a culpabilidade do réu é que o Estado poderá
probatória, cabendo a exceção da sua limitação em decisão aplicar uma sanção ao indivíduo condenado. Tal princípio é
fundamentada. autoaplicável aos processos ético-disciplinares da OAB como direito
e garantia individual constitucionalmente reconhecida aos cidadãos.
Isonomia, previsto no artigo 5º, caput da CF.
Decorrente desse princípio extraiu-se uma regra de ônus
É princípio basilar que estabelece no processo a igualdade probatório, no sentido de que o encargo de provar as acusações que
entre as partes. É princípio constitucional inerente ao devido pesarem sobre o acusado é inteiramente do acusador ou de quem o
processo legal, o que dito de outro modo, no processo ético- fiscaliza, não recaindo sobre o indivíduo acusado o ônus de "provar
disciplinar significa que se deve assegurar às partes envolvidas no a sua inocência”. Trata-se de uma garantia individual fundamental
processo igual tratamento para garantia do equilíbrio de influência do Estado Democrático de Direito.
na formação da decisão.
Princípio da Oficialidade
Princípio do Estado de Inocência, previsto no artigo 5º, LVII
da CF. Princípio segundo o qual, uma vez iniciado, o processo deve
ser impulsionado pela autoridade que preside a instrução
É um princípio jurídico de ordem constitucional, aplicado não processual, independentemente da vontade das partes.
apenas ao direito penal, mas também a todas as esferas que
empreguem de alguma forma normas com característica de sanção, No processo ético-disciplinar da OAB, por força do princípio
sendo estado de inocência a regra geral em relação ao acusado da da oficialidade disposto expressamente no parágrafo 5º do artigo 59
prática de eventual infração. do Código de Ética e Disciplina, a autoridade competente para
instruir tem também o poder-dever de impulsionar o processo, até
que se obtenha elementos suficientes a produção de um resultado
final de mérito seguro e adequado.
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Diante do fato de que a OAB (com sua característica ao princípio da efetividade da administração pública
autárquica de administração pública indireta) tem o dever elementar consubstanciado no dever de uma duração razoável do processo.
de satisfazer o interesse público, ela não pode, para isso, depender Para tanto, o dever funcional dos agentes atuantes nessa tarefa de
da iniciativa de algum particular, por isso em regra as representações instruir e/ou julgar os processos ético-disciplinares deve pautar pela
se inauguram de ofício ou prosseguem de ofício após inaugurada por duração adequada dos processos, garantindo o acesso à defesa, mas
um particular. evitando o abuso e a morosidade inadmissível em qualquer instância.
A efetividade do processo passa pela observação desse princípio-
A OAB tem o dever de dar prosseguimento ao processo,
dever que está intimamente ligado à busca por um processo com
mesmo se iniciado por um particular que, após, desiste do
uma análise de mérito e com uma decisão justa.
procedimento, podendo, por sua conta, providenciar a produção de
provas, solicitar documentos, ouvir testemunhas, enfim, fazer tudo Além dos princípios constitucionais e processuais descritos
aquilo que for necessário para que se alcance um efetivo anteriormente, não é demais referir o dever funcional inerente à
esclarecimento dos fatos a sustentar uma decisão final adequada. atividade da OAB e dos agentes que atuam na condução dos
processos ético-disciplinares.
Duplo Grau de Jurisdição (ou recorribilidade das decisões),
art. 5, LV da CF. Da Instrução Processual – Dever funcional

Apesar da divergência de entendimentos no âmbito do STF, o É de vital importância o trabalho realizado na instrução e
duplo grau de jurisdição é, por excelência, um entre os mais caros julgamento dos processos ético-disciplinares, entretanto, deve-se
princípios constitucionais na atuação profissional da advocacia, sublinhar a obrigação dos Conselheiros, das Seccionais, das
motivo ao qual nos quadros da OAB não há dúvida de que a sua Subseções e dos Tribunais de Ética e Disciplina em busca da
inobservância conduz a nulidade do processo ético-disciplinar. É prestação jurisdicional administrativa no prazo mais breve possível,
princípio interligado ao devido processo legal e ao direito à ampla mas com observância de todas as garantias constitucionais e legais,
defesa, inarredável ao Estado Democrático de Direito. sempre evitando a intercorrência ou a superveniência da prescrição.

Razoável duração do processo, previsto no artigo 5, LXXVIII A instrução do processo, que é uma atribuição e um ônus dos
da CF. Conselhos e dos Conselheiros nas Subseções e do Tribunal de Ética e
Disciplina na Seccional, haverá de ser obrigatoriamente dinâmica e
Assim como ocorre na esfera judicial, a esfera administrativa
teleológica.
onde tramitam os processos ético-disciplinares da OAB se submete
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Os Relatores e os Instrutores deverão procurar a verdade real da função do processo que é a de alcançar um resultado justo às
dos fatos, ainda que as partes não a propiciem com facilidade; há de partes.
se perseguir, sempre, a neutralização dos apelos corporativistas e a
Para tanto, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS
realização dos fins sociais da advocacia.
apresenta um esquema sintetizado para auxiliar os que trabalham
Aos Conselheiros deve ser instado determinarem a produção nessa complexa atividade inerente à administração da Ordem, com
das provas que se afigurem necessárias ao estabelecimento da o intuito de facilitar, esclarecer e estabelecer um manual de passo a
veracidade, ainda que as partes não as requeiram. É deles o dever de passo, uma forma procedimental comum, em busca de uma
bem instruir para facilitar o cumprimento do dever maior de bem orientação que conduza a um resultado efetivo do processo, com a
julgar. observância das normas pertinentes estabelecidas pelos
regulamentos internos da OAB.
É dever funcional que inclusive vem contemplado pela regra
geral disposta no artigo 2º, XI do Novo Código de Ética da OAB, Nesse sentido, o processo ético-disciplinar da Ordem
portanto, apesar de ser tarefa árdua, além de voluntária, é atividade obedece ao seguinte rito:
vinculada à função assumida.
RITO PROCESSUAL ESQUEMATIZADO:
Por certo que os dirigentes de Ordem como agentes que
1. A representação é apresentada por escrito e desde a
atuam nos processos ético-disciplinares da OAB (Presidentes da OAB
propositura documentada, seja por interessado ou reduzida a termo,
- Seccional e Subseções -, do Tribunal de Ética, Conselheiros,
sendo de denuncia oral, podendo ainda ser recebida em decorrência
instrutores, defensores dativos, servidores de secretarias e oficiais
de ofício recebido na OAB com informações enviadas por Órgãos
de diligências) precisam envidar todos os esforços para que as
Públicos ou Autoridades, casos em que deverá ser autuada e
garantias processuais constitucionais das partes sejam preservadas e
remetida ao Presidente da Subseção competente ou ao Presidente
seja alcançado ao final o mais próximo resultado de um julgamento
do TED, em casos de competência de apuração dos fatos pela
justo que outorgue uma decisão de mérito. Caso contrário, o
Seccional. (conforme artigos 72 e 73 da Lei 8.906/94 e artigos 55 e
trabalho abreviado em nome de uma "justiça celere"(abreviada)
56 do CED – Código de Ética da OAB.
pode eventualmente ser compreendido como conveniente ao
agente investido da função pública, apesar de na grande maioria dos As representações, quando formuladas por escrito, deverão
casos ser completamente inadequado para o cumprimento efetivo conter:

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a) a identificação do representante, com qualificação civil e mínimas, assinalando prazo para cumprimento, antes de proferir
seu endereço atualizado; parecer a respeito da admissibilidade ou não da representação.

b) a narração precisa dos fatos que a motivam; (Exemplo: O representante alega que o advogado sacou
alvará e reteve os valores, mas não apresenta qualquer indício, como
c) a indicação das provas a serem produzidas e, se for o caso,
uma cópia do alvará com a assinatura do procurador. Caso que a
a apresentação do rol de testemunhas, até o máximo de cinco, cujos
parte poderá ser chamada a complementar com documentos, ou
comparecimentos ficam a cargo do representante e/ou
ainda poderá ser oficiado o cartório judicial para remessa de cópias
representado, sendo admitida sua substituição, inclusive no próprio
do processo, etc).
dia designado para o depoimento.
3. Designado o relator, este pode propor parecer de
Quando supríveis as falhas na formulação, a representação
ARQUIVAMENTO LIMINAR se a representação não estiver
não deverá ser liminarmente arquivada.
constituída de pressupostos formais de admissibilidade, tais como,
As representações poderão ser reduzidas a termo por indícios da conduta infracional, indícios materialidade e mesmo a
Conselheiro, Diretor ou servidor da OAB, observando o disposto identificação da autoria do fato irregular.
acima.
Observação: o momento processual para este parecer é
Exigir-se-á a assinatura do representante ou, certidão, de anterior a Defesa Prévia, ou seja, ainda não há processo instaurado
quem a tomou por termo, da identificação do representante, na e a parte representada não foi chamada a se manifestar nos autos.
hipótese de ser analfabeto. Também poderão ser reduzidas a termo
Não sendo a hipótese de arquivamento liminar,
quaisquer complementações ou aditamentos apresentados.
consequentemente estando presentes os pressupostos de
2. Ao Presidente da Subseção compete, mediante despacho, admissibilidade, o relator deve emitir parecer opinando pela
receber a representação, designar Relator para presidir a instrução instauração do processo ético-disciplinar para análise da(s)
processual e emitir parecer opinando pela ADMISSIBILIDADE ou infração(ões), em tese, praticada(s).
NÃO da representação.
Note-se que em ambos os casos o parecer deve ser
Caso entenda necessário, o Relator nomeado poderá submetido a análise do Presidente da Subseção.
requerer a complementação da representação ou de informações

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4. O presidente da Subseção pode acolher ou rejeitar o notoriamente seja tida como inviabilizadora de qualquer localização
parecer do relator, fundamentando sua decisão. pessoal do notificado (que por isso deverá ser registrada nos autos).

5. Em caso de acolhimento do parecer pelo prosseguimento Sugere-se que na segunda visita frustrada seja informado à
da representação, o Presidente da Subseção deve despachar no pessoa que receber o oficial de diligências nomeado pelo Presidente
sentido de declarar a instauração do processo ético-disciplinar, com da Subseção, com certificação nos autos, que a terceira visita será
a subsequente remessa ao relator para que este determine a realizada com hora certa e, se constada a ausência será certificada e
notificação do(s) representado(s) para a apresentação de defesa a notificação será considerada como realizada, nos termos do CPP.
prévia, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, bem como a organização
Sugere-se também, como forma prática, o que tem sido
dos demais atos decorrentes da presidência da instrução processual.
realizado com sucesso, a primeira notificação por “e-mail”, eis que o
6. Instaurada a representação e determinada a notificação comparecimento espontâneo da parte, supre a notificação,
para apresentação de defesa prévia, deve-se ter extrema atenção evitando-se assim, os gastos e desgastes das demais formas.
para que a notificação inicial para essa apresentação seja feita na
O instrumento de notificação será juntado aos autos
ordem subsequente:
mediante termo, lavrado por servidor da OAB, com indicação clara
a) em primeiro lugar: pelo correio, segundo sistema de de seu nome, cargo e identificação funcional, bem como com
entrega da correspondência com AR (Aviso de Recebimento), nos expressa aposição da data da lavratura.
endereços constantes do cadastro da OAB (tal informação deve ser
Nestes casos, deve haver Portaria do(a) Presidente da
registrada nos autos), e para qualquer outro endereço da parte
Subseção designando o servidor da Ordem para cumprir a função de
representada que se tenha notícia, nos casos em que não houve êxito
entrega do mandato.
com a notificação AR remetida para o endereço do cadastro;
A notificação pessoal será efetuada, mediante recibo, com
b) em segundo lugar: frustrada a Carta AR, deve-se buscar a
entrega de cópia da peça da representação. Em caso de negativa de
notificação pessoalmente, por servidor da OAB, no endereço
recebimento por parte do representado(a), deverá ficar registrado
constante do cadastro preferencialmente. Não se admitirá a
através de certidão nos autos, tal qual a de Oficial de Justiça.
frustração da notificação pessoal antes de ter sido tentada, ao menos
por três vezes, salvo quando se tratar de circunstância que

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c) em terceiro lugar: por edital, pela imprensa oficial, quando Se proposto o indeferimento liminar pelo relator, os autos
comprovadamente esgotados e frustrada a notificação pelos meios devem ser encaminhados ao Presidente do Conselho Seccional para
referidos anteriormente. apreciação.

OBS: a publicação de edital de notificação de apresentação de Esclareça-se que os documentos probatórios deverão instruir
defesa prévia deve ser solicitada por e-mail para o Tribunal de Ética a peça inicial da representação e a peça da defesa prévia, sendo que
e Disciplina da OAB/RS que fará publicar no DOE (alterado pela lei nº novos documentos juntados ao processo, somente são admissíveis
13.688/2018). em casos de produção ou disponibilidade posterior aos atos da
representação e da defesa, casos em que manifestar-se-ão as partes,
7. Na hipótese de configuradas as situações de ausência ou
na primeira oportunidade em que comparecerem nos autos.
de revelia, o relator, após ter ciência das mesmas, deverá designar
Defensor Dativo para apresentação da defesa. 9. Opinando o relator pelo prosseguimento da instrução
processual, este oportunizará às partes a realização de audiência de
8. Apresentada a defesa pela parte, por procurador ou por
instrução para tomada dos depoimentos das testemunhas arroladas
defensor dativo, os autos seguem conclusos para o despacho
na representação e /ou na defesa, sempre que expressamente
saneador do relator(a), ato no qual será verificada a regularidade
requeridos.
processual, bem como determinadas, se for o caso, as providências
necessárias para a produção de provas, como a testemunhal, dando- O rito da audiência segue o mesmo previsto pelo Código de
se prosseguimento ao processo. Processo Penal, sendo tomados por primeiro os depoimentos de
eventual representante e das testemunhas que possam sustentar a
Este é o momento adequado para a análise de eventuais
ocorrência de infração, para, após, serem colhidos os depoimentos
irregularidades, como por exemplo, o ajuste do polo passivo, a
das testemunhas de defesa, assim, ao final, ouvir o depoimento da
irregularidade de alguma notificação, a análise de eventual hipótese
parte representada.
de impedimento ou suspeição, etc.
10. Tomados os depoimentos e concluída a fase probatória, o
Alternativamente, o relator, após recebida a defesa prévia,
relator declara o encerramento da instrução processual e, após,
pode, antes de produzida a prova testemunhal e com base nos
profere o PARECER PRELIMINAR, no qual deve constar o relatório
documentos previamente apresentados com a defesa, propor ao
dos fatos apurados no processo até então, bem como sua posição
Presidente da Seccional o INDEFERIMENTO LIMINAR da
declinando o enquadramento legal dos fatos imputados ao
representação.
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representado para os casos que o Relator entenda pela emissão de
pareceres de procedência da representação. (Conforme, artigo 59,
§7º do CED).
Publicado em abril/2018.
O PARECER PRELIMINAR proferido pelo Relator Conselheiro
Subseccional deverá ser submetido a homologação do Conselho da
Subseção (Art. 120, §3º, do RGOAB).

11. Após oferecimento de PARECER PRELIMINAR e da


subsequente homologação do parecer pelo Conselho Subseccional,
as partes deverão ser notificadas no prazo comum de 15 dias úteis
para apresentação de razões finais (Conforme artigo 59, §8 do CED).

12. As partes apresentam as razões finais e o Presidente da


Subseção determina a remessa dos autos ao Tribunal de Ética e
Disciplina para Julgamento - que é órgão julgador do mérito em
primeiro grau de jurisdição, após a instrução realizada pela Subseção
-.

Na hipótese de a parte representada não apresentar razões


finais, deverá ser nomeada defesa dativa para o ato antes da remessa
dos autos ao TED para julgamento.

Ao fim este é em síntese o trabalho a ser desenvolvido nas


subseções para a instrução dos processos ético disciplinares.

Observação: Nos processos originários de representação de


advogado contra advogado versando sobre descumprimento de
normas deontológicas e/ou preceitos do Código de Ética e Disciplina
da OAB, deve ser observado o Provimento nº 83/96 do CFOAB.
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O TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA E SEU PAPEL Diz-se que o advogado é o primeiro juiz de sua
conduta ética, da qual depende não apenas a boa reputação de que
desfruta perante a comunidade, mas o prestígio da própria
Gabriel Lopes Moreira
Conselheiro da OAB/RS e Vice-Presidente do Tribunal de Ética e Advocacia.
Disciplina
Assim, no momento da identificação de algum
procedimento inadequado por parte de um advogado no exercício
Muito se fala na nossa sociedade a respeito da da sua profissão, faz-se necessária a entrada em cena da nossa
Ética. A sua busca, as suas imperfeições, a sua falta e, às vezes, até a instituição, a Ordem dos Advogados do Brasil, mais precisamente,
sua “relativização”. Certamente, esta discussão passa pelas em razão das suas subdivisões, do Tribunal de Ética e Disciplina, o
alterações do modelo social dos nossos tempos, mas não pode servir qual foi devidamente regulado a partir da Lei 8.906/94, o Estatuto da
como justificativa para a realização de atos ou procedimentos Advocacia.
atípicos ou antiéticos.
Compete ao Tribunal de Ética e Disciplina
Trazendo este ponto para a realidade da nossa orientar e aconselhar a respeito da ética profissional. Compete-lhe,
atividade profissional, a Advocacia, percebemos que nossos colegas também, por força do que dispõem a Lei nº 8.906/94 e o Código de
e nossa profissão nada mais são do que um reflexo deste contexto Ética e Disciplina, buscar mediação e conciliação em questões,
social, o qual introduz em nossas correlações algumas atividades de dúvidas e pendências entre advogados e julgar processos
caráter duvidoso e procedimentos, muitas vezes, não de acordo com disciplinares, observando as regras do estatuto e do regulamento
a boa prática jurídica. geral, aplicando os princípios expostos na legislação processual
penal.
Ao receber o grau de advogado, o bacharel em
Direito assume o compromisso de obedecer e defender a ordem Em sua função, o TED expede resoluções para
jurídica, de cumprir a Constituição e as leis do país, bem como de que o advogado continue merecedor de respeito e mantenha
observar as regras instituídas pelo Estatuto e pelo Código de Ética da independência absoluta no exercício da profissão, contribuindo para
Advocacia, que estabelecem as normas de conduta do advogado e o prestígio da classe.
de seu relacionamento com os colegas de profissão, com os clientes,
A partir do momento do ingresso com
com as autoridades constituídas e com a comunidade.
representações éticas junto às Subseções da entidade, cabe ao

14
Conselho de Ética local ou ao Cartório de Instrução Processual da sistemática e massificada, a escassez de mercado para a nossa
Seccional, operacionalizar o processo ético, dando-lhe início, atividade profissional. Tais fatos, para alguns colegas, serviriam
impulsionando-o para as demais fases processuais até a sua como justificativa para tentativas, digamos, pouco ortodoxas para
conclusão de forma madura para o devido julgamento perante às burlar os ditames legais de nosso ordenamento, ferindo de morte,
Turmas do Tribunal de Ética e Disciplina. muitas vezes, nosso Estatuto. Não podemos deixar isso acontecer.

A importância destes procedimentos se Devemos ser rotineiramente guardiões zelosos


apresenta de forma inequívoca. Cabe aos TED’s a manutenção e da nossa Advocacia, não praticando atos atentatórios à Justiça, à
fiscalização dos atos realizados por Advogados no exercício da nossa sociedade, à nossa classe profissional, aos nossos clientes. Podemos
profissão, obrigando a todos a respeitarem os ditames propagados não estar intitulados com cargos junto ao Tribunal de Ética e
em nossa Legislação Federal, Estatuto e Código de Ética e Disciplina. Disciplina, mas somos todos, sempre, parte viva e operante no
movimento de fiscalização do adequado e devido mister da
No momento da inobservância dos ditames
Advocacia.
legais e éticos, faz-se necessária a atuação exemplar das instâncias
adequadas da nossa OAB, através dos seus TED’s, possibilitando às
partes a apresentação de suas alegações, produção das provas
necessárias para instrução do feito e chance processual de recursos,
caso os afetados não concordem com as decisões.
Publicado em abril/2018.
Do exposto, resulta que a atuação do Tribunal
de Ética e Disciplina, zelando pela fiel aplicação do Estatuto e do
Código de Ética, diploma legal que contém as regras fundamentais
do exercício da Advocacia, tem contribuído para o prestígio da
instituição e para a reafirmação da essencialidade do advogado na
administração da justiça, tal como declarada pelo constituinte de
1988 (art. 133, da CF).

Temos visto nos últimos tempos, em razão do


alto número de profissionais lançados ao mercado de forma

15
ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES AOS COLABORADORES DA obrigando-os a tramitarem juntos durante um certo período. É
OAB/RS portanto, uma união de processos que apresentam autuação e
paginação distintas.
ABERTURA E ENCERRAMENTO DE AUTOS - os volumes deverão
conter no máximo 200 (duzentas) folhas.
CERTIDÕES DO §2º, DO ART. 58 DO CED – deverão ser solicitadas por
e-mail:
No encerramento de volume:

Ficha Cadastral – solicitar para certidoes@oabrs.org.br;


a) Gerar o “TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME”;
b) Imprimir e inserir o termo após a última folha do volume Antecedentes Disciplinares – solicitar para ted@oabrs.org.br.
encerrado;
c) Proceder à abertura de um novo volume.
DEOAB – o requerimento para publicação no Diário Eletrônico da
A abertura de um novo volume será executada logo após o OAB/RS deverá ser encaminhado através do e-mail:
encerramento do volume anterior, e deverá seguir a seguinte deoab@oabrs.org.br.
metodologia:
Para DEFESA PRÉVIA indicar o nome completo do(a) advogado(a) e
a) Gerar o “TERMO DE ABERTURA DE VOLUME”; número de inscrição na OAB.
b) Imprimir e inserir o termo no volume aberto, logo após a capa;
c) As folhas seguintes obedecerão à sequência do volume anterior.
Contabilizando-se a capa do volume atual. Demais notificações no curso do processo disciplinar, indicar o
número do processo da Subseção, nome completo do(a)
Os volumes deverão ser numerados na capa do processo, com a advogado(a), e nome completo do seu procurador ou o seu, na
seguinte inscrição: “I volume”, “II volume”, etc. condição de advogado, quando postular em causa própria.

APENSAMENTO - o apensamento é o ato de colocar um processo


junto a outro, sem que forme parte integrante do mesmo,

16
EMENTÁRIO – o ementário do TED (até o ano de 2017) está PRAZOS - a contagem dos prazos se dará em dias úteis, excluindo o
disponibilizado no site da OAB/RS. É possível a consulta por ano e por dia do começo e incluindo o do vencimento.
palavra.

PROTOCOLO DE DOCUMENTOS E REPRESENTAÇÕES – registrar a


FOTOCÓPIAS – cópias dos processos disciplinares são reguladas pela data de entrada dos documentos. Apor carimbo ou recebimento com
Resolução nº 02/2014, da Segunda Câmara do Conselho Federal da indicação da data de entrada dos documentos e/ou representações.
OAB, podendo ser requisitadas mediante preenchimento do Realizar numeração sequencial crescente dos documentos, a ser
respectivo termo de compromisso, esse que poderá ser requerido reiniciado a cada ano.
através do e-mail do TED (ted@oabrs.org.br).
(http://www.oab.org.br/leisnormas/legislacao/resolucoes/02-
* O registro de entrada das representações é de suma importância
2014?resolucoes=True)
para fins de exercício da pretensão punitiva da OAB/RS, conforme
art. 43 do EAOAB e súmula nº 01/2011 do COP do CFOAB.
NOTIFICAÇÕES – As intimações e notificações serão feitas,
preferencialmente, por meio eletrônico, através do endereço de e-
DO PROCESSO DIGITALIZADO
mail cadastrado pelo advogado, estagiário ou sociedade de
advogados, desde que assegurada a ciência inequívoca da RESOLUÇÃO Nº 05/2018 DA OAB/RS
comunicação.
Dispõe sobre a utilização do Sistema de Gestão
Documental e implantação do processo
digitalizado na Seccional.
Quando frustrada a intimação ou notificação por e-mail,
correspondência física ou por oficial de diligências, será publicado O CONSELHO SECCIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO RIO
GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 27, XI, do
edital, no Diário Eletrônico da OAB/RS, nos termos do artigo 137-D,
Regimento Interno da OAB/RS, e considerando a necessidade de regulamentar os
§§3º e 4º, do Regulamento Geral. procedimentos para utilização do sistema digitalizado nesta Seccional, resolve:

Art. 1º. Os processos administrativos, inclusive disciplinares, no âmbito da


PAGINAÇÃO DAS FOLHAS – sempre numerar e rubricar as folhas Seccional e das Subseções tramitarão de forma digitalizada, ficando a cargo do
órgão responsável da OAB/RS a digitalização e inclusão dos documentos no
constantes dos autos. sistema.

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§ 1º. A partir da implantação do processo digitalizado na Seccional, haverá Art. 4º Caso seja tecnicamente inviável a digitalização dos documentos, em razão
concomitância de sistemas, tendo em vista a continuidade dos processos em meio do grande volume, formatação ou por motivo de ilegibilidade, serão armazenados
físico, a utilização do sistema digitalizado e a utilização do sistema de despachos e em meio físico com a devida certificação no ato do protocolo e informação ao
decisões por meio eletrônico. Órgão competente. Após o trânsito em julgado tais documentos serão devolvidos
à parte. Caso a parte não os retire ou os receba no prazo de até 180 dias, serão
§ 2º. A implantação dar-se-á de forma gradativa entre os setores/órgãos, incinerados, devendo a intimação para recebimento dos documentos conter esta
iniciando-se pelo Tribunal de Ética e Disciplina. advertência.

§ 3º. Os processos em tramitação até esta data, poderão continuar, até seu Parágrafo único – Apresentados novos documentos ou superados os obstáculos
encerramento definitivo, em autos físicos. daqueles anteriormente apresentados, que permitam a digitalização, poderá o
Órgão competente digitalizá-los ou mantê-los arquivados na secretaria, com
§ 4º. A prática de atos pelas partes, advogados e interessados, dar-se-á por meio registro nos autos dos elementos e informações essenciais ao processamento do
físico, ficando a cargo do órgão responsável da OAB/RS a digitalização e inclusão feito.
dos documentos no sistema.
Art. 5º. A OAB/RS poderá digitalizar todos os autos de inscrição de advogados,
Art. 2º. As notificações, intimações e ofícios serão expedidas em meio físico ou estagiários e sociedades, bem como dos processos a eles vinculados, devolvendo
eletrônico na forma do art. 137-D, do Regulamento Geral do EAOAB c/c art. 147 os originais para custódia dos interessados.
do Regimento Interno desta Seccional, sendo que, no caso de expedição em meio
físico, deverão ser digitalizados e inseridos no sistema pela Secretaria competente, Parágrafo único - A retirada dos originais ficará a encargo dos interessados que,
assim como os respectivos comprovantes de entrega e/ou transmissão. após inequívoca ciência, terão prazo para recebimento.

Art. 3º. Os despachos, decisões, certidões e demais documentos produzidos no Art. 6º. Os documentos e processos serão classificados e avaliados pelo
sistema de “despacho eletrônico” serão juntados aos processos digitalizados e setor/órgão competente que definirá sua destinação.
considerados originais para todos os efeitos legais.
Art. 7º. Os advogados, estagiários, sociedades de advogados e partes dos
§1º. Será considerada original a versão armazenada no servidor do processo processos terão acesso aos autos do processo pela via digital, quando desta forma
digitalizado da Seccional da OAB/RS, enquanto o processo estiver em tramitação tramitarem, respeitados os casos de sigilo.
ou arquivado.
§1º. O acesso será concedido mediante apresentação de cópia do documento de
§2º. Os documentos digitalizados e juntados aos autos conservarão a mesma identificação do solicitante e assinatura de termo de compromisso.
característica e validade atribuída pela lei ao documento físico correspondente. Os
provenientes de documentos originais presumem-se verdadeiros, ressalvada a §2º. Aos usuários do sistema de processo digitalizado, deverão ser
alegação motivada, fundamentada e comprovada de adulteração antes ou durante disponibilizados, em espaço exclusivo, equipamentos para autoatendimento, bem
o processo de digitalização. como equipe treinada para auxílio na solução de dúvidas existentes quanto à
operacionalização do sistema.
§3º. A arguição de falsidade do documento original será processada digitalmente
na forma da lei processual em vigor.

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Art. 8º. No caso de conversão de documento digital, integrante de processo Capítulo I – DA COMPETÊNCIA, FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO
digitalizado para documento físico, o colaborador do respectivo setor/órgão
certificará a autenticidade das peças. Art. 1º O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional
do Estado do Rio Grande do Sul é órgão do Conselho Seccional, competindo-lhe,
Art. 9º. Havendo declínio de competência para Seccional em que não se encontre no território de sua jurisdição:
implantado o processo virtual, o Órgão de origem promoverá o traslado do feito, I – conhecer, receber, sanear e instruir os processos éticos e/ou disciplinares de
mediante impressão de todos os atos processuais praticados para remessa. fatos ocorridos nos limites territoriais da sede do Tribunal;
II - julgar, em primeiro grau, os processos éticos e/ou disciplinares;
Parágrafo único - O colaborador do respectivo setor/órgão certificará a III - suspender, preventivamente, o acusado, em caso de conduta suscetível de
autenticidade das peças na conversão de autos digitais em físicos. acarretar repercussão prejudicial à advocacia;
IV - responder a consultas formuladas, em tese, sobre matéria ética e/ou
Art.10º. O processo virtual não exclui o pagamento das taxas e demais despesas disciplinar;
previstas em legislação própria, casos em que competirá ao interessado diligenciar V – aplicar as sanções, após o trânsito em julgado dos processos éticos e/ou
a realização dos pagamentos. disciplinares;
VI – recolher as identidades profissionais dos advogados ou estagiários excluídos,
Art. 11. Os casos omissos serão resolvidos pelo Presidente deste Conselho suspensos ou impedidos de advogar, assim como aqueles que tiveram suas
Seccional “ad referendum” do Conselho Pleno. inscrições canceladas;
VII - organizar, promover e ministrar cursos, palestras, seminários e outros eventos
Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. da mesma natureza acerca da ética profissional do advogado ou estabelecer
parcerias com as Escolas de Advocacia, com o mesmo objetivo;
Porto Alegre, 14 de setembro de 2018. VIII - atuar como órgão mediador ou conciliador, podendo estabelecer parcerias
com a casa de mediação da Seccional, nas questões que envolvam:
Ricardo Ferreira Breier André Luis Sonntag a) dúvidas e pendências entre advogados;
Presidente da OAB/RS Tesoureiro da OAB/RS b) partilha de honorários contratados em conjunto ou decorrentes de
substabelecimento, bem como os que resultem de sucumbência, nas mesmas
Publicado no DOE, Ed. de 21/09/2018, pgs. 230/232 hipóteses;
c) controvérsias surgidas quando da dissolução de sociedade de advogados;
IX - exercer as competências que lhe sejam conferidas por seu Regimento Interno
ou pelo Estatuto da Advocacia e da OAB, o Código de Ética e Disciplina e o
REGIMENTO INTERNO Regimento Interno da Seccional para a instauração e julgamento de processos
TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA éticos e/ou disciplinares;
Revisado de acordo com o Novo Código de Ética e Disciplina. § 1º. o Tribunal de Ética e Disciplina terá sede na Capital do Estado do Rio Grande
do Sul;
§ 2º. o Tribunal de Ética e Disciplina ficará em recesso de 20 de dezembro a 31 de
PARTE I janeiro de cada, nos termos do § 3º do artigo 139 do Regulamento Geral da OAB.
TITULO I
DO TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA.

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Art. 2º O Tribunal de Ética e Disciplina compõe-se de um Presidente, de um Vice-
Presidente e de Julgadores, todos com mais de 05 (cinco) anos de exercício III - dirimir conflitos entre os órgãos fracionários do Tribunal de Ética e Disciplina.
profissional e de inscrição na Seccional do Rio Grande do Sul.
§ 1º o Presidente e o Vice-Presidente, serão escolhidos dentre os Conselheiros Art. 6º O Tribunal Pleno é constituído pela totalidade dos membros titulares do
Titulares e Suplentes; Tribunal de Ética e Disciplina.
§ 2º os julgadores serão eleitos pelo Pleno do Conselho Seccional; § 1º o Tribunal Pleno se reunirá ordinariamente uma vez por semestre ou
§ 3º o Presidente e o Vice-Presidente poderão ser auxiliados por até 03 (três) extraordinariamente, por convocação do seu Presidente ou de 1/3 de seus
Coordenadores, escolhidos dentre advogados que preencham os mesmos membros titulares.
requisitos legais exigidos para os julgadores do Tribunal de Ética e Disciplina, “ad § 2º para instalação da sessão seja ela ordinária ou extraordinária será necessária
referendum” do Conselho Pleno; a verificação da presença de metade dos membros titulares.
§ 4º o Presidente deverá nomear advogados, todos com mais de 03 (três) anos de § 3º a deliberação é tomada pela maioria dos votos presentes.
exercício profissional e de inscrição na Seccional do Rio Grande do Sul, para Presidir
a instrução dos processos éticos e/ou disciplinares. Capitulo IV – DA PRESIDÊNCIA

Art. 3º O Presidente, o Vice-Presidente, os Julgadores, e os Auxiliares do Tribunal Art. 7º Compete a Presidência:


de Ética e Disciplina terão mandato pelo período que mediar entre a data de sua
posse e a data do término do mandato dos Conselheiros da Seccional. I – representar o Tribunal de Ética e Disciplina, ativa e passivamente, nas relações
internas e externas do Tribunal;
Capítulo II – DOS ÓRGÃOS E DE SUA CONSTITUIÇÃO II – convocar e presidir o Tribunal Pleno e dar execução as suas decisões;
III - exercer o voto de qualidade nas decisões do Tribunal Pleno;
Art. 4º O Tribunal se compõe dos seguintes Órgãos: IV – supervisionar o funcionamento e a organização do Tribunal de Ética e
Disciplina;
I - Tribunal Pleno; V – dar posse em caso de licença ou vacância de Julgador Titular, a Suplente,
II - Presidência; respeitada à ordem de substituição;
III - Vice-Presidência; e VI - expedir Resoluções ou Portarias, dentro da sua competência;
IV - Turmas Julgadoras. VII – intervir nos órgãos fracionários onde e quando constatar grave violação ao
Estatuto da Advocacia da OAB, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina,
Capítulo III – DO TRIBUNAL PLENO Regimento Interno da Seccional, e este Regimento;
VIII - solicitar a Diretoria do Conselho Seccional, os recursos humanos e materiais
Art. 5º Compete ao Tribunal Pleno: indispensáveis à celeridade e efetividade dos processamentos e ao bom
andamento dos trabalhos do Tribunal;
I - elaborar, discutir e aprovar o Regimento Interno do Tribunal de Ética e IX – criar, de acordo com a necessidade e conveniência, Turmas Julgadoras
Disciplina, bem como as propostas de alteração a serem submetidas à Especiais.
consideração e à aprovação do Conselho Seccional e do Conselho Federal. X – instaurar, de ofício, representação ético-disciplinar, nos termos do parecer do
relator ou segundo os fundamentos que adotar;
II - deliberar mediante provocação do Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina XI – determinar o arquivamento liminar da representação, antes da defesa prévia,
ou de órgão fracionário, sobre incidentes de uniformização de decisões de seus quando ela estiver desprovida dos critérios básicos de admissibilidade, nos termos
órgãos. do parecer do relator ou segundo os fundamentos que adotar;
20
XII – aplicar as sanções, após o trânsito em julgado dos processos éticos b) partilha de honorários contratados em conjunto ou decorrentes de
disciplinares, assim como analisar os eventuais pedidos de levantamento; substabelecimento, bem como os que resultem de sucumbência, nas mesmas
XIII – determinar o recolhimento das identidades profissionais dos advogados ou hipóteses;
estagiários excluídos, suspensos ou impedidos de advogar, assim como aqueles c) controvérsias surgidas quando da dissolução de sociedade de advogados;
que tiveram suas inscrições canceladas; VIII - delegar atribuições e competências aos Coordenadores.
XIV – escolher para auxiliar nos trabalhos até 03 (três) Coordenadores, dentre
advogados que preencham os requisitos legais exigidos para atuar como membro Capítulo VI – DAS TURMAS JULGADORAS
do Tribunal, “ad referendum” do Conselho Pleno;
XV – designar advogados para a realização da atividade de instrução dos processos Art. 9º. Compete às Turmas Julgadoras:
ético-disciplinares;
XVI – designar advogados para defender, se for o caso, os representados; I - julgar, em primeiro grau, os processos ético e/ou disciplinares;
XVII - requisitar a atuação das Subsecções da OAB/RS, na prática de atos II - suspender, preventivamente, o acusado, em caso de conduta suscetível de
processuais específicos; acarretar repercussão prejudicial à advocacia;
XVIII - assinar notificações e correspondências de maior relevância; III - responder a consultas formuladas, em tese, sobre matéria ético e/ou
XIX - delegar atribuições e competências ao Vice-Presidente, sem prejuízo das disciplinar;
estabelecidas regimentalmente a esse último; IV - processar e julgar os pedidos de revisão de decisões definitivas que tenha
XX - delegar atribuições e competências aos Coordenadores. proferido;
V – julgar os recursos interpostos contra decisões do Presidente do Tribunal de
Capitulo V – DA VICE-PRESIDÊNCIA Ética e Disciplina ou do Presidente da Turma Julgadora;
VI – julgar os recursos interpostos contra decisões monocráticas dos Julgadores;
Art. 8º Compete a Vice-Presidência: VII – provocar o Tribunal Pleno, sobre incidentes de uniformização de decisões de
seus órgãos; e
I - substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos e, em caso de VIII- encaminhar ao Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, pedido de
vacância do cargo, até que se proceda à eleição indireta e posse do novo instauração de processo, quando, em autos ou peças submetidas ao seu
presidente; conhecimento, encontrar fato que possa constituir infração disciplinar.
II – secretariar as sessões do Tribunal Pleno;
III - praticar todos os atos que lhe forem delegados pelo Presidente; Art. 10. O Tribunal de Ética e Disciplina é composto de no mínimo 08 (oito) Turmas
IV - auxiliar o Presidente no desempenho de suas funções; Julgadoras.
V – coordenar a Comunicação Social do Tribunal, dando publicidade as suas
jurisprudências; Parágrafo único. O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina fixará, através de
VI – organizar e promover cursos, palestras, seminários e outros eventos da mesma Resolução, o número de Turmas Julgadoras, de acordo com a previsão do volume
natureza acerca da ética profissional do advogado e/ou estabelecer parcerias com de trabalho.
as Escolas de Advocacia, com o mesmo objetivo;
VII – organizar as mediações e conciliações, podendo estabelecer parcerias com a Art. 11. As Turmas Julgadoras constituem-se de 05 (cinco) Julgadores titulares,
casa de mediação da Seccional, nas questões que envolvam: sendo que um deles deverá ser nomeado Presidente, e de 03 (três) Julgadores
a) dúvidas e pendências entre advogados; suplentes, que substituirão aqueles no caso de ausência ou impedimento.
§ 1º. O Tribunal Pleno sorteará os julgadores dentre as Turmas Julgadoras.

21
§ 2º. As Turmas elegerão entre seus integrantes, um Presidente, com mandato Capítulo I – DO PRESIDENTE DE TURMA:
limitado a 01 (um) ano, permitindo uma recondução, por igual período.
Art. 15. Compete ao Presidente da Turma Julgadora:
Art. 12. As sessões das Turmas se instalarão com a presença de, no mínimo, 03
(três) de seus integrantes Titulares, os quais deliberarão por maioria de votos. I – presidir a sessão de julgamento, dando execução as suas decisões;
§ 1º. Os Titulares em caso de licença ou ausência, serão substituídos pelos II – abrir e encerrar os trabalhos, mantendo a ordem e a fiel observância do
Suplentes, respeitada à ordem de substituição, restando vedada a convocação de Estatuto da Advocacia e da OAB, do Regulamento Geral, do Código de Ética e
membro de outra Turma visando a composição do quórum. Disciplina, do Regimento Interno da Seccional e deste Regimento;
§ 2º. A deliberação é tomada pela maioria dos votos dos Presentes, com exceção III – conceder a palavra aos julgadores, observada a ordem de solicitação;
do Presidente da Turma que exerce apenas o voto de desempate. IV – decidir sobre a pertinência de propostas;
V – suspender a sessão, momentaneamente ou definitivamente, para manter a
Art. 13. As sessões das Turmas serão ordinariamente em datas e horários mensais, ordem ou por deliberação da maioria dos julgadores da Turma;
na conformidade de calendário organizado pela secretaria e aprovado em VI – encaminhar as votações, apurando-as com o auxilio da secretaria
Resolução da Presidência do Tribunal. administrativa do Tribunal, ou designar escrutinadores para o ato, e proclamar o
resultado;
§ 1º. As Turmas poderão ser convocadas para sessões extraordinárias mediante VII – exercer o voto de desempate;
convocação da Presidência do Tribunal ou através de requerimento formulado por VIII – conceder a palavra aos advogados que forem proferir sustentação oral e, se
2/3 dos membros da Turma. for o caso, em arguições de questões de ordem e fato;
IX – retirar o processo de pauta, nomeando revisor em virtude da complexidade
Art. 14. O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, de acordo com a da matéria;
necessidade e conveniência, poderá criar Turmas Julgadoras Especiais, que terão X – atender as partes e seus procuradores;
caráter temporário e competência para julgar processos ético-disciplinares. XI – preservar o sigilo dos processos ético e/ou disciplinares;
XII – declarar seu impedimento ou suspeição para atuar em determinado processo.
§ 1.º – Os membros das Turmas Especiais serão escolhidos pelo Presidente do
Tribunal de Ética, dentre advogados que preencham os requisitos legais exigidos Capítulo II – DOS JULGADORES:
para atuar como membro do Tribunal, “ad referendum” do Conselho Pleno.
§ 2.º - A atuação das Turmas Especiais poderá ser prorrogada, por determinação Art. 16. Compete aos Julgadores:
do Presidente do Tribunal.
§ 3º – Julgados todos os processos distribuídos a Turma Julgadora Especial e não I – participar das sessões de julgamento;
tendo sido prorrogada sua atuação, declarar-se-ão extintos a Turma e os mandatos II – manter a fiel observância do Estatuto da Advocacia e da OAB, do Regulamento
de seus integrantes. Geral, do Código de Ética e Disciplina, do Regimento Interno da Seccional e deste
Regimento;
III – relatar os processos que lhe forem distribuídos, respeitando os prazos para
inclusão em pauta;
PARTE II IV – pedir vista de autos;
TITULO II V – solicitar a palavra ao Presidente da Turma;
DOS MEMBROS DO TRIBUNAL. VI – determinar diligências que não reabram a instrução do processo;
VII – requisitar informações aos órgãos internos da Seccional;
22
VIII – opinar pelo reconhecimento de prescrição e decadência, para decisão do I – ocorrer o cancelamento ou licenciamento da inscrição dos Quadros de
Presidente da Turma Julgadora; Advogados da Seccional;
IX – opinar pelo acolhimento da desistência da representação, nos casos de II – sofrer condenação disciplinar irrecorrível;
descumprimento ao Código de Ética e Disciplina e que envolvam, exclusivamente III – faltar injustificadamente, a 03 (três) sessões ordinárias consecutivas, não
advogados; podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato;
X – conceder provimento cautelar, em caso de inevitável perigo de demora da IV – por renúncia;
decisão, com recurso de ofício ao órgão colegiado, para apreciação preferencial na V – por morte.
sessão subsequente. Parágrafo único: A extinção do mandato, em qualquer uma das hipóteses, será
declarada pelo Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, cabendo recurso, no
Art. 17. É dever dos Julgadores: prazo legal, para as Turmas Julgadoras.

I – comparecer às sessões de julgamento; Capítulo V – DA SUBSTITUIÇÂO


II – atender as partes e seus procuradores;
III – comunicar com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas eventual Art. 20. O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina é substituído em suas faltas,
impossibilidade de comparecer a sessão de julgamento; licenças e impedimentos, pelo Vice-Presidente e, na falta deste pelo Coordenador
IV – preservar o sigilo dos processos ético e/ou disciplinares; mais antigo e, havendo coincidência de mandatos, pelo Coordenador de inscrição
V – exercer os cargos para os quais tenha sigo eleito ou nomeado; mais antiga.
VI – desempenhar os encargos que lhe forem conferidos pelo Tribunal;
VII – velar pela dignidade e pelo bom conceito do Tribunal; Parágrafo único. Em caso de vacância nos cargos de Presidente e Vice-Presidente,
VIII – declarar seu impedimento ou suspeição para atuar em determinado em virtude de perda de mandato, morte ou renúncia, o substituto é eleito pelo
processo. Presidente da Seccional, “ad referendum” do Conselho Pleno, no prazo de 15
(quinze) dias.
Capítulo III – DA LICENÇA
Art. 21. O Presidente da Turma é substituído em suas faltas, licenças,
Art. 18. O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina poderá conceder licença aos impedimentos ou extinção do mandato, pelo julgador Titular mais antigo e,
seus membros, por prazo não excedente a 90 (noventa) dias consecutivos. havendo coincidência de mandatos, pelo julgador Titular de inscrição mais antiga.
Parágrafo único. A mesma regra do caput será aplicada, internamente, na
§ 1º. A renovação da licença, por igual período, somente será concedida em casos substituição dos julgadores Titulares pelos julgadores Suplentes.
de moléstia comprovada, ausência do local ou outro impedimento legal. Capítulo VI – DO IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
§ 2º. O requerimento de licença deve ser protocolado na secretaria do Tribunal e
encaminhado com urgência, ao Presidente, para decisão. Art. 22. Os membros do Tribunal deverão se declarar impedidos nos processos em
que:
Capítulo IV – DA PERDA DE MANDATO
I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
Art. 19. Extingue-se o mandato de qualquer membro, antes do seu término, ou colateral até o terceiro grau, inclusive como advogado, em fatos que guardem
quando: relação com o objeto do processo ético e/ou disciplinar;
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como
testemunha;
23
III – ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou VIII – velar pela dignidade e pelo bom conceito do Tribunal;
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no IX – desempenhar os encargos que lhe forem conferidos pelo Presidente e pelo
feito. Vice -Presidente do Tribunal.

Art. 23. Os membros do Tribunal deverão se declarar suspeitos nos processos em Capítulo II – DOS INSTRUTORES
que:
Art. 26. Compete aos Instrutores:
I – for amigo íntimo ou inimigo capital das partes;
II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendentes, estiver respondendo a I – presidir a instrução dos processos ético e/ou disciplinares de fatos ocorridos
processo por fato análogo, sobre cujo caráter antiético e/ou indisciplinar haja nos limites territoriais da sede do Tribunal;
controvérsia; II – opinar pelo arquivamento liminar da representação, quando ausente os
III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, pressupostos de admissibilidade;
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado III – opinar, após a defesa prévia, pelo indeferimento liminar da representação;
por qualquer das partes; IV – decidir pelo indeferimento de provas ou prorrogação de prazos;
IV – se tiver aconselhado qualquer das partes; V – atender as partes e seus procuradores;
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; VI – preservar o sigilo dos processos ético e/ou disciplinares;
VI – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. VII – velar pela dignidade e pelo bom conceito do Tribunal;
VIII – declarar seu impedimento ou suspeição para atuar em determinado
Art. 24. O impedimento e a suspeição podem ser declarados de ofício ou mediante processo;
requerimento das partes com a posterior análise do Tribunal. IX – determinar a realização de diligências que julgar convenientes.

PARTE III
TITULO III
DOS SERVIÇOS AUXILIARES. Capítulo III – DA SECRETARIA DO TRIBUNAL

Capítulo I – DOS COORDENADORES Art. 27. A secretaria administrativa do Tribunal trabalhará sobre a supervisão do
Presidente resguardando o completo sigilo dos processos.
Art. 25. Compete aos Coordenadores: Parágrafo único. A função primordial da secretaria é a atuação, juntada de
documentos, numeração, autenticação de folhas, elaboração de certidões,
I – assessorar o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina; digitalizações e demais atos necessários para auxiliar o Tribunal.
II – atender as partes e seus procuradores;
III – preservar o sigilo dos processos ético e/ou disciplinares; PARTE IV
IV – coordenar e controlar eventuais excessos de cargas pelos julgadores e TITULO IV
instrutores; DOS PROCEDIMENTOS.
V – coordenar e controlar a frequência e a regular distribuição dos processos;
VI – manter reuniões periódicas com os órgãos fracionários e os instrutores; Capítulo I – DO REGISTRO
VII – dar suporte a Corregedoria do Processo Disciplinar da Seccional;
24
Art. 28. Todos os processos e procedimentos, em meio físico ou eletrônico, serão IV – quando houver prevenção de Turma e/ou membro do Tribunal;
autuados conforme a ordem de distribuição e terão suas peças numeradas em V – quando o instrutor demorar mais de 30 (trinta) dias para emitir parecer
ordem cronológica. preliminar.
Parágrafo único. Os processos e procedimentos que tramitarem no Tribunal de V – quando o julgador tiver participado da instrução do processo;
Ética e Disciplina e nas Subseções adotarão, preferencialmente, a via eletrônica.
Art. 34. A prevenção é admitida, nos seguintes casos:
Art. 29. É proibido lançar, nos autos, notas marginais, interlineares ou destacá-los
de qualquer forma. I – quando houver despacho anterior do mesmo Instrutor;
II – quando houver despacho anterior do mesmo Julgador.
Art. 30. Para requerer ou intervir nos processos e procedimentos, é necessário
demonstrar interesse e legitimidade. § 1º. Se o instrutor não for mais integrante do Quadro de Instrutores do Tribunal,
o processo é redistribuído a outro instrutor;
§ 1º. O acesso aos autos de processo ético e/ou disciplinar será restrito às partes § 2º. Se o julgador não for mais integrante do órgão julgador específico, o processo
e seus procuradores. é redistribuído a outro julgador do mesmo órgão;

Capítulo II – DA DISTRIBUIÇÃO
Capítulo III – DA INSTRUÇÃO
Art. 31. Todos os processos e procedimentos, em meio físico ou eletrônico, serão
distribuídos automaticamente, mediante sorteio eletrônico, aos instrutores e no Art. 35. O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB é o órgão competente para
caso de estarem aptos a julgamento, a Turma e seus julgadores; conhecer, receber, sanear e instruir os processos éticos e/ou disciplinares de fatos
ocorridos nos limites territoriais da sede do Tribunal.
§ 1º. Aos instrutores serão distribuídas as representações recebidas, relativos a
fatos ocorridos nos limites territoriais da sede do Tribunal; § 1º. A instrução do processo deve observar os prazos e procedimentos
§ 2º. Aos julgadores serão distribuídos os processos instruídos pelo Tribunal ou estabelecidos no Estatuto da Advocacia e da OAB, no Regulamento Geral e no
pelo Conselho das Subseções; Código de Ética e Disciplina.
§ 2º. No encaminhamento e na instrução do processo dar-se-á preferência à forma
§ 3º. A distribuição será feita em atendimento ao critério da proporcionalidade. menos onerosa para as partes e para a Entidade.
Art. 32. Distribuído o processo, o membro do Tribunal terá o prazo de 15 (quinze)
dias, para requerer a redistribuição. Art. 36. As decisões e os pareceres exarados pelos Instrutores deverão ser
fundamentados, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. O requerimento de redistribuição deve ser analisado pelo
Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina ou decidida de ofício pelo mesmo. Capítulo IV – DA SESSÃO DE JULGAMENTO

Art. 33. A redistribuição é admitida, nos seguintes casos: Art. 37. As sessões, salvo determinação do Presidente ou requerimento aprovador
por no mínimo dois terços (2/3) dos julgadores da Turma, obedecerão à seguinte
I – quando houver declaração de impedimento; sequência:
II – quando houver declaração de suspeição;
III – quando houver acumulo de processos distribuídos; I – verificação do quórum, abertura e instalação;
25
II – leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior; § 2º. O julgador pode requerer vista dos autos, para melhor análise da matéria,
III – comunicação do presidente e apresentação de eventuais propostas; devendo a matéria ser julgada na sessão ordinária seguinte;
IV – ordem do dia; § 3º. Se durante a discussão o Presidente julgar que a matéria é complexa e não se
V – assuntos gerais. encontra suficientemente esclarecida, suspende o julgamento, designando revisor
para a sessão seguinte;
§ 1º. A ordem dos trabalhos ou da pauta pode ser alterada pelo Presidente, em § 4º. Quando houver questão preliminar, que impeça o exame de mérito, o relator
caso de urgência ou de pedido de preferência; fará o destaque para votação;
§ 2º. Os processos que estão retornando a pauta em razão de pedido de vista § 5º. A votação deve ser nominal e obedecerá à ordem de antiguidade e, havendo
possuem preferência na ordem do dia; coincidência de mandatos, o de inscrição mais antiga;
§ 3º. Os pedidos de sustentação oral e preferência podem ser encaminhados com § 6º. O Presidente da Sessão só terá o direito ao voto de desempate.
antecedência ou formulados no início da sessão, sendo priorizados os pedidos
apresentados por partes ou procuradores residentes no interior do estado ou em Art. 39. As decisões coletivas são formalizadas em acórdão, assinados pelo
outras unidades da Federação; Presidente e pelo Relator.
§ 4º. A pauta de julgamento é publicada no site da Seccional e no quadro de avisos
gerais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias; Parágrafo único. As ementas têm numeração sucessiva e anual, relacionada ao
§ 5. As sessões de julgamento serão reservadas, somente admitindo-se a presença órgão julgador.
das partes interessadas e seus procuradores.
Art. 40. As atas das sessões darão notícia sucinta dos trabalhos, permitindo-se
Art. 38. O julgamento de qualquer processo ocorre do seguinte modo: declaração escrita de voto e a reprodução integral de qualquer matéria, quando
solicitado.
I – leitura do relatório pelo relator;
II – esclarecimentos pelos demais julgadores, quanto à matéria de fato; Art. 41. As atas deverão ser assinadas pelo Presidente e pelo membro mais antigo
III – leitura do voto do relator, sendo facultado a apresentação de voto divergente; da Turma e nelas constarão as justificativas de ausência dos julgadores.
IV – sustentação oral pelos advogados ou procuradores, no prazo de 15 (quinze)
minutos; § 1º. Do teor das atas serão comunicados os julgadores, sendo consideradas
V – discussão da matéria, dentro do prazo máximo, fixado pelo Presidente, não aprovadas na sessão seguinte, após eventuais correções ou impugnações.
podendo cada julgador fazer uso da palavra mais de uma vez nem por mais de 03 § 2º. As impugnações apresentadas serão decididas de plano pelo Presidente,
(três) minutos, salvo se lhe for concedida prorrogação; cabendo recurso ao colegiado.
VI – sendo proferido voto divergente, após a sustentação oral, será facultada nova
sustentação, no prazo de 05 (cinco) minutos; Capítulo V – DOS RECURSOS
VII – votação da matéria;
VIII – proclamação do resultado pelo Presidente, com a leitura da ementa da Art. 42. Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas as decisões proferidas pelo
decisão. Pleno do Tribunal de Ética e Disciplina e pelas Turmas Julgadoras.

§ 1º. Durante o encaminhamento dos debates, o Presidente poderá interferir para Parágrafo único. À exceção dos embargos de declaração, os recursos interpostos
prestar esclarecimentos, sendo –lhe vedado manifestar-se sobre o mérito da contra as decisões mencionadas no caput, são dirigidos ao órgão julgador superior,
questão; embora interpostos perante o órgão que proferiu a decisão recorrida.

26
Art. 43. Cabe recurso às Turmas Julgadoras de todas as decisões proferidas pelo Capítulo VII – DA REVISÃO
Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, pelos Julgadores e pelos Instrutores.
Art. 49. As decisões das quais já não caibam recursos encerram o processo,
Parágrafo único. Os recursos interpostos contra decisões exaradas na instrução do podendo ser revistas, por solicitação do representado.
processo serão processados de forma apartada, prosseguindo os autos principais
de forma regular. § 1º. A competência para processar e julgar o processo de revisão é da Turma
Julgadora que emanou a condenação final;
Art. 44. Os Embargos Declaratórios serão cabíveis nos casos do acórdão ser § 2º. A revisão será processada em autos apartados, apensados ao processo em
ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso. que foi proferida a decisão revisanda;
§ 3º. Observar-se-á, na revisão, o procedimento do processo disciplinar, no que
Parágrafo único - Os Embargos de Declaração são dirigidos ao Redator da decisão couber.
embargada que lhes pode negar seguimento, fundamentadamente, se os tiver por
manifestamente protelatórios, intempestivos ou carentes dos pressupostos legais Art. 50. Caberá ao Relator o exame de admissibilidade do pedido de revisão.
para interposição.
§ 1º. Da decisão que não conhecer do pedido de revisão, caberá recurso ao
Capítulo VI – DA EXECUÇÃO DA PENA colegiado do órgão competente para julgamento;
§ 2º. Nas hipóteses em que a pena aplicada culminou na suspensão ou exclusão, o
Art. 45. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito pedido só será processado com a entrega da carteira e do cartão de identidade
em julgado da decisão, não podendo ser objeto da publicidade a de censura. profissional.

Art. 46. O início do cumprimento da sanção disciplinar de suspensão do exercício Capítulo VIII – DAS EXCEÇÕES
profissional, após o trânsito em julgado, se dará com a devida anotação da
penalidade imposta, no registro profissional do advogado, tendo como termo Art. 51. Poderão ser opostas exceções de:
inicial a data do despacho que determina a execução do julgado.
I – suspeição;
Art. 47. A aplicação das sanções é de responsabilidade do Presidente do Tribunal II – impedimento;
de Ética e Disciplina que é o responsável por analisar eventuais pedidos de III – incompetência territorial e do órgão processante;
levantamento provisório ou definitivo. IV – litispendência; e
V- coisa julgada.
§ 1º. Encerrado o prazo da suspensão, o Presidente determina o imediato
levantamento da pena. Art. 52. A exceção deverá ser formulada através de requerimento e será
§ 2º. Contra decisão do Presidente cabe recurso as Turmas Julgadoras. processada de forma apartada, prosseguindo os autos principais em sua forma
regular.
Art. 48. Após a aplicação da sanção, se for o caso de penalidade de suspensão ou
exclusão, o Presidente adotará as medidas administrativas e judiciais visando à Art. 53. Se reconhecer a suspeição, o instrutor ou julgador sustará a marcha do
apreensão da carteira e do cartão de identidade profissional. processo, da seguinte forma:

27
§ 1º. Nos casos dos incisos I e II do artigo 51, despachará requerendo a Parágrafo único: Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo
redistribuição do processo; máximo de 90 (noventa) dias.
§ 2º. No caso do inciso III do artigo 51, despachará encaminhando ao órgão
competente; Art. 59. Instaurado o procedimento de suspensão preventiva, o Presidente do
§ 3º. Nos casos dos incisos IV e V, despachará reconhecendo a extinção do Tribunal, distribuirá com urgência, a uma das Turmas Julgadoras, convocando
processo. sessão especial da Turma sorteada e notificando o representado, dentro do prazo
Art. 54. Não aceitando a exceção, o instrutor ou julgador mandará autuar em legal.
apartado a petição, manifestando-se dentro do prazo legal, podendo instruí-la e
oferecer testemunhas e, em seguida, encaminhará a exceção ao Presidente do Parágrafo único. Na sessão especial, serão facultadas ao representado e ao seu
Tribunal para distribuição a uma das Turmas Julgadoras. defensor a apresentação de defesa prévia, a produção de prova e a sustentação
oral.
Parágrafo único. Se o Presidente do Tribunal se der por suspeito ou impedido,
competirá ao seu substituto a distribuição do processo. PARTE V
TITULO V
Capítulo IX – DO PROCEDIMENTO DE CONCILIAÇÃO PREVISTO NO PROVIMENTO DA DISPOSIÇÃO FINAL.
83/96 DO EGRÉGIO CONSELHO FEDERAL
Art. 60. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o Regimento
Art. 55. Os processos de representação, de advogado contra advogado, Interno anterior.
envolvendo questões de ética profissional, podem ser arquivados pelo Tribunal de
Ética e Disciplina, mediante conciliação. Art. 61. Este Regimento entrará em vigor no primeiro dia útil seguinte a
homologação pelo Egrégio Conselho Federal da OAB.
Parágrafo único: Se for recebida representação, de advogado contra advogado, no
Conselho das Subseções, os processos devem ser encaminhados ao Tribunal, Publicado no DOU, S. 1, 10.09.2018, p. 134
independentemente da competência territorial.

Art. 56. Recebida a representação, o Presidente designará, mediante sorteio


eletrônico, um julgador relator para exame de admissibilidade e, sendo o caso,
RESOLUÇÕES TED/RS
atuar na instrução do feito.
R E S O L U Ç Ã O Nº 07/2007
Art. 57. Não atingida a conciliação, os autos devem retornar para o seu regular
andamento. Dispõe sobre a tramitação de processos éticos
de advogados contra advogados no Tribunal
Capítulo X – DO PROCEDIMENTO DE SUSPENSÃO PREVENTIVA de Ética e Disciplina da OAB/RS, nos termos do
Provimento nº 83/96, do Conselho Federal da
Art. 58. O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha Ordem dos Advogados do Brasil.
inscrição principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão
prejudicial à dignidade da advocacia. O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados
do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, do Código de

28
Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e determinará o encaminhamento ao Presidente do Conselho Seccional ou da
Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS, Subseção para observância aos artigos 51 e 52 do CED.

RESOLVE: Art. 7º Não ocorrida a conciliação entre os interessados e desnecessária


Art. 1º Disciplinar a aplicação do Provimento nº83/96, do Conselho a instrução do processo o Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina determinará
Federal dos Advogados do Brasil, publicado em 17-06-96, aos processos éticos de o seu imediato julgamento.
advogados contra advogados, no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil –
Seção Rio Grande do Sul. Art. 8º Os processos em tramitação, quando já apresentada defesa
prévia, deverão ser encaminhados ao Tribunal de Ética e Disciplina para
Art. 2º O procedimento especial de que trata o Provimento nº83/96, do prosseguimento, nos termos do inciso III, art. 4º, desta resolução.
CFOAB, aplica-se, estritamente, aos processos em que:
I) figurem em ambos os pólos advogados (advogado contra advogado); Art. 9º O Tribunal de Ética e Disciplina poderá, quando do julgamento
II) envolvam questões somente de ética profissional, ou seja, excluídas do processo ético, decretar nulidade dos atos processuais quando não realizada a
às infrações previstas no art. 34, da Lei nº 8.906/94; audiência para tentativa de conciliação.
III) não haja necessidade de instrução probatória (inciso III, do
Provimento nº 83/96, do CFOAB). Art. 10 Ao representado revel será observado o procedimento comum
disposto no artigo 52 e seguintes do CED c/c art. 70 e seguintes do EAOAB.
Art. 3º Os processos que preencherem as condições descritas no artigo
anterior recebidos no Conselho Seccional e nas Subseções serão encaminhadas ao Art. 11 Esta resolução entra em vigor nesta data.
Tribunal de Ética e Disciplina para autuação e processamento, nos termos do caput
do art. 1º, do Provimento nº 83/96, do CFOAB c/c art. 55, do CED c/c art. 24 e ss. Porto Alegre, 10 de agosto de 2007.
do Regimento Interno do TED.
Art. 4º O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, após exame de R E S O L U Ç Ã O Nº 07 /2008
admissibilidade, poderá:
Dispõe sobre a extensão da suspensão dos
I) propor o arquivamento da representação, se ausentes os prazos dos processos ético-disciplinares às
pressupostos de admissibilidade (art. 51, § 2º, do CED); Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil
II) determinar a notificação do representado para apresentação de – Seção do Rio Grande do Sul, nos termos do
defesa prévia; Regimento Interno do Tribunal de Ética e
III) após o exame da defesa prévia, designará audiência de tentativa de Disciplina da OAB/RS.
conciliação (art. 1º, II, do Provimento nº83/96);
IV) propor o indeferimento da representação ético-disciplinar (art. 73, O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados
§, 2º, da Lei nº 8.906/94). do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, do Código de
Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e
Art. 5º Alcançada a conciliação, será reduzida a termo, sendo extinta a Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS,
representação ético-disciplinar, com a remessa ao arquivo geral da OAB/RS.
Art. 6º Não havendo conciliação, se requerida ou verificada a RESOLVE:
necessidade de instrução probatória, o Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina
29
Art. 1º Disciplinar a aplicação do §1º, art. 5º, do Título III (Da de defesa; por último, o interrogatório do réu; ressalvado o art. 222, do Código de
Organização, Funcionamento e Competência), Capítulo I (Dos Órgãos e de sua Processo Penal.
Constituição) extensivo às Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção
do Rio Grande do Sul que detém Conselho Seccional, nos termos do art. 60, §3º, Art. 3º. Esta resolução entra em vigor nesta data.
da Lei nº 8.906/1994.

Art. 2º Os processos ético-disciplinares que estiverem em tramitação Porto Alegre, 24 de setembro de 2009.
terão os respectivos prazos suspensos durante o período de recesso: 20 de
dezembro a 31 de janeiro e de 01 a 31 de julho, de cada ano. R E S O L U Ç Ã O Nº 09/2009
Art. 3º Esta resolução entra em vigor a partir de 20 de dezembro de Dispõe sobre a ampliação da competência
2008. para instrução de processos ético-
disciplinares pelas Subseções da OAB/RS que
Porto Alegre, 23 de dezembro de 2008. possuam Conselhos Subseccionais.

R E S O L U Ç Ã O Nº 07/2009 O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados


do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, III do Código de
Dispõe sobre o procedimento das audiências Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e
de instrução, no âmbito da Ordem dos Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS,
Advogados do Brasil – Seção do Rio Grande do
Sul, de acordo com a Lei nº 11.719/2008, que RESOLVE:
alterou o art. 400 do Código de Processo Art. 1º Disciplinar a aplicação do §1º, art. 5º, do Título III (Da
Penal. Organização, Funcionamento e Competência), Capítulo I (Dos Órgãos e de sua
Constituição) extensivo às Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção
O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – do Rio Grande do Sul que tenham Conselho Subseccional, nos termos do art. 60,
Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, III do Código de Ética e §3º da Lei nº 8.906/1994, fixando a repartição territorial:
Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e Disciplina do
Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS, §1º Observando o critério de maior proximidade geográfica das
subseções do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Rio
RESOLVE: Grande do Sul, aquelas que não possuam Conselho Subseccional terão os
processos ético-disciplinares instaurados e instruídos pela Subseção que possua
Art. 1º. Disciplinar, nos moldes do art. 68 do Estatuto da Advocacia e da Conselho Subseccional mais próximo a ela.
OAB – Lei n.º 8.906/1994, a aplicação do artigo 400 do Código de Processo Penal
nos processos em que se faça necessária a coleta de prova oral na fase instrutória. §2º A autuação e distribuição dos processos ético-disciplinares às
Subseções com Conselho, observando-se ao disposto no parágrafo anterior, será
Art. 2º. Disciplinar, nos termos do art. 400 do Código de Processo Penal, de competência do Presidente ou do Vice-Presidente do Tribunal de Ética e
que deverá observar a seguinte ordem: primeiro, a oitiva do ofendido; por Disciplina, excetuando-se da regra contida no Regimento Interno do Tribunal de
segundo, a inquirição das testemunhas de acusação; por terceiro, as testemunhas Ética e Disciplina, parte II, Título I, Capítulo II.
30
Art. 4º- Caso seja feito por procurador ainda não habilitado nos autos,
Art. 2º. O Tribunal de Ética e Disciplina disponibilizará, caso solicitado, poderá o pedido ser acompanhado do envio de cópia digitalizada do instrumento
formalmente, pela Subseção requisitante, o suporte material necessário para o de outorga de poderes, como forma de permitir maior celeridade processual e sem
cumprimento desta Resolução, após examinado e deferido pela área responsável. prejuízo da necessidade de posterior juntada aos autos do mencionado
documento.
Art. 3º Os processos ético-disciplinares que estiverem em tramitação
terão os respectivos prazos suspensos durante o período de recesso: 20 de Art. 5º- A ordem de preferência nas sustentações orais será
dezembro a 31 de janeiro e de 01 a 31 de julho, de cada ano, conforme o disposto estabelecida, respeitadas as normas regimentais, com base no horário de envio do
no §1º, art. 5º, RITED, §2º, art. 171, RIOAB/RS c/c §3º, art. 139, Regulamento Geral pedido pela rede mundial de computadores.
do EAOAB/RS.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor nesta data. Art. 6º- A ausência do procurador no momento do início da sessão de
julgamento e/ou quando apregoado o feito para o qual demandada a sustentação,
Porto Alegre, 24 de setembro de 2009. tornará prejudicado o pedido.

R E S O L U Ç Ã O Nº 01/2014 Art. 7º- Esta resolução entra em vigor nesta data.

Dispõe sobre pedido de sustentação oral nos Porto Alegre, 16 de maio de 2014.
processos ético-disciplinares em tramitação
no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS. R E S O L U Ç Ã O Nº 02/2014
O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados Regula o termo inicial para anotação das
do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, do Código de penas disciplinares de suspensão do exercício
Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e profissional pelo Tribunal de Ética e Disciplina
Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS, da OAB/RS.
RESOLVE: O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados
Art. 1º- O pedido de sustentação oral nos feitos de competência deste do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos da Portaria GP nº
Tribunal poderá ser feito pessoalmente, no serviço de secretaria e até o início da 00547/2013 e art. 50, do Código de Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento
sessão de julgamento, ou através da rede mundial de computadores, de modo Interno do Tribunal de Ética e Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da
virtual. OAB/RS,
Art. 2º- No modo virtual, o pedido deverá ser formulado através do RESOLVE:
endereço eletrônico www.oabrs.org.br, mediante o uso do formulário, disponível Regular que o início do cumprimento da sanção disciplinar de suspensão
na página de acesso do portal da OAB/RS. do exercício profissional, após o trânsito em julgado, se dará com a devida
anotação da penalidade imposta, no registro profissional do advogado, tendo
Art. 3º- O pedido virtual poderá ser feito até as 23:59h do último dia útil como termo inicial a data do despacho que determina a execução do julgado.
anterior ao dia do julgamento. Esta resolução entra em vigor nesta data.

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Porto Alegre, 19 de setembro de 2014. Interno do Tribunal de Ética e Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da
OAB/RS,
R E S O L U Ç Ã O Nº 04/2016
RESOLVE:
Dispõe sobre os critérios para Art. 1º - Ficam ressalvadas as informações reguladas pela resolução nº
fornecimento de informações de 0004/2016 deste TED, na hipótese de pedido escrito e fundamentado da CFEP,
processos ético-disciplinares em através de seu Presidente, para fornecimento de existência ou não de processos
tramitação no Tribunal de Ética e ético-disciplinares em face de advogado, estagiário ou sociedade de advogados.
Disciplina, ainda não transitados em
julgado. Parágrafo único - Poderão, também, ser fornecidas fotocópias dos fatos
que ensejaram a representação, ficando vedada a divulgação do processo
O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados respectivo.
do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art. 50, do Código de
Ética e Disciplina c/c art.17, IV do Regimento Interno do Tribunal de Ética e Esta resolução entra em vigor nesta data.
Disciplina do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RS,
Porto Alegre, 28 de abril de 2017.
RESOLVE:
Art. 1º- Regular as informações prestadas pela secretaria do Tribunal de
Ética e Disciplina em relação aos processos ético-disciplinares de sua competência,
nos quais ainda não tenha ocorrido o trânsito em julgado da decisão:
Parágrafo único- O acesso às informações dos processos disciplinares
sem trânsito em julgado se restringe as partes, seus defensores e a autoridade
judiciária competente, nos termos do art. 72, § 2º, da lei nº 8.906/94, que regula
o sigilo do processo disciplinar.

Art. 2º- Esta resolução entra em vigor nesta data.

Porto Alegre, 22 de junho de 2016.

R E S O L U Ç Ã O Nº 01/2017

Regula o fornecimento de informações acerca


dos advogados fiscalizados pela Comissão de
Fiscalização do Exercício Profissional.

O Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados


do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul, nos termos do art.17, IV do Regimento

32
RESOLUÇÃO 02/2014 CFOAB – fotocópias

33
34
FLUXOGRAMA AUTUAÇÃO
DO PAD NAS
SUBSEÇÕES:

ADMISSIBILIDADE

Após a autuação, será nomeado(a) – por SORTEIO - um(a) conselheiro(a) relator(a), para exame de admissibilidade, com fulcro no art. 58, §3º do CED.

>>>JUNTAR FICHA CADASTRAL E CERTIDÃO DE ANTECEDENTES DISCIPLINARES DO REPRESENTADO<<<

Parecer opinativo do relator:

O relator, atendendo aos critérios de admissibilidade, emitirá parecer propondo a instauração de processo disciplinar ou o arquivamento liminar da
representação, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de redistribuição para outro relator, observando-se o mesmo prazo.

Neste momento processual, deverá, também, ser analisada a competência para processamento da representação, com fundamento no art. 70 do EAOAB e
no art. 120 do Regulamento Geral do EAOAB.

Ainda, poderá o relator requerer a realização das diligências que entender necessárias.

O relator poderá propor o arquivamento O relator poderá propor a realização de diligências


O relator poderá propor a instauração.
liminar da representação. pela secretaria; bem como poderá declinar a
competência.

Despacho Presidente da Subseção, Despacho do Presidente da Subseção, Despacho do Presidente da Subseção,


acolhendo o arquivamento da representação. determinando o cumprimento das diligências. Ainda, declarando INSTAURADO o processo
Observação: o Presidente poderá desacolher o parecer, caso se verifique a incompetência territorial, o feito ético-disciplinar, e determinando a notificação
e determinar o prosseguimento do feito (instauração), deverá ser remetido ao Conselho Seccional, ou das partes para apresentar Defesa Prévia.
segundo os fundamentos que adotar. Art. 58, §4º do Subseccional competente. art. 70, do EAOAB e no Ainda, na mesma oportunidade, nomeará um
CED. art. 120 do Regulamento Geral do EAOAB. relator para presidir a instrução processual.

Notificação válida da(s) parte(s). Notificação válida do(a)


Notificação válida da(s) parte(s).
Representado(a) – art. 137-D do RGEAOAB

- Com o decurso de prazo, sem manifestação, o - Cumprida a diligência, o feito será submetido a Defesa Prévia, acompanhada dos documentos
feito será remetido ao ARQUIVO. novo exame de admissibilidade. que possam instruí-la, bem como do rol de
testemunhas, até o limite de 05 (cinco). Art. 59,
- Havendo interposição de recurso, o feito será - Ou remessa ao Conselho Seccional ou §3º do CED
remetido à SEGUNDA CÂMARA. (contrarrazões) Subseção competente.

Saneamento do processo, mediante parecer


do Relator.

Ou, ainda, não havendo mais provas a produzir,


Poderá opinar pelo Poderá opinar pela Ou poderá proferir despacho poderá sanear o feito, concluir a instrução e oferecer
Indeferimento Liminar da realização das diligências saneador, designando, se for o parecer preliminar, opinando pela procedência ou
Representação. Art. 73, §2º que julgar pertinentes. caso, audiência de instrução. improcedência da representação.
do EAOAB

HOMOLOGAÇÃO DO PARECER
PELO CONSELHO DA SUBSEÇÃO
REMESSA AO TED. Despacho do Presidente da Despacho do Presidente da Subseção,
Despacho do Presidente da OAB, Subseção, determinando o determinando a inclusão do processo em Despacho do Presidente da Subseção,
determinando o arquivamento da atendimento das diligências, ou não, pauta de audiência de instrução, ou não,
segundo os fundamentos que adotar. segundo os fundamentos que adotar.
determinando a notificação das partes para
Representação, ou não, segundo os
oferecimento de razões finais (peça obrigatória).
fundamentos que adotar.

Notificação válida da(s) parte(s) Notificação válida da(s) parte(s) Notificação válida da(s) parte(s) Notificação válida da(s) parte(s)
(representado e procuradores via DEOAB). (representado e procuradores via DEOAB).
(representado e procuradores via DEOAB). (representado e procuradores via DEOAB).
.

Com as razões finais, o feito deverá ser incluído em


- Com o decurso de prazo, sem Cumprida a diligência, o feito Realização da audiência de pauta de julgamento.
manifestação, o feito será será submetido ao relator para instrução, e posterior submissão REMESSA AO TED.
remetido ao ARQUIVO. nova análise. ao relator do feito, para – não
havendo mais provas a serem
produzidas – encerrar a instrução
- Havendo interposição de
recurso, o feito será remetido à
e oferecer parecer preliminar, Despacho do Presidente do TED,
opinando pela procedência ou determinando a inclusão em pauta.
SEGUNDA CÂMARA. improcedência da representação.

JULGAMENTO

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