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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS UMUARAMA
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
TRABALHO DE CURSO

QUESTÕES SOBRE GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE


NOS ANAIS NO ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA.

SUELYN ALINE RIBEIRO CONEGUNDES


ELISANGELA ANDRADE ANGELO

Umuarama
Dezembro/2020

1
Sumário
APRESENTAÇÃO...........................................................................................................................3

QUESTÕES SOBRE GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE NOS

ANAIS NO ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA..........................................5

RESUMO.......................................................................................................................................5

ABSTRACT...................................................................................................................................6

RESUMÉN....................................................................................................................................6

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................................7

2. OBJETIVOS..............................................................................................................................8

3. METODOLOGIA......................................................................................................................9

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................................10

5. CONCLUSÕES........................................................................................................................17

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................18

ANEXO 1 – Normas da revista EDUCERE................................................................................21

Diretrizes para Autores.........................................................................................................21

Política de Privacidade.........................................................................................................25

2
APRESENTAÇÃO

O presente texto é fruto do Trabalho de Curso, da discente Suelyn Aline


Ribeiro Conegundes, sob orientação da docente Elisangela Andrade Angelo,
como requisito parcial para a obtenção do título de licenciada em Ciências
Biológicas, pelo Instituto Federal do Paraná.
O trabalho segue as regras da revista EDUCERE, para a qual se
pretende enviar o texto após as apreciações da banca. As normas da revista
encontram-se no anexo 1.

3
ARTIGO DE PESQUISA
Questões sobre gênero, orientação sexual e sexualidade nos anais no Encontro
Nacional de Ensino de Biologia.
Suelyn Aline Ribeiro Conegundes1; Elisangela
Andrade Angelo2

1
Discente da Licenciatura em Ciências Biológicas no Instituto Federal do Paraná, Campus Umuarama. E-
mail: conegundes828@gmail.com.

2
Docente da Licenciatura em Ciências Biológicas, do Instituto Federal do Paraná, Campus Umuarama. E-
mail: elisangela.angelo@ifpr.edu.br
4
ARTIGO DE PESQUISA

QUESTÕES SOBRE GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL E


SEXUALIDADE NOS ANAIS NO ENCONTRO NACIONAL DE
ENSINO DE BIOLOGIA.

RESUMO
O presente estudo tem por objetivo investigar a produção sobre sexualidade, diversidade
de gênero e orientação sexual nos anais do Encontro Nacional de Ensino de Biologia
(ENEBIO). Essa investigação visou traçar um panorama dos avanços e retrocessos
quantitativos e qualitativos dessa produção, no período de 2005 a 2019, ou seja, desde o
primeiro até o último encontro até então realizado. Em relação à análise quantitativa,
observou-se que a temática ainda é pouco representativa, correspondendo a apenas
4,53% dos trabalhos apresentados. Foram selecionados 14 dos 3.419 trabalhos para a
análise qualitativa, e as categorias utilizadas foram: 1) Orientação Sexual e Gênero, 2)
Sexualidade, 3) LGBT e 4) Feminismo. Na categoria Orientação Sexual e Gênero,
procurou-se observar se os trabalhos não confundiam esses dois termos, bem como se
apresentavam a correta conceituação deles. Ao analisar os resumos pode-se perceber
que nenhum traz a definição de orientação sexual e gênero, nem a diferença entre
orientação sexual, sexo biológico, e gênero, alguns dos trabalhos confundem orientação
sexual, educação sexual, sexo e sexualidade, apenas os últimos ENEBIOS, apresentam
uma visão mais ampla sobre o conceito de gênero. Na categoria LGBT observa-se que
há uma quantidade muito baixa de trabalhos sobre essa questão, apenas 6, porém
nenhum deles contém a definição da sigla. No contexto sobre o feminismo, observou-se
que apenas 2 trabalhos tratam dessa temática de forma explícita e direta. Embora as
discussões sobre identidade de gênero, orientação sexual e sexualidade estejam
crescendo na sociedade, ainda são poucos os trabalhos sobre essa temática nos anais do
ENEBIO, o que pode ser uma evidência de que esse tema tem sido pouco pesquisado
entre os educadores-pesquisadores das ciências biológicas.
Palavras-chave: Educação sexual, Ensino de Biologia, ENEBIO.

QUESTIONS ABOUT GENDER, SEXUAL ORIENTATION AND SEXUALITY IN


THE ANNALS AT THE ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA.

5
ABSTRACT

This study aims to investigate the production on sexuality, gender diversity and sexual
orientation in the publics of the National Meeting of Biology Teaching. This research
aimed to outline an overview of the quantitative and qualitative advances and setbacks
of this production, in the period from 2005 to 2019, that is, from the first to the last
meeting held so far. We selected 14 of the 3,419 papers for this analysis, and the
categories used were: 1) Sexual Orientation and Gender, 2) Sexuality, 3) LGBT and 4)
Feminism. In the category Sexual Orientation and Gender, we tried to observe whether
the studies did not confuse these two terms, as well as the correct conceptualization of
them. When analyzing the abstracts, it can be seen that none of them brings the
definition of sexual orientation and gender, nor the difference between sexual
orientation, biological sex, and gender, some of the works confuse sexual orientation,
sex education, sex and sexuality, only the last ENEBIOS, present a broader view on the
concept of gender, and in the LGBT category there is a very low amount of work on this
issue, only 6, but none of them contain the definition of the acronym, in the feminism
context it was observed that only 2 works deal with this theme in an explicit and direct
way. Although discussions about gender identity, sexual orientation and sexuality are
growing in society, there is still little work on this theme in the annals of ENEBIO,
which may be evidence that this topic has been little researched among educators-
researchers from biological Sciences.

Keywords: Sex education, Biology teaching, ENEBIO.

PREGUNTAS SOBRE GÉNERO, ORIENTACIÓN SEXUAL Y SEXUALIDAD EN


LOS ANALES DEL ENCUENTRO NACIONAL DE ENSEÑANZA DE BIOLOGÍA.

RESUMÉN

Este estudio tiene como objetivo investigar la producción sobre sexualidad, diversidad
de género y orientación sexual en los anales del Encuentro Nacional de Enseñanza de la
Biología (ENEBIO). Esta investigación tuvo como objetivo trazar un panorama de los
6
avances y retrocesos cuantitativos y cualitativos de esta producción, en el período de
2005 a 2019, es decir, desde la primera hasta la última reunión celebrada hasta entonces.
En cuanto al análisis cuantitativo, se observó que el tema aún no es muy representativo,
correspondiendo solo al 4,53% de los trabajos presentados. 14 de los 3.419 trabajos
fueron seleccionados para análisis cualitativo, y las categorías utilizadas fueron: 1)
Orientación sexual y género, 2) Sexualidad, 3) LGBT y 4) Feminismo. En la categoría
Orientación sexual y género, se buscó observar si las obras no confundían estos dos
términos, así como si estaban correctamente conceptualizados. Al analizar los
resúmenes, se puede apreciar que ninguno trae la definición de orientación sexual y
género, ni la diferencia entre orientación sexual, sexo biológico y género, algunos de los
trabajos confunden orientación sexual, educación sexual, sexo y sexualidad, solo el
último ENEBIOS , presentan una visión más amplia del concepto de género. En la
categoría LGBT, se observa que hay muy poca cantidad de trabajo en este tema, solo 6,
pero ninguno de ellos contiene la definición del acrónimo. En el contexto del
feminismo, se observó que solo 2 trabajos abordan este tema de manera explícita y
directa. Si bien las discusiones sobre identidad de género, orientación sexual y
sexualidad están creciendo en la sociedad, aún hay poco trabajo sobre este tema en los
anales de ENEBIO, lo que puede ser evidencia de que este tema ha sido poco
investigado entre educadores-investigadores de Ciências biológicas.

PALABRAS CLABE: Educación sexual, Docencia en Biología, ENEBIO.

1 INTRODUÇÃO

O Encontro Nacional de Ensino de Biologia (ENEBIO) tem grande importância


pelo seu trabalho no campo de divulgação das pesquisas sobre o ensino de Ciências
Biológicas. Tanto o ENEBIO como os Encontros Regionais, que ocorrem de forma
concomitante ou anteriormente ao evento nacional, valoriza a participação de
pesquisadores e professores universitários, mas também professores da Educação Básica
e acadêmicos de graduação, incentivando os debates que dizem respeito ao cotidiano
escolar (SBEnBio, 2020).

7
O ENEBIO é promovido pela Associação Brasileira de Ensino de Biologia
(SBEnBio), que é uma associação criada em 1997, pela Faculdade de Educação, da
Universidade de São Paulo (USP), durante o VI Encontro Perspectivas do Ensino de
Biologia (EPEB). Hoje em dia, a SBEnBio é organizada em seis diretorias regionais e
uma nacional, não somente promovendo eventos acadêmicos, mas também atuando nos
debates entre profissionais que estão ligados ao ensino de Biologia (SBEnBio, 2020).
O primeiro ENEBIO foi realizado no Rio de janeiro em 2005, a partir daí os
encontros são realizados de forma constante, geralmente a cada dois anos, com a análise
de produções que trazem informações sobre assuntos ligados ao ensino da Biologia,
onde gênero e sexualidade são uma temática que pode ser citada como exemplo.
Existem muitas dúvidas sobre sexualidade, diversidade das identidades de
gênero e orientações sexuais. Em primeiro lugar é importante definir esses termos,
sendo que gênero e orientação sexual com frequência, erroneamente são usados como
sinônimos.
A sexualidade é o dispositivo que organiza “estratégias de relações de força
sustentando tipos de saber e sendo sustentadas por eles” (FOUCAULT, 2000, p. 246),
inscrita em um jogo de poder, relacionada a tipos de saberes, tendo seus “efeitos
produzidos no corpo, nos comportamentos, nas relações sociais” (FOUCALT, 2009, p.
120). Como pode-se observar na definição de Foucault, a sexualidade resulta em
comportamentos inseridos em uma sociedade. Isto porque, a sexualidade pode ser
entendida como a maneira como os desejos sexuais são construídos, em decorrência de
uma busca por amor, contato, intimidade e ternura (VALENÇA, CARVALHO, 2019).
Essa busca ocorre tanto em comportamentos direcionados ao outro, como na
compreensão do que a pessoa é, sendo mediada pelo ambiente social. Nota-se que a
sexualidade não se restringe ao sexo, sendo bem mais ampla, constituindo-se um
componente importante da psique de todas as pessoas (PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS, 2015).
De acordo com Jesus (2012, p. 14) “Identidade de gênero e orientação sexual são
dimensões diferentes e que não se confundem”. O gênero diz respeito a como a pessoa
se sente e a como ela se percebe em relação à própria identidade social, que pode ser
feminino, masculino, travesti, trans, entre outras possibilidades. Desta forma é
importante que se enfatize que este termo diz respeito aos aspectos sociais que são
atribuídos ao sexo, frente ao que a pessoa se percebe, tendo em vista sua constituição
psicológica, cultural e histórica (VALENÇA, CARVALHO, 2019). Sendo assim,
8
gênero não está ligado diretamente a características naturais e sim a construções sociais,
se referindo a tudo o que foi definido ao longo do tempo, e que a sociedade como um
todo entende como o comportamento que é esperado de um indivíduo com base em seu
sexo biológico.
Quando uma pessoa corresponde à expectativa de gênero que é atribuída
socialmente ao seu sexo biológico, diz-se de uma pessoa cisgênero, também chamado
de homem cis ou mulher cis. Já quando o gênero da pessoa não corresponde àquele
socialmente atribuído ao seu sexo biológico, diz-se de uma pessoa trans, comumente
chamado de homem trans ou mulher trans (JESUS, 2012).
Assim gênero é considerado como um efeito dos dispositivos da sexualidade:
como dimensões psicológicas e culturais, esculpidas nos corpos biológicos, construído
histórico e socialmente, baseada em sentidos de estereótipos envolvendo relações de
poder nas diversas instituições sociais.
O destino do desejo afetivo e erótico de cada pessoa denomina-se orientação
sexual. De uma maneira simplificada, esse desejo quando direcionado, pode ser a
pessoas do gênero oposto (heterossexuais), também a pessoas do mesmo gênero
(homossexualidades) ou ambos os gêneros (bissexualidades). Também é importante
lembrar que o ser humano não nasce com uma orientação sexual definida, pelo
contrário, ele vai aprendendo e se identificando com diferentes formas de conhecer seus
desejos ao longo da vida conforme experiências vividas (CARDOSO, 2008).

2. OBJETIVOS

Observa-se que ainda é comum a incompreensão entre os termos sexualidade,


gênero e orientação sexual, mesmo que esses sejam importantes componentes do ser
humano. Portanto, é muito importante se trabalhar essa temática nas diferentes áreas de
conhecimento, entre elas a Biologia. Dessa maneira, o presente artigo tem por objetivo
investigar a produção sobre sexualidade, diversidade de gênero e orientação sexual nos
anais do Encontro Nacional de Ensino de Biologia. Essa investigação visa traçar um
panorama dos avanços e retrocessos quantitativos e qualitativos dessa produção, no
período de 2005 a 2019, ou seja, desde o primeiro até o último encontro até então
realizado. Em termos qualitativos, pretendeu-se verificar se há clareza em relação aos

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termos sexualidade, orientação sexual e diversidade de gênero, bem como verificar a
maneira que essa temática tem sido abordada.

3. METODOLOGIA

As estratégias escolhidas para um levantamento indicam a maneira como foram


selecionados os textos dos encontros do ENEBIO. O levantamento foi feito a fim de
gerar uma análise, sendo que, dentre tantas metodologias de análises possíveis que
poderiam ser estabelecidas, optou-se por um estudo quantitativo e um qualitativo com
base na Análise Textual Discursiva (ATD).
Para cada levantamento, “uma única palavra excluída, substituída ou
acrescentada a qualquer resumo pode permitir que cada leitor faça uma apropriação
diferente daquele texto” (FERREIRA, 2002, p. 268-9). Procuramos identificar
trabalhos científicos em forma de resumos nos Encontros Nacionais de Ensino de
Biologia (ENEBIO), que correspondem às edições do evento de 2007 a 2019, os que
abordam o tema diversidade de gênero, gênero e sexualidade, para tanto, foram
utilizadas as seguintes palavras-chaves ou expressões: “gênero”, “orientação sexual”,
“sexualidade”, “LGBT”, “homossexual”, “mulher”, “feminismo”e “reprodução”.
Destaca-se que a busca foi feita não apenas no título, mas no resumo como um todo
presente nos anais.
A fim de facilitar a análise quantitativa, os trabalhos que foram levantados foram
planilhados, bem como foi feito gráfico sobre a produção sobre a temática ao longo dos
anos, utilizando as palavras chaves.
O corpus textual para a análise qualitativa foram todos os resumos do ENEBIO
levantados no período (2007 a 2019) que deixavam expresso no título que seu tema
central era sexualidade, orientação sexual ou identidade de gênero, aqueles resumos que
abordaram essa temática apenas de maneira secundária, não foram consideradas nessa
parte do estudo. A análise qualitativa foi feita por meio da Análise Textual Discursiva
(ATD), que se caracteriza por ser um método com base fenomenológica, em que o
analisador se coloca como participante do processo, após “impregnar-se” do corpus
textual e de elementos teóricos sobre o tema (MORAES E GALIAZZI, 2016).

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De forma simplificada, a ATD pode ser dividida em três etapas: unitarização,
categorização e captar do novo emergente. Na etapa de unitarização, o corpus textual é
decomposto em unidades de sentido. Na etapa de categorização são estabelecidas novas
relações entre os elementos textuais, para tanto, as unidades de sentido são agrupadas
em categorias. Por fim, realiza-se a construção de um metatexto, em que as relações
estabelecidas por meio das categorias são levadas em conta, bem como o referencial
teórico sobre o tema, o que permite a ocorrência de “insights” e o captar de um novo
sentido emergente (MORAES, 2003; MORAES e GALIAZZI, 2016).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No decorrer das três últimas décadas a pesquisa educacional vem se


consolidando no Brasil, o que é um fato muito importante, contribuindo para a
compreensão de fatores que tem grande influência no processo de ensino-aprendizagem
e na realidade educacional que se encontra o país. Investigações são realizadas no
ensino de Ciências Biológicas, e se torna indispensável fazer um mapeamento
analisando esses estudos, contribuindo ainda mais para a qualidade da própria pesquisa,
e do ensino, não é um processo fácil, “estamos em uma nova fase histórica, uma nova
ordem global, em que as velhas formas não estão mortas, mas as novas ainda não estão
inteiramente formadas” (SAVIANI, 2011, p. 118).
Este artigo surge da vontade de observar a produção em termos quantitativo e
qualitativo sobre gênero, orientação sexual e sexualidade nos encontros do SBEnBio.
Nos primeiros seis encontros foram aprovados 2.517 trabalhos, no sétimo
encontro (2019) foram aprovados 902 trabalhos. Desse total desde a primeira edição,
155 trabalhos citavam ou tinham alguma relação com a temática sobre sexualidade,
orientação sexual e identidade de gênero, ou seja, 4,53%.
O gráfico 1 apresenta a porcentagem de trabalhos sobre a temática pesquisada,
em relação ao total de resumos aprovados no ENEBIO, entre os anos de 2007 e 2018.
Observa-se que houve um aumento do interesse dos pesquisadores de desenvolverem
projetos voltados para esse tema, no entanto, a porcentagem ainda é bastante baixa
frente ao total de projetos. De acordo com Madureira e Branco (2015, p. 579), ao
manter em foco preconceitos, práticas discriminatórias que tem relação a diversidade
de gênero na escola é uma forma de denunciar, por um lado, os processos de exclusão

11
presentes em nossa sociedade. A partir da década de 1990 no Brasil, o Governo de uma
forma mais abrangente começou a indicar e até mesmo controlar os temas educacionais,
através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), foi quando nas práticas
educacionais e seus discursos, gênero e sexualidade passaram a ter mais espaço, não
deixando de serem temas menos conflituosos. Segundo Oliveira (2010), reformas
educacionais que tiveram início na década de 1990 buscaram uma maior adequação no
sistema de ensino ao processo de criação dos mecanismos de controle do trabalho
docente, bem como dos conteúdos ministrados.
Todos os artigos para estarem nesses congressos passam por uma avaliação de
um comitê científico formado por pesquisadores, de modo que as aceitações e rejeições
dos trabalhos podem estender-se tanto para maiores quanto para menores os percentuais
em cada edição. Entretanto, o crescimento quantitativo dos trabalhos relacionados a
gênero e sexualidade aprovados ao longo destes seis encontros, ainda que pouco, mostra
que há uma preocupação dos organizadores do evento para com estes temas, bem como
dos pesquisadores que tem desenvolvido trabalhos sobre essa temática.

Gráfico 1 - Porcentagem de trabalhos sobre a temática em razão do ano de


realização do ENEBio.
2.5
Porcentagem de trabalhos sobre

1.5
a temá tica

0.5

0
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Ano de realizaçã o do ENEBio

Fonte: Elaboração própria


Das palavras elencadas, apenas sete apresentaram resultados para a pesquisa,
conforme apresentados na Tabela 1 e Gráfico 2. Nota-se que um trabalho pode aparecer
mais de uma vez nesse quantitativo, pois um mesmo resumo pode ter sido levantado
com mais de uma palavra-chave.
12
Tabela -1 - Quantitativo de resumo apresentados no ENEBIO (2007-2016), de
acordo com as palavras-chaves encontradas utilizadas.
ENEBIO
Termos I II III IV V VI VII Total
Gênero 0 1 1 1 4 20 2 29
Sexualidade 2 4 12 12 12 30 12 86
LGBT 0 0 0 0 0 1 7 8
Homossexual 0 0 0 0 1 0 7 7
Mulher 0 0 0 0 1 1 1 3
Feminismo 0 0 0 0 1 24 18 43
Reprodução 2 1 1 0 1 2 3 11
Orientação 0 16 0 1 76 49 92 234
sexual
Fonte: Elaboração própria

Gráfico 2 - Quantitativo de resumo apresentados no ENEBIO (2007-2016), de


acordo com as palavras-chaves encontradas utilizadas.

450
400
Quantidade de trabalhos

350
300
250
200
150
100
50
0
I II III IV V VI VII Total

Ediçã o do ENEBio

Gê nero Sexualidade LGBT


Homossexual Mulher Feminismo
Reproduçã o Orientaçã o sexual

Fonte: Elaboração própria

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O termo orientação sexual foi o mais comum nos trabalhos. Verificamos uma
predominância por esse termo, possivelmente por ele ser bastante amplo e abrangente e
dificilmente se encaixa em uma definição única e absoluta (FAVERO, 2007). O
segundo termo mais citado é sexualidade, termo ainda cercado de mitos e tabus, é um
termo também bastante abrangente, onde se enquadram vários fatores e dificilmente se
encaixa em uma única definição (JESUS,2012).
O termo feminismo ficou em terceiro lugar, mas a expressão aparece apenas nos
três últimos encontros. Mesmo sendo um movimento tão antigo, de alguns anos para cá,
o termo feminismo está cada vez mais presente nos vestibulares e concursos atuais
(CELI, 2020).
No que diz respeito ao termo gênero, ele não é citado apenas nos resumos do
primeiro ENEBIO. Destaca-se que o as questões sobre gênero têm sido motivo de
intensos debates no cenário político-social do mundo, essas discussões foram instigadas
em 2014 no Brasil, com a elaboração do Plano Nacional de Educação, onde o Ministério
da Educação recomendou que temas sobre gênero sejam incluídos nas escolas, para que
crianças e adolescentes em idade escolar tenham esclarecimento e orientação sobre o
assunto (NOGUEIRA, 2015).
Faz-se necessário considerar que os totais de trabalhos aprovados podem refletir
diversos processos e mecanismos de disputa no campo que não são claros apenas com
tal exposição numérica dos textos selecionados. Dessa maneira, para se compreender
melhor sobre como tem sido as pesquisas sobre as questões sobre sexualidade, gênero e
orientação sexual nos ENEBIOs, procedeu-se uma análise qualitativa. Para tanto,
aqueles resumos que tinham em seu título um dos seguintes termos: sexualidade,
orientação sexual e identidade de gênero, foram selecionadas para a análise qualitativa.
Foram selecionados 14 trabalhos para essa análise, e as categorias utilizadas
foram: 1) Orientação Sexual e Gênero, 2) Sexualidade, 3) LGBT e 4) Feminismo.
Na categoria Orientação Sexual e Gênero, procurou-se observar se os trabalhos
não confundiam esses dois termos, bem como se apresentavam a correta conceituação
deles.
Ao analisar os resumos pode-se perceber que nenhum traz a definição de
orientação sexual e gênero, nem a diferença entre orientação sexual, sexo biológico, e
gênero. Esses conceitos se sobrepõem na constituição de uma pessoa, visto que todos se
incluem na sexualidade humana.

14
Observa-se que alguns trabalhos confundem orientação sexual, educação sexual,
sexo e sexualidade um exemplo é o artigo “Orientação Sexual na Escola: Gravidez na
Adolescência” (OLIVEIRA; MONTEIRO-MAIA; e SOARES, 2007), do segundo
encontro do ENEBIO, já no título aparece essa confusão. Neste trabalho infere-se que
orientação sexual diz respeito a instruções sobre questões relacionadas ao
comportamento sexual, isto pode ser percebido na introdução do artigo onde os autores
citam que: “Devido ao aparecimento e disseminação da Síndrome da Imunodeficiência
adquirida (Aids), a questão tornou-se mais urgente. Estamos diante de um problema de
saúde pública que está estritamente ligado ao comportamento sexual. A escola não pode
fechar os olhos ou transferir a responsabilidade para os pais. Mesmo porque a educação
sexual na escola complementa a que é realizada pela família”. Neste trecho ela cita a
educação sexual, que nada tem a ver com o termo orientação sexual que intitula o
trabalho. Orientação sexual é como o indivíduo direciona e compreende o seu desejo
sexual, por uma mulher, por um homem, para ambos, ou seja, não tem nada ver com o
gênero da pessoa. No mesmo texto a autora conclui ainda que “A educação sexual na
escola brasileira tem sido bastante polêmica. Muitos consideram a abordagem de
questões sexuais na escola não sadia, pois estimularia precocemente a sexualidade. Para
outros, a discussão proporcionaria o conhecimento da importância da vida sexual bem
mais cedo e com maior profundidade”, onde não fica clara a diferenciação entre sexo e
sexualidade.
Alguns trabalhos, principalmente nos últimos ENEBIOs, apresentam uma visão
mais ampla sobre o conceito de gênero e, embora não apresentem uma definição, é
possível perceber que consideram a influência da história, da sociedade e da cultura, um
deles é o resumo do encontro de número 7 “Problematizando os Padrões de Gênero e
sexualidade disseminados na sociedade- Uma experiência no ensino Fundamental II no
Âmbito do PIBID” (LOPES; VIERIA; FALCONI; e COSTA, 2018), que teve como
objetivo realizar sequências didáticas investigativas sobre sexualidade e gênero, na
coleta de dados da realidade dos mesmos, trabalhando com os alunos indícios da
existência da desigualdade de gênero na sociedade, pressão sofrida pela cultura que
causa conflito com a sexualidade individual.
Ainda sobre a Orientação sexual e Gênero, o trabalho “Para Além de Menino e
Menina: estratégias educativas para desconstrução do binarismo” (CARNEVALE;
VARGAS; BRAUNS e GIRÃO, 2016), concluiu que “Dentro do contexto de formação
inicial de professores, foram encontradas dificuldades em achar um material didático
15
para tratar o tema Gênero e Sexualidade”, de acordo com esse trabalho fica claro que
mesmo no PCN Orientação sexual há um controle do que se pode saber, pois quando há
debates de temas que se tratam de diversidade, o documento parece “polemizar” um
tema que trata da diversidade, direitos humanos e respeito, dessa maneira, o PCN cria
condicionantes e algumas dúvidas sobre trabalhar esse assunto na escola.
Observa-se que a partir do ENEBIO V aparecem pela primeira vez trabalhos
sobre questões de políticas públicas e movimento contra o ensino da temática nas
escolas (Movimento Escola sem Partido). Sobre essa perspectiva, há um trabalho no
ENEBIO V (2014), 2 no ENEBIO VI (2016) e 1 no ENEBIO VII (2018). Nascido de
uma iniciativa entre estudantes e pais, seus defensores pressupõem que debates sobre
gênero e educação sexual menosprezem crenças familiares, o que geraria intolerância
religiosa, e supostamente incentivaria a homossexualidade, e que esses temas devem ser
discutidos em família não em ambiente escolar. Existem também opiniões contrárias
que negam a existência deste incentivo à homossexualidade na sala de aula, mas sim
que a promoção de discussões no âmbito da educação que abordam gênero, tem o
intuito de prevenir abusos, gravidez na adolescência, homofobia, discriminação e
machismo, dentre outros tipos de discriminação que tenham relação com o gênero. Na
opinião dos críticos, o projeto Escola sem Partido tem uma visão equivocada sobre a
viabilidade de uma educação neutra, ameaçando a liberdade de expressão dos
professores (SOUZA, 2018).
Em relação à categoria de análise sexualidade, poucos são os trabalhos que
apresentam uma definição para o termo, mas os que apresentam, consideram a
complexidade do termo, considerando seus vários aspectos. Por exemplo, no trabalho
publicado no III ENEBIO, intitulado “Sexualidade: O que pensam e falam os
adolescentes na escola pública” (RIBEIRO; FONSECA, 2010), cita que “A sexualidade
é um tema que desperta muitas dúvidas, medos e curiosidades nos jovens. Envolve
sentimentos que precisam ser respeitados, além de crenças e valores, pois está inserido
em um determinado contexto sócio-cultural e histórico”.
Ainda na categoria sexualidade, há vários trabalhos que têm como enfoque
apenas a questão biológica ou relacionada à saúde, o que restringe muito o termo. Por
exemplo, no VI encontro, o resumo “Sexualidade Na Educação Básica: Uma
Abordagem Visando à Conscientização e a Divulgação sobre DST e à divulgação sobre
DST” (FOLINO; REBELLO; DUARTE; ARAÚJO; FONTES e LAGE, 2016), explica
que fizeram seu estudo visando “contribuir para uma aprendizagem significativa sobre
16
DSTs, a partir de aula expositiva dialógica e produção orientada de cartazes”. No VII
encontro o trabalho “HIV/AIDS: Percepções e Comportamentos de Risco em
Adolescentes de duas escolas Particulares da Região Metropolitana de Belém do Para”
(MOURA, CASTRO, COELHO, VASCONCELOS, e CARVALHO, 2018) Educación
sexual, Docência en Biologia, ENEBIO. investigou os conhecimentos de adolescentes
sobre sexualidade, focando no conhecimento deles sobre prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis.
Há trabalhos que investigam a produção sobre a sexualidade (metatrabalhos)
demonstrando a pouca representatividade do tema entre professores e em publicações,
um deles é “Sentido de Sexualidade nos Anais dos encontros Nacionais de Ensino de
Biologia (2005-2012)” (ETTER; ALVES; FERREIRA e GOMES, 2014). De acordo
com esse trabalho, as pesquisas levantadas nos anais foram produzidas principalmente
pelas universidades, porém, tendo o Ensino Básico como foco. Ainda de acordo com
esse trabalho, “Ao operar com temas afins à sexualidade, estes trabalhos do ensino de
Biologia produzem sentidos e disputas epistemológicas no jogo de poder do espaço
acadêmico-científico”.
Outro exemplo de metatrabalho sobre sexualidade é o resumo “Problemas
Culturais, sociais e de Gênero na Educação em Ciência em Publicações em Periódicos
Internacionais entre 2003 e 2006” (JULIO; FRANÇA, 2007), que teve como objetivo
“traçar um perfil dos trabalhos publicados nas revistas de educação e ciências referentes
ao tópico Problemas culturais, sociais e de gênero na educação em ciência para
identificar tendências entre os estudos analisados”. Por fim, o resumo intitulado
“Diversidade de Orientação Sexual nas Aulas de Biologia” (MARTINS, 2012), levantou
dados nas escolas do Ensino Médio de Juína (MT), para investigar se o conteúdo que
diz respeito a diversidade de orientação sexual está presente nas aulas.
Na categoria LGBT há uma quantidade muito baixa de trabalhos sobre essa
questão, apenas 6, porém nenhum deles contém a definição da sigla. Lembrando-se que
o Movimento LGBT é um movimento civil e social que busca defender a aceitação das
pessoas LGBT na sociedade. LGBT é a sigla utilizada para denominar Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT.pt, 2018).. Três desses
trabalhos abordam as dificuldades e questões relacionadas ao tema por conta do
Movimento Escola sem Partido ou conflitos sobre o currículo, o trabalho apresentado no
VI “Para Além De Menino e Menina: Estratégias Educativas Para a Desconstrução do
Binarismo” (CARNEVALE; VARGAS; BRAUNS; E GIRÃO, 2016), desenvolveu uma
17
atividade onde o objetivo era incluir e estimular “o respeito e a tolerância à diversidade
sexual, e exercitar a cidadania e senso crítico e como proposta de interferência no
ambiente escolar, os/as alunos/as fizeram cartazes sobre Feminismo, Homofobia,
Movimentos LGBT”.
Ainda na categoria LGBT, dois trabalhos citam a visão biologizante e patológica
das questões LGBT no contexto escolar, alertando para essa perspectiva. Um dos
trabalhos que cita essa visão consta no V ENEBIO, e é intitulado “Professora, a Senhora
Gosta de Homem ou de Mulher? Olhares de um Grupo de um Grupo de Estudantes
sobre uma proposta de Ensino Sobre Corpo, Gênero e sexualidade na EJA” (SANTOS,
SILVA, 2014). Esse trabalho fez questionamentos aos alunos com menções de fatores
como “a discussão sobre indivíduos intersex e transexuais, a aprendizagem sobre o
próprio corpo, discussões sobre as diferenças, diversidade sexual, prevenção e o
conhecimento de doenças sexualmente transmissíveis”. No V Encontro, o resumo
“Tecendo Olhar(es) sobre Homossexualidade no Espaço Escolas: Batendo um Papo
com Professores/as de Ciências e Biologia” (SANTOS, 2014,) também discute o tema,
segundo o trabalho: “Compreende que discutir as homossexualidades com
professores/as de Ciências e Biologia é colocar em evidência uma rede de significados e
de verdades que constituem nossa cultura”.
Em relação à categoria feminismo, procurou-se observar como a questão de
gênero é tratada em relação ao papel social da mulher, sendo que apenas 2 trabalhos
tratam dessa temática de forma explícita e direta, com destaque o texto publicado no VI
Encontro “Para além de Menino e Menina: Estratégias Educativas para a Desconstrução
do Binarismo” (Carnevale; Vargas; Brauns; e Girão, 2016), que discute os papéis
sociais de gênero. Há também um trabalho sobre o machismo, no VII ENEBIO,
intitulado “O caso de Rosalind Franklin e a Fotografia 51: Como as relações de Gênero
Permeiam o Empreendimento” (SILVA; KANOUTÉ, 2018), esse resumo destaca a
história de Rosalind, ela foi uma cientista de grande importância para a proposição da
estrutura do DNA, conhecida pelo seu trabalho com imagens da difração de raios-X do
DNA, ela morreu aos 37 anos, ressaltando que nessa época os homens não gostavam da
ideia de mulheres no meio da pesquisa.

5. CONCLUSÕES

18
Analisando os trabalhos publicados ao longo dos anos no ENEBIO sobre
produções que discutem sexualidade, gênero e orientação sexual, LGBT e feminismo
pode-se observar que ainda são poucos, se comparados com a quantidade de trabalhos
publicados, mesmo nos encontros mais recentes. Observa-se que ainda faltam
conceituações sobre os termos orientação sexual e identidade de gênero. Em relação à
sexualidade, embora existam trabalhos que considerem a amplitude desse termo, ainda
persistem trabalho apenas com a visão biologisante. Destaca-se a escassez de trabalhos
nos anais pesquisados que discutem como tema principal as questões sobre o feminismo
e LGBT.
Contudo, o tema sexualidade, atualmente, é um assunto que está em
praticamente em todos os lugares, e o que se espera é que esse assunto seja muito
discutido, preconceito não é lavado com água e sabão para retirá-lo da pele humana,
mas através da Educação democrática. No ensino da Biologia, sexualidade e gênero
aparece o tempo todo, e o pesquisador/educador deve ter liberdade para atuar nessa
temática. O professor de biologia é conhecedor do seu meio científico, mas também
deve estar atento à sociedade que está inserido, devendo ter um conhecimento amplo do
corpo humano para esclarecer tabus, porém deve ir além, a fim d e contribuir para a
construção de uma sociedade que não seja preconceituosa. Por este e muitos outros
motivos, faz-se necessário que a sexualidade seja tratada como conteúdo na disciplina
de Ciências e Biologia, aí está a importância da apresentação de mais artigos e trabalhos
sobre o tema.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARNEVALE, Viviane et al. Para Além de Menino e Menina: Estratégias


Educativas para a Desconstrução do Binarismo. In: ENEBIO, 6., 2016, Maringá.
ANAIS DO VI ENEBIO E VIII EREBIO DA REGIONAL 3. Maringá: Sbenbio, 2016.
p. 191-201. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n9.pdf. Acesso em:
19 nov. 2020.

CELI, Renata. Feminismo: o que é esse movimento? 2020. Disponível em:


https://www.stoodi.com.br/blog/tag/feminismo/. Acesso em: 23 nov. 2020.

19
ETTER, Fernanda; ALVES, Luísa de Lemos; FERREIRA, Marcia Serra; GOMES,
Maria Margarida. Sentidos de Sexualidade em Produções Acadêmicas: Investigando
os Anais dos Encontros Nacionais de Ensino de Biologia (2005-2012). In: ENEBIO,
5. 2014.ANAIS DO V ENEBIO E II EREBIO DA REGIONAL 1. São Paulo: Sbenbio,
2014. p. 2085-2096. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n7.pdf. Acesso em:
20 nov. 2020.

FAVERO, Cintia. O que é Sexualidade? 2007. Disponível em:


https://www.infoescola.com/sexualidade/o-que-e-sexualidade/. Acesso em: 23 nov.
2020.

FOLINO, Carolina Habergric et al. Sexualidade na Educação Básica: Uma


Abordagem Visando a Conscientização e a Divulgação sobre DST. In: VI ENEBIO
E VIII EREBIO REGIONAL 3, 6., 2016, Maringá. Revista da SBEnBio - Número 9 -
2016. Maringá: Sbenbio, 2016. v. 1, p. 474-486.Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n9.pdf. Acesso em:
20 nov. 2020.

FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas “estado da arte”.


Revista Educação & Sociedade, Campinas, n. 79, p. 257-272, Ago, 2002.
Foucault, M. (2000). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal.

JESUS, Jaqueline G. (2012). Visibilidade transgênero no Brasil. Correio Braziliense,


caderno Opinião, p. 13, 14, 18 de janeiro. Disponível em
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2020/11/18
/visibilidade-transgenero-no-brasil.

JULIO, Josimeire M.; FRANÇA, Elaine S.. Problemas Culturais, Sociais e de Gênero
na Educação em Ciência em Publicações em Periódicos Internacionais entre 2003 e
2006. 2007. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/anais/2enebio/PQ7-001.pdf. Acesso em: 20
nov. 2020.
20
LOPES, Rafael Pelletti Fidelis et al. Problematizando os Padrões de Gênero e
Sexualidade Disseminados na Sociedade – Uma Experiência no Ensino
Fundamental II no Âmbito do PIBID. In: ENEBIO, 7., 2018, Belém. ANAIS VII
ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE BIOLOGIA – ENEBIO. Belém: Sbenbio,
2018. p. 1396-1404. Disponível em: https://sbenbio.org.br/wp-
ontent/uploads/anais/anais_vii_enebio_
norte_completo_2018. pdf. Acesso em: 19 nov. 2020.

MADUREIRA, Ana Flávia do Amaral; BRANCO, Ângela Uchoa. Gênero,


Sexualidade e Diversidade na Escola a partir da Perspectiva de Professores/as.
2015. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5137/513751492005.pdf. Acesso
em: 22 nov. 2020.

MARTINS, Salma Maria Lemes. Diversidade de Orientação Sexual nas Aulas de


Biologia. 2012. Disponível em: https://sbenbio.org.br/revistas/revista-sbenbio-edicao-
5/. Acesso em: 18 nov. 2020.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. do C. Análise Textual Discursiva. 3. ed. Ijuí: Unijui,


2016. 264p.

MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual


discursiva. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, p. 191-211, 2003
MOURA, Letícia Siqueira; et al. HIV/AIDS: Percepções e Comportamentos de Risco
em Adolescentes de Duas Escolas Particulares da Região Metropolitana de Belém
do Para. In: ENEBIO, Não use números Romanos ou letras, use somente números
Arábicos., 2018, Belém. Anais [...]. Belém: Sbenbio, 2018. p. 2012-2018. Disponível
em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/anais/anais_vii_enebio_norte_completo_2018
.
pdf. Acesso em: 22 nov. 2020.

NOGUEIRA, Pedro Ribeiro. Por que a educação deve discutir gênero e sexualidade?


Listamos 7 razões. Disponível em: <http://portal.aprendiz.uol.com.br/2015/06/25/por-
21
que-a-educacao-deve-discutir-genero-e-sexualidade-listamos-7-razoes/>. Acesso em: 23
nov. 2020.

OLIVEIRA, Karla Lopes de et al. Orientação Sexual na Escola: Gravidez na


Adolescência. In: ENEBIO, 2., 2007, Uberlândia. ANAIS DO II ENEBIO E I EREBIO
DA REGIONAL 4. Uberlândia: Sbenbio, 2007. p. 1-11. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/anais/2enebio/RE1-006.pdf. Acesso em: 19
nov. 2020.

OLIVEIRA, D. A. Educação básica: gestão do trabalho e da pobreza. 2. ed.


Petrópolis: Vozes, 2010.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Gênero e


Diversidade Sexual da Secretaria de Estado de Educação (Versão Preliminar).
Curitiba, 2010. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/dce_diversidade.pdf>.
Acesso em 15 novembro. 2020.

PATRICIA. O Significado LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros. 2018.


Disponível em: https://www.lgbt.pt/significado-lgbt/. Acesso em: 22 nov. 2020.

RIBEIRO, Nívea Maria Alchorne; FONSECA, Lana Claudia de Souza. Sexualidade:


O que pensam e falam os adolescentes na escola pública. In: III ENEBIO & IV
EREBIO, 3. 2010, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: Sbenbio, 2010. P. 1020-1028.
Disponível em: https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n3/
index.html. Acesso em: 20 nov. 2020.

SANTOS, Fernanda Figueredo dos; SOUZA, Marcos Lopes de. “Professora, a


Senhora gosta de Homem ou de Mulher? Olhares de um Grupo de Estudantes
sobre uma Proposta de Ensino sobre Corpo, Gênero e Sexualidade na EJA. 2014.
Pg 2018. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n7.pdf. Acesso em:
20 nov. 2020.

22
SANTOS, Sandro Prado. Tecendo Olhar(es) sobre Homossexualidade(s) no Espaço
Escolar: Batendo um papo com Professores/as de Ciências e Biologia. 2014.
Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/edicoes/revista_sbenbio_n7.pdf. Acesso em:
20 nov. 2020.

SAVIANI, Demerval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3. ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2011.

SBENBIO et al. Anais Enebio. Disponível em: https://sbenbio.org.br/categoria/anais/.


Acesso em: 10 nov. 2020.

SILVA, Júlia Dionísio Cavalcante da; KANOUTÉ, Terená Bueno. O Caso de Rosalind
Franklin e a Fotografia 51: Como as Relações de Gênero Permeiam o
Empreendimento Cientifico. 2018. Disponível em:
https://sbenbio.org.br/wp-content/uploads/anais/anais_vii_enebio_norte_completo_2018
.pdf. Acesso em: 20 nov. 2020.

SOUZA, Isabela. Projeto Escola Sem partido: Argumentos contra e a Favor. 2018.
Disponível em: https://www.politize.com.br/projeto-escola-sem-partido/. Acesso em: 20
nov. 2020.

ANEXO 1 – Normas da revista EDUCERE


Diretrizes para Autores

Normas de submissão de artigos para a EDUCERE - Revista da Educação.

OBJETIVOS

A revista EDUCERE - Revista da Educação da UNIPAR publica trabalhos


inéditos das diversas áreas da Educação, tais como ensino-aprendizagem,
currículo, psicologia educacional, políticas e práticas na Educação Básica e
Ensino Superior, Educação Ambiental, Educação em Saúde e Educação
Profissional, tecnologia educacional, dentre outras.

I) APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
23
1) Os originais devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times New
Roman corpo 12, espaço 1,5, em folha tamanho A4, com margens de 2,0cm.

2) Os trabalhos podem ser submetidos em português, espanhol e inglês,


devendo apresentar o título, o resumo e as palavras-chave, obrigatoriamente
nessas três línguas (Título, Title e Título; Resumo, Abstract e Resumen;
Palavras-chave, Key words e Palabras clave), com o objetivo de permitir a
divulgação dos trabalhos em indexadores e base de dados estrangeiros.

3) Em uma página à parte deve constar o título do trabalho, o nome completo


dos autores (sem abreviações) e a ordem de apresentação, a formação, o
vínculo institucional, o cargo ou função que desempenham, endereço para
correspondência e e-mail., em nota de rodapé e ou Referências. Para
submissões online esta página não é necessária, visto que os dados serão
preenchidos no formulário eletrônico.

4) Na primeira página do artigo deve constar o título completo do trabalho, o


resumo e as palavras-chave, (português, inglês e espanhol), omitindo-se o(s)
nome(s) do(s) autor(es).

5) As figuras devem ser numeradas sequencialmente, assim como quadros e


tabelas, e devem ser apresentadas no corpo do texto. Toda figura, quadro e
tabela deve ter título, colocado abaixo de figura e acima de quadro e tabela.
Todos os materiais gráficos devem apresentar resolução mínima de 300 dpi,
com extensão jpg..

6) As notas de rodapé só devem ser utilizadas quando estritamente


necessárias.

7) Os autores devem indicar o órgão financiador da pesquisa, se houver, e se o


projeto passou por Comitê de Ética da área, com cópia do certificado de
aprovação. Para submissões online deve ser enviada cópia escaneada como
arquivo suplementar.

II) NORMAS EDITORIAIS

1) Todas as colaborações podem ser enviadas por meio do Sistema Eletrônico


de Editoração de Revistas – SEER, endereço:
http://revistas.unipar.br/index.php/educere/login.

2) Deve ser encaminhada uma carta de submissão assinada por todos os


autores do trabalho, via correio ou cópia escaneada como arquivo suplementar.

3) Os originais serão aceitos em língua portuguesa, em língua espanhola ou


em língua inglesa.

4) A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem


normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da
língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão

24
enviadas aos autores, pois os mesmos já terão realizado alterações ou
correções solicitadas pelo editor.

5) Os autores assumem a responsabilidade das informações e dos dados


apresentados no manuscrito. Os trabalhos publicados passam a ser
propriedade da EDUCERE - Revista da Educação, ficando sua reimpressão,
total ou parcial, sujeita à autorização expressa do Conselho Editorial da revista.
Os originais não serão devolvidos aos autores.

6) A publicação da Revista é online, na página da Unipar.

7) As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva


responsabilidade.

8) Os trabalhos devem ser classificados nas seguintes seções:

8.1) Artigos de pesquisa, resultantes de pesquisa e estudos concluídos,


estruturados em Título (Title e Título), Resumo (Abstract e Resumen) e
Palavras-chave (Key words e Palabras clave), Introdução, Objetivos,
Metodologia, Resultados e Discussão (que podem estar combinados)
Conclusões; Agradecimentos (se houver) e Referências, com, no máximo, 20
páginas.

8.2) Artigos de revisão, resultantes de pesquisa bibliográfica com análise


crítica sobre determinado tema, estruturados em Título (Title e Título), Resumo
(Abstract e Resumen) e Palavras-chave (Key words e Palabras clave);
Introdução, Desenvolvimento e Considerações Finais; Referências, com, no
máximo, 30 páginas.

8.3) Relatos de experiência, resultante de experiência individual ou coletiva


de proposta de intervenção, relevante na área da Educação, estruturados em
Título (Title e Título), Resumo (Abstract e Resumen) e Palavras-chave (Key
words e Palabras clave), Introdução, Objetivos, Relato indicando com precisão
as condições de realização do trabalho, Discussão; Considerações Finais;
Referências, com, no máximo, 15 páginas.

9) Os originais serão submetidos à aprovação de consultores nos temas


tratados, sem a identificação de autoria. O processo de seleção de artigos
envolve avaliação de especialistas do Conselho de Consultores e do Conselho
Editorial, que deverá selecionar os títulos a serem publicados.

III) CITAÇÕES

O sobrenome do autor fora de parênteses deve ser escrito com a primeira letra
maiúscula e o restante em minúscula e, dentro de parênteses deve ser todo em
letras maiúsculas.

As citações no texto devem ser feitas pelo sistema autor-data (NBR 10520 -
ago. 2002). As citações diretas devem vir entre aspas e acrescido o número da
página e citações com três linhas ou mais devem apresentar recuo, letra menor
25
que o texto, sem aspas. Em citações de citações deve ser utilizada a
palavra apud e a obra original a que o autor consultado está se referindo deve
vir em nota de rodapé.

Exemplos

1) Citação direta

Segundo Carvalho e Silva (1996, p. 68) “ler para aprender, no entanto, é tarefa
complexa” e, ao contrário do que pensam muitos professores do Ensino
Superior, cabe a esse nível de ensino a tarefa de melhorar a competência em
leitura.

2) Citação direta com mais de três linhas

A discussão sobre a relação educação-meio ambiente contextualiza-se em um


cenário atual de crise nas diferentes dimensões, econômica, política, cultural,
social, ética e ambiental (em seu sentido biofísico). Em particular, essa
discussão passa pela percepção generalizada, em todo o mundo, sobre a
gravidade da crise ambiental que se manifesta tanto local quanto globalmente.
(GUIMARÃES, 2000, p. 15)

3) Citação indireta

Segundo Fusari et al. (1990), a alteração transformou o curso Normalem


Habilitação Profissionalizante ao Magistério trouxe importantes conseqüências
para a formação de professores.

4) Citação de citação.

A linguagem só pode ser analisada em seu vínculo com a vida e história


(BAKTIN apud FREITAS, 2005)

IV) REFERÊNCIAS / REFERENCES / REFERENCIAS

As referências citadas devem ser apresentadas em ordem alfabética no final do


texto, segundo a norma NBR 6023 (ago. 2002). / References should be in
alphabetical order at the end of the text, according to the BR 6023 rule (August
2002). / Las referencias mencionadas deben ser presentadas en orden
alfabética en el final del texto, según la norma NBR 6023 (ago 2002).

Exemplos / Examples / Ejemplos

Livro / Books / Libro

26
SISTO, Firmino Fernandes. Contexto e questões da avaliação
psicológica. São Paulo: Casa do psicólogo, 2000. p. 97

Mais de três autores / More than three authors / Más de tres autores:

MENESES, João Gualberto de Carvalho. et al. Estrutura e funcionamento da


educação básica: leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.

Capítulo de livro / Book chapters / Capítulo de libro:

MANZANO, M. A.; DINIZ, R. E. S. A temática ambiental nas séries iniciais do


Ensino Fundamental. In: NARDI, R.; BASTOS, F.; DINIZ, R. E. S. Pesquisa em
ensino de ciências: contribuições para a formação do professor. São Paulo:
Escrituras, 2004. p. 153-172.

Artigo de periódico / Periodic articles / Artículo de periódico:

FREITAS, M. T. A. Sites construídos por adolescentes: novos espaços de


leitura/escrita e subjetivação. Cad. Cedes, v. 25, n. 65, p. 87-101, jan./abr.
2005.

Monografia, Dissertação ou Tese / Monographs, Dissertations or Academic


Theses / Monografía, Disertación o Tesis:

PRANDI, Luiz Roberto. Prática pedagógica do professore


universitário: reflexões e saberes. 2000. Orientador: Geraldo Fogel: 2004. 218
f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco,
Recife, 2004.

Trabalho apresentado em evento / Articles presented in event / Trabajo


presentado en evento:

FERRONATO, Beatriz Ana Zambon. Ideia dos pioneiros da educação nova:


atualidade na educação contemporânea? Educere: Revista de Educação.
Umuarama, v. 15 n. 2, p. 295-317, jul./dez. 2015.

Periódico on-line / Online Periodics / Periódico on-line:

SOUSA, Raimundo Expedido dos Santos. Notas sobre a avaliação escolar no


ensino fundamental. Revista Educação Básica, v. 4, n. 2, p. 1-14, 2018.
Disponível em:
http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/REB/article/view/364. Acesso
em: 28 jun. 2019.

Documento jurídico/ Juridical acts / Documento jurídico:

BRASIL. Ministério da Educação. Propostas de diretrizes para a formação


inicial de professores da Educação Básica em curso de nível superior.
Brasília: MEC, 2000. 86 p.

PARANÁ. Lei complementar, no 103 de 15 de março de 2004. Institui e dispõe


sobre o plano de carreira do professor da rede estadual de Educação Básica
27
do Paraná. Diário Oficial [do] Estado do Paraná, Curitiba, n. 6687, 15 mar.
2004.

 
Política de Privacidade

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente


para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados
para outras finalidades ou à terceiros.

ISSN: 1982-1123
Fonte:
https://revistas.unipar.br/index.php/educere/about/submissions#authorGuidelines

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