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MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA 

 
O abuso das crianças e a violência sob todas as formas, pode causar graves
prejuízos no desenvolvimento, com efeitos para a vida toda. É essencial entender as
suas consequências não só como pais, mas como sociedade, para preveni-lo, detetá-lo e por fim
eliminá-lo em todas suas formas. 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), caracterizam-se como “abusos ou
maus-tratos às crianças, todas as formas de lesão física ou psicológica, abuso sexual,
negligência ou tratamento negligente, exploração comercial ou outro tipo de exploração,
resultando em danos atuais ou potenciais para a saúde da criança, sua sobrevivência,
desenvolvimento ou dignidade num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou
poder”.
Para muitas pessoas, maus-tratos são sinal de abuso físico ou sexual, mas estes representam
apenas 24% e 3% dos casos, respetivamente.
As formas mais comuns de maus-tratos são a negligência (30% dos casos), a exposição à
violência doméstica (28%) e o abuso emocional (15%).
De modo geral, os maus-tratos na infância podem ser agrupados em quatro categorias principais:
 abuso físico
 abuso sexual
 abuso emocional (incluindo a exposição à violência doméstica)
 e negligência.  
Os efeitos dos maus-tratos podem ser observados de imediato, por exemplo os bebês vitimas
da Síndrome do Bebê Sacudido, registam-se entre 7% e 30% de casos de morte, enquanto 30%
a 50% apresentam défices cognitivos ou neurológicos graves, como distúrbios de
comportamento, atraso de desenvolvimento, défices visuais e motores.

O impacto dos maus-tratos nem sempre é tão evidente, por exemplo os transtornos ou traumas
no início da vida podem causar mais tarde, depressões, agressividade, abuso de drogas,
problemas de saúde e infelicidade.
Crianças que presenciam violência doméstica correm o risco de ter problemas psicológicos,
emocionais, comportamentais, sociais e académicos.

O que pode ser feito? 


Os programas de prevenção de maus-tratos na infância protegem e reduzem os fatores de risco.
Promovem o bem-estar das crianças, dos pais e das famílias, evitando muitos resultados
negativos. 

Existem algumas estratégias preventivas:


 Visitas domiciliares em crianças sinalizadas; 
 Cuidados infantis de boa qualidade;
 Educação do público, com campanhas nos meios de comunicação; 
 Educação de profissionais (instituições escolares e médicos); 
 Melhorias na condição de vida das pessoas, tais como habitação. 

 
Para concluir, na minha opinião, é essencial a prevenção da ocorrência dos maus-tratos e a
deteção precoce das situações de risco e de perigo, assim como, a sinalização ou
encaminhamento de casos para as entidades responsáveis.

Abril foi o mês da PREVENÇÃO CONTRA OS MAUS TRATOS NA INFÂNCIA. Para simbolizar
esta campanha, denominada por LAÇOS AZUIS, promovida pela CPCJ (Comissão Nacional de
Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens), no dia 30 do mês de abril todos
deveriam colocar um laço azul nas janelas como manifestação contra os maus tratos na infância.
O slogan desta campanha era: “SEREI O QUE ME DERES…QUE SEJA AMOR” (mostrar o
vídeo)

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