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Sumário
Introdução
Determinantes da oferta de oxigênio aos tecidos e do débito cardíaco
(DC)
Para que usar drogas vasoativas
Classificação das drogas vasoativas mais utilizadas
Cuidados Gerais de Enfermagem na Administração de Drogas Vasoativas
Cuidados de Enfermagem à pessoa em uso de drogas vasoativas
Bibliografia
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Introdução
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Determinantes da oferta de oxigênio aos tecidos e do débito cardíaco (DC)
As drogas vasoativas têm ação, principalmente, sobre os parâmetros que regulam o DC.
Este é determinado pelo produto do volume sistólico (VS) e freqüência cardíaca (FC). O
VS depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da
contratilidade do miocárdio e da resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga).
Por outro lado, o VO2 varia de acordo com necessidades metabólicas, sendo estas
extremamente mutáveis e dependentes dos mecanismos envolvidos na agressão e
integridade teciduais. O valor medido do VO2 pode ser obtido, à beira do leito, através
da calorimetria indireta. Assim, o objetivo principal da utilização de drogas vasoativas é
otimizar a relação DO2/VO2 , distribuindo-se adequadamente o suprimento de O2 em
face da demanda metabólica alterada dos diferentes órgãos e tecidos, na tentativa de se
preservar a função bioquímica celular.
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Para que usar drogas vasoativas
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Classificação das drogas vasoativas mais utilizadas
Catecolaminas
Dopamina
Indicações
Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador
renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam
estáveis, porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico). Ela pode, também, ser
utilizada em condições de choque com resistência periférica, diminuída (efeito alfa
adrenérgico).
Cuidados
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Deve ser utilizada somente para uso endovenoso com o cuidado de não haver
extravasamento tissular, o que poderá acarretar uma intensa vasoconstrição local, com
necrose tecidual. Os efeitos colaterais da dopamina incluem: náuseas, vômitos, arritmias
(supraventriculares 4% e ventriculares 1 a 1,5%) e agravamento da vasoconstrição
pulmonar. Parece não haver uma interação medicamentosa, importante, com outras
drogas, podendo ser associada a corticóides, catecolaminas e diuréticos.
Dobutamina
Dose: 5 - 15 gr/kg/min.
Indicações
O VO2 do miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras
catecolaminas.
A estimulação dos betarreceptores provoca leve queda da pressão arterial (PA) por
vasodilatação periférica.
Noradrenalina (NA)
A NA possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação
sobre receptores beta 2. Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume
sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica, com
aumento da PA. A contratilidade e o trabalho cardíaco também aumentam se o aumento
da pós-carga for tolerado pelo ventrículo. A noradrenalina é também um potente
vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É também
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vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com
prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar.
Indicações
Além disso, essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as manobras
da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), como droga vasoconstritora.
Cuidados
O uso da noradrenalina, em altas doses e por tempo prolongado, pode provocar graves
lesões renais, cutâneas e mesmo cardíacas devido à vasoconstrição excessiva. No
choque cardiogênico, o seu uso é limitado devido ao aumento do VO2 e aumento do
trabalho cardíaco, provocado pelo incremento da pós-carga no miocárdio isquêmico.
Adrenalina
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No miocárdio, a adrenalina exerce uma ação direta sobre receptores beta 1 do músculo,
células do marcapasso e tecido condutor. A FC e o ritmo quase sempre são alterados. A
sístole torna-se mais curta e potente. Aumentam o débito e o trabalho cardíacos, bem
como o VO2 do miocárdio. O período refratário do músculo ventricular, por sua vez,
diminui, predispondo- o ao aparecimento de arritmias. Na musculatura lisa, sua ação
predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e beta
adrenérgicos.
Indicações
Cuidados
Isoproterenol
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Isoproterenol é uma catecolamina sintética, que estimula predominantemente os
receptores beta e praticamente sem qualquer efeito sobre os receptores alfa. Seu efeito
benéfico no débito cardíaco é devido a sua ação cronotrópica. Desse modo ele aumenta
o débito cardíaco e a FC e diminui a resistência vascular sistêmica.
Apresentação: Isuprel
Indicações
Dopexamina
Indicações
Cuidados
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Não deve ser administrada a pacientes hipovolêmicos.
Amrinone
Parece, então, que o aumento no débito cardíaco, promovido pela amrinone, advém da
interação dessas duas ações: ação inotrópica direta e relaxamento do tônus vascular.
Sabe-se que a potência dessa droga no tecido vascular é de dez (10) a cem (100) vezes
maior que sua ação inotrópica. A amrinone é eliminada por excreção renal, possuindo
uma meia vida de três (3) a seis (6) horas, com eliminação mais lenta, observada em
pacientes com insuficiência cardíaca, congestiva, o que pode, quando utilizada em
infusão contínua, resultar num aumento progressivo da droga, após várias horas.
Indicações
Cuidados
Milrinone
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Alterações hemodinâmicas induzidas pelo milrinone incluem diminuição da pressão
capilar pulmonar, da pressão do átrio direito e da resistência vascular sistêmica. Débito
cardíaco é usualmente aumentado, mas pode ficar inalterado. FC e PA são usualmente
inalteradas pela droga. Os estudos sugerem que, em pacientes com severa insuficiência
cardíaca, a droga pode não induzir efeito inotrópico positivo, mas melhorar as condições
hemodinâmicas através da vasodilatação.
Atropina
Prostaglandinas
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Apresentação: Prostyn: 500 mcg/ml.
Levosimendan
Apresentação: SIMDAX
Vasodilatadores
A pressão alta é um problema de saúde pública cada vez mais importante não apenas
nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro. Apenas 37% dos norte-americanos com
pressão alta conseguem mantê-la sob controle.
Os vasodilatadores são usados para tratar a pressão alta e a angina. Também podem
aliviar os sintomas associados à insuficiência cardíaca (em inglês), em que o coração é
incapaz de bombear o sangue suficiente para atender às necessidades dos tecidos do
corpo.
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Os médicos prescrevem os vasodilatadores arteriais para pressão alta e insuficiência
cardíaca, mas não para angina. Já os vasodilatadores venosos são bastante eficazes para
a angina, sendo às vezes usados para a insuficiência cardíaca. No entanto, não são
utilizados como o principal tratamento para a pressão alta.
Nitroprussiato de sódio
Indicações
Efeitos colaterais
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O uso de vasodilatadores não altera significativamente a freqüência cardíaca, visto que
há um aumento do volume sistólico, em resposta à queda da resistência vascular,
sistêmica, induzida por essas drogas. Os vasodilatadores podem ser classificados,
genericamente, de acordo com seu sítio de ação em venodilatadores (nitratos e
nitroglicerina), arteriolodilatadores (hidralazina) e de ação mista (nitroprussiato de
sódio, prazozin, inibidores da ECA e clorpromazina). Particularmente, o vasodilatador
mais utilizado em terapia intensiva é o nitroprussiato de sódio.
Nitroglicerina
Outros efeitos:
Indicações
Angina pectoris
Hipertensão perioperatória
Pós-operatório imediato
Insuficiência cardíaca congestiva associada a infarto agudo do miocárdio.
Hipertensão pulmonar
Emergências hipertensivas
Manejo da vasoconstrição coronária secundária à superdosagem de cocaína.
Manejo da dor em espasmo esofágico difuso sem refluxo gastroesofágico.
Contra-indicações
Hipersensibilidade à nitroglicerina
Tamponamento pericárdico
Cardiomiopatia restritiva
Pericardite constritiva
Alergia ao adesivo (via transdérmica)
Hipovolemia não corrigida (via intravenosa)
Associação com sildenafil (Viagra®)
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Hidralazina
Indicações
Pré-eclâmpsia e eclampsia
Hipertensão pulmonar primária ou hipertensão pulmonar associada a embolia
pulmonar
cefaléia
náusea ou vômito
diarréia
perda de apetite
Em geral, pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos colaterais dos vasodilatadores,
especialmente à sonolência e à tontura.
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Os pacientes devem procurar um médico antes de tomar qualquer outro medicamento
(prescrito ou vendido sem receita médica), incluindo suplementos nutricionais ou
remédios fitoterápicos. As substâncias que podem intensificar os efeitos dos
vasodilatadores e levar à pressão muito baixa são:
Além disso, alguns medicamentos vendidos sem receita médica podem apresentar uma
interação medicamentosa com os vasodilatadores como mudanças do efeito, incluindo
aqueles para controle do apetite, asma, gripe, resfriado, tosse, problema nos seios da
face e febre do feno.
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Cuidados Gerais de Enfermagem na Administração de Drogas Vasoativas
Sua infusão deve ser feita em veias calibrosas, evitando-se necrose e exsudatos,
por extravasamento da droga;
Por ser droga vasoativas potente, sua administração deve ser feita com bomba de
infusão, em microgotas, com controle rigoroso do gotejamento;
Deve-se verificar a pressão arterial do paciente antes do início da infusão da
droga e de 30/30 minutos, durante o tempo de uso;
Deve-se verificar a pressão arterial do paciente antes do início da infusão da
droga e de 30/30 minutos, durante o tempo de uso;
Utilizar sempre que possível bombas de infusão, pois desencadeiam importantes
alterações hemodinâmicas;
Controlar PA e FC no intervalo máximo de 60 minutos, para que possamos
detectar e/ou corrigir alterações hemodinâmicas.
Controle do débito urinário rigoroso
Controlar velocidade de infusão das drogas
Manter o peso do paciente atualizado
Atentar aos sinais de desidratação antes de iniciar a infusão da droga
ATENÇÃO
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Cuidados de Enfermagem à pessoa em uso de drogas vasoativas
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Monitorização da perfusão sanguínea
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Bibliografia
KNOBEL, E.; NOVAES, M.F.P.; BORK, A.M.G. Humanização dos CTI´s. In:
KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 2. ed, São Paulo: Atheneu, 1999. (1305-
1314).
OSTINI, F.M.; ANTONIAZZI, P.; FILHO, A.P.; O uso de drogas vasoativas em terapia
intensiva. In:Simpósio de Medicina Intensiva. , Ribeirão Preto, 31: 400-411, jul/set.
1998.
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