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INSTITUTO PIRÂMIDE EDUCACIONAL E CULTURAL

RUA MÁRIO CUNHA PEIXOTO, Nº 110 - CENTRO

JEQUITINHONHA/MG – CEP: 39960-000

TELEFAX: (33) 3741- 1464

CNPJ: 01.940.258. /0001-30

FARMACOLOGIA

JEQUITINHONHA/MG
Instituto Pirâmide Educacional E Cultural

APOSTILA DE FARMACOLOGIA

Apostila elaborada por Kelly Cristine


Miranda Santos, graduada em
enfermagem pela Faculdade
UNIPAC de Teófilo Otoni / MG, pós
graduada em Enfermagem
Obstrétrica pela faculdade FIP / MG,
docente do Instituto Pirâmide
Educacional E Cultural
Jequitinhonha desde 2010,
ministrando Saúde Pública , Saúde
Materno Infantil,Saúde do Adulto
Idoso, Biossegurança e Técnicas
Básicas de Pesquisa Metodológica.

JEQUITINHONHA/MG
Sumário
Unidade 1

CAPÍTULO 01 – Introducao a Farmacologia .................................................1


1.1 – Conceito ...................................................................................................................1
1.2 – Origem dos Medicamentos .................................................................................2
CAPÍTULO 02 – Principais vias de administração das drogas ......................2
2.1 – Absorção e distribuição das drogas ..................................................................3
2.2 – Barreiras organicas ................................................................................................4
CAPITULO 3 - Drogas que atuam no sistema nerovso central ...........................4
3.1 – Anestesicos gerais .................................................................................................4
3.2 – Anestesico intravenoso .........................................................................................5
3.3 - Anestesico inalatoricos...........................................................................5

3.4 - Éter..........................................................................................................5

3.5 - Halotano..................................................................................................6

3.6- Oxido nitroso............................................................................................6

3.7 –Oxigenio..................................................................................................6

3.8 - Anestesico intravenoso .........................................................................6

3.9 - Alfenatina ...............................................................................................6

3.10 - Fentanila...............................................................................................6

3.11 - Curare ................................................................................................6

CAPITULO 4 - Principais cuidados pos-anestesicos ....................................7

4.1 - Anestésicos locais .................................................................................7

4.2 - Assistência de enfermagem ................................................................7

4.3 - Os principais medicamentos são: ..........................................................8

4.4 - Assistência de enfermagem..................................................................8

CAPITULO 5 - Farmacologia da resposta inflamatória e febril.......................8

5.1 - Analgesicos e antipreticos......................................................................8

5.2 - Opioides ou hipnoanalgesicos...............................................................8

5.3 - Assistência de enfermagem ..................................................................8


5.4 - Não opioides ...........................................................................9

CAPITULO 6 - Drogas que atuam no sistema nervoso autonomo 9

6.1 - Assistência de enfermagem...................................................10

6.2 - Drogas que atuam o sistema cardiovascular..........................10

6.3 - Vasodilatadores anti-hipertensivos.........................................12

6.4 - Nitroprussiato de sódio (nipride).............................................12

6.5 - Vasodilatadores cerebrais e perifericos..................................13

CAPITULO 7 - Drogas que atuam no sitema digestório.................13

7.1 - Os principais antiácidos são:..................................................13

7.2 - Antiemeticos...........................................................................14

7.3 - Laxativos................................................................................15

7.4 - Espasmoliticos ......................................................................15

7.5 - Antiparasitários .....................................................................15

CAPITULO 8 - Farmacologia do aparelho respiratório..................16

8.1 - Drogas que atuam no sistema respiratorio............................16

8.2 - Broncodilatadores..................................................................16

8.3 - Antibióticos............................................................................17

CAPITULO 9 - Principais grupos de antibioticos...........................17

9.1 - Penicilinas.............................................................................17

9.2 Cefalosporinas........................................................................

9.3 - Aminoglicosideos..................................................................

9.4 - Cloranfenicol, quemicetina e sintomicetina.........................

9.5 - Tetraaciclinas.......................................................................

9.6 - Lincomicinas........................................................................

9.7 - Imipenem +cilastatina..........................................................

9.8 - Sulfametoxazol + trimetopina comprimido, suspenção e injetavel


(bactrim)

9.9 - Assistencia de enfermgem na administração dos antimicrobianos


CAPITULO 10 - Quimioterapia da tuberculose......................................

CAPITULO 11 - Antifu ngicos..................................................................

11.1 - Antifungos.......................................................................................

11.2 - Antivirais.........................................................................................

CAPITULO - 12.........................................................................................

12.1 - Drogas anti-alergicas.....................................................................

12.2 Imunossupressores...........................................................................

CAPITULO - 13 Drogas que atuam no sistema endocrino.......................

13.1 - Insulina............................................................................................

13.2 - Hipoglicemiantes orais....................................................................

CAPITULO 14 - Hormonio s da tireoide e drogas antitireoidianas..........

14.1 - Drogas utilizadas em hipotireoidismo.............................................

CAPITULO 15 - Drogas tromboliticas.......................................................

15.1 - Drogas utilizadas no quadro de infarto..........................................

15.2 - Anticoagulantes..............................................................................

CAPITULO 16 - Antineoplasticos .............................................................

16.1 - Agentes químicos utilizados na quimioterapia de neoplasias malignas

16.2 - Os antineoplásticos podem ser divididos em..................................

16.3 - Assistencia de enfermagem.............................................................

CAPITULO 17- Anti- inflamatorios ............................................................

17.1 - drogas que reduzem o quadro inflamatorio.....................................

17.2 - Prin cipais drogas...........................................................................

17.3 - Assistencia de enfermagem..........................................................

17.4 - Interação farmacondinamica............................................................

17.5 - Singerismo........................................................................................

17.6 - Antagonismo.....................................................................................
CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO FARMACOLOGIA

Farmacologia é a ciência que estuda os fármacos e os medicamentos, avaliando os


riscos e benefícios relacionados ao seu uso.

As drogas e os medicamentos são usados há anos como recursos para combater


diversas doenças e assim manter e restaurar a saúde, que é uma necessidade básica do ser
humano. Nos primórdios, a terapêutica empregada era baseada em misticismo, e acreditava-
se que as doenças eram causadas por demônios e maus espíritos. A base do tratamento era o
uso de drogas de origem animal e vegetal, principalmente plantas malcheirosas entre outras.

Os primeiros registros escritos na China no Egito citam muitos tipos de remédios,


incluindo alguns que ainda hoje são reconhecidos como drogas úteis para diversos
tratamentos.

No Brasil os índios empregavam raízes para o tratamento de doenças infecciosas,


diárias etc.

Entre 1803 e 1920, o estudo das drogas deu um grande impulso com a descoberta dos
alcaloides, em sua maioria, de origem animal, vegetal e mineral.

Em 1940 pesquisadores identificaram mais de 6 mil antibióticos ao descobrir que


determinados fungos e outros micro-organismo eram capazes de produzir substancias que
inibiam processo vitais de agressores do organismo humano. Porém, ao longo dos anos, vários
progressos na microbiologia e imunologia fizeram com que a medicina alcançasse a cada dia
novos caminhos nos tratamentos das doenças. Mesmo produtos sintéticos de origem animal
ou vegetal proporcionam maior eficiência na manutenção da saúde do ser humano e no
controle das doenças.

1.1 - CONCEITOS.

Farmacodinâmica: Estuda a ação das drogas assim como os efeitos objetivos e subjetivos que
elas provocam em organismo sãos e doentes de modo a obter elementos que orientem o seu
uso, sendo o mecanismo de ação de drogas um de seus aspectos fundamentais.

Drogas: Substancia química capaz de produzir alteração fisiológicas ou patológicas no


organismo vivo, resultando em efeito beneficio ou maleficio.

Medicamentos ou fármaco: Qualquer droga ou associação de drogas que atuam no organismo


vivo para beneficia-lo. São utilizados com finalidade de prevenção, diagnósticos, alivio do
tratamento da doença.

Tóxicos: Qualquer drogas que atua no organismo produzindo efeitos maléficos e pode levar á
dependência.

Remédio: Conceito que se da para tudo o que for feito com a intenção de combater a dor a
doença, sem ter comprovação cientifica nem margem de segurança.
1

Placebo: Administração de uma solução que não possui efeito terapêutico visando o bem
estar psicológico do paciente, um vez que esse acredita que somente uma determinada droga
soluciona o seu problema.

Dose: Quantidade de medicamento administrada; pode ser única ou em intervalos regular


estabelecido por horários.

Reação adversa: Resposta previsível ou não do organismo frente a droga que pode ser uma
reação branda ou grave.

Nomenclatura: Refere-se ao nome dos medicamentos.

Nome genérico: Denominação do fármaco a principio ativo (sal), de registro legalmente


obrigatório em embalagem e não patenteado por laboratório, portanto, de menor custo.

Nome comercial: Nome fantasia dado ao principio ativo de uma droga. Um mesmo
medicamento pode ser encontrado no comercio com varias denominações escolhidas por
seus laboratórios fabricantes.

1.2 - ORIGEM DOS MEDICAMENTOS.

Natural: Os princípios ativos são extraídos da natureza. Podem ser:

 Animal: extraído de glândulas dos animais; por exemplo, a insulina;


 Vegetal: extraído de folhas, raízes etc.; por exemplo, a digoxina;
 Mineral: extraído de minérios nas suas formas mais simples ou compostas; por
exemplo, iodo e sulfato ferroso.

Sintética: Medicamentos extraídos da natureza, porem preparados por meio de processos


químicos (artificialmente) laboratoriais, como as sulfa.

Semissintética: Medicamentos de origem natural, alterados laboratorialmente a fim de


modificar a ação inicialmente exercida.

CAPITULO 2 - PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇAO DAS DROGAS.

Via oral: As drogas passam por todo o trato gastrintestinal para serem absorvidas. Sofrem ação
da enzimas digestivas e dependentes do ritmo de esvaziamento gástrico. Algumas drogas não
são administradas por via oral, pois são inativadas.

Via sublingual: A região sublingual e altamente vascularizada, e promove absorção rápida da


droga. Utilizada em situação de emergência.

Via retal: Região muito vascularizada, porem de absorção irregular, utilizada em crianças e
pacientes inconscientes.

Via subcutânea: Via de absorção lenta, pouco vascularizada, utilizada para pequenos volumes,
soluções oleosas.
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Via intramuscular: Via de absorção mais rápida que a subcutânea; o musculo pode ser usado
como deposito da droga para absorção lenta, principalmente de drogas insolúveis. Por essa
via, não se pode administrar drogas irritantes; não comportas grandes volumes.

Via intravenosa: Via de absorção total e instantânea da droga na corrente sanguínea,


normalmente indolor; comporta grandes volumes, porem, a administração devera ser lenta,
exceto nos casos de bolo.

Via inalatória: Absorção nos alvéolos, extremamente rápida.

Via tópica: Ação local, administrada sobre a pele ou mucosa.

2.1 - ABSORÇAO E DISTRIBUIÇAO DAS DROGAS.

A resposta dos pacientes as drogas é extremamente variável e depende de fatores como:

 Dose administrada;
 Motilidade do luto gastrintestinal;
 Alteração na função hepática
 Alteração na função renal;
 Velocidade de biotransformação (metabolismo e excreção);
 Idade, peso e altura;
 Estado patológico.

Para que as drogas possam agir no organismo, elas passam por varias transformações antes de
atingir a corrente sanguínea, com exceção da instantânea. A absorção pode ser completa ou
parcial, dependendo do tempo e da solubilidade (lipossolúvel dissolve em gorduras, e
hidrossolúvel dissolve em água).

Após ser absorvida, a droga chega aos vários tecidos do organismo pela corrente
sanguínea (distribuição). Alguns fatores podem alterar a distribuição das drogas, como
edemas, desidratação, obesidade etc.

As internações entre droga e corpo são convenientemente divididas em duas classes.


As ações da droga sobre o organismo são denominadas processos farmacodinâmicos, e seus
princípios estão relacionados com a investigação dos efeitos do fármaco e seus mecanismos de
ação. Essas propriedades determinam o grupo em que a droga é classificada, e com
frequência, desempenham o papel principal na decisão da forma apropriada de terapia para
determinando sinal, sintoma ou doença.
As ações do corpo sobre a droga dizem respeito á segunda classe e soa denominadas
processos farmacocinéticos. Esses processos controlam a absorção, distribuição e eliminação
das drogas e são de grande importância á pratica na escolha e administração de uma droga

especifica a determinado paciente, como, por exemplo, um com comprometimento da função


hepática.
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METABOLISMO E EXCREÇAO DAS DROGAS.

A maioria das drogas é metabolizada no fígado e excreta pelos rins.

As disfunções hepáticas alteram o metabolismo, modificando o tempo de ação; as


disfunções renais também podem modificar o tempo da excreção, causar acumulo de drogas
no organismo e, consequentemente, efeitos tóxicos. Outras vias de eliminação são a
transpiração a respiração, o leite materno e a saliva. A velocidade de metabolismo e excreção
das drogas varia de acordo com o individuo. A terapia com drogas pode causar
hepatotoxicidade e nefrotoxicidade.

De acordo co o metabolismo algumas drogas podem ser inativadas após absorção,


outras, ter seu efeito potencializado.

A transformação das drogas pode ocorrer no intestino delgado, no sangue e no fígado,


devido a reação química com as enzimas existentes.

Importante: Ação é o encaixe da droga no receptor. Efeito é a consequência da ação. Quando


a ação das drogas, chama-se período de latência desde o movimento da administração ate o
inicio do efeito; meia-vida é o período que vai desde o pico de ação ate o fim do efeito.

2.2 - BARREIRAS ORGANICAS.

Hematocerebral ou hematoencefálica : drogas lipossolúveis passam da corrente sanguínea


para o tecido cerebral sem dificuldades, já as drogas hidrossolúveis podem ou não atravessar a
barreira.

Hematoplacentária: drogas lipossolúveis passam pelas membranas placentárias sem


dificuldades; as drogas hidrossolúveis podem ou não atravessar a barreira.

CAPITULO 3 -DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL.

As drogas que atuam no sistema nervoso central (SNC) estão entre as primeiras que foram
descobertas pelo homem primitivo e ainda constituem o grupo de compostos farmacológicos
mais amplamente utilizados. Além de seu só na terapia medicamentosa, muitas dessas drogas
podem ser utilizadas sem prescrição médica. A cafeína, o álcool e a nicotina são drogas
socialmente aceitassem muitos países, e seu consumo é praticado em todo o mundo.

3.1 - ANESTESICOS GERAIS.

São fármacos cujo resultado é produzir, pedra de consciência, relaxamento muscular e


redução da atividade reflexa de forma reversível.

Os anestésicos podem ser administrados através da via inalatória e da intravenosa e em


conjunto com outros fármacos para a complementação da anestesia, como elementos
adjuvantes. Outra finalidade do uso dos anestésicos gerais intravenoso é a manutenção do
coma induzido.

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Características dos anestésicos intravenosos.

DROGA INDUÇAO RECUPERAÇAO OBSERVAÇAO


Etomidato Rápida Moderada Presença de
movimentos musculares
involuntários

Cetamina Moderada Moderada Aumento do fluxo


sanguíneo cerebral
Midazolan Lenta Lenta Amnesia provocada
Propofol Rápida Rápida Presença de hipotensão
Tiopental Rápida Rápida (em bolus) Depressão
cardiovascular
Lentanil Lenta l Lenta Presença de rigidez
torácica, se
administrada muito
rapidamente.

Recuperação rápida com flumazenil.

Recuperação rápida com naloxoma.

3.2 - ANESTÉSICO INTRAVENOSO.

Ao contrario dos anestésicos inalatórios, os agentes intravenosos não necessitam e


nenhum equipamento especializado para sua administração ou aparelhos de alto custo para
recuperação ou eliminação dos gases exalados. As drogas intravenosas, como o tiopental, o
etomidato e o propofol, tem um inicio de ação anestesia mais rápido do que os mais novos
agentes inalatórios. As taxas de recuperação de muitas drogas intravenosas são
suficientemente rápida para permitir o seu uso externo na anestesia ambulatorial,
assemelhando-se, no caso do propofol, aquelas observadas como anestésicos inalatórios de
ação curta.

3. 3 - ANESTESICO INALATORICOS.

Esse anestésico podem ser líquidos ou gozosos. Apresentam vantagem sobre os


anestésicos intravenosos pois pode-se mudar a concentração inalada rapidamente, eles não
apresentam depressão respiratória pós- operatória pelo fato de sua eliminação ser rápida.

A seguir, são relacionados alguns anestésicos importantes ressaltando que o oxigênio é


utilizado como diluente nesse tipo de anestesia.

3.4 - ÉTER.

Apresenta-se sob a forma de liquido incolor recebe o nome de éter dietílico, éter
étilico e éter sulfúrico; é altamente volátil e inflamável, produz boa analgesia e relaxamento
muscular. É eliminado lentamente através dos pulmões e pela urina, sendo excretado
inalterado.
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3.5 - HALOTANO

É um derivado do halógeno do etano. Apresenta-se como liquido incolor, é


fotossensível e deve ser conservado a temperatura de 25 °C. Geralmente é administrado junto
com o oxido nitroso, para diminuir riscos de depressão circulatória. Produz indução rápida da
anestesia (7 a 10 minutos). É biotransformado no fígado, atravessa a barreira placentária, é
excretado pelo leite materno e principalmente através dos pulmões (60 a 80%), o restante pela
urina.

3.6 - OXIDO NITROSO.

É um gás incolor mais denso que o ar , não é explosivo. Anestésicos fraco, porem com
bons resultados de analgesia. É indicado para sedação, analgesia e anestesia geral em conjunto
com outros fármacos como opioides, barbitúricos benzodiazepínicos. Sua eliminação ocorre
através do gás expirado e também pela pele.

3 .7 - OXIGENIO.

Gás incolor, inodoro e insípidio. É indicado em caso de hipóxia em anestesia por


inalação é usado como diluente. O oxigênio hiperbárico é utilizado no tratamento de anemia
causada por perda de sangue, gangrena gasosa, pneumonia química, enxertos de pele e ulcera
de Meleney.

3. 8 - ANESTESICO INTRAVENOSOS.

Produzem anestesia e relaxamento muscular insuficiente; e provocam perdas da


consciência rapidamente; por este motivo não são utilizados isolamentos e sim com outro
anestésico.

3.9 - ALFENATINA.

É um fármaco resultante da molécula da morfina, sua estrutura é semelhante á da


fentanila. Anestésicos geral adjuvante da anestesia, isto é administrado em associação com
barbitúricos ou oxido nitroso nos procedimentos cirúrgicos.

3 .10 - FENTANILA.

Produto sintético resultante da simplificação da molécula da morfina, porem, 50 a 100


vezes mais potente. Anestésicos geral, pode ser administrativo em conjunto com oxido nitroso
ou outros anestésicos intravenosos. Utilizando em cirurgia cardiovasculares, neurológicas e
ortopédicas com associação de um miorrelaxante.

3 .11 - CURARE.

São drogas que antagonizam a ação neurotransmissora promovendo um relaxamento


da musculatura esquelética. São utilizadas como adjuvantes nas anestesias, pois facilitam a
intubação orotraqueal (IOT):

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 Pancuronio (Pavulon)
 Dobesilato de atracúrio (Tracrium)

Os cuidados de enfermagem relacionados aos anestésicos gerais ocorrem no período pos


operatório imediato. Os pacientes considerados de risco ou que apresentam complicações
durante a cirurgia são encaminhados a unidade de terapia intensiva, ainda sob efeito
anestésico, em IOT sob ventilação mecânica, e permanecem monitorados e em constante
observação.

CAPITULO 4 - PRINCIPAIS CUIDADOS POS-ANESTESICOS.

1. Verificar os sinais vitais e atentar para possíveis complicações .


2. Manter oxigenoterapia, se necessário.
3. Avaliar constantemente o nível de consciência, reações sensitivas e motoras.
4. Observar náuseas e vômitos no período pós-anestésico, pois a sonolência pode levar o
paciente a broncoaspiração.
5. Administrar analgésicos com cautela no pós-operatório imediato, para não provocar
depressão do sistema nervoso por interação medicamentosa.
6. Manter o paciente aquecido (algumas anestésicos causam hipotermia ).
7. Observar a pupila (miose indica toxidade do medicamento).

4.1- ANESTESICOS LOCAIS

Bloqueiam reversivelmente a geração e a condução de impulso ao longo de uma fibra


nervosa. Sua ação esta na capacidade de deprimir os impulsos dos nervos aferentes da pele,
superfície de mucosas e músculos ao sistema nervoso central. São utilizados em cirurgias
odontológicas e oftalmológica sou ainda em pequenas incisões cirúrgicas feitas na pele.

São divididos em dois grupos: os derivados de esteres e os de amidas. Alguns


exemplos.

 Benzocaina
 Procaína
 Bupivacaina
 Lidocaína

4.2- ASSISTENTE DE ENFERMAGEM

Observação cutânea (hipersensibilidade).

ANTICONVULSIVANTES

São drogas indicadas para a prevenção e tratamento imediato de crises convulsivas. Os


efeitos tóxicos são: confusão mental, sonolência, irritabilidade, agressividade, distúrbios de
marcha, andar vacilante, vertigem , incoordenação motora, astenia, letargia distúrbio visuais,
erupções cutâneas, anorexia, náuseas.

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4.3- Os principais medicamentos são:

 Carbamazepina (Tegretol)
 Clornazepan (Rivotril)
 Diazepam (Diempax, Valium)
 Fenitoina (Hidantal)
 Fenobarbital (Gardenal)

4. 4 -ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Administrar as drogas próximos as refeições


2. Observar sinais vitais e efeitos colaterais.
3. Não se deve interromper o uso da medicação sem autorização médica.
4. A fenitoina é incompatível com SG, NPP bicarbonato de sódio. É compatível com SF
0,9%. É contraindicada por via intramuscular, pois provoca lesões teciduais.
5. A aplicação intravenosa deve ser feita lentamente, pois causa sensação de queimação
no vaso e flebite.
6. O diazepam deve ser administrado bem lentamente, pois causa hipotensão, depressão
respiratória, depressão do sistema nervoso central; não deve ser diluído devido á
precipitação.

CAPITULO 5 - FARMACOLOGIA DA RESPOSTA INFLAMATORIA E FEBRIL.

5.1 - ANALGESICOS E ANTIPIRÉTICOS.

Analgésicos: drogas utilizadas para aliviar ou abolir a dor, geralmente de origem sintética.

Antipiréticos : medicamentos que agem no SNC, reduzem a hipertermia e possuem atividade


analgésica.

As principais drogas são:

5.2 - OPIOIDES OU HIPNOANALGESICOS.

Derivados do ópio causam analgesia e sonolência e podem levar a dependência


química e depressão respiratória. Por esse motivo são controlados. A miose e a hipotensão
podem ocorrer como sinal de intoxicação. Atuam em dores profundas.

Exemplos: morfina (Dimof), codeína + paracetamol (tylex), meperidina (Dolantina).

5.3 - ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar sinais de depressão respiratória.


2. 2 – A miose pode indicar toxidade do medicamento.
3. 3 – Observar retenção urinaria (comum ao uso de morfina).

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5.4 - NÃO OPIOIDES.

Possuem vários princípios ativos e não causam dependência. São eles:

 Derivados do ácido salicílico: diminuem a hipertermia e aliviam dosres de baixa á


média intensidade. Os efeitos colaterais relacionam-se á ação gastrintestinal (náuseas
e epigastralgia). Exemplo: ácidos acetilsalicílicos (AAS, Aspirina).
 Derivados do para-aminofenol: o representante dessa categoria é o paracetamol. Tem
boa ação antipirética e analgésica e baixa ação anti-inflamatória. Os efeitos colaterais
são poucos significativos em doses terapêuticas, mas não se descartam reações
cutâneas alérgicas. Exemplo: paracetamol (Tylenol).
 Derivados da pirazolona: o representante é a dipirona cuja ação predominante é
analgésica e atipiretica. O uso intravenoso pode provocar hipotensão arterial em
alguns pacientes. Exemplo: dipirona sódica (Novalgina).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM

1 – Administrar o ácido salicílico nos horários das refeições para minimizar a irritação gástrica.
2 – Observar dependência física e psicológica.
3 – Observa sinais de efeitos colaterais e alteração dos sinais vitais.

CAPITULO 6 - DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO.

A seguir, destacaremos alguns dos medicamentos que atuam sobre diversos órgãos e
apresentam ação estimulante ou antagônica nos sistemas simpáticos e parassimpático.
 Adrenalina: droga estimulante do sistema simpático, vasoconstritora, aumenta a
resistência vascular sistêmica e o estado contrátil do miocárdio, melhora o fluxo
coronário e cerebral durante a massagem cardíaca na parada cardiorrespiratória (PCR).
Portanto, existe a chance de restauração da circulação espontânea. Melhora a pressão
arterial.
 Atropina: antagonista do sistema parassimpático, droga cronotrópica positiva,
aumenta a automaticidade do modulo sinusal e a condução átrio ventricular. Atua
sobre o coração acelerando o ritmo de descarga elétrica ( aumenta a frequência
cardíaca ).
 Noradrenalina: droga estimulante do sistema simpático e potente vasoconstritor
periférico, aumenta a pressão arterial nos casos de hipotensão severa (choque).

 Dobutamina: medicamento inotrópico, estimulante do sistema simpático, atua sobre


o miocárdio, aumentando a contabilidade e o volume de ejeção, resultando no
aumento do débito cardíaco. Tem ação rápida. É indicada para o tratamento da
insuficiência cardíaca e do choque cardiogênico.
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 Dopamina: é uma estimulante do sistema simpático, exerce efeito inotrópico positivo
em doses baixas e promove vasodilatação cerebral, renal e mesentérica, com aumento
dodo debitode debito urinario
 do debito urinário; em dose altas promove aumento de tônus vascular e da pressão
venosa central, semelhante ao efeito da noradrenalina (melhora a pressão arterial e
aumenta o trabalho do miocárdio). É indicada nos casos de hipotensão aguda, choque,
descompensação cardíaca, como a encontrada na insuficiência cardíaca aguda.
 Propranolol: antagonista do sistema simpático, tem ação betabloqueadora, diminui a
excitabilidade cardíaca, o consumo cardíaco e, consequentemente, a pressão arterial
(antiarrítmico e antianginoso).

6.1 - ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. A adrenalina não deve ser administrada com bicarbonato de sódio, pois é inativada.
2. Deve-se controlar rigorosamente os sinais vitais durante a administração desses
drogas.
3. Geralmente quem recebe essas drogas são pacientes graves e estão na Unidade de
Terapia Intensiva (drogas vasoativas).
4. A noradrenalina deve ser diluída em soro e administrada rigorosamente por meio de
bomba de infusão.
5. A Dobutamina é incompatível com solução de bicarbonato. Em dosagem de 250 mg
deve ser diluída em solução glicosada a 5% e administrada lentamente, em bomba de
infusão. Droga de uso exclusivo intravenoso.
6. A dopamina deve ser preparada diluindo-se o conteúdo da ampola (20 ml com 50mg),
em solução fisiológica ou solução glicosada a 5%, e administrada lentamente, em
bomba de infusão. Necessita de desmame para suspensão.
7. A administração intravenosa do propranolol deve ser realizada com paciente em
monitoração continua, pois pode causar bradicardia, hipotensão, broncoespasmo e
AVE.

6.2 - DROGAS QUE ATUAM O SISTEMA CARDIOVASCULAR.

São medicamentos que aumentam a contração cardíaca e a velocidade de condução


do impulso elétrico no miocárdio reduzindo sua frequência; produzem uma resposta positiva
no aumento do debito cardíaco, pressão venosa e volume sanguíneo diminuindo. São
denominados digitálicos por serem originários de plantas de gênero Digitalis. São indicados
principalmente diante de insuficiente cardíaca congestiva (ICC), profilaxia e tratamento de
arritmias cardíacas como: fibrilação atrial, flutter atrial, taquicardia atrial paroxística e choque
cardiogênico acompanhado de edema agudo de pulmão.

Vale ressaltar que a margem de segurança entre a dose terapêutica e a dose toxica é bem
reduzida.

Esse grupo reúne a digoxina, a digitoxina e o deslanósido ( lanatósio cedilante).

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ASSITENCIA DE ENFERMAGEM.

1. O principal cuidado na administração desse grupo de drogas é verificar a frequência


cardíaca; se estiver menor que 60 bpm, elas não devem ser administradas.
2. Observa sinais e sintomas de intoxicação digitálica que incluem; alteração na
percepção das cores, cefaleia, tontura, irritabilidade, inquietação, fadiga, anorexia,
náuseas e vômitos e arritmias cardíacas.
3. Monitorar sinais vitais.

ANTIARRITMICOS.

1. O principal cuidado na administração desse grupo de drogas é verificar a frequência


cardíaca; se estiver menor que 60 bpm, elas não devem ser administradas.
2. Observar sinais e sintomas de intoxicação digitálica que incluem: alteração na
percepção das cores, cefaleia, tontura, irritabilidade, inquietação, fadiga, anorexia,
náuseas e vômitos e arritmias cardíacas.
3. Monitorar sinais vitais.

ANTIARRITMICOS

São drogas que agem nas arritmias cardíacas ( taquicardia supraventricular,


extrassístole etc.), modificando e restabelecendo o ritmo cardíaco normal. As arritmias
ocorrem por alteração na condução elétrica do coração. Deve-se monitorar os sinais vitais
frequentemente, antes e após a administração. As reações adversas mais comuns são:
náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, hipotensão inquietação, distúrbios visuais.

Os principais medicamentos são:

 Quinidina (Quinidine, Quinicardine);


 Amiodorona (Ancoron, Miodaron);
 Procainamida (Procamide).

A lidocaína é um anestésico, porem, exerce efeito antiarrítmico, utilizado por via parental no
tratamento das arritmias ventriculares.

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Monitorar os sinais vitais frequentemente (antes e após a administração do


medicamento) e registrar os parâmetros.
2. Observar e comunicar imediatamente reações adversas e sinais de intoxicação.
3. Manter o material de emergência em local de fácil acesso.

11
6.3 - VASODILATADORES ANTI-HIPERTENSIVOS.

São medicamentos utilizados na regulação e controle da hipertensão arterial, ou seja,


quando a pressão diastólica estiver igual ou superior a 90 mmHg. Há varias linhas
terapêuticas, dentre as quais os vasodilatadores periféricos, os diuréticos de potência
moderada, os antagonistas da aldosterona e os bloqueadores da ação parassimpática.

As drogas mais utilizadas são:

 Metildopa (Aldomet);
 Prazosina (Minipress);
 Hidrazalina (Apresolina);
 Nifedipina (Adalat);
 Captopril (Capoten).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Controlar frequentemente a pressão arterial.


2. Comunicar sinais e sintomas de efeitos colaterais como: sonolência, hipotensão
postural, zumbido, fraqueza, torturas, náuseas, cefaleia, que podem significar reação
adversa.

6.4 - NITROPRUSSIATO DE SODIO (NIPRIDE)

È um vasodilatador potente de ação rápida, que age diminuindo a resistência periférica e,


consequentemente, a pressão arterial. É a droga de escolha nas situações em que não há
resposta terapêutica com o uso das drogas convencionais. Por ser vasoativa, seu uso é
intravenoso, devendo ser administrada com critério, em bomba de infusão, de preferencia
em acesso venoso exclusivo. Deve-se manter o paciente monitorado constantemente;
necessita de desmame para a suspensão.

VASODILATADORES

São drogas que promovem vasodilatação, melhorando o fluxo sanguíneo. Podem atuar
nas coronárias, nos vasos cerebrais e periféricos.

VASODILATADORES CORONARIANOS.

Também denominados de antianginosos, promovem o relaxamento das artéria


coronária por ação direta, melhorando assim a dor (angina) causada pela isquemia
miocárdica. O efeito colateral mais frequente é a cefaleia, que ocorre devido a vasodilatação
cerebral.

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Os principais medicamentos são.

 Trinitrato de glicerina ou nitroglicerina (Nitradisc, Nitroderm);


 Dinitrato de isossorbida (Isordil);
 Propatilnitrato (Sustrate);
 Mononitrato de isossorbida (Monocordil)

Observação: o Isotil e o Sustrate podem ser administrados via sublingual na dor aguda.

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Verificar periodicamente a pressão arterial e a frequência cardíaca porque podem


causar hipotensão.
2. Comunicar alteração no nível de consciência.
3. Comunicar efeitos relacionados á toxicidade ou sensibilidade á droga.

O Tridil (nitroglicerina) é muito usado nas crises de angina, na ICC descompensada, na


profilaxia da isquemia do miocárdio. Administrado de forma intravenosa em bomba de
infusão, com paciente monitorado na unidade de terapia intensiva. Melhora a oxigenação do
miocárdio, e o debito cardíaco, diminui o consumo energético. Os efeitos indesejáveis são:
taquicardia, cefaleia intensa, náuseas e vômitos, diminuição dos reflexos e processos
algébricos.

6.5 - VASODILATADORES CEREBRAIS E PERIFERICOS.

Promovem a vasodilatação cerebral e periférica melhorando a oferta de oxigênio para


o SNC e demais tecidos. Podem causar alteração no nível de consciência, rações alérgicas,
hipotensão.

As principais drogas são:

 Bametano (Vasculat);
 Butilsimpatol (Fludilat);
 Cinarizina (Stugeron);
 Pentoxifilina (Trental);
 Naftidrofuril (Iridux).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar nível de consciência.


2. Verificar sinais vitais.
3. Observar perfusão periférica e comunicar alteração.

CAPITULO 7 - DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTORIO.

7.1 - Antiácidos e Protetores Gástricos.

13
São medicamentos utilizados para diminuir o excesso de acidez, tratar úlcera gástricas,
pépticas e duodenais. Encontram-se nesse grupo os antagonistas de receptores de H2 (anti-
histamínicos), e as prostaglandinas que agem diminuindo a secreção basal e noturna de suco
gástrico, bem como os estímulos causados por alimentos.

Os principais antiácidos são:

 Hidróxido de alumínio (Aldrox);


 Hidróxido de magnésio (leite de magnésia);
 Hidróxido de alumínio associado ao hidróxido de magnésio (Droxaine, Kolantyl,
Maalox).

Principais anti-histamínicos:

 Cimetidina (Tagamet, Ulcimet);


 Ranitidina (Antak , ZZyluim);
 Omeprazol (Losec, Victrix);
 Pantoprazol (Pantozol).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Comunicar efeitos colaterais; os mais comuns são; diarreia, tontura, sonolência,


constipação e dores abdominais.
2. A administração intravenosa deve ser lenta.
3. Observar a interação dos antiácidos principalmente com antibióticos.
4. A administração dos anti-histamínicos deve ser feita preferencialmente em jejum.

7.2 - ANTIEMÉTICOS.

São medicamentos utilizados em casos de náuseas e vômitos, atuam no centro do


vomito, causando sua depressão, e aceleram o esvaziamento gástrico. Os principais efeitos
colaterais incluem tontura, reação alérgica, sonolência.

Os principais medicamentos são:

 Dimenidrato (Dramin, Dramin B6 quando associado á vitamina B6);


 Metoclopramida (Plasil, Eucil);
 Ondasertrona (Zofran);
 Ganisetrona (Kitryl);

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar sinais de inquietação, sonolência e sedação.


2. Orientar o paciente para evitar atividades que requerem atenção devido á
sonolência ou sedação.
3. A administração por via intravenosa deve ser realizada lentamente.

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7.3 - LAXATIVOS

São medicamentos indicados para constipação intestinal, agem aumentando o


peristaltismo e favorecendo a eliminação das fezes. Podem causar cólicas abdominais e mal-
estar geral com hipotensão e síncope.

Os principais medicamentos são:

 Óleo mineral + fenolftalenína (Agarol);


 Diacetoxidifenil piridil metano (Dulcolax).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar frequência e aspecto das eliminações intestinais.


2. Estimular ingestão hídrica.
3. Devem ser utilizados em ultimo caso para provocar a eliminação das fezes, pois
podem lesar a parede intestinal e seu funcionamento.

7.4 - ESPASMOLITICOS

Drogas utilizadas para aliviar espasmos ou contração viscerais, diminuem o tônus e o


peristaltismo da musculatura lisa. Podem causar sonolência, pois deprimem o SNC (efeitos
colaterais intensos), além de náuseas, vômitos, dificuldade respiratória.

As principais drogas são:

 N-butilescopolamina (Buscopan);
 N-butilescopolamina + dipirona (Buscopan composto);
 N-butilescopolamina + paracetamol (Buscopan plus).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Verificar sinais vitais.


2. Observar efeitos colaterais.
3. A administração intravenosa deve ser lenta.

7.5 - ANTIPARASITARIOS.

São drogas que visam a destruição de protozoários e helmintos, sem prejudicar o


organismo hospedeiro. Algumas drogas podem causar hepatotoxicidade e alterações
gastrintestinais. As infestações parasitárias de importância clínica são: amebíase, giardíase,
toxoplasmose, malária, ancilostomíase, ascaridíase, esquistossomose e teníase.

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As principais drogas são:

 Metronidazol (Flagyl);
 Furazolidona (Giarlam);
 Mebendazol (Pantelmin).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

Observação efeitos colaterais.

CAPITULO 8 - FARMACOLOGIA DO APARELHO RESPIRATORIO

8.1 - DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Antitussígenos e Expectorantes.

Os antitussígenos são medicamentos utilizados para sedação da tosse de natureza


irritativa, lembrando que a tosse é uma defesa orgânica. Podem ser centrais (diminuem a
sensibilidade do centro da tosse) ou periféricos (atuam sobre os receptores da tosse nas vias
aéreas). Os expectorantes são medicamentos que facilitam a saída de secreções do trato
respiratório. Ambos possuem efeito paliativo, portanto, não curam a doença e poderem
causar sonolência.

Os principais medicamentos são:

 Antitussígenos:

- codeína associado (Setux, Codelasa);

- dextrometorfano (Silencium).

 Expectorantes:

- clobutino (Silomat);

- acetilcisteína (Fluimucil);

- iodeto de potássio (MM Expectorante).

8.2 - BRONCODILATADORES.

São medicamentos que promovem a dilatação dos brônquios reduzindo a broncoconstriçao,


relaxando a musculatura e melhorando a atividade respiratória. São utilizados no
tratamento da asma brônquica, broncoespasmo, bronquite. Os broncodilatadores possuem
formas farmacêuticas que permitem sua administração por via oral, parenteral e inalatória.
Podem causar taquicardia, tremores, sonolência e boca seca.

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Os principais broncodilatadores são:

 Aminofilina (Aminofilina);
 Fenoterol (Berotec);
 Salbutamol (Aerolin);
 Terbutalina (Bricanyl).

Observação: O salbutamol (Aerolin) é um broncodilatador, mas pode ter uso intravenoso


continuo no controle do parto prematuro, pois diminui a contração uterina.

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar sinais de sonolência e sensação de vertigem. Orientar o paciente para


evitar atividades que requeriam atenção.
2. Orientar o paciente para obedecer aos horários de medicação prescrito pelo
médico para evitar superdosagem, principalmente da codeína, que pode provocar
depressão respiratória.
3. Observar sinais de irritação gástrica.
4. Monitorar sinais vitais, atentar a frequência respiratória.
5. Administrar medicamentos inalatórios com o paciente em posição de Fowler ou
sentado.
6. Explicar ao paciente os efeitos indesejáveis dos medicamentos como: tremor de
mãos, taquicardia, palpitações, inquietação.

8.3 - ANTIBIOTICOS.

Antibióticos são medicamentos que inibem o crescimento ou destroem bactérias.


Classificam-se em bactericidas (causam a destruição das bactérias) e bacteriostáticos
(inibem o crescimento e a reprodução bacteriana, sem provocar sua morte imediata). Vale
ressaltar que pode haver um efeito reversível se o antibiótico for retirado antes do tempo

ideal de utilização. Os antibióticas vão agir na prede celular (prejudicando a sua formação),
membrana citoplasmática (promovendo a desorganização e rupturas das estruturas do
citoplasma ou alterando a sua permeabilidade, não permitindo trocas), inibindo a divisão de
cromossomos e a síntese de proteínas.

As bactérias adquirem resistência aos antibióticos, de maneira que muitos desses


medicamentos, antes eficazes, com o tempo acabaram perdendo o efeito sobre aquelas.
Isso se deve ao uso indiscriminado, tempo de uso e escolha dos antibióticos inadequados.

Os efeitos se devem a toxicidade e capacidade de irritabilidade própria da droga, as


manifestações de hipersensibilidade do paciente, podendo levar a quadros graves.

CAPITULO - 9 PRINCIPAIS GRUPOS DE ANTIBIOTICOS.

9.1- Penicilinas

A penicilina é uma droga bactericida. Nos dias atuais possui baixa toxidade renal (principal

via de excreção) e, por desencadear reações alérgicas, faz-se necessário atentar as


manifestações dessa natureza.

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As principais penicilinas são:

 Penicilina G cristalina injetável (Penicilina cristalina);


 Penicilina G procaína injetável (Wycillin);
 Penicilina G benzatina injetável (Benzetacil);
 Oxacilina injetável e em cápsula (Oxacilina, Staficilin N);
 Amplicilina em comprimidos, suspensão e injetável (Ampicilina, Ampicil, Binotal);
 Amoxicilina em cápsula e suspensão ( Amoxil, Clavulin, Novocilin).

9.2 - CEFALOSPORINAS.

São drogas bactericidas e possuem amplo espectro de ação, com poucos efeitos
colaterais. As cefalosporinas são divididas em gerações – quando mais elevada a geração,
maior será a ação bactericida do medicamento.

As principais cefalosporinas são:

 Cefalosporinas de 1ª geração: cefalexina em drágeas e suspensão (Keflex,


Cefaporex); cefalotina injetável (Keflin); cefalordina injetável (Ceporan); cefazolina
em cápsula e suspensão (Cefamox);
 Cefalosporinas de 2ª geração: cefoxitina injetaval (Mefoxin); cefuroxina injetável
(Zinacef);
 Cefalosporinas de 3ª geração: cefotaxima injetável ( Claforan); ceftriaxona injetável
(Rocefin); ceftazidima injetável (Kefadim, Fortaz); cefoperazona sódica injetável
(Cefobid);
 Cefalosporinas de 4ª geração: cefpiroma injetável (Cefrom).
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9.3 - AMINOGLICOSIDEOS.
São antibióticos bactericidas. Os principais aminoglicosídeos são:

 Sulfato de gentamicina injetável (Garamicina);


 Sulfato de amicacina injetável (Novamin, Briclin);
 Estreptomicina injetável (sulfato de estreptomicina);
 Outros aminoglicosídeos comercialmente encontrados: Neomicina (via oral, retal e
tópico), tobramicina.

9.4 - CLORANFENICOL, QUEMICETINA E SINTOMICETINA.

São bacteriostático utilizados principalmente contra salmoneloses. São


contraindicados em portadores de depressão medular (podem causar aplasia de medula),
insuficiência hepáticas (por serem hepatotóxicos) e me recém-nascidos (podem causar a
síndrome cinzenta pela imaturidade hepática).

A superdosagem de cloranfenicol caracteriza-se por anorexia, vômito, distensão

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abdominal, letargia, cianose, respiração irregular e morte. Os efeitos adversos relacionam-se
a urticaria, exantema cutâneo, náuseas, vômito e glossite, dificuldade visual.

9.5 -TETRACICLINAS.

São drogas bacteriostáticas. O uso de tetraciclinas durante a gravidez, lactação e me


crianças menores de 8 anos é contraindicação devido á descoloração dentaria permanente (
cor marrom-acinzentada, cinza-castanho) e á má-formação óssea.

As principais tetraciclinas são:

 Tetraciclina em capsula, suspenção, xarope, pomada oftálmica e injetável (Tetrex);


 Oxitetraciclina em capsula, xarope e injetável (Terramicina);

9.6 - LINCOMICINAS

São bactericidas usados em pacientes alérgicos a penicilina e cefalosporinas.


Apresentam boa absorção VO e não sofrem interferência dos alimentos.

As principais são:

 Lincomicina em capsula, xarope e injetável ( Frademicina);


 Clindamicina em capsula e injetável (Dalacin C).

VANCOMICINA INJETAVEL (VANCOMICINA, VANCOCIN, VANCOCINA).

É um antibiótico bactericida e deve ser utilizado somente em infecções graves; é


restrito aos hospitais. A infusão rápida provoca a reação denominada “síndrome do
pescoço vermelho” caracterizando-se por: rubor facial, cervical e torácico, prurido,

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hipotensão e choque. Esses sintomas cessam com a interrupção da infusão.

Pacientes com distúrbios renais devem ser monitorados constantemente, pois a droga
é altamente nefrotóxica.

9.7 - IMIPENEM + CILASTATINA INJETAVEL (TIENAM).

Antibióticos bactericidas de amplo espectro, restrito aos hospitais. Pode causar


reações locais como eritema, intumescimento local, flebite, prurido, náuseas e vômitos.

9.8 - SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPINA COMPRIMIDO, SUSPENSAO E INJETAVEL


(BACTRIM).

Droga bactericida atravessa a barreira hemoliquórica, sendo importante no


tratamento de meningites, por exemplo. Podem ocorrer as seguintes reações adversas:
rush cutâneo, formação de litíase renal por depósito de cristais nas vias urinarias, mal-
estar, zumbido, tontura, náusea e vômito.

METRONIDAZOL (FLAGYL).

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Bactericida especifica para micro-organismo anaeróbico de cavidade abdominal; também
é indicado para o tratamento de amebíase, giardíase e vaginite. Podem ocorrer as
seguintes reações adversas: convulsões, cefaleia, sonolência, cólicas, abdominais, náuseas
vômitos e diarreia, poliúria, cistite, prurido e rush cutâneo.

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇAO DOS ANTIMICROBIANOS.

1. Pesquisar historia de alegria e estar atento a qualquer manifestação após a aplicação.


2. Suspender a administração da droga em casos de reações alérgicas.
3. Administrar penicilina via intravenosa com a medicação bem diluída e lentamente (1
hora); geralmente em infusões venosas utilizam-se 100 ml de soro fisiológico. Fazer
rodizio dos locais de aplicação IM e administrar em tecido muscular profundo.
4. Certifica-se das condições do acesso venoso antes de administrar os medicamentos e
observar sinais inflamatórios.
5. Em relações ás penicilinas G, benzatina G procaína, agitar o frasco para homogeneizar
bem a solução antes de aspira-la e trocar a agulha após a aspiração.
6. Administrar as penicilinas de uso oral 1 a 2 horas antes das refeições para melhor
absorção.
7. Estimular a ingestão hídrica durante o tratamento com aminoglicosídeos, pois são
nefrotóxicos; não se recomenda o uso concomitante drogas nefrotóxicas, como a
vancomicina.
8. Observar e comunicar reações adversas como náuseas, vômitos, diarreia, rush
cutâneo.
9. Não administrar eritromicina com clindamicina, pois aquela inativa o efeito da
clindamicina.
10. Administrar os antimicrobianos diluídos com SF 0,9%, SG 5% ou agua destilada (de
acordo com a compatibilidade) no volume de 100 ml, em 1 hora, observando sinais d
flebite.
11. Nunca administre vancomicina IM porque ela é uma droga altamente irritante e capas
de causae necrose tecidual.
12. Realizar controle de diurese nos casos de drogas nefrotóxicas.
13. Drogas anticonvulsivantes diminuem a ação de metronidazol.

São medicamentos que seguem o esquema nacional de pneumologia sanitária. Os


principais são:

 Isoniazida comprimido tuberculostático: podem ocorrer reações como convulsão


náuseas, e vômitos, hepatite medicamentos.
 Rifampicina: antibiótico bactericida eficaz contra o bacilo da tuberculose. Podem
ocorrer as seguintes reações: cefaleia, tontura, sonolência, anorexia, náusea, vomito,
hepatotoxidade, rush cutâneo.
 Pirazinamida: droga tuberculostática. Podem ocorrer as seguintes reações: náusea
vomito, disúria, sangramento, hepatite.

9.9 - ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Administrar em jejum ate 1 hora antes das refeições, ou 2 horas depois, caso surjam
distúrbios gastrintestinais; oferecer alimentos ou antiácidos que não contenham
alumínio.

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2. Orientar sobre a importância de fazer o tratamento corretamente ( 6 meses).
3. Evitar bebidas alcoólicas durante o tratamento.
4. Monitorar sinais como a anorexia, fadiga icterícia e colúria relacionadas á rifampicina.
5. Orientar sobre alterações na cor da urina, fezes, suor, saliva, (alaranjada), denominada
“síndrome do homem vermelho”, relacionada a rifampicina.

CAPITULO -10 ANTIFUNGICOS.

São drogas capazes de inibir o crescimento ou destruir os fungos. Podem ser fungicidas
ou fungistáticas.

 Anfotericina B injetável (Fungizon) : droga fungicida, indicada para endocardite


fúngica, meningite fúngica etc. Pode causar as seguintes reações adversas:
cefaleias, hipotensão, arritmias, anorexia, perda de peso, náusea, vômito,
distúrbios renais, artralgias. É irritativa para os vasos sanguíneos; a flebite
pode ser minimizada por meio de administração cuidadosa e lenta.
 Nistatina (Micostantin): Fungicida indicado para candidíase de mucosa e
micoses externas.
 Cetoconazol (Nizoral): fungicida e fungistatico indicado para as demartofitoses
( pele, couro cabeludo, unhas), candidíase vaginal e sistêmica.
 Fluconazol (Zoltec): droga fungistatica indicada para candiase disseminada e
meningite criptocócica, e também para prevenção e tratamento de infecções

fungicas em pacientes imunodeprimidos. As reações adversas são : náusea,


vomito, cefaleia, rush.

10.1 -ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Monitorar a frequência cardíaca na infusão da anfotericina; a infusão rápida pode


causar parada cardiorrespiratória.
2. Observar sinais de alteração urinaria devido á nefrotoxidade, além de monitorar a
creatina sérica.
3. Atentar para sinais de flebite.

10.2 - ANTIVIRAIS.

São medicamentos que visam a inativação dos vírus evitando danos ao hospedeiro.

 Aciclovir ( Zovirax): inibe a formação de DNA do vírus infectante. Está indicado


para o tratamento de herpes, encefalite herpética e herpes-zoster em
pacientes imunodeprimidos. Podem ocorrer reações como: cefaleia, náusea,
vômito, hipotensão, flebite, alteração de creatina e diarreia.
 Antivirais para pacientes soropositivos HIV: podem ser usados isoladamente ou
associados, como lamivudina (Epivir) + zidovudina (Retrovir); zalcitabina (Hivid)
+zidovudina (Retrovir)

O tratamento é estabelecido pelo infectologista e deve ser avaliado periodicamente


por meio de exames de sangues. Os principais medicamentos são: invirase via oral
(Saquinavir); lamivudina via oral (Epivir); ritonavir via oral (Norvir); zalcitabina via oral
(Hivid); zidovudina via oral ( Retrovir, Virustat).

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10.3- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.

1. Monitorar sinais de hipersensibilidade.


2. Estimular ingestão hídrica.
3. Nunca administrar aciclovir IM.
4. Respeitar os horários dos esquemas antirretrovirais.
5. Observar manifestações colaterais como cefaleia, mal-estar, cansaço, dor abdominal,
náusea, vômito, anorexia, diarreia, insônia, febre. Comunicar o médico, inclusive se
houver outras manifestações indesejáveis.
6. Observar sinais e sintomas de neuropatia periférica, como dormência,
formigamento, diminuição da sensibilidade, dor ou queimaços em membros
inferiores, em pacientes que fazem uso de zalcitabina (Hivid).

10.4 -ANTI-HISTAMÍNICOS

As drogas de ação antialérgicas, ou seja, inibem a resposta do sistema imunológico ao


agente desconhecido. Podem causar sonolência, náusea e vômito.

As principais drogas são:

 Prometazina (Fenergan);
 Difenidramina (Benadyl);
 Maleato dexclorfeniramina (Polaramine).

10.5 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.

1. Verificar sinais vitais.


2. Observar efeitos colaterais.
3. O Fenergan causa depressão de SNC.

10.6 -IMUNOSSUPRESSORES

São drogas que deprime o sistema imunológico e estão indicadas em transplante e


estão indicadas em transplante, para prevenção da rejeição. Devem ser associadas com
antibióticos profiláticos.

As drogas principais são:

 Ciclosporina (Sandimun);
 Azitiopriona (Imuram);
 Basiliximab (Simulect).

10.7 -ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. A ciclosporina é incompatível com epinefrina e sulfato de magnésio.


2. Observar efeitos colaterais.
3. Realizar procedimentos com técnicas assépticas devido ao risco de infecção durante
o tratamento.
4. Estar atento á estabilidade das drogas após o preparo.

22
CAPITULO 11 - DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA ENDOCRINO.

11. 1 - INSULINA.

A insulina é um hormônio que transporta a glicose para as células e age regulando os


níveis séricos. Indicada nos casos de diabetes mellitus insulino – dependente . Classificam-se
em rápida (regular ou simples) e intermediaria (NPH).

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Conservar o frasco em temperatura de 2 a 8°C, porem nunca no congelador.


2. Administrar a insulina observando atentamente a prescrição medica e realizar rodizio
de locais de aplicação.
3. Realizar controle do nível de glicose sanguíneo/urinário.
4. Comunicar os sinais de hipoglicemia: sudorese, tremor, palidez, cefaleia, sonolência,
confusão mental, fraqueza, taquicardia, palpitação.
5. Orientar e treinar o paciente sobre técnicas da auto aplicação.

11.2 - HIPOGLICEMIANTES ORAIS.

São drogas utilizadas para o controle e a regulação da glicemia em casos de falência


parcial do pâncreas.

Os principais medicamentos são:

 Clorpropamida (Diabinese);
 Glibenclamida (Daonil);
 Glipizida (Minidiab).

11.3-ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Orientar para a realização de dextros frequentes e dieta com restrição de açucares.


2. Orientar o paciente sobre os horários da medicação ( jejum, antes do almoço e
jantar).
3. Esclarecer duvida sobre os sinais de hipoglicemia, já descritos neste capitulo.

Tabela 9.2 Ação da insulina no organismo

Insulina Inicio Pico Duração

Regular ½-1 h 2-4 h 6-7 h

NPH/Lenta 3-6 h 12-16 h 20-24 h

80%NPH/20% ½-1 h 2-12 h 20-24 h


regular

70%NPH/30% ½-1 h 2-12 h 20-24 h


regular

23
CAPITULO 12 - HORMONIOS DA TIREOIDE E DROGAS ANTITIREOIDIANAS.

São drogas que atuam inibindo ou estimulando a atividade tireoidiana. Podem causar
alterações de comportamento.

12 . 1 Drogas utilizadas em hipotireoidismo:

 Lotiroxina ou T4 (Euthirox, Tetroid, Puran T4);


 Triiodotironina ou T3 (Cynomel, Tyroplus).

Drogas utilizadas em hipetireoidismo (antitireodianas):

 Propiltiuracil (Propiltiuracil);
 Metimazol (Tapazol).

12.2- ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Administrar os medicamentos hipotireoidianos em jejum.


2. Orientar o paciente a mão para de tomar o medicamento sem orientação médica.
3. Observar efeitos colaterais como taquicardia, cefaleia, insônia, diarreia e
emagrecimento muito rápido, letargia, sonolência, bradicardia e constipação
intestinal.

12.3- DROGAS TROMBOLITICAS.

São drogas utilizadas nas primeiras 6 horas do quadro de infarto, no intuito de


dissolver os trombos/êmbolos que causaram a obstrução da coronária, restabelecer a
circulação. Podem ser usadas também nos quadros de embolia pulmonar e TVP. A ação
ocorre imediatamente após a administração.

As principais drogas são:

 Estreptoquinase ( Streptase);
 Substancia alteplase (Actylise).

12.4- ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Devem ser administrada em pacientes sob monitoramento.


2. Manter o material de emergência próximo ao paciente durante a administração.
3. Observar efeitos colaterais que são intensos: náusea e vômito, hipotensão severa,
arritmias cardíacas, reações alérgicas.
4. Contraindicadas em casos de hemorragia ativa
5. Devem ser administradas em bombas de infusão.

12.5-ANTICOAGULANTES.

São drogas que inibem fatores relacionados a coagulação sanguínea. São utilizadas em
distúrbios tromboembólicos. Devem ser administradas com cautela devido ao risco de
hemorragias internas e externas.

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Os principais medicamentos são:

 Heparina (Heparina, Liquemine);


 Varfarina sódica (Marevan);
 Estroptoquinase (Stretase, Streptoquinase).

12.6- ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar os sinais de hemorragia interna e externa.


2. Evitar, se possível, medicações parentais.
3. Não massagear o local de aplicação de medicação parental.
4. A heparina é administrada pelas vias subcutâneas, e deve ser difundida em bomba
de infusão.

12.7-ANTINEOPLASICOS.

São agentes químicos utilizados no tratamento (quimioterapia) de neoplasias malignas.


Agem interferindo no crescimento e divisão celulares, controlando e reduzindo a
multiplicação desordenada das células e evitando metástases. Sua utilização é acompanhada
de efeitos tóxicos resultantes de sua ação também sobre assim, depressão de medula óssea,
náusea, vômito, diarreia e alopecia, alterações cardíacas, cutâneas, renais e hepáticas.

A segurança dos profissionais que manipulam esse tipo de drogas tem sido muito
discutida, devido as ações que exercem no organismo vivo e os danos que podem causar
com a manipulação inadequada. Por isso, foram criadas normas de segurança para o
profissional e o meio ambiente.

A via de administração mais frequente de quimioterápicos é a intravenosa, por cateter


central, porem, outros acessos podem ser utilizados, como VO, intratecal, subcutânea e
intramuscular.

Os antineoplásicos podem ser divididos em:

1. Agente aquilantes: exercem efeitos citotóxicos através da transferência de seus


grupos alquila para vários componentes celulares:
 Ciclofosfamida;
 Cisplatina;
 Carboplatina.
2. Agentes antimetabólitos: agem sobre o metabolismo intermediário das células em
proliferação.
 Metrotexato (MTX);
 Citarabina; (ara-C);
 Cladriblina (Leustatin);
 Gencitabina (gemzar).
3. Alcaloides vegetais: agem na interrupção da divisão celular (mitose) ou por lesão do
DNA celuar.
 Vincristina (Oncovin);
 Vimblastina (Velban).
4. Agentes antibióticos: ligam-se ao DNA da célula e bloqueiam a síntese de novo RNA,
DNA ou ambos, interferindo na replicação celular.

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5. Agentes hormonais: controlam a proliferação celular.
 Hidrocortisona;
 Prednisona;
 Anastrozol (Arimidex).
6. Outros agentes antineoplásiocs:
 Asparginase (Elspar): inibe a síntese de proteína em células neoplásticas;
 Hidroxiureia (Hydrea): inibe a síntese de DNA.

12.8ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Lavar sempre as mãos antes e depois de manipular o paciente.


2. Utilização de EPI: avental, luvas, mascaras e óculos de proteção para administrar o
quimioterápico.
3. Administrar com técnicas asséptica, devido á imunodepressão comum em pacientes
submetidos a esse tipo de tratamento.
4. Testar sempre o retorno venoso antes de administrar a droga quimioterápica. Se
houver duvida, interromper a administração e comunicar o enfermeiro para
providenciar outro acesso.
5. Ao visualizar sinais locais de irritação e extravasamento (queimação, edema,
sensação de desconforto local, eritema, dor intensa, formação de vesículas e
destruição tecidual – necrose), interromper a administração imediatamente e
comunicar o enfermeiro. Aplicar antidoto local de acordo com o protocolo.
6. Aplicar bolsas de gelo ou compressas geladas por aproximadamente 20 minutos,
nas primeiras 24 e 48 horas. Se o quimioterápico extravasado for vesicante, aplicar
compressas quentes.
7. Comunicar o médico e realizar a anotação de enfermagem relatando a ocorrência.
8. Administrar antieméticos de acordo com a prescrição médica.
9. Alimentos condimentados agravam lesões das mucosas.
10. Manter higiene oral frequente e fazer bochechos com soluções prescritas.
11. Observar a frequência e o aspecto das eliminações.
12. Certificar-se da dosagem prescrita e da via de administração, ler cuidadosamente a
prescrição médica.
13. Observar os princípios efeitos colaterais, o tempo de administração,
fotossensibilidade, tempo de estabilidade da droga após o preparo e conservação.
14. Atentar para sinais de infecção e tendências hemorrágicas: petéquias e hematoma,
hemorragia intracraniana, hematúria, sangramento gastrintestinal.
15. Inspecionar os locais de procedimentos invasivos para detectar possíveis infecções
(inserção de cateter, sonda vesical, punção venosa).
16. Verificar rigorosamente a temperatura; observar sempre sinais e sintomas de
hipertermia como, tremores, calafrios, dores pelo corpo etc.

CAPITULO 12 - ANTI – INFLAMATORIOS.

São drogas que reduzem quadros inflamatórios, podem ser analgésicas ou não.

Classificadas em:

 Esteroidais: derivados de hormônios, com baixa ação analgésica. Indicados em


doenças autoimunes, artrite reumatoide, transplante e TCE. Podem causar
fraqueza muscular, úlceras gástricas, psicoses.

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 Não esteroidais: derivados do ácido propiônico e diclofenaco. Os efeitos
colaterais mais frequentes são úlcera gástrica e epigastralgia.

Principais drogas:

 Esteroidais: - dexametasona (decadron);

- hidrocortisona (Solucortef);

- prednisona (Meticorten);

-metilprednisolona (Solu-Medrol);

 Não esteroidais:

- diclofenaco sódico (Voltarem);

- diclofenaco potássio (cataflan);

- naproxeno (Naprozin);

- cetoprofeno (Profenid).

13.1ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM.

1. Observar alterações gastrintestinais.


2. O Decadron pode causar hiperglicemia.
3. Não administrar Voltaren IM no deltoide devido ao risco de abcesso.
4. Controlar o peso, os sinais vitais e as alterações de comportamento.

13.2-INTERAÇAO FARMACONDINAMICA.

A interação farmacodinâmica causa modificação do efeito bioquímico ou fisiológico do


medicamento.

Geralmente, ocorre no local de ação dos medicamentos (receptores farmacológicos)


ou por meio de mecanismo bioquímico especifico, sendo capaz de causar efeitos semelhantes
(sinergismo) ou opostos ( antagonismo).

13.3-SINGERISMO.

Sinergismo é um tipo de resposta farmacológica obtida a partir da associação de dois


ou mais medicamentos, cujo resultado é maior do que a simples soma dos efeitos isolados de
cada um dos fármacos.

O sinergismo pode ocorrer com medicamentos que possuem os mesmos mecanismos


de ação (aditivo), que agem por diferentes modos (somação) ou com aquele que atuam em
diferentes sítios farmacológicos (potencialização). Das associações sinérgicas podem surgir
efeitos terapêuticos ou tóxicos. Estes últimos são frequentes nas combinações de
medicamentos com toxicidade nos mesmos órgãos, por exemplo, aminoglicosideo e
vancomicina (nefrotoxicidade) ou corticosterioides e anti-inflamatórios não esteroidais (
ulceração gástrica).

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13.4-ANTAGONISMO.

No antagonismo a resposta farmacológica de um medicamento é suprimida ou


reduzida na presença de outro, muitas vezes pela competição deste pelo mesmo sítio
receptor.

Todos os indivíduos submetidos á terapia farmacológica com dois ou mais


medicamentos estão expostos aos efeitos das interações medicamentosas, mas determinados
grupos são certamente mais suscetíveis, por exemplo, as crianças, devido a imaturidade de
seus sistemas orgânicos, e os idosos. No caso dos idosos, á degeneração dos sistemas
orgânicos, o excesso de medicamentos prescritos, o tempo de tratamento, a prática de
automedicação e os inúmeros distúrbios de órgãos ou sistemas responsáveis pela
farmacocinética dos medicamentos colocam o grupo de pacientes idosos como o de maior
risco para desenvolver interações medicamentosas. Por isso é importante conhecer cada
sistema e as diferenças existentes entre eles conforme a idade do paciente.

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Referências Bibliográficas

Corporation Springhouse Farmacologia para Enfermagem , Rio de Janeiro , Editora


Koogan 2006 (Serie incrivelmente fácil) . – Karl – Artur Kovar , tradução de Eloir Paulo
Schenkel , São Paulo , Pharmabooks , 2010. – Schilcher , Heinz , Fitoterapia na
pediatria tradução de Dr. José Carlos Tavares Carvalho – Alfenas-MG – Editora
Ciência brasilis , 2005. – Albuquerque , Cristina , Northfleet de , dicionário de termos
farmacêuticos , Rio de Janeiro , Editora Koogan S/A , 2009. – Júnior , Klinger Fontinele
, administração de medicamentos em enfermagem , Goiânia , AB , 2003. – Cheregatii ,
Aline Laurenti (et al) drogas utilizadas em UTI , 3° edição , São Paulo , Martinari ,
2011. – Lima , Idelmina Lopes , Manual do Técnico e Auxiliar de enfermagem , Goiânia
, AB , 2007. – Cavallini , Mirian Elias , Farmácia hospitalar , Barueri -SP , Manolo ,
2010 2° edição.

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