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Eu sei não sou a melhor pessoa para falar do assunto! Por vezes, consigo
ter uma dieta menos saudável que que uma bacteria necrófoga na tumba de
Hitler, e porque, à excepção do treino respiratório intenso que faço quando
ressono, não costumo praticar desporto.
Mas eu penso que uma dieta até pode ser um bom “principio”. Melhor, só
mesmo, uma pole position para um carro de Formula 1. Já como corre o
“meio” é consigo — pode ser de Nike, Reebook ou até, com uma
falsificação da loja dos chineses. Mas, uma coisa eu sei, o “final” é igual
para todos: é de “caixão para à cova”. E olhando para o meu nível de
colesterol, é bem provável, que o meu seja já para a semana que vem.
Digo isto porque, na cabeça das pessoas que resolvem fazer uma dieta
ocorre, com frequência, pensamentos. A não ser que, claro, estejamos a
falar de pessoas que concorrem a reality-shows da TVI apresentados pela
Teresa Guilherme! E ocorrem pensamentos como “vou fazer esta dieta
durante 30 dias”. Estas são, normalmente, são pessoas para que vêm a
dieta como um sol de Verão: um motivo a usar um biquini/fato de banho
justo. Mas até aqui tudo bem! O problema vem depois dos 30 dias. quando
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abandonam a dieta e os novos hábitos adquiridos durante o processo.
Caem no erro de abandonarem esses hábitos mais saudáveis quando,
deveriam mante-los numa base regular. Porque senão a dieta deixa de fazer
sentido.
Tomar um livro um guia para perder peso raramente é boa ideia. Afinal, um
livro, no que toca a perder peso, raramente é sinónimo de “dieta saudável”.
Primeiro porque um livro não ganha peso, muito menos costuma ter apetite
e nunca, ou raramente, desfalece por efeito de sub-nutrição. Segundo,
porque um livro quando perde de peso, em vez de fazer desporto ou mudar
os seus hábitos alimentares, arranca páginas. Ou como é mais conhecido
noa diria do mundo livreiro: faz “lipoaspiração”, Ou então, deixa-se
contaminar pelo caruncho (as ténias do mundo dos livreiro)!
Assim, para mim, maior aldrabice que livros de dietas escritos por famosos,
só mesmo, dizerem que o consumo de álcool (vinho) faz bem à saúde (de
um alcoólico). É tudo uma grande industria. Aliás, nunca vi um produtor
vinícola que diz, “apenas ambiciono dar de beber um bom vinho as pessoas
pelo preço mais acessível” disponibilizar o seu produto de modo grátis nas
prateleiras do supermercado. Mas não é disto que quero falar. Por isso
esqueça esta parte, ok! E, no caso de ter boa memória, beba duas garrafas
de casal Garcia e, depois, voltamos a falar (volte a esta página)…
… Onde é que eu ia?…. Não se lembra?!... ah, pois:é por causa das duas
garrafas de Casal Garcia! Bem, então, deixe-me dar-lhe uma ajudinha!… Ia
na parte em que afirmava que, para mim, a maior parte dos livros de dieta
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são como muitos dos oásis no meio de um deserto: são (autênticas)
miragens Mas dirão algumas pessoas: “Isso não é justo! Existem livros que
dão bons concelhos.” E, a esses, eu respondo: “de boas intenções está o
inferno cheio” e a prova-lo, está o purgatório que é o sabor da comida de
dieta. Efectivamente, a maioria dos livros de dieta raramente dão bons
concelhos. Muitos, inclusive, conseguem ser mais ridículos que um idoso
sem roupa. Ou mesmo, as promessas eleitorais em ano de campanha.
Dietas como a “Dieta dos Sumos”. Uma dieta feita à base do consumo de
sumos — um liquido extraído de fruta que foi mais exprimida que um sofá
que suporte o cú de um lutador de sumo —, e praticada por pessoas que
querem obter um corpo mais encantador e livre das tão amaldiçoadas
calorias, resultantes do pecado da gula. Por outras palavras: uma dieta feita
por pessoas que acreditam que querem alcançar um corpo tão, ou mais,
divinal que o de um Sumo-Pontífice/Papa que pratique jogging.
Ou, talvez pior ainda, a “Dieta a Dieta Paleolítica (ou Paleo)”. Uma dieta que
segue o princípio de se comer, apenas, os itens que se pode caçar ou
colectar, como se fazia na Idade da Pedra. Ou seja, que impede que se
coma alimentos que, ao longo da história humana, tenham surgido após
advento da agricultura e tecnologias. O que tem criado muita polémica pois,
entre outras coisas, proíbe o consumo de mulheres com mamas de silicone,
ou, de homens com implantes capilares.
Eu sei que esta dieta pode parecer uma loucura. Talvez seja porque, de
facto, é uma loucura! Mas é só mesmo por causa disso, ok! E não só vai
parecer loucura a alguém com uma licenciatura em Nutrição e Saúde como,
a alguém com uma licenciatura em Literatura! Pois, por incrível que pareça,
fazer uma dieta de 30 dias consegue fazer menos sentido e ser mais
despropositado e incompreensível que um reality-show da TVI apresentado
pela Teresa Guilherme. Aliás, nunca poderá ser uma dieta saudável, a não
ser que estejamos a falar das audiências da TVI.
Uma dieta saudável é feita a base de uma dieta balanceada que é mantida
ao longo do tempo. Não é fazer dieta para perder 3 toneladas de banha em
15 dias. pois, isso, faz mais mal a pessoa que as suas banhas. Não sou que
vou dizer que um livro de dieta não possa ajudar-nos a ter uma vida e dieta
mais saudáveis. Mas são raros os que o fazem. Já no caso de a grande
maioria dos livros de dietas promovidas por famosos, a única maneira de
poderem ser considerados uma coluna de sustentação para alcançar uma
dieta alimentar mais balanceada, é sendo colocados por baixo de uma mesa
com um pé mais pequeno que os outros, de modo a permitir que o nosso
pequeno-almoço rico em proteínas e vitaminas pare de abanar.
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Livros de doçaria portuguesa
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