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NÍVEIS DE RISCO E A ROTINA DE TRABALHO EM UM

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Um laboratório de análises clínicas é composto por diversos setores,


sendo que estes podem apresentar riscos variados à saúde humana, portanto
dentro do ambiente laboratorial se faz necessário à prevenção de riscos em uma
rotina de trabalho promovendo o uso de alguns equipamentos, tais como:
• Jaleco: O uso desse artigo é obrigatório em todos os níveis de risco;
• Luvas: Devem-se usar luvas, preferencialmente de látex, em quase
todas as situações, em caso de procedimentos de risco NBR-2 são necessárias
luvas termorresistentes para autoclavagem;
• Máscara: É necessário o uso desse artigo para procedimentos de nível
NBR-3 e somente em atividades com formação de aerossol;
• Óculos: O uso desse artigo é necessário para procedimentos de nível
NBR-3, que possam ocasionar respingos de alguma substância nociva aos
olhos;
• Protetor Auricular: É necessário o uso desse artigo para procedimentos
de nível NBR-3, somente em situações onde há preparo de espécimes em que
a centrifugação é empregada;
Placas Indicativas: Esses artigos representam uma importante
ferramenta de educação dos funcionários e devem estar em todos os setores
laboratoriais em uma informação sobre biossegurança tiver que ser transmitida;
• Lava Olhos: Esses equipamentos devem estar localizados dentro do
laboratório e os funcionários devem ser treinados para utilizá-lo. Quando
ocorrer algum tipo de acidente com derrame de material nos olhos, estes
devem ser lavados por no mínimo 15 minutos;
• Kit de Primeiros Socorros: Este é um artigo fundamental e deve estar
disponível em todos os setores e constar de material necessário para
tratamentos de acidentes ocorridos na área de trabalho. Os funcionários devem
ser treinados para utilizá-lo;
• Kit de Desinfecção: Este material deve estar disponível em todos os
setores para contenção e descontaminação em caso de acidentes com material
biológico no laboratório, em que os funcionários devem ser treinados para usá-
lo;
• Chuveiro de Segurança: Este equipamento deve constar dentro da área
do laboratório em local de fácil acesso por todos os setores, seu acionamento
deve ser fácil para que funcionários mesmo com os olhos fechados possam
utilizá-lo;
• Capelas de Exaustão e Câmaras de Fluxo Laminar: Esses
equipamentos são utilizados para proteção contra material volátil ou proteção
microbiológica e podem ser utilizados tanto na proteção do operador quanto do
material no seu interior dependendo da rotina efetuada.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE LABORATORIAL

Independente do tamanho, da prestação de serviços ou trabalhos


realizados, o laboratório precisa estar organizado de forma prática e lógica e
para isso o Manual de Biossegurança do Ministério da Saúde nos dá algumas
orientações de como organizá-lo:
• O laboratório deve possuir uma boa iluminação e temperatura
controlada na faixa de 20º a 26º C, por meio do uso de equipamento de
arcondicionado. Devem-se manter portas e janelas fechadas e evitar o uso de
ventiladores, pois estes podem aumentar a quantidade de propagação de
partículas, proporcionando fontes de contaminação;
• As bancadas onde se é realizado o trabalho devem ser revestidas
com material não poroso, para impedir a proliferação de microrganismos,
devem também ser resistentes à ação dos desinfetantes utilizados em
laboratórios, como por exemplo, o hipoclorito de sódio. Além disso, as
bancadas devem estar dispostas de modo que possibilite a circulação dos
técnicos sem riscos de acidentes;
• Os equipamentos presentes no laboratório devem estar instalados
de acordo com suas características e orientações do fabricante;
• Todos os setores de um laboratório de análises clínicas devem
possuir equipamentos de proteção coletiva (extintor, chuveiro de emergência,
lava olhos) bem instalados e sinalizados;
• Todos os setores de um laboratório de análises clínicas devem
possuir equipamentos de proteção individual (EPI's) disponíveis para os
profissionais (jaleco, óculos, máscara facial, gorro, luvas, etc.).
Diante do exposto, algumas dicas são muito úteis na rotina de trabalhos,
a seguir estão expressas algumas que ditam o que devemos fazer ou não
enquanto estivermos no laboratório: durante a permanência no laboratório prefira
o uso de calças compridas e sapatos fechados que protejam totalmente os seus
pés, com a finalidade de se evitar lesões; deve-se manter os cabelos compridos
presos ou utilizar um gorro para evitar que eles prendam em algum equipamento
ou para evitar que eles entrem em contato com materiais nocivos durante a
manipulação; as unhas devem sempre estar aparadas, pois unhas compridas
podem furar as luvas e promover contaminações; deve-se evitar o uso de
brincos, anéis e bijuterias, pois estas podem servir de depósito para os
microrganismos; dentro de um laboratório não é permitido comer ou beber
qualquer tipo de alimento; além de que não se deve em hipótese alguma guardar
alimento e bebidas em geladeiras dos laboratórios.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E EQUIPAMENTOS DE


PROTEÇÃO COLETIVA

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

São equipamentos de uso pessoal e utilizados como barreiras de proteção


para o profissional. Há disposições legais estabelecidas pelo Ministério da Saúde
para a utilização de EPIs e estes devem estar disponíveis de
maneira acessível, pois seu uso obrigatório em ambientes laboratoriais. Entre os
principais artigos utilizados como EPI'S podemos citar:
• Jaleco: este artigo fornece uma barreira de proteção para as roupas
pessoais devendo ter colarinho alto e mangas longas, podendo ser constituído
de pano ou material descartável, em que a cor deve ser preferencialmente
branca. Ele deverá ser utilizado apenas nas dependências do laboratório com a
finalidade de evitar veiculação de microrganismos do laboratório para outros
ambientes.
• Luvas Descartáveis: estes artigos devem ser usados como barreira
protetora para evitar o contato com líquidos corporais, secreções e objetos
contaminados. As luvas de procedimento, geralmente descartáveis, devem ser
trocadas frequentemente. Quando o profissional estiver fazendo uso de luvas,
ele não deve manipular objetos fora do campo de trabalho, mas caso
necessário, devem ser utilizadas luvas de sobrepor (material plástico);
• Luvas Grossas: estes artigos são indicados para procedimentos que
envolvam lavagem de instrumentais, serviço de limpeza em geral e para a
coleta do lixo;
• Luvas Térmicas: estes artigos são indicados para os procedimentos que
envolvam procedimentos a altas temperaturas, como por exemplo, esterilização
em estufa e autoclavagem. Elas devem ser armazenadas em local seco;
• Óculos e Máscara: estes artigos são utilizados em procedimentos que há
a formação de aerossóis e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e
boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes;
• Protetor Facial: este artigo é confeccionado de material rígido e leve,
sendo utilizado para proteção do rosto, portanto ele deve ser ajustável à
cabeça e cobrir todo o rosto;
• Gorro: este artigo é indicado especificamente para profissionais que
operam em procedimentos que envolvam projeção de partículas e proteção de
pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos.

EXEMPLOS DA UTILIZAÇÃO DE ALGUNS EPI'S


<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/epi-nb2.htm>

Além da utilização de EPI's na rotina de trabalho, outra medida eficaz para


a segurança dos profissionais e dos pacientes é a higienização das mãos com
frequência. Pois as mãos devem ser higienizadas antes e após o contato com o
paciente; antes de calçar as luvas e após a sua remoção; entre procedimentos;
após contato com sangue ou qualquer outro fluido corporal; após contato com
qualquer artigo ou equipamento contaminado; antes e após alimentação e uso
de sanitário.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Os equipamentos de proteção coletiva fazem referência ao uso de um


determinado grupo de profissionais, devendo proteger todos os trabalhadores
expostos a determinado risco. Entre os principais artigos utilizados como EPC'S
podemos citar:
• Cabine de segurança Biológica: esses equipamentos podem ser
divididos em três classes de cabines, contudo as mais utilizadas em
laboratórios de análises clínica são as classes I e II. Em todos os
procedimentos que envolvam amostras biológicas e
substâncias químicas voláteis deve ser utilizada uma cabine para a sua
realização.
• Chuveiro de emergência e Lava Olhos: estes equipamentos devem ser
utilizados em casos de acidentes e sua projeção é adaptada para oferecer um
fluxo de água abundante e de baixa pressão, que possibilita a remoção de
qualquer tipo de contaminante ou calor do corpo humano sem agravar
possíveis lesões.
• Extintores de Incêndio: estes equipamentos devem estar disponíveis em
todos os setores de um laboratório de análises clínicas para auxiliar no controle
de um eventual acidente que possa ocasionar algum incêndio;
• Balde de areia: este artigo pode ser utilizado quando houver o
derramamento de substâncias químicas perigosas, pois ele absorve o material
derramado, evitando assim que ele escorra para outras áreas;
• Caixa para Descarte de Perfurocortantes: este artigo consiste em caixas
de papelão destinadas para o descarte de agulhas, lâminas, lancetas e outros
materiais perfurocortantes. Sempre é bom lembrar que nunca se pode
descartar material perfurocortante em sacos plásticos.

ALGUNS EXEMPLOS DE EPC'S E SUA UTILIZAÇÃO

<http://www.unifal-mg.edu.br/riscosquimicos/node/72>
ARMAZENAMENTO E DESCARTE DE AMOSTRAS E PRODUTOS
QUÍMICOS

CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL SEGUNDO O USO

Vários materiais, equipamentos e artigos são utilizados na rotina de um


laboratório de análises clínicas, tais materiais podem ser divididos de acordo com
sua periculosidade, podendo ser:
Artigos Críticos: são considerados materiais que entra em contato direto
com regiões corpóreas internas, por isso necessitam ser esterilizados. Como
exemplos desses materiais podem ser citados: seringas com agulhas, cateteres,
sondas, etc.;
• Artigos Semicríticos: são considerados materiais que entram em contato
direto com mucosa, por isso necessitam de um processo de desinfecção.
Como exemplos desses materiais podem ser citados: swab, paletas orais, fita
gomada, etc.;
• Artigos Não Críticos: são considerados materiais que não entram em
contato com o organismo, geralmente apresentam contato apenas com a pele
íntegra (sem lesões), para estes materiais basta uma boa limpeza. Como
exemplo desses materiais pode-se citar: botas, jalecos, etc.

TÉCNICAS ASSÉPTICAS

Na rotina laboratorial são utilizados materiais que precisam passar por


alguma técnica asséptica para serem utilizados nos procedimentos operacionais.
Sendo assim, abaixo são apresentadas algumas técnicas assépticas e suas
eventuais utilizações:
Esterilização: constitui-se de uma técnica que provoca a destruição
completa de todas as formas de vida presentes em materiais que manterão
contato direto ou indireto com estruturas corpóreas internas. Exemplos de
materiais que necessitam passar por esse procedimento: seringas com agulhas,
lâminas de vidro, placas de Petri, etc.;
Desinfecção: constitui-se de uma técnica que provoca a destruição de
micro-organismos patogênicos ou não, sendo utilizada em objetos como móveis
ou em instalações presentes nos setores laboratoriais. Exemplos de materiais
que necessitam passar por esse procedimento: bancadas, capelas de proteção,
etc.;
Antissepsia constitui-se de uma técnica utilizada para promover a
diminuição da população bacteriana e prevenção do seu crescimento em tecidos
vivos, sem que haja necessariamente a destruição de todas as formas viáveis.
Exemplos de uso para esse procedimento: lavagem das mãos.

Descontaminação de área após derramamento de material Biológico


ou Cultura e Micro-organismos

Quando houver o derramamento de algum material biológico em algum


dos setores laboratoriais, onde este evento represente algum risco para os
demais profissionais, algumas medidas devem ser tomadas como:
primeiramente devem-se notificar o mais rápido possível os demais funcionários
do setor; caso haja algum risco biológico, todos os funcionários devem deixar
imediatamente o setor; os indivíduos envolvidos no acidente. Devem verificar
suas vestimentas quanto a contaminação com o material, caso este evento
ocorrer, as medidas de descontaminação da roupa devem ser tomadas.

Descontaminação de pequenas áreas (instrução para


descontaminação)

Quando houver o derramamento de alguma substância em uma pequena


área, como por exemplo, uma bancada, os profissionais
presentes nesse ambiente devem se atentar para algumas medidas a ser
tomadas como: promover o uso de EPIs; após equipado adequadamente deve-
se identificar e marcar a área que necessita de descontaminação; devem-se
preparar os recipientes para o descarte do material contaminado; durante o
processo de descontaminação o operador deve mover-se lenta e
cuidadosamente a fim de evitar a formação de novos aerossóis; deve-se cobrir
toda a área com uma toalha absorvente e deixar um germicida agir antes de
recolher com os fragmentos grosseiros; caso o local apresente materiais
perfurocortantes, estes devem ser descartados em caixas específicas; após
esse procedimento a remoção das luvas deve ser realizada de forma cuidadosa,
sendo que estas devem ser descartadas junto com o material contaminado;
necessita-se a lavagem das mãos com água e sabão e solução antisséptica;
além de registrar o acidente de maneira adequada para os responsáveis pelo
laboratório.

Kit de limpeza

De maneira geral são necessárias instruções para descontaminação por


escrito e em local de fácil visualização, além de que o laboratório deve possuir
um Kit específico para a limpeza e descontaminação, possuindo EPIs; pá
plástica; desinfetantes apropriados e que estejam dentro do prazo de validade;
toalha de papel absorvente; saco plástico para descarte de material contaminado
e caixas rígidas para descarte de materiais perfurocortantes.
É necessária também uma documentação apropriada para registrar os
acidentes que podem vir a ocorrer, além de equipamentos e materiais para
promover a esterilização e descontaminação. Esses procedimentos devem ser
seguidos para o descarte de rejeitos, pois todo material infeccioso ou
equipamentos utilizados na rotina do laboratório devem ser desinfetados antes
da lavagem, ou antes, de serem jogados no lixo. O processo de autoclavagem
deve ser realizado, exceto para materiais reaproveitáveis, produtos oxidantes ou
produtos que liberem subprodutos tóxicos quando aquecidos.
Autoclavagem

O processo de autoclavagem refere-se a procedimentos que envolvam a


esterilização (completa eliminação de formas vivas presentes nos diversos tipos
de materiais), sendo ela um importante método para eliminar o risco biológico. O
uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições de saúde e pesquisa,
este processo geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob
pressão gerando vapor sob alta pressão, o que ocorre em temperatura de
aproximadamente 121° C por no mínimo 15 minutos. O tempo para o processo
de autoclavagem é medido após a temperatura de o material envolvido atingir
121°C.

Descontaminação

O processo de descontaminação também conhecido como desinfecção,


pode ser definida como um procedimento que visa à redução da maioria ou
eliminação dos microrganismos patogênicos na superfície de um objeto,
impossibilitando que este transmita doenças. Tal procedimento para ter
efetividade necessita da utilização de um bom desinfetante, diante disso alguns
fatores podem determinar sua qualidade e eficácia, tais como: a concentração
do princípio ativo presente do produto; o tempo necessário para a ação; a
temperatura de armazenamento e o pH; nível de contaminação presente em
determinado objeto ou material; o tipo de contaminação envolvida no
procedimento; além das características físicas do objeto ou material que será
descontaminado.

MANUSEIO, GERENCIAMENTO E DESCARTE DE RESÍDUOS


SÓLIDOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Tratando-se do ponto de vista sanitário, o lixo possui grande potencial
para a transmissão de doenças. Por esse motivo, ele deve ser bem-
acondicionado e receber tratamento adequado anteriormente ao seu descarte,
pois a exposição dos resíduos pode favorecer a proliferação de vetores capazes
de ocasionar riscos de contaminação.
Nesse contexto alguns dados podem ser observados, de acordo com
dados do ano 2005 obtidos pela EMBRAPA o Brasil produz em média 241.614
toneladas de lixo por dia, sendo que desse total, 76% são depositados a céu
aberto em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% são
depositados em aterros sanitários, 0,9% são utilizados usinas e 0,1% são
incinerados. A composição média de o lixo domiciliar brasileiro apresenta uma
composição diversificada, porém mais da metade dos resíduos produzidos são
constituídos de matéria orgânica, configurando um quadro de desperdício.
Dessa maneira há uma grande perda em faturamento quando não se reaproveita
o lixo produzido.
De acordo com o que foi exposto anteriormente, a situação do
gerenciamento de resíduos de maneira geral apresenta-se de forma muito
preocupante uma vez que população mundial cresce significativamente a cada
dia, aumentando consideravelmente a produção de lixo. Diante desse quadro se
fazem necessários métodos para minimizar seus efeitos negativos dessa
situação, um deles é a coleta seletiva, que atualmente no Brasil está sendo muito
difundida.
Informações sobre a gestão dos resíduos em hospitais e centros de saúde
incluem aspectos relacionados com a produção de resíduos, levando em conta
sua quantidade e composição; sistemas de triagem; armazenamento; transporte;
tratamento e destinação final dos resíduos. Enquanto que para os outros
segmentos produtores, como por exemplo, laboratórios de análises clínicas,
procurou-se apenas fazer uma estimativa quantitativa e qualitativa dos resíduos
produzidos em suas instalações.
De acordo com o decreto-lei 239/97, de 9 de setembro, que dispões sobre
resíduos hospitalares, há o estabelecimento de regras sujeitas a gestão de
resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo
as atividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção da doença em
seres humanos ou animais, além de atividades de investigação relacionadas a
área.
A gestão de resíduos pode ser entendida como operações que envolvam
o recolhimento, transporte, armazenagem, tratamento e eliminação dos
resíduos, assim como o planejamento dessas operações, devendo ser atribuídas
às responsabilidades dessa gestão aos produtores e designando unidades de
saúde que possibilitam a realização de acordo com empresas devidamente
autorizadas.
Hoje em dia o destino oferecido aos resíduos hospitalares apresenta
sérios problemas devido a sua natureza, pois em sua grande parte está
contaminada por via biológica, química e radiativa, podendo vir a apresentar um
alto grau de periculosidade em razão de seu grande volume. Sendo assim, é
muito importante haver a consciência de que determinados resíduos como
sangue, secreções, produtos químicos e tecidos humanos são focos de
contaminação e constituem um sério risco para a saúde pública.
Essa situação está aumentando as preocupações e cuidados a se ter,
pois se refletiram igualmente na criação de legislação específica (que pretende
evitar a sua deposição em lixeiras, por exemplo), com o crescimento das
quantidades de resíduos a incinerar, provocando problemas ambientais graves.
Diante desse quadro torna-se necessário o desenvolvimento de diferentes
estratégias de gestão de resíduos da área da saúde, que permitam a redução da
sua quantidade e a introdução de processos de tratamentos alternativos. Entre
diversas estratégias, pode-se citar:
• A necessidade de redefinir a classificação dos resíduos que necessitam
de tratamento especial;
• A necessidade de melhorar as condições de instrução dos profissionais
da área da saúde, permitindo uma triagem mais eficiente;
• A necessidade de separação dos resíduos, impedindo que materiais não
recicláveis se misturem a materiais recicláveis.
A triagem e o acondicionamento dos resíduos produzidos deverão ter
lugar junto ao local de produção, possibilitando uma identificação clara da sua
origem e do seu grupo. O local de armazenamento deve ser dimensionado em
função da periodicidade em que se é realizado o recolhimento ou eliminação dos
resíduos produzidos, devendo a capacidade mínima corresponder a três dias de
produção.

Quando se trata da gestão de resíduos da área da saúde, convém citar


que há uma legislação e divisão em grupos referentes à avaliação de impacto
ambiental e destinação correta dos resíduos, sendo que os grupos mais
importantes relacionados a estes aspectos são apresentados a seguir:
• Grupo A: abrange um grupo de resíduos que apresentam risco potencial
à saúde pública e ao meio ambiente, devido à presença de agentes biológicos;
sangue e hemoderivados; peças provenientes de operações cirúrgicas e
exsudados orgânicos; materiais perfurantes ou cortantes; além de materiais
resultantes da assistência ao paciente.
• Grupo B: abrange um grupo de resíduos que apresentam risco potencial
à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas,
como resíduos farmacêuticos e resíduos quimioterápicos perigosos.

GRUPOS DE RESÍDUOS CONSIDERADOS DE RISCO


FONTE: NETO, 2013.

O desenvolvimento de um programa de prevenção pode reduzir os gastos


relativos ao tratamento e disposição de resíduos, uma vez que o aproveitamento
pode ser feito de forma mais racional, em que a implantação da coleta seletiva
tornase fundamental. Dessa maneira, podem-se estabelecer propostas como:
despertar a importância da valorização do "lixo" e dos problemas relacionados
com poluição, doenças, contaminação dos lençóis freáticos e saturação dos
lixões; viabilizar programas, colocando em prática os 5Rs: Regenerar, Recusar,
Reduzir, Reutilizar e Reciclar, por meio de módulos informativos e vivenciais;
além de fornecer recursos para proporcionar melhores condições e qualidade de
vida, pela compreensão dos novos paradigmas emergentes.
Além das propostas descritas anteriormente, pode-se estabelecer um
programa de prevenção com a elaboração de um PGRSS – Plano de
gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.

EXEMPLO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE


SERVIÇOS DE SAÚDE PARA QUÍMICOS

<http://www.hospitaissaudaveis.org/pdf/Palestra%203a%20Daniel%20M
arques%20P%C3%A9rigo.pd f>

Normas de Vigilância Sanitária

Essas normas são descritas em vários manuais da ANVISA e são


definidas por um conjunto de ações e medidas que são capazes de prevenir,
diminuir ou eliminar riscos à saúde humana e possibilitam intervir nos problemas
sanitários decorrentes no meio ambiente, assim como na produção
e circulação de bens e serviços que estão direta ou indiretamente envolvidos na
área da saúde.
No Brasil, muitas cidades já possuem um serviço de Vigilância Sanitária
muito organizado e responsável por ações que visam proteger e promover a
saúde da população. Antigamente, desde o início das primeiras cidades, já era
possível identificar registros relacionados a preocupações referentes à Vigilância
Sanitária.

Manuseio e Transporte Seguro de amostras Biológicas e Materiais


Infecciosos

De maneira geral, uma amostra qualquer que chega ao laboratório antes


de ser analisada deve estar identificada com uma etiqueta autocolante, contendo
uma descrição legível com nome do paciente, sexo, o tipo de exame solicitado e
a procedência da amostra.
O procedimento de colagem da etiqueta de identificação deve ser
realizado de maneira que se possa visualizar a amostra e, a coleta deve ser
realizada em tubos específicos, não colocar etiquetas em cima do código de
barra, bem como fitas adesivas que podem prejudicar a leitura dos mesmos.

Acondicionamento para o transporte

O acondicionamento das amostras que serão utilizadas nas análises de


rotina laboratorial possui alguns cuidados que devem ser observado em seu
acondicionamento e transporte, com a finalidade de se evitar perdas que possam
comprometer a qualidade dos serviços prestados. Porém, existem algumas
diferenças básicas para esses aspectos quando se realiza um transporte a curta
distância ou a longa distância, sendo que alguns itens devem ser observados
como:
Para transporte rápido e a curta distância, os tubos com amostras
podem vir em estantes e transportados em caixas térmicas; os
demais materiais podem variar de acordo com as orientações para cada tipo de
amostra, onde estas devem ser observadas cuidadosamente;
Para o transporte mais demorado e a longa distância, devem-se colocar
os tubos com as amostras, devidamente identificados e etiquetados em um saco
plástico e lacrá-lo; posteriormente deve-se colocar o saco com os tubos em pé,
protegido com papel dentro de um recipiente adequado e selar com fita adesiva
para fixar o saco com tubos na embalagem; deve-se acondicionar em uma caixa
térmica com gelo reciclável dentro; colocar em um saco plástico a parte as
requisições correspondentes às amostras, sendo que estas devem estar
devidamente preenchidas; deve-se fechar e vedar a caixa adequadamente; além
de identificá-la com destinatário e remetente, e realizar o envio ao laboratório.

Planos de Contingência

Esses planos são conhecidos também como planos gerais de emergência


e devem se acionados em casos de acidentes. Caso ocorra um acidente no
ambiente laboratorial, nunca se deve entrar em pânico, tem que pensar na
melhor solução para minimizar os riscos e danos, mantendo a situação sob
controle. Sendo assim, algumas medidas se tornam eficientes em caso de
acidentes, tais como:
• Deve-se evitar o pânico e chamar Imediatamente o responsável pelo
setor para o controle da situação;
• Devem-se evitar aglomerações na área e proceder ao atendimento do
acidentado imediatamente;
• Caso ocorra o derramamento de líquido ou fluido, deve-se isolar a área e
cobrir o material derramado com hipoclorito de sódio e deixar em repouso, não
se deve varrer o local antes de descontaminar a área para evitar a formação de
aerossóis;
• Deve-se identificar a origem do material contaminado e registrar o
acidente, se possível com testemunhas;
• Em caso de emergência, deve-se proceder ao encaminhamento do
acidentado a um hospital ou pronto atendimento;
• Caso ocorram acidentes com materiais perfurocortantes devem-se tomar
alguns cuidados adicionais, como: deve-se lavar o local com sabão e cobrir o
local com gaze estéril; promover a identificação do soro/sangue/paciente e
comunicar o responsável técnico presente; em alguns casos o chefe do setor
solicitará ao acidentado uma autorização para a realização de exame
diagnóstico sorológico para HIV e Hepatite com o compromisso de não divulgar
o resultado.
Há também procedimentos que são necessários no caso de tratamentos
profiláticos com as possíveis drogas recomendadas pela Organização Mundial
da Saúde e Secretaria de Saúde, além de que qualquer acidente deve ser
registrado e informado nas instâncias superiores do Setor e da Secretaria de
Saúde, conforme preconizado no POP pela CIBio e pela Vigilância Sanitária.
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