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All content following this page was uploaded by Rolden Baptista, MSc. on 26 January 2014.
Rolden Baptista
Palavras Chaves: Coque, cogeração, energia elétrica, meio ambiente, carvão mineral.
Summary: Oil is a powerful source of energy and through the refining process, can be a
series of derivatives that are used in various applications. This operation generates a residue
called petroleum coke, and that in the early twentieth century was simply discarded.
Currently coke is an alternative to using coal. It is composed primarily of carbon, hydrogen,
nitrogen, sulfur, chlorides and oxygen. In the burning of coke in the blast furnace is the
release of sulfur and nitrogen that can be channeled to move turbines generating electricity.
Thus preserving the environment of the process such impurities and saves the use of coal.
1. INTRODUÇÃO
O petróleo desde sua descoberta em volumes comerciais, em 1859 na Pensilvânia,
EUA, vem sendo uma fonte de energia fundamental para a humanidade. Carros, trens,
barcos e aviões são movidos pela queima de seus derivados combustíveis. Do universo de
produtos gerados a partir do petróleo, destacam-se os óleos lubrificantes, o asfalto das ruas,
matéria-prima para a indústria petroquímica como derivados do óleo crú (eteno, buteno e
benzeno) para fabricação de plásticos e fibras entre outros (FARAH, 2012).
O forte crescimento no consumo dos derivados de petróleo se deu entre 1920 e 1973
e muitas guerras ocorreram por sua causa, como conflitos no Oriente médio e a guerra do
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Golfo-Pérsico. No Brasil o consumo foi intensificado a partir de 1979, ocasião onde teve uma
grande alta no seu preço, decorrente da guerra Irã-Iraque (FARAH, 2012).
Atualmente o Petróleo é responsável por 37% da energia primária mundial (British
Petroleum Review of Energy World 2011) como pode ser observado nos Gráficos 1 e 2.
A busca por fontes alternativas de energia é muito discutida atualmente e a busca por
reaproveitamento energético é amplamente aceito. No caso do petróleo, há um resíduo
sólido que é amplamente utilizado em ambiente industrial e em termelétricas que é o coque
de petróleo.
Ele é um produto sólido com 90 a 95% de sua composição de carbono e é resultante
do processo de destilação a vácuo do petróleo observado na Figura 1. Pode ser obtido a
partir do craqueamento térmico e sua granulometria varia de 0 a 75mm e é conhecido no
Brasil como petrocoque (petcoke do inglês)( C. Cardoso, 2006).
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2. Objetivo
Demonstrar o processo de obtenção do Coque, da cogeração de energia elétrica
através da queima do coque em termelétricas ou usinas siderúrgicas e estabelecer um
comparativo com a vantagem em substituição do carvão mineral. As principais vantagens
para o meio ambiente são: fonte de energia alternativa de eletricidade, processo limpo de
poluição na queima do coque e preservação da não utilização do carvão mineral.
3. Revisão Bibliográfica
O coque pode ser formado a partir da condensação de compostos aromáticos
polinucleares (como em n-butil-naftaleno) (FAHIM, 2012) e este tem uma relação dada pela
equação 1 de de 0,73 (Chang e Robinson, 2006). Seu preço pode variar de US$ 20,00 por
tonelada e dependendo do mercado chega a US$ 80,00 (siderúrgicas) e US$ 100,00
(indústria de alumínio) por tonelada (de Carmargo et al, 2006).
3.1 Craqueamento
Craqueamento térmico é o craqueamento de resíduos pesados sob condições térmicas
severas. O coqueamento, por sua vez, é o processo de policondensação de carbono dos
resíduos pesados que produz componentes mais leves, uma vez que a maior parte de
enxofre fica retido no coque formado (Fahim, 2012). Existem três categorias de processos
industriais de craqueamento térmico: viscorredução; coqueamento retardado e
craqueamento térmico severo.
Muitos sistemas exigem energia em forma de calor como indústrias químicas, de
celulose e papel, refinarias de petróleo, fabricantes de aço, processadoras de alimentos e
industrias têxteis. Em geral esta energia é transferida pela queima de carvão, óleo, gás
natural, coque ou outro combustível em uma câmara de combustão (alto forno)(Çengel,
2006).
3.2 Produção de Coque
A produção de coque de petróleo tem aumentado ano a ano tudo para ampliar a
participação do coque no mercado interno e também manter a Petrobras em evidência no
mercado externo. As vantagens além do preço competitivo, ele gera poucas cinzas ao ser
queimado, tem alto poder calorífico e baixo teor de enxofre, o que o torna menos poluente.
No exterior, há coques com 7% de enxofre, enquanto o Brasil tem cerca de 0,8%.
Atualmente a produção de coque no Brasil corresponde a no mínimo 25 % do volume
de processamento das UCR (Unidades de Coqueamento Retardado) e não dá para ser
desprezado. As principais características dos dois tipos de coques produzidos pela Petrobras
são:
Coque Grau Combustível: Enxofre < 1%, poder calorífico médio de 8700 kcal/kg, cinzas
aproximadamente 0,3%, matéria volátil aproximadamente 12% (de Camargo, 2006);
Coque Grau Anodo: Enxofre < 1%, matéria volátil aproximadamente 10%, médio teor de
vanádio (~ 250 ppm) (de Camargo, 2006).
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para produzir energia elétrica por cogeração, ou seja, não desperdiçando este potencial.
Desta forma, cogeração é a produção de mais uma forma útil de energia utilizando uma
mesma fonte de energia (Çengel et al, 2006).
Com a utilização da queima do coque em processos industriais em câmaras de combustão a
energia térmica produzida no processo principal de produção pode ser aproveitada para
cogeração de energia elétrica, ou seja, há uma conversão de aproveitamento deste calor
para eletricidade.
Características Gerais da Composição do Coque:
Carbono fixo: mínimo 87%; típico 89% (em peso – base seca).
Enxofre: máximo 1%; típico 0,7% (em peso – base seca).
Matéria volátil: máximo 12%; típico 10% (em peso – base seca).
Poder calorífico: entre 8.200 e 8.700 kcal/kg
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Trabalho realizado através de revisões bibliográficas, consultas a dados disponíveis em
empresas do setor e demonstrações exemplos de utilização da Cogeração de energia em
algumas empresas no mundo.
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refinarias e o processo passa primeiramente por um leito fixo e em seguido por um leito
móvel ou fluidizado (C. Cardoso, 2006).
4.6 Cogeração
É possível usar um ciclo de uma turbina a vapor (Rankine) ou um ciclo de uma turbina a
gás (Baylon) ou mesmo um ciclo combinado como ciclo de potência de uma usina de
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cogeração. A Figura 2 abaixo mostra uma planta IGCC (Ciclo Combinado de Gaseificação
integrada) onde há turbinas a gás e turbinas a vapor.
5. RESULTADOS
5.1 Cogeração: Vantagens do Ciclo Combinado (Turbina de Gás e Turbina de Vapor)
O ciclo combinado de turbinas de gás e vapor aumenta a eficiência sem aumentar
muito o custo inicial. A eficiência térmica está bem acima dos 40% (Çengel et al, 2006).
Neste ciclo combinado gás-vapor a energia é recuperada dos gases de exaustão
transferindo-a para o vapor em um trocador de calor que faz o papel de uma caldeira.
Geralmente mais de uma turbina a gás é necessária para fornecer o calor suficiente para o
vapor. A energia para o processo de reaquecimento pode ser fornecida pela queima
adicional de algum combustível nos gases de exaustão que são ricos em oxigênio.
Este ciclo combinado gás-vapor é muito atrativo do ponto de vista econômico.
Exemplos de turbinas a gás e a vapor são demonstrados nas Figuras 3 e 4.
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Figura 3 – Exemplo de Turbina a Gás Figura 4 – Exemplo de Turbina a Vapor
(Fonte: Siemens) (Fonte: Siemens)
6. DISCUSSÃO
6.1 Conversão de Resíduos pesados
Segundo Mohammed et al (2012) a conversão térmica é muito importante para a
conversão de resíduos e este é realizado em pressões relativamente moderadas e
frequentemente é chamado de processo de coqueamento. Este processo tende aumentar a
relação H/C dos produtos pela produção de carbono (coque), e o resíduo tem uma relação
H/C de cerca de 0,5-1, que pode ser aumentada adicionando-se hidrogênio ou removendo
carbono (Fahim, 2012).
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vapor é resfriado no condensador por água de resfriamento na temperatura média de 15ºC.
OS compressores têm pressão de 14, e o fluxo de massa de ar através dos compressores é de
443kg/s (Çengel, 2006).
Tal decisão provocou uma substancial mudança na rotina da Usina, haja vista que toda
a História da Empresa fora escrita em cima do carvão vegetal, redutor utilizado em seus
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altos-fornos desde o início de operação da Usina, em 1937. A primeira tentativa de se utilizar
100% de coque na CSBM aconteceu em 1990 sendo que os resultados então obtidos foram
bastante ruins. Foram necessárias adaptações nos equipamentos e procedimentos antes de
uma segunda tentativa. Feitas as adaptações, partiu-se para a segunda tentativa de
utilização de 100% de coque.
Utilizou-se, desta vez, o plano de substituição gradativa do carvão vegetal pelo coque.
Uma comparação entre os melhores resultados já obtidos com 100% de carvão vegetal e
100% de coque é feita na Tabela 3. Tais resultados comprovam o que era esperado pela
teoria, conforme discutido no item 3. A utilização de 100% de coque levou a uma redução de
3,0% no consumo específico de carbono e a um acréscimo de 15,5% na produtividade.
Desde então o alto-forno vem sendo operado com 100% de coque, apresentando
resultados que, levando-se em conta as dificuldades encontradas, mostram ser viável, do
ponto de vista técnico, a utilização de coque em altos-fornos tradicionalmente operados
com carvão vegetal.
No Brasil há uma produção anual de 8,85 milhões de toneladas de Coque Verde de Petróleo
sendo que 0,5 milhão de tonelada é reservada para produção de energia elétrica através de
termelétricas, ou seja, 5,56%.
7. CONCLUSÃO
Comparando-se o coque e o carvão mineral a relação é de 1 para 7,917, ou seja, 1 kg
de coque produz a mesma energia que 7,917 kg de carvão mineral. O Carvão é mais barato e
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o coque é um resíduo que em vez de ser descartado pode ser utilizado para gerar energia. A
eficiência térmica global de uma usina de potência pode ser aumentada com a utilização de
um ciclo combinado. O ciclo combinado mais comum é o combinado gás-vapor, no qual uma
turbina a gás opera na região de altas temperaturas e uma a vapor opera na região de baixas
temperaturas. Os ciclos combinados têm maior eficiência térmica do que os ciclos de turbina
a vapor ou a gás operando isoladamente. Neste processo as emissões de compostos de
enxofre e nitrogênio estão muito abaixo do estipulado pela norma europeia para usinas de
energia. Com a utilização do coque elimina-se a necessidade da utilização do carvão mineral,
assim, para o meio ambiente o coque é uma ótima fonte alternativa de geração de
eletricidade evitando-se o consumo de grandes quantidades de carvão mineral.
8. REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Petróleo (ANP) – disponível em http://www.anp.gov.br, Acessado em
Maio de 2013.
Cláudio Cardoso, Luiz “Petróleo do poço ao posto” Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 2006
pp. 71-77.
Fahim, Mohamed; Alsahhaf, Taher A.; Elkilani, Amal “Introdução do Refino de petróleo”
Elsevier Editora Ltda, Rio de Janeiro, 2012 pp. 141-143, 321-32.
Çengel, Yunus A.; A. Boles, Michael “Termodinâmica” AMGH Editora Ltda, Porto Alegre,
2006 pp. 469-475.
“Petrobrás”_http://www2.petrobras.com.br/portal/frame_ri.asp?pagina=/ri/port/ConhecaP
etrobras/Concorrencia/Concorrencia.asp. Acessado em março 2006.
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etrobras/VantagensCompetitivas/VantagensCompetitivas.asp. Acesso em março 2006.
“Metodologia para Cálculo dos objetivos de eficiência na utilização final de energia”, Jornal
Oficial da União Européia, 2005, disponível em http://eur-
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lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2006:124E:0109:0110:PT:PDF, Acessado
em Junho de 2013.
“Parte III Fontes não renováveis” ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, disponível em
http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par3_cap9.pdf, Acessado em Junho de 2013.
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