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ESCLARECIMENTOS SOBRE A REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

(PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 01/2020)

1. Dos critérios de enquadramento na Portaria PI 01/2020

Em relação às Portarias Interministeriais nº 288/2013 e 289/2013, os critérios de enquadramento na


regularização ambiental trazidos pela PI 01/2020 são mais abrangentes, uma vez que não estabelecem
uma data de corte das rodovias operando sem licença de operação (antes, para integrar o Profas, a
rodovia deveria ter entrado em operação até 19/07/2013).

Destacamos que no âmbito do Profas foram firmados 138 (cento e trinta e oito) TCRAs com o Ibama, os
quais não abarcam a extensão total das rodovias, uma vez que contemplam apenas aqueles segmentos
rodoviários que cumpriram os critérios de enquadramento estabelecidos nas Portarias supracitadas.

A regularização ambiental segundo a PI 01/2020 também não contempla toda a malha viária dos
Estados e Distrito Federal, aplicando-se apenas aos segmentos rodoviários que cumprem os requisitos
de enquadramento trazidos pelo normativo. Assim, nem todos os segmentos pavimentados estão
incluídos na regularização ambiental.

Os novos critérios de enquadramento referem-se às rodovias federais, administradas pelo DNIT,


pavimentadas, em operação e que não estejam atualmente cobertas por Licença de Operação (LO).
Em relação a este último critério especificamente, a CGMAB submeteu via Ficha de Caracterização de
Atividade (FCA) todos os segmentos da malha rodoviária que estavam em operação e encontravam-se
desprovidos de LO emitida pelo Ibama. Os segmentos não pavimentados, por não atenderem a todos os
critérios estabelecidos pela PI 01/2020, cumulativamente, não estão incluídos na regularização
ambiental, devendo-se avaliar as peculiaridades de cada empreendimento, a fim de que sejam estes
submetidos a rito próprio de licenciamento ambiental junto à esfera estadual ou mesmo à federal,
conforme a competência atribuída a cada ente.

Quanto aos peticionamentos não avaliados no âmbito do Profas, estes deverão ter sua pertinência
reavaliada pelo empreendedor nos termos da nova Portaria Interministerial e submetidos ao Ibama para
avaliação de enquadramento no âmbito dos novos processos de regularização (conforme estabelece o
Art 16º, § 3º da PI 01/2020). Ressaltamos, ainda, que o Art. 17º (caput) aponta que: "a execução de
atividades ou empreendimentos rodoviários não disciplinados nesta Portaria será objeto de
licenciamento ambiental próprio".

Relevante destacar também a Portaria nº 78, de 11 de janeiro de 2021, a qual estabelece a classificação
de risco das atividades econômicas associadas aos atos de liberação sob responsabilidade do Ibama.
Assim, cumpre informar que as atividades categorizadas como Risco I (trazidas em seus anexos) ficam
dispensadas da solicitação de qualquer ato público de liberação, nos termos do artigo 8° do Decreto n°
10.178 de 18 de dezembro de 2019, sendo apontada apenas a obrigatoriedade de realização de
comunicação prévia.

As demais atividades, não enquadradas nos normativos acima, sujeitam-se à autorização do Ibama,
devendo ser realizada consulta junto ao Instituto acerca do rito adequado de licenciamento ambiental a
ser seguido.

2. Da abertura de FCAs e requerimento da Autorização de Operação

A CGMAB realizou junto ao Ibama, no final de 2020, a abertura dos 27 (vinte e sete) processos de
regularização ambiental referentes a cada unidade da federação, bem como procedeu à abertura de
todas as Fichas de Caracterização das Atividades – FCAs e respectivos requerimentos de Autorização de
Operação (em observância aos critérios de inclusão estipulados pelo artigo 1° da PI 01/2020, quais
sejam: rodovias federais, pavimentadas, administradas pelo DNIT e que estejam operando sem a devida
licença ambiental de operação), conforme etapas elencadas no artigo 5° do referido normativo.

A referida documentação se encontra em fase de avaliação junto ao Ibama. A PI Minfra/MMA 01/2020


não trouxe quaisquer prazos de emissão das Autorizações de Operação (AOPs) por parte do Instituto.

As AOPs, quando emitidas, irão revogar os Termos de Compromisso de Regularização Ambiental -TCRAs
firmados no âmbito do Profas, sendo esta um "ato autorizativo precário e transitório da operação de
empreendimento ou atividade e que estabelece as medidas necessárias à expedição da sua Licença de
Operação (LO)", conforme definição apresentada no inciso XIV, Art 3º, do recém-publicado normativo.

Ressaltamos ainda que a forma de operacionalização da nova Portaria está sendo discutida entre
CGMAB e Ibama e eventuais recomendações/orientações serão encaminhadas formalmente, em
momento oportuno. Por ora, enquanto as AOPs não forem emitidas, as Superintendências Regionais
devem observar as regras de transição dispostas no artigo 16° da nova Portaria, dando-se continuidade
aos procedimentos que já vinham sendo praticados pelas Superintendências no âmbito do Profas.

A numeração das FCAs de cada unidade da federação, bem como os respectivos processos SEI DNIT e SEI
IBAMA podem ser consultados na Tabela SEI 7507301.

3. Das obras de Melhoramento

De acordo com a PI 01/2020 as atividades de melhoramento (desde que não se enquadrem também nos
conceitos de ampliação de capacidade elencados no Art. 3º, inciso VII da PI 01/2020) poderão ser
realizadas sem o limite de 5 km anteriormente estabelecido no Profas, naqueles trechos enquadrados
nos novos critérios do normativo de regularização ambiental [tratar-se de rodovia federal, pavimentada,
sob administração do DNIT, que esteja atualmente em operação e desprovida da respectiva Licença de
Operação (LO)], a partir da emissão da Autorização de Operação pelo Ibama e desde que estejam
totalmente inseridas na faixa de domínio da rodovia. Quando extrapolarem a faixa de domínio,
quaisquer intervenções, sejam elas manutenção ou melhoramento, deverão ser submetidas
previamente ao Ibama para apreciação (Art 10º, § 1º).

Ressalta-se que as atividades de melhoramento, mesmo aquelas inteiramente localizadas dentro da


faixa de domínio - FD, quando interferirem em unidade de conservação, afetarem sítio arqueológico ou
outro bem cultural acautelado, território indígena ou quilombola, deverão ser submetidas à
manifestação prévia do Ibama, conforme preconiza o Art. 13º, o qual submeterá o empreendimento à
apreciação dos entes intervenientes aplicados ao caso. Destacamos que tal apreciação dos
intervenientes não ocorre nos casos de obras de manutenção nem de obras urgentes ou emergenciais
(Art. 13º, §3º). Quando as obras de melhoramento não demandarem a apreciação dos intervenientes e
limitarem-se à faixa de domínio, ficam estas autorizadas com a emissão da Autorização de Operação,
conforme Art. 10º, inciso II da PI 01/2020.

Atentamos que a autorização de obras de melhoramento nos segmentos que atendem aos critérios da
nova Regularização Ambiental, sem o limite de 5 km estabelecido na PI 289/2013, apenas será permitido
a partir da emissão da Autorização de Operação. Até a expedição desta deverão ser observadas as
regras de transição estabelecidas nos Arts 16º a 19º da nova Portaria.

Por tratar-se de normativo recente, os procedimentos a serem seguidos pelo DNIT ainda estão sendo
alvo de tratativas junto ao Ibama, os quais serão comunicados às Superintendências, oportunamente.
Por hora, devem ser mantidos aqueles já praticados no âmbito do Profas.
4. Das Obras de Ampliação da Capacidade

As atividades de ampliação de capacidade não foram contempladas na nova Portaria de regularização


ambiental. Durante a fase de transição trazida no Artigo 16º da PI 01/2020, tais atividades estão
autorizadas nos segmentos contemplados pelos Termos de Compromisso de Regularização Ambiental –
TCRAs do Profas firmados em 2014, em observância aos limites estabelecidos pela Portaria
Interministerial n° 288/2013 e Portaria MMA n° 289/2013.

A partir da emissão da Autorização de Operação as obras de ampliação de capacidade, antes autorizadas


no âmbito do Profas, ficam excluídas dos procedimentos trazidos pela PI 01/2020. Tais obras, no
entanto, estão classificadas na Portaria nº 78, de 11 de janeiro de 2021, a qual estabelece a
classificação de risco das atividades econômicas associadas aos atos de liberação sob responsabilidade
do Ibama. No item 304 do seu "Anexo IV.B - Classificação de risco de empreendimentos rodoviários"
consta como Risco I (sujeito apenas à comunicação prévia ao Ibama, dispensada de ato autorizativo, nos
termos do artigo 8° do Decreto n° 10.178 de 18 de dezembro de 2019) a atividade de "ampliação de
capacidade de rodovia federal regularizada ou em processo de regularização, incluindo duplicação
parcial com extensão de até 25 km, sem supressão de vegetação nativa arbórea, sem intervenção em
APP, sem intervenção em área legalmente protegida e sem relocação de população". A CGMAB entende
que tais obras, dentro dos limites de 25 km de extensão, quando envolverem intervenção em APP e/ou
supressão de vegetação nativa dependeriam apenas da emissão da ASV pelo Ibama, entendimento esse
que ainda necessita de alinhamento junto ao Instituto. As demais obras de ampliação de capacidade,
não enquadradas no conceito acima, sujeitam-se à autorização do Ibama, devendo ser submetidas a rito
próprio de licenciamento ambiental.

5. Das obras já comunicadas ao Ibama

Durante a vigência dos TCRAs as obras de manutenção, melhoramento e ampliação de capacidade já


comunicadas via Relatório de Comunicação de Obras - RCOs, nos termos das Portarias 288/2013 e
289/2013, apresentam-se autorizadas dentro do escopo e limites informados no referido documento.

Atentamos ainda o fato de que permanece a necessidade de comprovação das medidas de controle
ambiental por meio da apresentação de Relatório Semestral (nos modelos e prazos que já vem sendo
praticados no âmbito do Profas). Apenas após a emissão da Autorização de Operação, com a revogação
dos TCRAs, é que este documento técnico será substituído pelo Relatório Anual de Regularização
Ambiental (RARA).

O modelo de Relatório Anual de Regularização Ambiental (RARA) ainda está em fase de discussão com o
Ibama e será encaminhado oportunamente, assim que houver alinhamento entre DNIT e o Instituto
sobre os procedimentos trazidos pela nova Portaria.

6. Dos Relatórios de Comunicação de Obras (RCOs) e Relatórios Semestrais

Até a emissão da Autorização de Operação, momento no qual serão considerados revogados os Termos
de Compromisso – TCRAs firmados com o Ibama, devem ser mantidos os procedimentos que vêm sendo
praticados no âmbito do Profas, em observância às regras de transição dispostas no Artigo 16º, o qual
faz menção à continuidade dos procedimentos estabelecidos por meio das Portarias Interministeriais n°
288/2013 e 289/2013.

As orientações de preenchimento dos Relatórios de Comunicação de Obras (RCOS) de cada tipologia


(manutenção, melhoramento e ampliação de capacidade) foram expedidas às Superintendências
Regionais do DNIT por meio do Memorando-Circular n° 16/2016-CGMAB/DPP (SEI 7507292). Ademais,
até o momento da revogação dos TCRAs, as ações dos programas ambientais para as atividades de
manutenção, melhoramento e ampliação de capacidade devem continuar sendo realizadas conforme o
escopo encaminhado pelo Memorando Circular n° 25/2016-CGMAB/DPP (SEI 7507297). Entretanto, a
comprovação da execução dos programas ambientais por meio da elaboração e encaminhamento dos
Relatórios Semestrais do Profas, em cumprimento às cláusulas estabelecidas nos Termos de
Compromisso, somente se dará para as obras de melhoramento e ampliação de capacidade, conforme o
Memorando Circular n° 06/2016/CGMAB/DPP (SEI 7507284).

7. Da execução de Programas Ambientais

A CGMAB vem trabalhando com vistas à definição, junto ao Ibama, das ações dos 6 (seis) Programas
Ambientais estabelecidos no Art. 15º da PI 01/2020 (I - Programa ambiental de construção; II - Programa
de monitoramento, prevenção e controle de processos erosivos; III - Programa de supressão de
vegetação e afugentamento de fauna; IV - Programa de recuperação de áreas degradadas; V - Programa
de monitoramento, prevenção e controle de atropelamentos de fauna silvestre; e VI - Programa de
recuperação/mitigação de passivos ambientais), a serem executadas e comprovadas por meio do
Relatório Anual de Regularização Ambiental (RARA), bem como tomando as medidas necessárias para o
esclarecimento dos aspectos operacionais das novas diretrizes trazidas pelo recém-publicado
normativo. Para tanto, foi elaborada proposta de escopo dos seis Programas supracitados (SEI 7286041
e 7287403), a qual se encontra em análise pelo Instituto.

Nesse sentido, ressaltamos que ainda não existe definição quanto ao modelo de RARA a ser seguido ou
quanto à forma de execução de tais programas, aspectos esses que serão encaminhados às
Superintendências em momento oportuno, após alinhamento com o Ibama.

No que se refere à forma de execução das medidas ambientais das obras autorizadas no âmbito da
regularização ambiental, esta CGMAB está em tratativas junto à Diretoria de Infraestrutura Rodoviária –
DIR e à Diretoria de Planejamento e Pesquisa – DPP, a fim de avaliar a melhor solução aplicada ao caso,
visando à otimização dos recursos públicos e recursos técnicos do DNIT, bem como promovendo a
sustentabilidade no setor de transportes.

8. Dos procedimentos para obtenção da Autorização de Supressão da Vegetação (ASV)

Quanto às etapas trazidas no Art. 4º da PI 01/2020, no que se refere ao Requerimento de Autorização


de Operação (AOP) juntamente à ASV, reiteramos que a CGMAB já protocolou junto ao Ibama tais
Requerimentos, considerando os segmentos rodoviários de cada unidade da federação que se
enquadram nos critérios trazidos pela nova Portaria.

Apesar de constar no inciso IV no citado artigo “emissão da Autorização de Operação e da respectiva


Autorização de Supressão e Vegetação - ASV, pelo Ibama”, esclarecemos que o Ibama poderá emitir a
AOP sem uma ASV vinculada nesse primeiro momento.

Assim, para os casos em que seja necessária a obtenção prévia de Autorização de Supressão de
Vegetação – ASV (intervenções em Área de Preservação Permanente, supressões de vegetação nativa
com rendimento lenhoso e outros casos específicos previstos na legislação), a nova Portaria orienta que
todas elas devem ser realizadas através do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos
Florestais (Sinaflor), previamente às intervenções, conforme procedimentos que já vinham sendo
praticados no âmbito do Profas.

Nessa seara, informamos que as ASVs específicas das atividades a serem realizadas pelo DNIT em tais
segmentos em regularização ambiental deverão ser solicitadas pelas Superintendências à CGMAB, para
que sejam realizadas via Sinaflor, conforme orientações já encaminhadas por meio do Ofício-Circular nº
4498/2020/CRIAM/CGMAB/DPP/DNIT SEDE de 15/09/2020 (SEI 6437862).

Destacamos que a supressão de vegetação exótica é dispensada de ASV, ainda que mediante geração de
rendimento lenhoso, conforme informado às Superintendências Regionais previamente
pelos Memorandos Circulares nº 959/ 2018/CAAOS/CGMAB/DPP/DNIT SEDE de 20/04/2018 (SEI
0880537) e n° 1298/2018/CAAOS/CGMAB/DPP/DNIT SEDE de 09/05/2018 (SEI 1009349).
No caso de obras urgentes ou emergenciais, a obtenção prévia da ASV está dispensada, devendo as
intervenções serem realizadas prontamente, a fim de garantir a segurança da via, com a posterior
regularização destas no Sinaflor. Tal orientação do Ibama consta nos Ofícios nº
117/2019/SERAD/COTRA/CGLIN/DILIC de 25/03/2019 (SEI 2875913) e n° 375/2019
SERAD/COTRA/CGLIN/DILIC de 25/10/2019 (SEI 4340391), os quais orientam que tais intervenções
podem ser realizadas sem a necessidade de comunicação ou mesmo ASV prévias pelo empreendedor:

"(...) deve o DNIT proceder às intervenções necessárias com vistas garantir a segurança da via,
informando ao Ibama tão breve quanto possível qual (ou quais) a (s) situação (ões) de urgência ou
emergência estavam expostas as estruturas e elementos que configurem as intervenções realizadas (...)"

9. Das Áreas de Uso de Obras/Áreas de Apoio

As contratadas devem obedecer ao estabelecido nos manuais e normativos do DNIT no que se refere às
áreas de uso/áreas de apoio às obras. Ressaltamos, nesse sentido, o cumprimento integral do que
dispõe a Responsabilidade Ambiental das Contratadas – Instrução de Serviço/IS/DG nº 03, de 04 de
fevereiro de 2011, a qual também traz orientações específicas nesse sentido em seus Artigos 5º e 6º.

O inciso III do Art. 10° da PI 01/20 informa que, mediante a emissão da Autorização de Operação, é
permitida a instalação de estruturas de apoio, canteiros de obras, áreas de empréstimo e de deposição
necessárias à execução das atividades de manutenção, melhoramento e para as ações urgentes ou
emergenciais, desde que executadas inteiramente na faixa de domínio. Conforme § 2º do Art. 10º, as
atividades previstas no inciso III deverão ser realizadas preferencialmente fora das Áreas de Preservação
Permanente - APPs, excepcionados os casos de obra de arte e outras situações devidamente justificadas
pela falta de alternativa locacional.

Durante a fase de transição, nos segmentos abarcados pelos TCRAs, aplicam-se integralmente as
disposições trazidas pela Instrução de Serviço/DG n° 03 de 04 de fevereiro de 2011 (que trata da
Responsabilidade Ambiental das Contratadas – RAC) e pelas Portarias nº 288/2013 e 289/2013, que já
vêm sendo observadas pelo DNIT no âmbito do Profas no que diz respeito a tais áreas. O Art 8º da PI
288/2013 autoriza:

“(...)

IV - as supressões de vegetação, relacionadas exclusivamente às atividades dos incisos I e II, e desde que
objetivem a segurança e a trafegabilidade da rodovia, excluídas as supressões de vegetação com
rendimentos lenhosos e de áreas consideradas de preservação permanente - APP, sem prejuízo do respeito
aos casos específicos de proteção ambiental previstos na legislação;

V - exceto para as rodovias localizadas na Amazônia Legal, as operações de empréstimo e bota-fora


necessárias à realização das atividades descritas no inciso I deste artigo, desde que inseridas no Projeto de
Engenharia e no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, e realizadas fora de áreas de preservação
permanente - APP, sem prejuízo do respeito aos casos específicos de proteção ambiental previstos na
legislação; e

VI - exceto para as rodovias localizadas na Amazônia Legal, as operações de empréstimo e bota-fora


necessárias à realização das atividades descritas nos incisos II e III deste artigo, desde que inseridas nas áreas
da faixa de domínio da rodovia e realizadas fora de áreas de preservação permanente - APP, sem prejuízo do
respeito aos casos específicos de proteção ambiental previstos na legislação.”

O inciso “I” da transcrição do Art. 8º refere-se às obras de manutenção. O “II”, às obras de


melhoramento e o “III”, de ampliação de capacidade. Conteúdo idêntico foi trazido pelos incisos IV, V e
VI do Art. 19º da Portaria 289/2013, o que dispensou a necessidade de replicá-los neste documento.

Com isso, destacamos que as áreas de apoio e uso de obras localizadas fora da faixa de domínio ou
mesmo aquelas que não constam no Projeto de Engenharia e/ou no Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas devem continuar sendo objeto de licenciamento ambiental específico por parte das
construtoras/empreiteiras, estando a titularidade e o cumprimento das condicionantes ambientais a
cargo das contratadas.
Reforçamos, ainda, a obrigatoriedade das contratadas de promover a recuperação ambiental das
áreas de apoio/uso de obras, independente de estarem estas localizadas dentro ou fora da faixa de
domínio, sujeitando o descumprimento desta medida às sanções previstas na legislação ambiental.

Nesta seara, informamos que vem sendo avaliada pelo DNIT a reformulação da Instrução de Serviço/DG
n° 03 de 04 de fevereiro de 2011 (Responsabilidade Ambiental das Contratadas – RAC), de forma a
adequá-la às novas disposições sobre a regularização ambiental.

10. Da Recuperação das Áreas Degradadas

Ressaltamos que a recuperação das áreas de apoio/áreas de uso das obras, bem como áreas
degradadas, estejam estas localizadas dentro ou fora da faixa de domínio, são uma obrigação do DNIT,
que deverá ser contemplada nos respectivos contratos de obras e serviços rodoviários e executadas
pelas construtoras/empreiteiras, devendo tais ações serem comprovadas no âmbito dos programas e
obrigações ambientais assumidos pelo DNIT.

11. Das obras Urgentes e/ou Emergenciais

As ações urgentes e/ou emergenciais passaram a ser autorizadas pela nova Portaria de regularização
ambiental em seu artigo 10°, a partir da obtenção de Autorização de Operação, inclusive para
intervenções fora da faixa de domínio, nos termos do seu §1º, sem prejuízo da devida comunicação ao
Ibama.

Enquanto não se obtém a devida Autorização de Operação, para os segmentos inclusos nos TCRAs
firmados no ano de 2014, vigoram as regras de transição dispostas no inciso I do §4° do artigo 16° da
nova Portaria, com a possibilidade realização de tais obras somente nos limites da faixa de domínio.

Desse modo, considerando que as Portarias revogadas do Profas não dispunham de informações sobre a
possibilidade de realização de obras urgentes e/ou emergenciais, a CGMAB buscou a obtenção de
informações junto ao Ibama, obtendo como resposta os Ofícios nº
117/2019/SERAD/COTRA/CGLIN/DILIC de 25/03/2019 (SEI 2875913) e n° 375/2019
SERAD/COTRA/CGLIN/DILIC de 25/10/2019 (SEI 4340391), os quais orientam que tais intervenções
podem ser realizadas sem a necessidade de comunicação ou mesmo ASV prévia pelo empreendedor:

"(...) deve o DNIT proceder às intervenções necessárias com vistas garantir a segurança da via, informando
ao Ibama tão breve quanto possível qual (ou quais) a (s) situação (ões) de urgência ou emergência estavam
expostas as estruturas e elementos que configurem as intervenções realizadas (...)"

Assim, as obras devem ser comunicadas pelas Superintendências Regionais diretamente ao IBAMA, com
cópia a esta CGMAB, tão breve quanto possível, juntamente ao preenchimento de laudo técnico
elaborado por profissional competente, contemplando:

a) Caracterização da situação de emergência/urgência e do local de ocorrência,


incluindo registro fotográfico;
b) Número do processo de licenciamento;
c) Posição georreferenciada do local (latitude/longitude);
d) Descrição sucinta da área no tocante aos componentes ambientais e interferência em APPs,
informando o tipo de cobertura vegetal e o quantitativo da área a ser afetada (estimativa);
e) Descrição das obras, serviços e intervenções destinados as correções que se
fazem necessárias, acompanhado de croquis ou projeto básico;
f) Medidas mitigadoras a serem executadas (medidas ambientais adotadas);
g) Apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica/ART e de registro no
Cadastro Técnico Federal/IBAMA dos técnicos responsáveis pela elaboração do documento.
Ademais, ressaltamos que nas áreas em que for necessária a supressão de vegetação com rendimento
lenhoso ou a intervenção em APPs, deverá haver a regularização (mesmo que a posteriori), por meio do
Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor).

Caso as obras envolvam a necessidade de intervenções urgentes ou emergenciais em Obras de Arte


Especiais classificadas como Notas 1 e 2 (enquadradas enquanto críticas ou problemáticas),
recomendamos observância ao Ofício-Circular nº 3721/2019/ ACE - DPP/DPP/DNIT SEDE (SEI 4200942),
expedido às Superintendências Regionais do DNIT em de 04/11/2019.

Destacamos que é de suma importância que as Superintendências tomem conhecimento dos


normativos citados neste documento.

Eventuais esclarecimentos não contemplados neste documento poderão ser obtidos mediante
consulta formal à Coordenação Geral de Meio Ambiente – CGMAB/DPP/DNIT.

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