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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL

Cestóides parasitas

Profa. Raquel Casaes


ISPA
Taxonomia dos helmintos (vermes)

REINO ANIMALIA
SUB-REINO METAZOA
-FILO PLATYHELMINTHES
CLASSE DIGENA

CLASSE CESTODARIA
Classe Cestoda

 São hermafroditas, com corpo


segmentado e dividido em escólex
(para fixação) e estróbilo (corpo que é
dividido em proglotes).
 Não apresentam sistema digestivo.
São heteroxenos, com as formas
adultas localizando-se no trato
digestivo do hospedeiro definitivo.
(colo)
zona de crescimento
Nutrição e Metabolismo
 Ambiente anaeróbio, usam CO2 e O2 se disponível

 Absorção nutrientes: pinocitose, difusão, transporte ativo

 Carboidratos: metabolismo fermentativo, reservas


(glicogênio)

 Lipídios: absorção (reservas)

 Aminoácidos: transporte ativo, intensa síntese de proteínas


Excreção: amônia, uréia, ácido úrico

 Ácidos nucléicos: transportadores específicos

 Vitaminas: sistemas de absorção (D. latum: B12)

 Calcário em grânulos (ác nucl, prot, glicog): reserva ou


resíduo?
Principais formas larvárias dos
cestóides que infectam o homem

Taenia Echinococcus Hymenolepis


Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllida
Família Teniidae (Taenia,
Echinococcus)

Família Dilepididae (Dipylidium)


Família Anoplocephalidae (Moniezia,
Anoplocephalum)

Ordem Pseudophyllida
Família Diphyllobothriidae
(Diphyllobothrium)
Prevalência mundial de cestódes na
população humana

Espécie Casos reportados


Taenia saginata 77 milhões
Taenia solium 5 milhões
Hymelolepsis nana 75 milhões
Hymenolepsis diminuta rara
Dipylidium caninum rara
Diphyllobothrium latum 16 milhões
Echinococcus spp. 2-3 milhões
Ciclo Biológico da Família
Taeniidae
No intestino delgado do hospedeiro
definitivo, ocorre a fecundação das
proglotes maduras, gerando
proglotes grávidas. Estas se
destacam e saem nas fezes para o
meio ambiente (apólise).
Família Taeniidae

 Gênero
 Taenia spp.
Parasitos com número variável de proglotes. Todas
as espécies têm rostelo com ganchos, exceto T.
saginata.
As proglotes maduras são mais largas do que altas;
as proglotes grávidas são mais altas do que
largas.
As teníases-Zoonoses
Taenia saginata
Taenia solium (também ocasiona cisticercose)

•Hospedeiro definitivo: homem


•Popularmente conhecidas como solitárias

•Infecção múltipla vem sendo associada com


imunodeficiência, embora também possa ocorrer em
caso de infecção por vários cisticercos
As Teníases -Zoonoses

 Ocorre a degradação das proglotes e a liberação


dos ovos, que são dispersos pelo vento, insetos,
chuvas.
 O hospedeiro intermediário se infecta ingerindo
os ovos em alimentos ou água.
 O hospedeiro definitivo se infecta ingerindo carne
crua ou malcozida (ou vísceras) do hospedeiro
intermediário. No tubo digestivo do hospedeiro
definitivo, ocorre a evaginação do escólex, o qual
se fixa na mucosa do intestino delgado.
Quadro comparativo das principais características de T.
saginata e T. solium
Taenia saginata Taenia solium

Hospedeiro bovinos suínos


intermediário
Tamanho 4-12 metros 1-4 metros
Características do Ø 1,5-2 mm Ø 0,6-1 mm
escólex 4 ventosas 4 ventosas
Dupla coroa de acúleos
inseridas no rostro
Taenia saginata Taenia solium

Número total de 1.000-2.000 700-900


proglótides
Útero de progótides 15-30 ramificações de 7-16 ramificações de
grávidas cada lado, dicotômico cada lado, forma
irregular

Ovos 80.000 40.000


Apólise Ativa, liberação de uma Passiva, liberação de
proglótide por vez grupos de 3-6
proglótides
Ciclo biológico da classe
Cestoda
Os adultos liberam ovos nas fezes do hospedeiro definitivo, que são ingeridos
no ambiente pelo hospedeiro intermediário, onde se formam larvas ou
metacestodas. Após algum tempo, o hospedeiro definitivo ingere o hospedeiro
intermediário, ou parte dele, contaminando-se com o parasito na fase larval, que
se desenvolve até tornar-se adulto.
TIPOS LARVARES

1 – CISTICERCO:
No interior da vesícula semitranslúcida, apresenta um escólex invaginado.
Pode haver rostelo, com ganchos ou não. O hospedeiro intermediário desse tipo
larvar é vertebrado.

2 – ESTROBILOCERCO: Tem vesícula semitranslúcida que apresenta um


escólex evaginado. Possui um pescoço longo e pseudossegmentado. O
hospedeiro intermediário desse tipo larvar é vertebrado. Ordem Cyclophyllidea
Apresentam quatro ventosas globosas no escólex. Ocorre apólise:
despreendimento das proglotes grávidas.
Transmissão

Dos bovinos/suínos para


o homem:

•hábito de comer carne


crua ou mal passada

- Fatores culturais,
religiosos e sócio-
econômicos;
- falta de fiscalização
sanitária
Transmissão
Do homem para o gado e para o porco:
• hábito de defecar no chão (contaminação do pasto; porcos
têm hábitos coprófagos)
• ordenha do gado (bovino) com mãos contaminadas
Quadro clínico da infecção

• Geralmente assintomática
• Aumento do apetite ou inapetência (em crianças) associada
a perda de peso
• Dor abdominal, náuseas, fraqueza
• Eosinofilia (5-30%)
• Mais raramente: cefaléia, vertigens, flatulência, constipação
intestinal ou diarréia, prurido anal
• Complicações: penetração do apêndice ou do ducto biliar,
obstrução intestinal
• Pode ocasionar retardo do crescimento em crianças e baixar
o rendimento em adultos
Diagnóstico
•Muitas vezes realizado pelo próprio paciente ou por parentes
que detectam proglótides nas fezes e nas roupas íntimas
•Pesquisa de proglótides (por tamisação): fezes desfeitas
para a busca de proglótides; proglótides colocadas entre
lâminas e descoradas com ácido acético; análise das
ramificações uterinas

T. saginata T. solium
Diagnóstico
•Pesquisa de ovos nas fezes ou na região perianal (com
fita adesiva): não é possível diferenciar T. solium de T.
saginata

• Problema: exames negativos no início da infecção


• Diagnótico molecular: fase de pesquisas
(Exemplo: J. Clin. Microbiol., 2004, 42(2), 548-553)
• A notificação da ocorrência da cisticercose em bovinos e
suínos é obrigatória e é realizada rotineiramente, por
veterinários e técnicos, nos abates desses animais em
estabelecimentos com inspeção, seja ela em nível estadual
ou federal.

• Em nível municipal não é realizada notificação, embora


seja feita inspeção e o destino da carcaça seja o mesmo.

• O destino da carcaça de bovino, positiva para cisticercose,


vai depender do nível de infestação, podendo haver
aproveitamento parcial após tratamento por salmoura,
congelamento ou pelo calor, por períodos e em condições
pré-estabelecidos.
Prevenção de teníases e cisticercose

•Vigilância epidemiológica
•Não defecar no solo
•Ter hábitos higiênicos
•Não adubar o solo com fezes animais
•Tratar o esgoto dos matadouros e
fazendas de criação
•Inspeção da qualidade da carne e dos
produtos agrícolas
•Lavar bem frutas e
verduras
•Tomar somente
água tratada
•Evitar o consumo
de carnes cruas
Escólex de Taenia solium e Taenia saginata

T. solium 25-50 acúleos T. saginata

Cabeça ou órgão de fixação?


Estrutura das proglótides

Auto-fecundação ou fecundação cruzada (protandria)


Tegumento
vilosidades

mitocôndria

musculatura

musculatura

musculatura
lipídios

glicogênio
OVOS
Embrionados (parcialmente desenvolvidos)
Infectam imediatamente hospedeiro seguinte

Digestão do embrióforo pelas enzimas do


hospedeiro
Taenia: rompimento por pepsina, tripsina e bile

Larva “ativada” move-se e rompe a membrana


interna
(oncosfera)
Hidatidose

AGENTE ETIOLÓGICO: Echinococcus granulosus


1. DESCRIÇÃO:
Grande incidência em região de criação de
carneiros.
•Forma adulta → cães.
·Forma larvar (CISTO HIDÁTICO) → ovelhas → bovinos e
suínos.
· Brasil: casos de hidatidose humana e animal
principalmente no RS.
· Maior prevalência no mundo: Argentina, Uruguai e Chile.
• No homem: ingestão de ovos nas fezes de cães infectados
• Problema econômico e de saúde pública:
- Prejuízo pelo descarte de vísceras contaminadas dos
animais.
- Custo hospitalar dos pacientes: cirurgia.
• É endêmica: Argentina, Brasil (RS), Chile, Peru e
Uruguai.
• Intensa campanha profilática: decréscimo lento devido aos
métodos de criação de carneiros e hábitos alimentares do
gaúcho.
Fig 1: Echinococcus granulosus - parasitos
adultos
Fig 2: morfologia
de E granulosus e
cisto hidático
Fig 3: Echinococcus granulosus - Cisto Hidático
Fig 4: Echinococcus granulosus - Areia Hidática
2. HABITAT:
· Verme adulto: intestino delgado de cães.
• Cisto hidático: fígado, pulmão de ovino, bovino,
suíno e acidentalmente, no homem.

3. TRANSMISSÃO:
· Cão: EQUINOCOCOSE → ingestão de vísceras dos
hospedeiros intermediários (ovelhas), contendo cisto
hidático.
· Ovinos, bovinos, suínos e homem: HIDATIDOSE →
ingestão de ovos do verme adulto → alimentos → mão na
boca (principalmente em crianças).
4. CICLO BIOLÓGICO:

•Os ovos são eliminados nas fezes do cão,


contaminando o solo, contaminando o solo, água,
pasto – é ingerido por hóspedes intermediários
(ovinos, bovinos, porcinos, homem, etc).
•No intestino delgado dos animais, o ovo libera o
embrião hexacanto, que penetra na mucosa e,
através da circulação portal, chega ao fígado.
Nesse órgão pode fixar-se, mas se liberado segue
através da veia cava ao coração e deste aos
pulmões.
5. PATOGENIA:

· Cão: verme adulto → infecções maciças: diarréia,


emagrecimento e apatia.
· Ovinos, bovinos, suínos: não ocorre alterações graves →
são abatidos cedo.
· Homem: alterações graves → de crescimento lento.

a. Ação mecânica: Tumor no órgão atingido.


- Função do órgão atingido diminuída → compressão →
sensação de peso ou dor.
- No fígado: compressão do sistema porta → estase
sanguínea e formação de ascite ou perturbação do fluxo
biliar.
- No pulmão: dificuldade respiratória.
b. Ação imunitária: reações de
hipersensibilidade: (urticária, edemas, asma e
até choque anafilático).

c. Rompimento de uma hidátide: Cirurgia →


rompimento → liberação de fragmentos de
vesículas, membranas e escóleces →
embolias (pulmão) → ou originar novos cistos
hidáticos (hidatidose secundária) →
disseminação → morte.
6.0 Laboratorial:
- * No cão: é difícil (outras tênias que parasitam o cão possuem
ovos semelhantes).
- * Nos ovinos: finalidade profilática → eliminação de ovelhas
positivas
- * Na hidatidose humana:
- Raios X: não é decisivo; é usado para localização, determinação
da forma e tamanho do cisto.
- Microscopia: pouco usado; casos de ruptura do cisto: pesquisa-
se escóleces na urina, expectoração brônquica e líquidos pleurais
ou abdominais.
-Reações imunológicas: imunoeletroforese, aglutinação do látex,
hemaglutinação indireta, imunofluorescência indireta,
imunodifusão dupla.
7. EPIDEMIOLOGIA:
- Criação de ovelhas em regime extensivo.
- Uso de cães pastores na guarda na guarda do rebanho.
- Alimentação de cães com vísceras cruas de ovinos.
- Relacionamento do cão pastor com seres humanos (crianças) em
ambiente familiar.
- Maior incidência entre criadores de ovelhas (e seus familiares),
trabalhadores em fazendas e matadouros.
8. TRATAMENTO:
- Cães parasitados: DRONCIT (praziquantel).
-Cisto hidático: Mebendazole em doses prolongadas mata os
escóleces e reduz o tamanho do cisto (cistos jovens).
-Cistos maiores: Mebendazol e cirurgia
9. PROFILAXIA:
- Melhoria das condições criatórias de ovelhas - RS.
- Não alimentar cães com vísceras cruas de ovinos, bovinos
ou suínos.
- Educação sanitária.
- Controle dos matadouros: incinerando as vísceras que
contenham cisto hidático.
- Tratamento obrigatório de todos os cães da região com
Praziquantel, a cada 45 dias.
- Fiscalização sanitária nos frigoríficos e cooperativas de
abate.
Cistos hidáticos
presente no fígado
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllida
Família Teniidae (Taenia, Echinococcus)
Família Dilepididae (Dipylidium)
Família Anoplocephalidae (Moniezia,
Anoplocephalum)

Ordem Pseudophyllida
Família Diphyllobothriidae (Diphyllobothrium)
Dipylidium caninum
Dipylidium caninum
(“dog tapeworm”)

• Verme adulto: 20-40 cm


• Escólex com rostro dotado de vários círculos
de acúleos
• Colo curto seguido de 60-180 proglótides (coloração
rósea)
• Hospedeiro definitivo: cão, gato, outros felídeos
• Infecção humana: acidental, por ingestão de pulgas
contaminadas
• Hospedeiro intermediário: pulgas e pilhos do cão
(colo)
zona de crescimento
Escólex com quatro ventosas e 40-60 ganchos arranjados
em 3-5 linhas em torno do rostelo retrátil.
rostelo
ganchos

ventosa

ventosa
Os proglótides maduros têm dois conjuntos de órgãos
reprodutores masculinos e femininos e dois poros genitais
situados no meio de ambos os lados.

TESTÍCULOS

CANAL
EXCRETOR
Vas
deferens

VAS DEFERENS SACO DO


CIRRO
SACO DO CIRRO
PORO GENITAL PORO GENITAL VAGINA
VAGINA
OVÁRIO OVÁRIO

GLÂNDULA G. VITELÌNICA
VITELÍNICA
ÚTERO
No proglótide grávido os ovos intrauterinos estão
embrulhados em grupos de 10 a 20, em pequenos sacos,
formando cápsulas de ovos.

CÁPSULAS DE OVOS

Cápsulas
de ovos
Ovos de D. caninum

Ovos expelidos das


cápsulas
DEFINITIVOS

INTERMEDIÁRIO
Cisticercóide

Adulto
Proglótide
grávida

Cápsula
Pupa de ovos
CRESCIMENTO

Larva
Ovo

Ciclo de vida de Dipylidium


Oncosfera
caninum
Diferentes espécies de pulgas que podem ser hospedeiros intermediários de
Dipylidium caninum

Ctenocephalides canis (fêmea)


Relato de Caso em Piauí
Rota de infecção e profilaxia

Cães e gatos comem pulgas ou piolhos; se os insetos contiverem


cisticercóides, estes mamíferos se infectam com eles.

A boca destes animais pode ficar transientemente contaminada


com larvas livres, que podem chegar aos seres humanos quando os
cães e gatos os lambem.

Matar pulgas ou piolhos com os dedos também cria


oportunidade de contaminação com cisticercóides, que podem
levar à infecção.

Isso explicaria por que as crianças são mais suscetíveis à


infecção.

Educação das crianças e controle das pulgas e piolhos, bem como


eliminação adequada das fezes de animais domésticos, são
medidas suficientes para profilaxia.
Patologia, sintomatologia, Diagnóstico e Tratamento

Os vermes adultos parasitam a parte mediana e posterior do


intestino delgado, onde inserem profundamente o rostelo na
mucosa e danificam o tecido.

Como conseqüência, sangramento já foi observado quando o


número de vermes é grande.

Um sinal importante no cão é raspar o ânus no solo, por causa da


coceira ocasionada pela saída das proglótides grávidas.

Crianças infectadas geralmente mostram problemas


gastrointestinais e sintomas nervosos.

Diagnóstico em animais domésticos: proglótides devem ser


procuradas na região perianal, pois os ovos não se encontram nas
fezes.

Praziquantel é a droga de escolha para o tratamento.


Proglótides grávidas que sairam do anus (triângulo) de
um cão
A – Verme Adulto B –
Escólex
C – Região apical do rostro
D – Proglote Madura E –
Proglote Grávida F –
Cápsula Ovígera G – Ovo
H – Larva Cisticercóide
Pulga adulta com cisticercóide
Humanos são infectados
infectivo
pela ingestão de pulgas
infectadas
A larva se Hospedeiro é infectado
desenvolve em pela ingestão de pulgas
pulgas adultas contendo cisticercóides

Escólex se adere
Oncosferas eclodem Animais podem levar as pulgas no intestino
dos ovos e penetram a infectadas ao contato humano
parede intestinal. O
cisticercóide se
desenvolve na Proglótides grávidas
cavidade corporal intactas nas fezes de
humanos ou animais

Adultos no intestino
Cada proglótide contém pacotes de delgado
Pacotes de ovos são
ingeridos pela larva da ovos que são mantidos por uma
pulga membrana embrionária externa
(cápsula ovígera). As proglótides se
desintegram e liberam os pacotes de
ovos
Principais formas larvárias dos
cestóides que infectam o homem

Taenia Echinococcus Hymenolepis


Patologia
•Geralmente assintomática, podendo ocorrer dores
abdominais, diarréia, prurido anal e irritação

Diagnóstico e tratamento

•Detecção de ovos e proglótides nas fezes


•Praziquantel

Prevenção

•Evitar contato íntimo com os animais domésticos


•Tratar animais domésticos com antipulgas
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllida
Família Teniidae (Taenia, Echinococcus)
Família Dilepididae (Dipylidium)
Família Anoplocephalidae (Moniezia, Anoplocephalum)

Ordem Pseudophyllida
Família Diphyllobothriidae (Diphyllobothrium)
FAMÍLIA
ANOPLOCEPHALIDAE
 Parasitos de equinos e
ruminantes que apresentam
escólex globoso com ventosas
bem desenvolvidas, sem ganchos
e sem rostelo.
FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE

Exemplar de Anoplocephaloides mamilana com fendas


nas ventosas
FAMÍLIA ANOPLOCEPHALIDAE

As proglotes grávidas se destacam e vão ao


solo com as fezes. Os ovos liberados são
ingeridos por ácaros oribatídeos. Dois a
quatro meses após ácaros infectados serem
ingeridos na pastagem, os vermes adultos
são encontrados no intestino dos equídeos.
Família Anoplocephalidae
•Moniezia - ruminantes
• M. expansa
• M. benedeni

•Anoplocephalum - equinos
• A. magna
• A. perfoliata

LARVA CISTICERCÓIDE
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – ÁCARO ORIBATIDEO
IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA
Em infestações altas, sobretudo de Anoplocephala perfoliata,
pode ocorrer cólica, principalmente por bloqueio mecânico da
papila ileocecocólica, o que leva à intussuscepção, causando
ruptura e até peritonite.

GÊNERO Moniezia expansa

É um parasito com escólex globuloso e pescoço fino e longo.


Apresenta glândulas interproglotidianas espalhadas nas bordas
das proglotes. Instala-se no intestino delgado de ruminantes
(principalmente ovinos e caprinos).

M. benedeni é um parasito com escólex globoso e pescoço fino e


longo. Apresenta glândulas interproglotidianas no terço mediano
das bordas das proglotes. Instala-se no intestino delgado de
ruminantes (principalmente bovinos) lã.
PROGLOTES GRÁVIDAS de Moniezia spp.
cuentosdeteffy.blogspot.com
A dinâmica populacional do helminto varia de acordo com a época
do ano. Via de regra, um ambiente propício para a criação de
animais também é um ambiente propício para a população de
parasitas (Heckler et al., 2016).
Durante estudos realizados com animais de abatedouros,
oriundos de exploração tradicional de caprinos do município de
Afonso Bezerra-RN, em junho de 2010, observou-se um caprino
jovem, com idade de quatro meses, com elevada carga
parasitária por Moniezia expansa, em associação com o
parasitismo por outras espécies. O referido animal foi,
inicialmente, identificado no pré-abate, através da análise de
sinais clínicos aparentes, como mucosas hipocoradas, pelos
arrepiados e sem brilho, caquexia e distensão abdominal.
2709 helmintos parasitando toda a extensão do intestino delgado,
divididos em 2643 nematoides identificados como Trichostrongylu
columbriformis e um Strongyloide papillosus, associado ao
parasitismo mútuo por 65 cestóides da espécie M. expansa
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllida
Família Teniidae (Taenia, Echinococcus)
Família Dilepididae (Dipylidium)
Família Anoplocephalidae (Moniezia,
Anoplocephalum)

Ordem Pseudophyllida
Família Diphyllobothriidae (Diphyllobothrium)
Diphyllobothrium latum

 Ordem Pseudophyllidea
 “Tênia do peixe”
 3-10 m de comprimento
 Escólex sem ventosas nem acúleos
 Colo longo e fino
 3.000 - 4.000 proglótides (não ocorre apólise)
 1.000.000 de ovos eliminados diariamente

 Humanos são infectados ao ingerir peixe cru, mal


cozido ou defumado: esparganose
1.000.000 de ovos/dia
PROCURA-SE

Até 25 metros de comprimento


Ciclo de vida de Diphyllobothrium latum
Peixe predador come
Crustáceo infectado ingerido por o peixe menor
pequenos peixes de água doce. infectado
Procercóide se transforma em
plerocercóide.

Humano ingere peixe


Procercóide no cru ou mal cozido
hemoceloma dos
crustáceos
ESCÓLEX

Coracídios eclodem Adultos no intest delgado


dos ovos e são
ingeridos por
crustáceos
Proglótides liberam
Ovos embrionam Ovos não embrionados
ovos imaturos
na água liberados nas fezes
O CICLO DE VIDA DE Diphyllobothrium latum
Ovos elminados
Na água, os ovos eclodem nas fezes do
liberando uma larva livre- hospedeiro
natante (CORACÍDIO)

Primeiro hospedeiro
intermediário (um copépodo;
Cyclops sp.) ingere o
O plerocercóide se liga
coracídio
ao epitélio do intestino
delgado e se transforma
numa tênia adulta
O coracídio se (sexualmente madura)
desenvolve num
PROCERCÓIDE

O hospedeiro definitivo é
O copépode é ingerido por um peixe infectado quando ingere
e o procercóide se desenvolve num um plerocercóide em peixe
PLEROCERCÓIDE na musculatura cru ou mal cozido.
do peixe.

O plerocercóide pode ser


transferido para o topo da cadeia
alimentar a medida que peixes
maiores (transferência de
hospedeiros) comem os menores
Diphyllobothrium latum

Ovo = 58 a 76 por 40 a 51 mm
NOTAR OPÉRCULO

ESTRÓBILO
PROGLÓTIDE

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