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SEMINÁRIO III

Nikson Dias Sued Trajano


Texto 1

“From Technical Rationality to Reflection in Action”.


In: The reflective Practitioner: how professionals think in action.

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SOBRE O AUTOR

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Donald A. Schön
* 1930
+ 1997

◈ Pedagogo estadunidense que estudou sobre a


reflexão na educação;
◈ Professor do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT) de 1968 até sua morte;
◈ Licenciou-se em Filosofia em 1951, pela Universidade
de Yale, em seguida fez Mestrado (1952) e Doutorado
em Filosofia, pela universidade de Harvard;
◈ Centrou seu trabalho como pesquisador e consultor
nos temas sobre aprendizagem organizacional e na
eficácia profissional;
◈ Foi membro da Academia Americana de Artes e
Ciências e da Comissão sobre Sistemas Sociotécnicos
do Conselho Nacional de Pesauisa.

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SOBRE O CAPÍTULO

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REFLEXÃO EM AÇÃO

◈ Quando realizamos a execução espontânea e intuitiva das


ações da vida cotidiana, mostramos que somos conhecíveis
de uma maneira especial.

◈ Frequentemente, não podemos dizer o que sabemos.

◈ Nosso conhecimento é normalmente tácito, implícito em


nossos padrões de ação e em nossa percepção das coisas
com as quais estamos lidando. Parece correto dizer que
nosso conhecimento está em nossa ação.

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REFLEXÃO EM AÇÃO

◈ Da mesma forma, a vida cotidiana do profissional depende do


conhecimento tácito em ação.

◈O bom senso admite a categoria de know-how, e não se


estende muito ao dizer que o know-how está na ação - que o
know-how de um caminhante na corda bamba, por exemplo,
reside, e é revelado;

◈ Não há nada no bom senso que nos faça dizer que o know-how
consiste em regras ou planos que temos na mente antes da
ação. Embora às vezes pensemos antes de agir, também é
verdade que em grande parte do comportamento espontâneo
da prática habilidosa revelamos um tipo de conhecimento que
não deriva de uma operação intelectual anterior.
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“Conhecimento tácito, tira exemplos do reconhecimento de rostos
e do uso de ferramentas. Se conhecemos o rosto de uma pessoa,
podemos reconhecê-lo entre milhares, na verdade, entre um
milhão, embora geralmente não possamos dizer como
reconhecemos um rosto que conhecemos. Da mesma forma,
podemos reconhecer os humores do rosto humano sem sermos
capazes de dizer "exceto vagamente" .

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REFLEXÃO EM AÇÃO

◈ Nestes domínios, também, nos comportamos de acordo com


regras e procedimentos que geralmente não podemos
descrever e dos quais muitas vezes não temos conhecimento.

◈ Quando bons músicos de jazz improvisam juntos, eles também


manifestam uma "sensibilidade" para seu material e fazem
ajustes no local aos sons que ouvem. Ouvindo uns aos outros e
a si mesmos, eles sentem para onde a música está indo e
ajustam sua execução de acordo.

◈ A improvisação consiste em variar, combinar e recombinar um


conjunto de figuras dentro do esquema que delimita e dá
coerência à performance.

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REFLEXÃO EM AÇÃO

Mas a prática profissional Assim, um médico pode encontrar


também inclui um elemento de muitos "casos de sarampo"
repetição. Um praticante diferentes; advogado, muitos "casos
profissional é um especialista de difamação" diferentes. À medida
que se depara com certos tipos que o praticante experimenta muitas
de situações repetidamente. variações de um pequeno número
Isso é sugerido pela forma como de tipos de casos, ele é capaz de
os profissionais utilizam a "praticar" sua prática. Ele
palavra “caso” - ou projeto, desenvolve um repertório de
conta, comissão ou negócio, expectativas, imagens e técnicas.
dependendo da profissão. Ele aprende o que procurar e como
responder ao que encontra.
.
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REFLEXÃO EM AÇÃO

ESTREITEZA
ESPECIALIZAÇÃO EFEITOS
PAROQUIAL DE
PROFISSIONAL NEGATIVOS
VISÃO

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REFLEXÃO EM AÇÃO

◈ Da racionalidade técnica à estável Reflexão em ação, o


praticante pode vir à tona e criticar sua compreensão inicial do
fenômeno, construir uma nova descrição dele e testar a nova
descrição por meio de um experimento no local. Às vezes, ele
chega a uma nova teoria do fenômeno articulando um
sentimento que tem a respeito.

◈ Todo indivíduo deve, a fim de adquirir a arte da leitura no menor


tempo possível, ser ensinado separadamente de qualquer outro
e, portanto, deve haver um método separado para cada um.

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REFLEXÃO EM AÇÃO

◈ Aquilo que constitui uma dificuldade insuperável para um não impede


de modo algum outro, e vice-versa.

◈ Um aluno tem boa memória e é mais fácil memorizar as sílabas do


que compreender a falta de votos das consoantes; outro reflete com
calma e compreenderá um método de som mais racional, outro tem
um bom instinto, e ele entende a lei das combinações de palavras
lendo palavras inteiras de uma vez.

◈O melhor professor será aquele que tem na ponta da língua a


explicação do que está incomodando o aluno.

◈ Um professor habilidoso vê a dificuldade de uma criança em aprender


a ler não como um defeito da criança, mas como um defeito "de sua
própria instrução". 16
Texto 2

“O sociólogo e o historiador”

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SOBRE OS AUTORES

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Pierre Félix Bourdieu
* 01/08/1930
+ 23/01/2002

◈ Filósofo francês;
◈ Docente na École de Sociologie du Collège de France;
◈ É um dos autores mais lidos em todo o mundo nos
campos da antropologia e sociologia cuja contribuição
alcança as mais variadas áreas do conhecimento
humano, discutindo em sua obra temas
como educação, cultura, literatura, arte, mídia,
linguística e política;
◈O mundo social para é classificado à luz de três
conceitos: campo, habitus e capital.

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Roger Chartier
* 09/12/1945

◈ Historiador francês;
◈ Professor emérito no Collège de France e professor
catedrático da Escola de Estudos Avançados em
Ciências Sociais[;
◈ Professor visitante na Universidade da Pensilvânia
nos Estados Unidos;
◈Recebeu, em 1990, o prêmio da Associação
Americana de História da Imprensa e o Prêmio Gobert
de História da Academia Francesa, em 1992;
◈ Doutor honoris causa na Universidad Carlos III de
Madrid;
◈Título de Fellow da British Academy e a presidência do
Conselho Científico da Biblioteca Nacional da França.
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CONTEXTO

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TEMAS - CHAVE

O ofício do sociólogo Ilusões e Estruturas e Indivíduo


Jdanovismo – Realismo Conhecimento Universo acadêmico
Socialista Sociologia da cultura
Happenings

Habitus e Campo Manet, Flaubert e Michelet


Violência simbólica e Universo social
física

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ILUSÕES E CONHECIMENTO

◈ A ilusão da autoconsciência;

◈ Sociologia da Cultura , religião

◈ Sócrates x Sofistas

◈ Cultura de massa : jornais, televisão, rádio

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“O povo é particularmente dominado pelos
mecanismos simbólicos"

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Produtores
simbólicos
Jornalistas, bispos,
professores,filósofos, etc

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Ilusões e Conhecimento

Analogia
A importância da com a Política
política ciência Séria
(Kellog)

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Michel Gérard Joseph Colucci - COLUCHE

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ILUSÕES E CONHECIMENTO

◈ Pujadismo;

◈ Essência pura;

◈ Representação dos excluídos;

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Happenings
Karl Kraus

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Forma de expressão das
artes visuais que envolve a
participação do público

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31
Happening no Paço das Artes - 04/05/2015 - Guia - Fotografia - Folha de S.Paulo
32
Happening em espaço público : Munique, Bavaria - Alemanha 21/07/2019

33

“Quanto maior o conhecimento, maior o
sofrimento" (Eclesiastes 1.18)

34
Obrigado!

nikson.oliveira@fau.ufrj.br
sued.oliveira@fau.ufrj.br

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REFERÊNCIAS

◈ SCHON, Donald. “From Technical Rationality to Reflection in


Action”. In: The eflective Practitioner: how professionals think in
action. London: Ashgate,1999, p. 49-69.

◈ BOURDIEU, Pierre, CHARTIER, Roger. O sociólogo e o


historiador. São Paulo: Autêntica, 2017. [Ilusões e Conhecimentos,
p. 31-43.

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