Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
AULAS TEÓRICAS
1
Critérios Microbiológicos para Avaliação da
Qualidade de Alimentos
Características Microbiológicas
Entre os vários • Avaliação das condições de
parâmetros que processamento, armazenamento
determinam a e distribuição;
qualidade de um • Vida útil;
alimento, os mais
• Risco à saúde da população.
importantes são os
que definem as
características Critérios para avaliação
De acordo com
Critérios microbiológicos
Codex Alimentarius
R
A
1. Plano de amostragem; n° e tamanho da unidade E
P
P
R
2. Definição dos micro-organismos a serem estudados; R
O OU
Micro-organismos indicadores, patogênicos O
V
3. Definição da metodologia analítica; V
A
A
4. Estabelecimento dos padrões, normas e especificações. D
D
O
O
3
Codex Alimentarius
4
Plano
Categoria 1,2 de amostragem-
e 3 – deterioram alimentos 1 critério de avaliação
Distribuição
• Categoria 4, 5 e 6 –dos micro-organismos
indicam nos alimentos não é uniforme; qto > o n° de unidade +
presença de patógenos
significativo o resultado
Categoria 7, 8 e 9 – doenças leves e difusão restrita
• ICMSF (International Commission for the Microbiological Specifications of Foods): planos
de amostragem
Categoria 10, 11 e 12 – subdivididos
doenças leves eem 15 extensa
difusão categorias de acordo com o grau de risco que os Mos
oferecem.
O risco
• Categoria 13,depende do tipograves
14 e 15– doenças de MO e da condição de armazenamento do alimento
Categoria 3:
aceitável se
resultado <
mínimo
Inaceitável se
resultado >
máximo
Resultado entre
min e máx =
qualidade
marginal
Categoria 2:
aceitável ou
inaceitável
Categoria 1,2 e 3 –
deterioram alimentos
Categoria 4, 5 e 6 –
Categoria 7, 8 e 9 –
Categoria 10, 11 e 12 –
doenças graves
• Significado da reprovação:
• Destruição do produto;
• Reprocessamento;
• Devolução do produto ao fabricante;
• Suspensão da licença para comercialização.
8
Estabelecimento dos padrões, normas e especificações
• Padrão microbiológico é um critério obrigatório que faz parte de uma lei ou
regulamentação administrativa.
11
Critérios para a Definição de Micro-organimos
Indicadores
12
Indicadores de Contaminação Fecal ou da Qualidade
Higiênico-Sanitária do Alimento
Indicador de
contaminação de origem
fecal (em água – 1892);
Escherichia coli Micro-organismo
encontrado no trato
intestinal do homem e de
animais de sangue quente.
13
Indicador de Contaminação Fecal
• Deve preencher os seguintes requisitos:
• ter como habitat exclusivo o trato intestinal do homem e outros
animais;
• ocorrer em números muito altos nas fezes;
• apresentar alta resistência ao ambiente extra-enteral;
• haver técnicas rápidas, simples e precisas para sua detecção e/ou
contagem.
14
Coliformes Totais
• Bactérias da família Enterobacteriaceae, capazes de fermentar a
lactose com produção de gás (35-37ºC/48h);
• Escherichia coli: tem com habitat primário o trato intestinal humano e animal.
15
Coliformes Fecais e E. coli
• Coliformes fecais com capacidade de continuar fermentando a lactose com
produção de gás a 44 - 45,5oC;
• 90% das culturas de E.coli são positivas – apenas algumas espécies de
Enterobacter, Klebsiella mantem essa característica.
• Pesquisa de coliformes fecais ou E. coli:
• Fornece com maior segurança informações sobre as condições
higiênicas do produto e indicação da presença de enteropatógenos.
16
Coliformes Fecais e E. coli
• Contagem nos alimentos: os lab. - Enterobacteriaceae
• Enterococcus Faecalis;
• Enterococcus Faecium;
19
• Contagem de bactérias viáveis:
Em geral:
21
• Contagem de bolores e leveduras
22
• Medidas para evitar ou reduzir a contaminação:
boas práticas de higiene diminui a carga de esporos;
alimentos devem chegar rapidamente ao consumidor;
alimentos congelados devem ser armazenados a temperaturas menores
de -12oC;
eliminar ou reduzir o contato com o ar (embalagens);
adicionar ácidos ou conservadores químicos (benzoatos ou sorbatos
p/retardar crescimento fúngico);
aquecer o alimento na etapa final do processamento.
23
• Outros indicadores
Estafilococos:
Perigo à saúde pública:
Produção de enterotoxina estafilocócica;
Sanificação questionável (manipulação).
Clostrídios:
Formadores de esporos:
Toxinfecções de origem alimentar.
Contagem de esporos de termófilos:
Indica a eficiência de sanificação de certos vegetais;
24
Fatores Intrínsecos e Extrínsecos
Capacidade de sobrevivência ou multiplicação
Fatores
Intrínsecos Fatores
Extrínsecos
26
Água livre: presente nos espaços intergranulares e entre os poros do
material;
Água absorvida: na superfície das macromoléculas – pectina e amido;
Água ligada: está ligada quimicamente com outras substancias do alimento, e
não é eliminada na maioria do métodos de determinação de umidade
Aa = P/Po
P = pressão parcial de vapor da água no alimento.
P0 = pressão parcial de vapor da água pura.
27
Tabela 1 - Relação entre a atividade de água e a concentração de sal.
28
Tabela 2 - Valores de Aa de alguns alimentos.
Alimentos frescos
Aa > 0,95
29
Tabela 3 - Valores de Aa
mínima para multiplicação de
micro-organismos
importantes em alimentos.
34
Tabela 5 - Valores de pH para multiplicação de alguns micro-organismos.
35
Tabela 6 - pH aproximado de alguns alimentos.
36
Tabela 6 - pH aproximado de alguns alimentos.
37
Tabela 7 – Faixa de pH de multiplicação de micro-organismos.
39
Elemento perde elétrons: oxidado Eh (+);
40
41
patogênicas
patogênicas
Indispensável na multiplicação
Complexo B, biotina e ácido pantotênico.
Vitaminas
Importante no crescimento
44
Capacidade de retardar ou impedir a multiplicação microbiana.
Fatores
Antimicrobianos
Naturais Contra Bactéria Gram -
Gênero
Gram +
FDA
50
51
Condições físicas para o cultivo de micro-organismos:
Figura 3 - Respostas
típicas de crescimento de
um micro-organismo às
temperaturas de
incubação, mostrando as
temperaturas mínima,
ótima e máxima. 52
Figura 5 – Uso correto da temperatura para conservar alimentos.
53
Alimento em equilíbrio com a atmosfera:
57
Cada 1 dos fatores contribuí com uma parcela igual no retardamento do crescimento
microbiano, até que este crescimento seja completamente bloqueado.
Então o alimento é estável e seguro para o consumidor = MODELO TEÓRICO = de
ocorrência pouco provável
61
Nitrato de sódio
62
Classificação dos Alimentos pela facilidade
com que se alteram
63
Micro-organismos Patogênicos de
Importância em Alimentos
• Agentes causadores de doenças no homem transmitidos pelos alimentos:
• produtos químicos;
• toxinas naturais de plantas e animais;
• vírus;
• parasitas;
• bactérias patogênicas;
• fungos toxigênicos.
Micro-organismos
Patogênicos
65
Ação dos Micro-organismos Patogênicos
• Microvilosidades das células epiteliais;
• Produção de enterotoxinas;
• Adesão à mucosa;
• Alguns agem nas regiões iniciais do intestino delgado (duodeno e jejuno),
outros na porção final (íleo);
• Alguns são pouco invasores, outros são bastante invasivos;
• Sintoma mais comum nas doenças de origem alimentar:
• diarréia (aguda ou crônica); distúrbios no sistema nervoso
na corrente circulatória
• Podem não se limitar ao trato gastrointestinal: no aparelho genital
no fígado, etc
66
Caracterização das Doenças de Origem Alimentar
Alimento causador de problema gastrointestinal
Providências Complexos:
o Alimento suspeito não
Preliminares mais disponível;
oImpossibilidade de
caracterizar o alimento
Inquérito epidemiológico suspeito;
(Exame dos indivíduos que apresentam sintomas o Análise laboratorial
limitada;
característicos)
o Metodologias
+ laboratoriais não são
Exames laboratoriais 100% eficientes.
(amostras clínicas e amostras de alimentos)
67
Mecanismos de Defesa
Alimento com um ou mais micro-organismos patogênicos não
necessariamente causará uma doença se for consumido.
68
Intoxicação Alimentar
69
Infecções Alimentares
74
Habitat Trato intestinal de animais de sangue
quente, anfíbios e répteis.
Incubação 5 a 72 h, média de 12 a 24 h.
Sintomas Diarreia, febre, dores abdominais e
vômitos.
Alimentos Aves, bovinos, suínos e vegetais.
envolvidos
Prevenção Aquecimento dos alimentos entre 64 e
74°C; Armazenamento em baixas
temperaturas; Prevenção de
contaminação cruzada.
75
Habitat Trato intestinal de humanos e macacos.
Incubação 4 a 7 dias.
Sintomas Desidratação, fezes mucosanguinolentas
e febre.
Alimentos Saladas, leite e outros.
envolvidos
Prevenção Evitar a contaminação com dejetos
humanos; Boas Práticas de Fabricação.
76
Habitat Suíno principal reservatório (língua e
amígdalas).
Incubação 2 a 6 dias, em média 72 h.
Sintomas Gastroenterite, febre, dor aguda do lado
direito (podem durar de 2 a 30 dias).
Alimentos Leite, carne de suíno e derivados, ostras
envolvidos e pescados.
Prevenção Cocção dos alimentos; BPF; Prevenção
da contaminação cruzada;
Armazenamento abaixo de 5°C.
77
Habitat Trato intestinal de animais de sangue
quente.
Incubação 2 a 30 dias, em média 7 dias.
Sintomas Diarreia profunda, dores abdominais,
cefaleia, fraqueza, febre e vômitos raros.
Alimentos Leite cru, carne de frango e bovina, ovos
envolvidos e moluscos crus.
Prevenção Cocção dos alimentos; BPF; Prevenção
da contaminação cruzada.
78
Habitat Estuários, baías e águas salgadas.
Aparentemente os humanos são o principal
reservatório.
Incubação Algumas horas.
Sintomas Desconforto abdominal e inicialmente
diarreia moderada. Os sintomas podem
evoluir levando a morte.
Alimentos Pescados e alimentos crus.
envolvidos
Prevenção Boas Práticas de Higiene e Saneamento
Básico, Uso do calor, pois o congelamento é
ineficaz para matar essa bactéria.
79
Habitat Estuários, baías e águas salgadas.
Incubação 4 a 96 h, e em média 12 h.
Sintomas Desconforto abdominal, diarreias, vômitos e
enxaqueca, podem persistir por 10 dias.
Alimentos Caranguejos, ostra, camarão, lagosta e peixe
envolvidos cru.
Prevenção Cozimento dos frutos do mar; Controle
Tempo/temperatura; Boas Práticas de
Higiene; Saneamento Básico.
80
Habitat Ambiente marinho.
Incubação 16 a 38 h, em média 12 h.
Sintomas Febre, calafrios, náuseas e lesões na pele.
81
Habitat Alimentos e água tem sido veículo desse
micro-organismo. Encontra-se disseminado
no ambiente contaminado com dejetos
humanos e de animais.
Incubação 24 a 48 h.
Sintomas Gastroenterite moderada.
82
Habitat Água doce, águas residuais e água
salgada.
Incubação 2 a 48 h, e em média 12 h.
Sintomas Enterites.
83
Habitat Amplamente distribuída na natureza sendo o
principal reservatório o solo.
Incubação 4 a 16 h e os sintomas duram de 12 a 24 h.
Sintomas Síndrome diarreica: diarreia e dor abdominal.
Os sintomas aparecem de 6 a 8 horas após a
ingestão do alimento.
Síndrome emética: náusea e vômito. Os
sintomas aparecem de 30 min a 1 hora após a
ingestão do alimento.
Alimentos Produtos cárneos, pescados, leite, vegetais
envolvidos cozidos ou crus, condimentos, arroz e outros.
Prevenção Evitar o preparo de alimentos com muita
antecedência; Evitar manter alimentos
cozidos à temperatura ambiente.
84
Habitat Solo, trato intestinal de animais.
Incubação 8 a 15 h ou em poucas horas.
Sintomas A - Forma clássica: dores abdominais agudas,
diarreias com náuseas e febre, sendo vômitos
raros. Os sintomas aparecem de 8 a 12 h.
C - Enterite necrótica: dores abdominais agudas
ou intensas, diarreia sanguinolenta e infecção
necrótica do intestino, transmitida por carne suína
mal cozida.
Alimentos Carne e frangos cozidos e mantidos sem
envolvidos aquecimento ou refrigeração.
Prevenção Evitar o preparo de alimentos com muita
antecedência; Evitar manter alimentos cozidos à
temperatura ambiente.
85
Habitat Amplamente distribuída na natureza sendo
isolada no solo, vegetação, sedimentos
marinhos e água.
Incubação 1 dia a 1 semana e os sintomas duram de
12 a 24 h.
Sintomas Diarreia, febre, fadiga, mal estar, dores
abdominais, cefaleia e febre.
Alimentos Leite e derivados, produtos cárneos,
envolvidos pescados e vegetais.
Prevenção Cocção dos alimentos; Boas Práticas de
Higiene e Sanificação durante o
processamento de alimentos; Prevenção
de contaminação cruzada.
87
88
Habitat Amplamente distribuída na natureza sendo o
principal reservatório o solo (esporos).
Incubação 12 a 36 h ou em poucas horas.
Sintomas Náuseas, vômitos, distúrbios neurológicos,
perda da coordenação muscular, falência
respiratória, visão dupla, dificuldade de
deglutição e controle língua.
Alimentos Alimentos enlatados, conservas vegetais
envolvidos caseiras, mel (EUA), salsichas e salames
(Canadá e Alemanha).
Prevenção Processamento térmico apropriado; Salga ou
Secagem para reduzir a atividade de água e a
fermentação.
89
90
91
Habitat Os humanos são o principal reservatório.
Incubação 6 h, mas varia consideravelmente.
Sintomas Náuseas, vômitos e diarreia aquosa.
Alimentos Uma grande variedade.
envolvidos
Prevenção Boas Práticas de Higiene; Refrigeração
adequada dos alimentos após a cocção.
93
Penicillium citrinum e P. viridicatum.
Arroz amarelo (produto fermentado chinês).
Afeta os rins e sistema imunológico do homem.
F. graminearum.
Trigo, aveia, cevada.
Abortos em jovens e anorexia. Ocorre a diminuição de postura em aves. 94
Fusarium.
Grãos (colheita no inverno).
ATA (Aleucia Tóxica Alimentar) destruição dos glóbulos vermelhos, poucas horas
após a ingestão do cereal contaminado. Os primeiros sintomas são queimação na boca,
faringe, esôfago e estômago. A longo prazo pode causar leucemia, anemia e redução de
plaquetas. Mortalidade de 2% a 80%.
95
CIGUATERA - (Ciguatoxinas - classe de toxinas solúvel nos lipídios) - peixe
barracuda.
96
Entamoeba histolytica Água de fonte contaminada, Disenteria amebiana.
instalações
hidráulicas defeituosas, alimento
contaminado por mãos sujas ou
moscas.
Toxoplasma gondii Consumo de alimentos expostos à Toxoplasmose.
água
contaminada ou a fezes de felinos
infectados.
98