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Publicado em 28/04/2021 11h35 Atualizado em 30/04/2021 15h11
O evento contará ainda com a participação gravada do ministro da Saúde Marcelo Queiroga e
dos secretários Rafael Câmara, da Atenção Primária, e Sérgio Okane, da Atenção Especializada
à Saúde. Eles vão iniciar os diálogos acerca dos resultados e perspectivas do trabalho realizado
pelo MS na qualificação do cuidado às crianças com Transtorno do Espectro Autista no Sistema
Único de Saúde (SUS).
Estamos trabalhando para que toda criança com suspeita de autismo no País possa ter acesso a
um cuidado de qualidade em todos os níveis de atenção à saúde do SUS. Queremos garantir um
tratamento humanizado e respeitoso com todas essas crianças, ampliando suas possibilidades de
desenvolvimento e oferecendo apoio para as famílias que vivem essa realidade”, afirmou o
ministro Queiroga.
Os materiais têm o objetivo de orientar a rede e ampliar a detecção precoce e oportuna de sinais
sugestivos de desenvolvimento atípico das crianças e jovens entre 16 e 30 meses, com entrevista
de seguimento (M-CHAT-R/F), o que possibilitará intervenção por estratégias compartilhadas com
a família, como a Estimulação Precoce (estímulos ao desenvolvimento da criança mediados por
atividades lúdicas), mesmo antes que o diagnóstico seja fechado na atenção especializada.
Além dos instrumentos, também serão lançados dois cursos, na modalidade à distância, para
capacitar os profissionais que compõem a Rede de Atenção às Urgências (UPA e SAMU) e
profissionais envolvidos no tratamento e reabilitação da pessoa com deficiência. O primeiro,
busca oferecer às pessoas com TEA um atendimento efetivo, por meio de estratégias e condutas
baseadas em evidências. Já o segundo, aborda técnicas de atenção à reabilitação da pessoa
com TEA no SUS.
O evento ainda contará com a exibição de depoimentos gravados pelo artista Marcos Mion, que
falará da experiência de ser pai de um menino com TEA; bem como da primeira-dama Michelle
Bolsonaro e da ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, que abordarão a
importância da temática na agenda nacional e do apoio às família com crianças autistas no Brasil.
Programação do evento
Para chamar a atenção da sociedade para o tema e contribuir com a redução do preconceito
existente contra as pessoas que desenvolvem o transtorno, a Organização das Nações Unidas
(ONU) instituiu o dia 2 de abril para celebrar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.
Uma das ferramentas que podem ser consultadas tanto pelos profissionais quanto pela família é a
Caderneta da Criança, que traz orientações quanto aos marcos do desenvolvimento esperados
para cada idade. Brevemente, em sua nova edição, a Caderneta contará com um instrumento de
rastreio para TEA a ser aplicado a partir dos 16 meses: a escala M-CHAT R/F. Por meio dessa
escala, que se configura em um pequeno questionário aplicado junto aos cuidadores da criança,
busca-se identificar sinais sugestivos de risco para TEA, como o baixo interesse por outras
pessoas ou o chamado hiperfoco para objetos.
Atenção Especializada
- Destes, 231 são Centros Especializados em Reabilitação (CER), que são pontos de atenção
ambulatorial especializada em reabilitação que realizam diagnóstico, tratamento, concessão,
adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se em referência para a rede de
atenção à saúde no território.
- 2.749 Centros de Atenção Psicossocial – CAPS (em diferente modalidades), sendo 274 serviços
de CAPS iJ;
- 59 Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental;
Em 2020, foram investidos R$ 42.639.075,00 para o custeio anual de 105 CAPS, totalizando
R$1.234.308.138,00 de recursos anual investidos para essa modalidade de serviço. Em 2021, a
previsão é de habilitar 84 novos CAPS com o investimento de R$ 38.330.364,00.
Participação da Família
Nesse sentido, as equipes de saúde devem valorizar o olhar da família sobre o desenvolvimento
da criança, uma vez que ela permanece a maior parte do seu tempo em contato com seus
cuidadores, que poderão estar mais aptos a identificar precocemente alterações no curso do
desenvolvimento e replicar as técnicas comportamentais ofertadas pelos profissionais de saúde,
reforçando a terapia realizada nos serviços de saúde.