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BENEFÍCIOS AOS SEGURADOS EM

FUNÇÃO DOS DEPENDENTES

A Previdência Social garante aos seus segurados dois


benefícios que possuem relação direta com os dependentes: o
Salário-Maternidade e o Salário-Família. Com estes benefícios a
Previdência está presente na vida das pessoas em diversas
situações, sempre garantindo proteção.  
É importante a pessoa ser cuidada para que também possa
cuidar da sua família. Acompanhe os critérios para direito a esses
benefícios. Nesta aula você vai estudar os critérios para o direito
ao Salário-Maternidade.

1. SALÁRIO-MATERNIDADE

Maternidade é um momento que exige dedicação integral e


muitos cuidados por parte da genitora ou adotante, é uma fase
nova da vida que requer adaptação e acolhimento ao filho(a),
suprimento de todas suas necessidades e estabelecimento de
vínculo afetivo.
A Previdência Social possui um benefício para esse
momento, entre outras situações, que propicia a dispensa das
atividades profissionais para o cuidado dos filhos, recém-nascidos
ou não, naturais ou adotados, fortalecendo as relações de afeto
que irão prevalecer durante toda a vida.
É um direito de todas as seguradas da Previdência Social
(empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas,
contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais), por
ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso,
adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança até doze
anos de idade, pelo período de cento e vinte dias. É um direito
também dos segurados, em casos específicos.
Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se
parto o evento que gerou a certidão de nascimento ou certidão de
óbito do natimorto.

 CONQUISTAS RELACIONADAS AO SALÁRIO-MATERNIDADE

Como política pública, a Previdência protege as mães


biológicas e as adotantes ou detentoras de guarda judicial.
O Salário-Maternidade é uma conquista das mulheres ao
longo dos anos e a Previdência exerceu um importante papel na
vida dessas pessoas.
A Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988,
estabeleceu várias inovações no âmbito dos direitos sociais,
inclusive com relação ao Salário-Maternidade, tais como:
1. Igualdade de direitos entre trabalhadores urbanos e rurais.
2. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de 120 (cento e vinte) dias.
3. O direito ao benefício foi assegurado à trabalhadora avulsa e
à empregada doméstica.

Desde então, muitas mudanças ocorreram na sociedade e na


legislação permitindo que, atualmente o benefício seja um direito
de todas seguradas e de segurados, em casos específicos.

 DURAÇÃO DO SALÁRIO-MATERNIDADE

Para as mães biológicas, o benefício será pago durante 120


dias e poderá ter início até 28 dias antes do parto. Tratando-se de
parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este
último comprovado mediante certidão de óbito, a segurada terá
direito aos 120 dias previstos em lei, sem necessidade de
avaliação médico-pericial pelo INSS.
A duração do benefício será diferenciada no caso de aborto
espontâneo ou previsto em lei (estupro ou risco de vida para a
mãe), que será pago por duas semanas.
Se o Salário-Maternidade for concedido antes do
nascimento da criança, a comprovação será por atestado médico e,
se posterior ao parto, a prova será a certidão de nascimento.
A segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins
de adoção de criança, que tenha no máximo 12 (doze) anos de
idade, terá direito ao Salário-Maternidade de 120 dias.

 CARÊNCIA DO SALÁRIO-MATERNIDADE

A carência para concessão desse benefício varia de acordo


com a categoria, como veremos agora:
4. Empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras
avulsas - não exige carência, desde que comprovem filiação
nesta condição na data do afastamento para fins do benefício
ou na data do parto.
5. Contribuinte individual (inclusive aquela que presta serviço
à empresa), segurada facultativa e segurada especial (que
optou por contribuir) - dez (10) contribuições mensais.
6. Segurada especial que não paga contribuições - comprovar
no mínimo 10 (dez) meses de trabalho rural imediatamente
anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua.

A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos


simultâneos tem direito a receber um benefício para cada emprego
ou atividade, desde que contribua para a Previdência nas duas
funções. Em caso de parto de gêmeos, será devido apenas um
benefício, pois a condição para a concessão é o parto e não o
número de filhos.

 RENDA MENSAL INICIAL DO SALÁRIO MATERNIDADE


O benefício será calculado em função de:
7. Para as empregadas e trabalhadoras avulsas, a Lei determina
que o valor do benefício seja no mesmo valor da sua
remuneração integral equivalente a um mês de trabalho. Pode
ultrapassar o limite máximo do INSS, limitando-se ao teto do
cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
8. A empregada doméstica (em atividade) terá direito ao
benefício no mesmo valor do seu último salário de
contribuição. Neste caso, deverão ser observados o limite
mínimo e máximo do salário de contribuição ao INSS.
9. A segurada especial terá direito ao benefício no valor de um
salário mínimo. Caso contribua facultativamente, sua renda
mensal inicial corresponderá a um doze avos da soma dos 12
últimos salários de contribuição, apurados em período não
superior a 15 meses. O mesmo se aplica às demais seguradas:
a contribuinte individual, a facultativa e a desempregada em
período de graça.
Desde 14/06/2007, a segurada desempregada tem direito ao recebimento do
Salário-Maternidade, desde que tenha carência e esteja no período de graça,
independentemente do motivo da rescisão de contrato.
Nessa situação, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social.
Para saber mais sobre "período de Graça" acesse a Biblioteca do Curso.

 OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE SALÁRIO-

MATERNIDADE

 partir de janeiro de 2010, as trabalhadoras das empresas


tiveram mais uma conquista com a instituição do Programa
Empresa Cidadã, destinado a prorrogar por sessenta (60) dias a
duração da licença-maternidade. Para isso, é necessário que as
empresas façam sua adesão ao Programa.
Por meio da Lei 12.873, de 25 de outubro de 2013, passou a
ser devido o salário-maternidade, pelo período de cento e vinte
(120) dias, ao segurado do sexo masculino, inclusive em período
de manutenção da qualidade de segurado, que adotar ou obtiver
guarda judicial para fins de adoção de criança.A partir de 23 de
janeiro de 2013, fica garantido, no caso de falecimento da
segurada ou segurado que tinha direito ao recebimento de salário-
maternidade, o pagamento do benefício ao cônjuge ou
companheiro(a) sobrevivente, desde que este também possua as
condições necessárias à concessão do benefício em razão de suas
próprias contribuições. Para o reconhecimento deste direito é
necessário que o sobrevivente solicite o benefício até o último dia
do prazo previsto para o término do salário-maternidade
originário: 120 dias.
Conforme a publicação da Portaria Conjunta nº 28, de 19 de
março de 2021, em cumprimento à decisão cautelar na Ação
Direta de Inconstitucionalidade nº 6,327, o Supremo Tribunal
Federal - STF, determinou a prorrogação do benefício de Salário-
Maternidade quando houve complicações médicas relacionadas
ao parto, que houver a necessidade de internação hospitalar da
segurada e/ou do recém nascido. A medida deve ser aplicada para
requerimentos de salário-maternidade com fato gerador a partir de
13 de março de 2020.

2. FINALIZANDO

Chegamos ao final da aula sobre Salário-Maternidade. 

Na Escola PEP há uma série de Podcasts sobre Benefícios


da Previdência Social. Lá há um específico sobre Salário-
Maternidade. Caso queira acessar o áudio, clique aqui.

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