Você está na página 1de 4

MNEG – RESOLUÇÃO DO EXAME ÉPOCA NORMAL (29/01/2022)

PARTE GEOTECNIA

1.

Serão 5 as fases de cálculo necessárias na análise numérica do comportamento da obra. Em cada


uma dessas fases procurar-se-á:
Fase 1 – Definir o estado de tensão previamente instalado no maciço;
Fase 2 – Simular a construção das paredes moldadas;
Fase 3 - Simular a escavação até uma profundidade que possa permitir a colocação da escora
provisória perto do topo;
Fase 4 – Simular a colocação da escora provisória e do resto da escavação;
Fase 5 – Simular a instalação da laje de fundo e a retirada da escora provisória.

2.

a)
i) Sabendo que a estimativa elástica das tensões pode ser obtida da expressão
{𝜎𝜎} = [𝐷𝐷]. {𝜀𝜀} = 𝐸𝐸{𝜀𝜀} e que na 1ª iteração o valor do módulo de
deformabilidade utilizado nas duas barras é o módulo inicial (100 GPa) obtém-
se:

{𝜎𝜎 1 }11 = 100 × 103 . {0.0008} = {80} 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀

{𝜎𝜎 2 }11 = 100 × 103 . {0.00125} = {125} 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀


ii) Atendendo a que, como mostra a figura seguinte, a “tensão elástica” na barra
2, ao contrário do que acontece na barra 1, ultrapassou o valor da tensão de
cedência do material (100 MPa), há forças não equilibradas nela. Essas forças,
chamadas de forças residuais, podem ser obtidas a partir do valor da tensão
residual, calculada como se ilustra na mesma figura.

NOTA: o valor de 112.5 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 corresponde à “tensão instalada”, tensão a que o


elemento consegue resistir para a deformação (0.125%) a que está sujeito

Fazendo coincidir o sentido positivo do eixo local associado à barra 2 com o


sentido positivo do eixo 𝑦𝑦 (nó 1 do elemento coincidente com o nó global 3 e o
nó 2 com o nó global 2), a que corresponderá um 𝛼𝛼 = 90°, virá para o vetor das
forças nodais no elemento no sistema de eixo local e no sistema de eixos global,
respetivamente

{𝜓𝜓 2 }11 = � [𝐵𝐵]𝑇𝑇 {𝜎𝜎𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟


2 }1
1 𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
1
− 4
−25
= 20 × 10−4 � � 4� {12.5 × 103 }𝑑𝑑𝑥𝑥 ′ = � � 𝑘𝑘𝑘𝑘
0
1 25
4

cos 90 0 0
sin 90 0 −25
� = �−25� 𝑘𝑘𝑘𝑘
1
�𝜓𝜓𝑔𝑔2 � = [𝑇𝑇]{𝜓𝜓 2 }11 = � ��
1 0 cos 90 25 0
0 sin 90 25

Estando a tensão no elemento 1 abaixo do limite de cedência, não há nele forças


residuais, pelo que
0
�𝜓𝜓𝑔𝑔1 �1 = �0�
1
0
0

Agrupando os vetores das forças residuais de todos os elementos se obtém o


vetor de solicitação a aplicar na 2ª iteração
0
⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪
{𝜓𝜓}11 = 0 𝑘𝑘𝑘𝑘
⎨0 + 25⎬
⎪ 0 ⎪
⎩0 − 25⎭

b) A utilização do método de Newton Raphson pressupõe que a matriz de rigidez a


empregar em cada iteração seja a matriz tangente. Assim, o módulo de deformabilidade
que se deve considerar na definição da matriz de rigidez do elemento 2 na 2ª iteração
já não é 100 GPa, mas sim 50 GPa, daí resultando a seguinte matriz de rigidez

3.

Para um solo sem coesão e um ângulo de resistência 𝜙𝜙 = 35° o critério de rotura de Mohr-
Coulomb pode ser expresso por:

𝑞𝑞 = 𝑀𝑀(𝜃𝜃). 𝑝𝑝

𝜃𝜃 = −30° 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝜎𝜎1 > 𝜎𝜎2 = 𝜎𝜎3

6. sin 𝜙𝜙
𝑀𝑀(𝜃𝜃 = −30°) = = 1.418
3 − sin 𝜙𝜙

𝑞𝑞 = 1.418 𝑝𝑝
a)

b) Para o ensaio 2, ensaio de compressão com tensão média constante, será:

𝑞𝑞 = 1.5 ∆𝜎𝜎 = 1.418 𝑝𝑝 = 1.418 (200)

1.5 ∆𝜎𝜎 = 283.7 ⇒ ∆𝜎𝜎 = 189.13 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘

Você também pode gostar