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Articulação Teórico-prática
Como cheguei nas respostas das QAs
Para todos os organismos vivos, um dos maiores desafios de sobrevivência é lidar com micróbios
e outras causas de doenças. Patógenos são vírus, bactérias, fungos e outros micróbios que
causam doenças. No entanto, o corpo também deve se defender contra agentes não vitais, como
toxinas e radiação, que ativam algumas das mesmas defesas. A análise se concentra em
micróbios infecciosos. O corpo humano possui três linhas de defesa contra as causas das
doenças.
Imunização Ativa
✓ Atua para que o organismo do indivíduo gere defesas e tenha memória do agente ao qual
foi exposto, dessa forma se a pessoa for exposta novamente, o sistema imunológico natu-
ral do corpo combata o antígeno.
✓ Possui efeito eficaz, mas é lenta, precisando de até 3 ou 4 meses para começar a agir, po-
rém, com longa duração, podendo atuar como fator de resposta por até 10 anos, devido às
células imunizadoras possuírem memória e armazenarem informações sobre os agentes
infecciosos.
Imunização Passiva
Natural; consequência da passagem passiva de anticorpos da mãe para o feto, pela placenta, ou
para o recém-nascido no ato da amamentação.
Artificial; transferência de anticorpos de uma pessoa imune para outra não imune (aplicação de
imunoglobulina), ou aplicação de soros obtidos pela produção em animais.
✓ O efeito é rápido , precisando de horas ou poucos dias para começar a agir, é eficaz, mas
nesta categoria de imunização o tempo de duração da imunização é curto, pois os anticor-
pos não têm memória duradoura, e as células não guardam informações dos agentes in-
fecciosos.
A primeira linha de defesa é composta pela pele e pelas mucosas, que dificultam a entrada
mecânica do corpo estranho nos tecidos do corpo. Quando a pele é rompida por um arranhão ou
mordida de um animal, ou destruída por uma queimadura, uma das preocupações mais urgentes
no tratamento é prevenir a infecção. Isso atesta a importância da pele intacta em seu papel de
barreira. Sua superfície é composta principalmente de queratina, uma proteína dura que poucos
patógenos conseguem penetrar. Além disso, com exceções como as áreas axilar e púbica, é
muito seco e pouco nutritivo para suportar o crescimento microbiano. Mesmo os micróbios que
aderem à epiderme são eliminados pela esfoliação dos queratinócitos mortos na superfície.
A pele também é coberta com vários produtos químicos antimicrobianos. O suor o cobre com um
manto ácido protetor (uma fina película de ácido láctico que inibe o crescimento bacteriano). O
suor também contém um peptídeo antibacteriano denominado dermicidina. Queratinócitos,
neutrófilos, macrófagos e outras células também produzem peptídeos chamados defensinas e
catelicidinas, que destroem bactérias, vírus e fungos. Os efeitos dessas defesas são
potencializados pela vitamina D (calcitriol), apontando para os benefícios de ter uma quantidade
moderada de exposição à luz solar para auto-resistência à infecção.
O trato digestivo, os tratos respiratório e urinário e o aparelho reprodutor estão abertos para o
exterior, o que os torna vulneráveis à invasão, mas estão protegidos por membranas mucosas. O
muco captura os germes. Os organismos presos no muco respiratório são deslocados pelos cílios
para a faringe, onde são engolidos e posteriormente destruídos pelo ácido estomacal. A saliva
limpa os germes do trato gastrointestinal superior e a urina limpa o trato urinário inferior. O muco,
as lágrimas e a saliva também contêm lisozima, uma enzima que mata as bactérias ao dissolver
as paredes celulares.
Abaixo do epitélio da pele e da mucosa há uma camada de tecido areolar. Sua substância
fundamental contém um glicosaminoglicano gigante denominado ácido hialurônico, que lhe
confere uma consistência viscosa. Freqüentemente, é difícil para os micróbios migrarem através
desse gel de tecido pegajoso. No entanto, alguns organismos superam esse obstáculo
produzindo uma enzima chamada hialuronidase, que a decompõe em uma consistência mais fina
e, portanto, mais fácil de penetrar. A hialuronidase ocorre em alguns venenos de cobra e toxinas
bacterianas e é produzida por certos parasitas protozoários para facilitar sua invasão dos tecidos
conjuntivos.
CELULAS DA IMUNIDADE
Se os micróbios ultrapassam a barreira física da pele e da mucosa, são atacados por fagócitos
(células fagocíticas) que têm um apetite voraz por materiais fora do corpo. Leucócitos e
macrófagos desempenham papéis particularmente importantes na defesa inespecífica e na
imunidade específica e, portanto, na segunda e terceira linhas de defesa.
Leucócitos e macrófagos
Os leucócitos (também chamados de glóbulos brancos), assim como as hemácias, são elementos
figurados do sangue. Essas células são formadas no adulto dentro dos ossos, na medula óssea
vermelha. Existem cerca de 5 mil a 10 mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue em um
humano adulto. Podem ser divididos em dois grupos (mieloide e linfoide) porque na medula
existem células tronco do tipo mieloide e células tronco do tipo de lionfoide, que vão dar origem a
diferentes células.
Lembre que linfócito é um tipo de leucócito (nome genérico para todos os glóbulos brancos).
Os leucócitos têm como principal função proteger nosso organismo contra patógenos e
organismos estranhos. Eles atuam fagocitando as partículas invasoras ou produzindo substâncias
que vão agir destruindo ou inativando essas partículas. No citoplasma, todos os leucócitos
possuem lisossomas, chamados grânulos não específicos (azurófilos); eles são chamados assim
porque absorvem as tintas azul e violeta de manchas de sangue.
Dentre os granulócitos (são chamados de granulócitos porque têm vários tipos específicos de
grânulos que se coram visivelmente e distinguem cada tipo de célula dos outros), podemos citar
os neutrófilos (Os grânulos específicos de neutrófilos não ficam excessivamente manchados com
tinta e contêm enzimas e outros produtos químicos usados na defesa contra patógenos), que são
os tipos mais numerosos. Exibem forma esférica e um núcleo geralmente trilobado. Essas células
realizam fagocitose e possuem a capacidade de deixar os vasos sanguíneos e penetrar nos
tecidos, exercendo assim a sua função de proteção do organismo.
Os basófilos, (são nomeados assim porque seus grânulos específicos se coram com azul de
metileno, uma tinta básica em uma mistura comum como a mancha de Wright), e eosinófilos,
outro leucócito granulocito, atuam liberando histamina e heparina, substâncias que ajudam na
dilatação dos vasos sanguíneos e na anticoagulação, respectivamente. Apresentam forma
esférica e núcleo irregular.
Os linfócitos são células muito abundantes no sangue, só perdendo para os neutrófilos. Muito
importantes no processo imunológico, essas células estão envolvidas com a produção de
anticorpos, sua forma é esférica e o núcleo é grande e também esférico.
Linfócito T auxiliar ou CD4, que atua coordenando a resposta imunitária e ativando células de
defesa, como os Linfócitos Be macrófagos.
• As respostas imunes inatas aos microrganismos são imediatas e não necessitam de uma
primeira exposição ao microrganismo. Em outras palavras, as células e moléculas efetoras
imunes inatas estão completamente funcionais mesmo antes da infecção ou são
rapidamente ativadas pelos microrganismos para prevenir, controlar ou eliminar infecções.
Em contrapartida, as respostas imunes adaptativas efetivas a um microrganismo
recentemente introduzido se desenvolvem ao longo de vários dias como clones de
linfócitos, se expandem e se diferenciam em células efetoras funcionais.
• Não há alteração considerável na qualidade ou magnitude da resposta imune inata ao
microrganismo após exposição repetida, ou seja, existe pouca ou nenhuma memória. Em
contrapartida, a exposição repetida a um microrganismo aumenta a rapidez, magnitude e
efetividade das respostas imunes adaptativas.
• A resposta imune inata é ativada pelo reconhecimento de um quadro relativamente limitado
de estruturas moleculares que são produtos dos microrganismos ou são expressas por
células do hospedeiro que estão mortas ou lesionadas. É estimado que o sistema imune
inato reconheça somente cerca de 1.000 produtos de microrganismos ou células
danificadas. Em contrapartida, o sistema imune adaptativo potencialmente pode
reconhecer milhões de diferentes estruturas moleculares de microrganismos e, também,
antígenos ambientais não microbianos, assim com os próprios antígenos que normalmente
estão presentes em tecidos saudáveis. Os vários tipos de receptores que são responsáveis
pelas diferentes especificidades dos sistemas imunes inato e adaptativo serão descritos
mais adiante neste capítulo e em capítulos subsequentes.
Inflamação aguda: a inflamação aguda é uma resposta rápida que leva leucócitos e proteínas
plasmáticas para os locais da lesão. Uma vez lá, os leucócitos removem os invasores e iniciam o
processo de digerir e se livrar dos tecidos necróticos. A inflamação aguda possui dois
componentes principais:
Eventos celulares: emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da lesão
(recrutamento e ativação celular), tornando-os aptos para eliminar o agente agressor. Os
principais leucócitos na inflamação aguda são os neutrófilos (leucócitos polimorfonucleares).
Todas essas alterações são induzidas por citocinas e pequenas moléculas mediadoras
inicialmente derivadas das células residentes nestes tecidos, tais como os mastócitos,
macrófagos e células endoteliais, em resposta à estimulação por PAMP e DAMP.
Objetivos da Inflamação:
• Necrose tecidual
• Agentes infecciosos → Vírus, bactérias, fungos, parasitas;
• Traumas mecânicos → perfuração, pressão e choque mecânicos;
• Variada gama de agentes físicos e químicos → injúria térmica, queimadura, irradiação,
agentes químicos variados;
• Corpos estranhos
• Reações imunológicas descontroladas ou de autoimunidade.
As etapas da resposta inflamatória podem ser lembradas como os cinco erres: (1)
reconhecimento do agente lesivo, (2) recrutamento dos leucócitos, (3) remoção do agente, (4)
regulação (controle) da resposta e (5) resolução (reparo).
MORFOLOGIA
A inflamação fibrinosa ocorre como consequência de lesões mais graves, resultando em maior
permeabilidade vascular que permite a moléculas grandes (como o fibrinogênio) atravessarem a
barreira endotelial. Histologicamente, a fibrina extravascular acumulada aparece como uma rede
eosinofilica de filamentos ou, às vezes, como um coágulo amorfo (Fig. 2 12). Um exsudato
fibrinoso é característico de inflamação no revestimento de cavidades corporais como meninges,
pericárdio e pleura. Esses exsudatos podem ser degradados por fibrinólise, e os restos
acumulados podem ser removidos pelos macrófagos, restaurando a estrutura normal do tecido
(resolução). Se, no entanto, a fibrina não for completamente removida, isso resultará no
crescimento de fibroblastos e vasos sanguíneos (organização) que leva finalmente á cicatrização,
podendo haver consequências clinicas significativas. Por exemplo, a organização de um exsudato
fibrinoso pericardico forma um denso tecido cicatricial fibroso que transpõe ou oblitera o espaço
pericardico e restringe a função do miocárdio.
A inflamação supurativa (purulenta) e a formação de abscesso são caracterizadas pela presença
de grande quantidade de exsudato purulento (ou pus) consistindo em neutrófilos, células
necróticas e liquido de edema. Certos microrganismos (p. ex., estafilococos) induzem essa
supuração localizada e, por isso, são chamados de piogénicos (formadores de pus). Os
abscessos são coleções localizadas de pus que podem ser causadas por organismos piogénicos
contidos dentro de um tecido ou par infecções secundárias de focos necróticos. Os abscessos
possuem uma região central de células necróticas, tendo em volta uma camada de neutrófilos
preservados e circundada por vasos dilatados e fibroblastos em proliferação, indicando o inicio do
reparo. Com o tempo, o abscesso pode tornar-se completamente encerrado e ser substituído por
tecido conjuntivo Devido à destruição do tecido subjacente, geralmente o resultado do abscesso é
a formação de cicatriz.
Uma úlcera é um defeito local ou escavação da superfície de um órgão ou teodo que é produzida
por necrose das células e desprendimento (esfacelamento) do tecido inflamatório necrótico. A
ulceração pode ocorrer apenas quando existe tecido necrótico e inflamação na superfície ou
próximo a ela. É encontrada mais comumente (1) na necrose inflamatória da mucosa da boca,
estômago, intestinos ou trato geniturináno e (2) no tecido necrótico e inflamação subcutânea dos
membros inferiores em pessoas dosas com distúrbios circulatórios que predispõem a necrose
extensa. As ulcerações são mais bem exemplificadas pela úlcera péptica do estômago ou
duodeno, onde coexistem inflamações aguda e crônica. Durante o estágio agudo, há infiltração
polimorfonuclear intensa e dilatação vascular nas s margens do defeito. Com a cronicidade, as
margens e a base da úlcera desenvolvem cicatrização, com acumulo de linfócitos, macrófagos e
plasmocitos.
Inflamação
Infecção
A inflamação crônica é um processo que demora mais do que a inflamação aguda se a infecção
não for eliminada ou se a lesão tecidual for prolongada.
Uma das primeiras respostas do sistema imune inato a uma infecção e dano tecidual é a
secreção de citocinas pelas células teciduais, que é uma resposta crítica para a resposta
inflamatória aguda.
• Elas são produzidas principalmente por macrófagos teciduais e células dendríticas, embora
outros tipos celulares, incluindo células endoteliais e algumas células epiteliais, também
possam produzi-las.
• A maioria destas citocinas age em células próximas às suas células de origem (ação
parácrina). Em algumas infecções graves, uma quantidade suficiente de citocinas pode ser
produzida de tal forma que elas entram na circulação e agem em locais distantes (ação
endócrina).
• Diferentes citocinas têm ações similares e sobrepostas ou são funcionalmente únicas. Uma
citocina pode estimular a produção de outras, estabelecendo, assim, cascatas que
amplificam a reação ou induzem novas reações.
• As citocinas da imunidade inata desempenham vários papéis, seja induzindo inflamação,
inibindo replicação viral ou promovendo respostas de célula T e limitando as respostas
imunes inatas. Essas funções serão descritas a seguir e em capítulos posteriores. Três das
citocinas pró-inflamatórias mais importantes do sistema imune inato são TNF, IL-1 (que
mencionamos várias vezes) e IL-6.