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Número de
Participantes - 32
Jogos - 64
Gols - 171
Média de gols - 2,67
Sedes - Montpellier, Saint-
Denis, Paris, Bordeaux,
Marselha, Nantes, Lens,
Saint Etienne, Toulouse,
Auxerre, Lyon
Média de público -
43.366 pessoas
Artilheiro - Suker (CRO) -
6 gols
Campeão - França
Vice-campeão - Brasil
Terceiro colocado -
Croácia
Nas oitavas-de-final,
Argentina e Inglaterra
fizeram um dos melhores
jogos da Copa. Os ingleses
mostraram ao mundo o
futebol do jovem atacante
Michael Owen, mas, ao fim,
os argentinos levaram a
melhor na disputa de
pênaltis.
Na decisão, encontraram-se
as seleções que todos
esperavam ver: Brasil x
França. Defendendo o
título, o Brasil sofreu com o
episódio envolvendo
Ronaldo e uma convulsão
no dia da final.
Foram, no entanto, as
deficiências da equipe que
determinaram a derrota
para a França. Empurrados
pela torcida, os franceses
não deixaram escapar a
chance de ganhar um
Mundial. Com Zinedine
Zidane em um dia
inspirado, a França entrou
para o seleto grupo dos
campeões mundiais.
CAMPEÃO
Em seguida, os franceses
derrotaram na prorrogação, o
time de Paulo César
Carpegiani, então treinador do
Paraguai, em partida
emocionante válida pelas
oitavas-de-final.
CURIOSIDADES
Adeus às madeixas
O atacante argentino Gabriel
Batistuta teve que cortar os
longos cabelos para ir à Copa.
Tudo porque o técnico Daniel
Passarella não aceitava atletas
cabeludos na seleção
argentina.
Gol de ouro
O zagueiro francês Laurent
Blanc foi o autor do primeiro
"gol de ouro" da história das
Copas. Foi ele quem marcou o
gol da vitória da França nas
oitavas-de-final, sobre o
Paraguai, decretando a morte
súbita do adversário na
prorrogação.
Batigol
Com os três gols marcados na
goleada de 5 a 0 da Argentina
sobre a Jamaica, Gabriel
Batistuta tornou-se o primeiro
jogador a marcar três gols em
uma mesma partida em duas
Copas. Em 1994, ele havia
feito três gols na vitória
argentina sobre os gregos.
Indisciplina
O camaronês Rigobert Song
conseguiu um recorde negativo
ao receber o cartão vermelho
no empate em 1 a 1 diante do
Chile, pela primeira fase.
Tornou-se o primeiro jogador
da história a ser expulso em
duas Copas. Em 94, foi expulso
no jogo contra o Brasil.
Do céu ao inferno
Treinador campeão quatro
anos antes, Carlos Alberto
Parreira tornou-se o primeiro
técnico a ser demitido durante
uma Copa do Mundo. Ele caiu
após ver sua equipe, a Arábia
Saudita, perder os dois
primeiros jogos na primeira
fase.
Rapidinho
O dinamarquês Ebbe Sand foi o
autor do gol mais rápido de um
reserva na história das Copas.
Apenas 16 segundos após
entrar em campo, marcou um
gol na vitória por 4 a 1 sobre a
Nigéria.
Dupla nacionalidade
Ao marcar um gol na vitória da
Croácia por 3 a 1 sobre a
Jamaica, Robert Prosinecki
tornou-se o primeiro jogador a
marcar gols por dois países
diferentes em Copas do
Mundo. Em 1990, jogando pela
Iugoslávia, Prosinecki fez um
dos gols da vitória por 4 a 1
sobre os Emirados Árabes
Unidos.
Só dá ele
O meia alemão Lothar
Matthaeus bateu recorde de
participações em Mundiais. Em
sua quinta Copa, Matthaeus
completou 25 jogos pela
Alemanha. O alemão chegou a
três finais (1982, 1986 e 1990)
e ganhou um título.
Vôo da alegria 2
No início de junho, cerca de 60
convidados da CBF, entre eles
cinco desembargadores do
Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro, embarcaram
para assistir à Copa do Mundo
na França com todas as
despesas custeadas pela
entidade.
Em branco de novo
O Brasil completou sua
segunda final seguida sem
marcar gols. Em 1994,
empatou em 0 a 0 com a
Itália. Em 1998, perdeu de 3 a
0 da França. O tabu, que
durava desde os 4 a 1 sobre a
Itália em 1970, só terminou
em 2002, quando a seleção
balançou as redes duas vezes
contra a Alemanha.
Número de sorte?
O técnico Mario Jorge Lobo
Zagallo sempre alardeou que o
número 13 lhe dava sorte. Em
1998, não foi bem assim. A
derrota na final foi a 13ª do
Brasil em Copas. A seleção
voltou para casa no dia 13 de
julho.
Barba e cabelo
A França foi a primeira campeã
da história a terminar a Copa
com o melhor ataque (15 gols)
e a melhor defesa (2 gols).
Fim do tabu
A derrota do Brasil terminou
com uma tradição holandesa
em Copas. Desde 1974, a
seleção que eliminava a
Holanda acabava campeã,
como foi o caso de Alemanha
(1974), Argentina (1978),
Alemanha (1990) e Brasil
(1994). Em 1998, o Brasil tirou
a França nas semifinais, mas
caiu na decisão.
Boa estréia
Estreante, a Croácia conseguiu
um surpreendente terceiro
lugar. Com isso, igualou o feito
de Portugal em 1966.
Recordistas
Dunga e Taffarel tornaram-se
recordistas de participações em
Copas pela seleção brasileira.
Foram 18 jogos disputados em
três Mundiais (1990, 1994 e
1998). Taffarel igualou ainda o
recorde de atuações entre os
goleiros, colocando-se ao lado
do alemão Sepp Maier (18
jogos).
FRASES
"Pôr a responsabilidade
pelo sucesso ou fracasso
nas costas do Ronaldo não
é bom nem para ele nem
para a seleção."
Zico, sobre as críticas ao
futebol de Ronaldo ao final da
primeira fase
ÉPOCA
A globalização
e os seus efeitos
A globalização foi a marca do
final dos anos 90.
Impulsionada pelo rápido
desenvolvimento das
telecomunicações, ela vinha
alterando drasticamente
importantes setores da
atividade humana.
CAMPANHA DO BRASIL
Ormuzd Alves/FI
Atacante brasileiro
Ronaldo
comemora gol
marcado
Diante da Dinamarca,
brilhou a estrela de
Rivaldo, que marcou
dois gols na apertada
vitória por 3 a 2. Na
semifinal, contra a
Holanda, Ronaldo fez
seu melhor jogo no
torneio. Abriu o placar
para o Brasil e perdeu
muitas chances de
matar o jogo na
prorrogação.
O papel de herói,
todavia, ficou para o
goleiro Taffarel, que
defendeu duas
cobranças holandesas
na decisão por pênaltis
e colocou o Brasil na
final.
No dia da decisão, o
atacante Ronaldo sofreu
uma convulsão horas
antes da partida.
Examinado em uma
clínica francesa, foi
liberado para atuar
pelos médicos. O
episódio abalou a
seleção brasileira, que
ficou assustada e
dividida sobre a
escalação do jogador.
O que aconteceu na
final não é mistério
para ninguém. Diante
dos donos da casa, o
Brasil não conseguiu
enganar. Comandada
por Zinedine Zidane, a
França gastou a bola e
venceu fácil por 3 a 0.
OS BRASILEIROS
Ronaldo vai
de
astro a
culpado
Eleito o melhor jogador
do mundo pela Fifa em
1996 e em 1997, o
atacante Ronaldo era a
grande estrela
brasileira para a Copa.
Em seus pés, o Brasil
depositava toda a
esperança do
pentacampeonato.
ENTREVISTA
"Vejo o
Zidane
cabeceando
e marcando
o gol", diz
Cafu
Por Murilo Garavello
Qual a diferença da
seleção de 1994 para
a de 1998?
Em união e amizade, o
grupo de 1994 não tem
comparação com o de
1998. Não que em
1998 fôssemos
desunidos, mas em
1994 era um clima
especial, talvez porque
passamos três meses
juntos nas
eliminatórias. Isso criou
uma harmonia maior
entre os jogadores.
Os jogadores sempre
disseram que havia
união no grupo em
1998, mas algumas
discussões tornaram-
se públicas, como a
entre Bebeto e
Dunga. Havia
problema de
relacionamento?
Não, de maneira
nenhuma. Não houve
nenhum problema.
O Zagallo conhecia os
adversários durante
a Copa? Ele dava
informações sobre os
jogadores que você
teria de enfrentar?
Antes dos jogos,
víamos vídeos das
seleções rivais. Além
disso, tínhamos uma
pessoa que a CBF
pagava para ver todos
os jogos, fazer
anotações, filmar e
outras coisas. Então, a
menos que no dia do
jogo a seleção rival
entrasse com outros
jogadores, a gente
tinha uma boa noção do
que ia encontrar.
Antes de ir à Copa,
você era um dos mais
contestados pela
torcida. Na França,
foi um dos destaques
da seleção. Como
você recebeu as
vaias da torcida?
Esperava ter um bom
desempenho na
competição?
Antes da Copa, eu era
aquele que os
jornalistas eram quase
unânimes em dizer que
não deveria ir para a
Copa. Lidei
normalmente com isso,
vaias e aplausos fazem
parte do cotidiano do
jogador. Trabalhei
muito, não fiz mal para
ninguém e mostrei que
tinha condições. Depois
da Copa, os mesmos
jornalistas mudaram de
opinião e disseram que
eu fui muito bem.
A experiência de ter
jogado em 1994
ajudou em 1998? Em
que a experiência em
Copas ajuda o
jogador?
Ajudou muito, muito
mesmo. Eu estava mais
tranqüilo, tinha mais
noção das coisas que
iriam acontecer. É difícil
explicar. São coisas que
apenas o dia a dia de
Copa pode te ensinar.
Você sabe o que pode
ou não fazer. Sabe lidar
com todas as coisas.
Com certeza, terei boas
condições nesta Copa
devido a essa
experiência de já ter
passado por coisas
semelhantes duas
vezes.