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Aluno(a): Thales Borges Delapieve

Obra: SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio


de Janeiro, Graal, 1989. P. 17-30
Informações sobre o Autor da obra: Boaventura de Sousa Santos GOSE
(Penacova, Quintela, 15 de Novembro de 1940) é um Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Breve resumo da obra:


Neste livro, a crítica e as reflexões propostas visam compreender a prática científica
para além da consciência ingênua, ou oficial, dos cientistas e das instituições da
ciência, e aprofunda o diálogo dessa prática com as demais práticas de conhecimento
de que se tecem a sociedade e o mundo. O autor submete as correntes dominantes
da reflexão epistemológica sobre a ciência moderna a uma crítica sistemática,
recorrendo a uma dupla abordagem: suspeição e recuperação.

p. Citações literais do texto Palavra-chave


17 “A epistemologia, diz Piaget, tende a ganhar importância nas Espistemolo
épocas de crise da ciência” gia
17 “A consciência espistemológica foi durante esse longo período
uma consciência arrogante,e o seu primeiro ato imperialista foi
precisamente o de apear a prima philosophia do lugar central que
esta ocupara desde Aristóteles no filosofia ocidental,
substituindo-a pela filosofia da ciência.”
17 “(...) a relação entre reflexação epistemológica e cris da ciência é
mais complexa do que a afirmação de Piaget pode fazer crer”
17 “Julgo ser necessário distinguir entre dois tipos de crise: as Crises
crises de crescimento e as crises de degenerescência.”
17- “As crises de crescimento, (...), têm lugar ao nível da matriz Crise de
18 disciplinar de um dado ramo da ciência, isto é, revelam-se na Cresciment
insatisfação perante métodos ou conceitos básicos até então o
usados sem qualquer contestação na disciplina, insatisfação que,
aliás, decorre da existência, ainda que por vezes apenas
pressentida, de alternativas viáveis”
18 “As crises de degenerescência são crises de paradigma, crises Crise de
que atravessam todas as disciplinas, ainda que de modo degerescên
desigual, e que as atravessam a um nível mais profundo.” cia
18 “A crítica epistemológica elaborada nos períodos de crise de Crítica
degenerescência não pode deixar de ser também uma crítica da
epistemologia elaborada nos períodos de crise de crescimento”
19 “È a partir desta opção que se compreenderá a reflexão sobre o Epistemolog
conhecimento científico aqui proposta. Antes de expor, contudo, ia
e em face do uso frequente de expressões como “reflexão
epistemológica” ou “crítica epistemológica”, não será
despropositado perguntar: o que é afinal epistemologia?”
19 “Segundo Runes, epistemologia é o ramo da filosofia que Conceito de
investiga a origem, a estrutura, os métodos e a validade do Runes
Aluno(a): Thales Borges Delapieve
Obra: SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio
de Janeiro, Graal, 1989. P. 17-30
Informações sobre o Autor da obra: Boaventura de Sousa Santos GOSE
(Penacova, Quintela, 15 de Novembro de 1940) é um Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Breve resumo da obra:


Neste livro, a crítica e as reflexões propostas visam compreender a prática científica
para além da consciência ingênua, ou oficial, dos cientistas e das instituições da
ciência, e aprofunda o diálogo dessa prática com as demais práticas de conhecimento
de que se tecem a sociedade e o mundo. O autor submete as correntes dominantes
da reflexão epistemológica sobre a ciência moderna a uma crítica sistemática,
recorrendo a uma dupla abordagem: suspeição e recuperação.

conhecimento”
19 “No Vocabulaire de Philosophie, de Lalande, define-se Conceito de
epistemologia como o estudo crítico dos princípios, hipóteses e Lalande
resultados de diversas ciências”
20 “Bachelard pretende fundar uma filosofia cientifíca, uma
epistemologia que, por assim dizer, é filosofia não filosófica, “a
filosofia que a ciência merece”.
20- “Esse repositório de definições é revelador de que a Incerteza
21 epistemologia é uma disciplina, ou tema, ou perspectiva de
reflexão cujo estatuto é duvidoso, quer em função do seu objeto,
quer em função do seu lugar específico nos saberes”>
22 “A reflexão sobre os fundamentos, a validade e os limites do
conhecimento científico transformou-se nbum dos ramos
essenciais da filosofia a partir do século XVII”
22 “A época moderna pode ser definida pela emergência de uma
nova concepção de ciência e de método, e tanto Locke como
Descartes constituem a consciência filosófica desta nova
situação”
22 “Segundo Gadamer, os dois últimos séculos constituem uma Gadamer
densa sucessão de esforõs para reconciliar a herança da
metafísica com o espírito da ciência moderna.”
22 “Para o Círculo de Viena a teoria da ciência é o único sentido
legítimo da filosofia; esta só se justifica enquanto justificação das
ciências positivas”.
23 “Esta dogmatização da ciência é confirma pelo fracasso de Morte da
Husserl em fundar uma epistemologia trascedental, como pela filosofia
declaração de morte da filosofia (da metafísica) em
Schopenhauer e Nietzche.”
23 “Curiosamente o apogeu da dogmatização da ciência significa Desdogmati
também o início do seu destino, e portanto, o início de um zação
movimento de desdogmatização da ciência que não cessou de
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Obra: SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio
de Janeiro, Graal, 1989. P. 17-30
Informações sobre o Autor da obra: Boaventura de Sousa Santos GOSE
(Penacova, Quintela, 15 de Novembro de 1940) é um Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Breve resumo da obra:


Neste livro, a crítica e as reflexões propostas visam compreender a prática científica
para além da consciência ingênua, ou oficial, dos cientistas e das instituições da
ciência, e aprofunda o diálogo dessa prática com as demais práticas de conhecimento
de que se tecem a sociedade e o mundo. O autor submete as correntes dominantes
da reflexão epistemológica sobre a ciência moderna a uma crítica sistemática,
recorrendo a uma dupla abordagem: suspeição e recuperação.

se aprofundar até os nossos dias.”


23 “A verdade, porém, é que a reflexão filosófica que se seguiu –
por ser feita por filósofos e por estes estarem obcecados pela
idéia do conhecimento certo e objetivo, distinto da mera opinião –
manteve total distância que se alimentou a dogmatização da
ciência.”
24 “A reflexão desses cientistas, porque orientada para resolver Reflexão
crises, inconsistências e contradições produzidas na prática
científica, acabou por produzir vários “rombos” no modelo de
racionalidade subjacente ao paradigma das ciências modernas”.
25 “A terceira vertente do movimento de desdogmatização da Terceira
ciência e caracterizadamente filosófica. Vem de várias direções vertente
mas converge numa reflexão filosófica que não partilha o
fetichismo do conhecimento cientifíco e que se desenvolve
mediante categorias não subsidiárias de epistemologia e que, por
isso, submete a ciência, não ao tribunal da razão, como queria a
filosofia transcendental de Kant, mas ao tribunal do devir histórico
do homem no mundo.”
25 “Para Heidegger, pessimista, a ciência e a tecnologia Heidegger
correspondem a uma compreensão dogmática do ser que
pretende reduzir toda a existência à sua instrumentabilidade por
essa via conduzindo ao “esquecimento do ser” e à inviabilização
do projeto de existência humana autêntica”
25 “Para Dewey, otimista, a ciência vale pela ligação que tem com o Dewey
ideal democrático e na medidade em que mantém essa ligação”
25- “A concepção de uma ciência pós-moderna aqui proposta insere- Ciência pós-
26 se no movimento da desdogmatiazação da ciência que acabei de moderna
descrever.”
26 “As vicissitudes das reflexão epistemológica desde finais do Vicissitudes
século XIX, aqui brevemente revistas, a variedade das tentativas
de fundamentação da ciência e as frustrações a que
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Obra: SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio
de Janeiro, Graal, 1989. P. 17-30
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(Penacova, Quintela, 15 de Novembro de 1940) é um Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Breve resumo da obra:


Neste livro, a crítica e as reflexões propostas visam compreender a prática científica
para além da consciência ingênua, ou oficial, dos cientistas e das instituições da
ciência, e aprofunda o diálogo dessa prática com as demais práticas de conhecimento
de que se tecem a sociedade e o mundo. O autor submete as correntes dominantes
da reflexão epistemológica sobre a ciência moderna a uma crítica sistemática,
recorrendo a uma dupla abordagem: suspeição e recuperação.

invariavelmente chegaram fazem-nos pensar sobre o significado


global de todo este projeto teórico”
27 “Submeter a epistemologia a uma reflexão hermenêutica significa
atribuir-lhe o valor de um sinal que se analisa segundo a sua
pragamática e não segundo sua sintaxe ou sua semântica (como
seria o caso da reflexão epistemológica sobre a epistemologia”
28 “A necessidade de reflexão epistemológica neste período é, pois, Limites
a de mostrar, ainda que de forma ínvia e mistificatória, que, num
processo histórico de hegemonia científica as consequências são
as únicas causas da ciência e que, se é nelas que s esse deve
procurar a justificação desta, é nelas também que se devem
procurar os limites da justificação”
29 “Sendo este o sentido da evolução do pensamento Sentido do
epistemológico, a verdade é que a reflexão hermenêutica, aqui e pensamento
agora, incide numa epistemologia cuja consciência pragmática epistemológ
está ainda por desenvolver, sendo, aliás, o seu desenvolvimento ico
o objetivo essencial do programa hermenêutico”.
29 “A reflexão hermenêutica visa contribuir para essa interiorização. Sentido da
Essa interiorização e a reflexão hermenêutica que a possibilita reflexão
são particularmente necessárias nas ciências sociais. Se a hermenêutic
ciência constitui hoje no seu conjunto um discurso anormal, ele é a
particularmente anormal no domínio das ciências sociais, porque
nestas o discurso cientifico dá sentido a uma realidade social ela
própria criadora do sentido e do discurso”
30 “(...)Deve-se suspeitar de uma epistemologia que recusa a Condições
reflexão a reflexão sobre as condições sociais de produção e sociais
distribuição (as consequências sociais) do conhecimento
cientifico. Equivale a conceber a ciência como uma prática para
si, e isso é o que menos corresponde, nos nossos dias, a prática
cientifíca”.
30 “Para além da contradição interna em que incorre, tal concepção Mistificação
Aluno(a): Thales Borges Delapieve
Obra: SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio
de Janeiro, Graal, 1989. P. 17-30
Informações sobre o Autor da obra: Boaventura de Sousa Santos GOSE
(Penacova, Quintela, 15 de Novembro de 1940) é um Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Breve resumo da obra:


Neste livro, a crítica e as reflexões propostas visam compreender a prática científica
para além da consciência ingênua, ou oficial, dos cientistas e das instituições da
ciência, e aprofunda o diálogo dessa prática com as demais práticas de conhecimento
de que se tecem a sociedade e o mundo. O autor submete as correntes dominantes
da reflexão epistemológica sobre a ciência moderna a uma crítica sistemática,
recorrendo a uma dupla abordagem: suspeição e recuperação.

reduz de tal modo a dimensão pragmática da reflexão


epistemológica, que falar dela redunda em pouco mais de
mistificação”
Comentários pessoais: Neste texto o autor faz proposições e reflexões acerca das
necessidades de uma nova ciência, fundada em um novo olhar sobre a epistemologia
acerca dos paradigmas pós-modernos.

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